UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ–REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
SISTEMAS LOGÍSTICOS “ EM BUSCA DO AMANHÔ
Por: Janaina Barros Kartnaller
Orientadora: Profª. Maria Ester de A Oliveira
Co-orientador :
Prof. Marco Antônio Chaves de Almeida
Rio de Janeiro, maio de 2002.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ–REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
SISTEMAS LOGÍSTICOS “EM BUSCA DO AMANHA”
Por: Janaina Barros Kartnaller
Rio de Janeiro, maio de 2002.
Trabalho monográficoapresentado como requisitoparcial para a obtenção do graude especialista em LogísticaEmpresarial.
Dedico a um MUNDO melhor,
onde cada um de nós queira ser mais do que é,
e construir mais do que faz.
“A experiência mostra que os homens são governados por aquilo que
costumam ver e fazer, a ponto de, mesmo as melhorias mais simples e
óbvias nas ações mais comuns, serem adotadas com hesitação, relutância e
lentidão.”
Alexander Hamilton, 1791
AGRADECIMENTOS A um Deus maravilhoso, que muitas vezes me testa e me mostra Sua
bondade e Sua dureza, mais com muito amor, no meu caminho ao
aprendizado;
A “uma guerreira da luz”, um Ser Humano real, com suas
complexidades e contradições, um exemplo de força ,dedicação, fragilidade e
paciência, muitas vezes renunciando a ela mesma, que me ensina desde
sempre, minha companheira, amiga, minha base, meu eixo e que é o meu
orgulho e motivo de muitas “graças” por ser Eu a sua filha - Minha Mãe Glória
Marlene;
Ao meu pai Paulo Kartnaller “In memória”, que me conduziu ao caminho
dos estudos e do humor, da alegria deste criança com suas “gracinhas” e que
sempre teve a preocupação e o orgulho com meus estudos nunca medindo
esforços para isso. Saudades;
A você, mestre e amigo Marco Antônio, um muito obrigado. Tenha a
certeza do dever cumprido, da amizade, do respeito e do reconhecimento
conquistados, hoje e sempre.
Aos amigos pela compreensão da minha falta, das ligações não
retornadas e da ausência mesmo;
A todos da coordenação do curso, professores, funcionários, enfim todos
que fazem parte da “maquina” que nos fazem crescer como profissionais;
Obrigado a todos.
RESUMO
Logística empresarial é vital para a economia e para a empresa
individual. é fator-chave para incrementar comércio regional e internacional.
Sistemas eficientes e eficazes significam melhor padrão de vida para todos. Na
firma individual, atividades logísticas absorvem uma porção significativa de
seus custos individuais. Estes custos, que são em média cerca de 22% das
vendas determinam muitas vezes se uma firma será competitiva. Boa
administração é essencial.
Logística empresarial tem como objetivo prover o cliente com os níveis
de serviço desejados. A meta de nível de serviço logístico é providenciar bens
ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao
menor custo possível. Isto é conseguido através da administração adequada
das atividades-chave da logística - transportes, manutenção de estoques,
processamento de pedido e de varias atividades de apoio adicionais.
Administração de materiais e distribuição física integram-se para formar
o que se chama hoje de logística empresarial. Muitas companhias
desenvolveram novos organogramas para melhor tratar das atividades de
suprimento e distribuição, freqüentemente dando status de alta administração
para a função, ao lado de marketing e produção. O tempo da logística
empresarial está chegando e uma nova ordem das coisas está começando.
SUMÁRIO
1- Introdução ...................................................................................... 9
2- Capítulo I : O Contexto da Logística ............................................ 11
2.1- Retrospecto Histórico ................................................................... 13
2.2- Fases Básicas da Logística .......................................................... 18
3- Capítulo II : Gerenciamento Logístico Integrado ........................ 20
3.1- Evolução do Gerenciamento Logístico Integrado ...................... 23
4- Capítulo III : A Situação Atual e Perspectiva .............................. 27
4.1- Uma Visão do Ambiente ............................................................... 30
4.2- Em Busca do Amanhã : “Elementos Impulsionadores da
Logística” .......................................................................................
32
5- Conclusão ...................................................................................... 42
6- Bibliografia ..................................................................................... 45
7- Anexos ............................................................................................ 46
INTRODUÇÃO
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor
nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores,
através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de
movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A
Logística é um assunto vital. É um fato econômico que tanto os recursos
quanto os seus consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica.
Além disso, os consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram,
próximos donde os bens ou produtos estão localizados.
