SUMÁRIO
• Introdução
• Objectivos
• Materiais e Métodos
• Fisiopatologia da dor pós-operatória
• Complicações da dor pós-operatória
• Avaliação da dor pós-operatória
• Tratamento da dor pós-operatória
• Recomendações
• Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO
Mais de 300 milhões de cirurgias são
realizadas no mundo/ano . Existe uma
variedade, indo desde pequenos
procedimentos em consultórios até cirurgias
extensas em órgãos vitais de pacientes
fragilizados.
INTRODUÇÃO
Mais de 80% dos pacientes queixam-se de
dor pós-operatória aguda e
aproximadamente 75% das pessoas com dor
pós-operatória relatam a gravidade como
moderada, grave ou extrema.
INTRODUÇÃO
International Association for the Study of Pain , a dor
é uma experiência multidimensional desagradável,
envolvendo não só componente sensorial mas
também componente emocional, e que se associa a
uma lesão tecidular concreta ou potencial.
INTRODUÇÃO
Dor
Tempo
Crônica ˃ 3 meses
Aguda
Fisiopatologia
Nociceptiva Neuropática
Localização
Somática Visceral
OBJECTIVOS
Abordar os principais metodos e esquemas
de tratamento da dor aguda pós operatória
baseando-se na literatura médica
COMPLICAÇÕES DA DOR PÓS-OPERATÓRIA
• Hiperactividade simpática
• Aumento o risco de isquemia do miocárdio
• Reduz a motilidade gastro-intestinal e íleo-paralítico
• Dificulta a tosse
• Reduz o fluxo e os volumes pulmonares
• Causa ansiedade
• Perturbações do sono
• Desmotivação
• Atrasa a recuperação
• Aumenta o tempo de internamento
• Risco de surgimento de dor crónica
ESCALA VERBAL
0 – Ausente
1 – Leve
2 – Moderada
3 – Intensa
0 – nenhuma
1 – Discreto
2 – Moderado
3 – Bom
4- Completo
AVALIAÇÃO DA DOR PÓS -OPERATORIA
Analgesia Multimodal
Anestesia local
• Infiltração Analgésicas regionais
•Perifericas
•Neuroaxiais
Paracetamol
Opióides sistémicos
AINES
Gabapentina
Agonistas α-2
Antagonistas do receptor
NMDA
Dose Via de administracção
Cetamina 0,15mg/ kg
1 a 2mg/kg/min
0,2mg-1,0mg/kg
IV
IV (infusão contínua)
Epidural
Clonidina 1 a 8mg/kg em bolus
0,08 a 2mg/kg/h
de 10 a 50mg/h
Epidural (Bolus)
Dipirona 15mg/kg de 6 horas 6 IV
acetaminofeno 12mg/kg 4 a 6 horas IV
TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA
Analgésicos Opióides Posologia Vias de Administração
Tramadol 50 – 100 mg – 2 a 3 x / dia
dose máxima 400 mg
10 a 20mg/h
20-100mg/dia
VO, IV ou IM
IV (infusão contínua)
Epidural
Morfina 0,5 a 1,0 mg / kg a cada 3 a 4 h
0,15 mg / kg a cada 3 a 4 h
0,15 mg / kg a cada 3 a 4 h
0,03 a 0,1 mg / kg / h
0,1 mg a 1 mg dose única
30 a 50 mcg/ kg a cada 8 a 24 h
0,4 a 0,6 mg /h
1 a 10 mg
VO
SC
IV (Bolus)
IV (IC)
Intratecal
Epidural (bolus)
Epidural (IC)
Intra-articular(diluir em 20ml de SF 0,9%)
Fentanil Dose inicial 0,8 mcg a 1,6 mcg/kg
0, 3mcg a 1,6 mcg /kg/ h
50 a 200 mcg a cada 2 a 5 h
5-20 mcg
75 mg a 150 mg a cada 48 a 72 h
IV (Infusão contínua)
Epidural (Infusão contínua)
Epidural (Bolus)
Intra-tecal
Transdermico
Sufentanil 2-8 mcg
15 a 50 mcg a cada 4 a 6 h
0,15 a 0,3 mg / kg / h
Intratecal
Epidural (bolus)
Epidural (Infusão contínua)
TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA
Anestésicos Locais Doses Vias de Administração
Levobupivacaina 6 ml/h a 0,25% Epidural (infusão contínua)
Ropivacaína 20 ml a 0,75%
5 ml/h a 0,2%
10 a 20 ml a 0,2%
6-14 ml/h a 0,2%
4 a 8 ml/h
Intra-articular( joelho)
Interescalênico (inf. contínua)
Epidural (bolus)
Epidural (infusão contínua)
Epidural torácica (infusão contínua)
Bupivacaína 5 - 10 ml a 0,5% a cada 4 h
