58 Recursos do ProfessorP
BO
LA56LP
© P
orto Editora
Unidade didática de JudoObjetivos gerais do JudoRealizar ações de oposição direta solicitadas, utilizando as técnicas fundamentais de controlo e desequilíbrio, com segurança (própria e do opositor), aplicando as regras e os princípios éticos. O aluno “sabe lutar”.
1. Domínio socioafetivo – o aluno: 1.1. Em todas as situações de Judo, cumpre as regras estabelecidas, respeitando sempre a
integridade física, mesmo em prejuízo da sua própria vantagem; 1.2. Cumpre prontamente as decisões de arbitragem; 1.3. Utiliza corretamente o fato de Judo e cinto, cumpre as normas de utilização do tapete
“Tatami” e de higiene pessoal, específicas do Judo e cumpre de modo adequado a saudação;
1.4. Sabe estar e permanecer em luta; 1.5. Domina as suas emoções: medo e agressividade; 1.6. Aceita o resultado: vitória e derrota; 1.7. Assegura a segurança: sua e a dos companheiros; 1.8. Aceita, respeita e faz respeitar as regras.
2. Domínio cognitivo – o aluno: 2.1. Conhece o objetivo do Judo, a ética do judoca, o grau de risco das suas ações e as
pontuações específicas das situações apresentadas bem como o significado das ações e sinais de arbitragem dessas mesmas situações, cumprindo prontamente essas indicações;
2.2. Conhece o regulamento; 2.3. Sabe organizar, avaliar e decidir, respeitando as regras; 2.4. Desenvolve a capacidade de observar, reconhecer, comparar e diferenciar as respostas
motoras; 2.5. Identifica vozes e gestos fundamentais.
3. Domínio psicomotor – o aluno: 3.1. Sabe projetar o companheiro a partir da posição de joelhos e frente a frente; 3.2. Consegue manter o companheiro com as costas no solo, colocando corretamente o peso do
corpo e os apoios, executando as imobilizações aprendidas e/ou outras; 3.3. Sabe sair de uma imobilização; 3.4. Sabe voltar o companheiro para imobilização, quando este está de gatas ou deitado de
barriga no solo; 3.5. Projeta o companheiro em várias direções sem o magoar, aplicando as técnicas abordadas
e suas progressões; 3.6. Sabe cair sem se magoar; 3.7. Aplica, em situação de luta, ações e movimentações coordenadas e com oportunidade no
sentido de criar vantagem.
Livro do Professor 59P
BO
LA56
LP ©
Por
to E
dito
ra
Aula n.º Conteúdos a desenvolver na sessão Comportamentos observáveis
1/2
Caracterização da modalidade. História. Regulamento fundamental. Os rituais e símbolos do judo: saudação, o judogi, o local de treino/aula, a linguagem/gestos, etc.Ativação geral – formas jogadas, deslocamentos, uso/trabalho dos apoios (exercícios de quadrupedia), rolamentos, etc. Jogos de ataque e defesa e oposição: predomínio no solo.Quedas: Ushiro�‑ukemi em progressão, salientando o papel da cabeça. 2 a 2, um em pé e outro com um joelho no solo: o 1.° projeta o 2.°, executando formas simplificadas e adaptadas de técnicas de base.Viragem para técnica no solo: kuzure�‑gesa�‑gatame. Saída de imobilização em 10/15 segundos.2 a 2 de joelhos e frente a frente com pegas nas mangas: tori roda para projetar o uke executando a imobilização hon‑‑gesa�‑gatame.Luta no solo em grupos de 3 elementos (um é o árbitro): frente a frente e de joelhos, tentando projetar o parceiro. O mesmo, mas tentando imobilizar.Luta no solo, iniciando “costas com costas”.
LUTA NO SOLO:A pega é aleatória e não definida. O tori larga a pega, não oferecendo resistência, e cede à preensão do uke. O judo no solo é anárquico.
