UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
IZABELLE RODRIGUES FRANSOSI
IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS POR MEIO DE ÍNDICES NO PROCESSO
ESTRATÉGICO: ESTUDO DE CASO DA CIA. HERING S.A
Cuiabá – MT 2018
IZABELLE RODRIGUES FRANSOSI
IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS POR MEIO DE ÍNDICES NO PROCESSO
ESTRATÉGICO: ESTUDO DE CASO DA CIA. HERING S.A
Monografia apresentada a UFMT/Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Departamento de Ciências Contábeis, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis
Orientadora: Profª Msc. Mª Felícia S. Silva
Cuiabá – 2018
IZABELLE RODRIGUES FRANSOSI
IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS POR MEIO DE ÍNDICES NO PROCESSO
ESTRATÉGICO: ESTUDO DE CASO DA CIA. HERING S.A
Monografia defendida e aprovada em ____/____/____ pela banca examinadora constituída pelos professores:
_____________________________________ Profª Msc. Mª Felicia Santos Silva
Presidente
_____________________________________ Profa. Msc. Lyss Paula de Oliveira
Membro
_____________________________________ Profa. Msc. Manuela Gonçalves Barros
Membro
AGRADECIMENTOS
Gratidão primeiramente à Deus pela vida, pela oportunidade e determinação
concedida para realização de toda caminhada até aqui.
Com todo amor, agradeço a meus pais, Rossello e Gizelli, pelo incentivo de
sempre e pela confiança depositada durante toda minha trajetória escolar e
acadêmica,
Ao corpo docente da UFMT com os quais tive a oportunidade de ser aluna,
principalmente minha orientadora Maria Felícia, agradeço pela dedicação e
empenho durante todo esse percurso, estarão sempre em minha memória com todo
respeito e admiração.
Por último, mas não menos importante, com todo carinho e amor, agradeço
ao meu companheiro José Luis, pela companhia, paciência, compreensão e total
confiança em mim durante todo o período acadêmico e, principalmente, durante o
desenvolvimento desse trabalho.
“Toda vitória é alcançada com luta e
sofrimento; porém a luta passa, o sofrimento
é apenas temporário, mas a vitória que se
consegue permanece”.
(James Allen)
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Análise Horizontal – Balanço Patrimonial 2007 – 2017. 28
Gráfico 2: Análise Vertical – Balanço Patrimonial 2007 – 2017. 28
Gráfico 3: Análise Horizontal – Demonstração do Resultado 2007 – 2017. 29
Gráfico 4: Análise Vertical – Demonstração do Resultado 2007 – 2017. 30
Gráfico 5: Índice de Margem Liquida 2007 – 2017. 31
Gráfico 6: Índice de Rentabilidade do Patrimonio Líquido 2007 – 2017. 32
Gráfico 7: Índice de participação de capital de terceiros e endividamento geral 33
2007– 2017
Gráfico 8: Índices de Líquidez 2007 – 2017 34
LISTA DE ABREVIATURAS
S.A. – Sociedade Anônima
NBC – Normas Brasileiras de Contabilidade
BP – Balanço Patrimonial
AC – Ativo Circulante
ANC – Ativo Não Circulante
PL – Patrimônio Líquido
PC – Passivo Circulante
PNC – Passivo Não Circulante
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
AV – Análise Vertical
AH – Análise Horizontal
EG – Endividamento Geral
PCT – Participação de Capital de Terceiros
LI – Liquidez Imediata
LC – Liquidez Corrente
LS – Liquidez Seca
LG – Liquidez Geral
ML – Margem Líquida
RPL – Rentabilidade do Patrimônio Líquido
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO ................................................................................... 10
2.1. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................ 10
2.1.1. Demonstrações Contábeis .......................................................... 12
2.1.2. Balanço Patrimonial ................................................................... 12
2.1.3. Demonstração de Resultado ...................................................... 13
2.2. ANÁLISE VERTICAL ......................................................................... 13
2.3. ANÁLISE HORIZONTAL .................................................................... 15
2.4. ANÁLISE POR MEIO DE ÍNDICES .................................................... 16
2.4.1 Índice de Estrutura de Capital ...................................................... 17
2.4.2. Índice de Liquidez ........................................................................ 19
2.4.3 Índices de Rentabilidade .............................................................. 22
3. METODOLOGIA ................................................................................................ 24
4. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................... 25
4.1 BREVE HISTÓRICO DA EMPRESA ................................................... 25
4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................. 27
4.2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................... 27
4.2.2 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ..................................................................................................... 29
4.3 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES ...................................................... 31
4.3.1 ÍNDICE DE RENTABILIDADE ...................................................... 31
4.3.2 ÍNDICE DE ESTRUTURA DE CAPITAIS ..................................... 33
4.3.3 ÍNDICES DE LIQUIDEZ................................................................ 34
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 36
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 39
APÊNDICE A – TABELA DE ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL – Balanço Patrimonial 2007 - 2017 ........................................................................................... 43
APÊNDICE B – TABELA DE ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – Demonstração do Resultado 2007 - 2017 .............................................................. 45
APÊNDICE C – TABELA DE RESULTADOS DOS ÍNDICES ANALISADOS ......... 46
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1. INTRODUÇÃO
A Contabilidade tem como uma de suas principais funções oferecer recursos
sustentáveis para a realização de análise das demonstrações financeiras das
empresas. Dessa forma, ela facilita o processo de gerenciamento e avaliação,
colocando à disposição uma série de indicadores que servem como ferramentas de
comparação entre as diversas companhias pertencentes ao universo que se deseja
analisar. (BARBOSA, SILVA, 2014)
Devido à alta concorrência no mercado, a gestão estratégica das empresas
tem evoluído. Através da divulgação dos relatórios contábeis, as empresas buscam
diversos estudos acerca do desempenho empresarial, do gerenciamento de
resultado e previsão de falência, com a intenção de interpretarem a situação
financeira e econômica em determinados períodos, bem como, e principalmente,
realizar projeções. (KROENKE, HEIN, 2011)
Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 26), “As
demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição
patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das
demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja
útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões
econômicas”.
