ISABELE CARDOSO VIEIRA DE CASTRO
Avaliação da utilização das fototerapias Laser ( 780
nm) e LED ( 850 ± 10 nm) no processo inflamatório
induzido por carragenina na articulação
temporomandibular de rato
PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Área de Concentração: Laser em Odontologia
Salvador 2014
UFPB - UFBA
ISABELE CARDOSO VIEIRA DE CASTRO
Área de concentração: Laser em Odontologia Linha de pesquisa: Biomodulação do reparo tecidual
Orientador: Prof. Dr. Jean Nunes dos Santos Co-orientador: Prof. Antônio Luiz Barbosa Pinheiro, PhD
SALVADOR 2014
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Odontologia UFPB-UFBA, como um dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Odontologia.
AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DAS FOTOTERAPIAS LASER (λ 790 nm) E LED (λ 850 ± 10 nm) NO PROCESSO INFLAMATÓRIO INDUZIDO POR CARRAGENINA NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DE RATO
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária de Saúde, SIBI - UFBA.
D278 De Castro, Isabele Cardoso Vieira
Avaliação da utilização das fototerapias Laser (λ 790 nm) e
LED (λ 850 ± 10 nm) no processo inflamatório induzido por
carragenina na articulação temporomandibular de rato. / Isabele
Cardoso Vieira De Castro – Salvador, 2014.
101 f.
Orientador: Prof. Dr. Jean Nunes dos Santos.
Co-Orientador: Prof. Dr. Antônio Luiz Barbosa Pinheiro.
Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia.
Faculdade de Odontologia, 2014.
1. Articulação temporomandibular. 2. Carragenina. 3.
Inflamação. 4. Terapia a Laser. 5. Fototerapia. I. Santos, Jean
Nunes dos. II. Pinheiro, Antônio Luiz Barbosa. III.
Universidade Federal da Bahia. IV. Título.
CDU 616.314-007
ISABELE CARDOSO VIEIRA DE CASTRO
Avaliação da utilização das fototerapias Laser (λ 790 nm) e LED (λ 850 ± 10 nm) no processo inflamatório induzido por carragenina na articulação
temporomandibular de rato
Salvador, 12 de fervereiro de 2014.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________ Prof. Doutor Jean Nunes dos Santos – Orientador – UFBA
_________________________________________________________ Profa. Doutor Luciana Maria Pedreira Ramalho – Membro – UFBA
_________________________________________________________ Profa. Doutor Lélia Batista de Souza – Membro – UFRN
________________________________________________________ Prof. Doutor Aldo Brugnera Júnior – Membro – UNICASTELO
________________________________________________________ Profa Doutor Manoel Sant’Ana Filho – Membro – UFRGS
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho...
Aos meus pais, Dicélia e Israel, por estarem sempre ao meu lado e pelo
apoio e amor incondicionais.
À minha irmã Larissa, pela sua amizade, carinho e dedicação e por
sempre me fazer acreditar que tudo é possível.
AGRADECIMENTOS
A Deus, onipresente e onipotente, por caminhar sempre ao meu lado
mostrando os caminhos a serem seguidos e também por me confortar quando
eu mais preciso.
Ao meu orientador, grande mestre, Prof. Jean Nunes dos Santos, pela
sua atenção, disponibilidade, confiança e também pelos sábios ensinamentos,
os quais guardarei para sempre. Muito obrigada.
Ao meu co-orientador, grande mestre, Prof. Antônio Pinheiro, por estar
sempre presente, por sempre orientar o meu vôo e por tornar tudo mais claro
através da sua grande experiência e sábias palavras. Muito obrigada.
A Profa. Carolina Montagn, pelo carinho, pelas suas brilhantes
sugestões e pela sua valiosa contribuição para este trabalho. Obrigada por
sempre ter acreditado e confiado em mim.
A Profa. Maria Cristina Cangussú, pela sua disponibilidade e pela
paciência na realização da análise estatística deste trabalho.
A Profa. Aparecida Marques, sempre atenciosa e acessível desde a
minha iniciação científica. Admiro sua sabedoria e competência.
Aos docentes do Programa Integrado de Pós-graduação UFPB-
UFBA, pelos ensinamentos e por proporcionar uma nova visão sobre os temas
abordados.
Aos meus colegas de Doutorado Cristiane Becher, Fabíola Carvalho,
Luis Guilherme Soares, João Reis e Jouber Aciole, pelo carinho, amizade e
ensinamentos. Todos vocês guardo no meu coração, para sempre.
Um agradecimento especial à colega Fabíola Carvalho pela sua ajuda
na edição das fotos para a tese.
Ao colega Artur Barbosa, sempre prestativo e acessível. Obrigada pela
grande ajuda na fase experimental.
Aos estagiários do Centro de Biofotônica, Aline, Ana Carolina, Brunna,
Luiz Galdêncio e Renan, pela dedicação e grande auxílio durante a fase
experimental deste trabalho. Muito obrigada.
À estagiária e bolsista, Juliana Aragão, pela sua amizade, competência
dedicação e interesse. Sempre disponível quando eu mais precisava. Muito
obrigada.
Às pós-doutorandas Nicole Ribeiro, Priscila Chagas, Ana Paula
Cavalcanti, Juliana Monteiro e Susana Sampaio, pela amizade,
companheirismo, ajuda e sugestões.
À Arthur Edgard Ferreira Jr., pela realização da revisão deste trabalho
e também pelo carinho e companheirismo.
Aos funcionários da FOUFBA, em especial a Dona Lourdes, Srta.
Suely Paixão, Sra. Mirian e Sr. Edilson que contribuíram de forma direta e
indireta para realização deste trabalho. Muito obrigada.
Ao CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - pelo auxílio finaceiro que possibilitou a realização deste trabalho.
Meus sinceros agradecimentos a todos que, de alguma maneira,
contribuíram para que este trabalho se tornasse realidade...
E Deus disse: “Faça-se a Luz !” E a Luz foi feita. (Gênesis 1,3)
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS E TABELAS LISTA DE FIGURAS LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS RESUMO ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO 17 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 20 2.1 Disfunção temporomandibular 20 2.2 Inflamação e Disfunção temporomandibular 22 2.3 Processos inflamatórios induzidos por carragenina 27 2.4 Anatomia e histologia da articulação temporomandibular de rato
29
2.5 Processos inflamatórios na articulação temporomandibular de rato
31
2.5 Fototerapias Laser e LED 34 2.7 Fototerapias Laser e LED na inflamação 37 2.8 Fototerapias Laser e LED na disfunção temporomandibular 40 3. PROPOSIÇÃO 42 3.1 Objetivo geral 42 3.2 Objetivos específicos 42 4. MATERIAS E MÉTODOS 43 4.1 Respaldo ético da pesquisa 43 4.2 Delineamento 43 4.3 Amostra 43 4.4 Distribuição dos grupos 44 4.5 Procedimentos 45 4.5.1 Anestesia 45 4.5.2 Indução da inflamação 45 4.5.3 Fototerapia 46 4.5.3.1 Laser 46 4.5.3.2 LED 47 4.6 Morte dos animais e obtenção das amostras 49 4.7 Histomorfometria 51 5. RESULTADOS 53 5.1 Análise histológica 53 5.1.1 Análise descritiva - côndilo e cápsula articular 53 5.1.2 Análise estatística 72 5.2 Histomorfometria- Membrana Sinovial 77 6. DISCUSSÃO 79 7. CONCLUSÃO 88 REFERÊNCIAS 89 ANEXO 1 101
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 01 Estudos clínicos utilizandos as fototerapias Laser ou LED (DE CASTRO, 2014).
41
Quadro 02 Distribuição dos grupos de estudo (DE CASTRO, 2014).
44
Quadro 03 Parâmetros das fototerapias utilizados na metodologia (DE CASTRO, 2014).
47
Tabela 01 Tabela 04
Critérios semi-quantitativos usados para análise de microscopia de luz (DE CASTRO, 2014). Graduação da espessura das camadas de células da membrana sinovial (DE CASTRO, 2014).
Tabela 04 T
50 78
LISTA DE FIGURAS Figura 01 Agulha G30 conectada a uma Microseringa Hamilton de 50µl através
de uma cânula de polietileno (PE 50) (DE CASTRO, 2014). 48
Figura 02 Injeção de carragenina na ATM esquerda do animal (DE CASTRO, 2014).
48
Figura 03 Aparelho de Laser de diodo (GaAlAs, λ 780nm, Twinflex Evolution®,
MMoptics,São Carlos,SP,Brasil) (DE CASTRO, 2014). 48
Figura 04 Irradiação com o Laser λ 780nm na ATM esquerda do animal (DE CASTRO, 2014).
48
Figura 05 Aparelho de LED de diodo (GaAlAs, λ 850nm ± 10, FISIOLED®,
MMoptics,São Carlos,SP,Brasil) ( DE CASTRO, 2014). 48
Figura 06 Irradiação com o LED λ850nm±10 na ATM esquerda do animal (DE CASTRO, 2014).
48
Figura 07 Campos padronizados para a contagem das camadas celulares da membrana. Campo interno (I) e campo externo (E), HE (DE CASTRO, 2014).
52
Figura 08 Campo interno de observação, HE (DE CASTRO, 2014). 52 Figura 09 Campo externo de observação, HE (DE CASTRO, 2014). 52 Figura 10 Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos dois dias: Observa-se
presença de infiltrado inflamatório crônico na lateral do côndilo estendendo-se no tecido muscular adjacente, HE (DE CASTRO, 2014).
55
Figura 11 Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos dois dias: Observa-se presença de discreta reabsorção óssea na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
55
Figura 12 Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos três dias: Observa-se presença de infiltrado inflamatório crônico na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
56
Figura 13 Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos três dias: Presença de discreta reabsorção óssea na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
56
Figura 14 Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos sete dias: Observa-se espessamento da zona de fibrocartilagem do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
57
Figura 15 Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos sete dias: Observação de osteoclasto e área de reabsorção óssea na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
57
Figura 16 Fotomicrografia do grupo G1 aos dois dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e intensa no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
58
Figura 17 Fotomicrografia do grupo G1 aos três dias: Intensa expressão de colágeno para ambos côndilo e disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
58
Figura 18 Fotomicrografia do grupo G1 aos sete dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
59
Figura 19 Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos dois dias: Observa-se presença de discreta inflamação crônica na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
62
Figura 20 Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos três dias: Observa-se presença de discreto infiltrado inflamatório crônico no interior do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
62
Figura 21 Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos sete dias: Observa-se presença de discreto infiltrado inflamatório crônico na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
63
Figura 22 Fotomicrografia do grupo G2 aos dois dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e intensa no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
63
Figura 23 Fotomicrografia do grupo G2 aos três dias: Intensa expressão de colágeno para ambos côndilo e disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
64
Figura 24 Fotomicrografia do grupo G2 aos sete dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e intensa no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
64
Figura 25 Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos dois dias: Presença de vilosidades na membrana sinovial, HE (DE CASTRO, 2014).
65
Figura 26 Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos sete dias: Presença de discreto tecido de granulação na membrana sinovial, HE (DE CASTRO, 2014).
65
Figura 27 Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos dois dias: O côndilo apresenta spectos de normalidade e ausência de inflamação HE (DE CASTRO, 2014).
68
Figura 28 Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos três dias: Presença de discreto infiltrado inflamatório na lateral do côndilo e espessamento da zona de fibrocartilagem espessa, HE (DE CASTRO, 2014).
68
Figura 29 Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos sete dias: Presença de discreto infiltrado inflamatório e de reabsorção óssea na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
69
Figura 30 Fotomicrografia do grupo G3 aos dois dias: Intensa expressão de colágeno no côndilo e discreta no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
69
Figura 31 Fotomicrografia do grupo G3 aos três dias: Discreta expressão de colágeno no côndilo, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
70
Figura 32 Fotomicrografia do grupo G3 aos sete dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e discreta no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
70
Figura 33 Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos três dias: Presença de tecido de granulação e vilosidades na membrana sinovial, HE (DE CASTRO, 2014).
71
Figura 34 Representação gráfica da deposição de colágeno no côndilo: comparação entre os grupos G1, G2 E G3 aos dois dias (DE CASTRO, 2014).
