Treinamento de Supervisores
de Entrada em Espaço Confinado
40h
Curso de Capacitação para
Operadores de Empilhadeira
Curso de Capacitação para
Operadores de Empilhadeira
Macaé, RJ
Nome do Curso Curso de Capacitação para Operadores de Empilhadeira
Nome do Arquivo 20180719_AP_Op.Empilhadeira_PT_REV03
ÍNDICE LEGISLAÇÃO ................................................................................................. 8
1.1. NOÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ............ 8
1.2. NOÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ................................................ 14
MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS ........................................................... 18
2.1. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .......................................... 18
2.2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) ............................................ 19
2.3. PROTEÇÃO DAS MÃOS .............................................................................. 20
2.4. ABASTECIMENTO DA EMPILHADEIRA .......................................................... 21
2.5. EMERGÊNCIAS / INCÊNDIOS ...................................................................... 22
2.6. MANUSEIO E TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS ................................. 23
INSPEÇÃO, REGULAGEM E MANUTENÇÃO COM SEGURANÇA ............................. 24
3.1. MANUTENÇÃO .......................................................................................... 24
3.2. REGULAGEM ............................................................................................ 25
3.3. MANUAL DE INSTRUÇÃO ........................................................................... 25
3.4. INSPEÇÃO ............................................................................................... 28
DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES ................................................................... 31
4.1. CONCEITO BÁSICO ................................................................................... 31
4.2. CLASSIFICAÇÃO DAS EMPILHADEIRAS ........................................................ 34
PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA EMPILHADEIRA ...................... 39
5.1. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO .............................................................. 41
COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA EMPILHADEIRA ............................................. 52
6.1. COMPONENTES DA EMPILHADEIRA ............................................................. 52
6.2. COMANDOS ............................................................................................. 55
6.3. INSTRUMENTOS DE CONTROLE DO PAINEL.................................................. 56
OPERAÇÃO COM SEGURANÇA DA EMPILHADEIRA ............................................ 58
7.1. OPERAÇÃO DA MÁQUINA EMPILHADEIRA .................................................... 58
7.2. PLANEJAMENTO DO TRABALHO .................................................................. 58
7.3. SINALIZAÇÃO E PINTURA DO PISO ............................................................. 65
7.4. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA PARA OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA ............ 66
7.5. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA ........................................... 67
7.6. PROJETO, FABRICAÇÃO, IMPORTAÇÃO, VENDA, LOCAÇÃO, LEILÃO, CESSÃO A
QUALQUER TÍTULO E EXPOSIÇÃO ....................................................................... 68
7.7. ZONA DE PERIGO ..................................................................................... 72
7.8. REGRAS OPERACIONAIS DE SEGURANÇA .................................................... 73
NOÇÕES SOBRE ACIDENTES E DOENÇAS DECORRENTES DA OPERAÇÃO COM
EMPILHADEIRA .................................................................................................... 79
8.1. ACIDENTES NA OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA .......................................... 79
8.2. DOENÇAS DECORRENTES DA OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA (RISCOS
ADICIONAIS) ................................................................................................... 80
PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA .......................................... 82
9.1. TIPOS DE EMERGÊNCIAS EM OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA ....................... 82
9.2. RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA EM CASOS DE EMERGÊNCIA .................... 82
NOÇÕES DE PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS ....................................... 85
10.1. PRIMEIROS SOCORROS EM OPERAÇÕES COM EMPILHADEIRA ..................... 85
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INTRODUÇÃO
A Falck Safety Services acredita ser possível prevenir todo acidente/incidente de
trabalho relacionado a ferimentos, doenças, danos à propriedade, e poluição ambiental.
Sendo estes valores fundamentais em sua política de QSMS, tendo como meta a eliminação
dos desvios e trazendo aos trabalhadores, mudanças comportamentais.
O conteúdo desta apostila tem como objetivo servir como referência para capacitar
e, orientar com as informações básicas de segurança e operacionais com empilhadeiras. As
recomendações aqui contidas devem ser estudadas pelo usuário de modo a prevenir
acidentes durante as operações. A Falck Safety Service não dá qualquer garantia explícita
ou implícita de que este contenha todas as recomendações possíveis referentes a
segurança, saúde ou proteção ambiental. As informações e sugestões sumarizadas nesta
publicação foram retiradas de fontes de referência com credibilidade reconhecida.
A movimentação de cargas, com o uso de empilhadeira deve ser realizada
com analise preliminares de risco para que as operações transcorram sem
acidentes, danos aos equipamentos ao meio ambiente e em atendimento as
legislações vigentes.
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OBJETIVO
Estas instruções são para assistir as equipes de movimentação de cargas com
empilhadeira, a reconhecer os perigos e reduzir os riscos associados, em atendimento às
legislações vigentes.
MENSAGEM
“...Quando o trabalhador não percebe o risco é justamente quando mais se expõe aos
perigos aumentando o risco de suas atividades e, como consequência, ocorrerem
acidentes.”
Poderão ocorrer amputações, incapacidades e nestes acidentes com equipamentos tão
pesados, o óbito pode acontecer a qualquer momento.
"Pessoal devidamente treinado e especializado, diminui consideravelmente as chances
de um acidente ocorrer."
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LEGISLAÇÃO
NOÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Em conformidade com as Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214 de 08/06/78, NR
06,11, 12, 17; e os artigos 182, 183, da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) que
estabelece requisitos de segurança, no que se refere ao transporte, à movimentação, e o
manuseio de cargas.
➢ NR – 06 – Equipamento de Proteção Individual
➢ NR – 11 – Transporte, Movimentação e Manuseio de Materiais;
➢ NR – 12 – Segurança no Trabalho em máquinas e equipamentos;
➢ NR – 17 – Ergonomia.
NR-11-Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores,
elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras,
guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e
construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e
conservados em perfeitas condições de trabalho (NR.11.3).
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• Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá
receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função
(NR-11.1.5).
• Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados
e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de
identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível (NR-11.1.6).
• O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o
empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do
empregador (NR -11.1.6.1).
• Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência
sonora (buzina) (NR -11.1.7).
• Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as
peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente
substituídas (NR-11.1.7).
• A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às
saídas de emergência (NR-11.3.4).
• O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga
calculada para o piso (NR-11.3.1).
• Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de
trabalho permitida (11.1.3.2).
• Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por
máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no
ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis (11.1.9).
• Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas
transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de
dispositivos neutralizadores adequados (11.1.10).
• O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de
portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc (11.3.2).
• A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às
saídas de emergência (11.3.4).
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NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
➢ D.O.U. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
12.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas,
princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e
doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de
todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a
qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do
disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de
8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas
normas internacionais aplicáveis.
12.1.1. Entende-se como fase de utilização o transporte, montagem, instalação, ajuste,
operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte da máquina ou
equipamento. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
12.2. As disposições desta Norma referem-se a máquinas e equipamentos novos e
usados, exceto nos itens em que houver menção específica quanto à sua aplicabilidade.
12.2ª. As máquinas e equipamentos comprovadamente destinados à exportação estão
isentos do atendimento dos requisitos técnicos de segurança previstos nesta norma.
(Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
12.2B. Esta norma não se aplica às máquinas e equipamentos: (Item e alíneas
inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015) a) movidos ou impulsionados por
força humana ou animal; b) expostos em museus, feiras e eventos, para fins históricos ou
que sejam considerados como antiguidades e não sejam mais empregados com fins
produtivos, desde que sejam adotadas medidas que garantam a preservação da
integridade física dos visitantes e expositores; c) classificados como eletrodomésticos.
12.2C. É permitida a movimentação segura de máquinas e equipamentos fora das
instalações físicas da empresa para reparos, adequações, modernização tecnológica,
desativação, desmonte e descarte. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015).
12.3. O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e
equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e
medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou
indiretamente no trabalho.
12.4. São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de
prioridade: a) medidas de proteção coletiva; b) medidas administrativas ou de
organização do trabalho; e c) medidas de proteção individual.
12.5. Na aplicação desta Norma e de seus anexos, devem-se considerar as
características das máquinas e equipamentos, do processo, a apreciação de riscos e o
estado da técnica. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016 - Vide Nota
Técnica DSST/SIT n.º 48/20016)
12.5. A Cabe aos trabalhadores: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de
25 de junho de 2015)
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a) cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação,
alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte,
desativação, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos;
b) não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de
segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a
sua saúde e integridade física ou de terceiros;
c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi
removido, danificado ou se perdeu sua função;
d) participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às
exigências/requisitos descritos nesta Norma;
e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta
Norma.
12.5.1. Não é obrigatória a observação de novas exigências advindas de normas
técnicas publicadas posteriormente à data de fabricação, importação ou adequação das
máquinas e equipamentos, desde que atendam a Norma Regulamentadora n.º 12,
publicada pela Portaria n.º 197/2010, seus anexos e suas alterações posteriores, bem
como às normas técnicas vigentes à época de sua fabricação, importação ou adequação.
(Inserido pela Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro de 2016)
12.22. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:
a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a
partir do solo ou de uma plataforma de apoio;
b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e
c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.
12.23. Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme indicação
constante do manual de operação.
Sistemas de segurança
12.38. As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de
segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de
segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.
12.38.1. A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que
apresentem perigo, deve considerar as características técnicas da máquina e do processo
de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a atingir o nível
necessário de segurança previsto nesta Norma.
12.47. As transmissões de força e os componentes móveis a elas interligados,
acessíveis ou expostos, devem possuir proteções fixas, ou móveis com dispositivos de
intertravamento, que impeçam o acesso por todos os lados.
12.47.1. Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de transmissões
de força que possuam inércia, devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com
bloqueio
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12.52. As proteções também utilizadas como meio de acesso por exigência das
características da máquina ou do equipamento devem atender aos requisitos de resistência
e segurança adequados a ambas as finalidades.
12.53. Deve haver proteção no fundo dos degraus da escada, ou seja, nos espelhos,
sempre que uma parte saliente do pé ou da mão possa contatar uma zona perigosa.
12.54. As proteções, dispositivos e sistemas de segurança devem integrar as máquinas
e equipamentos, e não podem ser considerados itens opcionais para qualquer fim.
12.64. As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados
e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-
primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e intervenção
constante.
12.64.3. Nas máquinas e equipamentos, os meios de acesso permanentes devem ser
localizados e instalados de modo a prevenir riscos de acidente e facilitar o seu acesso e
utilização pelos trabalhadores.
