Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Curso de Turismo – 1º ano
Ano Lectivo 2007/2008
Sociologia do Lazer
Turismo Religioso
Professor: Paulo Rodrigues
Carlos Manuel Cabral Domingues
Nº 6161
Viana do Castelo, 02 de Junho de 2007
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Curso de Turismo – 1º ano
Ano Lectivo 2007/2008
Sociologia do Lazer
Turismo Religioso
Professor: Paulo Rodrigues
Carlos Manuel Cabral Domingues
Nº 6161
Viana do Castelo, 02 de Junho de 2007
Turismo Religioso
ÍNDICE
Conteúdo 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2. METODOLOGIA ..................................................................................................... 2 3. TURISMO ................................................................................................................ 3
4. TURISMO RELIGIOSO ........................................................................................... 4 4.1. TURISMO VERSUS RELIGIÃO .......................................................................... 5
4.2. PERFIL DOS PEREGRINOS ................................................................................ 8 4.3. PRINCIPAIS RELIGIÕES DO MUNDO ............................................................... 8
4.4. PRINCIPAIS LOCAIS DE PEREGRINAÇÃO ...................................................... 9 5. EXEMPLOS DE TURISMO RELIGIOSO.............................................................. 10
5.1. FÁTIMA .............................................................................................................. 10 5.2. SENHORA DO BOM DESPACHO ..................................................................... 13
6. TUREL ................................................................................................................... 15 7. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 16
8. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 17
Turismo Religioso
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho surge no âmbito da avaliação na disciplina de Sociologia do Lazer,
através de um pedido feito por parte do docente para que fosse realizado um trabalho escrito
com um tema à nossa escolha, desde que enquadrado nos temas abordados na disciplina.
Após alguma consideração, escolhemos o Turismo Religioso, tema que nos parece
oportuno sendo que vivemos numa época com mais facilidades para quem desejar visitar um
local sagrado, quer seja por devoção ou por curiosidade, e ainda devido à importância que a fé
tem na vida da grande maioria da nossa sociedade.
Este tema demonstra ainda ser uma óptima aposta devido ao efeito de atracção que
alguns locais sagrados exercem sobre as pessoas. Estamos a falar das peregrinações que
milhões de peregrinos fazem anualmente a locais sagrados em todo o mundo, desde Fátima,
Lurdes, Vaticano entre outros.
No caso de Portugal, mais de 7 milhões de pessoas visitam anualmente locais
sagrados, correspondendo 5 milhões somente a visitas realizadas ao Santuário de Fátima.
Estes números mostram-se muito promissores, revelando um nicho de mercado com enorme
importância e potencialidade que não pode ser ignorado.
Foi o que fez a Turel, empresa sediada em Braga, que soube avaliar o potencial deste
mercado e foi criada somente com a intenção de promover o turismo religioso no norte do
país, criando itinerários, programas e visitas, bem como todos os preparativos para a
realização deste tipo de turismo.
Turismo Religioso
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2. METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho foi necessário utilizar vários meios de informação, tais
como a internet, livros e recorrer a entidades que se dedicam a promover o turismo religioso
enquanto tipologia de turismo.
O trabalho é constituído por uma parte teórica, em que se aborda vários aspectos
relativos ao tema Turismo Religioso, tais como o seu conceito, o turismo versus religião,
locais mais visitados, tipos de peregrinos, Fátima, Senhora do Bom Despacho e a Turel. Claro
que em primeiro lugar iremos definir o que é turismo, e posteriormente iremos colocar
turismo e religião em comparação e verificar se são incompatíveis ou uma combinação
perfeita para promover religião, desenvolvimento e ainda combater a sazonalidade.
O livro utilizado é “Religious tourism and pilgrimage”. É um livro dedicado
inteiramente ao turismo religioso e por isso é uma enorme mais-valia na realização de um
trabalho sobre este tema.
Foi realizada uma vasta pesquisa na internet em busca de todos os contributos
possíveis, para que este trabalho fosse o mais correcto e realista possível.
Foi ainda utilizado o “Guia Para Apresentação de Trabalhos Escritos”, no sentido de
criar um trabalho escrito que respeita-se as normas e elementos de elaboração de trabalhos
que se encontram definidas no mesmo Guia, cujas normas se encontram em vigor.
Devido ao limite de páginas, a informação incluída neste trabalho foi reduzida,
podendo ter perdido algum factor mais relevante para a correcta compreensão e análise desta
modalidade de turismo. Devido à escassez de tempo, e à escassez de livros sobre este tema na
biblioteca da escola, este trabalho não contêm mais matéria e informação de livros.