74
Figura 35 Representação gráfica da deposição de colágeno no côndilo: comparação entre os grupos G1, G2 E G3 aos três dias (DE CASTRO, 2014).
74
Figura 36 Representação gráfica da deposição de colágeno no côndilo: comparação entre os grupos G1, G2 E G3 aos sete dias (DE CASTRO, 2014).
75
Figura 37 Representação gráfica da deposição de colágeno no disco articular: comparação entre os grupos G1, G2 E G3 aos dois dias (DE CASTRO, 2014).
75
Figura 38 Representação gráfica da deposição de colágeno no disco articular: comparação entre os grupos G1, G2 E G3 aos três dias (DE CASTRO, 2014).
76
Figura 39 Representação gráfica da deposição de colágeno no disco articular: comparação entre os grupos G1, G2 E G3 aos sete dias (DE CASTRO, 2014).
76
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
AINES AsGaAl
Anti-inflamatorios não esteróides Arseneto de Gálio e alumínio
ATP Adenosina-trifosfato CEEA Comissão de Ética na Experimentação Animal COX COX-1 COX-2
Cicloxigenase Cicloxigenase um Cicloxigenase dois
CW Modo contínuo DNA DTM
Ácido desoxirribonucléico Disfunção Temporomandibular
HE IL-1α IL-1β IL-1ra IL-6 IL-8 iNOS J/cm2
Hematoxilina-Eosina Interleucina 1 alfa Interleucina 1 beta Antagonista do receptor de IL-1 Interleucina seis Interleucina oito óxido nítrico sintase induzível Joule por centímetro quadrado
Laser LED LTB4
Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação Diodo emissor de luz Leucotrieno B quatro
MMP MMP-1 MMP-3 MMP-13
Metaloproteinase Metaloproteinase 1 Metaloproteinase três Metaloproteinase treze
NO NO2
PG PGE2
ROS RT-PCR SAEF SIL-1RII sTNFR-I sTNFR-II TGF-β TNF TRPA1 UFBA UFPB
µm Φ
Óxido nítrico Dióxido de nitrogênio Prostaglandina Prostaglandina E dois Espécie reativa de oxigênio Reação em cadeia pela polimerase precedida de transcrição reversa Fluência de energia média espacial Receptor Solúvel de Interleucina 1 dois Receptor solúvel para TNF-I Receptor solúvel para TNF dois Fator de transformação do crescimento beta Fator de necrose tumoral Receptor de Potencial Transitório Ankirina 1 Universidade Federal da Bahia Universidade Federal da Paraíba Comprimento de onda Micrometro Spot
RESUMO As disfunções temporomandibulares (DTMs) são frequentes na população e geralmente envolvem processos inflamatórios. Trabalhos prévios têm evidenciado efeitos positivos das fototerapias Laser e LED (diodos emissores de luz) nas DTMs, porém sua ação e mecanismo no infiltrado inflamatório da articulação temporomandibular ainda são pouco conhecidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar, através da análise histológica, a eficácia das luzes Laser (10 J/cm2, λ 780 nm, 70 mW, CW) e LED (10 J/cm2, λ 850 ± 10 nm,100 mW,CW) na inflamação da articulação temporomandibular de ratos induzida por carragenina. Quarenta e cinco animais foram divididos em três grupos com cinco animais por subgrupo de acordo com os tempos experimentais de dois, três e sete dias: Inflamação; Inflamação + Fototerapia Laser e Inflamação + Fototerapia LED. A primeira irradiação foi realizada 24 horas após a indução com intervalo de 48 horas entre as sessões. Após a morte animal, os espécimes foram processados e corados com HE e Picrosirius. Em seguida, as amostras foram examinadas histologicamente. Os dados foram submetidos à análise estatística. No decorrer dos tempos experimentais, no grupo inflamação, foi observado infiltrado inflamatório crônico discreto a moderado entre as trabéculas ósseas do côndilo. No grupo tratado com Laser, a região do côndilo apresentou intensa vascularização e presença de discreta inflamação crônica na maioria dos espécimes. No grupo LED, o côndilo apresentou aspectos de normalidade e ausência de inflamação em alguns espécimes, ao longo dos tempos experimentais. O grupo irradiado com Laser apresentou maior quantidade de colágeno no côndilo (p=0,04) e disco (p=0,03) quando comparado aos grupos inflamação e LED, respectivamente. Os grupos irradiados com Laser ou LED apresentaram um menor número de camadas da membrana sinovial quando comparados aos grupos não irradiados. Concluiu-se que as fototerapias Laser e LED apresentaram de modo geral efeitos positivos em relação à redução do processo inflamatório na articulação temporomandibular de rato. Palavras-chave: Articulação Temporomandibular, Carragenina, Inflamação, Terapia a Laser, Fototerapia
ABSTRACT
Temporomandibular disorders (TMD) are commonly found in the population and usually involve inflammatory processes. Previous studies have shown positive effects of Laser and LED (Ligth emitting diodes) phototherapies on TMD but their action and mechanism in the inflammatory infiltrate of the temporomandibular joint are still poorly understood. The aim of this study was to assess through histological analysis the effectiveness of Laser light (10 J/cm2, λ 780 nm, 70 mW,CW) and LED (10 J/cm2, λ 850 nm, 100 mW,CW) on the inflammation of the temporomandibular joint of rats induced by carrageenan. Forty-five animals were divided in three groups with five animals per subgroup according to the experimental times of two, three and seven days: Inflammation, Inflammation + Laser phototherapy and Inflammation + LED phototherapy. The first irradiation was performed 24 hours after induction with an interval of 48 hours between sessions. After animal death, specimens were processed and stained with HE and Picrosirius. Then the samples were examined histologically. Data were statistically analyzed. The inflammation group showed mild to moderate chronic inflammatory infiltrate among the bone trabecules of the condyle. Over the time-course of the study in the Laser group the region of the condyle presented mild chronic inflammation and intense vascularization. In the LED group, the condyle showed aspects of normality and absent inflammation in some specimens. In all the time-points, the Laser irradiated groups showed greater amount of collagen in the condyle (p = 0.04) and disc (p = 0.03) when compared to the inflammation and LED groups, respectively. Laser and LED treated groups demonstrated a smaller number of the layers of the synovial membrane when compared to the non-irradiated groups. It was concluded that, in general, Laser and LED phototherapies resulted in a reduction of the inflammatory infiltrate in the temporomandibular joint of rat. Keywords: Temporomandibular Joint, Carrageenan, Inflammation,Laser Therapy ,Phototherapy
17
1. INTRODUÇÃO
Desordens Temporomandibulares (DTMs) são um conjunto de distúrbios
articulares e/ou musculares na região orofacial, que envolve os músculos da
mastigação, a ATM e as estruturas adjacentes à articulação. Frequentemente
um componente inflamatório está associado a casos de DTMs. Entretanto, o
entendimento do processo inflamatório na articulação temporomandibular tem
sido baseado em outras articulações sinoviais (HUTCHINS et al., 2000).
As características especiais da ATM, como sua densa cobertura de
tecido fibroso, podem influenciar a sua resposta como uma articulação
sinovial (MEIKEL,1992). Além disso, concentrações de algumas substâncias
inflamatórias na ATM diferem de outras articulações, como os níveis de
substância P, peptídeo relacionado a calcitonina, e o neuropeptídio Y, que
apresentam níveis mais elevados nas artrites das ATMs em humanos que na
articulação do joelho, provavelmente devido à densa inervação das ATMs
(TOMINAGA et al.,1999).
As ATMs são suscetíveis a uma variedade de alterações inflamatórias,
incluindo as osteoartrites e a artrite reumatoide (BOULOUX et al., 2009). Os
sintomas mais frequentes são: dor ao movimentar, sensibilidade à palpação,
rigidez, crepitação e tumefação (SILVA et al.,2011). Os objetivos do
tratamento incluem a manutenção da função aliviando a sintomatologia
dolorosa e rigidez das ATMs (DURANDO et al., 2002). Tratamentos não-
cirúrgicos para DTMs constituem a primeira opção e frequentemente
consistem de medicações, como AINES (anti-inflamatórios não esteroides),
relaxantes musculares e antidepressivos (OKENSON, 2008).
18
A carragenina é um mucopolissacarídeo sulfatado, utilizado como
agente de indução da inflamação experimental e dor inflamatória na pata de
ratos, sendo um modelo utilizado extensivamente no desenvolvimento de
AINES e inibidores seletivos da cicloxigenase-2 (PETER-SZABO et al., 2007).
Diferentemente de outras substâncias, a carragenina causa uma inflamação
do tipo não-neurogênica, não é antigênica, não produz efeitos sistêmicos e
proporciona um alto grau de reprodutividade (WINTER et al. 1962).
Estudos recentes têm demonstrado bons resultados quanto à utilização
da fototerapia Laser em condições inflamatórias na ATM (CARVALHO et al.,
2011), pata (SILVA et al., 2011) e joelho de ratos (PALLOTA et al., 2012),
revelando-se como uma alternativa no tratamento de desordens articulares
inflamatórias crônicas, uma vez que não produz complicações como
nefrotoxicidade e úlceras gástricas, as quais são comuns com o uso de
AINES (ALBERTINI et al., 2004).
A fototerapia com LED (Diodo Emissor de Luz), assim como o Laser, pode
causar a diminuição da intensidade da dor e até analgesia, através da inibição
da ação da enzima cicloxigenase e interrompendo a conversão de ácido
araquidônico em prostaglandinas (ALBERTINI et al., 2007). Entretanto, os
efeitos terapêuticos do LED são específicos e por ser uma tecnologia
relativamente nova, ainda se encontram em fase de investigação a respeito
dos seus reais resultados (MEYER et al., 2010).
Tendo em vista que para o avanço do tratamento da DTM com a
utilização de fototerapias na prática clínica são necessários mais estudos
experimentais que descrevam a ação da fotobiomodulação Laser e, em
19
especial, do LED na ATM, o objetivo desse estudo foi avaliar, através da
análise histológica, os efeitos das fototerapias Laser e LED no processo
inflamatório induzido por carragenina na articulação temporomandibular de
rato.
20
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1- Disfunção Temporomandibular
A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação sinovial
bilateral que permite movimentos mandibulares em torno do osso temporal. A
ATM difere-se das demais articulações do corpo por ser revestida de
fibrocartilagem e não cartilagem hialina, sendo também composta por um
disco articular localizado entre as faces articulares (côndilo mandibular,
eminência articular e fossa mandibular do osso temporal) (MADEIRA, 2008).
A membrana sinovial consiste de uma porção superficial de células
conjuntivas, denominada camada íntima, que está presente sobre uma
camada de tecido conjuntivo densamente vascularizado e inervado,
denominada camada subíntima. A camada íntima apresenta diferentes tipos
celulares e apesar de compacta, não é contínua, e geralmente pode ser
visualizada em contato com o espaço articular. A camada subíntima é
constituída por um tecido conjuntivo frouxo que contém vasos sanguíneos,
linfáticos e nervos, além de uma escassa população de células como
fibroblastos, macrófagos e mastócitos. A superfície da membrana sinovial
pode apresentar pregas e projeções (DIJKGRAAF et al., 1996).
As características especiais das ATMs podem influenciar sua resposta
como articulação sinovial. A sua superfície, por exemplo, apresenta uma
cobertura de tecido fibroso denso, enquanto que a maioria das demais
articulações sinoviais são cobertas apenas por cartilagem hialina. Essa é uma
característica importante, pois o tecido conjuntivo fibroso possui uma maior
21
capacidade de autorreparação do que a cartilagem hialina. Dessa forma, o
tratamento das condições artríticas da ATM pode ser diferente de outras
articulações sinoviais (MEIKEL,1992).