12.66. Os locais ou postos de trabalho acima do piso em que haja acesso de
trabalhadores, para operação ou quaisquer outras intervenções habituais nas máquinas e
equipamentos, como abastecimento, preparação, ajuste, inspeção, limpeza e manutenção,
devem possuir plataformas de trabalho estáveis e seguras.
12.77. Devem ser adotadas medidas adicionais de proteção das mangueiras,
tubulações e demais componentes pressurizados sujeitos a eventuais impactos mecânicos e
outros agentes agressivos, quando houver risco.
12.78. As mangueiras, tubulações e demais componentes pressurizados devem ser
localizados ou protegidos de tal forma que uma situação de ruptura destes componentes e
vazamentos de fluidos, não possa ocasionar acidentes de trabalho.
12.94. As máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e mantidos
com observância aos os seguintes aspectos:
a) atendimento da variabilidade das características antropométricas dos operadores;
b) respeito às exigências posturais, cognitivas, movimentos e esforços físicos
demandados pelos operadores;
c) os componentes como monitores de vídeo, sinais e comandos, devem possibilitar a
interação clara e precisa com o operador de forma a reduzir possibilidades de erros
de interpretação ou retorno de informação;
d) os comandos e indicadores devem representar, sempre que possível, a direção do
movimento e demais efeitos correspondentes;
e) os sistemas interativos, como ícones, símbolos e instruções devem ser coerentes em
sua aparência e função;
f) favorecimento do desempenho e a confiabilidade das operações, com redução da
probabilidade de falhas na operação;
g) redução da exigência de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos
segmentos corporais;
h) a iluminação deve ser adequada e ficar disponível em situações de emergência,
quando exigido o ingresso em seu interior.
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12.95. Os comandos das máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos
e mantidos com observância aos seguintes aspectos:
a) localização e distância de forma a permitir manejo fácil e seguro;
b) instalação dos comandos mais utilizados em posições mais acessíveis ao operador;
c) visibilidade, identificação e sinalização que permita serem distinguíveis entre si;
d) instalação dos elementos de acionamento manual ou a pedal de forma a facilitar a
execução da manobra levando em consideração as características biomecânicas e
antropométricas dos operadores; e
e) garantia de manobras seguras e rápidas e proteção de forma a evitar movimentos
involuntários.
12.96. As Máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e operados
levando em consideração a necessidade de adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza dos trabalhos a executar,
oferecendo condições de conforto e segurança no trabalho, observado o disposto na NR-17.
12.101. As dimensões dos postos de trabalho das máquinas e equipamentos devem:
a) atender às características antropométricas e biomecânicas do operador, com respeito
aos alcances dos segmentos corporais e da visão;
b) assegurar a postura adequada, de forma a garantir posições confortáveis dos
segmentos corporais na posição de trabalho; e
c) evitar a flexão e a torção do tronco de forma a respeitar os ângulos e trajetórias
naturais dos movimentos corpóreos, durante a execução das tarefas.
Nota¹. A psicofisiologia estuda a base fisiológica das funções motoras especialmente no
que se refere aos reflexos, à postura, ao equilíbrio, à coordenação motora e ao mecanismo
de execução dos movimentos.
Nota¹.¹. Fisiologia é uma área de estudo da biologia responsável em analisar o
funcionamento físico, orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos.
O termo fisiologia se originou a partir da junção do grego physis, que significa
“funcionamento” ou “natureza”, com a palavra logos, que quer dizer “estudo” ou
“conhecimento.
Nota². Antropometria é um ramo da antropologia que estuda as medidas e dimensões
das diversas partes do corpo humano.
A antropometria está relacionada com os estudos da antropologia física ou biológica,
que se ocupa em analisar os aspectos genéticos e biológicos do ser humano e compará-los
entre si.
A antropometria utiliza diversas técnicas para medir cada uma das partes do corpo,
fornecendo informações preciosas para atletas e indivíduos sedentários sobre a sua
condição física e biológica.
Etimologicamente, a palavra antropometria é formada pela junção de dois termos de
origem grega: ánthropos, que significa "homem" ou "ser humano"; e métron, que quer
dizer "medida”. Dentro do âmbito jurídico, a análise antropométrica é utilizada como uma
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ferramenta de identificação de criminosos, baseada na descrição do corpo do suspeito.
Exemplo: retrato falado, fotografias, proporções corporais, impressões digitais e etc.
Antropometria e Ergonomia
A antropometria é o estudo das dimensões e das partes do corpo humano. Já a
ergonomia (ergo = trabalho; nomo = ciência), é o estudo da adaptação dos membros do
corpo humano ao ambiente a sua volta.
A ergonomia utiliza técnicas da antropometria para adaptar o ambiente de trabalho
ao ser humano, por exemplo: criando cadeiras, mesas, tesouras e demais objetos que
sejam mais fáceis e confortáveis de se manusear; criando objetos que se adaptem ao
corpo humano.
Nota³: A biomecânica ocupacional estuda as interações entre o trabalho e o homem
sob o ponto de vista dos movimentos músculos- esqueléticos envolvidos e as suas
consequências.
NOÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Preciso de CNH para dirigir empilhadeira?
Não. A confusão é gerada pelo termo “habilitado” que está presente no item 11.1.6
da NR 11, mas quando a NR se refere a “habilitado” ela está se referindo a uma formação
específica para operar o equipamento, como está claramente escrito no item 11.1.5. Essa
formação é a adquirida no curso de empilhadeira.
Não é obrigatório ter CNH para operar empilhadeira e muito menos para fazer o curso
operador de empilhadeira, se alguma instituição está colocando como pré-requisito ter CNH
para fazer o curso essa instituição está totalmente fora do contexto da norma. Em via
pública é necessário que o operador tenha CNH além de uma série de outras medidas.
Empilhadeira pode trafegar em via pública?
Empilhadeira não tem RENAVAM e isso mostra que ela não é um equipamento de uso no
trânsito, aliás, ela nem é preparada para isso. Para trafegar em via pública precisa ser
emplacada e seguir outras normas de sinalização e trânsito.
Posso exigir CNH para contratar operadores de empilhadeira na minha empresa?
A norma não interfere nesse assunto. Nada impede, e muitos profissionais do SESMT
até preferem operadores que possuem CNH. É uma questão que deve ser resolvida
internamente em cada empresa.
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Código Brasileiro de Trânsito – Lei - 9503 /23 setembro de 1997
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a
seguinte gradação:
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem
carro lateral;
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A,
cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não
exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga,
cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de
passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se
enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque,
semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso
bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito
ter o condutor do veículo cometido a infração:
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano
patrimonial a terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da
do veículo;
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de
passageiros ou de carga;
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os
limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
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Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato
socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar
auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento
de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda
que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte
instantânea ou com ferimentos leves.
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis
meses a um ano, ou multa.
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Exemplos de Sinalização de Trânsito:
Exemplos de Sinalização de Cargas:
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MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Aplicabilidade da NR-06
• 6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele
composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou
mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
• A empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação, funcionamento e certificados.
Certificado de Aprovação – NR-06.9
Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis o nome comercial
da empresa fabricante, o lote de fabricação e número de do C.A.
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Responsabilidade do Empregador NR-06.6.1
a) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo MTE;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) comunicar qualquer irregularidade observada;
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, em livros, fichas ou sistema eletrônico.
Responsabilidade do Trabalhador NR-06.7
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que destina;
b) responsabilizar pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que torne impróprio para o uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
EPC trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação
da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros. Os
Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC tem como objetivo proporcionar a preservação
da saúde e da integridade dos trabalhadores, em geral.
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Qual Lei ou Norma Regulamentadora trata sobre o uso do EPC?
As Normas Regulamentadoras 4 e 9 do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) fazem
referência ao uso do equipamento de proteção coletiva. Segundo a NR 4, está sob a
responsabilidade do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho) aplicar o seu conhecimento em saúde e segurança do trabalho (SST)
para reduzir ou, se possível, eliminar os riscos existentes em todos os ambientes de uma
determinada empresa.
Caso os meios de neutralização e eliminação estejam esgotados, também cabe ao
SESMT determinar quando é necessário utilizar e qual é o EPC adequado para aquela
função.
Já a NR 9, por sua vez, discorre sobre o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais). De acordo com essa norma, durante o processo de identificação dos riscos, é
necessário que sejam descritas todas as medidas de controle já existentes, incluindo, por
exemplo, o uso do EPC e do EPI (Equipamento de Proteção Individual).
Ainda de acordo com a norma, no item 9.3.5.2, a utilização do EPC e de outras
medidas de segurança coletiva, devem ser vistas como prioritárias pelas empresas,
enquanto o uso do EPI, este deve ser adotado apenas em último caso.
PROTEÇÃO DAS MÃOS
Exemplos de riscos relacionados à proteção das mãos
1. Fluidos Hidráulicos sob pressão;
2. Ar comprimido;
3. Energia armazenada em molas;
4. Processos Químicos sob Pressão;
5. Energia Potencial de objetos elevados (Gravidade);
6. Energia em seus braços, quando você, por exemplo,
empurra ou puxa uma alavanca ou chave.
Conselhos para proteger as mãos
1. Um alto centro de gravidade não reconhecido pode causar o deslizamento
inesperado de um equipamento ou carga;
2. Sempre bloqueie e sinalize fontes de energia;
3. Ao utilizar a força (empurrar ou puxar) esteja preparado para escorregar ou soltar
inesperadamente. NUNCA deixe seu rosto na frente, ao usar uma chave manual ou
alavanca;
4. Nunca deixe suas mãos debaixo de cargas suspensas;
5. Considere a força da gravidade;
6. Use a ferramenta apropriada, e apenas se estiver em boas condições;
7. Lembre-se que a luva não o previne totalmente da energia armazenada;
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Acidentes envolvendo mãos e dedos são gerados por variados fatores:
▪ Não estar focado na atividade que está executando;
▪ Posicionamento inadequado para execução da tarefa;
▪ Maquinário e equipamento inseguro;
▪ Distração e falta de atenção;
▪ Autoconfiança;
▪ Falta de Equipamento de Proteção Individual.
Ações
Torna-se necessário uma compreensão da necessidade de se “pensar” quando da
realização de tarefas aparentemente simples.
É necessário que cada área operacional defina uma lista de ferramentas e tarefas onde
haja riscos potenciais de acidentes com mãos e dedos.
ABASTECIMENTO DA EMPILHADEIRA
✓ Não é permitido fumar, acender fósforo ou usar qualquer tipo de chama durante o
abastecimento;
✓ Conserve o motor desligado. O bico da mangueira deve ficar em contato direto
com a boca do tanque;
✓ Verifique a tampa do tanque, esta deverá estar em boas condições;
✓ Lave quaisquer respingos de combustível antes de pôr o motor em funcionamento.