De acordo com Matarazzo (2003), a análise de balanços possibilita ao
analista por meio da análise da documentação apresentada, conhecer e vislumbrar a
visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; possibilitando estimar seu
futuro, limitações e potencialidades; além da avaliação dos efeitos que certos
eventos possam advir sobre a situação financeira da mesma, sendo um dos
elementos mais importante para tomada de decisões relacionadas à empresa.
Dado esse contexto, o presente trabalho tem como objetivo especifico, a
análise da evolução econômica e financeira de uma sociedade anônima brasileira do
setor têxtil, nos exercícios de 2007 a 2017, por meio de indicadores, com a
finalidade de demonstrar a importância da análise das demonstrações,
apresentando informações a respeito da situação financeira e econômica da
empresa.
10
Dessa forma, a estrutura e organização desse trabalho segue com a
fundamentação teórica que sustenta a base da pesquisa, em seguida apresenta-se
os procedimentos metodológicos, a discussão e análise dos resultados. Por fim, as
considerações finais e conclusões da pesquisa.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Quando publicadas, as demonstrações contábeis apresentam-se como uma
reunião de dados de forma sintética, de modo que recorremos a elas, com o objetivo
de conhecer a situação econômica geral de determinada entidade. Por serem
apresentados sinteticamente, há a necessidade da aplicação de técnicas contábeis
nesses elementos, afim de se extrair as informações desejadas, nesse sentido,
trataremos nesse estudo como análise das demonstrações. Iudícibus (2009) afirma
que a análise das demonstrações financeiras visa relatar, com base nas informações
contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico financeira atual, as
causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras.
Segundo Costa (2010), as demonstrações contábeis fornecem uma série de
dados sobre a empresa e, a análise das demonstrações é responsável por converter
esses dados em informações. Essas informações possibilitam que entidades de
credito, governo e investidores possam analisar oportunidade e também possíveis
riscos, evitando assim, situações desagradáveis em suas atividades.
Uma análise pode ser entendida como um processo de decomposição de
um todo, em suas partes constituintes, visando ao exame das partes para
entendimento do todo ou para identificação de suas características ou de suas
anormalidades.
De posse dos demonstrativos contábeis, tomaremos conhecimento dos resultados obtidos e de vários outros dados da empresa. Por fim, através de uma análise econômico-financeira das informações, chegaremos as conclusões mais consistentes sobre o real desempenho da empresa (ASSAF NETO, 1981).
Assim, pode-se afirmar que a análise das demonstrações tem como objetivo
principal fornecer informações aos interessados, sobre a situação econômica e
11
financeira da empresa, para fortalecer e assegurar as “tomadas de decisões. Para
Marion (2002, p.21), as operações de compra e venda de mercadorias a prazo entre
empresas, os próprios gerentes (embora com enfoques diferentes em relação aos
outros interessados), na avaliação da eficiência administrativa e na preocupação do
desempenho de seus concorrentes, os funcionários, na expectativa de identificarem
melhor a situação econômico-financeira, vêm consolidar a necessidade imperiosa da
Análise das Demonstrações Contábeis
Quanto aos processos e técnicas para uma boa análise, Franco (1992)
destaca:
Decomposição dos fenômenos patrimoniais em seus elementos mais
simples e irredutíveis;
Determinação da percentagem de cada conta ou grupo de contas em
relação ao seu conjunto (coeficientes);
Estabelecimento da relação entre componentes de um mesmo conjunto
(quocientes);
Comparação entre componentes do conjunto em sucessivos períodos
(índices);
Comparação entre componentes de um universo de conjuntos, para
determinação de padrões.