Este é o problema enfrentado pela Logística: diminuir o hiato entre a
produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e
serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem. Numa
economia livre é responsabilidade dos empresários promoverem os serviços
logísticos necessários, as empresas precisam enfrentar esta responsabilidade
com notável grau de eficácia e eficiência. Contudo, as empresas operam
dentro de um ambiente que muda contentemente, devido aos avanços
tecnológicos, às alterações na economia e na legislação, e à disponibilidade de
recursos. portanto, a filosofia da administração se altera com o tempo, de
forma a se adaptar às novas exigências de desempenho para as firmas. A
Logística assim representa uma nova visão empresarial - um nova ordem das
coisas.
A concepção logística de agrupar conjuntamente as atividades
relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma
coletiva é uma evolução natural do pensamento administrativo. As atividades
de transporte, estoques e comunicações iniciaram-se antes mesmo da
existência de um comércio ativo entre regiões vizinhas. Hoje, as empresas
devem realizar essas mesmas atividades como uma parte essencial de seus
negócios, a fim de prover seus clientes com os bens e serviços que eles
desejam. Entretanto, a administração de empresas nem sempre se preocupou
em focalizar o controle e a coordenação coletivas de todas as atividades
logísticas. Somente nos Últimos anos é que ganhos substanciais nos custos
foram conseguidos, graças a coordenação cuidadosa destas atividades. Os
ganhos potenciais resultantes de se rever a administração das atividades
logísticas está transformando a disciplina numa área de importância vital para
uma grande variedade de empresas.
Hoje, a logística empresarial é um campo fascinante e em expansão,
com potencial para alta administração. Não era o caso de 20 anos atrás. O que
levou a este dramático crescimento e interesse ?
Para todos os efeitos, a prática moderna da logística empresarial
configura nova disciplina. Isto não significa que as atividades essenciais de
transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos são
novidades. Entretanto, foi só recentemente que uma filosofia integrativa esteve
disponível para guiar seus passos.
CAPÍTULO I
O Contexto da Logística
É fato comprovado que a incerteza caracteriza o mundo contemporâneo.
Os efeitos da Globalização, da extremamente rápida velocidade com que a
informação é intercambiada e disseminada e do avanço integrado de
tecnologias, repercutem diretamente no cotidiano do cidadão comum e das
nações. Já no ambiente empresarial, o não acompanhamento do estado da
arte das técnicas e dos recursos gerências podem ameaçar seriamente a
sobrevivência das organizações.
Sob tal escopo, desponta a Logística – ferramenta há muito conhecida e
aplicada – que a cada dia vem se tornando importante instrumento de
competitividade e alavancagem empresarial à medida em que propicia a
redução de custos, maior precisão operacional e melhor qualidade dos bens e
serviços oferecidos.
A Logística significa prever para prover o produto adequado no local
certo e no momento oportuno, nas condições próprias para o consumo e a
custos compatíveis e competitivos. Para tal, as atividades relacionadas ao
fluxo de produtos devem ser conduzidas de maneira integrada e dependente
umas das outras, levando-se em consideração seus relacionamentos e
compensações. Assim, torna-se perfeitamente compreensível o interesse pelo
estudo da Logística e o destaque que lhe vem sendo dado no ambiente dos
negócios.
Retrospecto Histórico
Uma das dificuldades em tentar traçar a linha do tempo para a Logística,
esbarra, justamente, em que ponto cronológico devemos tomar como ponto de
partida, haja vista que a Logística é parte integrante da “Arte da Guerra” e,
portanto, remonta a tempos imemoriais na História Humana.
As campanhas militares dos povos antigos (assírios, persas,
macedônios, egípcios, romanos, etc.) em busca da expansão territorial e de
riquezas, somente lograram efeito graças ao bem sucedido planejamento de
ações logísticas.
A capacidade de mobilizar e movimentar pessoas, máquinas, armas e
suprimentos sempre foi fator determinante na definição de vencedores e
vencidos.
A título de exemplificação, reportando-nos a uma campanha militar
recente, durante a Guerra do Golfo foram transportados, em questão de
meses, aproximadamente 500.000 pessoas, 500.000 toneladas de material por
meio aéreo e mais de 2,3 milhões de toneladas de equipamentos e
suprimentos por via marítima. Em apenas 40 dias de guerra, as Forças norte-
americanas planejaram, obtiveram e distribuíram aos combatentes cerca de
122 milhões de refeições – uma tarefa comparável a alimentar uma cidade do
porte de Brasília (2.000.000 de habitantes) por vinte dias com três refeições
diárias.
A importância de transportar produtos desde as fontes de produção até
os pontos de consumo tem sido marcante nos registros históricos.