A disfunção temporomandibular (DTM) possui origem multifatorial
caracterizada por quadros agudos e principalmente crônicos, além de
abranger inúmeros problemas clínicos envolvendo a musculatura
mastigatória, a ATM e estruturas associadas, ou ambos. Essa desordem é
considerada a causa mais frequente de dor orofacial crônica (MANFREDINI et
al., 2004). Os diversos aspectos etiológicos da DTM são incertos. Os
principais fatores comumente relacionados são modificações na oclusão
dentária, ausência de unidades dentárias, modificações na morfologia interna
da ATM como relação anormal do disco articular com o côndilo mandibular, a
fossa e a eminência articular (HIRATA at al., 2007). Problemas psicológicos,
ansiedade, depressão e estresse possuem correlação com os pacientes que
apresentam DTM (CELIĆ et al.,2011), além de mastigação unilateral e hábitos
parafuncionais (MANFREDINI et al.,2003). Normalmente um único fator não é
responsável pelo desencadeamento da DTM e sim a associação entre eles
(OKENSON, 2008).
Os principais sintomas para a DTM incluem: estalido, crepitação,
movimento limitado ou travamento da mandíbula, dor na face, colo ou
ombros, dores de cabeça, dores de ouvido, tonturas e problemas auditivos
(TANAKA, DETAMORE, MERCURI, 2008).
As ATMs são suscetíveis a uma variedade de alterações inflamatórias,
as quais são consideradas como a principal causa de dor em pacientes
22
portadores de DTM (BOULOUX et al., 2009). Tal inflamação pode ocorrer na
membrana sinovial (sinovite) e/ou na cápsula (capsulite), podendo resultar de
um trauma localizado, infecção ou degeneração ou ainda ser parte de uma
alteração na formação do colágeno ou poliartrite sistêmica, como por exemplo
a artrite reumatoide (SESSLE et al., 2010). Os objetivos terapêuticos do
tratamento incluem a manutenção da função, aliviando a sintomatologia
dolorosa e rigidez das ATMs (DURANDO et al., 2002).
Tratamentos não-cirúrgicos para DTMs constituem a primeira opção e
frequentemente consistem de medicações, como AINES, relaxantes
musculares e antidepressivos. Os AINES podem reduzir a inflamação, mas
também podem aumentar o risco de complicações, como úlceras gástricas e
nefrotoxidade (ISHIMARU et al., 2003). Outros tratamentos indicados são:
splints oclusais; fisioterapia e tratamento de atividades parafuncionais
(CETINER et al., 2006), TENS (neuroestimulação elétrica transcutânea),
Laserterapia (NÚÑEZ et al.,2006) e acupuntura/eletroacupuntura (GODDARD
et al., 2002).
2.2 - Inflamação e disfunção temporomandibular
A inflamação é uma resposta inespecífica do corpo a diferentes tipos
de agressões, constituindo-se, essencialmente, de uma resposta protetora
que inicia o processo de reparo tecidual (KHALIL et al., 1992).
A inflamação se caracteriza pelos seguintes sinais: rubor, calor, tumor,
dor e perda da função, refletindo os efeitos das citocinas e de outros
23
mediadores inflamatórios nos vasos sanguíneos locais (JANEWAY et al.,
2007; KUMAR et al., 2010). A inflamação pode ser dividida em fase inicial e
tardia, dependendo do tempo e duração da resposta e do tipo de célula
inflamatória envolvida. A fase inflamatória inicial dura de 1 a 2 dias e inicia-se
com a ativação do sistema imunológico pelas vias clássica e alternativa da
cascata do sistema complemento. Isso leva à infiltração da ferida pelos
neutrófilos granulócitos (leucócitos polimorfonucleares), que são atraídos para
o local da ferida dentro de 24 a 48 horas após a lesão por inúmeros
quimiotáxicos como: Fragmentos proteicos da matriz extracelular; Fator de
crescimento transformador β (TGF-β); Componentes do sistema complemento
(C3a e C5a); Peptídeos formil-metionina e produtos bacterianos. Dentro de
um curto tempo, os leucócitos polimorfonucleares aderem-se às células
endoteliais na periferia dos vasos sanguíneos (marginação) e começam a
moverem-se ativamente através da parede vascular (diapedese). Uma vez no
sítio inflamatório, eles fagocitam a bactéria e outras partículas estranhas ao
organismo, liberando enzimas degradantes e radicais livres derivados de
oxigênio, o que minimiza a contaminação bacteriana da ferida e favorece o
processo cicatricial nas próximas fases (KUMAR et al., 2010).
As inflamações agudas caracterizam-se pelo predomínio de fenômenos
exsudativos, consequentes a alterações da permeabilidade vascular,
permitindo o acúmulo na região inflamada de líquido (edema), fibrina (que se
forma no interstício pela interação entre componentes do plasma e fatores
dos tecidos), leucócitos, especialmente neutrófilos e hemácias. Nas
inflamações crônicas, além destes elementos, ocorrem no local fenômenos
24
produtivos, ou seja, proliferação de vasos, fibroblastos (com consequente
deposição de colágeno), como também migração e proliferação local de
monócitos e linfócitos (KUMAR et al., 2010).
Os mediadores envolvidos na origem da dor inflamatória também
exercem um papel essencial na ativação de outros eventos inflamatórios,
incluindo edema e migração leucocitária. As prostaglandinas podem ser
essenciais para a formação de edema, enquanto as citocinas pró-
inflamatórias (IL-1α, IL-1β, IL-6, IL-8 e TNF), além de atuar no crescimento
celular, na remodelação de tecidos e na manutenção da homeostase, também
podem mediar funções destrutivas, como inflamação e reações autoimunes
(WHITE et al., 2005). Em adição, diversos estudos que analisaram o líquido
sinovial de pacientes com DTM têm encontrado altos níveis de citocinas
inflamatórias, o que sugere a associação destas a mecanismos patológicos.
A interleucina-1 (IL-1) é produzida em grandes quantidades pela
membrana sinovial durante a inflamação, assim como por monócitos e
macrófagos, não estando presente em tecidos normais (TATAKIS,1993).
Kubota et al. (1997) mostraram haver relação entre a presença de IL-1β e o
desenvolvimento de osteoartrite na ATM. Alstergreen et al. (1999) observaram
aumento da dosagem de IL-1β em ATMs acometidas por processo
inflamatório quando comparado a articulações normais, e sugeriram relação
entre IL-1β e sintomatologia dolorosa, limitação do movimentos mandibulares
e destruição articular. Ijima et al. (2001) demonstraram que IL-1α é capaz de
induzir síntese de metaloproteinases (MMPs) por condrócitos e células do
25
disco articular ocasionando quebra da estrutura na matriz extracelular e
consequente aumento do processo de degeneração articular.
O fator de necrose tumoral alfa (TNFα) é produzido pela membrana
sinovial da ATM na fase crônica da inflamação e também por monócitos e
macrófagos ativados, estando envolvido na etiopatogênese da sinovite e da
degeneração cartilaginosa em pacientes com DTM (HIROTA et al.,2006).
Além disso, sabe-se que o TNFα ativa a síntese de citocinas como as IL-1 e
IL-6 e linfócitos assim como os osteoclastos, estimula a produção de
prostaglandinas (PG) e também condrócitos, sinoviócitos do tipo B e
fibroblastos da cavidade articular a sintetizarem colagenases
(ALSTERGREEN, 2000).
Tem sido sugerido que a IL-6 participa na fisiopatologia da DTM, não
estando presente, entretanto, em articulações normais. IL-6 está envolvida no
desenvolvimento de sinovite, de destruição óssea e cartilaginosa, de
hiperalgesia nos tecidos articulares, sendo possível a sua utilização como
marcador bioquímico de DTM crônicas (KANEYAMA et al., 2004).
Níveis elevados de IL-8 foram encontrados no fluido sinovial de
pacientes com DTM, sendo também demonstrado que a principal fonte de IL-
8 em ATMs são as células sinoviais e células inflamatórias, como neutrófilos e
macrófagos que participam na fase aguda da inflamação ATM (SUKEDAI et
al., 2004).
As sínteses de prostaglandinas (PG) e de leucotrienos pelo
metabolismo do ácido araquidônico e ação das enzimas ciclooxigenase
26
(COX) e lipoxigenase, respectivamente, estão envolvidas na patogênese da
fase aguda da inflamação (KUMAR et al., 2010). Três isoformas da COX são
conhecidas: COX-1, sintetizada constitutivamente expressa no estômago, rins
e plaquetas, e considerada importante na proteção da mucosa estomacal. A
COX-2, inicialmente tida como induzida pelo processo inflamatório, foi
constatada como sendo constitutiva no endotélio vascular, rins, pulmão e
cérebro. A COX-3 é uma isoforma encontrada principalmente no sistema
nervoso central e seu papel é ainda desconhecido (BOTTING, 2006). As
ações da prostaglandina E2 (PGE2) na inflamação incluem mediar
vasodilatação, aumentar a permeabilidade vascular e sensibilizar
nociceptores periféricos. Tem sido demonstrada a presença de PGE2 em
ATMs com desordem inflamatória e sintomatologia dolorosa (ALSTERGREN,
KOOP, 2000), assim como a presença de leucotrieno B4 (LTB4) e PGE2 em
pacientes apresentando desarranjos internos na ATM (NISHIMURA et al.
2002) e em articulações com sinovite (ARINCI et al. 2005).
Tanimoto et al. (2011) demonstraram in vitro que a expressão de COX-
2/PGE2 foi aumentada devido a IL-1β em condrócitos articulares do côndilo
mandibular, e que a MMP-1, -3, e -13 foram induzidas por PGE2, sugerindo
que a indução de COX- 2 / PGE2 pela IL-1β desempenha um papel crucial
nos processos catabólicos da cartilagem condilar mandibular sob condições
inflamatórias.
27
2.3 - Processos inflamatórios induzidos por carragenina
A carragenina é originada da parede celular principalmente de algas
vermelhas como a Chondrus crispus, também conhecida por Irish Moss,
ocorrendo em Carragheen (Waterford, Irlanda), local em que cresce em
abundância. Material de composição semelhante foi isolado de outras algas
como Gigartina stellata e Rhodymenia palmata. A carragenina é um
mucopolissacarídeo sulfatado que pode ser separado em dois compostos.
Uma fração se transforma em gel sob a ação do íon potássio e é designada
como kappa (κ), e a outra é insensível ao potássio denominada lambda (λ).
As frações κ e λ representam 40 e 60% do extrato não fracionado (DI ROSA,
1972).
A carragenina não gelatinosa (λ) é utilizada para induzir inflamação e
dor inflamatória em modelos de roedores, especialmente na pata. O uso da
carragenina como agente irritante para indução de edema na pata de rato foi
introduzido por Winter, Risley e Nuss (1962). Logo em seguida, o efeito da
indometacina foi avaliado através deste modelo, que é um dos métodos mais
utilizados para o teste e avaliação de drogas e terapias anti-inflamatórias. A
primeira fase (1-2h) do edema de pata induzido por carragenina é
caracterizada pela liberação de histamina, serotonina e bradicinina, ao passo
que na segunda fase (2-4h) tem sido correlacionada com elevada produção
de prostaglandinas, sendo este processo mediado por bradicininas,
leucotrienos, células polimorfonucleares e prostaglandinas produzidas por
macrófagos teciduais (GUPTA et al., 2006; DI ROSA et al., 1971). A presença
28
de infiltrado de neutrófilos também é uma característica desse modelo (DI
ROSA, SORRENTINO, 1968; VINEGAR et al.,1971). Além disso, utilizando a
carragenina como agente flogógeno, diversos mediadores inflamatórios já
foram descritos no tecido da pata de rato, como PGE2, leucotrienos (LTD4),
IL-1 e IL-6, NO e espécies reativas de oxigênio, os quais apresentam
potencial para perpetuar a estimulação da resposta inflamatória (GUAY et al.,
2004).
Para Moilanen et al. (2012), o receptor de potencial transitório TRPA1
é ativado durante a indução da inflamação aguda por injeção de carragenina,
gerando uma maior expressão de COX e um consequente aumento de
prostaglandinas, podendo ser um alvo potencial para o desenvolvimento de
novos agentes inflamatórios não-esteroides e inibidores seletivos da COX-2
(PETER-SZABO et al., 2007) incluindo produtos terapêuticos derivados de
plantas medicinais (CHOU et al., 2003).