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P á g i n a | 22
No abastecimento de veículos a gás:
✓ Feche a válvula do tanque e deixe o motor funcionar até parar completamente;
✓ Desligue a chave de ignição;
✓ Remova, com cuidado, a conexão de acoplamento;
✓ Retire o cilindro vazio e guarde-o em local apropriado;
✓ Coloque o cilindro cheio;
✓ Faça a conexão corretamente;
✓ Abra a válvula e, com espuma de sabão, certifique-se de que não há vazamentos;
✓ No fim de cada turno, feche a válvula e espere o motor parar e, em seguida,
desligue a chave de ignição.
12.105. O bocal de abastecimento do tanque de combustível e de outros materiais
deve ser localizado, no máximo, a 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) acima do
piso ou de uma plataforma de apoio para execução da tarefa.
12.108 As máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam
combustíveis, inflamáveis, explosivos ou substâncias que reagem perigosamente devem
oferecer medidas de proteção contra sua emissão, liberação, combustão, explosão e reação
acidentais, bem como a ocorrência de incêndio.
EMERGÊNCIAS / INCÊNDIOS
✓ Saiba como agir em casos de emergência;
✓ Ao ouvir alarme de incêndio, encoste o veículo em local seguro, deixando a
passagem livre;
✓ Não obstrua os equipamentos de emergência, tais como hidrantes, extintores,
macas e corredores;
✓ Conheça o manejo dos extintores de incêndio;
✓ Nos casos de princípio de incêndio no veículo, peça ajuda e inicie o combate às
chamas utilizando o extintor próprio ou outro adequado (pó ou CO2);
✓ Evite incêndios, não fume dirigindo.
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P á g i n a | 23
MANUSEIO E TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
Os operadores de empilhadeira que manuseiam e transportam produtos químicos
deverão ser treinados, a conhecerem os riscos através da FISPQ e Ficha de emergência.
É de responsabilidade das áreas usuárias dos produtos químicos fazer a etiquetagem,
rotulagem e sinalização desses produtos e de seus locais de estocagem, mantendo os
FISPQ/SDS nesses locais, além de garantir que os empregados sejam treinados e
conheçam a SDS de cada produto.
OBS: A FISPQ/ MSDS deve estar em um local na área de estocagem.
Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)
A FISPQ é feita de acordo com a NBR14725
e contém uma série de informações para quem
vai trabalhar com produtos químicos, manuseá-
los ou transportá-los.
A FISPQ foi criada para fornecer
informações sobre vários aspectos dos
produtos químicos (substância ou preparados)
quanto à proteção, à segurança, à saúde e
meio ambiente.
Em alguns países, essa ficha é chamada
Safety Data Sheet.
CONTEÚDO DE INFORMAÇÃO DA FISQP
1. Identificação do produto e da empresa
2. Composição e informação sobre os ingredientes
3. Identificação de perigos
4. Medidas de primeiros-socorros
5. Medidas de combate a incêndio
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento
7. Manuseio e armazenamento
8. Controle de exposição e proteção individual
9. Propriedades físico-químicas
10. Estabilidade e reatividade
11. Informações toxicológicas
12. Informações ecológicas
13. Considerações sobre tratamento e disposição
14. Informações sobre transporte
15. Regulamentações
16. Outras informações
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INSPEÇÃO, REGULAGEM E MANUTENÇÃO COM SEGURANÇA
As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e
corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas
técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais
(NR-12, Item 12.111).
Para inspeção, regulagem e manutenção de máquinas automotrizes e autopropelidas,
deverão ser observadas, portanto, suas especificações e limitações técnicas.
Nota¹: Para efeito desta Norma são informações detalhadas na máquina ou manual,
tais como: capacidade, velocidade de rotação, dimensões máximas de ferramentas, massa
de partes desmontáveis, dados de regulagem, necessidade de utilização de EPI, frequência
de inspeções e manutenções etc.
MANUTENÇÃO
As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho devem ser
objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado
(NR-12, Item 12.111.1).
As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha
ou sistema informatizado, com os seguintes dados (NR-12, Item 12.112):
a) cronograma de manutenção;
b) intervenções realizadas;
c) data da realização de cada intervenção;
d) serviço realizado;
e) peças reparadas ou substituídas;
f) condições de segurança do equipamento;
g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e
h) nome do responsável pela execução das intervenções.
Devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente
habilitados, formalmente autorizados pelo empregador, com as máquinas e equipamentos
parados e adoção dos seguintes procedimentos:
a) isolamento e descarga de todas as fontes de energia das máquinas e equipamentos,
de modo visível ou facilmente identificável por meio dos dispositivos de comando;
b) bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de todos os
dispositivos de corte de fontes de energia, a fim de impedir a reenergização, e
sinalização com cartão ou etiqueta de bloqueio contendo o horário e a data do
bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável;
c) medidas que garantam que à jusante dos pontos de corte de energia não exista
possibilidade de gerar risco de acidentes;
d) medidas adicionais de segurança, quando for realizada manutenção, inspeção e
reparos de equipamentos ou máquinas sustentadas somente por sistemas
hidráulicos e pneumáticos; e
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P á g i n a | 25
e) sistemas de retenção com trava mecânica, para evitar o movimento de retorno
acidental de partes basculadas ou articuladas abertas das máquinas e equipamentos.
Nas manutenções das máquinas e equipamentos, sempre que detectado qualquer
defeito em peça ou componente que comprometa a segurança, deve ser providenciada sua
reparação ou substituição imediata por outra peça ou componente original ou equivalente,
de modo a garantir as mesmas características e condições seguras de uso (NR-12, Item
12.115).
As máquinas e implementos devem possuir manual de instruções fornecido pelo
fabricante ou importador, com informações relativas à segurança nas fases de transporte,
montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e
desmonte (NR-12, Anexo XI, Item 14).
REGULAGEM
Para situações especiais de regulagem, ajuste, limpeza, pesquisa de defeitos e
inconformidades, em que não seja possível o cumprimento das condições estabelecidas no
item 12.113;
E em outras situações que impliquem a redução do nível de segurança das máquinas e
equipamentos e houver necessidade de acesso às zonas de perigo, deve ser possível
selecionar um modo de operação que (NR-12, Item 12.113.1):
a) torne inoperante o modo de comando automático;
b) permita a realização dos serviços com o uso de dispositivo de acionamento de ação
continuada associado à redução da velocidade, ou dispositivos de comando por
movimento limitado;
c) impeça a mudança por trabalhadores não autorizados;
d) a seleção corresponda a um único modo de comando ou de funcionamento;
e) quando selecionado, tenha prioridade sobre todos os outros sistemas de comando,
com exceção da parada de emergência; e
f) torne a seleção visível, clara e facilmente identificável.
MANUAL DE INSTRUÇÃO
As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo
fabricante ou importador, com informações relativas à segurança em todas as fases de
utilização (12.125).
Quando inexistente ou extraviado, o manual de máquinas ou equipamentos que
apresentem riscos deve ser reconstituído pelo empregador ou pessoa por ele designada,
sob a responsabilidade de profissional qualificado ou legalmente habilitado (12.126).
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Os manuais devem (NR-12, Anexo XI, Item 14.1):
a) ser escritos na língua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que
possibilitem a melhor legibilidade possível, acompanhado das ilustrações
explicativas;
b) ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compreensão;
c) ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados; e
d) permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.
Os manuais das máquinas e equipamentos fabricados no Brasil ou importados devem
conter, no mínimo, as seguintes informações (NR-12, Anexo XI, Item 14.2):
a) razão social, endereço do fabricante ou importador, e CNPJ quando houver; b) tipo e
modelo;
c) número de série ou de identificação, e ano de fabricação;
d) descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios;
e) diagramas, inclusive circuitos elétricos, em particular a representação esquemática
das funções de segurança, no que couber, para máquinas estacionárias.
e) diagramas, inclusive circuitos elétricos, em particular a representação esquemática
das funções de segurança, no que couber, para máquinas estacionárias.
f) definição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;
g) riscos a que estão expostos os usuários;
h) definição das medidas de segurança existentes e aquelas a serem adotadas pelos
usuários;
i) especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança, incluindo os
critérios de declividade de trabalho para máquinas e implementos, no que couber;
j) riscos que poderiam resultar de adulteração ou supressão de proteções e dispositivos
de segurança;
k) riscos que poderiam resultar de utilizações diferentes daquelas previstas no projeto;
l) procedimentos para utilização da máquina ou equipamento com segurança; m)
procedimentos e periodicidade para inspeções e manutenção;
n) procedimentos básicos a serem adotados em situações de emergência.
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INSPEÇÃO
Data Book
Entende-se como Data Book, o documento utilizado para registrar todos os testes e
ensaios realizados na empilhadeira durante a inspeção. Tanto em sua estrutura quanto em
seus componentes. Através do Data Book é possível identificar se o equipamento está em
condições de utilização ou se necessita de alguma manutenção.
Índice de um data book
▪ Relatório da qualidade.
▪ Relatório de teste de carga.
▪ Relatório de inspeção por partículas magnéticas.
▪ Certificado de aferição dos acessórios e instrumentos.
▪ Certificado do inspetor.
▪ Lista de Verificação da Empilhadeira
▪ Verificação da documentação da EMPILHADEIRA.
▪ Registro de manutenção.
▪ Inspeção visual após teste.
▪ Inspeção por partícula magnética antes e após o teste de carga.
▪ Emissão dos relatórios de partícula magnética do garfo.
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Inspeção Prévia
É feita antes de pôr o equipamento
em funcionamento. O operador deverá
fazer uma inspeção prévia no
equipamento, verificando os itens do
Check List Pré Operacional.
Caso haja a algum item que esteja
desconforme, o equipamento deve ser
Tagueado e a equipe de manutenção
comunicada imediatamente (enviar uma
cópia do Check List Pré Operacional).
Check-list
1. Danos na estrutura (batidas, arranhões, amassados);
2. Pneus (cortes, desgastes, calibragem);
3. Rodas (parafusos, corrosão);
4. Correntes (lubrificação, tensionamento, elos, corrosão);
5. Garfos (empeno, travas, trincas, corrosão);
6. Cilindros de elevação, inclinação, direção, deslocamento
(vazamentos, mangueiras e conexão);
7. Extintor de Incêndio (lacre, data de validade, manômetro);
8. Faróis, lanternas e buzina;
9. Cilindro de G.L.P. (posição, vazamentos, abertura da válvula, travas);
10. Vazamentos de água e óleo em baixo do motor;
11. Nível de combustível, óleo do motor, óleo hidráulico, óleo de transmissão, fluído de
freio, água do radiador;
12.Bateria (nível de água e fixação dos cabos);
13.Tensionamento das correias;
14.Filtro de ar
15.Torre (articulação, lubrificação, rolamentos de encosto);
16.Direção, ruídos no motor;
17.Pedais de freio, aproximação, embreagem, acelerador;
18.Instrumentos de controle do painel (funcionamento);
19.Cinto de segurança.