Provavelmente, a aplicação da Logística começou a ser incrementada quando
culturas antigas, devido aos avanços sociais e tecnológicos, produziram em
excesso um determinado tipo de bem que era do interesse de grupos de outras
regiões, os quais, por sua vez, também produziam excedentes que
interessavam aos primeiros. Desta forma, a aplicação e o desenvolvimento da
Logística tomou rumo juntamente com o crescimento do comércio e do
intercâmbio entre grupos sociais.
Num contexto mais contemporâneo, a Revolução Industrial e o advento
da economia de produção em massa e do consumo em massa anunciaram o
início da distribuição em massa nos países industrializados.
Com a urbanização e a economia de escala nas fábricas, tanto
consumidores quanto fornecedores cresceram de forma dissociada e era
fundamental, para o crescimento e o desenvolvimento econômico, que os dois
segmentos fossem aproximados. Desta forma, intermediários e serviços de
transporte emergiram num novo e florescente nicho de mercado voltado para
atender à exponencial necessidade de intercâmbio comercial entre
fornecedores e clientes. O trabalho dos fornecedores não era simplesmente
fazer e vender seus produtos, mas também entregá-los aos clientes.
Anteriormente à década de 50, a Logística praticamente não era
reconhecida no meio empresarial. As atividades logísticas encontravam-se
fragmentadas entre as áreas de produção, marketing e vendas. A
preocupação maior voltava-se para as vendas. As indústrias alimentícias,
entretanto, começaram a acenar com o gerenciamento único das funções
ligadas ao transporte e à armazenagem.
O período de 1950 a 1970 é reconhecidamente aquele onde a Logística
deu grande salto para o seu desenvolvimento. Uma série de fatores contribuiu
para que isso ocorresse, entre eles:
• A utilização de modelos matemáticos e processamento
eletrônico de dados com reflexo direto na determinação
da localização ótima de depósitos e no controle de
estoques.
• A mudança de foco no marketing, passando do produto
para o cliente, com a conseqüente proliferação de tipos,
tamanhos e cores de produtos ofertados.
• A ampliação dos mercados, com o natural acirramento
da competição.
• O aumento dos custos de distribuição, com o impacto
nos custos e lucros.
• A experiência militar.
• O estudo realizado, em 1956, por Lewis, Culliton e
Steele, membros da Universidade de Harvard, intitulado
“The Role of Air Freight in Physical Distribution”. ( “O
Papel do Frete Aéreo na Distribuição Física “)
Por meio desse estudo, ficou demonstrado que o maior preço do frete
aéreo seria compensado pela economia obtida com a manutenção de
estoques. Posteriormente, foi concebido o conceito de compensação de
custos, ou seja, uma vez que exibem comportamentos conflitantes, as
atividades logísticas devem ser balanceadas em um ponto ótimo, conforme
demonstrado no caso do frete aéreo. O enfoque da Logística neste período
ateve-se à distribuição física dos bens.
Entre os anos de 1970 e 1990, a preocupação das empresas voltou-se
também para o suprimento físico – principalmente os aspectos relacionados à
obtenção dos bens – em resposta ao aumento dos custos provocados pela
crise do petróleo de 1973.
De 1990 aos dias atuais, a ênfase passa a ser dada às relações
externas – com fornecedores, clientes e empresas contratadas – e ao
estabelecimento de parcerias ao longo da cadeia de suprimentos.
Fases Básicas da Logística
A Logística sempre se apresenta sob a forma de um problema, cuja solução
obtém-se por meio das respostas as seguintes questões:
• O que?
• Quanto?
• Quando?
• Onde?
O problema logístico é abordado de maneira encadeada, a partir do
desenvolvimento das Fases Básicas da Logística, a saber:
Fase I – DETERMINAÇÃO DE NECESSIDADES
Fase II – OBTENÇÃO
Fase III – DISTRIBUIÇÃO
A determinação de necessidades consiste no contínuo processo de
estabelecer qualitativa e quantitativamente, que bens são necessários ao
atendimento da demanda e à manutenção da atividade econômica.
A obtenção consiste nos processos de procura a aquisição de bens de
maneira a assegurar o atendimento de demandas e a manutenção da atividade
econômica.
A distribuição consiste no desenvolvimento das atividades de
armazenagem, movimentação, transporte e fornecimento de bens de forma a
assegurar a manutenção do fluxo logístico entre fornecedores e clientes.
Raciocinando sob o ponto de vista sistêmico, a Logística divide-se em três
grandes ramos, a saber:
• Logística de Suprimentos
• Logística de Manutenção
• Logística de Pessoal
CAPÍTULO II
Gerenciamento Logístico Integrado
A rapidez de evolução de técnicas e tecnologias empregadas na
Administração e nos processos produtivos ao longo das últimas décadas torna
difícil estabelecer a exata definição do que vem a ser Gerenciamento Logístico
Integrado, haja vista o surgimento de inúmeros conceitos e terminologias que
se vinculam ao assunto.