Turismo Religioso
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3. TURISMO
Segundo Manuel Salgado e Pedro Cravo, a palavra: “tour-ism surgiu em 1811, ““tour”
significa um tipo de viagem que deriva de “tower”, significando castelo, e referindo-se
originalmente a viagens de lazer, associadas a descanso e a circuitos realizados nos parapeitos
das fortalezas”, (Salgado e Cravo; 30-05-2008: 1).
Posteriormente, e segundo os mesmos autores, “a palavra turismo, foi utilizada pela
primeira vez em Inglaterra, para descrever os jovens aristocratas ingleses do sexto
masculino, que foram educados para carreiras de política, governo e diplomacia. De
forma a alcançarem os seus estudos, eles embarcavam numa “grand tour” com
duração de três anos no continente europeu, regressando a casa, quando a sua
educação cultural estivesse completa”, (Salgado e Cravo; 30-05-2008: 1).
Criar uma definição que consiga descrever exactamente turismo não é uma tarefa fácil
pois turismo é um conceito com grande abrangência, e devem ser tidas em conta todas as suas
especificidades no sentido de definir o que é turismo e o que não é, de apelidar alguém de
turista, visitante ou nenhuma das duas anteriores. Ao longo dos anos muitos se aplicaram com
o intento de chegar a uma definição universalmente aceite por todos, mas existe sempre algum
detalhe ou pormenor em que não existe consenso ou total aceitação.
Hunziker e Krapf definiram que turismo: “é o conjunto das relações e fenómenos
originados pela deslocação e permanência de pessoas fora do seu local habitual de residência,
desde que tais deslocações e permanências não sejam utilizadas para o exercício de uma
actividade lucrativa principal, permanente ou temporária”, (Licínio Cunha; 1997: p. 8).
Mas se turismo é realmente o que estes senhores definiram, deixemos então uma
pergunta: quem se desloca a um país com a simples intenção de ser voluntário e ajudar os
outros sem remuneração, estará a praticar turismo? Com certeza que saí do seu local habitual
de residência, e que permanece no local de destino pelo menos alguns dias, mas estará a
realizar turismo somente porque não obtêm remuneração?
Então e quem faz viagens de negócios ou conferencias médicas em paraísos tropicais,
não estarão a praticar turismo? Estes senhores e senhoras são remunerados, e no entanto estão
a praticar uma tipologia de turismo com aceitação internacional no que diz respeito à sua
existência: o turismo de negócios, MICE.
Segundo a definição da Organização Mundial de Turismo, que será na nossa opinião a
mais correcta, o turismo: “compreende as actividades de viagens de pessoas e alojamento em
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locais fora do seu ambiente usual durante não mais do que um ano consecutivo, por lazer,
negócios e outros motivos”, (Salgado e Cravo; 30-05-2008: 2).
Ao analisarmos esta definição é-nos possível constatar alguma sinceridade, pois ao
escrever outros motivos, a OMT está na realidade a admitir que não é fácil criar uma
definição inteiramente correcta, eternamente fixa, que não tenha um ponto duvidoso ou menos
correcto.
Ao mesmo tempo, e comparando com a definição de Hunziker e Krapf, nesta
definição da OMT já é possível incluir o turismo de negócios, bem como outros motivos, que
na primeira eram bastante restringidos. O ponto comum, e que sem dúvida não pode faltar
numa definição de turismo é a questão de que as pessoas necessitam utilizar modos de
alojamento. Estas até se podem deslocar no seu próprio veículo ou cozinhar a sua própria
comida, mas alojamento é algo difícil de transportar, e este é talvez o ponto mais concreto que
todos os que tentaram definir turismo sublinharam.
4. TURISMO RELIGIOSO
“Religious Tourism is the expression that has been used by tour operators and
recently, despite the reticence of some, even by religious leaders, to describe all situations that
bring together religion and tourism, or merely religion and travel, including, for some,
pilgrimages”, (Fernandes, Carlos; McGettican, Francis; Edwards, Jonathan;2003: 29).1
Ou seja, turismo religioso é a combinação de todas as motivações que levam as
pessoas a locais de elevado perfil religioso ou espiritual, com todos os serviços inerentes ao
turismo, que podem ser transportes, alojamento, restauração ou animação. Existe desacordo
devido ao facto de alguns incluírem aqui as peregrinações e outros não.