20.Combustível (gasolina, diesel, G.L.P.).
21.Capacidade da máquina (plaqueta de identificação).
Obs: Qualquer anormalidade grave encontrada durante a
inspeção deve ser comunicada imediatamente à
manutenção mecânica. Não se deve operar a máquina até
que o problema seja sanado.
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Modelo de Check List de Empilhadeira
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DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES
CONCEITO BÁSICO
Empilhadeira é uma máquina com força motriz própria usada para carregar e
descarregar cargas. Totalmente voltada para o ramo comercial/industrial, esse
equipamento é indispensável na hora de estocar, e movimentar a carga.
Nota: Máquina autopropelida ou automotriz: Para fins desta Norma da NR-12, é aquela
que se desloca em meio terrestre com sistema de propulsão próprio.
As primeiras empilhadeiras introduzidas nos anos 1920 eram simples equipamentos
motorizados destinados a movimentar cargas de paletes de um ponto A á um ponto B.
Hoje, existem empilhadeiras sofisticadas numa combinação de modelos, capacidades de
peso e alturas de elevação, com variedade de recursos de segurança e ergonomia.
Talvez as únicas características universais diversas da seleção de empilhadeiras nos dias
de hoje sejam os garfos usados para elevar as cargas e os pneus usados para movimentá-
las. Porém até os pneus de empilhadeiras vêm com duas variedades: maciço ou pneu a ar.
Os pneus maciços são fabricados de borracha sólida e são melhores para aplicações
internas. Os pneus a ar, inflados com ar comprimido, são mais caros e preferidos para
serviços externos.
Este artigo apresenta uma introdução do modelo, aplicação e custo de alguns tipos de
empilhadeiras.
Empilhadeiras a contrapeso
• Empilhadeiras a combustão interna;
• Empilhadeiras elétricas.
Empilhadeiras especiais para estocagem
• Empilhadeiras de mastro retrátil;
• Empilhadeiras trilaterais;
• Selecionadoras de pedidos Empilhadeiras a contrapeso.
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O tipo mais comum de empilhadeira é a contrapeso com operador sentado. Tem esse
nome porque um peso localizado na sua parte traseira contrabalança o peso da carga,
garantindo que a empilhadeira não tombe para a frente.
Uma empilhadeira a contrapeso típica possui:
• Capacidade de 2.500 kg;
• Altura de elevação de cerca de 7 m;
• Vem equipada com luzes, alarmes de ré e outros recursos de segurança. As
empilhadeiras a contrapeso são movidas a motor de combustão interna ou elétrico.
Empilhadeiras a contrapeso a combustão interna
A maioria das empilhadeiras a contrapeso é ainda do tipo combustão interna. Elas
operam com uma variedade de combustíveis, incluindo gasolina, diesel, gás propano
líquido e gás natural comprimido. O gás propano líquido é o mais comum para
empilhadeiras de uso interno. Empilhadeiras maiores, para uso externo, normalmente
usam gasolina ou diesel.
Em comparação às empilhadeiras elétricas, as empilhadeiras a combustão interna são
mais rápidas e mais fáceis de reabastecer, porém devem ser reabastecidas várias vezes
por turno.
Empilhadeiras a contrapeso elétricas
As empilhadeiras elétricas obtêm energia de grandes e pesadas baterias de chumbo-
ácido, que proporcionam grande parte de seu contrapeso. Essas empilhadeiras são
adequadas para uso interno.
Embora custem mais do que as empilhadeiras a combustão interna, as elétricas são
mais baratas para operar, devido aos menores custos de combustível e de manutenção.
As empilhadeiras elétricas são silenciosas, não produzem emissões e normalmente
podem operar um turno completo de oito horas com uma única carga de bateria.
Entretanto, o processo de remoção, recarga e recolocação das baterias – que normalmente
pesam em torno de 1.500 kg – pode ser incômodo e demorado e tradicionalmente elas
exigem um espaço dedicado para seu manuseio. Contudo, novas tecnologias de carga
rápida estão mudando esse paradigma.
Empilhadeiras especiais para estocagem
Com 3,6 metros de largura, os corredores normais de estocagem permitem que uma
empilhadeira a contrapeso gire no corredor e envie uma carga ao estoque. Os corredores
estreitos normalmente medem apenas de 2,6 a 2,8 metros de largura – e os corredores
muito estreitos medem somente de 1,7 a 1,8 metros de largura – exigindo empilhadeiras
especiais que podem enviar cargas ao estoque sem girar, ou pequenas o suficiente para
fazer curvas bem fechadas.
As três empilhadeiras especiais para estocagem mais comuns são as empilhadeiras de
mastro retrátil, as empilhadeiras trilaterais e as selecionadoras de pedidos.
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Empilhadeiras de mastro retrátil
As empilhadeiras de mastro retrátil são as empilhadeiras originais para corredores
estreitos. Elas são pequenas o suficiente para girar em espaços limitados, pois não
necessitam de um grande contrapeso. Ao contrário, os mastros retráteis se estendem na
frente da empilhadeira para dar estabilidade. Entretanto, os mastros retráteis, dependendo
da configuração da estocagem, impedem que as empilhadeiras se aproximem o suficiente
da estrutura porta-paletes para colocar e recuperar as cargas. Para superar isso, algumas
empilhadeiras de mastro retrátil são projetadas com um mecanismo telescópico - chamado
pantógrafo – que permite aos garfos alcançar os locais de estocagem.
Empilhadeiras trilaterais
A empilhadeira geralmente escolhida para operar em corredores muito estreitos é a
trilateral. Essas empilhadeiras têm garfos giratórios que giram 90 graus em qualquer lado e
se deslocam na transversal de lado a lado.
Para enviar a carga ao estoque, o operador vai até o corredor com a carga voltada para
a frente e, em seguida, para no local de estocagem designado. Os garfos giram para o lado
apropriado e elevam a carga até a altura desejada. Em seguida, os garfos se deslocam na
transversal em toda a sua extensão, depositando a carga. Os garfos retornam à posição
original antes de a empilhadeira seguir em frente.
As empilhadeiras trilaterais podem ser totalmente guiadas pelo operador ou operar em
um sistema de guia – uma opção atrativa para corredores muito estreitos. Nas
empilhadeiras com operador a bordo, o compartimento do operador sobe com a carga. Nas
empilhadeiras sem o operador a bordo, ele permanece no nível do piso.
Selecionadoras de pedidos
Enquanto as empilhadeiras de mastro retrátil e as trilaterais são usadas para estocagem
e separação de cargas paletizadas, as selecionadoras de pedidos são usadas para
movimentar itens ou caixas individuais. Uma selecionadora de pedidos eleva o operador
sobre uma plataforma junto com os garfos. O operador separa os artigos dos locais de
estocagem a granel e os coloca diretamente em um palete sobre os garfos da
empilhadeira.
As selecionadoras de pedidos conseguem ir para a frente em uma posição elevada com
segurança. Elas podem ser completamente guiadas pelo operador ou operar em sistemas
guiados como as trila terais.
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CLASSIFICAÇÃO DAS EMPILHADEIRAS
De acordo com Word Industrial Truck Statistics (WITS), as empilhadeiras são divididas
em classes. Essa classificação e universal e se aplica a todos os fabricantes.
▪ Classe 1 - Empilhadeiras Elétricas de Contrapeso (Operador Sentado)
Agrupa máquinas elétricas contrabalanceadas com operador sentado, indicadas para
alta capacidade de carga a baixa altura de elevação e operações internas, com piso
perfeito.
Possuem boa velocidade para ciclos curtos de operação.
NR-12.23 - Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme
indicação constante do manual de operação.
▪ Classe 2 – Empilhadeiras Elétricas de Armazém (Operador Sentado)
São empilhadeiras de corredor estreito, motor elétrico. E incluem carregamento lateral e
empilhadeiras com mastros oscilantes que exigem menos espaço.
Classificam-se máquinas elétricas retráteis. São indicadas para movimentação vertical.
Sua melhor indicação está entre 7 e 10 metros de altura.
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▪ Classe3 - Empilhadeiras Elétricas de armazém (Operador de Pé)
São empilhadeiras de motor elétrico. Um operador fica na parte de trás, ou anda atrás
do equipamento.
Fazem parte máquinas elétricas próprias para transporte horizontal. Quando equipada
com torre são indicadas para operação a baixa altura, atendem as operações de pequeno
porte e operam em espaços reduzidos.
NR- 12.23 Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme
indicação constante do manual de operação.
▪ Classe 4 - Empilhadeiras a Combustão de Contrapeso (Operador Sentado)
Têm motores de combustão interna, bem como um automóvel de passageiros que você
pode comprar fora do lote.
Máquinas à combustão indicadas para operações internas, com piso perfeito, devido aos
pneus sólidos de perfil baixo (conhecidas como “spacer saver” ou “compact”).
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▪ Classe 5 - Empilhadeiras a Combustão de Contrapeso (Operador sentado)
Têm motores de combustão interna e são também normalmente contrabalançadas. Elas
diferem de Classe empilhadeiras IV em que eles têm pneumáticos ou pneus radiais.
Máquinas indicadas para operação de carga e descarga em pátios pavimentados ou não,
sendo amplamente utilizadas em armazéns de grande porte.
▪ Classe 6 - Empilhadeiras de reboque (trator)
Elas podem ter qualquer motor eléctrico ou motores de combustão interna. Classe
empilhadeiras VI são tratores sit-down que podem puxar cargas de mais de 1.000 quilos,
além de ser capaz de levantar cargas
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▪ Classe 7 - Empilhadeiras para terreno acidentado.
São frequentemente usadas na extração de madeira, agricultura e construção civil,
onde o solo é geralmente irregular. Elas normalmente têm motores à combustão interna e
pneumáticos.
▪ Empilhadeira à Prova de Explosão
Indicado para uso em áreas classificadas, onde haja a
presença de atmosfera explosiva, nas indústrias de petróleo e
gás, nas indústrias químicas, petroquímicas, farmacêuticas,
alimentícias, flexíveis, depósitos de produtos inflamáveis, entre
outras.