Debprasad et al.(2012) analisaram o efeito da inibição da expressão de
NO2, PGE2, TNF-α, e iNOS através da utilização do extrato da folha de
Shorea robusta. Inflamação aguda foi induzida através da injeção subplantar
de 0.1mL de carragenina diluída a 1% de solução salina e observaram que
houve redução do diâmetro do edema da pata quando compararam os grupos
tratados com os extratos aquoso e alcoólico (400 mg / kg) aos grupos controle
negativo (solução salina) e positivo (diclofenaco de sódio), além de redução
significativa de NO2, PGE2, TNF-α, IL-1β,IL-6 e iNOS.
Uzkeser et al. (2012) também relataram a indução de inflamação aguda
e edema através da utilização de injeção subplantar de 0.1 mL de carragenina
29
diluída a 1% de solução salina e observaram que o salbutamol nas doses
utilizadas (1 e 2 mg/kg) impediria as respostas inflamatória e nociceptiva
estimulando os receptores adrenérgicos β-2 e da prevenção da geração de
radicais de livres de oxigênio (ROS) durante o processo de inflamação aguda
em ratos.
2.4 - Anatomia e histologia da articulação temporomandibular de rato
A ATM normal do rato foi descrita anatômica e histologicamente em
alguns estudos. Anatomicamente a ATM é envolvida por uma fina cápsula,
formada por tecido fibroso e cobertura sinovial. O espaço articular é separado
em dois outros espaços: discotemporal superior e disco mandibular inferior. O
ângulo mandibular tem uma forma proeminente. A porção anterior do disco
articular contem fibras de ligação do músculo pterigoideo lateral. Essa porção
gradualmente se torna mais fina anteroposteriormente, até a porção
intermediária. O disco é semelhante ao humano, porém a fossa articular é
convexa. Posterior à porção intermediaria, o disco gradualmente aumenta em
espessura e conecta-se posteriormente ao tecido gorduroso retrodiscal
(MUTO et al.,1998; PORTO et al., 2010). A posição dos côndilos é divergente
de acordo com o eixo axial e a fossa glenoide é plana, sem eminências
(MUTO et al., 2010).
Histologicamente, no côndilo, existe uma área que compreende uma
camada espessa de cartilagem, principalmente do tipo hialina, com camadas
de condrócitos sobrepostas que amadurecem a medida em que a área de
30
transição para o tecido ósseo é observada na superfície articular do côndilo
mandibular (PORTO et al., 2010). Luz (1995) ainda observou no côndilo as
seguintes camadas: zona fibrosa, composta de feixes colágenos
entrecruzados; zona de mitose, delgada; zona cartilaginosa, correspondente a
cartilagem de crescimento; zona de ossificação, que apresenta trabéculas em
formação e zona óssea, correspondente a parte de maior volume.
No osso temporal, assim como na superfície articular do côndilo, há
uma camada fibrosa que aumenta em espessura de uma posição anterior
para uma mais posterior sobre a superfície articular do osso temporal. Há
também camadas de condrócitos sobrepostas, mas em menor número do que
no côndilo (PORTO et al., 2010). É observado um disco que divide a cavidade
articular em superior e inferior. As superfícies articulares condilar e temporal
são cobertas por tecido fibrinoso, compacto e avascular, com o colágeno
constituindo o componente mais predominante. A porção anterior da
membrana sinovial na cavidade superior consiste em uma ou duas camadas
de células e apresenta uma superfície lateral lisa, onde medialmente
apresenta uma superfície irregular ou formação vilosa. O ligamento posterior
é composto principalmente de fibras colágenas e elásticas (MUTO et al.,
1998).
31
2.5-Processos inflamatórios na articulação temporomandibular de rato
A dor orofacial é mais comumente causada por inflamação, seja aguda
ou crônica, e geralmente esta dor é refratária aos tratamentos existentes. Para
que ocorram evoluções nessa área é necessária uma melhor compreensão dos
mecanismos inflamatórios. Existem poucos estudos específicos nos tecidos
orais ou faciais. Um modelo orofacial satisfatório tem a vantagem de permitir o
estudo da inflamação de uma maneira geral, assim como os mecanismos que
podem ser específicos deste tecido, como algumas formas de DTMs (HAAS et
al. 1992). Segundo Puzas (2003), ainda não existe um modelo experimental
que esclareça a fisiopatologia das DTMs em todos os estágios, da fase aguda à
fase crônica. Essa limitação na fisiopatologia da inflamação e da dor na ATM se
deve em parte à limitação de modelos experimentais e à dificuldade em
mensurar parâmetros inflamatórios na região (ROVERONI et al, 2001). Desta
forma, modelos de inflamação provenientes de outras regiões do organismo
têm sido utilizados, mesmo por aqueles com interesse específico nos
mecanismos relacionados à região orofacial (HARGREAVES et al., 1989;
HYLDEN et al., 1991).
Os mecanismos do desenvolvimento e progressão das DTMs ainda
não foram completamente elucidados. Diversos modelos experimentais têm
sido desenvolvidos para o estudo de alterações inflamatórias na ATM. Para
este propósito, autores sugerem procedimentos cirúrgicos (HELMY et
32
al.,1989), mecânicos (MUTO et al 1998 a, b) ou injeção intra-articular de
substâncias (HAAS et al.,1992; TOMINAGA et al.,1999).
Haas et al. (1992) injetaram óleo de mostrada na ATM de ratos e,
através de parâmetros inflamatórios como extravasamento plasmático com
azul de Evans e infiltração de neutrófilos polimorfonuclares observaram
inflamação aguda nos tecidos articulares. Este fato também foi observado por
Boleta-Ceranto et al. (2005), os quais concluíram que o pico de
extravasamento plasmático induzido pela administração periarticular de
carragenina (300 μg / 50 μL) na ATM de ratos ocorreu em 60 minutos, o qual
pode ser inibido pelos anti-inflamatórios dexametasona e meloxicam.
Processos inflamatórios na ATM são frequentemente acompanhados por
sinovite, que é uma doença inflamatória da membrana sinovial caracterizada
por hiperemia, angiogênese, edema, e proliferação de capilares. Ainda inclui a
presença de inflamação aguda ou crônica, o que pode gerar hiperplasia das
camadas da membrana sinovial (DIJKGRAAF, LIEM, DE BONT, 1997).
Diversos estudos avaliaram o padrão de reação inflamatória e
proliferação de células da membrana sinovial promovidos pelo uso da
carragenina. No estudo de Goulart et al. (2005) foi observado que uma
injeção local única de 20 µl de carragenina a 1% na região da ATM foi
suficiente para induzir reação inflamatória na articulação e nos tecidos moles
periarticulares de ratos, sendo observado infiltrado inflamatório agudo seguido
de infiltrado crônico, além da hiperplasia da membrana sinovial.
Lee et al. (2010) observaram que uma injeção de 0.01 ml de
carragenina a 3% na ATM de rato induzia inflamação e proliferação de
33
células, especialmente na membrana sinovial e que o ácido hialurônico
melhorava a inflamação, diminuindo as células inflamatórias na membrana
sinovial.
Carvalho et al. (2011) observaram que a injeção em dose única de 20 µl
de carragenina 1% resultou em resposta inflamatória na ATM. Aos três dias
foi observado infiltrado inflamatório misto intenso e aos sete dias houve
inflamação crônica intensa, com predominância de linfócitos, principalmente
na região próxima à cápsula articular e ao colo do côndilo. Áreas de
proliferação celular da membrana sinovial e vilosidades foram observadas
após a indução da inflamação. Resultados semelhantes, aos três e sete dias,
para a membrana sinovial, foram observados por Barreto et al., 2013, além de
inflamação crônica intensa na região de tecidos retrodiscais, utilizando dose
única de 50 µl de carragenina 1%.
Muto et al. (1998a;1998b), através da indução de sinovite na ATM de
ratos por meio de trauma por hiper-extensão de abertura bucal, criaram um
sistema de gradação das camadas da membrana sinovial: Grau 0 (1 a 3
camadas), Grau 1 (4 a 6 camadas) e Grau 2 (7 ou mais camadas). Este
sistema foi adotado por Carvalho (2008), que após indução do processo
inflamatório na ATM de ratos com carragenina, observou hiperplasia da
membrana sinovial resultante do processo inflamatório apresentando grau 1,
nos períodos de três e sete dias de observação.
No estudo de Ozaki et al. (2008), foram observadas histologicamente
alterações inflamatórias na ATM de ratos, ocasionadas por hiper-extensão
mandibular e ressecção do masseter. Em adição, foi avaliada a expressão da
34
COX-2 e iNOS na membrana sinovial por meio de imuno-histoquímica.
Segundo os resultados, o grupo em que houve associação entre a abertura
mandibular e ressecção do masseter apresentou maiores alterações
inflamatórias, incluindo hiperplasia sinovial, vascularização dilatada,
deposição de fibrina e intensa imunorreatividade para COX-2 e iNOS.
2.6 - Fototerapias Laser e LED
O Laser (Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação) é uma
forma de radiação altamente concentrada, que em contato com diferentes
tecidos resulta, de acordo com o tipo de Laser, em efeitos térmicos,
fotoquímicos e não lineares. Sendo uma forma de energia não ionizante, ao
contrário dos raios X, gama e de nêutrons, a radiação Laser não é invasiva na
maioria dos comprimentos de onda utilizados com finalidade terapêutica,
sendo muito bem tolerada pelos tecidos (PINHEIRO, BRUGNERA, ZANIN,
2010).
O LED (Diodo Emissor de Luz) é uma fonte de luz contínua com alta
eficiência luminescente. Constitui-se de um diodo semicondutor (junção P-N).
A luz monocromática é produzida quando uma diferença de potencial positiva
é aplicada no lado P e negativa no lado N, tornando o diodo polarizado.
Acontece a recombinação de elétrons e lacunas na região da junção (p-n)
gerando a emissão espontânea de energia sob forma de fótons (SEEGER,
1997). Este aparelho emite uma estreita faixa de radiação eletromagnética
que varia de comprimentos de onda que vão do ultravioleta ao visível e
infravermelho (TÚNER, HODE, 2004). Este tipo de fonte de luz apresenta
35
vantagens em relação à luz Laser. Possui longa durabilidade, baixo custo,
circuitos eletrônicos mais simples e confiáveis, pode irradiar uma maior área
de superfície, além de gerar menor impacto ambiental, pois requer menos
energia para sua operação. Uma outra vantagem seria a sua alta eficiência
energética, ou seja, toda energia fornecida é transformada em luz e apenas
uma pequena fração é perdida sob a forma de calor (SEEGER,1997).
A diferença básica entre Lasers e LED é que este último não apresenta
dispositivo ressonador, o qual é responsável pela emissão estimulada de
radiação e amplificação de luz, como ocorre nos Lasers (KARU, 2003). Dessa
forma, no LED predomina a emissão espontânea de radiação. Essa fonte de
luz é monocromática, emitida em uma faixa espectral pequena, porém
relativamente maior que a do Laser. É também uma luz não coerente, não
colimada, menos concentrada em relação à radiação Laser, porém mais
concentrada que a luz comum. A polarização obtida nos Lasers não é uma
característica comum aos LEDs. Todavia, já se observa na literatura
aparelhos LED que emitem luz polarizada (SCHUBERT et al., 2007). Quanto
ao modo de emissão, atualmente já existem equipamentos LED que podem
emitir tanto no modo contínuo (CW) quanto no pulsátil (PINHEIRO,
BRUGNERA, ZANIN, 2010).
A aplicação do LED como recurso terapêutico vem se destacando nas
últimas décadas, sendo evidenciado que sua eficiência em processos de
fotobiomodulação celular é semelhante à dos Lasers de baixa potência
(VINCK et al., 2003).
36
O mecanismo biomolecular de interação dos Lasers de baixa potência e
LEDs, consiste em quatro processos: fotoquímico, fototérmico, fotomecânico e
fotoelétrico. A fotobiomodulação está incluída no grupo dos efeitos
fotoquímicos, nos quais a luz atua em processos moleculares e bioquímicos
que ocorrem nos tecidos, como por exemplo na cicatrização de feridas e
reparo ósseo (PINHEIRO, BRUGNERA JR, ZANIN, 2010). Tem sido
demonstrado que, no nível celular, a luz vermelha estimularia o fotorreceptor
citocromo-C-oxidase, localizado nas mitocôndrias, levando a incrementos de
ATP mitocondrial e consequente aumento do metabolismo oxidativo. A luz
infravermelha, em um caminho adicional, poderia ativar diretamente os canais
de Ca2+ na membrana celular pelas modificações fotofísicas, desta maneira
induzindo o influxo celular de Ca2+ (KARU,1999). Dessa forma, se inicia uma
cascata de reações celulares que modulam o comportamento biológico,
modulando a angiogênese, macrófagos e linfócitos (KARU; PYATIBRAT;
AFANASYEVA, 2005); a proliferação de fibroblastos e síntese de colágeno
(VINCK et al.,2003); diferenciação de células mesenquimais em osteoblastos,
entre outros, acelerando assim o processo de reparação (PINHEIRO et
al.,2011a).