Quando ficou evidente que a preocupação com o fluxo de materiais
poderia repercutir diretamente sobre os custos e a qualidade dos bens e
serviços, significando vantagens competitivas, passou-se a definir o
Gerenciamento Logístico Integrado como “Distribuição Física”. Esta
abordagem foi adotada a partir da década de 20 e definida pela “Marketing
American Association” como: “Atividade de movimentar e transportar bens
desde as fontes de produção até os pontos de consumo”. Portanto, o foco
dessa primeira abordagem - Distribuição Física – está centrado no fluxo de
produtos acabados.
A Segunda abordagem – Gerência de Suprimentos Físicos – que melhor
defina considera os aspectos do gerenciamento da produção concernentes às
atividades envolvidas na obtenção e na aplicação do material empregado
na manufatura de produtos acabados. Tais aspectos incluem o Controle de
Inventário, a Contratação (compras), a Armazenagem & Movimentação e o
Tráfego de Carga (transportes).
A terceira abordagem, a que melhor responde pelo sentido de
integração, é a da visão da Logística Empresarial (“Business Logistics”), que
abrange todo o fluxo de material, desde a matéria-prima até a colocação
dos produtos acabados junto aos consumidores.
Didaticamente:
É o gerenciamento de todas as atividades envolvidas na obtenção,
controle de inventário, movimentação, armazenagem e transporte de insumos,
produtos em processo e produtos acabados, desde as fontes de produção até
os consumidores.
A figura abaixo distingue as três abordagens:
GERÊNCIA DE SUPRIMENTOS FÍSICOS GERÊNCIA DE
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
ESTOQUES: Matérias-primas
Submontagens Peças
Produtos em processo
Produtos acabados
Estoque para
venda
EMPRESA
VAREJO
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Evolução do Gerenciamento Logístico Integrado
Existem muitos fatores que interferem como a empresa emprega seus
recursos ao enfocar suas oportunidades estratégicas no mercado. Dentre eles,
arrolam-se questões tais como a tecnologia, a globalização e a competição.
Existem também fatores internos, os quais incluem o estilo de gerenciamento,
a cultura organizacional, os recursos humanos e as facilidades disponíveis. A
empresa precisa mobilizar e direcionar seus recursos disponíveis contra o grau
de incerteza provocado pelos fatores externos, no sentido de tornar efetivas
suas estratégicas de negócios. As estratégias, por sua vez devem alavancar
as vantagens que a empresa possui ou sente a possibilidade de obtê-las no
mercado. Por mais motivos, muitas empresas têm escolhido alocar recursos à
Logística como uma estratégia de adquirir vantagens.
As empresas que escolhem se posicionar na vanguarda do
desenvolvimento dos conceitos logísticos não apenas vêm a Logística e a
Distribuição como a finalidade estratégica principal. Ao contrário, elas
estabelecem caminhos alternativos que buscam agregar valores para seus
clientes e então descobrem que a Logística possibilita produzir impacto muito
mais significativo no nível de satisfação de seus clientes do que outros
processos gerenciais. A evolução no sentido do Gerenciamento Logístico
Integrado passa naturalmente por três estágios: distribuição física:
relacionamentos internos; e relacionamentos externos.
A evolução não deve ser compreendida como um processo seqüencial
cronológico onde as empresas naturalmente avançam nos estágios, mas sim
como a caracterização de mudanças no pensamento empresarial provocadas
pela interação de fatores internos e externos, os quais afetam diretamente o
processo decisório nos negócios.
Os estágios de evolução são caracterizados pela consciência de que a
atividade empresarial industrial desenvolve-se com base nos três ciclos do
fluxo interno de material: obtenção; operações; e distribuição física.
A figura abaixo mostra a evolução dos estágios da Logística com base
nos fluxos internos:
• Obtenção – é o fluxo que abrange desde o ponto de venda de insumos até
o ponto de início do processo industrial de produção.
•
• Operações – é o fluxo que abrange desde o início da produção até a
formação dos estoques de produtos acabados.
• Distribuição Física – é o fluxo que abrange desde os produtos acabados
até a entrega dos produtos ao consumidor final.
FLUXO INTERNO DE MATERIAL
Estágio 1
Estágio 2
Estágio 3
Fornecedores Obtenção Operações Distribuição Física Clientes
Genericamente, em média, o inventário representa cerca de 35% a 50%
dos ativos de uma empresa, o que explica a grande atenção que as empresas
atribuem ao gerenciamento de seus estoques, haja vista os custos envolvidos.