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As empilhadeiras podem ser movidas a:
✓ Gasolina – emite grande poluição ao meio ambiente.
✓ Diesel – apresenta maior poluição que a gasolina.
✓ Gás – polui menos que outros combustíveis.
✓ Eletricidade – zero emissão de gases poluentes.
Obs: A empilhadeira elétrica é a mais usada nas industriais alimentícias, farmacêuticas,
espaços fechados com ventilação e áreas classificadas.
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PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA
EMPILHADEIRA
Equipamento auto propulsor com três rodas, pelo menos, projetado para levantar,
transportar e posicionar materiais.
A empilhadeira é construída de maneira tal que o seu princípio de operação é o mesmo
de uma “gangorra”. Assim sendo, a carga colocada nos garfos deverá ser equilibrada por
um contrapeso igual ao peso da carga colocada no outro extremo, desde que o Ponto de
Equilíbrio ou Centro de Gravidade esteja bem no meio da gangorra.
O contrapeso é formado pela própria estrutura do veículo (combustão) ou pela bateria
(elétrica).
Entretanto, podemos, com um mesmo contrapeso, empilhar uma carga mais pesada,
bastando para isso deslocar o Ponto de Equilíbrio ou Centro de Apoio para mais próximo da
carga.
Assim sendo, é muito importante saber qual à distância do centro das rodas até onde a
carga é colocada.
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O Engenho das empilhadeiras determinou que os limites para a escolha de um
equipamento são:
1. altura de elevação da carga
2. profundidade da carga (centro de carga)
3. Peso da Carga.
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PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO
Toda empilhadeira tem a sua capacidade de carga especificada a um
determinado centro de carga, isto em virtude de transportar sua carga fora da base dos
seus eixos, ao contrário do que acontece com uma carga transportada por caminhão.
O centro de carga (D) é a medida tomada a partir da face anterior dos garfos até o
centro da carga. Tem-se como norma especificar as empilhadeiras até 4.999 a 50 cm de
centro de carga e, dessa capacidade em diante, 60 cm.
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Caso o peso da carga exceda a capacidade nominal da empilhadeira ou o centro de
carga esteja além do especificado para ela, poderá ocorrer um desequilíbrio e consequente
tombamento, com sérios prejuízos tanto para o operador quanto para o equipamento ou
para a carga.
Curso de Capacitação para Operadores de Empilhadeira
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Os fatores que influem no equilíbrio de uma gangorra são os pesos utilizados em
seus extremos e as distâncias desses pesos em relação ao centro de apoio ou ponto de
equilíbrio.
Como não se podem variar os pesos próprios de uma empilhadeira, nem a posição do
seu centro de gravidade e em relação ao centro das rodas dianteiras, ficaram limitados a
procurar o equilíbrio somente escolhendo adequadamente as dimensões e peso da carga e
sua posição sobre os garfos.
As empilhadeiras têm uma tabela onde é especificado o centro de carga e a carga
correspondente; é a Placa de identificação.
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Toda empilhadeira deve ter afixado em local visível, sua placa de identificação.
Exemplo de determinação da capacidade de carga máxima:
• Para o centro de gravidade de uma carga de 600mm e uma altura máxima de elevação
1100mm, a capacidade de carga máxima de elevação é de 1490 kg.
• Peso Residual: Toda a empilhadeira perde capacidade ao elevar à carga.
De uma maneira geral a 1,5 metro do solo sua empilhadeira opera com 100% da sua
capacidade.
Contudo se está mesma empilhadeira estiver operando a 4 metros do solo, ela perderá
40% de sua capacidade.
Observação: Toda empilhadeira terá sua própria tabela.
Se o operador tentar pegar a carga, com centro de carga maior que o especificado, sem
obedecer à diminuição de peso relativo, pode comprometer a estabilidade frontal da
empilhadeira.
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P á g i n a | 45
Para se manter as cargas bem firmes em cima dos garfos, o comprimento dos mesmos
deve atingir pelo menos 3/4 da profundidade da carga, ou seja 75%.
Estabilidade Lateral
Todo operador deve conhecer o que é estabilidade lateral, ou seja, como operar a
máquina sem ocorrer o risco de que ela tombe para os lados.
Para que haja estabilidade, qualquer equipamento precisa ter uma base de apoio.
Por exemplo: mesa e cadeira.
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Na empilhadeira, a base é feita em três pontos: dois deles estão na parte frontal da
máquina, são as rodas de tração.
O terceiro ponto é o de união entre o chassi e o eixo de direção, que é formado por um
pino montado no meio do eixo de direção e fixado ao chassi.
Este tipo de montagem permite que as rodas de direção acompanhem as
irregularidades do terreno, fazendo com que as quatro rodas sempre estejam tocando o
solo.
Centro de gravidade
Além da base, há um outro dado importante para
a estabilidade lateral, que é o Centro de Gravidade
Vamos tomar como exemplo a famosa Torre de
Pisa.
Imaginemos que possamos amarrar um fio de
prumo de pedreiro no centro de gravidade da Torre.
Enquanto a ponta do prumo estiver dentro da base
da torre ela não tombará, porém, o dia que a
inclinação for tanta que a ponta do prumo estiver
fora da base ela não resistirá e cairá.
Numa empilhadeira o ponto central de gravidade
está localizado em algum lugar na altura do motor,
mas não devemos esquecer que a carga também
tem um centro de gravidade.
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Neste caso surge um terceiro ponto que é o resultado da combinação dos dois
primeiros e vai variar de acordo com a movimentação feita com a carga.
Quando elevamos ou inclinamos a carga, o centro de gravidade muda de posição.
Considerando o fio de prumo no (C G), no momento em que a empilhadeira passar
sobre uma pedra ou um buraco se a ponta do prumo cair fora da base, ela tombará.
Centro de Gravidade (CG) é o termo mais usado para expressar o Centro de Massa
(CM) de um corpo. O Centro de Gravidade é simplesmente uma posição média da
distribuição da força peso.
Triângulo da Estabilidade
Embora a empilhadeira seja montada sobre quatro rodas, ela é na realidade, suportada
por três pontos. Isto porque o eixo de direção é articulado em um ponto apenas. Os três
pontos de suspensão são: as duas rodas tração e o centro do eixo de direção. O equilíbrio
da empilhadeira é, portanto, determinado pelo triângulo formado pelo do eixo direcional e
as duas rodas de tração. O centro de gravidade da empilhadeira está dentro do triângulo
ABC (ponto 1). A estabilidade lateral é indicada pelas linhas 1-2 e 1-3. Desse modo, se o
ponto linhas 1-2 e 1-3. 1 se deslocar para 2 ou 3, a empilhadeira tombará.
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Centro de Equilíbrio da Empilhadeira
Exemplos de operação segura e insegura
A Empilhadeira tem 02 pontos de apoio frontais (B+C) e um traseiro (A), o que
perfazem um triângulo.
CG = Centro de Gravidade, quando ele excede os limites do Triângulo a Empilhadeira
CAPOTARIA para o lado que for excedido.
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Fatores de Estabilidade:
✓ O triângulo da estabilidade;
✓ Distribuição de peso;
✓ Centro de gravidade Vertical;
✓ Estabilidade dinâmica X estática;
✓ Habilidade em vencer rampas.
Mastro Retrátil
No caso das empilhadeiras de mastro retrátil, o
tombamento para trás é mais fácil de ocorrer do que em outros
modelos, visto que o ponto de equilíbrio está mais perto das
rodas traseiras e se desloca facilmente para fora da área de
estabilidade.
Exemplos de Mastro Retrátil
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Deslocamento do Centro de Gravidade
Em uma empilhadeira articulada, o triângulo da estabilidade fica
invertido, com o centro de gravidade no ponto mais largo do triângulo.
Com uma empilhadeira articulada, o centro de gravidade não muda
significativamente quando a empilhadeira está elevando carga.
Em uma empilhadeira contrabalançada tipo de quatro rodas, o centro
de gravidade fica à frente do eixo traseiro no ponto mais estreito de
triângulo da estabilidade.
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Tipos de Acessórios
A Garra para Rodas é o equipamento certo para
efetuar com praticidade, rapidez e segurança o
manuseio de rodas com grandes dimensões e peso,
como é o caso de caminhões fora de estrada, tratores,
pás-carregadeiras, motoniveladoras e outras máquinas
rodoviárias.
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COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA EMPILHADEIRA
COMPONENTES DA EMPILHADEIRA
Carcaça ou Chassi
É a estrutura metálica, geralmente de ferro fundido, que serve de contrapeso para a
carga e de proteção para vários componentes da empilhadeira.
Torre de Elevação ou Coluna
É um dispositivo empregado na movimentação de materiais no sentido vertical. Pode
ser inclinada para frente e para trás.
Garfos ou Forquilha
São dispositivos utilizados para carregar, transportar e empilhar materiais. Podem ser
deslocados manualmente no sentido horizontal e verticalmente pelos controles da
empilhadeira.
Contrapeso
Carga situada na parte traseira, que serve para equilibrar o veículo quando carregado, e
que faz parte da própria carcaça.
Volante
Dispositivo de controle de direção do veículo. Pode ser girado tanto para a direita como
para a esquerda. As empilhadeiras que tem três rodas podem dar uma volta completa sem
sair do lugar. O volante deve ser mantido limpo, evitando-se choques que possam danificá-
lo, bem como tração desnecessária, como por exemplo; utilizá-lo como apoio para subir na
empilhadeira.
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Pedais
São dispositivos que auxiliam o comando do veículo para movimentar, trocar de
marcha, diminuir velocidade e parar. Sempre que pisar no freio, aconselha-se pisar na
embreagem. A empilhadeira elétrica não tem pedal de embreagem e, nesse caso, deve-se
deixar a alavanca de mudança em ponto neutro, quando for parar.
Alavanca de Freio de Estacionamento
Deve ser usada para estacionar a empilhadeira ou para substituir o pedal de freio em
caso de uma eventual falha no sistema de frenagem.
Pneus
Componentes sobre os quais se movimenta o veículo podendo ser maciços ou
pneumáticos (com câmaras de ar).
Alavancas de Comando da Torre ou Coluna
As operações de elevação e inclinação da torre são controladas por alavancas de até
quatro posições, que comandam a ação telescópica dos cilindros de elevação e inclinação,
munidas de válvulas de controle colocadas no circuito hidráulico principal da máquina. As
alavancas de comando da coluna encontram-se situadas ao lado direito do operador e à
altura da borda superior da chapa-suporte do assento ou do painel de instrumento.