Segundo a informação contida no site wikipédia: “Uma peregrinação (do latim per
agros, isto é, pelos campos) é uma jornada realizada por um devoto de uma dada religião a um
lugar considerado sagrado por essa mesma religião”, (S.a.7, 02-06-2008).
Antigamente, as pessoas dirigiam-se a pé até ao seu local de peregrinação, esta seria
decerto uma prova de ferro à fé de alguns, mas também uma jornada demasiado esgotante
para que as pessoas se pudessem dedicar com todas as suas forças ao comprimento do
1 Turismo religioso é a expressão que tem sido usada por operadores turísticos e recentemente,
apesar das reticências de alguns, até por líderes religiosos, para descrever todas as situações que
juntam religião e turismo, ou somente religião e viagem, incluindo, para alguns, peregrinação.
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objectivo que os leva-se lá. Também é certo que antigamente a maioria das pessoas se
dedicava, na sua grande maioria, à agricultura e pecuária, estando mais preparadas
fisicamente para essa prova que as pessoas de hoje em dia, cujo dia à dia é cada vez mais
stressante e sem esforços físicos.
Assim, não será errado considerar que o turismo religioso é uma enorme ajuda para
aqueles que querem visitar locais sagrados, pois fornece todo o tipo de facilidades necessárias
para a deslocação e para a permanência dos visitantes nesse local. Deste modo, até os
visitantes se podem dedicar mais inteiramente, de corpo e alma, ao seu objectivo, quer seja a
busca por ajuda divina, quer seja o usufruto de obras magnificas e cheias de valor cultural.
Estamos já a adiantar, que conforme iremos ver, turismo religioso não se destina
apenas aos peregrinos que sejam crentes devotos, é um produto muito mais abrangente e rico,
e pode também ser um produto apetecível para aqueles que simplesmente querem conhecer a
cultura de outras sociedades: “Em Portugal, as festas religiosas traduzem-se tanto por
majestosas procissões, ligadas a mais de oito séculos de movimentada História, como por
coloridas romarias populares, que integram um folclore cativante“, (Barroso, Cristina;
Acedido em 23-05-2008: 14).
4.1. TURISMO VERSUS RELIGIÃO
“Afinal, de que maneira os aspectos ditos “profanos” do universo turístico – lazer,
prazer, entretenimento e descontração – podem compor uma atividade cheia de obrigações
espirituais ou “sacrifícios” como um fenómeno religioso?”, (Oliveira, Christian; 25-05-
2008: 1).
O turismo pode ser um enorme aliado dos locais sagrados e de peregrinação, pode ser
a ponte que tem vindo a fazer falta entre o peregrino ou simples admirador de arte e os locais
sagrados, dando assim o seu contributo para que a afluência de pessoas a estes locais aumente.
“(…) pode-se negar o turismo religioso com o simplório pré-conceito: quem vivencia
o fenômeno religioso não pode estar fazendo turismo. Logo, se viajo por motivações
turísticas, para lugares turísticos, utilizando-me de serviços turísticos, não exerço
compromissos religiosos. A não ser que…(…) a própria realidade religiosa – a
manifestação pública e coletiva de fé, - absorva bases e estruturas do fazer
turístico(…) trata-se de um fazer turístico capaz de manifestar algum dado de
religiosidade”, (Oliveira, Christian; 25-05-2008: 1).
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Se o turismo tem de ir ao encontro das necessidades do homem, e da sua humanização,
não será correcto ajudar as pessoas a manifestarem a sua fé? Será que as pessoas, não tendo
de se distrair com dores e incómodos de viagens longas ou com a possibilidade de não
chegarem a tempo, não se conseguem dedicar mais plenamente ao seu objectivo?
O turismo, mesmo sendo profano, não tem necessariamente de ser incompatível com
as obrigações espirituais. Pode sim, constituir incentivo para a peregrinação devido às
facilidades que providencia. Turismo e religião até se podem complementar: “O turismo é
uma dimensão natural do homem, capaz de constituir um importante momento educativo e
formativo assim como caminho de aperfeiçoamento espiritual”, (s.a.5; 01-06-2008).
Mas como tudo na vida, os seus hábitos evoluem, assim, não será correcto pensarmos
que o mesmo aconteceu com a peregrinação? “a peregrinação não é, acaso, a forma antiga de
turismo? E o turismo de hoje, não é, acaso, a peregrinação secularizada?”, (s.a.; 01-06-2008).