Além do efeito biomodulador, as fototerapias laser e LED tem ação
analgésica, pelo aumento da síntese de beta-endorfina, diminuição da
liberação de transmissores nociceptivos, e por dificultar condução do estímulo
doloroso pela atuação na estabilização do potencial elétrico da membrana
(WALSH, 1997).
37
Além disso, a resposta celular à fotoestimulação pode não estar
associada a propriedades específicas da luz Laser, como a coerência, pois
essa propriedade se perde nas primeiras camadas do tecido biológico. Isto
permitiu o trabalho com fontes emissoras de luz não coerentes como os
diodos emissores de luz – LEDs. (SCHUBERT, 2006).
Segundo Karu (1989), não é necessária a alta monocromaticidade da
luz, uma vez que ela apresente uma largura de banda (comprimento de onda)
dentro da faixa de absorção da molécula receptora. Alguns estudos
demonstram que a fotobiomodulação de baixa intensidade na faixa do
vermelho ao infravermelho próximo (λ630 – λ1000nm), utilizando Lasers ou
LEDs, pode influenciar diversos processos biológicos in vitro e in vivo,
gerando efeitos positivos (WHELAN et al., 2002; KARU, 2003; AL-WATABAN,
2009).
2.7- Fototerapias Laser e LED na inflamação
Tem sido sugerido que a irradiação do Laser de baixa intensidade e o
diodo emissor de luz podem modular os processos inflamatórios (LIM et al.,
2007). Para isto, alguns parâmetros dos equipamentos Laser e LED, tais
como comprimento de onda, duração do tratamento, densidade de energia
(fluência), densidade de potência (irradiância), número de tratamentos, e o
modo de irradiação podem ser importantes para se obterem bons resultados
terapêuticos dessas fototerapias. Por outro lado, existe pouco consenso na
literatura acerca da padronização de tais parâmetros (MORAIS et al., 2010).
38
Desde o inicio de 1960, diferentes comprimentos de onda e diferentes
doses da radiação Laser têm sido utilizados, especialmente na redução da
duração da inflamação aguda, na estimulação do reparo tecidual e alívio da
dor (TUNER, HODE, 2004). Apesar de os mecanismos de sinalização celular
da fototerapia Laser ainda serem pouco compreendidos, acredita-se envolver
uma ação anti-inflamatória, embora a maioria dos estudos avalie apenas as
propriedades analgésicas do mesmo (ALBERTINI et al., 2004). A ação anti-
inflamatória é exercida mediante a aceleração da microcirculação, originando
alterações na pressão hidrostática capilar, com reabsorção do edema e
eliminação do acúmulo de catabólitos intermediários, tais como o ácido
purínico e o láctico, assim como na redução da síntese de PGE2, TNFα, IL-1β
COX-2 e ativador de plasminogênio (ALBERTINI et al.,2007; MAYAHARA et
al., 2010).
Para Albertini et al. (2007) ambos os comprimentos de onda de λ 660
nm e λ684 nm do Laser foram eficazes na redução da formação do edema na
pata de rato assim como na inibição da migração de células inflamatórias do
músculo plantar para o tecido conjuntivo adjacente, quando uma dose de 7,5
J/cm2 era utilizada.
Pires et al (2010) demonstraram a eficiência da fototerapia Laser (780
nm, 22 mW, 7.7 J/cm2, 75 s, Φ 0.2 cm2) no tratamento de ratos com tendinite
crônica induzida por colagenase aos 7 e 14 dias. Os autores observaram,
através do PCR dos espécimes, que o Laser em fases agudas e crônicas
diminuía a expressão de IL-6, COX-2 e TGF-β quando comparado aos grupos
não irradiados. Todavia, não houve alteração na expressão de IL-1β
39
independente do tempo experimental. A redução da expressão de TNF-α, no
entanto, ocorreu apenas na fase crônica. Os autores concluíram que a
irradiação Laser pode modular a produção de mediadores anti-inflamatórios.
A terapia com LED, assim como o Laser, pode causar a diminuição da
intensidade da dor e até analgesia, tendo como atuação a inibição a ação da
enzima cicloxigenase (COX), interrompendo a conversão de ácido
araquidônico em prostaglandina (LIM et al.,2007). Entretanto, os efeitos
terapêuticos do LED são específicos e por ser uma tecnologia relativamente
nova, ainda se encontram em fase de investigação a respeito dos seus reais
resultados (MEYER et al., 2010).
Xavier et al (2010) investigaram o efeito do LED (880 ±10 nm, 7.5 J/cm2,
22mW, 170s Φ 0.5cm2), através da análise RT- PCR, no processo inflamatório
em tendões de ratos induzido por colagenase, e observaram que houve
diminuição da quantidade de células anti-inflamatórias e de RNAm para IL-1b,
IL-6 e TNF-a nas fases aguda e crônica, e de COX-2 apenas na fase aguda.
Os autores sugeriam que o LED pode ser eficaz em processos inflamatórios.
Morais et al. (2010) avaliaram a ação das fototerapias Laser (685 nm e
830 nm) e LED (628 nm) em artrite de joelhos de ratos induzida por zimosan e
compararam aos grupos controle e controle positivo (tratado com
dexametasona). O edema foi avaliado pela diferença entre peso úmido e peso
seco da membrana sinovial, o aumento da permeabilidade vascular pelo
extravasamento do corante azul de Evans, e a incapacitação articular pelo
tempo de elevação da pata. Segundo os autores, o Laser reduziu os sinais
inflamatórios de forma mais eficaz do que o LED mesmo com tempo de
40
irradiação (100 s), potência (20 mW) e dose de energia (2 J) semelhantes. A
justificativa para esse resultado se dá pelo fato do LED possuir uma maior
faixa espectral (30 nm) que o Laser, que dessa forma pode não ser bem
absorvido pelo cromóferos dos tecidos biológicos.
2.8 - Fototerapias Laser e LED na disfunção temporomandibular
Diversos estudos anteriores comprovaram a efetividade da fototerapia
Laser na melhora da amplitude dos movimentos mandibulares assim como na
redução da sintomatologia dolorosa em pacientes com DTM utilizando o Laser
diodo, porém alguns resultados ainda são conflitantes e não existe um
consenso na literatura sobre quais parâmetros dessa terapia devem ser
utilizados (Quadro 1). Por outro lado, apenas dois estudos experimentais em
ratos Wistar avaliam o efeito da fototerapia Laser em processo inflamatório na
ATM (CARVALHO et al., 2011; BARRETO et al., 2013)
A fototerapia LED, segundo alguns estudos, tem se demonstrado eficaz
em diversas situações: tratamento de lesões de acne (GOLD et al., 2011), de
úlceras diabéticas crônicas (MINATEL et al., 2009), mucosites (LANG-
BICUDO et al., 2008), processos inflamatórios (XAVIER et al., 2010, MORAIS
et al., 2010), cicatrização de feridas (SOUSA et al., 2009; DE CASTRO et al.,
2011) e alívio da sintomatologia dolorosa (VINCK et al., 2006). Até o
presente momento, apenas um trabalho na literatura avalia clinicamente o uso
do LED em casos de DTM (Quadro 01).
41
42
3. PROPOSIÇÃO
3.1. Objetivo geral
Avaliar, descritiva e semi-quantitativamente, através da análise
histológica, o efeito da luz Laser (MMoptics®, São Carlos – SP), λ 780 nm, 70
mW, 4 mm2 Φ, (CW) , 10 J/cm2) e do diodo emissor de luz - LED (MMoptics®,
São Carlos – SP, λ 850±10 nm, 100 mW, 50 mm2 Φ, (CW) , 10 J/cm2) no
processo inflamatório induzido por carragenina na articulação
temporomandibular de rato.
3.2. Objetivos específicos
Descrever e comparar por meio de análise histológica alterações na
cápsula articular e no côndilo através da caracterização do infiltrado
inflamatório;
Observar alterações morfológicas e expressão de fibras colágenas no
disco articular e no côndilo;
Avaliar alterações na membrana sinovial através da contagem das
camadas de células;
43
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1- Respaldo ético da pesquisa
Este experimento em animais seguiu as normas de conduta de
experimentação animal da Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal da Bahia (FOUFBA) e foi realizado após a aprovação pela Comissão
de Ética na Experimentação Animal (CEEA) desta Instituição (Anexo 01), sob
o protocolo de número 04/10, de acordo com a LEI Nº 11.794, de 8 de outubro
de 2008.
4.2- Delineamento
Este foi um estudo do tipo transversal, descritivo e comparativo.
4.3 – Amostra
O modelo experimental utilizado foi o rato Wistar da espécie Rattus
norvegicus, classe Mammalia, ordem Roedentia, da linhagem Wistar, adultos
jovens, machos, com idade aproximada de dois meses, pesando entre 200 e
250 gramas cada, provenientes do Centro de Criação de Animais da
Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia. Os
procedimentos e a manutenção dos animais ocorreram no Laboratório de
Experimentação Animal da Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal da Bahia. Os animais foram mantidos em gaiolas plásticas
apropriadas forradas com maravalha autoclavada trocada diariamente,
contendo um rato em cada, em local livre de ruídos, mantidos em condições
44
ambientais de temperatura, umidade e luminosidade, com períodos iguais de
exposição a luz e a escuridão. Os animais receberam ração comercial para
roedores Labina (Purina® do Brasil, São Paulo-SP, Brasil) e água ad libitum.
4.4 - Distribuição dos grupos
Quarenta e cinco ratos foram aleatoriamente divididos em três grupos
principais e subdivididos, após a indução da inflamação, em nove grupos de
com de acordo com os períodos experimentais de dois, três e sete dias. A
distribuição dos grupos pode ser vista no Quadro 02.
Quadro 02 - Distribuição dos grupos de estudo (DE CASTRO,2014).
Grupo Descrição Nº de animais
Período experimental (dias)
Nº de sessões
G1
Inflamação
5 5 5
2
3
7
- - -
G2
Inflamação+ Fototerapia Laser
5 5 5
2
3
7
1 2 4
G3
Inflamação+ Fototerapia LED
5 5 5
2
3
7
1 2 4
45
4.5 - Procedimentos
4.5.1- Anestesia
Os ratos foram submetidos à anestesia geral com injeção intraperitonial
de cloridrato de quetamina 10 % (Cetamin®,Syntec,Cotia, SP,Brasil) e
cloridrato de xilazina 2 % ( Xilazina®, Syntec, Cotia,SP,Brasil) na posologia de
0,06 ml / 100 g e 0,03 ml / 100 g respectivamente.
4.5.2- Indução da Inflamação
A técnica de indução utilizada foi a proposta por Haas et al.(1992),
sendo que primeiramente foi realizado um adequado treinamento para
padronização do local da injeção (ATM esquerda) através da utilização do
corante Azul de Evans. Foi realizada uma tricotomia por arrancamento na
região da ATM esquerda e os ratos foram submetidos a indução da
inflamação através da injeção de 20µl de carragenina (C1867, Sigma-
Aldrich®, St. Louis, MO, USA), diluída a 1% em solução salina. Uma agulha de
calibre G30 foi conectada a uma microsseringa Hamilton de 50µl através de
uma cânula de polietileno (PE 50), sendo aquecida e moldada para se
adaptar na seringa sem vazamentos (Fig. 1). Esta foi inserida posteriormente
ao processo zigomático do osso temporal e movimentada anteriormente
através do espaço articular superior até contatar a parede póstero-lateral do
côndilo (Fig. 2).
