Casa da Sustentabilidade
O projeto tem como essência evidenciar e fortalecer a relação do homem com o meio, baseando-se na cooperação entre homem e natureza, explorar a partir de técnicas mistas abordando a bio-construção, sistemas vernaculares conciliados com sistemas contemporâneos. O projeto sintetiza diversos conceitos cada dia mais presentes nos projetos e discussões da atualidade.
Tem como objetivo principal, a construção não só de uma arquitetura sustentável, mas de um ciclo de funcionamento que possibilite a compreensão daquilo que é proposto de maneira clara e inteligível.
Somado ao ambiente construído, deve-se evidenciar a necessidade de um programa de gestão para as atividades e acontecimentos na casa da sustentabílídade.
Acreditando na arquitetura como um suporte para as mais diversas relações sócio-espaciais, todos os usos e atividades (programados ou espontâneos) são de extrema importância na construção do conteúdo do museu.
O projeto busca contemplar diversidade de técnicas e materiais, priorizando a terra, o bambu e o uso de pneus para contenção de terra. Visando arquitetura durável mas extremamente flexível no que diz respeito ao seu uso.
Um grande pavilhão de uso múltiplo se implanta na maior direção do terreno. Apesar de sua leveza, a estrutura marca com força a proposta e abriga o coração da intervenção. Uma grande parede expositiva e informativa que serpenteia todo o pavilhão e um auditório em formato circular.
Os módulos expositivos serão compostos por técnicas construtivas, combinando o bambu, terra, pedra e espaço livre para projeções.
Nas duas laterais, construções mais baixas executadas em taipa de pilão, abrigam o restante do programa.
PREFEITURA DE CAMPINAS Um novo tempo para nossa cidade
Utilizando a própria terra do terreno, bambu e arrimos de pneu, a arquitetura se estrutura.
Ao longo da área de intervenção, o restante do programa se organiza buscando gerar o menor impacto possível. Conectados por pavimentos permeáveis do tipo pó de telha, o conjunto sistematiza tratamentos de águas negras, águas cinzas, águas pluviais, banheiros secos, horta integração com galinheiro, pomar, meliponicultura, vermicompostagem e triagem dos recicláveis.
A implantação foi orientada de modo a otimizar a eficiência energética. A cobertura de telha térmica ritmada pelas placas receptoras de luz solar, são interrompidas por aberturas que permitem a entrada de luz natural ao grande vazio expositivo.
O acesso ao edifício acontece permeando a parede expositiva no pavilhão central, onde o visitante vivência a casa em conjunto com o Parque Taquaral.
O órgão administrativo do Condema situa-se em um dos blocos de taipa envolvido por pergolados de bambu. Sua métrica busca absorver o ambiente externo.
O outro bloco de taipa, assume o funcionamento das atividades múltiplas, o programa pode acontecer de forma experimental ou informal.
No centro da marquise, o auditório funciona como elemento livre da área expositiva e suporte ao setor administrativo. Situado em cota de nível inferior ao pavilhão é arrimado por pneus e concreto, e seu fechamento permite ventilação e luz natural na área dos conselheiros.
O Mirante é a interpretação da casa da sustentabilidade e seu funcionamento, a visão elevada busca a reflexão, permite vivenciar a na tu reza x habitar.
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Diagrama Explodido 1. Café 2. Triagem Lixo 3. Convivencia 4.Administracao 5. Si biblioteca 6.T.I 7.Aimoxarifado 8. W.C 9. Copa O. Área Técnica 11. Reuniões 12. Área Expositiva 13. Recepção 14. Sala Suporte
Cobertura
Estrutura em Bambu
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Brise em Bambu
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Auditoria
Planta Baixa
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CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL- CAMPINAS - SP
15. Sala Múltipla 16. Sala Múltipla 17.W.C 18. Vestiário 19. Bebedouro 20. Sala Livre
13 ID
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Módulo Pivolanle de Bambu Com caixilho de madeira e seções de bambu cortadas
Módulo de 40 em de largura Tecnologias: Fardo de palha: PET: Superadobe: Cupinzeiro: Cob; barro e garrafa de vidro; pedra
Módulo de 20 em de largura Tecnologias: Taipa de Pilão e de Mão (pau-a-pique); adobe; cordwood.
