Download - Trabalho Individual
Cáceres-MT2014
CLEIBER SILVA ALVES
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADONOME DO CURSO
MOVIMENTOS SOCIAIS:A força popular
Cáceres2014
MOVIMENTOS SOCIAIS:A força popular
Trabalho individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de aprovação no primeiro semestre no curso Serviço Social.
CLEIBER SILVA ALVES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3
2 MOVIMENTOS SOCIAIS......................................................................................4
3 A FORÇA POPULAR............................................................................................7
4 CONCLUSÃO.......................................................................................................8
REFERÊNCIAS...........................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO
Coluna Prestes, Ditadura e Impeachment de Fernando Collor são
referencias históricas que nos dizem o quão vale a pena a união para lutarmos pelos
nossos ideais, pois desbravar o Brasil do norte ao sul como fez Carlos Prestes, gritar
e se fazer escutado mesmo quando somos silenciados por um regime ditador ou nos
pintar de verde e amarelo para dar cor a nossa indignação contra a tirania e a
corrupção foram atitudes heróicas que merecem ser lembradas com orgulho.
Vivemos em uma sociedade capitalista e individualista onde o
ditado “cada um pra si e Deus por todos” nos assombra, um sistema que por si só é
falho e suas deficiências afetam individual e socialmente todos envolvidos neste
emaranhado de mazelas sociais.
Quando a inquietude esta na alma e o grito não pode ser mais
abafado esta sociedade se massifica tornando um só ser que se movimentara contra
tudo e qualquer um que nos oprime, se movimentara lutando não mais pelos ideais
individuais e sim pelo bem comum, social e democrático, mobilizando todo qualquer
cidadão para juntos formarmos a força popular que mudara os rumos de nossa
sociedade.
3
2 MOVIEMENTOS SOCIAIS
O ser social em sua mais remota atitude vem se descobrindo capaz
de transformar e corrigir as falhas sociais através de movimentos de massa,
movimentos estes que visam alcançar o maior numero possível de cidadãos
preocupados e engajados, ou não, em lutas sociais. Estes movimentos buscam
mobilizar todo e qualquer cidadão, bem como trazê-los para dentro dos movimentos,
para assim poder dar voz e vez a qualquer um que se sinta tocado pela necessidade
de igualdade social.
Mobilizações diversas e com visões diversificadas sobre as mais
variadas causas sociais fazem parte do grande leque que se abre nos horizontes da
sociedade mundial. Estas mobilizações buscam dar maior enfoque/visibilidade a
atitudes/ações governamentais, ambientais e sociais, nacional ou não, gerando
criticas que poderão auxiliar num posicionamento (mais) correto das autoridades
competentes ou até desestabilizar/cancelar o fato que gerou a mobilização.
Figura 1 – “Nas ruas por igualdade, justiça social e democracia!” em 2013.
Fonte: Página do Google imagens1.
No Brasil, e no mundo, os movimentos sociais se diversificam e se
expandem de forma extraordinária e instantânea alcançando o país do Oiapoque ao
Chuí em tempo recorde e isto ocorre graças a adventos tecnológicos como a
internet, celulares, tablete e outros. O uso constante de redes sociais como o
1 Disponível em: < http://www.change.org/pt-BR/peti%C3%A7%C3%B5es/nas-ruas-por-igualdade-justi%C3%A7a-social-e-democracia-3> Acesso em mai.2014.
4
Facebook e programas de mensagens instantâneas para celulares como o
Whatsapp facilitam o repasse de informações em tempo real. A criatividade destes
movimentos e as mais variadas formas de protestos ganham as ruas e as mídias
chegando ao foco intencionado tão rapidamente quanto se ambicionava.
Passeatas, bloqueios de ruas e avenidas, Flash Mobs, caras
pintadas são formas de manifestações instantâneas, mas há movimentos mais
duradouros e organizados como: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra –
MST, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, Fórum Social
Mundial – FSM, Movimento Hippie, Movimento Feminista, Movimento Estudantil,
Movimento Negro e Movimento Religioso, porém todos buscam emplacar uma
problemática social e apresentar soluções que beneficiam a sociedade e seus
regentes. Há de se ter em mente que todo e qualquer movimento social possui a
intenção de problematizar, criticar e dar indicadores/ferramentas para solucionar as
mais variadas mazelas sociais.
