Temporada 2009|2010 18 Anos – Idade MaiorDirecção artística: Cesário Costa
RossInI | BáRtok | Beethoven
orquestra Académica Metropolitana Jean-Marc Burfin direcção musical
sexta-Feira, 23 de outubro, 21h00Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa
sábado, 24 de outubro, 17h00Ateneu Artístico Vilafraquense, Vila Franca de Xira
Domingo, 25 de outubro, 16h30Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco
PRogRAMA gioachino Rossini (1792-1868)Abertura da ópera L’Italiana in Algieri
Béla Bartók (1881-1945)Imagens Húngaras
I. Uma noite na aldeiaII. Dança do ursoIII. MelodiaIV. Ligeiramente embriagadoV. Dança do guardador de porcos
Intervalo
Ludwig van Beethoven (1770-1827)Sinfonia n.º 2 em Ré maior, Op. 36
I. Adagio molto - Allegro con brioII. LarghettoIII. Scherzo: AllegroIV. Allegro molto
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Travessa da Galé 361349-028 Lisboa
É proibido filmar, fotografar, gravar, fumar, comer ou beber dentro da sala de concerto. Não é permitida a entrada na sala durante o concerto.
Não se esqueça de desligar o telemóvel ou outros aparelhos sonoros antes do início do concerto.
NOTAS AO pROGRAmARui Campos Leitão No seu primeiro programa da nova temporada, a Orquestra Académica metropolitana apresenta música de Rossini, Bartók e Beethoven; três obras de referência do repertório orquestral e, por essa mesma razão, partituras incontornáveis na formação dos jovens músicos da Academia Nacional Superior de Orquestra.
Tem início com a abertura da ópera de Rossini L’Italiana in Algeri (A mulher italiana em Argel), um dos primeiros grandes sucessos do compositor italiano. Nesta sua ópera, ao importar recursos da ópera séria para o contexto da comicidade, reforçou os contrastes dramatúrgicos que em grande medida vieram a garantir a sua enorme popularidade. Datada de 1813, o seu libreto conta a história de Isabella, uma italiana que tinha na beleza a sua principal arma e que se aventurou na Argélia para tentar libertar o seu amado da condição de prisioneiro. Esta abertura é magnificente, plena de energia, drama e bom humor. Após uma introdução calma em que o oboé brilha sobre os pizzicatos das cordas, a orquestra introduz um pequeno motivo rítmico que irá prevalecer ao longo de toda a partitura. Como é característico da música de Rossini, assiste-se a uma irradiante criatividade nas sucessivas combinações instrumentais, sempre pontuadas por imensos acordes apresentados por toda a orquestra e que reforçam a carga dramática.
Seguem-se composições musicais evocativas da identidade cultural húngara. Consistem em cinco peças que Béla Bartók orquestrou em 1931 a partir de obras que havia escrito anteriormente para piano e que haviam sido baseadas em melodias tradicionais daquele país. A primeira tem o título "Uma noite na aldeia". Apresenta uma melodia de carácter nostálgico protagonizada pelo clarinete e deriva das Dez peças fáceis para piano datadas de 1908. A "Dança do urso" tem a mesma origem e a sua energia resulta da imprevisibilidade rítmica e da substância modal que achamos no folclore húngaro. Já "melodia" é emprestada de Quatro hinos fúnebres, datados de 1909. É, com efeito, uma melodia sentida, na qual as cordas e as madeiras assumem um protagonismo pontuado pelo som etéreo da harpa. Segue-se "Ligeiramente embriagado", um retrato quase cinematográfico do passeio ébrio recuperado das Três burlescas, de 1911. A terminar ouve-se a "Dança do guardador de porcos", os ritmos de dança rápidos e festivos que se acham na série de peças para piano para crianças datadas de 1908-1909. São cinco retratos musicais que colocam à prova a versatilidade expressiva de qualquer orquestra.