A especulação cresce pois o turismo religioso leva para o mesmo local sagrado
pessoas com diferentes objectivos, muitos deles podem não ser para realização religiosa, mas
puramente apreciação de arte. Mas não será isto um benefício do turismo no sentido em que
dinamiza e providencia evolução e desenvolvimento às regiões abrangentes dos locais de
peregrinação? Não será este convívio entre diferentes pessoas uma forma riquíssima de
transmitir diferentes ideias, diferentes perspectivas sobre um mesmo local?
“O turismo religioso, na lógica cultural da visitação e da comunicação, é capaz de
compatibilizar, no mesmo meio, o peregrino ecoturista e o romeiro excurcionista. É isto,
vivência da religiosidade turística, pois ambos são capazes de multiplicar significados para
um mesmo atractivo”, (Oliveira, Christian; 25-05-2008: 3).
Por outro lado: “até agora, a peregrinação era um acto popular e o turismo uma
dimensão reservada a uma elite… mas, o número não mudou a razão fundamental do viajante:
caminhar à procura da sua humanidade, expressa esta de modos muito variados, sendo o
turismo uma das formas em que a religiosidade, hoje, se expressa em grande escala”, (s.a.5;
01-06-2008).
“Por isso fazer turismo religioso é fazer visita e, portanto, comprometer outra viagem,
outra estada, outro patamar de aproximação ao sagrado(…) as análises sociológicas das
motivações turísticas fixavam-se, exclusivamente, nos aspectos da renda e do entretenimento,
voltados ao lazer. E se religião não é lazer, não se pode afirmar que a religiosidade não o
contenha. No campo da religiosidade, temos sim uma permanente reconstrução de práticas e
valores.”, (Oliveira, Christian; 25-05-2008).
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Não será então incorrecto afirmar que a religiosidade motiva o crente, mas também o
curioso ou admirador de cultura, e, estes em convívio, provam melhor o que existe na
religiosidade, ajudando ao mesmo tempo, para que as tradições se mantenham e os locais de
culto e peregrinação se conservem. Ao mesmo tempo, dinamiza-se as regiões, desenvolvem-
se comércios, novos postos de trabalho, aumenta-se a afluência e posterior renda.
“A experimentação efectuada em 2007 com o lançamento pela primeira vez no país do
conceito de Guia Residente dos Santuários, permitiu criar um novo serviço ao nível
dos Santuários de maior relevância na Arquidiocese de Braga, com resultados
verdadeiramente extraordinários. Os Santuários do Sameiro, Bom Jesus do Monte e S.
Bento da Porta Aberta, beneficiaram do trabalho especializado de Guias de Turismo
residentes, tendo acompanhado no conjunto cerca de 30.000 visitantes/turistas. Esta
mais valia oferecida pela primeira vez pela TUREL, permitirá repensar a organização
do trabalho dos Guias Turísticos a nível nacional, que poderá favorecer a criação de
mais de 2.500 novos postos de trabalho especializado. É necessário para isso criar uma
nova dinâmica que aproveite as potencialidades dos Guias Profissionais no período de
maior sazonalidade, na promoção de eventos de consolidação cultural em torno do
espaço em que operam. Desta forma é possível manter viva uma relação entre o
Património, a Religiosidade, a Cultura e o Turismo, numa dialética construtiva e
promotora de um desenvolvimento humano mais estruturante.”, (s.a.5; 01-06-2008).
Se uma única empresa conseguiu este sucesso, e apenas na Arquidiocese de Braga, é
mais que obvio que existe um enorme potencial nesta modalidade, e que o investimento e
promoção de locais religiosos pode fazer a diferença na nossa sociedade. O turismo religioso,
pode ainda ser uma enorme mais-valia nos chamados períodos baixos, sazonalidade, levando
turistas para destinos religiosos, e formando, juntamente com o turismo sénior, uma equipa de
consolidação económica, providenciando mais postos de trabalho durante o ano, e não
somente nas épocas altas, e trazendo mais divisas a estas regiões.
Assim, e após analise de todos os dados disponíveis até ao momento, podemos afirmar
que o Turismo Religioso pode trazer enormes benefícios aos locais de culto e peregrinação, é
um produto que deve no entanto ser devidamente organizado e preparado e sempre com o
interesse maior da conservação do património e do respeito pelos valores culturais. A TUREL
defende que: “importa que os Operadores turísticos saibam respeitar, na criação de novos
produtos as características específicas dos Monumentos e Santuários, fazendo com que as
visitas a estes espaços respeitem a sua solenidade”, (s.a.5; 01-06-2008).