Os movimentos sociais (populares) são formas de organização voluntária das camadas populares diante das contradições estabelecidas e/ou institucionalizadas pela sociedade, como meio de reivindicarem condições de vida e sobrevivência no ambiente onde se estabelecem. (DE SÁ, 1993 p.20).
A historicidade brasileira faz nos lembrar que possuímos um
passado marcado pela revolta e indignação contra a injustiça social e o poderio de
uma minoria suprimindo a maioria. Podemos citar as mais atuais:
Revolução Acreana - guerra pela independência e anexação do Acre ao Brasil,
contra a Bolívia, Acre (1898-1903).
Revolta da Vacina - insurreição popular, Rio de Janeiro (1903).
Revolta da Chibata - revolta militar, Rio de Janeiro (1910).
Guerra do Contestado - insurreição popular-messiânica, Santa
Catarina e Paraná (1912-1916).
Sedição de Juazeiro - insurreição política, Ceará (1914).
Levante Sertanejo - insurreição dos coronéis contra o governo do Estado da
Bahia, Bahia (1919-1930).
Revolta dos 18 do Forte - primeira revolta do movimento tenentista, Rio de
Janeiro (1922).
Coluna Prestes - insurreição militar (1923-1925).
Revolta Paulista de 1924 - revolta contra o comando paulista, teve adesão
5
da Coluna Prestes - contra o Brasil (1924).
Revolução de 1930 - golpe de Estado civil-militar (1930).
Revolta de Princesa - insurreição política local/coronelista, Paraíba (1930).
Revolução de 1932 , Revolução Constitucionalista de 1932 - revolta político-
militar; guerra civil, São Paulo e Estado de Maracaju (atual Mato Grosso do Sul) contra
o Brasil(1932).
Intentona Comunista - insurreição comunista, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio
Grande do Norte (1935).
A revolta Mineira de 1935 - Movimento separatista, Minas Gerais. (1935-1936)
Caldeirão de Santa Cruz do Deserto - Movimento messiânico que surgiu nas
terras no Crato, Ceará (1937).
Intentona Integralista - insurreição integralista, Rio de Janeiro (1938).
Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial - Itália (1943-1945).
Golpe militar de 1964 - levedação de Estado político-militar (1964).
Luta armada - guerrilha urbana e rural (1965-1972).
Guerrilha do Araguaia (1967 -1974).
Impeachment de Fernando Collor (1992)
Protestos em 2013 : Manifestações dos 20 centavos ou Jornadas de junho.
6
3 A FORÇA POPULAR
Quando relembramos o movimento civil que foi denominado de
“Diretas Já” em 1983-1984, recordamos a massificação nacional que ele foi, onde
jovens e adultos pintados de verde e amarelo tornaram-se uma grande nação em
busca de justiça social e liberdade política, pois reivindicava eleições presidenciais
diretas no Brasil. Segundo o filósofo Karl Marx “Mudanças na sociedade ocorrem a
partir da ebulição dos movimentos sociais: contra o capital e o Estado.” Sendo assim
observamos acima que todo movimento social partiu de uma insatisfação e sua
principal função é unir as pessoas para reivindicar o bem comum.
Figura 2 – “Diretas Já” comício em 1984.
Fonte: Página do Google imagens2.
Figura 3 - “Diretas Já” passeata em 1984.
Fonte: Página do Google imagens3.No passado os movimentos sociais eram controlados pelas mãos
2 Disponível em: <http://files.militanciapolitica.webnode.com.br/200000023-33ca234c44/Direta_04.gif> Acesso em mai.2014.3 Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/giro-sustentavel/wp-content/uploads/sites/62/2013/06/Arquivo-Rubens-Vandressen-Gazeta-do-Povo.jpg> Acesso em mai.2014.
7
políticas que instigavam as massas populares a se movimentarem contra suas
insatisfações pessoais, manipulando-as a conquistar seus objetivos num jogo
político e mascarado, como, por exemplo, o golpe militar de 1964. No entanto as
minorias começaram a se organizar, inicialmente nos fundos de quintais, nos pátios
das fabricas/indústrias para assim se unirem e só depois ganharem as praças e
avenidas formando um mar de pessoas dando voz a luta pela igualdade social.