3/4
Ativação geral: similar à anterior.Jogos de ataque/defesa e oposição com predominância no solo.Quedas em progressão: zempo�‑kaiten�‑ukemi e outras, salientando o papel da cabeça e apoios. Continuação do trabalho 2 a 2, onde um judoca projeta o parceiro que tem um joelho no solo. Sapo�e�enguia: um faz viragem, imobilizando, e o companheiro tenta sair. Rever viragem, imobilização e sua(s) saída(s).Yoko�‑shiho�‑gatame: estudo técnico e tentativa de saída de imobilização com resistência (10 segundos).Uke de gatas e tori faz viragem para imobilizar nas técnicas abordadas. Luta no solo: tori tenta virar o uke que se encontra de gatas (30 segundos).Técnica em pé de ancas: koshi�‑guruma (pode colocar a perna/pé de fora e fletida). Técnica em pé de pernas (ceifa): ko�‑soto�‑gari.Randori em pé 4 a 4 ou 5 a 5, agarrando nas mangas dos parceiros e tentando projeções através de ceifas e ou luta no solo em grupos de 3 elementos. Dois lutam e o terceiro tem funções de arbitragem, observação e proteção. As lutas duram 2 minutos. Após cada luta, troca de funções com o árbitro.
LUTA EM PÉ:O tori opõe ‑se a toda a ação do uke, isto é, puxa quando o uke puxa e empurra quando o uke empurra.
5/6
Ativação geral: similar à anterior.
Quedas: progressões e aproximação das formas de base.
Jogos de ataque e defesa e oposição com predomínio em pé.
Ceifas exteriores e interiores – quando e como aplicar: a) pernas mais afastadas – ceifas interiores; b) pernas menos afastadas – ceifas exteriores.
60 Recursos do ProfessorP
BO
LA56LP
© P
orto Editora
5/6
Revisão de técnicas no solo: viragens e saídas. Saída resistida de imobilização em 10/15 segundos.
Luta no solo em grupos de 3 elementos com utilização mais rigorosa de palavras e gestos fundamentais (hajimé,�matté,�osaekomi,�toketá�e�ippon).
Revisões de técnicas em pé.
Randori 4 a 4 ou 3 a 3 com pegas nas mangas, tentando o derrube dos parceiros. Randori 2 a 2, com os judocas mais adaptados à situação de luta e às quedas. Os judocas que estão parados podem proteger os colegas de eventuais obstáculos (esquinas ou paredes).
Realçar/relembrar os princípios da luta em pé e seus objetivos preparando a aula seguinte.
idem
7/8
Ativação geral e específica, através de jogos de ataque e defesa e oposição.
Quedas: formas de base e outras. Quedas com obstáculo, dois a dois.
Revisões no solo: virar, imobilizar e sair. Técnica de saída de entre as pernas do parceiro.
Luta no solo: iniciar com um judoca entre as pernas do parceiro. Aplicar conhecimentos.
Imobilização: kami�‑shiho�‑gatame. Efetuar mudanças de imobilizações.
Luta no solo (posição inicial): um de gatas e outro com as mãos nas suas costas ou um entre as pernas do outro ou “costas com costas”.
Revisões de técnicas em pé já abordadas. Abordagem ao uki�‑goshi em progressão.
Yaku�‑soku�‑geiko, projetando um e outro alternadamente.
idem
9/10
Ativação geral e específica, incluindo formas jogadas de luta e trabalho de quedas.Aperfeiçoamento de situações de luta no solo, incidindo sobre a colocação do peso do corpo e correta colocação dos apoios. Encadear: viragens, imobilizações/saídas e saídas de entre as pernas do parceiro (1 perna e 2 pernas).Técnica no solo – tori de frente para o uke, tentando virá ‑lo.Luta no solo – variar formas de iniciar a luta: costas com costas, um entre as pernas do outro, um de gatas e outro de joelhos e com as mãos no dorso do parceiro ou frente a frente, etc.Técnica em pé – o�‑soto�‑gari. Antes da abordagem em pé desta técnica, a sua execução deverá realizar ‑se de forma que o uke tenha um joelho no solo e outro levantado. Fazer referência às ceifas interiores: o�‑uchi�‑gari e ko�‑uchi�‑gari. Randori em pé: 4 a 4 ou 5 a 5 com pegas nas mangas e 2 a 2 formal (só em boas condições de segurança). Aqui com a ligação “pé ‑solo”.