46
4.5.3 - Fototerapia
As fontes de luz, Laser e LED, apresentam valores diferentes com
relação a potência e área de saída do feixe (spot). Dessa forma, foi adotado o
SAEF (Spatial Average Energy Density) como parâmetro de modo a equiparar
a densidade de energia de 10J/cm2 a ser fornecida para o tecido por ambas
as fontes luminosas, conforme recomendam Barolet et al.(2008). O valor do
SAEF é dado pela fórmula: J/cm2=P(W) x t(s) x n/A(cm2), sendo que foi
considerada a área de 1 cm2 ao invés da área do spot. Além disso, ambos os
aparelhos utilizados foram calibrados pelo fabricante considerando a área de
1 cm2 no cálculo da dose a ser fornecida ao tecido,por sua vez, possibilitando
a comparação dos efeitos de ambas as fototerapias.
4.5.3.1- Laser
O aparelho utilizado foi o diodo de Arseneto de Gálio e Alumínio
(GaAlAs), (Twinflex Evolution®, MMoptics,SãoCarlos,SP,Brasil) (Fig. 3), nos
parâmetros observados no no Quadro 03. Após 24 horas da indução da
inflamação, uma dose de 10 J/cm2 foi aplicada no grupo G2 aos dois, três e
sete dias, com intervalo de 48 horas entre as aplicações para cada período
experimental. A irradiação foi realizada por contato na ATM esquerda em um
ponto, identificado por palpação de forma perpendicular (Fig. 4).
47
4.5.3.2 – LED
O aparelho utilizado foi o diodo de Arseneto de Galio e Aluminio
(GaAlAs) (FISIOLED®,MMoptics,SãoCarlos,SP,Brasil) (Fig.5), nos parâmetros
observados no Quadro 03. Após 24 horas da indução da inflamação, uma
dose de 10 J/cm2 foi aplicada no grupo G3 aos dois, três e sete dias, com
intervalo de 48 horas entre as aplicações para cada período experimental. A
irradiação foi realizada por contato na ATM esquerda em um ponto,
identificado por palpação de forma perpendicular (Fig. 6).
Quadro 03 – Parâmetros das fototerapias utilizados na metodologia (DE
CASTRO, 2014).
Parâmetros LASER LED
Comprimento de onda (nm) 780 850±10 SAEF (J/cm
2) 10 10
Enegia (J) 10 10 Potência output (mW) 70 100 Potência output (W) 0,07 0,100 Área iluminada (cm
2) 1 1
Modo CW CW Aplicação Contato Contato
Área de saída do feixe- Spot (cm
2)
0,04 0,5
Densidade de Enegia (J/cm2) 250 20
Densidade de Potência (W/cm
2)
1,75 0,2
Tempo de exposição por sessão (s)
143 100
48
Figura 1- Agulha G30 conectada a microseringa Hamilton através da cânula
PE50 (DE CASTRO,2014).
Figura 2- Injeção de carragenina na ATM esquerda do animal (DE
CASTRO,2014).
Figura 3- Aparelho de Laser de diodo (GaAlAs), λ 780nm (Twinflex Evolution
®, MMoptics, São
Carlos ,SP, Brasil) (DE CASTRO,2014).
Figura 4 - Irradiação com o Laser λ 780nm na ATM esquerda do animal (DE CASTRO,2014).
Figura 5- Aparelho de LED de diodo (GaAlA), λ 850±10 nm (Fisioled
®, MMoptics,
São Carlos, SP, Brasil) (DE CASTRO,2014).
Figura 6- Irradiação com o LED λ850nm±10 na ATM esquerda do animal (DE CASTRO,2014). .
49
4.6 - Morte dos animais e Obtenção das Amostras
Ao término dos tempos experimentais de dois, três e sete dias, para o
sacrifício dos animais foi utilizada uma câmara de gás dióxido de Carbono
(EB 248, Insight Equipamentos, Ribeirão Preto, SP, Brasil).
Em seguida, foi realizada uma fixação intermaxilar com resina acrílica
nos incisivos e, a pele de toda a cabeça foi removida. As peças foram fixadas
por 48 horas em formol tamponado (100 ml de formol PA de 37 a 40 %, 900
ml de água destilada, 4 g de fosfato de sódio monobásico, 6,5 g de fosfato de
sódio dibásico por litro). Após a descalcificação com ácido fórmico a 5 %
durante 48 horas, foi verificada sua efetividade através da consistência
borrachoide da peça e então foi realizado um corte coronal da cabeça do rato
com uma navalha passando pelas duas ATMs. O local do corte foi definido
entre a cavidade orbitária e o conduto auditivo, dividindo esta distância por
três, realizado no terço próximo ao conduto auditivo (CARVALHO et al.,
2011). Os espécimes de tecidos foram processados de acordo com a rotina
para inclusão em parafina. Os blocos submetidos à inclusão foram
identificados e submetidos à microtomia. Cortes de 5 µm foram corados com
HE e Picrosirius. As imagens histopatológicas dos cortes corados foram
capturadas e avaliadas pelo sistema computadorizado de captura de imagens
Axion Vision (Zeiss®,Berlim, Alemanha). A análise descritiva comparativa foi
realizada no Laboratório de Patologia Cirúrgica Oral do Departamento de
Diagnóstico e Terapêutica da Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal da Bahia – FOUFBA de acordo com os critérios apresentados na
50
Tabela 01. A descrição de alterações morfológicas, infiltrado inflamatório e
vascularização foram realizadas com a coloração HE, através da observação
da região da cápsula articular e côndilo. A presença de colágeno foi
observada com a coloração de Picrosírius na região do disco articular e nas
camadas de tecido fibroso e camada de fibrocartilagem do côndilo.
Tabela 01 – Critérios semi-quantitativos usado para análise de microscopia de luz (Modificada de CARVALHO,2008)
Critérios Área observada
Ausente Discreto Moderado Intenso
Inflamação Aguda
Cápsula articular e
côndilo
- Presença de <25% de
neutrófilos em relação ao total de células da
área observada
Presença de < 25 – 50% de
neutrófilos em relação ao total de células da
área observada
Presença de > 50% de neutrófilos em relação ao total de células da área
observada
Inflamação
Crônica
Cápsula
articular e côndilo
- Presença de <
25 % de linfócitos em
relação ao total de células da
área observada
Presença de < 25 – 50% de linfócitos em
relação ao total de células da
área observada
Presença de >
50% de linfócitos em relação ao total de células da área
observada
Vascularização Cápsula articular e
côndilo
- Presença de <
25 % dos vasos sanguíneos na área observada
Presença de < 25 - 50% dos
vasos sanguíneos na área observada
Presença de > 50% dos vasos sanguíneos na área observada
Presença de colágeno
Disco articular e camadas de tecido fibroso
e fibrocartilagem
do côndilo
- Marcação de picrosírius <
50% da extensão da
estrutura observada
Marcação de picrosírius em
50% da extensão da
estrutura observada
Marcação de picrosírius > 50% da extensão da
estrutura observada
51
4.7- Histomorfometria
Para contagem das camadas de células da membrana sinovial foram
selecionados dois campos de cada ATM de todos os ratos denominados externo
e interno (Figs. 7, 8 e 9). As camadas de células foram contadas em cada
campo e, em seguida, calculada a média por cada subgrupo de cinco ratos. A
graduação histopatológica do número de camadas foi realizada de acordo com a
metodologia proposta por Gynther et al. (1998). A hiperplasia sinovial da
membrana foi classificada em: Normal – presença de 1 a 2 camadas de células,
Hiperplasia Leve – presença de 2 a 3 camadas de células, Hiperplasia
Moderada – presença de 3 a 5 camadas de células e Hiperplasia Pronunciada:
acima de 5 camadas de células.
52
5. RESULTADOS
Figura 7- Campos padronizados para a contagem das camadas celulares da membrana. Campo interno (I) e campo externo (E), HE (CARVALHO, 2008).
Figura 8 - Campo interno de observação, HE Figura 9 - Campo externo de observação de observação, HE (CARVALHO, 2008). (CARVALHO, 2008).
I E
53
5. RESULTADOS
De modo geral, os animais não apresentaram intercorrências no periodo
pós-indução da inflamação e permaneceram em condições ideais de
temperatura e luminosidade durante todo o período experimental.
Macroscopicamente, foi observado um edema na região em que foi
injetada a carragenina nas primeiras 24 horas, e, após esse período a região
da ATM esquerda apresentou áreas feridas provocadas pelas patas dos
animais.
5.1- Análise Histológica
Os resultados foram obtidos por meio da microscopia de luz, para todos
os grupos experimentais, como descrito anteriormente.
5.1.1 - Análise Descritiva - Côndilo e Cápsula Articular
GRUPO INFLAMAÇÃO
Aos dois dias, infiltrado inflamatório crônico discreto a moderado e
reabsorção superficial foram observados na lateral do côndilo e nas
trabéculas ósseas. (Figuras 10 e 11). Aos, três dias, foram observados
reabsorção óssea e infiltrado inflamatório que variou de discreto (na superfície
54
lateral dos componentes articulares) a moderado (na região da cartilagem
articular e trabéculas ósseas do côndilo) (Figuras 12 e 13). Aos sete dias,
discreta inflamação crônica foi observada na lateral e nas trabéculas ósseas
do côndilo, o qual também apresentou fibrocartilagem espessa em alguns
espécimes (Figura 14). Para este mesmo grupo, áreas de reabsorção,
superficiais ou não, foram observadas na lateral do côndilo para todos os
espécimes (Figura 15). Para todos os tempos experimentais, a
vascularização apresentou-se discreta.
Para todos os tempos experimentais foi observado colágeno maduro.
Aos dois dias, o colágeno era mais evidente nas trabéculas ósseas e nos
componentes do côndilo variando de discreto a moderado no côndilo e de
discreto a intenso no disco articular (Figura 16). Aos três e sete dias, o
colágeno era mais evidente na região de cartilagem articular. Entretanto, aos
três dias, a expressão de colágeno variou de discreta a intensa para ambos
côndilo e disco articular (Figura 17). Aos sete dias, o colágeno variou de
discreto a moderado no côndilo e de discreto a intenso no disco articular
(Figura 18).
A membrana sinovial apresentou, aos dois dias, espessura regular sem
a presença de vilosidades ou tecido de granulação, Já aos três dias
apresentou espessura variável com presença ou não de vilosidades e/ou
tecido de granulação. Aos sete dias, a membrana sinovial mostrou espessura
regular sem vilosidades e sem tecido de granulação.
55
Figura 10 - Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos dois dias: Observa-se presença de infiltrado inflamatório crônico na lateral do côndilo estendendo-se ao tecido muscular adjacente ( ), HE (DE CASTRO, 2014).
Figura 11 - Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos dois dias: Observa-se presença de discreta reabsorção óssea na lateral do côndilo ( ), HE (DE CASTRO, 2014).
56
Figura 12 - Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos três dias: Observa-se presença de infiltrado inflamatório crônico na lateral do côndilo ( ), HE (DE CASTRO, 2014).
Figura 13 - Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos três dias: Presença de discreta reabsorção óssea na lateral do côndilo ( ), HE (DE CASTRO, 2014).
57
Figura 14 - Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos sete dias: Observa-se espessamento da zona de fibrocartilagem do côndilo ( ), HE (DE CASTRO,2014).
Figura 15 - Fotomicrografia do grupo experimental G1 aos sete dias: Observação de osteoclasto ( ) e área de reabsorção óssea na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
58
Figura 16 – Fotomicrografia do grupo G1 aos dois dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e intensa no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014)
Figura 17 – Fotomicrografia do grupo G1 aos três dias: Intensa expressão de colágeno para ambos côndilo e disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
59
Figura 18 – Fotomicrografia do grupo G1 aos sete dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
60
INFLAMAÇÃO + FOTOTERAPIA LASER
De modo geral, aos dois dias, os componentes articulares mostraram
Inflamação crônica discreta na lateral côndilo (Figura 19). Aos três dias,
Infiltrado inflamatório crônico discreto foi observado na maioria dos espécimes
no interior do côndilo e próximo à região da cartilagem articular (Figura 20).
Aos sete dias, vasos sanguíneos foram observados no côndilo e discreta
inflamação crônica na lateral deste (Figura 21). O côndilo apresentou
vascularização discreta aos dois e três dias e intensa aos sete dias.