porém, o principal desafio deste programa é a 2.ª Sinfonia de Beethoven. A coerência formal e a densidade da escrita do músico alemão requerem uma leitura ao mesmo tempo intensa e ponderada, de forma a permitir a inteligibilidade da obra. É, porventura, a sua sinfonia menos divulgada. Todavia, escutá-la ao vivo proporciona sempre grande impacto pelas sucessivas surpresas que revela, dando lugar à mais intensa dramaticidade para no momento seguinte pontuar com humor e graciosidade o seu discurso. Quando foi composta, em 1802, era a sinfonia mais longa de sempre. Reflectia também um dos períodos mais conturbados da vida do compositor, vislumbrando--se a surdez que viria a afectar toda a sua restante carreira. Foi, portanto, a consumação do desafio que o viria acompanhar ao longo do resto da vida: essencialmente, a separação entre as dores física e psicológica e a dimensão espiritual da existência. Só desse modo poderia expressar a inocência contemplativa do segundo andamento, que nos faz lembrar Schubert, ou mesmo a jovialidade do Scherzo e Finale que se seguem.
Jean-Marc Burfin director artístico e maestro titular da OAM
Jean-marc Burfin entra em 1983 para o Conservatório Nacional Superior de música de paris, onde obtém, em Junho de 1987 e por unanimidade do júri, o 1.º prémio de Direcção de Orquestra na classe de Jean-Sébastien Béreau depois de ter feito os seus estudos nos Conservatórios de Nancy, metz, Strasbourg e Reims.
Durante as masterclasses que frequenta, é encorajado pelos seus mestres Franco Ferrara, Charles Bruck, pierre Boulez e Vitaly Kataev. Diplomado pela Academia de Verão do mozarteum, em Salzbourg, é convidado para dirigir a Orquestra do m.I.T. de Boston em 1984, ao lado de Lorin maazel.
Na sequência de um seminário internacional em Fontainebleau, é notado por Leonard Bernstein e em Julho de 1987 convidado para dirigir a Orquestra de paris.Em 1990/1991 recebe uma bolsa franco-soviética para aperfei-çoamento dos seus conhecimentos do repertório russo com Alexandre Dmitriev, no Conservatório Rimski-Korsakov de S. petersbourg.
No Concurso Internacional de Jovens Directores de Orquestra de Besançon em 1991 foi finalista laureado, e recebeu um prémio especial da Orquestra da Rádio-Televisão de moscovo através do seu Director Valdimir Fedosseiev.
Jean-marc Burfin dirigiu várias orquestras, tanto em França como no estrangeiro (Colonne, Lamoureux, pays de la Loire, poitou-Charentes, picardie, potsdam phillarmonie, Würtembergische phillarmonie, Sinfónica de Oviedo, entre outras). Foi Director Artístico da Orquestra metropolitana de Lisboa durante a temporada de 2003 /2004.Gravou um CD na editora Naxos, consagrado à obra de Vincent d’Indy.
pedagogo reconhecido, é um dos raros maestros em actividade a ensinar direcção de orquestra.
Actualmente é professor na Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) e maestro Titular da Orquestra Académica metropolitana.
Sendo já uma referência no panorama musical português pela qualidade e envolvimento das suas interpretações, a Orquestra Académica Metropolitana (OAM) é o eixo central de formação dos jovens intérpretes que frequentam a Academia Nacional Superior de Orquestra – uma instituição única no país. Desde 1992, ano em que foi criada, tem-se apresentado em reputados palcos com grandes solistas e regentes. É hoje uma formação sinfónica com uma actividade intensa e regular, características que a distinguem não só a nível nacional mas também internacional.
Orquestra Académica Metropolitana (OAM)
A OAm estreou-se em 1993, na sequência da criação da Academia Nacional Superior de Orquestra – uma instituição única no país, destinada a formar músicos profissionais nas áreas de Instrumento e Direcção de Orquestra. O ensino aí ministrado baseia-se num acompanhamento individual especializado, na prática de música de câmara e numa componente teórica complementar, sendo a orquestra o eixo central da formação destes jovens músicos.
Entre 1994 e 2000 a ANSO foi orientada pedagogicamente pelo professor João pinheiro, a quem se deve parte do sucesso e reconhecimento que a escola tem hoje em dia. Desde o seu início a OAm é orientada por Jean-marc Burfin que é, simultaneamente, o seu maestro titular e director artístico. Constituída inicialmente por menos de trinta elementos, a OAm é hoje uma formação sinfónica com cerca de 100 músicos. Com uma temporada que se estende ao longo de cada ano lectivo, a OAm mantém uma actividade regular de ensaios e concertos, apresentando-se não só na área metropolitana de Lisboa como também noutras localidades do país. Já com largas centenas de concertos realizados, abarcando um reportório que vai do Barroco à música do século XX, a OAm tem executado obras de compositores tão representativos como Bach, Haydn, mozart, Beethoven, Brahms, Schubert, mendelssohn, mahler, Ravel, Debussy, milhaud, Bartók, Hindemith, Stravinski e Varèse, entre outros.
para além do seu maestro titular, a OAm é habitualmente dirigida pelos alunos do Curso Superior de Direcção de Orquestra. muitos dos concertos contam com a presença de maestros convidados, tais como Jean-Sébastien Béreau, pascal Rophé, Robert Delcroix e Brian Schembri. A OAm possibilita aos alunos da Academia a apresentação regular a solo com orquestra. Já teve, ainda, o privilégio de tocar com vários solistas de renome como António Rosado, Gerardo Ribeiro, paulo Gaio Lima, Liliane Bizineche, Francine Romain, miguel Borges Coelho, Artur pizarro, François Leleux e, num concerto humorístico, o quarteto italiano Banda Osíris.
Em Setembro de 2001 a OAm participou no porto 2001 Capital da Cultura num encontro internacional de orquestras de jovens onde tocou o War Requiem de Britten. Já em maio de 2002 e 2004 participou na Festa da música, no CCB, executando obras de mozart, Vivaldi e mendelssohn. Apresentou-se ainda, em Setembro de 2002, em São miguel, Açores e, em Julho de 2004, no Festival musicAtlântico nas ilhas de S. miguel e Terceira. Já em 2007 integrou a programação dos Dias da música, no CCB, esteve presente no VII Ciclo Internacional de Orquestras Universitárias, em Saragoça, e subiu ao palco do Theâtre de la monnaie, em Bruxelas. Na temporada passada, fez onze concertos, tendo apresentado entre outras obras A Criação de Haydn, com o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, no âmbito do Festival de música de Alcobaça e também em Caldas da Rainha e mafra.
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usan
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eves
PRIMEIROS VIOlINOS
Luísa SecoJoana TeodoroFélix DuarteAna Catarina pintoJoão Baptistamafalda piresEliana magalhãesJoão Silva*
SEguNdOS VIOlINOS
Joana LyCarlota pimentaNuno CarapinaRavena mendonçaAna Rita DamilTânia Gato*pedro Oliveira
VIOlAS
Ana monteverdeJuliana LopesTirza Vogelmadalena meloAna Rita CardonaHelder magalhães
VIOlONcElOS
João pinto da CostaAna Catarina BragaRicardo FerreiraJoão matosSimão BarreiraHugo paivaCatarina Gonçalves
cONtRAbAIxOS
Vera pereiramargarida FerreiraTiago RochaJorge CastroBruna Domingues
FlAutAS
paula FerreiraDiana RamadaCarolina patrícioCatarina de Oliveira
ObOéS
Catarina CastroSusana OliveiraJoana Bolito
clARINEtES
Hugo Azenhapaulo Rodriguesmarta xavierInês Nunes
FAgOtES
Daniel motaSandra Ochoa
tROMPAS
José Abreu*Rui Claro
tROMPEtES
milagros CastroBruno piresJorge pereiraÂngelo Borges
tROMbONES
pedro SantosVictor Ferreira
tubA
João Costa
PERcuSSãO
Fábio DiasSandro AndradeJoana CostaJoão moreira
MEtROPOlItANA
dIREcÇãO
Cesário Costa (Presidente)
João Villa-Lobos (Vogal)
paulo pacheco (Vogal)
PROduÇãO
Carina Bravo (OAM)
Artur Raimundo (Chefe de Palco)
técNIcOS dE PAlcO
Alberto CorreiaAmadeu mineiroLuís Alvesmário Sousa
ORQUESTRA ACADÉmICA mETROpOLITANA
PROFESSORES dE NAIPE
VIOlINO José Teixeira, Ana pereira MAdEIRAS Catherine StockwellVIOlA Valentin petrov MEtAIS Jerôme ArnoufVIOlONcElO pedro Neves PERcuSSãO Richard BuckleycONtRAbAIxO Ercole de Conce
*Alunos do ano preparatório do Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa
soLIstA DA MetRoPoLItAnA
RecItAL De PIAnoSavka Konjikusic pianoobras de Beethoven | Liszt | chopin
Sábado, 24 Outubro, 16h00museu da música
conceRto De JAzzQuinteto da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas Joana Alegre voz Francisco Brito contrabaixoAndré murraças saxofone pedro madeira bateriaNuno melo guitarra
standards Jazz norte-americanosSábado, 24 Outubro, 16h00palácio Nacional da Ajuda
vIoLIno soLoAlexei Tolpygo violinoPrograma comentado por Rui Campos Leitãoobras de Bach | hindemith | Miguel A. Almaguer Molina
Sábado, 24 de Outubro, 19h00Casa da América Latina
Duo De vIoLIno e vIoLAAdrian Florescu violino Gerardo Gramajo violaobras de villa-Lobos | césar viana* | eduardo Bértola* | Mozart(*1.ª audição em portugal)
Sábado, 24 Outubro, 21h30Igreja da Confraria da N. Sr.ª do Vale do paraíso, Azambuja
QuInteto coM PIAnoCarlos Damas violino José Teixeira violinoValentin petrov viola Jian Hong violonceloAnna Tomasik pianoobras de schumann | Mahler
Sábado, 24 Outubro, 22h00Auditório municipal Beatriz Costa, mafra
MÚsIcA no MuseuCiclo de Concertos no DouroDuo de Flauta e HarpaNuno Inácio flauta Stéphanie manzo harpa
obras deJohann sebastian Bachnino Rotatōru takemitsu
Sábado, 24 de Outubro, 20h30museu de Lamegopatrocínio: INATEL
A MÚsIcA e A cIêncIAOrquestra metropolitana de LisboaCesário Costa direcção musical
obras de Juan crisóstomo ArriagaAnton Webernchristoph Willibald gluckJean sibeliussamuel BarberBéla BartókQuinta, 29 Outubro, 21h00 Teatro Académico Gil Vicente, CoimbraSexta, 30 Outubro, 21h00 Universidade de Évora – Auditório do Colégio mateus d’ArandaSábado, 31 Outubro, 17h00Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboapatrocínio: programa Ciência Viva
FunDADoRes
Câmara municipal de Lisboa
ministério da Cultura
ministério da Educação
Secretaria de Estado do Turismo
ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – INATEL
Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto
Secretaria de Estado da Segurança Social
PAtRocInADoR eXtRAoRDInáRIo
Caixa Geral de Depósitos
PRoMotoR nAcIonAL
Câmara municipal de Cascais
METROPOLITANA
PAtRocInADoR
Hotéis Vila Galé
PRoMotoRes RegIonAIs
Câmara municipal de Azambuja
Câmara municipal do Bombarral
Câmara municipal de Caldas da Rainha
Câmara municipal de Cartaxo
Câmara municipal de Lourinhã
Câmara municipal de mafra
Câmara municipal de montijo
Câmara municipal de Sesimbra
Câmara municipal de Sintra
Câmara municipal de Vila Franca de Xira
PARceRIAs
Centro Cultural de Belém
São Luiz Teatro municipal
EGEAC
El Corte Inglés
Universidade Nova de Lisboa
Universidade Lusíada
Casa pia de Lisboa
Fundação Oriente
Instituto dos museus e da Conservação
Festival música Viva
Cultivarte | Encontro Internacional de Clarinete de Lisboa
Embaixada do Brasil em Lisboa
Casa da América Latina
Rui pena, Arnaut & Associados - Sociedade de Advogados, RL
APoIos
Antena 2
Revista Sábado
Sapo