Alavanca de Câmbio
Dispositivo que serve para mudanças de velocidades e sentido de direção do veículo. É
conveniente não dirigir com velocidade máxima, levando carga perigosa no veículo ou
quando tiver que fazer curvas bruscas e rápidas. As direções em que a alavanca deve ser
mudada sempre constam em plaquetas fixadas na empilhadeira. Nunca mude a alavanca
para a ré se a empilhadeira (inclusive a elétrica) estiver em movimento.
Motor
Conjunto de força motriz do veículo que também movimenta as bombas hidráulicas e o
câmbio mecânico ou hidramático.
Sistema Elétrico
É o conjunto formado pelo gerador, bateria, velas, platinado, alguns instrumentos do
painel, lâmpadas, etc. Qualquer avaria nesse sistema é indicada pelos instrumentos de
controle do painel.
Obs: Atualmente os sistemas modernos de ignição são eletrônicos e assistidos por
microprocessadores.
Sistema Hidráulico
É o sistema movimentado pela pressão do óleo hidráulico, proporcionando movimentos
aos cilindros de elevação, inclinação e direção do equipamento.
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Sistema de Alimentação
É o conjunto de peças que serve para fornecer e dosar o combustível utilizado na
alimentação do motor à explosão. A água e o óleo são elementos indispensáveis para o
bom funcionamento do motor.
Diferencial
É o conjunto de engrenagens que faz as rodas girarem e conserva o veículo em
equilíbrio nas curvas, permitindo que as rodas traseiras se movimentem com velocidades
diferentes uma da outra. No caso das empilhadeiras, esses movimentos são realizados
pelas rodas dianteiras (rodas de tração).
Caixa de Câmbio
Conjunto de engrenagens, que serve para mudar as velocidades e o sentido de
movimento do veículo, a partir do posicionamento que se dá a alavanca de câmbio.
Transmissão Automática
É o conjunto que permite a mudança automática das marchas de velocidade.
Atualmente, nos modelos mais modernos, estão sendo utilizadas transmissões banhadas à
óleo (semi-automática) e transmissão hidrostática.
Filtro de Ar
Serve para efetuar a filtragem do ar utilizado pelo motor. No filtro, o ar é purificado
para depois ser enviado para o carburador. O motor nunca deve trabalhar sem a
mangueira do filtro de ar ou sem o filtro.
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COMANDOS
São dispositivos que servem para comandar as várias funções do equipamento.
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INSTRUMENTOS DE CONTROLE DO PAINEL
São componentes que servem para indicar ao operador o bom funcionamento do
equipamento. Por isso o operador deve prestar muita atenção ao painel, conservá-lo
sempre limpo e em boas condições de uso.
1 – Indicador do nível de combustível – serve para indicar ao operador a quantidade de
combustível existente no reservatório;
2 – Indicador de temperatura do líquido do radiador – indica a temperatura do
líquido de arrefecimento do sistema;
3 – Horímetro – indica a quantidade de horas trabalhada pela máquina, para que
seja feito a manutenção preventiva do equipamento e outros controles adicionais;
4 – Indicador de direção para a esquerda – indica o sentido de direção de
deslocamento da máquina;
5 – Luz de aviso do alternador – indica se o alternador está gerando ou não corrente
elétrica para as partes elétricas do equipamento;
6 – Luz de aviso da temperatura do óleo de transmissão – indica a temperatura óleo
da caixa de transmissão;
7 – Luz de aviso da pressão do óleo do motor – indica a lubrificação interna do
motor;
8 – Luz de aviso do nível do fluido de freio – indica o nível do fluido de freio do
reservatório e/ou freio de estacionamento acionado;
9 – Luz de aviso do nível do líquido do radiador – indica o nível de água do
reservatório do radiador;
10 – Luz de aviso do cinto de segurança / alarme sonoro;
11 – Luz de aviso de água no filtro do combustível (diesel) – indica a existência de
água no filtro de combustível.
Obs.: Ao constatar qualquer anormalidade grave o operador deve desligar a
máquina imediatamente e comunicar à oficina de manutenção.
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OPERAÇÃO COM SEGURANÇA DA EMPILHADEIRA
OPERAÇÃO DA MÁQUINA EMPILHADEIRA
Antes de pensar em operar uma empilhadeira, o futuro operador deve conhecer, logo de
início, as seguintes regras básicas:
1 - A empilhadeira é dirigida pelas rodas traseiras – o conhecimento desta regra é
fundamental na operação da máquina, pois o fato de ter as rodas de direção na parte
posterior faz da empilhadeira um veículo que executa manobras com mais facilidade que os
outros. Por isso o operador nunca deve fazer uma curva em alta velocidade, para não
correr o risco de tombamento da máquina.
2 - A empilhadeira é mais fácil de manobrar com carga que sem carga – lembrando do
princípio de equilíbrio frontal da empilhadeira, fica fácil entender esta regra, pois no
momento que a empilhadeira tem carga, corresponde a colocar peso na extremidade da
gangorra oposta ao contrapeso, equilibrando o sistema e aliviando o peso sobre as rodas
de direção, tornando mais fáceis às manobras.
3 - A empilhadeira trabalha tanto para frente como para trás indistintamente – quando
a carga a ser transportada não permitir perfeita visibilidade do operador, o deslocamento
deverá ser feito em marcha ré, seja qual for a distância a ser percorrida, exceto em
rampas ou plano inclinado (que a carga deve sempre apontar para o alto da rampa).
4 - Muitas vezes a empilhadeira é dirigida com uma só mão, ficando a outra para
manejar os comandos e/ou controles – como em outros veículos de transporte e
movimentação de cargas, o condutor só tira as duas mãos do volante para passar a
marcha. Com a empilhadeira o operador deve saber conduzir o equipamento comum a só
mão (esquerda), ficando a outra para manejar os comandos.
PLANEJAMENTO DO TRABALHO
Em toda movimentação de cargas a ser realizada, é preciso conhecer três itens
fundamentais: (origem, percurso e o destino da carga).
Origem – de onde sai a carga.
▪ Fazer sempre uma análise preliminar de riscos.
▪ Fazer check list da empilhadeira/ Teste de carga.
▪ Verificar sempre sinalização da área.
▪ Verificar se a área é classificada.
▪ Verificar documentação da carga, Peso e Dimensões da carga.
▪ Verificar se a carga é solida, química ou gasosa.
▪ Manter sempre numa distância segura da empilhadeira, quando em movimento.
▪ Operador treinado e com certificação atualizada.
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• Percurso - trajeto da carga.
Sempre que for iniciar uma operação em área desconhecida o operador deve observar
antes, se há existência dos obstáculos, que podem ser terrestres e aéreos:
✓ Obstáculos Terrestres – pedras, pedaços de madeira, cavacos, retalhos de chapa,
quebra-molas, pisos irregulares, valetas, aclives, declives, cruzamentos, passagens
sem visão, pessoas e outros equipamentos etc.
✓ Obstáculos Aéreos – altura de portas, arcos, vigas, pontes rolantes, talhas
elétricas, instalações elétricas, condutos de vapor, tubulações de água, ar
comprimido etc.
• Destino da carga. Área onde a carga será depositada.
✓ A área está sinalizada.
✓ Existe espaço físico para manobras com a empilhadeira.
✓ Aonde a carga será depositada suporta o peso da empilhadeira e da carga.
Planejamento do espaço e layout da armazenagem
Uma série enorme de materiais e produtos diversos são estocados em qualquer
indústria. Para isso basta que qualquer item seja utilizado periodicamente e que seja
imperativa a existência desse item dentro da organização na ocasião de sua utilização.
Um layout de armazenamento leva em conta as exigências de estocagem de curto e
longo prazo, partindo de um conhecimento bastante aproximado das tendências do
material estocado e das eventuais flutuações da demanda, sem as quais o layout se torna
simples previsão sem base.
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Antes de se efetuar um planejamento do espaço, é necessário obter uma quantia de
dados detalhados tais como:
▪ Máximo estoque;
▪ Estoque médio;
▪ Política de reposição;
▪ Unidades de estocagem;
▪ Volume recebido/expedido por período de tempo, tipo de área de estocagem
(disponível ou sendo planejada): granel, reservada, varejo, segurança, refrigerada,
porta-pallets, prateleiras, estantes e área externa;
▪ Métodos de movimentação atuais ou planejados capacidade do equipamento
disponível ou proposto: tipo, tamanho, capacidade, raio de giro, etc;
Layout
▪ No projeto do layout há diversos itens que merecem considerações cuidadosas tais
como:
▪ Tamanho do produto;
▪ Tamanho pallet;
▪ Equipamento mecânico a ser usado (empilhadeira para corredor estreito e
Empilhadeira – contrabalançada);
▪ Razão entre a largura do corredor e o tamanho do pallet;
▪ Espaçamento do pallet nos porta-pallets;
▪ Espaçamento das colunas;
▪ Localização desejada do recebimento e expedição;
▪ Área de serviço requerida, sua localização e tamanho desejados.
Pallet Padrão no Brasil
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Determinação de espaço de manobra para empilhadeira
No momento de escolher o tipo de empilhadeira mais conveniente para as operações de
movimentação de materiais o corredor de operação deve condicionar a largura livre
necessária para o equipamento num giro de 90 graus, para depósito, remoção,
empilhamento, desempilhamento de materiais e produtos, como um dos fatores mais
importantes de decisões.
A largura desses corredores depende de três elementos em prioridade fundamental:
Ser suficiente para que empilhadeiras possam se colocar na perpendicular ao corredor,
deve incluir o comprimento da carga no sentido de deslocamento: incluir uma folga, para
possibilitar manobras mais rápidas e seguras.
Na determinação do mínimo espaço necessário às manobras das empilhadeiras, devem ser
consideras as seguintes dimensões:
▪ Raio de giro externo;
▪ Raio de giro de empilhamento;
▪ Ângulo reto de empilhamento;
▪ Plano horizontal de empilhamento;
▪ Mínima interseção de corredores.
Abaixo estão relacionadas algumas sugestões úteis para dimensionamento dos corredores,
obtidos da prática:
1. Os corredores devem ser retilíneos (o máximo possível);
2. Não devem ser obstruídos;
3. Devem conduzir às portas quando possível;
4. As interseções devem ser minimizadas;
5. Os corredores devem ser suficientemente largos para permitir uma operação
eficiente e segura;
6. As colunas podem ser utilizadas frequentemente como linhas de fronteiras;
7. Todos os itens estocados devem ser convenientemente acessíveis;
8. Os corredores devem ser identificados por uma faixa (linha) de largura de 8 a
10 cm demarcada no piso;
9. Todos os corredores devem ter mão única direção, menos os corredores de
transporte principais.
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Manobras das Empilhadeiras
A largura do corredor para o empilhamento em
ângulo reto significa a largura necessária do
corredor para girar uma empilhadeira em 90
graus, a fim de depositar um material na lateral
de um corredor, três fatores são envolvidos para
determinar esta dimensão:
raio de gira (R1);
distância entre a linha central do eixo dianteiro
(tracionário) e frente do suporte dos garfos, mais
o fator (D);
comprimento da carga (W).
Conforme mostra a figura ao lado, à medida que
aumenta a folga entre as cargas, a largura
necessária do corredor torna-se menor. Desse
modo, considera-se a dimensão da largura do
corredor para empilhamento ou a largura entre os
suportes verticais das prateleiras.
Empilhamento
✓ A última fase da operação com carga é o
empilhamento, ou seja, a colocação de cargas
em pilhas ou prateleiras, e sua retirada.
Quando o operador se aproxima do ponto de
empilhamento:
▪ Posicionar a empilhadeira frontal ou
perpendicularmente a pilha (40 a 50cm) de
distância;
▪ Colocar a torre na vertical;
▪ Elevar os garfos até a altura que o operador
tenha visibilidade total da superfície superior
da pilha;
▪ Alinhar a carga, tanto no sentido vertical como na horizontal;
▪ Baixar a carga na pilha, até que os garfos fiquem flutuando no vão do palete;
▪ Retirar os garfos e baixar a torre.
Obs: Manter a mesma distância (40 a 50cm) dos garfos
para a pilha de materiais ao baixar a torre, para não danificar a carga.
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✓ Quando for apanhar ou deixar uma carga, a primeira coisa que o operador deve
fazer é:
▪ Colocar a torre na vertical e os garfos na horizontal; ▪ Dividir o meio dos garfos de forma que coincida com o meio da carga. Assim, o peso
ficará distribuído igualmente para os dois lados, havendo o equilíbrio entre empilhadeira/carga;
▪ Introduzir os garfos no vão (base) do palete, até que o mesmo se encoste ao protetor de cargas;
▪ Inclinar a torre para trás somente o suficiente para estabilizar a carga e fazer o
deslocamento.
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Desempilhamento
▪ Colocada à empilhadeira perpendicular a
pilha com a torre na vertical, o operador
deve:
▪ Elevar os garfos até a altura da base da
carga;
▪ Introduzir os garfos no vão do palete,
avançando a empilhadeira até encostar-se
ao protetor de cargas;
▪ Elevar o palete a uma altura de (5 a 10cm) e inclinar a torre para trás somente o
suficiente para estabilizar a carga;
▪ Deslocar a máquina em marcha à ré a uma distância de (40 a 50cm) da pilha e
baixar a carga.
▪ Abaixar os garfos lentamente até 15 a 20 cm do solo.
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SINALIZAÇÃO E PINTURA DO PISO
A sinalização do piso tem o objetivo de evitar acidentes e alertar os operados de
empilhadeira sobre a mão de direção de cada rua, a preferência nos cruzamentos e os
túneis, através de sinais pintados no piso, como “Pare” e “Túnel”.
Na busca pela otimização de espaço, é comum encontrarmos corredores estreitos onde
apenas uma empilhadeira pode transitar por vez. Nesses casos, recomenda-se a definição
da mão de direção para cada rua do corredor, de modo que as empilhadeiras se
movimentem sem o risco de colisões e prováveis acidentes de trabalho.
Faixas de largura entre 10 e 15 cm são utilizadas para demarcar as posições de
blocados e o alinhamento dos paletes no piso inferior de uma estrutura.
Sinalização de Trânsito para Empilhadeiras
Placa de sinalização de ruas
Faixas limitadoras e faixas de
pedestres
Identificação de piso Floor Marking
- As marcações de piso através do
Floor Marking, são indicadas em
demarcações de piso em linhas de
produção.
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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA PARA OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA
As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem
possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos
a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e outras informações
necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores. (12.116)
A sinalização de segurança compreende a utilização de
cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros,
entre outras formas de comunicação de mesma eficácia.
(12.116.1)
A sinalização, inclusive cores, das máquinas e
equipamentos utilizados nos setores alimentícios, médico e
farmacêutico deve respeitar a legislação sanitária vigente,
sem prejuízo da segurança e saúde dos trabalhadores ou
terceiros. (12.116.2)
A sinalização de segurança deve ser adotada em todas as fases de utilização e vida útil
das máquinas e equipamentos. (12.116.3)
A sinalização de segurança deve (12.117):
a) ficar destacada na máquina ou equipamento;
b) ficar em localização claramente visível; e
c) ser de fácil compreensão.
Os símbolos, inscrições e sinais luminosos e sonoros devem seguir os padrões
estabelecidos pelas normas técnicas nacionais vigentes e, na falta dessas, pelas normas
técnicas internacionais. (12.118)
As inscrições das máquinas e equipamentos devem
(12.119):
a) ser escritas na língua portuguesa - Brasil; e
b) ser legíveis.
Curso de Capacitação para Operadores de Empilhadeira
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As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou equipamento a
que se referem, e não deve ser utilizada somente a inscrição de “perigo”. (12.119.1)
As inscrições e símbolos devem ser utilizados nas máquinas e equipamentos para
indicar as suas especificações e limitações técnicas. (12.120)
Devem ser adotados, sempre que necessário, sinais ativos de aviso ou de alerta, tais
como sinais luminosos e sonoros intermitentes, que indiquem a iminência de um
acontecimento perigoso, como a partida ou a velocidade excessiva de uma máquina, de
modo que (12.121):
a) sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso;
b) não sejam ambíguos;
c) sejam claramente compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados; e
d) possam ser inequivocamente reconhecidos pelos trabalhadores.
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA
12.130 Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurança específicos,
padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da análise
de risco.
12.130.1 Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas
de proteção adotadas para se prevenir acidentes, sendo considerados complementos e não
substitutos das medidas de proteção coletivas necessárias para a garantia da segurança e
saúde dos trabalhadores.
12.131 Ao início de cada turno de trabalho ou após nova preparação da máquina ou
equipamento, o operador deve efetuar inspeção rotineira das condições de
operacionalidade e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a segurança, as
atividades devem ser interrompidas, com a comunicação ao superior hierárquico.
12.132 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e
equipamentos, exceto operação, devem ser planejados e realizados em conformidade com
os procedimentos de trabalho e segurança, sob supervisão e anuência expressa de
profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados. (Alterado pela Portaria MTPS
n.º 509, de 29 de abril de 2016)
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12.132.1 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e
equipamentos, exceto operação, devem ser precedidos de ordens de serviço - OS -
específicas, contendo, no mínimo: (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de
2016)
a) a descrição do serviço;
b) a data e o local de realização;
c) o nome e a função dos trabalhadores; e
d) os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, de acordo com os procedimentos
de trabalho e segurança.
12.132.2 As empresas que não possuem serviço próprio de manutenção de suas
máquinas ficam desobrigadas de elaborar procedimentos de trabalho e segurança para
essa finalidade. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)
12.146 Os operadores de máquinas autopropelidas devem portar cartão de
identificação, com nome, função e fotografia em local visível, renovado com periodicidade
máxima de um ano mediante exame médico, conforme disposições constantes das NR-7 e
NR-11.
PROJETO, FABRICAÇÃO, IMPORTAÇÃO, VENDA, LOCAÇÃO, LEILÃO, CESSÃO
A QUALQUER TÍTULO E EXPOSIÇÃO
NR-12.133 O projeto deve levar em conta a segurança intrínseca da máquina ou
equipamento durante as fases de construção, transporte, montagem, instalação, ajuste,
operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação, desmonte e sucateamento por
meio das referências técnicas indicadas nesta Norma, a serem observadas para garantir a
saúde e a integridade física dos trabalhadores.
NR-12.133.1 O projeto da máquina ou equipamento não deve permitir erros na
montagem ou remontagem de determinadas peças ou elementos que possam gerar riscos
durante seu funcionamento, especialmente quanto ao sentido de rotação ou deslocamento.
NR-12.133.2 O projeto das máquinas ou equipamentos fabricados ou importados após
a vigência desta Norma deve prever meios adequados para o seu levantamento,
carregamento, instalação, remoção e transporte.
NR-12.133.3 - Devem ser previstos meios seguros para as atividades de instalação,
remoção, desmonte ou transporte, mesmo que em partes, de máquinas e equipamentos
fabricados ou importados antes da vigência desta Norma.
NR-12.134 - É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação,
cessão a qualquer título e exposição de máquinas e equipamentos que não atendam ao
disposto nesta Norma.
Outros requisitos específicos de segurança:
12.151 As máquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de engate
padronizado para reboque pelo sistema de tração, de modo a assegurar o acoplamento e
desacoplamento fácil e seguro, bem como a impedir o desacoplamento acidental durante a
utilização.
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12.151.1 A indicação de uso dos sistemas de engate padronizado mencionados no item
12.151 deve ficar em local de fácil visualização e afixada em local próximo da conexão.
12.151.2 Os equipamentos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim o exija,
devem possuir dispositivo de apoio que possibilite a redução do esforço e a conexão segura
ao sistema de tração.
12.151.3 A operação de engate deve ser feita em local apropriado e com o equipamento
tracionado imobilizado de forma segura com calço ou similar.
NR-17 – ERGONOMIA
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,
de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições
ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do
trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme
estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga
é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a
deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de
maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de
cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos
e maior de quatorze anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que
não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de
trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser
usados meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte
manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele
admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de
vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser
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executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com
sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de
ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador
seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua
segurança.
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de
trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas,
mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa
postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de
atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do
assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação
adequados dos segmentos corporais.
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos
pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como
ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das
características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes
requisitos mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir
da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte
ao comprimento da perna do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os
trabalhadores durante as pausas.
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar
adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a
ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia
ou mecanografia deve:
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a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do
pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a
utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo devem observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à
iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de
visibilidade ao trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-
lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que
as distâncias olho-tela, olho teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências
previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se
em conta a análise ergonômica do trabalho.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios,
salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as
seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira
registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus
centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
NR-12.97
Os assentos utilizados na operação de máquinas
devem possuir estofamento e ser ajustáveis à natureza
do trabalho executado, além do previsto no subitem
17.3.3 da NR-17.