Aos dois e três dias, próximo à região de cartilagem articular, as
trabéculas ósseas e componentes do côndilo mostraram área de reabsorção
em alguns espécimes. Em dois espécimes houve presença de reabsorção
superficial na lateral do côndilo. Já aos sete dias, reabsorção lateral do
côndilo foi observada em três espécimes. Para todos os tempos
experimentais, todos os espécimes mostraram marcação para Picrosírius,
sendo que a concentração de colágeno maduro foi mais evidente na camada
proliferativa do côndilo, membrana sinovial, disco e fossa articulares. Aos dois
e três dias, a expressão de colágeno variou de discreta a intensa para ambos
côndilo e disco articular (Figuras 22 e 23). Aos sete dias, foi observada
intensa expressão de colágeno no côndilo e no disco articular (Figura 24).
A membrana sinovial, aos dois dias, mostrou-se fibrosada com
espessamentos focais e presença de vilosidades com tecido de granulação
em dois espécimes (Figura 25). Aos três dias, a membrana apresentou-se
hiperplásica ou não, ora com fibrose ora com vilosidades, com tecido de
61
granulação e presença de vasos sanguíneos. No sétimo dia, a membrana
sinovial mostrou espessura variável e exibindo vilosidades em alguns
espécimes (Figura 26).
62
Figura 19 - Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos dois dias: Observa-se presença de discreta inflamação crônica na lateral do côndilo ( ), HE (DE CASTRO, 2014).
Figura 20- Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos três dias: Observa-se presença de discreto infiltrado inflamatório crônico no interior do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
63
Figura 21 - Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos sete dias: Observa-se presença de discreto infiltrado inflamatório crônico na lateral do côndilo ( ), HE (DE CASTRO, 2014).
Figura 22 – Fotomicrografia do grupo G2 aos dois dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e intensa no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
64
Figura 23 – Fotomicrografia do grupo G2 aos três dias: Intensa expressão de colágeno para ambos côndilo e disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
Figura 24 - Fotomicrografia do grupo G2 aos sete dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e intensa no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
65
Figura 25 - Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos dois dias: Presença de vilosidades na membrana sinovial ( ), HE (DE CASTRO,2014).
Figura 26 - Fotomicrografia do grupo experimental G2 aos sete dias: Presença de discreto tecido de granulação na membrana sinovial, HE (DE CASTRO, 2014).
66
INFLAMAÇÃO + FOTOTERAPIA LED
Aos dois dias, os componentes internos do côndilo mostraram aspectos
de normalidade, sendo observada ausência de inflamação em alguns
espécimes (Figura 27) e, nos demais, a inflamação se apresentava discreta.
Aos três dias, próximo à região lateral do côndilo, foi observada ausência de
inflamação em alguns espécimes, sendo que nos demais espécimes a
inflamação crônica variava de discreta a moderada (Figura 28). Já aos sete
dias, foi observada ausência de inflamação em alguns espécimes, além de
inflamação crônica moderada no côndilo nos demais (Figura 29). Em todos
os tempos experimentais, discreta vascularização no côndilo foi observada na
maioria dos espécimes, além de áreas de reabsorção muitas vezes superficial
na lateral do côndilo em dois espécimes (Figura 29).
Para todos os tempos experimentais, todos os espécimes mostraram
marcação para Picrosírius, sendo que a concentração de colágeno maduro
variou entre os espécimes de acordo com as regiões anatômicas dos
componentes articulares. Aos dois dias, a expressão de colágeno variou de
discreta a intensa no côndilo e de ausente a discreta no disco articular
(Figura 30). Aos três dias, variou de discreta a intensa para ambos o côndilo
e o disco articular (Figura 31). Aos setes dias, variou de moderada a intensa
no côndilo e de discreta a moderada no disco articular (Figura 33).
A membrana sinovial, aos dois dias, mostrou-se fibrosada e com
espessura regular além de ausência de vilosidades. Aos três dias, também se
mostrava fibrosada, porém com espessura variável e, em alguns espécimes,
67
com presença de vilosidades contendo tecido de granulação (Figura 33). Já,
aos sete dias, a membrana sinovial apresentou-se fibrosada e com espessura
regular.
68
Figura 27 - Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos dois dias: O côndilo apresenta aspectos de normalidade e ausência de inflamação HE (DE CASTRO,2014).
Figura 28 - Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos três dias: Presença de discreto infiltrado inflamatório na lateral do côndilo ( ) e espessamento da zona de fibrocartilagem espessa ( ), HE (DE CASTRO, 2014).
69
Figura 29 - Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos sete dias: Presença de discreto infiltrado inflamatório e de reabsorção óssea na lateral do côndilo, HE (DE CASTRO, 2014).
Figura 30 - Fotomicrografia do grupo G3 aos dois dias: Intensa expressão de colágeno no côndilo e discreta no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
70
Figura 31 - Fotomicrografia do grupo G3 aos três dias: Discreta expressão de colágeno no côndilo, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
Figura 32 - Fotomicrografia do grupo G3 aos sete dias: Moderada expressão de colágeno no côndilo e discreta no disco articular, Picrosírius (DE CASTRO, 2014).
71
Figura 33 - Fotomicrografia do grupo experimental G3 aos três dias: Presença de tecido de granulação ( ) e vilosidades ( ) na membrana sinovial, HE (DE CASTRO, 2014).
72
5.1.2 - Análise Estatística
Os dados obtidos foram tabulados e analisados estatísticamente com o
auxílio do programa Minitab 14.0® (Minitab, Belo Horizonte, MG, Brasil). Os
testes utilizados foram não-paramétricos, considerando uma significância de 5
%, sendo que na comparação intra e inter-grupo foi utilizado o Teste Exato de
Fisher para inflamação crônica e colágeno (côndilo e disco articular).
Inflamação crônica
Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes seja na
comparação intra ou inter-grupo para todos os tempos experimentais segundo
os parâmteros ausente,discreto,moderado ou intenso para inflamação crônica
( p≥0,05).
Colágeno- Côndilo e Disco articular
Com relação à presença de colágeno no côndilo e no disco articular, não
foi observada diferença estatisticamente significante na análise intragrupo
para todos os tempos experimentais seja para os grupos irradiados ou não
(p≥0,05). Entretanto, para todos os três tempos experimentais (Figuras 34,35
e 36), diferença estatisticamente significante foi observada para a deposição
de colágeno no côndilo ao comparar o grupo inflamação (G1) com o grupo
73
irradiado com a fototerapia Laser (G2) (p=0,04). O grupo G1, aos dois e sete
dias, apresentou 75% e 67% dos espécimes, respectivamente, com discreta
deposição de colágeno. O grupo G2 aos dois dias apresentou 60% dos
espécimes com intensa deposição de colágeno e o grupo G2 sete dias com
100% dos espécimes com deposição moderada.
Diferença estatisticamente significante também foi encontrada, para
todos os tempos experimentais (Figuras 37, 38 e 39), para a deposição de
colágeno no disco ao comparar o grupo irradiado com a fototerapia Laser
(G2) com o grupo irradiado com a fototerapia LED (G3) (p=0,03). O grupo G2,
aos dois e sete dias, apresentou 60% e 100% dos espécimes,
respectivamente, com deposição de colágeno intensa, enquanto que o grupo
G2 aos três dias apresentou 60% dos espécimes com deposição moderada.
Já o grupo G3 aos dois, três e sete dias apresentou respectivamente 80%,
80% e 67% dos espécimes com deposição discreta de colágeno.
.
74
Figura 34 – Representação gráfica da deposição de colágeno no côndilo: comparação entre os grupos G1, G2 e G3 aos dois dias (DE CASTRO, 2014).
Figura 35 – Representação gráfica da deposição de colágeno no côndilo: comparação entre os grupos G1, G2 e G3 aos três dias (DE CASTRO, 2014).
75
Figura 36 – Representação gráfica da deposição de colágeno no côndilo: comparação entre os grupos G1, G2 e G3 aos sete dias (DE CASTRO, 2014).
Figura 37 – Representação gráfica da deposição de colágeno no disco articular: comparação entre os grupos G1, G2 e G3 aos dois dias (DE CASTRO, 2014).
.
76
Figura 38 – Representação gráfica da deposição de colágeno no disco articular: comparação entre os grupos G1, G2 e G3 aos três dias (DE CASTRO, 2014).
0%
20%
40%
60%
80%
100%
AUSENTE DISCRETO MODERADO INTENSO
0%
67%
0%
33%
0% 0% 0%
100%
0%
67%
33%
0%
Colágeno Disco Articular - Sete dias
G1
G2
G3
Figura 39 – Representação gráfica da deposição de colágeno no disco articular: comparação entre os grupos G1, G2 e G3 aos sete dias (DE CASTRO, 2014).
77
5.2- Histomorfometria – Membrana Sinovial
Foram observadas alterações na espessura da membrana sinovial nos
diferentes grupos experimentais e tempos de observação. A Tabela 02
mostra a graduação da espessura das camadas de células da membrana
sinovial nos diferentes grupos experimentais aos dois, três e sete dias.
No grupo inflamação, no qual foi realizada a injeção de carragenina, aos
dois dias (G1), foi observada hiperplasia moderada da membrana sinovial
resultante do processo inflamatório no campo externo e hiperplasia leve no
campo interno. Para o grupo G1 aos três e sete dias, hiperplasia leve foi
observada para ambos os campos (interno e externo).
Para o grupo inflamação tratado com as fototerapias Laser (G2) ou LED
(G3) nos períodos de dois, três e sete dias não foi observada hiperplasia da
membrana sinovial para os campos externo e interno.
Nenhum grupo ou subgrupo apresentou hiperplasia pronunciada da
membrana sinovial.
79
6. DISCUSSÃO
Nas disfunções temporomandibulares frequentemente o componente
inflamatório está envolvido (YAMAZAKI et al., 2008). A carragenina pode
induzir uma resposta inflamatória local altamente reproduzível, não
antigênica, sem efeitos sistêmicos (WINTER et al.,1962) e tem sido
amplamente utilizada para avaliar o efeito anti-inflamatório de alguns
fármacos (PETER-SZABO et al., 2007; DEBPRASAD et al., 2012). Neste
estudo, a administração da carragenina unilateralmente na articulação
temporomandibular de rato induziu inflamação crônica discreta a moderada
durante os períodos experimentais avaliados.
Injeções de solução de carragenina 1% em tecidos superficiais e
profundos promovem uma reação inflamatória (NANTEL et al., 1999). A dose
e diluição da carragenina utilizada neste estudo foram descritas em diversos
trabalhos anteriores, resultando em reação inflamatória comprovada
(GOULART et al., 2005; BOLETA-CERANTO et al., 2005; CARVALHO et al.,
2011).
O edema como achado inicial após a injeção da carragenina tem sido
referido com o uso desta substância em joelho (PALLOTA et al.,2012) e pata
de rato (UZKESER et al.,2012). Neste experimento, foi observado edema 24
horas após a indução, o qual desapareceu após um dia. Dessa forma, este
resultado está de acordo com os achados relatados em estudos prévios, os
quais têm mostrado edema entre três e 24 horas após indução da inflamação,
utilizando a carragenina em articulação temporomandibular de rato
(GOULART et al., 2005; CARVALHO et al., 2011).
80
A injeção em dose única de 20 µl de carragenina 1% neste trabalho
resultou em resposta inflamatória na ATM. Aos dois dias foi observada
inflamação crônica discreta a moderada entre as trabéculas ósseas do
côndilo, sendo que aos três dias esse padrão inflamatório se estendia aos
componentes articulares, porém de forma discreta. Aos sete dias, um infiltrado
inflamatório crônico discreto foi observado entre as trabéculas ósseas do
côndilo e na lateral deste. Entretanto, foram observadas divergências em
relação à localização do infiltrado inflamatório em estudos utilizando a mesma
metodologia, dose e concentração da carragenina. Foi relatado, aos três dias,
infiltrado inflamatório misto intenso na cápsula articular (CARVALHO et al.,
2011) ou crônico intenso na região do colo do côndilo (GOULART et al., 2005)
e, aos sete dias, um infiltrado inflamatório crônico intenso na cápsula articular
(GOULART et al., 2005; CARVALHO et al., 2011). Já se utilizando uma dose
única de 50 µl de carragenina 1%, foi relatado infiltrado inflamatório crônico
intenso aos três dias e discreto aos sete dias, localizado nos tecidos
retrodiscais (BARRETO et al.,2013). O acesso à ATM de ratos é restrito tanto
pelo pequeno tamanho da região quanto por sua obstrução parcial pelo arco
zigomático, o que pode resultar em uma variação do local da punção da
agulha entre os experimentos.