O fluxo de obtenção representa cerca de 30% do total do inventário e a
distribuição física representa cerca de 40% do inventário.
CAPÍTULO III
Situação Atual e Perspectivas
Existem duas grandes tendências em termos práticos no gerenciamento
integrado da logística que já vêm causando significativo impacto no âmbito da
Logística Empresarial. Essas duas tendências são: “Cycle-Time-to-Maket” e o
“Supply Chain Management”.
“Cycle-Time-to-Market”
Este conceito é vastamente interpretado por diferentes empresas em
distintos canais de distribuição por uma série de siglas e títulos. Por exemplo,
tornou-se bastante comum defini-lo como “Just-in-time” (JIT), “Quick Response”
(QR), “Process Reengineering”. Apesar de, usualmente, esses diferentes
termos terem diferentes significados para o mercado, todos têm algo em
comum: a redução de tempos como uma força competitiva. Por exemplo:
tempo pode ser ganho pela redução do tempo do ciclo de projeto e de
produção de um determinado produto.
Estruturas organizacionais em empresas líderes dos mercados estão
sendo redefinidas com foco na otimização de prazos e na eliminação de
procedimentos redundantes ou desnecessários nos processos organizacionais.
Muitas empresas estão promovendo abordagens de sincronização com os
mercados com o propósito de desenvolverem vantagens competitivas e
agregarem maior valor aos bens comercializados junto aos clientes. Essas
empresas estabelecem com os seus clientes e fornecedores. Os elementos
requeridos para o sucesso no ambiente contemporâneo e futuro residem na
aquisição de novas habilidades gerenciais, novas organizações, novos
sistemas de informações e de suporte à decisão e novos conceitos de
avaliação do desempenho empresarial, tanto intra-empresarial como inter-
empresarial.
“Suplpy Chain Management”
A segunda tendência vem impactando a prática da Logística desde a
metade dos anos 90 e com perspectivas de domínio no século XXI. Um
crescente número de empresas vem usando o termo “supply chain” para
descrever um processo no qual tanto as unidades internas como as externas
são integradas no sentido de reduzir custos e alcançar alto valor relacionado ao
conceito da sincronização com o mercado, no qual as empresas que o adotam
o fazem no sentido de reduzir estoques mantendo um contínuo fluxo de
materiais, mediante o estabelecimento de parcerias com limitado número de
fornecedores e terceirização dos serviços logísticos. Desta forma, a
implementação de uma estratégia orientada para a sincronização com o
mercado conduz naturalmente à implementação da estratégia do
gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Muitas das empresas que adotaram o conceito da cadeia de
suprimentos criaram em suas organizações a figura do gerente da cadeia de
suprimentos, a quem compete projetar, desenvolver e manter o conjunto de
relacionamentos, tanto os internos como os externos, que capacitarão as
empresas a implementar suas estratégias corporativas. As reestruturações
organizacionais prosseguem, tradicionais empresas evoluem no sentido de
projetar e manter cadeias de suprimento internas e externas.
Uma Visão do Ambiente
Mudanças populacionais e de mercados, tendências econômicas,
alterações no comércio em geral e variações no preço da energia são apenas
alguns dos fatores que têm e terão profundos efeitos no planejamento e
gestão da logística. Decisões são feitas com base nas expectativas de
cenários ambientais futuros e com conhecimento do ambiente anterior. Como
resumiu um analista, o ambiente logístico deverá ser moldado pelas nove
forças a seguir.
l. Mudanças na geografia de produção e consumo.
2. Aumento da segmentação de mercados.
3. Pequena disponibilidade de capital e altas taxas de juros.
4. Revoluções nas tecnologias de informação, manufatura e transporte.
5. Novas fontes e restrições de suprimentos.
6. Custos e disponibilidade de matérias-primas.
7. Novas restrições de natureza legal.
8. Novas considerações socio-econômicas e trabalhistas
9. Internacionalização de fontes e de mercados.
Em Busca do Amanhã : “Elementos Impulsionadores da Logística”
Já foi vista a importância da adoção do enfoque logístico como um
catalisador de estratégias empresariais. Ao longo das últimas décadas
inúmeras iniciativas gerências, técnicas, metodologias e tecnologias foram
sendo incorporadas à Logística, no sentido da redução de custos e prazos e no
aumento da satisfação dos clientes com a melhoria da qualidade de bens e
serviços.
Em seguida, serão destacados alguns elementos, os quais, caso
considerados, poderão vir a tornarem-se forças impelidoras das empresas.