3 - 10 ml / h a 0,25 %
5 - 15 ml / h a 0,125%
20 a 30 ml a 0,5%
5ml/h a 0,15%
15 ml a 0,5% cada 8 h
0,5 ml/ kg/ h a 0,25%
5 ml/h a 0,25%
Epidural (bolus)
Epidural (infusão contínua)
Intra-articular (joelho)
Interescalênico (infusão contínua)
Inter-pleural
Inter-pleural (infusão contínua)
Intercostal (infusão contínua)
TRATAMENTO DA DOR PÓS –OPERATÓRIA
Tipo de cirurgia Fármacos sistémicos Técnicas local, intra-articular ou tópicas
Anestesia regional Anestesia do neuro-eixo
Toracotomia OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina
Bloqueio para vertebral
Epidural c/ anestésicos local ou opioides intratecal
Laparotomia OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina
Anestésico local na incisão
Bloqueio plano do transverso abdominal
Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal
Cirurgia da anca OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina
Anestésico local e/ou opioide intrarticular
Técnica específica regional
Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal
Cirurgia do joelho OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina
Anestésico local e/ou opioide intrarticular
Técnica específica regional
Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal
Cirurgia da coluna OpioidesAINEs e/ou AcetominofenoGabapentinaCetamina
Anestésico local na incisão
Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal
Cesariana OpioidesAINEs e/ou Acetominofeno
Anestésico local na incisão
Bloqueio plano do transverso abdominal
Epidural c/ anestesicos local ou opioides intratecal
RECOMENDAÇÕES
Recomendamos que todos os profissionais de saúde
ligados a área de anestesia e ao tratamento de
pacientes no pós-operatório usem técnicas de
analgesia multimodal isto porque comprovou-se
possuir melhor benefício aos pacientes em relação a
utilização de técnica única.
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS
1. BASSANEZI, Betina Sílvia ; FILHO, Antonio Gonçalves . ANALGESIA PÓS-
OPERATÓRIA. Revista do Colegio Brasileiro de Cirurgiões, São Paulo, v. 33, n. 2, p.
116-122, mar. 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
69912006000200012>. Acesso em: 25 ago. 2017
2. Chou R, Gordon DB, Leon-Casasola OAD, Rosenberg JM, Bickler S, Brennan T, et al.
Management of Postoperative Pain: A Clinical Practice Guideline From the
American Pain Society, the American Society of Regional Anesthesia and Pain
Medicine, and the American Society of Anesthesiologists Committee on Regional
Anesthesia, Executive Committee, and Administrative Council. The Journal of Pain
[Internet]. 2016 [cited 2017Aug46];17(2):131–57. Disponível em:
http://www.jpain.org/article/S1526-5900(15)00995-5
3. Filisetti C, Gregori MD. Pain Management in Pediatric Surgery: New
Horizons. Journal of Pain & Relief [Internet]. 2016Mar1;05(02):1–3. Disponível
em: https://www.omicsonline.org/open-access/pain-management-in-
pediatric-surgery-new-horizons-2167-0846-1000240.php?aid=70159
4. GARCIA MJCA. DOR . 7º ED. VOL. 1. LISBOA, LISBOA: PERMANYER; 2006.
5. Machado H. Manual de Anestesiologia. 1º Ed. Lisboa : Lidel; 2013
6. MEISSNER W, COLUZZI F, FLETCHER D, HUYGEN F, MORLION B, NEUGEBAUER E, ET AL.
IMPROVING THE MANAGEMENT OF POST-OPERATIVE ACUTE PAIN: PRIORITIES FOR CHANGE.
CURRENT MEDICAL RESEARCH AND OPINION [INTERNET]. 2015 [CITED
2017AUG20];31(11):2131–43. AVAILABLE FROM:
HTTP://WWW.TANDFONLINE.COM/DOI/ABS/10.1185/03007995.2015.1092122
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS