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SEMANA 13
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Sumário
Sistema de informações de acidentes de trabalho ..................................3
O sistema de informações ........................................................................3
Casos de noticação compulsória ............................................................5
Acidente de trabalho grave ......................................................................5
Critérios de inclusão no protocolo ............................................................6
Rede sentinela de noticação .................................................................7
Vigilância dos acidentes ...........................................................................7
Técnicas de análise de acidentes ............................................................8
Análise dos dados consolidados .............................................................. 9
Avaliação do sistema ...............................................................................9
Referências bibliográcas ...................................................................... 11
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Sistema de informações de acidentes de trabalho
O sistema de informações (SI) nos permite estimar e acompanhar o real impacto do trabalho
sobre a saúde da população brasileira. O SI centra-se na captação de informações em serviçosde saúde, indicando como fontes de informações:
• Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU);
• Boletim de Ocorrência (BO) policial;
• Boletim de Registro de Acidentes de Trânsito do Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran);
• Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT);
• Sistema de Informações Hospitalares do SUS;
• Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM-SUS);
• Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox).
O sistema de informações
O SI tem como propósito fornecer informações conáveis sobre o impacto dos acidentes de
trabalho, seja em termos de lesões provocadas, seja nos aspectos associados às suas origens.
Essas informações são usadas como ferramentas de prevenção.
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Acidente de trabalho
Acidente de trabalho é todo evento súbito ocorrido em qualquer situação em que o trabalhador
esteja representando os interesses da empresa, que cause danos à saúde, provoque lesão cor-
poral ou perturbação funcional, que cause a morte ou a perda da capacidade para o trabalho,
permanente ou temporária.
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Casos de notificação compulsória
Consideram-se casos de noticação compulsória os explicitados a seguir.
• Acidente de trabalho fatal
É o acidente que leva a óbito imediatamente após sua ocorrência, em ambiente hospitalar ou
não, desde que a causa básica, intermediária ou imediata da morte seja decorrente do acidente.
• Acidente de trabalho mutilante (grave)
É o acidente que acarreta mutilação, física ou funcional, implicando comprometimento sério, po-
dendo ter consequências nefastas ou fatais.
• Acidente de trabalho com crianças e adolescentes
São acidentes que ocorrem com crianças e adolescentes menores de 18 anos de idade.
Acidente de trabalho grave
Para denição desses casos de acidentes, é necessário, pelo menos, atender a um dos critérios
objetivos:
• necessidade de tratamento e regime de internação hospitalar;
• incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias;
• incapacidade permanente para o trabalho;
• enfermidade incurável;
• debilidade permanente de membro, sentido ou função;
• inutilização ou perda de membro, sentido ou função;
• deformidade permanente;
• aceleração de parto, no caso de gestantes;
• aborto;
• fraturas, amputações de tecido ósseo, luxações ou queimaduras graves;
• perda da consciência provocada por asxia, choques elétricos ou outrascausas externas;
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• lesões que levem à hipotermia, à doença induzida pelo calor ou a desmaio,
requerendo hospitalização por mais de 24 horas ou ressuscitação;
• doenças agudas que requeiram tratamento médico, resultantes de exposi-
ção a agente biológico, suas toxinas ou material infectado.
Critérios de inclusão no protocolo
Para ns de noticação, o protocolo inclui:
• trabalhadores assalariados, com ou sem carteira de trabalho assinada;
• funcionários públicos estatutários e militares nos três níveis de governo;
• empregados na produção de bens e serviços;
• trabalhadores que produzem bens e serviços por conta própria, ou autônomos;
• empregadores que exercem atividades ligadas à produção de bens e serviços;
• trabalhadores domésticos com ou sem carteira assinada;
• trabalhadores não remunerados que atuam em ajuda familiar, ajuda a insti-
tuições religiosas ou cooperativas, ou como aprendizes e estagiários;
• trabalhadores que produzem para consumo próprio ou que constroem edi-
cações para o uso de sua família ou de terceiros, em regime de mutirão;
• trabalhadores rurais ou garimpeiros ligados à economia de subsistência;
• pessoas que trabalham em residências exercendo atividades destinadas a
ns econômicos, com ou sem percepção de rendimento;
• pessoas aposentadas, mas que estão ocupadas para complementar renda;
• pessoas em viagem de trabalho ou à disposição de empregadores, em situ-
ação de plantão de emergência;
• presidiários com atividade remunerada;
• quaisquer outras formas de trabalho/ocupação denidas pelo acidentado,
no caso de declaração de acidentes de trabalho.
Critérios de exclusão: acidentes domésticos ocorridos com integrantes da família.
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Rede sentinela de notificação
Este protocolo inclui a noticação compulsória dos acidentes em todos os serviços integrantes
da Renast, que é constituída por:
• centros de referência em saúde do trabalhador;
• hospitais de referência para o atendimento de urgência e emergência e/ou
atenção de média e alta complexidade, credenciadas como sentinelas;
• serviços de atenção básica e de média complexidade credenciados como
sentinelas.
Organização da rede sentinelaÉ organizada a partir da porta de entrada no sistema de saúde, com base nas ações de acolhi-
mento, noticação e atenção integral envolvendo assistência e vigilância da saúde.
O credenciamento dos serviços como sentinela será feito de acordo com as diretrizes e orienta-
ções referentes à Renast.
Vigilância dos acidentes
Este protocolo propõe um leque de atividades de hierarquização das ações preconizadas pelo
SUS. Portanto, este protocolo respeita a ideia de organização de sistema e saúde, seguindo os
princípios do SUS.
Seleção e análise dos casos
Todos os acidentes de trabalho citados anteriormente deverão ser investigados, obrigatoriamen-
te, pelos serviços de vigilância em saúde do trabalhador (municipais ou regionais). A investigação
dos casos poderá ser feita em conjunto com outros órgãos públicos ans, como o Ministério do
Trabalho, a Polícia Militar e Civil e o Ministério Público.
Tipos de análises:
• listas de vericação baseadas no cumprimento de aspectos previstos em
normas legais relativas à atividade;
• questões formuladas a partir de itens de legislação de segurança;
• publicações técnicas que tratem de avaliação de condições de segurança
naquela atividade.
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Técnicas de análise de acidentes
A equipe de centro de referência em saúde do trabalhador e os integrantes da equipe de vigilân-
cia em saúde treinados para análises adotam as seguintes diretrizes de suporte, dando preferên-
cia às técnicas que:
• adotem cuidados visando à sistematização da coleta, organização, análise
e avaliação dos dados;
• adotem princípios que conduzem a uma coleta de dados estruturada;
• sejam criadas para a análise de acidentes ou cuja implementação já seja
conhecida pela equipe;
• baseiem-se em abordagens de acidentes já utilizadas;
• adotem práticas participativas e de incentivo à percepção dos trabalhadores
envolvidos na atividade;
• baseiem-se em modelos psico-organizacionais de acidentes e exploram
aspectos dessas duas dimensões;
• entendem a instituição que desenvolve a atividade como sistema sociotéc-
nico aberto.
É recomendado, portanto, rejeitar as práticas e as análises que se restringem à exploração de
aspectos do acidente relacionados à origem das lesões. Esses aspectos são “atos inseguros”,
“causas imediatas”, “erros ativos” etc.
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Análise dos dados consolidados
A análise de banco de dados permite descrever atributos sociodemográcos das vítimas, assim
como a distribuição temporal e de aspectos do processo causal do acidente.
Informações importantes contidas na Ficha de Noticação de Acidentes de Trabalho do Sistema
Nacional de Agravos e Noticação:
• idade e sexo do acidentado;
• dias e horas do dia em que ocorrem mais acidentes;
• número médio de vítimas de acidentes por mês e ano;
• empresas ou ramos de atividade com maior número de vítimas ou com víti-
mas com lesões de maior gravidade;
• parte do corpo atingida e natureza da lesão sofrida;
• aspecto do processo causal.
Avaliação do sistema
Entre os critérios de avaliação da implantação do SI, deve-se destacar:
• vericação da utilização ou não de informações obtidas com o SI para iden-
ticação de problemas de saúde dos trabalhadores;
• denição de prioridades do sistema de saúde;
• denição das tarefas relativas à noticação de eventos;
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• criação de banco de dados;
• emissão periódica de relatórios e análise desses relatórios.
Atenção!
Os conselhos gestores do sistema de saúde e suas comissões assessoras de-
vem receber cópias dos relatórios das atividades e devem ser discutidos em reu-
niões semestrais. Os relatórios devem ser disponibilizados para leitura e downlo-
ad em páginas eletrônicas e encaminhados a todos os organismos de imprensa
locais e de maior abrangência.
Noticação
São passíveis de noticação compulsória pelo SUS todos os aci-
dentes vistos neste módulo, segundo a Portaria MS/GM n.º 777,
de 28 de abril de 2004.
Toda ocorrência deve ser comunicada à Previdência Social por
meio de abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Fluxograma de noticação deacidentes de trabalho
Fonte: Noticação de acidentes do trabalho
fatais, graves e com crianças e adolescentes.
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas.
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Referências bibliográficas
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dagem. SENAC, 2005.
CAMILLO, Major PM Abel Batista Júnior. Manual de prevenção e combate a incêndios. SE-
NAC, 2005.
TAVARES, José da Cunha. Noções de prevenção e controle de perdas em segurança do
trabalho. SENAC, 2010.
VALE, E. Cyro Eyer; LAGE, Henrique. Meio ambiente: acidentes, lições e soluções. SENAC,
2004.
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BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Diretrizes sobre Sistemas de Gestão da Segu-
rança e Saúde no Trabalho. São Paulo: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho, 2005.
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lia, 2010. 78 p.
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e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias.
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tros envolvendo o transporte rodoviário de produtos perigosos. Rio de Janeiro, 2005. 142p.
(IPR. Publ., 716).
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Brasília, 2003.105 p.: il.
DETRAN-RJ. Renovação da CNH: Conteúdo e provas simuladas. Rio de Janeiro, 2010. 60 p.
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máticas Estratégicas. Noticação de acidentes do trabalho fatais, graves e com crianças e
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XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção. Porto Alegre, 2005.