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ZONA DE PERIGO
Zona de perigo
A zona de perigo é aquela em que pessoas ou bens estejam em risco por causa dos
movimentos de marcha ou de elevação da empilhadeira, dos seus elementos de recolha de
carga (por exemplo, garfos ou outros acessórios) ou da própria carga.
Pertence à zona de perigo o perímetro onde exista a possibilidade de cair carga ou onde
seja possível o movimento descendente ou a queda de algum dispositivo de trabalho.
OBS.: As pessoas estranhas devem ser afastadas da zona de perigo. Quando existir
risco para pessoas, deverá ser a tempo acionado um sinal de aviso (buzina). Se, apesar da
solicitação de abandono, houver quem permaneça na zona de perigo, a empilhadeira deve
ser imediatamente parada.
É expressamente proibido encostar-se em equipamentos móveis, estando o mesmo
ligado, por exemplo: Colocar os pés nos pneus, se apoiar no equipamento, entregar ou
pegar documentos ou objetos ao operador do equipamento, etc.
Sempre que houver necessidade de se aproximar de uma empilhadeira, estando está
em atividade, o pedestre deverá manter-se a uma distância mínima de 1m (um metro) do
equipamento. O Pedestre somente poderá se aproximar da empilhadeira, respeitando a
distância estabelecida (1 metro) e quando tiver a certeza de que o operador o viu, caso
contrário, não deve se aproximar.
NR-12.38 - As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas
de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de
segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.
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REGRAS OPERACIONAIS DE SEGURANÇA
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NÃO MOVIMENTE A EMPILHADEIRA COM OS GARFOS ELEVADOS
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NOÇÕES SOBRE ACIDENTES E DOENÇAS DECORRENTES DA
OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA
ACIDENTES NA OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA
Uma empilhadeira típica tem um alto centro de gravidade, a sua base de roda é
pequena e tem apenas três pontos de estabilidade. Portanto, para operar uma
empilhadeira exige uma grande habilidade e formação.
O gráfico abaixo mostra que o tombamento de empilhadeiras é o principal acidente com
fatalidade.
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DOENÇAS DECORRENTES DA OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA (RISCOS
ADICIONAIS)
NR-12.106 Para fins de aplicação desta Norma, devem ser considerados os seguintes
riscos adicionais:
a) substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes biológicos ou agentes químicos em
estado sólido, líquido ou gasoso, que apresentem riscos à saúde ou integridade física
dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou contato com a pele, olhos ou
mucosas;
b) radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenientes de
substâncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou produzidas;
c) radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integridade física
dos trabalhadores;
d) vibrações;
e) ruído;
f) calor;
g) combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem perigosamente; e
h) superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo
contato com a pele.
Agentes Químicos: produtos perigosos em forma de gases, líquidos e sólidos que
podem causar doenças por contato direto por organismos, que na grande maioria dos
casos reage de forma venosa ou toxica. Exemplo:
▪ Alergias
▪ Dermatite ou Dermatoses
Agentes Biológicos: pequenos micróbios como bactérias, fungos, vírus e bacilos que
contaminam e causam doenças. Exemplo:
▪ - Micoses
▪ - Doenças Infectocontagiosas
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Agentes Físicos: riscos geralmente causados por máquinas e equipamentos com
defeitos e outras condições do local de trabalho, como ruídos e vibrações. Exemplo:
▪ - Hipertensão;
▪ - Fadiga Nervosa.
Agentes Ergonômicos: trabalho com posturas incorretas, posições incômodas e
jornada prolongada. Exemplo:
▪ - Dores musculares;
▪ - Problemas de coluna.
12.107 Devem ser adotadas medidas de controle dos riscos adicionais provenientes da
emissão ou liberação de agentes químicos, físicos e biológicos pelas máquinas e
equipamentos, com prioridade à sua eliminação, redução de sua emissão ou liberação e
redução da exposição dos trabalhadores, nessa ordem.
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PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
TIPOS DE EMERGÊNCIAS EM OPERAÇÕES COM EMPILHADEIRA
Segue abaixo alguns exemplos de situações de emergência envolvendo empilhadeiras:
Tombamento da máquina, devido ao excesso de carga, manobras arriscadas,
obstáculos no caminho, irregularidades do piso, inexperiência ou imprudência quanto a
operação da máquina automotriz.
Colisões contra outras empilhadeiras, pedestres, ou estruturas estacionárias (cargas,
colunas e paredes, por exemplo) devido a existência de pontos cegos, sinalização de
segurança insuficiente, má visibilidade no ambiente, ou ainda perda do controle da
máquina.
Quedas de objetos, devido ao mau posicionamento da carga a ser deslocada.
Obs: Note que, embora a seguir sejam descritas ações recomendáveis, para tipos comuns
de situações de emergência, os Procedimentos de Emergência aplicáveis ao seu local de
trabalho são definidos pelo empregador. Mantenha-se atualizado e colabore para o seu
cumprimento.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA EM CASOS DE EMERGÊNCIA
As empilhadeiras podem tombar, se operadas de forma imprópria. As experiências em
acidentes têm mostrado que, um operador não pode reagir tão rápido o suficiente para
saltar de forma a ficar livre de ser atingido pela máquina ou pelo protetor do operador,
quando a máquina tomba. Para proteger o operador de ferimentos graves e até a morte no
caso de um tombamento, o melhor a fazer é permanecer no assento. Os braços de
segurança do assento servem para proteger seu corpo e braços dentro dos limites da
empilhadeira e do protetor do operador. Então, por favor, sempre afivele o cinto de
segurança quando estiver operando sua empilhadeira.
Tombamentos:
Se os limites impostos nas instruções de utilização da máquina não forem cumpridos
(como, por exemplo, conduzir em inclinações superiores às previstas pelo fabricante ou não
adequar a velocidade ao realizar uma curva) o veículo corre o risco de tombar.
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Recomendações em caso de tombamento:
1. Não solte o cinto de segurança ou salte para fora da máquina (isto aumenta o risco
de ser atingido);
2. Segure firmemente no volante da direção;
3. Apoie bem os pés e incline-se para o lado contrário ao tombamento.
Colisões
A forma mais eficaz de prevenir colisões de empilhadeiras é o isolamento das áreas
onde as operações ocorrem e a criação de corredores de tráfego, fazendo uma separação
entre pessoas e trânsito industrial. Com essas medidas os riscos de danos às instalações e
materias serão reduzidos consideravelmente.
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▪ Recomendações em caso de colisão:
1. Jamais deixe a máquina funcionando sem supervisão, pare a máquina antes de
deixá-la.
2. Identifique o tipo de colisão (quanto à existência, ou não, de vítimas).
3. Reconheça os riscos adicionais.
4. Comunique a ocorrência aos responsáveis por sua contingência.
Quedas
De acordo com dados da OSHA (Occupational Safety & Health Administration, Agência
de Saúde e Segurança Ocupacional), 14% dos acidentes com empilhadeiras são o resultado
de uma carga ou queda de objeto caindo num trabalhador.
▪ Recomendações em caso de queda:
1. Jamais deixe a máquina funcionando sem supervisão, pare a máquina antes de
deixa-la.
2. Avalie o tipo de carga envolvida e as especificações do manifesto da carga ou Ficha
de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ.
3. Comunique a ocorrência.
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NOÇÕES DE PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS EM OPERAÇÕES COM EMPILHADEIRA
Emergências com máquinas automotrizes, ou autopropelidas, poderão, inclusive,
apresentar vítimas. Caso seja seguro, é pertinente a prestação de primeiros socorros.
Por definição é o primeiro atendimento a uma vítima e pode ser iniciado por qualquer
pessoa, desde que tenha treinamento.
O objetivo do primeiro atendimento é preservar a vida da vítima, seja ela de trauma ou
mal súbito, e evitar o agravamento das lesões até a chegada da equipe de primeiros
socorros.
Caso o cenário seja, ou se torne, inseguro o trabalhador não deverá se colorar em
condição de risco.
A avaliação da cena compreende o reconhecimento dos seguintes aspectos:
▪ Segurança da cena;
▪ Mecanismo da lesão / trauma (o que aconteceu?);
▪ Número de vítimas / triagem;
▪ Situação da vítima;
▪ Localização da ocorrência.
Procedimentos imediatos:
▪ Comunicação da ocorrência;
▪ Bioproteção;
▪ Abordagem da vítima.
❖ Vítima de Trauma
O trauma físico é uma lesão ou ferida, produzida por uma ação violenta derivada por
transferência de energia externa ao organismo.
Essa energia se apresenta de cinco formas físicas: mecânica, química, térmica, elétrica
e radiação.
Para atividades envolvendo máquinas automotrizes, é comum a ocorrência de traumas
de origem mecânica: provenientes da queda ou impacto de um corpo contra uma
superfície.
❖ Vítima de Mal Súbito
O mal súbito é uma indisposição física que surge repentinamente (como por exemplo o
desmaio).
As causas do mal súbito variam, porém, ocorrem principalmente devido às doenças
cardíacas.
Embora menos frequentes entre as causas de acidentes envolvendo máquinas
automotrizes, ou autopropelidas, sua ocorrência não deve ser descartada.
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Trauma:
• A primeira etapa da avaliação de um trauma é chamada de avaliação primária.
• Esta avaliação visa identificar situações que possam colocar a vida da vítima em
risco.
• São exemplos de trauma luxações e cortes, do próprio operador, provenientes do
choque mecânico entre a máquina e uma estrutura física, assim como fraturas ou
mesmo hemorragias, em casos de impacto mecânico severo entre a máquina e um
trabalhador, na condição de pedestre.
• O tratamento de traumas deverá ser feito pela da equipe de primeiros socorros, em
virtude dos riscos de agravamento das lesões sofridas.
Parada Cardiorrespiratória (PCR):
• Consiste na ausência súbita e inesperada de
batimentos cardíacos e respiratórios de um indivíduo.
• Reconheça os sinais clínicos:
• Inconsciência;
• Ausência de pulsos em grandes artérias
(femoral e carótidas) ou ausência de
sinais de circulação;
• Pele pálida (esbranquiçada) e fria;
• Cianose (cor arroxeada nos lábios e unhas);
• Dilatação de pupilas (nem sempre presente).
Reanimação Cardiopulmonar (RCP)
• Pode ser necessário prosseguir à Reanimação
Cardiopulmonar (RCP)
• Consiste em um protocolo para o suporte básico de vida.
Um conjunto de ações que estão determinados pelas
letras:
• C = Compressão do peito;
• A = Abertura de vias aéreas; e
• B = Boa ventilação.
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C = COMPRESSÃO do peito;
A = ABERTURA de vias aéreas;
B = BOA ventilação.