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4.2. PERFIL DOS PEREGRINOS
O turismo religioso não se destina somente a peregrinos que sejam crentes devotos,
assim sendo, podemos dividir os visitantes de locais religiosos em quatro classes:
• “Peregrino: aquele que se situa completamente fora do turismo, para viver uma
experiência totalmente religiosa.
• Praticante Tradicionalista: que é, em regra, um visitante que viaja em grupo,
acompanhado pela família, com guia ou assistente espiritual.
• Praticante Liberal: que tem como objectivo estimular a sua espiritualidade, relembrar
os mistérios da salvação e a procura da santidade.
• Apreciador de Arte e Cultura: que encara a sua experiência apenas do ponto de vista
das ciências sociais.”, (Sampaio, Francisco; s.d.: 61)
4.3. PRINCIPAIS RELIGIÕES DO MUNDO
As religiões do mundo com maior número de praticantes são:
“Cristianismo: É a maior religião do mundo com cerca de 2.106.962.000 de
seguidores. É monoteísta e se baseia na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré.
Islamismo: Possui aproximadamente 1.283.424.000 fiéis, é a segunda religião mais
praticada no mundo. Além disso, é também um sistema que monitora a política, a
economia e a vida social.
Hinduísmo: Com cerca de 851.291.000 de fiéis, é a terceira maior religião e a mais
velha do mundo. A religião se baseia em textos como os Vedas, os Puranas, o
Mahabharata e o Ramayama.
Religiões Chinesas: Possui aproximadamente 402.065.000 de seguidores que se
baseiam em diversas crenças.
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Budismo: Com aproximadamente 375.440.000 fiéis, ocupa o quinto lugar. É uma
religião e uma filosofia que se espelha na vida de Buda. Este, não deixou nada escrito,
porém seus discípulos escreveram acerca de suas realizações e ensinamentos para que
seus posteriores fiéis pudessem conhecê-lo.”2
No mapa e no gráfico em anexo, na página 3 dos anexos, é possível visualizar as
maiores religiões do mundo, a sua percentagem de praticantes e ainda a sua
distribuição geográfica.
4.4. PRINCIPAIS LOCAIS DE PEREGRINAÇÃO
Em todo o mundo existem inúmeros locais de peregrinação, nem todos pertencem à
mesma religião e uns têm mais afluência que outros. No entanto, pensamos que será correcto
dizer que cada um possui um valor único a nível cultural. No mapa em anexo, na página 2 dos
anexos, é possível visualizar todas as grandes peregrinações mundiais, mas as cinco principais
são:
- Fátima, Portugal;
- Roma, Itália;
- Lurdes, França;
- Santiago de Compostela, Espanha;
- Terra santa, Israel.
2 Cabral, Gabriela (Acedido em 02-06-2008) As cinco maiores religiões, disponível em:
http://www.brasilescola.com/religiao/as-cinco-maiores-religioes.htm
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5. Exemplos de Turismo Religioso
Vamos agora referir dois exemplos de locais propícios a turismo religioso, um já é um
caso de sucesso, o outro, embora mais antigo, não o é, mas nada indica que não possa ser um
local com potencial para este tipo de turismo.
5.1. FÁTIMA
“Intimamente ligado à fé e à espiritualidade de locais sagrados, o turismo religioso
português vive em grande parte da atracção gerada pelo Santuário de Fátima (…) tem uma
projecção internacional impressionante”, (s.a.9; 22-05-2008).
Fátima é o ex-líbris do Cristianismo em Portugal, o seu nome é conhecido além
fronteiras. Mas antes de nos dirigirmos para o sucesso a nível turístico de Fátima, relatemos
antes qual a causa de tanta fama: “Fátima foi fundada como freguesia em 1568, mas para a
história do séc. XX, só passou a ser conhecida após o ano de 1917, época em que se verificou
um fenómeno na Cova da Iria que viria a transformar este pequeno lugar numa das cidades
mais conhecidas no mundo”, (Santos, Eduardo; 26-05-2008).
Foi em 1917 que a Virgem Maria apareceu seis vezes aos três pastorinhos, Jacinta,
Lúcia e Francisco, na Cova da Iria, a primeira em Maio e a última em Outubro. “On the last
occasion a crowd estimated at 70,000 witnessed the Miracle in the sky”, (Fernandes, Carlos;
Mcgettigan, Francis; Edwards, Jonathan; 2003: 9).3 Desde aí, Fátima não mais viria a ser a
mesma. Anualmente milhares e milhares de pessoas dirigiam-se à Cova da Iria para rezar a
Nossa Senhora, fazer seus pedidos e pagar suas promessas. Construiu-se um Santuário
monumental a Nossa Senhora, uma capela no local exacto da primeira aparição, e Fátima
tornou-se hoje em dia, segundo o Jornal O Mirante, no: “centro nacional do turismo religioso
por excelência”, (s.a.9; 22-05-2008).