Munidos e esclarecido pelas mais variadas linhas de pensamentos socialistas e a
Declaração Universal dos Direitos Humanos os movimentos sociais tornam-se a
ferramenta de maior cunho social e igualitário dos tempos modernos.
Na década de 1990, consolida-se uma democracia, aberta ao reconhecimento formal de direitos sociais e garantias civis, mas que convive cotidianamente com a violência e a reiterada violação dos direitos humanos. Logo, a importância dos movimentos sociais situa-se na edificação de uma sociedade mais igualitária. Pois, suas práticas desalojam a cultura política dominante, que relega atores coletivos (operários, pobres mulheres, negros, minorias) a lugares subalternizados, abrindo possibilidades para a conquista de direitos (PAOLI; TELLES, 2000).
Ao recordamos o passado brasileiro e junto somamos as
movimentações e revoltas sociais, nossas lembranças nos remetem ao período da
Ditadura (1964-1985), período este que foi marcado por uma intensa mobilização
social contra o regime vigente. A sociedade foi silenciada a força, mas esta não se
deu por vencida, pois mesmo massacrada se levantou e lutou o que culminou na
extradição/anistia de cassados políticos, presos, espancamentos, desaparecimentos
e ate mortes.
Figura 4 – “Revolta Contra a Ditadura” (1964-1985).
8
Fonte: Página do Google imagens 4.
Recentemente, em 2013, vimos o Brasil novamente se levantar e
mobilizar-se pelo movimento que fora chamado de Manifestações dos 20
centavos ou Jornadas de junho.
Figura 5 – “20 centavos” ou “Jornadas de Junho” em 2013.
Fonte: Página do Brasil de Fato5.
As mobilizações de massa desvencilharam-se das teias políticas que
as ligavam, porém toda e qualquer luta social deve estar sempre em conformidade
com leis que regem o âmbito a ser posto em questão, visto deste modo que os
movimentos não nascem ao léu, ou seja, possuem estrutura político-interna,
organização, enfoque, meta e estrutura administrativa para que o evento possa
ganhar validade e seja reconhecido como legitimo. A força popular se torna
massificante e ganha espaço quando legitimada pela sociedade e apoiada por esta,
4 Disponível em: < https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=HMjge5QvC01i0M&tbnid=8BfTsQg9k7-5JM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fnelsonnaibert.com.br%2F2014%2F03%2F31%2Fos-50-anos-do-golpe-e-a-ditadura-no-brasil%2F&ei=t8FwU9O5FJHnsASc_YGwBg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGEu0G7lqZwaH7RsXavI2jEuhuqQg&ust=1399984929642462 > Acesso em mai.2014.5 Disponível em: <http http://www.brasildefato.com.br/node/27279> Acesso em mai.2014.
9
daí ganhar as ruas e ostentar a bandeira de uma revolta popular se torna um ato
social forte, como as palavras de Marx “Que as classes dominantes tremam à idéia
de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas
cadeias. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países uni-vos!”
10
4 CONCLUSÃO
A sociedade deve ser vista como um organismo vivo e possível de
falhas, transformações e renovações que podem possibilitar sua permanecia ou total
fracasso. Quando se possui este tipo de olhar e consegue se colocar como sujeito
social que se constitui sócio-humano-sistema será mais fácil poder viver em grupos
sociais distintos e em consonância com o todo. O exposto acima nos faz perceber
que o homem desde a pré-história busca o equilíbrio para poder viver bem com seus
iguais e nos estimula a valorizar o poder que nossa união pode gerar, pois somos
incapazes de viver isolados e quando somados e organizados nossa força é
devastadora como um tsunami.
11
REFERÊNCIAS
DE SÁ, Antonio Lino Rodrigues. Alternativa de educação popular em escola pública: um estudo sobre a experiência da escola La salle em Rondonópolis-MT Campo Grande - MS: 1993
MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lutas_e_revolu%C3%A7%C3%B5es_no_Brasil, acessado em 06/05/2014, às 15h30min.
PAOLI, Maria Célia; TELLES, Vera da Silva.Direitos sociais. Conflitos e negociações no Brasil contemporâneo. In: ALVAREZ, Sonia et al. (org.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000.
12