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO
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20
01/02
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A grande cobertura linear implantada no centro do programa, é responsável pela captação de energia térmica através células fotovoltaicas transformada em energia elétrica. Além da iluminação dos caminhos principais através de luminárias LED, com sensor de presença, balizadores com placa fotovoltaica integrada, iluminam os caminhos secundários
Cobertura Telha sanduíche
Transpasse da viga Bambu Guadua seção: 10cm
Espaço de transposição e amarração das vigas de bambu
Cinta de amarração tama~;>ÇM r;n,.~as peç3svertie<lil)
Peças de apoio das vigas Bambu Guadua seç1io: tOem
Pi lar Bambu Guadua seção: tOem
Placa Fotovoltaica Ponto de Utilização
Inversor
Controlador Bateria
Detalhe Estrutura de Bambu
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Água
O projeto divide o uso e tratamento das águas em três ciclos. Àguas pluviais que são recolhidas nas coberturas, filtradas e armazenadas sobre piso de acesso, posteriormente conectadas aos espelhos d'água que compõem a fachada frontal. Estas lâminas funcionam como elemento filtrante, composta por peixes e plantas aquáticas específicas. Tal sistema de reuso pode designar o recurso para diversos fins.
MÉTODO CONSTRUTIVO TAIPA DE PILÃO
MÓDULO DE PAREDE EXPOSITIVA DETALHAMENTO
Técnica construtiva ex: Parede de Taipa de Pilão· Dimensões: 2,5x3,75m ·As técnicas variam de módulo para módulo, promovendo mvior diversk!~de de Informação
Água Cinza
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Considera-se água cinza o reuso e tratamento do efluente dos chuveiros, lavatórios, tanques e máquinas de lavar. Os fluidos são destinados a uma primeira barragem, filtrando cabelos, elementos sólidos, e espumas, em seguida destinado a um filtro anaeróbio, lacrado com minerais, resultando aos filtros biológicos, com plantas e peixes. Após o ciclo deve se atentar a qualidade da água de reuso, atendendo as exigências a que se destina
Barro e Garrafas de vidro
VISTA PAREDE EXPOSITIVA DETALHAMENTO DOS MÓDULOS
Blocos de Cupinzei ro Barro e tocos de madeira
Água Negra
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As bacias de evapotranspiração traduz-se a um tanque impermeabilizado sedimentado por camadas de materiais que desenvolvem um processo natural de degradação microbiana da matéria orgânica, onde por absorção e evapotranspiração da água pelas plantas completa o ciclo de decomposição.
Taipa de Pilão
Banan-ouro Musa x paradisiaca
Taioba bravaXanthosoma sag ittifol ium
Dutos de inspeção
Alimentador ---+'4+_. Câmara de fermentação (pneus)
Blocos de Adobe
Banana-prata Musa x paradisiaca
Terra arenosa
__ Areia
Barro e PET Módulo de Projeções (acabamento liso e bmnco)
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL- CAMPINAS - SP
Resíduos
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Promove a separação do lixo reciclável (metal papel vidro e plástico) e retorna ao meio o lixo orgânico. O projeto decompõe a matéria orgânica através da vermicompostagem que complementa a horta e o galinheiro. A integração da horta com o galinheiro, funciona como um rodízio, otimizando o processo de a ração e movimentação da terra, a galinha come os insetos e se alimenta dos resíduos da horta, além de ser alimento e produzir ovos. Ao lado do pomar e da horta, localizamos o cultivo de abelhas brasileiras sem ferrão que polinizam e conservam a biodiversidade além de produzirem o mel altamente medicinal.
Taipa de Mão (pau-a-pique)
Fardos de Palha
TIPOLOGIA
pavimento permeável - tipo pó de telha - grosso
área edificada de taipa de pilao
área edificada do auditório
filtros biológicos/espelhos d'água
Pedra Módulo de Projeções (acabamento liso e branco)
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO
Cob
674m"
152m'
14.790m2
440m'
Módulo Pivotante de Bambu
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