Download - Ulcera de perna covilha nov 2010
CURSO AVANÇADO DE FERIDAS CRÓNICAS
LESÕES VASCULARES DOS
MEMBROS INFERIORES
Gilberto Figueiredo
Covilhã – 26 de Novembro de 2010
ÚLCERA DE PERNA
http://www.sociedadeferidas.pt
DEFINIÇÃO:
Solução de continuidade da pele da perna ou pé com alguma
causa subjacente (Cullum, 1994)
Não é uma condição clínica em si!
ESTIMATIVA DE PREVALÊNCIA EM PORTUGAL – 1%
10% em doentes > 70 anos
GRANDE IMPACTO ECONÓMICO – 2% DO ORÇAMENTO DO SNS
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO
http://www.sociedadeferidas.pt
O TRATAMENTO ADEQUADO REDUZ A TAXA DE RECORRÊNCIA
ÚLCERA DE PERNA – FACTORES DE RISCO
http://www.sociedadeferidas.pt
ÚLCERA DE PERNA - ETIOLOGIA
VENOSA – 72%
ARTERIAL – 7%
MISTA – 15%
OUTRA – 6%
ÚLCERA VENOSA – FISIOPATOLOGIA
10% da População na Europa tem insuficiência valvular
Em Portugal – prevalência da insuficiência venosa crónica de
20,7% em homens e 40,8% em mulheres (>15 anos)
Úlcera venosa recorrente em 70% dos doentes em risco
HIPERTENSÃO VENOSA
SUSTENTADA
ÚLCERA VENOSA – FISIOPATOLOGIA
diminuição do aporte de O2,
nutrientes (lesão hipóxica)
libertação de radicais livres,
outros produtos tóxicos,
metaloproteinases
função dos fibroblastos
95% - localização maleolar
ÚLCERA VENOSA – FISIOPATOLOGIA
SÃO PEREGRINO
Grécia - sec. IV a.C.
ÚLCERA ARTERIAL – FISIOPATOLOGIA
REDUÇÃO DO APORTE SANGUÍNEO
ATEROSCLEROSE (artérias de grande e médio calibre)
TROMBOEMBOLISMO / ATEROEMBOLISMO
Vasculites; Talassémia; Anemia falciforme
ÚLCERA ARTERIAL – FISIOPATOLOGIA
http://www.sociedadeferidas.pt
ÚLCERA MISTA – ARTERIO-VENOSA
COMBINAÇÃO DE DOENÇA ARTERIAL E VENOSA
Influência no diagnóstico e tratamento
http://www.sociedadeferidas.pt
CICATRIZAÇÃO ANORMAL – FERIDAS CRÓNICAS
INFLAMAÇÃO CRÓNICA
AVALIAÇÃO CLÍNICA
HOLÍSTICA; MULTIDISCIPLINAR
Determinar a causa da úlcera e factores de risco
Conhecer o doente e as suas circunstâncias (qualidade de vida)
HISTÓRIA CLÍNICA COMPLETA
EXAME FÍSICO
EXAMES COMPLEMENTARES
Registo de dados
http://www.sociedadeferidas.pt
AVALIAÇÃO CLÍNICA – HISTÓRIA CLÍNICA e EXAME FÍSICO
Sinais e sintomas de insuficiência venosa
AVALIAÇÃO CLÍNICA – HISTÓRIA CLÍNICA e EXAME FÍSICO
http://www.sociedadeferidas.pt
Sinais e sintomas de insuficiência arterial
AVALIAÇÃO CLÍNICA – HISTÓRIA CLÍNICA e EXAME FÍSICO
Exame da úlcera
Classificar a úlcera de acordo com o grau e avaliar o seu
tamanho e localização (evidência C)
ESTUDO VENOSO
http://www.sociedadeferidas.pt
ECODOPPLER VENOSO DOS MEMBROS INFERIORES
refluxo da safena interna e/ou externa
perfurantes insuficientes
sistema venoso profundo
CLASSIFICAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA
CEAP (Clínica; Etiologia; Anatomia; Patofisiologia)
ESTUDO ARTERIAL
http://www.sociedadeferidas.pt
MEDIÇÃO DO IPTB (evidência B)
PADRÕES DE FLUXO ARTERIAL
ECODOPPLER ARTERIAL
ANGIOGRAFIA (identificação e morfologia das lesões arteriais)
ANGIOTAC; ANGIORMN
ESTUDO ARTERIAL
MEDIÇÃO DO IPTB
0,8 – limiar para terapia
compressiva
TRATAMENTO
ÚLCERAS VENOSAS – COMPRESSÃO ELÁSTICA
a terapêutica de compressão melhora as taxas de cicatrização das
úlceras venosas em comparação com as que não incluem
compressão. (Evidência A)
não se verificam diferenças nítidas na eficácia dos diferentes tipos
de sistemas de compressão – de quatro camadas e baixa
elasticidade (Evidência B)
ÚLCERAS ARTERIAIS – REVASCULARIZAÇÃO
ÚLCERAS MISTAS eventualmente compressão reduzida (15-25 mmHg)
referência para estudo vascular
A terapia sistémica não está recomendada na úlcera venosa (A)
http://www.sociedadeferidas.pt
TRATAMENTO
CONTROLO DA DOR
CIRURGIA VENOSA
a cirurgia venosa seguida da compressão elástica deve ser
considerada nos doentes com úlcera venosa (evidência B)
cirurgia do sistema venoso superficial
SEPS – “subfascial endoscopic perforator surgery”
http://www.sociedadeferidas.pt
MEIA ELÁSTICA
http://www.sociedadeferidas.pt Perfil de compressão
Muita elasticidade e distensibilidade – pequena
pressão durante o trabalho muscular mas mantêm
pressão no relaxamento
Compressão constante de baixo para cima
Aplicação pelo próprio doente
Sem riscos de lesão da pele relacionada com a
colocação
Atenção à durabilidade (6 meses)
Colocação pela manhã, após repouso com MI elevados
Necessária prescrição adequada e completa
tipo, tamanho, classe de compressão
MEIA ELÁSTICA
CONTRA-INDICAÇÕES:
Edemas irredutíveis de causa não circulatória
Hipodermites em estado agudo
Insuficiência arterial (isquémia memb. inf.)
Eczemas exsudativos ou sangrantes
Infecções cutâneas;
Grandes úlceras venosas infectadas e dolorosas
Incompatibilidade com os materiais
Neuropatia periférica avançada
Insuficiência cardíaca descompensada
REVASCULARIZAÇÃO
Recomendações TASC (TransAtlantic Inter-Society Consensus)
Classificação das lesões ateroscleróticas dos sectores aorto-ilíaco
e femoropoplíteo em 4 tipos (A a D), desde estenoses curtas a
oclusões longas
Lesões tipo A – tratamento endovascular
Lesões tipo D – cirurgia
REVASCULARIZAÇÃO
OBRIGADO