I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - I COBESA
UMA REFLEXÃO A PARTIR DO
PENSAMENTO DE CICLO DE VIDA
Doutoranda em Engenharia Industrial (PEI/UFBA)
Pesquisadora do Teclim e do LabMad, EP-UFBA
Dr. em Engenharia Química/Tecnologias Ambientais (UMIST/UK),
Coordenador da Rede de Tecnologias Limpas, Teclim, EP-UFBA
Dr. em Engenharia de Produção (UFSC),
Coordenador do Laboratório de Madeiras, LabMad, EP-UFBA
Introdução
• O processo contínuo de uso-descarte de bens de consumo pelos usuários, com ênfase nos serviços prestados pelas concessionárias públicas e/ou privadas habilitadas, no tocante a gestão dos , sobretudo quanto , à
coleta e ao tratamento destes no ambiente urbano.
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pesquisa exploratória sobre a temática, contextualizada por proposições e/ou alternativas para as cidades de São Paulo e Salvador, levantadas nas fontes pesquisadas.
Fonte: Jornal A Tarde, 14.05.2009
• Apresentar reflexão sobre a relação lixo urbano e saneamento ambiental através do uso racional dos recursos naturais e do uso -reuso dos bens de consumo a partir da Prevenção da Poluição, da Ecologia Industrial e do pensamento de Ciclo de Vida.
• Caracterizar a relação entre saneamento ambiental e lixo urbano (resíduos sólidos);
• Contextualizar a poluição por resíduos sólidos e as práticas de gestão desses resíduos em ambiente urbano;
• Correlacionar a gestão dos resíduos sólidos aos conceitos de Prevenção da Poluição, da Ecologia Industrial e do pensamento de Ciclo de Vida.
Objetivos do Trabalho
• Levantamento em trabalhos acadêmicos e em matérias veiculadas à mídia que chamam a atenção da população para o problema dos resíduos sólidos urbanos;
• Observação de lacunas no gerenciamento desses resíduos pelas empresas, pelo poder público e pelo próprio usuário.
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Metodologia
Métodos utilizados
1) Pesquisa na internet nos sites governamentais e/ou institucionais, relacionados à temática;
2) Pesquisa no acervo de produções científicas da Rede de Tecnologias Limpas, Teclim, UFBA;
3) Revisão bibliográfica e documental;
4) Compilação e análise dos dados.
Fontes:http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano; http://www.meioambiente.salvador.ba.gov.br/
em São Paulo:• Falta espaços para aterros;• Alternativa: Usinas de Incineração?
em Salvador:• Coleta seletiva e aterros;• Até quando?
: definições e contextos
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– Tratamento das águas servidas e dos esgotos gerados pelo nas edificações urbanas;•
– Técnicas de saneamento básico, associadas a aspectos socioambientais amplos, como sistemas integrados de coleta, tratamento e disposição dos resíduos sólidos urbanos, de desobstrução da rede de águas pluviais e limpeza urbana.
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– Poluição dos solos, das águas (superficiais e subterrâneas), alagamentos, enchentes, doenças, entre outros.•
– Revela-se insuficiente e/ou deficitário face à dinâmica das cidades, ao contínuo crescimento desta, à falta de investimentos e/ou à ingerência administrativa de seus gestores e, sobretudo, à falta de percepção ambiental da população usuária.
• Volume de resíduos sólidos urbanos descartado inadequadamente pelo usuário e não coletado pela limpeza urbana;
• Obstrução de redes de águas pluviais das vias públicas urbanas;
• Falta de manutenção das redes de águas pluviais.
• “Lixo nas ruas agrava alagamentos em São Paulo” na Folha Online (09.09.2009);
• “Temporal provoca alagamentos na cidade (10.04.2009)” no site da Defesa Civil de Salvador e “Chuva em Salvador provoca alagamentos” no Estadão (10.04.2009).
Fontes:http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano; http://www.defesacivil.salvador.ba.gov.br.
: definições e contextos
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– nas cidades brasileiras em ações individuais ou comunitárias, empresariais e de ONGs quanto às responsabilidades socioambientais ;
– das novas gerações nas escolas dos usuários hoje.
Fonte: Jornal A Tarde, 14.05.2009
Poluição por resíduos e práticas de gestão em ambiente urbano
• Os resíduos sólidos vêm sendo negligenciados tanto pela população quanto pelos legisladores e administradores públicos no que se refere à gestão de seus efeitos poluidores;
• As cidades devem ser consideradas como ‘’, cujo metabolismo urbano as transforma nos maiores centros de consumo e pressão ambiental.