“O Santuário de Fátima é um recinto monumental novecentista, constituído por um
trecho de colunatas, ocupando o lugar onde ocorreram as aparições de Fátima. O
edifício principal é a Basílica, dominada por uma torre central de vários andares,
3 A última dessas aparições foi testemunhada por uma multidão estimada de 70.000 pessoas.
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consagrada em 1954. A colunata tem painéis de cerâmica policromada, representando
a Via sacra. No recinto do Santuário destaca-se a Capelinha das Aparições com a
Imagem de Nossa Senhora, construída no local exacto das aparições. O Centro
Pastoral Paulo XVI e várias dependências religiosas rodeiam o santuário. Neste
santuário também podemos encontrar um monumento relativo ao Muro de Berlim e
um presépio da autoria de José Aurélio”, (s.a. 8; 30-05-2008).
O aumento de peregrinos que ano após ano se dirigem a Fátima tem crescido tanto que
foi necessário construir uma nova igreja, que teve o custo de 70 milhões de euros, valor pago
inteiramente com as esmolas dos peregrinos. Esta igreja é a maior de Portugal e a quarta
maior do Mundo, tem capacidade para perto de 9000 pessoas sentadas.
Fátima é então, há 91 anos, local de peregrinação de milhares e milhares de pessoas.
Mais de cinco milhões de pessoas por ano visitam Fátima, que se revela o ícone máximo do
turismo religioso em Portugal.
Segundo a informação contida em Religious Tourism and Pilgrimage, desses 5
milhões: “approximately 50% of whom are Portuguese nationals. The other major
nationalities are Spanish, Italian, French, German and British”, (Fernandes, Carlos;
Mcgettigan, Francis; Edwards, Jonathan; 2003: 9).4
Muitos afirmam que estes números: “justificam a existência de um plano nacional de
promoção turística (…) dos 5 milhões de visitantes que Fátima recebe anualmente, 1.5
milhões vêem com o objectivo de visitar Fátima e depois visitam também o país,
enquanto 750 mil são turistas que estão de férias em Portugal e aproveitam para se
deslocar ao Santuário. A região de turismo de Leiria/Fátima registou no ano passado
550 mil dormidas de estrangeiros, mais que os Açores (…) A promoção do turismo
religioso nunca foi estruturada devidamente. Em 2000, um estudo oficial apontava
Fátima e o Estoril como as maiores marcas de notoriedade de Portugal no estrangeiro,
defendendo que era preciso avançar com um plano nacional estratégico de promoção
completo e transversal ligado ao património edificado e à espiritualidade dos locais, o
que nunca aconteceu”, (s.a.9; 22-05-2008).
4 Aproximadamente 50% dos quais (dos 5 milhões) são portugueses. As outras nacionalidades mais numerosas
são Espanhóis, Italianos, Franceses, Alemães e Ingleses.
Turismo Religioso
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A conclusão que podemos tirar deste excerto é que o turismo religioso, embora não
seja aceite por muitos, já têm tido o seu sucesso, pelo menos no que diz respeito ao Santuário
de Fátima. E se Fátima já tem este sucesso sem a criação definitiva do turismo religioso
imaginem depois? Existem por este país fora inúmeros Santuários e peregrinações pouco
conhecidos que poderiam ser dados a conhecer a milhares, senão milhões de turistas por este
mundo fora. Tudo o que é preciso é a criação do plano que teima em não sair, aceitar de vez
que o turismo religioso existe, merece ser fortalecido, é a peregrinação do séc. XXI e que é
um nicho de mercado em que vale a pena investir. Este é um produto, que num país como
Portugal, fortemente ligado à religião e com inúmeros santuários, locais de peregrinação e
monumentos religiosos pode ajudar a trazer impulso e desenvolvimento às regiões mais
atrasadas, trazendo-lhes dinamismo, ajudando a reavivar as tradições religiosas que cada vez
mais se perdem e ainda providenciando muita renda. “É preciso (…) aceitar que o turismo
religioso é um produto nacional estratégico”, e como tal apostar nele, investir, de modo a
posteriormente trazer cada vez mais turistas ao nosso país: “em Fátima, o investimento em
promoção ronda os 700 mil euros/ano”, e se Fátima com este investimento consegue atrair 5
milhões de pessoas, quantas mais conseguiremos atrair para os nossos santuários, mosteiros e
igrejas se tirarmos todos os benefícios deste nicho de mercado e deste produto turístico que é
o turismo religioso, (s.a.9; 22-05-2008).