A fototerapia Laser (FTL) tem sido amplamente utilizada em diversas
lesões orofaciais. Alguns estudos abordam a utilização da FTL em pacientes
com DTM (BJORDAL et al., 2003; CARVALHO ET AL., 2010; JANG e LEE,
2012), entretanto o mecanismo de ação envolvido e o efeito dessa fototerapia
especificamente na ATM ainda não foram esclarecidos e sua utilização tem
81
sido baseada nos estudos de outras articulações em modelo experimental
murino (ALBERTINI et al., 2007; XAVIER et al., 2010; PALLOTA et al., 2012).
A fototerapia LED tem se demonstrado como uma alternativa ao Laser
pois se apresenta mais economicamente viável, pode irradiar uma maior área
de superfície e requer menos energia para sua operação. Além disso,
diversos estudos relatam sua eficácia na bioestimulação celular, alívio da dor
e cicatrização de feridas (VINCK et al., 2006; SOUSA et al., 2009; DE
CASTRO et al., 2011, SAMPAIO et al., 2013).
A correta utilização da densidade de energia é crucial para a
interpretação dos resultados e acredita-se que diferentes comprimentos de
onda, a potência e a energia estipulada em cada estudo sejam os obstáculos
para se entender os reais efeitos da fotobiomodulação Laser (BJORDAL et
al., 2003).
Em revisão sistemática, os últimos autores acima descritos
demonstraram que os melhores efeitos da FTL em articulações são atingidos
quando utilizado o Laser infravermelho (GaAlAs, λ820-30 nm) com os
parâmetros de 6-24 J e 30-210 mW/cm2 por sessão. Para o tratamento de
desordens da articulação temporomandibular, A WALT (World Association of
Laser Therapy), por sua vez, recomenda a utilização do Laser infravermelho,
λ780- 820 nm, dose de 4 J/cm2 em um ou dois pontos e irradiação a cada 48
horas durante três a quatro semanas (www.walt.nu). Dessa forma, neste
trabalho foi utilizado o Laser diodo, GaAlAs, infravermelho, λ780 nm, SAEF de
10 J/cm2 em um ponto a cada 48 horas, sendo este protocolo também
recomendado por Carvalho et al., 2011.
82
O comprimento de onda é uma variável que interfere na profundidade
de penetração da luz no tecido biológico. A literatura relata que, assim como o
Laser, LEDs com maior comprimento de onda podem penetrar mais
profundamente em cavidades articulares (OSHIMA et al.,2011). Em adição,
tem sido demonstrado que a luz Laser infravermelha apresenta uma
profundidade de penetração de aproximadamente 3 mm, enquanto a luz
Laser vermelha possui uma penetração de 1 mm (BJORDAL et al., 2003). O
contato da agulha com o côndilo do rato no momento da indução da
inflamação ocorre em uma profundidade de 3 mm no modelo utilizado (HAAS
et al., 1992), sendo esta semelhante a profundidade da localização da ATM
no rato. Dessa forma, o comprimento de onda na faixa do infravermelho foi
selecionado neste estudo para avaliação dos seus efeitos nos tecidos
articulares.
Os efeitos gerados pela irradiação Laser são fotoestimuladores devido
ao aumento do metabolismo celular, quimiotaxia de células e vascularização
(KARU, 1987). Nos grupos tratados com a fototerapia Laser, para todos os
tempos experimentais, a região do côndilo apresentou-se vascularizada, além
da presença de menor infiltrado crônico quando comparado aos grupos não
irradiados aos três e sete dias dos períodos de observação, demonstrando
uma aceleração do processo inflamatório e redução na quantidade de células
inflamatórias. Estes resultados foram semelhantes aos de Carvalho et al.
(2011) e Barreto et al.v(2013), os quais utilizaram o Laser infravermelho na
dose de 10J/cm2 e 52,5 J/cm2, respectivamente. Alguns trabalhos utilizando
outras articulações também relatam uma melhor resposta inflamatória com a
83
utilização do Laser infravermelho em modelos animal (PALLOTA et al.,2012)
e humano (HEGEDUS et al., 2009).
Neste estudo, nos grupos tratados com fototerapia LED, o côndilo e
sua lateral apresentaram aspectos de normalidade em alguns espécimes ao
longo dos tempos experimentais, além de inflamação crônica discreta aos
dois dias e discreta ou moderada aos três e sete dias. Recentemente foi
relatado o efeito do LED no alívio da dor e na melhora da amplitude dos
movimentos mandibulares em pacientes com DTM (PANHOCA et al., 2013).
Entretanto, este presente estudo é o primeiro que avalia a ação dessa
fototerapia na inflamação da ATM de ratos. Em adição, alguns trabalhos que
utilizaram a luz LED em outras articulações demonstraram uma diminuição da
taxa de RNAm para TNF-α (XAVIER et al., 2010; OSHIMA et al., 2011), IL-1b,
IL-6 (XAVIER et al., 2010) assim como para a COX-2 com consequente
inibição da síntese de prostaglandina E2 (LIM et al., 2007; XAVIER et al.,
2010), o que pode indicar um potencial desta fototerapia no tratamento de
processos inflamatórios.
É relatado na literatura que alterações, tais como a erosão do osso e
perda de cartilagem, podem ocorrer durante a inflamação crônica em ATMs
(TOMINGA et al.,1999; TOMINAGA et al., 2004). Embora não tenha sido um
dos critérios de avaliação deste presente estudo, áreas de reabsorção óssea
foram encontradas no côndilo e na lateral deste em todos os tempos
experimentais avaliados para o grupo inflamação. Resultados semelhantes
foram observados por estudos prévios utilizando a substância carragenina
(GOULART et al., 2005; CARVALHO et al., 2011). Quando comparados ao
84
grupo Inflamação, os grupos irradiados apresentaram poucos casos de
reabsorção óssea no côndilo ao longo dos tempos experimentais. Estudos
recentes na literatura relataram uma melhor qualidade no reparo ósseo em
modelo animal não se observando sinais de reabsorção óssea utilizando as
fototerapias Laser (PINHEIRO et al., 2011a) ou LED (PINHEIRO et al.,
2011b). Além disso, tem se creditado a terapia a Laser a aceleração do
reparo ósseo através da ativação de fatores osteogênicos como RUNX-2 e
BMP-9 (TIM et al.,2013)
Um outro achado histológico encontrado por este presente estudo foi um
aumento da vascularização principalmente nos grupos tratados com a luz
Laser. Tem sido demonstrado que ambos, Laser e LED, podem estimular
diretamente a proliferação de células endoteliais vasculares in vivo (SOUSA
et al., 2013). Em adição, tem se evidenciado o papel do Laser na estimulação
da produção de fatores de crescimento pelos linfócitos capazes de modular a
proliferação das células do endotélio vascular (AGAIBY et al., 2000).
Tem sido demonstrado que as fototerapias Laser e LED seja no
comprimento de onda vermelho ou infravermelho próximo promovem um
aumento na proliferação de fibroblastos assim como na produção de fibras
colágenas (DE CASTRO et al., 2011, OSHIMA et al., 2011; SAMPAIO et al.,
2013), uma vez que ambas as fototerapias são absorvidas pela enzima
citocromo C oxidase presente na cadeia respiratória da mitocôndria, induzindo
acentuada síntese de ATP, ativando a proliferação celular e síntese de RNAm
(BAROLET et al., 2008). Neste estudo, fibras colágenas maduras foram
observadas em todos os tempos experimentais, seja nos grupos tratados ou
85
não. Todavia, uma maior distribuição das fibras colágenas nos componentes
articulares (camada proliferativa do côndilo, membrana sinovial e disco e
fossa articulares) foi observada aos setes dias para ambas as fototerapias
quando comparadas ao grupo inflamação. Ao longo dos tempos
experimentais, uma maior deposição de fibras colágenas foi observada nos
grupos tratados com Laser na região de côndilo quando comparados ao grupo
inflamação, e no disco articular quando aquele foi comparado ao grupo LED,
sendo estes dados estatisticamente significantes. Entretanto, novos estudos
são necessários para avaliar se existe diferença na qualidade ou no tipo de
fibras colágenas presentes após utilização da luz Laser ou LED e se essas
diferenças na quantidade e qualidade teriam correlação com uma melhora no
processo de inflamação como o aumento de resistência às forças externas na
ATM.
Gynther et al., (1998) desenvolveram um sistema de gradação da
espessura da membrana sinoval baseado em biópsia da ATM de humanos, o
qual teve sua acurácia validada pelo estudo de Suzuki et al. (2001), os quais
utilizaram espécimes da membrana sinovial da ATM humanos com
desarranjos internos, obtidos por meio de uma biópsia por artroscopia.
Atualmente sabe-se que membrana sinovial da ATM normal do rato
apresenta uma a duas camadas de células (MUTO et al.,1998; PORTO et al.,
2010) assim como a de humano (SUZUKI et al., 2001; PORTO et al., 2010).
No presente estudo, optou-se por utilizar o sistema de gradação da
espessura da membrana sinoval proposto por Gynther et al. (1998) devido a
similaridades histopatológicas entre as ATMs do rato e do humano.
86
Para o grupo Inflamação, aos dois dias, foi observada hiperplasia
moderada no campo externo. Hiperplasia leve foi observada no campo interno
aos dois dias e, aos três e sete dias, para os campos interno e externo. Para
os grupos tratados com as fototerapias Laser ou LED não foi encontrada
alteração no número de camadas da membrana sinovial em todos os tempos
experimentais sugerindo um potencial de ambas as luzes no tratamento do
processo inflamatório localizado nessa estrutura.
Segundo Gynther et al. (1998), o significado clínico das alterações
na membrana sinovial observadas histologicamente ainda não está
esclarecido na literatura, entretanto acredita-se que possa ter uma relação
com a sintomatologia dolorosa decorrida da presença de processo
inflamatório.
De acordo com os resultados deste estudo, utilizando-se um SAEF
de 10 J/cm2, tanto a utilização da fototerapia Laser quanto da fototerapia LED
resultou em efeitos positivos no processo inflamatório da ATM induzido pela
substância carragenina traduzidos em uma diminuição do infiltrado
inflamatório crônico, além de um menor número de camadas da membrana
sinovial. A luz LED apresentou benefícios como ausência de infiltrado
inflamatório crônico encontrado em alguns espécimes, enquanto o Laser
promoveu aumento da vascularização e uma maior deposição de colágeno no
disco e côndilo. Por outro lado, deve-se ressaltar que a fototerapia LED
representa uma alternativa terapêutica de caráter inovador e não-invasivo,
além do fato do aparelho possuir alta durabilidade, custo inferior e consumir
menos energia em relação ao aparelho de Laser, o que possibilita benefícios
87
sociais como a sua utilização em larga escala em órgãos públicos, onde
principalmente pacientes oriundos de classes sociais menos favorecidas
poderão ter acesso a essa nova terapia, implicando em aumento na qualidade
de vida dos mesmos.
Tendo em vista as vantagens deste aparelho, os resultados deste
presente estudo podem contribuir para o desenvolvimento de novas
pesquisas nessa área, a fim de estabelecer limites e parâmetros adequados
para a utilização da fototerapia LED como uma alternativa à fototerapia Laser
em DTMs.
88
7. CONCLUSÃO
Ambas as fototerapias Laser e LED resultaram em efeitos positivos em
relação à redução do processo inflamatório da ATM induzido pela
carragenina.
Uma maior deposição colagênica no côndilo e disco articular foi
observada nos grupos irradiados com o Laser.
Nos grupos irradiados com as fototerapias Laser ou LED um menor
número de camadas da membrana sinovial foi evidenciado em relação aos
grupos não irradiados.
89
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ANEXO 01