Fonte: Jornal A Tarde, 14.05.2009
Poluição por resíduos e práticas de gestão em ambiente urbano
• A missão da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministério das Cidades é assegurar à população os direitos humanos fundamentais de acesso à água e a vida em ambiente salubre nas cidades;
• Para a SNSA, a promoção de espaço urbano salutar engloba:– abastecimento de água potável– esgotamento sanitário––
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Poluição por resíduos e práticas de gestão em ambiente urbano
• No Brasil, tratamento e controle da poluição atua nos resíduos e efluentes industriais já gerados;
• Usam-se ou tecnologias para tratar, eliminar ou reduzir os resíduos e/ou efluentes, dando-lhes uma destinação final independente da sua cadeia produtiva geradora;
• Essas ações são importantes para tanto de produtores/indústrias quanto de consumidores/usuários rumo à sustentabilidade ambiental,
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– sistemas químicos e biológicos para tratamento de águas residuárias;
– sistemas de filtração para água e ar;
– métodos de compostagem;
– aterros sanitários para resíduos sólidos;
– centrais de reciclagem;– usinas de incineração;– entre outros.
Poluição por resíduos e práticas de gestão em ambiente urbano
• O uso racional deve ser um dos objetivos fundamentais de uma política de bem-estar socioambiental ampla.
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• Enquanto São Paulo planejava a implantação de Usina de Incineração para a gestão de parte dos seus resíduos sólidos urbanos, em paralelo, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente ainda elaborava uma resolução com parâmetros de emissão de gases, necessária para o licenciamento e fiscalização dessas usinas.
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uma reflexão a partir da Prevenção da Poluição, da Ecologia Industrial e do pensamento de ciclo de vida
• Pouco tem sido feito no sentido de aprimorar e/ou ampliar a coleta, transporte e disposição desses resíduos, bem como informar, sensibilizar e (re)educar a população para o menor consumo ou uso racional;
• A racionalização tem sido usada como:–
– ;
• A desinformação dos usuários e a ausência de regulação para o descaso e/ou punição para as infrações e danos ambientais distanciam as pessoas dessa problemática e não as inserem como co-participes;
• O resultado é sempre um grande volume de resíduos sólidos urbanos e quase nenhuma ação ou iniciativa de não geração ou redução desses resíduos;
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uma reflexão a partir da Prevenção da Poluição, da Ecologia Industrial e do pensamento de ciclo de vida
• Azevedo, Kiperstok e Moraes (2005) afirmam que a minimização dos resíduos pela mostra-se essencial para a gestão dos resíduos sólidos urbanos:
– proporciona a economia de matéria-prima e conservação dos recursos naturais;– redução de custos de manufatura, tratamento e disposição de rejeitos.
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ii) , quando não há desenvolvimento tecnológico atual que permita o processamento em sua totalidade;iii) reciclagem ou incineração.
uma reflexão a partir da Prevenção da Poluição, da Ecologia Industrial e do pensamento de ciclo de vida
• Dois aspectos relevantes do modelo tecnológico de gestão dos resíduos sólidos de :
a) o pensamento preventivo para a redução dos resíduos sólidos urbanos encontra-se inserido nos documentos e na missão da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador/LIMPURB;
b) os aterros sanitários se constituem no principal destino dos resíduos sólidos urbanos gerados hoje.
(Azevedo, Kiperstok e Moraes, 2005)
• terá que buscar novas estratégias para a gestão dos seus resíduos:
– não haverá áreas urbanas disponíveis para novos aterros sanitários;
– a capacidade de absorção dos aterros existentes atingirá o seu máximo operacional.
Conclusões
• A temática é recorrente à pauta de discussões atuais e direciona a atenção para , com vistas à minimização da
geração de resíduos e à conscientização ambiental:–––
• O que falta em geral às cidades brasileiras e às práticas de gestão dos resíduos sólidos urbanos é , sistêmica e não
situada apenas na destinação final.
ReferênciasAZEVEDO, G. O. D. de; KIPERSTOK, A.; MORAES, L. R. S. , Bahia. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 23., Campo Grande, 2005.Disponível em: www.teclim.ufba.br. Acesso em: 26/02/2010.
EDWARDS, B. Barcelona: Gustavo Gili, 2008.
GIANNETTI, B. F.; ALMEIDA, C. M. V. B. . São Paulo: Edgard Blucher, 2006.
MACHADO, P. A. L.. São Paulo: Malheiros Editores Ltda., 2006.
MORAES, L. R. Disponível em: http://www.meioambiente.salvador.ba.gov.br. Acesso
em: 14/02/2010.
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