Desregulamentação dos Serviços de Transporte
A desregulamentação dos serviços de transporte influencia as organizações
à medida em que modifica o relacionamento entre transportadoras, agentes de
transporte e empresas. Os agentes de transporte enfocam a redução de tarifas
enquanto que as transportadoras estão mais preocupadas em reduzir os custos
do transporte (depreciação de veículos e equipamentos, mão-de-obra,
combustíveis e manutenção). Os agentes procuram reduzir o preço dos fretes,
concentrar cargas e trabalhar com pouco número de transportadoras, tudo isto
na busca de posição mais fortalecida nas negociações de fretes. Como
resultado, um pequeno número de agentes opera com grande número de
transportadoras. As transportadoras, por sua vez, oferecendo serviços de
superior qualidade e preços mais vantajosos, procuram ser selecionadas por
específicos agentes e com isto obter maior volume de negócios. Em reforço à
desregulamentação, uma grande variedade de práticas inovadoras têm surgido
no sentido de possibilitar melhor serviço a menor custo, tanto por parte dos
agentes como pelas transportadoras: faturamento automatizado, o emprego de
ferramentas de intercâmbio eletrônico de dados (”electronic Data Interchange”
– EDI) que permitem o fluxo integrado de documentos “sem papel” e o
acompanhamento dos carregamentos por meio de sistemas de posicionamento
por satélite (”Global Positioning System” – GPS). Em adição, muitos agentes e
transportadoras vêm implementando programas que garantam a uniformidade
de tarifas, a padronização de contratos e descontos.
Terceirização dos Serviços Logísticos
A terceirização de contratos de serviços logísticos representa o
crescimento do movimento no sentido do estabelecimento de empresas
especializadas em Logística. A terceirização envolve o emprego de empresas
extremas na execução de atividades logísticas que antes eram executadas
pela própria empresa contratante. As atividades podem abranger todo o
processo logístico ou apenas um conjunto de atividades. Nos últimos anos,
vários têm sido os fatores que possibilitaram o crescimento desse segmento de
mercado: aumento da competição no setor devido à abertura de mercados
para empresas multinacionais: maior demanda pelos serviços devido à
redução de estoques em decorrência do emprego do “just-in-time” nas linhas
de produção; a qualidade exigida com a globalização de mercados; e as
reorganizações estruturais das empresas em busca da redução de custos.
Muitas empresas têm optado pela terceirização porque lhes permite
concentrar esforços em suas “competências distintivas”, obter sistemas
logísticos equilibrados e ágeis, explorar a economia de escala com a
terceirização, alcançar alto nível de especialização e reduzir riscos financeiros.
Comunicação e Tecnologia da Informação
As organizações logísticas, ao longo dos últimos anos, desenvolveram
insaciável apetite pela habilidade de rapidamente se comunicação,
acompanhar cargas e intercambiar dados. Informação tornou-se componente
chave no provimento de serviços logísticos e catalisador no processo de
integração de atividades logísticas. A informação é principalmente utilizada
para reduzir custos e prazos na cadeia de suprimento. A integração resultou
da interconexão de centenas de procedimentos de controle e de gerenciamento
de processos na cadeia de suprimentos, a partir da troca de informações
digitais.
O emprego da tecnologia EDI forneceu o veículo para interconectar
atividades logísticas e externas à organização, EDI mostrou-se especialmente
importante no suporte dos requisitos informacionais visando a implementação
de sistemas de distribuição, planejamento de inventários (”just-in-time”) e
produção.
“Just-in-time” (JIT)
JIT é uma filosofia organizacional que se empenha pela excelência e
tem como meta e eliminação de desperdícios e o consciente aperfeiçoamento
da qualidade. A abordagem do JIT no ambiente industrial requer que o
fornecedor produza e entregue ao fabricante, precisamente, as unidades
necessárias, na quantidade correta e no momento oportuno, como estabelecido
pela programação da produção do fabricante e de acordo com as
especificações requeridas. Em comparação com outras formas de
relacionamentos de parceria, as parcerias com fundamentos no JIT têm a
orientação para a estabilidade e o longo prazo e requerem estrito
acompanhamento e coordenação para atingir específico nível de valor
agregado aos bens e serviços.
O estabelecimento do JIT impôs o surgimento de novos requisitos nas
organizações logísticas. Os fornecedores e os fabricantes devem estabelecer
em conjunto planos de longo prazo; e o trabalho em conjunto e a confiança
mútua são as chaves para o aperfeiçoamento do processo. JIT levou a
integração das atividades logísticas para além das fronteiras da empresa
individualizada em busca de maior eficácia e efetividade dos processos
empresariais.
“Customer Service”
A preocupação com o cliente continua a ser uma das forças dominantes
no processo de delineamento das organizações logísticas. Executivos na área
da Logística a colocam como uma das principais forças impelidoras do
crescimento e do desenvolvimento das atividades logísticas corporativas.
O Serviço de Satisfação do Cliente é um processo que propicia
significativo valor agregado à cadeia de suprimentos em termos da efetividade
na redução de custos.
A satisfação do cliente tornou-se um importante recurso de,
estrategicamente, possibilitar a diferenciação de produtos e serviços para
muitas empresas. As empresas passaram a atribuir bastante importância ao
processamento e à análise de informações relativas ao tempo de atendimento
como uma forma de obter eficácia e efetividade na satisfação dos seus
clientes. Os clientes passaram a exercer ativo papel na definição dos tipos de
serviços prestados pelos vendedores. Por exemplo, muitos clientes passaram
a requerer de seus fornecedores a disponibilização de capacidade em EDI.
Globalização
A crescente tendência na direção da internacionalização tornou-se o
modo de se fazer negócios a partir dos anos 90. Crescimento econômico
sustentado em países em desenvolvimento geraram novos mercados de
produtos e a demanda por serviços especializados. Empresas multinacionais
incrementaram seus investimentos ao redor do planeta com o propósito de
reduzir custos de produção e expandir mercados.
O crescimento do comércio internacional, aliado à doutrina neoliberal de
levantamento de barreiras alfandegárias e livre comércio, impeliram as
empresas no sentido de modificações de seus processos logísticos. Muitas
empresas expandiram suas capacidades logísticas criando postos no exterior
destinados ao gerenciamento de todo o fluxo internacional de seus produtos e
insumos. As prestadoras de serviço também se mobilizaram buscando
preencher a lacuna deixada pela falta de serviços especializados em Logística
ao nível internacional (liberação alfandegária, roteamento de cargas,
armazenagem, movimentação e transporte de cargas).
Competição Global
A competição não pode deixar de ser considerada num ambiente de
negócios cada vez mais liberado e integrado. Empresas e países estão
investigando grandes somas para se tornarem competidores de peso no
cenário internacional. Esses investimentos estão vinculados à visões
estratégicas que buscam assegurar a sobrevivência a longo prazo. Por
exemplo, Hong Kong está modernizando três de seus terminais portuários ao
custo de bilhões de dólares. Grandes companhias de serviços logísticos, tais
como Sealand, Mitsui, Maersk e TNT, estão realizando grandes investimentos
visando conectar e abranger todo o mundo com seus negócios.
Também aquelas empresas concentradas no ambiente doméstico ou em
pequenos nichos de mercado, por linhas de produtos ou áreas geográficas, não
podem renegar o impacto de competição global. Seus insumos podem
depender de mercados internacionais. Seus competidores podem vir de outro
hemisfério. A fração do mercado deve ser construída e mantida
cuidadosamente, estabelecendo-se uma estratégia de marketing que atenda
aos clientes segundo a melhor estrutura de custos possível, ao preço de que
algum outro competidor o faça.
A economia global somente funciona se existir uma infra-estrutura logística
adequada e é por tal motivo que as empresas têm investido enormes cifras em
Logística.
Questões Ambientais
As atividades logísticas estão no meio de várias questões ambientais.
Transportes de cargas perigosas (químicos, explosivos, etc.) é uma
preocupação óbvia. Embalagem é uma outra. A preocupação com produtos
ecologicamente corretos desde o “berço até o túmulo” também envolve a
Logística. Reciclagem tem sido largamente utilizada.
A Comunidade Européia e o Canadá têm sido particularmente ativos na
legislação em atender as preocupações públicas sobre o ambiente. Alemanha
e Japão, dentre outros países, estão tomando posições quanto à reciclagem,
controle de emissões de poluentes e preocupações ambientais
relacionamentos à Logística.
O impacto ambiental nas ações das empresas está se tornando uma
questão muito importante. Algumas empresas estão incluindo seções
específicas em seus planos estratégicos para avaliar a influência das questões
ambientais em suas operações.
Ecologia
A preocupação com a ecologia e o meio ambiente cresceu junto com a
população e a industrialização. Uma das principais questões é a da
reciclagem de resíduos sólidos. O mundo industrializado criou sofisticados
canais de distribuição para matérias-primas e produtos acabados, porém deu-
se pouca atenção para a reutilização desses materiais de produção. Como
exceção, temos a reciclagem de latas de alumínio e de sucata de aço dos
automóveis. O grande crescimento no emprego de embalagens e produtos
descartáveis evidencia a pouca preocupação com a reciclagem. É geralmente
mais barato usar matéria-prima virgem do que material reciclado , em parte
pelo pouco desenvolvimento de canais de retomo, que ainda são menos
eficientes do que os canais de distribuição de produtos. Isto deve mudar, pois
(l) o público em geral está ficando mais consciente do desperdício, (2) a
quantidade de resíduo sólido tem aumentado e (3) a matéria-prima original
está ficando mais cara e menos abundante. Isto vai gerar novas
Oportunidades para os especialistas em logística.