O Santuário de Fátima é o santuário mais conhecido de Portugal, mas não o único,
existem outros grandes e conhecidos santuários Portugueses que atraem milhões de pessoas
por ano, como por exemplo o Santuário do S. Bento da Porta Aberta (2,5 milhões de
visitantes), o Santuário da Senhora do Sameiro (2 milhões de visitantes), do Bom Jesus de
Braga (1,9 milhões de visitantes) e o Alto da Penha (1,8 milhões de visitantes).
Estes são mais alguns exemplos de santuários portugueses que têm milhões de
visitantes anuais, e faz-nos pensar ainda mais no porquê de não existir já um produto turístico
preparado para os milhões de turistas que desejam conhecer as tradições religiosas ou
culturais e arquitectónicas portuguesas.
Este é sem duvida um produto com sucesso garantido, e se os grandes santuários com
milhões de visitantes têm potencial, imaginemos as centenas de pequenos santuários e
romarias que existem por este país prontos para acolher todo e qualquer visitante. É um
mercado com uma enorme oferta disponível, que só não é devidamente aproveitada por
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teimosice de alguns que acham incorrecto misturar peregrinação com turismo religioso:”não é
considerado um produto estratégico no Plano Estratégico Nacional de turismo por puro
preconceito, pelo receio de ficar colado a alguma coisa e pela confusão existente entre
peregrinação e turismo religioso” (s.a.9; 22-05-2008).
Será assim tão incorrecto ajudar e fornecer às pessoas serviços e facilidades para
concretizarem mais facilmente e dedicadamente as suas crenças, sonhos, fantasias? Será assim
tão errado ajudar as pessoas e em troca poder melhorar os nossos santuários, dar-lhes vida
para que continuem abertos e a funcionar em pleno? Poder manter postos de trabalho abertos
devido às divisas daqueles que vêm visitar o nosso país? Combater a sazonalidade com este
produto turístico?
5.2. Senhora do Bom Despacho
Na lenda antiga existe David e Golias, como já falamos do nosso Golias (Fátima),
falemos de um dos muitos David que existem em Portugal.
Em Cervães, aldeia do concelho de Vila Verde, distrito de Braga, existe um Santuário
a Nossa Senhora do Bom Despacho. Este, foi fundado em 1644, e situa-se no Mosteiro do
Bom Despacho, cujo altar fica situado entre duas grandes rochas que lhe dão o aspecto de
gruta.
“O Santuário foi fundado por iniciativa de João da Cruz, natural de Monção, em
cumprimento de um voto que fizera à Virgem por Deus lhe haver restituído a saúde
sériamente comprometida. Ali é especialmente atribuída a devoção de graças da saúde (que
esteve na sua origem do Santuário), graças relativas à fertilidade, bem como à proteção da
produtividade agrícola”, (s.a.2; 31-05-2008).
Todos os anos, no primeiro domingo de Junho, faz-se peregrinação para o Mosteiro do
Bom Despacho em devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho, onde uma missa é celebrada
normalmente no exterior do mosteiro, no recinto fronteiriço ao mesmo. Esta tradição e o
próprio Mosteiro já possuem 364 anos, e está profundamente enraizada na cultura da
população de Cervães, que todos os anos tenta fazer mais e melhor em devoção à Nossa
Senhora do Bom Despacho. A cerimónia é única pois os populares têm a tradição de fazer
Turismo Religioso
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lindos tapetes de rosas que chegam a atingir vários quilómetros. Todos os anos uma pequena
multidão preenche metade do recinto exterior.
Bem promovido, este santuário poderia atrair visitantes que ficariam deliciados com as
tradições de uma aldeia tipicamente portuguesa, tipicamente minhota. Iriam decerto tirar
fotografias aos maravilhosos tapetes, e caso não voltassem no próximo ano, contariam decerto
a amigos. Poderíamos estar perante um dos muitos santuários portugueses com potencial para
cativar muitos mais visitantes se fosse devidamente promovido.
Mas enquanto o turismo religioso não é considerado produto estratégico no Pent,
existe já uma empresa, sediada em Braga que se dedica exclusivamente a Turismo Religioso.
Turismo Religioso
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6. TUREL
“Como sabem a TUREL TCR foi e é pioneira na promoção do turismo cultural e
religioso”, (Turel TCR (Outubro/Novembro/Dezembro de 2004) Boletim Informativo,
TUREL TCR).