LIGAÇÃO PÉ ‑SOLO:O tori não segue para o solo,segue sem controlo ousegue perdendo o controlo.
Livro do Professor 61P
BO
LA56
LP ©
Por
to E
dito
ra
11/12
Ativação geral – como na aula anterior.Quedas formais e aplicação/revisão de técnicas de projeção.Técnicas no solo – revisões; mudanças de imobilização.Torneio de Judo intraturma. Pode incluir luta em pé e no solo ou, por questões de segurança, só no solo. Exemplo:
a) Por equipas.b) Com formação de grupos de capacidades e pesos
homogéneos, com sistema de poule.c) Grupos de três elementos, onde todos lutam com
todos. Haverá sempre um árbitro (com funções acrescidas de proteção e de observação) e dois lutadores.
Balanço da aula e da unidade.
LUTA NO SOLO:Já se verifica alguma mestria ao nível das ações de preensão e utilização dos membros superiores (alavancas).
LUTA EM PÉ:Em situação de oposição os alunos já percebem que podem aproveitar a força dos companheiros.
LIGAÇÃO PÉ ‑SOLO:O tori já procura seguir para o solo, embora sem controlo ou perdendo ‑o.
Aula n.º 1/2
68 Recursos do ProfessorP
BO
LA56LP
© P
orto Editora
GlossárioPalavras Pronúncia Significado
Dojo Dojo Lugar onde se aprende e pratica o Judo
Hajimé Hhadjimê Começar
Hiza‑guruma Hhidza gurumá Projeção por rotação em torno do joelho
Hon‑gesa‑gatame Hhone guessa gatamê Controlo oblíquo fundamental
Ippon Ipône Um ponto
Ippon‑seoi‑nage Ipône sêoi naguê Projeção de ombro apenas por um lado
Judogi Djudogui Fato de Judo
Kami‑shiho‑gatame Cami chimmo gatamê Controlo “por trás”
Koshi‑guruma Kochi guruma Projeção com rotação pela anca
Ko‑soto‑gari Kô soto gari Pequena ceifa pelo exterior
Ko‑uchi‑gari Kô uthci gari Pequena ceifa pelo interior
Kuzure‑gesa‑gatame Kudzurê guêssa gatamê Variante do controlo oblíquo
Matté Matê Parar
Nage‑waza Naguê uadza Técnicas de projeção
Ne‑waza Nê uadza Técnicas no solo
O‑goshi Ô gochi Grande balança sobre as ancas
Osaekomi Ossaê komi Imobilização, isto é, manter o parceiro de costas no solo
O‑soto‑gari Ô sôto gari Grande ceifa exterior
O‑soto‑otoshi Ô soto otochi Grande projeção por “desabamento” pelo exterior
O‑uchi‑gari Ô utchi gari Grande ceifa interior
Randori Ranedori Treino de combate
Rei Rei Saudação
Sasae‑tsurikomi‑ashi Sassaê tsurikomi achi Projeção por bloqueio do pé do parceiro
Tatami Tatami Tapete de judo
Toketa Toketa Saída de imobilização
Tori Tori Aquele que ataca
Uke Ukê Aquele que defende
Ukemi‑waza Ukemi uadza Técnicas de queda
Uki‑goshi Uki gochi Projeção de anca flutuante
Ushiro‑ukemi Uchirô ukemi Queda para trás
Yaku‑soku‑geiko Yaku soku gueikô Luta sem resistência, em que ataca um de cada vez
Yoko‑shiho‑gatame Iokô chimmo gatamê Controlo “de lado”
Yoko‑ukemi Iokô ukemi Queda de lado
Zempo‑kaiten‑ukemi Zempô kaiten ukemi Queda para a frente em rolamento