A falta de atenção dada aos canais de distribuição reversos explica
apenas parcialmente o desprezo pelos resíduos sólidos como fontes de
matéria-prima. Há, em primeiro lugar, uma estrutura de intermediários no canal
reverso que ainda não é especialmente bem desenvolvida e eficiente. Centros
de reciclagem, depósitos para resíduos e rejeitos, especialistas em coleta de
lixo e centrais de reaproveitamento da manufatura são apenas alguns dos
pontos de entrada para o canal de retromovimentação e que ainda devem ser
desenvolvidos. Além disso, deve existir uma estrutura de fretes mais favorável.
É comum que os fretes de matéria-prima virgem sejam menores do que para
materiais reciclados. Como esses fretes dependem de fatores como volume
movimentado, competição, facilidade de manuseio do produto e poder de
barganha de usuários e transportadores, os custos de transporte deverão cair à
medida que os canais de reciclagem forem sendo mais utilizados. A indústria
também não está normalmente localizada nos pontos mais favoráveis com
relação às fontes de material reciclado, da mesma forma como se localizou
com relação às fontes de material virgem. Porém, estes são problemas de
curto prazo. Podemos esperar que a economia da reciclagem torne-se mais
favorável e que a logística esteja ativamente engajada na criação de novos e
eficientes canais para movimentar esses bens
Conclusão
A meta de nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços
corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor
custo possível. Isto é conseguido através da administração adequada das
atividades-chave da logística - transportes, manutenção de estoques,
processamento de pedido e de varias atividades de apoio adicionais.
A concepção logística de agrupar conjuntamente as atividades
relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma
coletiva. É uma evolução natural do pensamento administrativo.
Os efeitos da Globalização, por exemplo, da extremamente rápida
velocidade com que a informação é intercambiada e disseminada e do avanço
integrado de tecnologias, repercutem diretamente no cotidiano do cidadão
comum e das nações. Já no ambiente empresarial, o não acompanhamento do
estado da arte das técnicas e dos recursos gerências podem ameaçar
seriamente a sobrevivência das organizações.
Desta forma, a aplicação e o desenvolvimento da Logística tomou rumo
juntamente com o crescimento do comércio e do intercâmbio entre grupos
sociais.
O futuro da logística é mesmo brilhante. As tendências econômicas
mostram que os custos para movimentação de bens e distribuição de serviços
devem crescer proporcionalmente às outras atividades, tais como manufatura e
marketing. O aumento nos custos de combustível, a implantação de melhorias
de produtividade e a questão ecológica vão contribuir para o prestígio da
logística. A maior importância dos assuntos logísticos vai atrair maior atenção
por parte da administração.
A inflação, o consumismo e a ecologia são forças que atuam para
prestigiar a logística. Entretanto, o caráter de suas operações não vai ser
muito diferente do atual. O uso de tecnologias novas e revolucionárias não
será o foco de atenção dos administradores para solução de seus problemas
logísticos nas duas próximas décadas. Pelo contrário, a administração
cautelosa vai procurar extensões da tecnologia existente. O uso de
computadores deverá expandir-se substancialmente.
As responsabilidades do profissional de logística deverão aumentar
rapidamente nas próximas duas décadas. Não apenas será responsável pelas
funções de distribuição física e de administração de materiais no seu país,
como também deverá controlar a crescente área da logística internacional.
Finalmente, o profissional começará a aplicar seus conceitos e princípios aos
problemas operacionais das organizações de serviços, tais como bancos,
igrejas e hospitais. Pelo ano 2000, esses problemas serão tão importantes
quanto os da manufatura.
De fato, o futuro é brilhante.
BIBLIOGRAFIA
1 - CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos.
Editora Pioneira. 1ª edição. SP. 1999.
2 – INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA. Palestras Diversas. Pós
Graduação Em Engenharia de Produção.
Editora UFRJ. RJ.2000.
3 – AMMER, Dean S. Administração de Materiais , tradução: Cláudio José
Fernandes Azevedo e Maria João Pereira Cabral.
Editora Livros técnicos científicos. 1ª edição. RJ. 19894.
4 – MOREIRA, Daniel A. Administração da Produção e Operações.
Editora Pioneira. 1ª edição. SP. 1993.
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