A TUREL TCR (Turismo Cultural Religioso), com sede em Braga, dedica-se única e
exclusivamente a promover turismo religioso no norte do país. Têm acordos com inúmeras
Câmaras Municipais do norte do país, Dioceses, Irmandades e Confrarias, associações e
empresas e ainda com o INATEL, de forma a facilitar e agilizar o processo de promoção do
património religioso junto dos seus visitantes.
Os seus serviços consistem em visitas guiadas, guias, criação e divulgação de vários
roteiros, elaboração de programas especiais e divulgação de monumentos ( igrejas, santuários
e outros edifícios).
Além destes serviços, a TUREL promove congressos internacionais sobre Turismo
Religioso, com o intuito de promover este produto além fronteiras. Um destes congressos foi
na Povoa de Varzim, em Abril deste ano. Uma das conclusões retiradas deste congresso foi:
“É fundamental criar, em cada Santuário, infra-estruturas que apoiem e respondam às
necessidades e interrogações dos peregrinos e visitantes. Uma das lacunas que se detecta, é a
falta de pessoas preparadas e qualificadas para poderem prestar um serviço credível e de
qualidade a todos aqueles que visitam os vários locais que estão na rota do denominado
turismo religioso. A TUREL TCR foi criada precisamente para, em colaboração com os seus
cooperantes, encontrar respostas e preencher estas lacunas”, (Turel (2005) Boletim
Informativo).
Assim, a TUREL demonstra que não é difícil tornar este produto rentável e cheio de
sucesso, basta um pouco de empreendedorismo, investir, organizar um plano, formar pessoas
que possam satisfazer os nossos visitantes, por forma a tornar os nossos santuários apetecíveis
e prontos para todo e qualquer público. A procura e a oferta já estão criadas, falta o mais
importante, aquele serviço que liga as duas e as torna num produto rentável e compensador
em ambos os sentidos.
Turismo Religioso
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7. CONCLUSÃO
O Turismo Religioso, apesar de todas as criticas, tem provado ser merecedor da nossa
atenção. Apesar do que se pensava, turismo e religião não são incompatíveis, pelo contrário,
podem ser aliados e completar-se um ao outro. O turismo pode providenciar aos Santuários e
locais de peregrinação um número de público que estes sozinhos nunca atrairiam, pela
facilidade de transporte, e pelas condições que pode proporcionar. Por outro lado, os
Santuários podem ser um trunfo que permita combater a sazonalidade que se verifica no nosso
país, pode ser especialmente promovido e facilitado em épocas baixas do turismo, ajudando
hotéis, restaurantes e outros serviços a manterem-se abertos. Os dois juntos, podem ser o
catalisador que ajude a desenvolver regiões, novos e/ou melhores serviços, melhorar a
qualidade de vida, manter Santuários abertos e tradições vivas. É no entanto fundamental
assegurar que o património e o próprio ambiente religioso não sejam perturbados. Com esse
objectivo é necessário realizar estudos de mercado, formar pessoas especializadas e
qualificadas e investir neste produto.
Fátima, que recebe anualmente 5 milhões de visitantes, é a prova viva de que este é
um produto vendável, com sucesso. Este é um Santuário modelo, e com investimento certo,
muitos outros Santuários em Portugal podem ter o mesmo sucesso.
O nosso país é riquíssimo em património e tradições religiosas, é pois somente
necessário dar a conhecer esse património, divulgá-lo, ajudá-lo a sair das sombras e a tornar-
se no local cativante que tantas e tantas pessoas querem visitar e conhecer.
A TUREL, somente trabalhando no norte de Portugal, já conseguiu divulgar por entre
milhares de pessoas muitos dos Santuários e edifícios religiosos desta zona do país. A sua
obra tem trazido a estes Santuários e edifícios milhares de visitantes. Não é por acaso que os 4
Santuários mais visitados de Portugal a seguir a Fátima são do norte de Portugal.
Neste pacto, não são somente os Santuários e operadores turísticos que beneficiam,
mas também as próprias regiões, que se tornam assim mais vivas, dinâmicas, beneficiando
assim de todo o capital que pode ser deixado pelos visitantes. É pois obvio que esta
modalidade de turismo deve ser promovida a Tipologia de Turismo, e receber um papel mais
activo no Pent e nos planos de investimento de todos nós. Só assim poderemos tirar todos os
proveitos do nosso património cultural e religioso.
Turismo Religioso
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8. BIBLIOGRAFIA
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