Já para Matarazzo (1988) e Marion (1998), após selecionar as
Demonstrações Contábeis a serem analisadas, é necessário averiguar a qualidade
dessas demonstrações e efetuar a reclassificação das contas, caso haja
necessidade. O passo seguinte é selecionar um conjunto de Índices/Indicadores que
melhor se ajuste ao tipo de análise. Após o cálculo destes indicadores, o correto é
comparar esses índices aos de outras empresas do mesmo ramo de atividade e
compará-los, ainda, com os resultados dos índices de períodos anteriores da mesma
empresa.
Existem diversas técnicas e métodos para efetuar a análise das
demonstrações contábeis, as quais terão maior ou menor ênfase segundo sua
finalidade, seguindo os objetivos determinados pelo analista. Nesse sentido, esse
trabalho traz os seguintes métodos: Análise Vertical, Análise Horizontal e Analise
através de Índices.
12
2.1.1. Demonstrações Contábeis
Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público
(NBC TSP - 1), as demonstrações contábeis são uma representação estruturada da
posição patrimonial e do desempenho financeiro de uma entidade. São elaboradas e
apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades
distintas e necessidades diversas, objetivando fornecer informações que sejam úteis
na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte desses usuários.
A necessidade da elaboração das demonstrações decorre não somente da
apresentação para usuários externos em geral, mas também por exigências legais.
A Lei nº 6.404/1976, denominada Lei das Sociedades Anônimas, alterada pela Lei nº
11.638/2007, determina em seu artigo 176:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I. Balanço patrimonial; II. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III. Demonstração do resultado do exercício; e IV. Demonstração dos fluxos de caixa; e V. Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Ainda segundo as NBC TSP, a análise e leitura das Demonstrações
Contábeis indicam que, as informações sobre a posição patrimonial e financeira são,
principalmente fornecidas pelo balanço patrimonial. Já as informações sobre o
desempenho são basicamente fornecidas na demonstração do resultado. Por essa
razão, abordaremos nesse estudo análises apenas dos Balanços Patrimoniais e das
Demonstrações do Resultados dos Exercícios, juntamente com o auxílio de índices
econômicos e financeiros, visando extrair as informações necessárias para a
conclusão do desempenho da empresa estudada.
2.1.2. Balanço Patrimonial
Dentre os relatórios contábeis obrigatórios, o balanço patrimonial apresenta
a situação patrimonial da empresa em um determinado momento. Marion (2009),
destaca que, entre os relatórios gerados pela contabilidade, o Balanço Patrimonial é
o mais importante.
Este relatório é composto do ativo que, para Iudícibus (1998), consiste em
todos os bens e direitos de propriedade e controle da empresa, que são avaliáveis
13
em dinheiro e que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. Já
o componente Passivo representa, segundo Marion (1998), as obrigações exigíveis
da empresa. Iudícibus (1998) complementa como toda a obrigação (dívidas) que a
empresa possui perante terceiros.
Por último, mas não menos importante, temos o Patrimônio Líquido, onde
representa, segundo Silva (2008), toda a parte da empresa pertencente aos seus
sócios e proprietários.
2.1.3. Demonstração de Resultado
Considerada muito relevante para a avaliação do desempenho da empresa e
a eficiência dos gestores em obter resultados positivos, este relatório pode ser
definido como a apresentação, de forma direta e resumida, do resultado líquido das
operações realizadas pela empresa durante dado período (GONÇALVES;
BAPTISTA, 1996). Por se tratar de uma demonstração que retrata apenas o fluxo
econômico, é uma importante ferramenta de análise para gerar informações
referente a tomada de decisões, pois, segundo Matarazzo (2003), todas as receitas
e despesas estarão no DRE ordenadas por sua natureza, o que contribuirá de
maneira significativa com informações sobre a empresa.
Segundo o CPC 26 R1(2011), a demonstração contábil tem como objetivo
fornecer informações referentes ao seu patrimônio e seu estado financeiro, e
também o desempenho do caixa da entidade, auxiliando também na administração
da entidade. Essa demonstração tem como principal característica a forma dedutiva
de apresentar o resultado gerado pela atividade operacional da empresa. Assim, a
partir das receitas subtraem-se as despesas para que se possa, dessa forma, indicar
o resultado, lucro ou prejuízo do período em questão.
2.2. ANÁLISE VERTICAL
A Análise Vertical é utilizada para identificar a porcentagem de participação
de determinado indicador no resultado. Tem por objetivo medir percentualmente
cada componente em relação ao todo do qual faz parte, permitindo que sejam feitas
comparações caso existam dois ou mais períodos.
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A Análise Vertical, também denominada por alguns analistas Análise por
Coeficientes, é aquela através da qual se compara cada um dos elementos
do conjunto em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a percentagem
de participação de cada elemento no conjunto. (RIBEIRO, 1997, p. 173)
Essa análise apresenta, mediante sua finalidade, o quanto cada elemento do
conjunto é importante em relação ao total do conjunto em que pertence. No caso do
Balanço Patrimonial, por exemplo, Silva (2006) destaca que é comum determinar a
porcentagem que representa cada rubrica (e grupo de rubricas) em relação ao ativo
total. Bem como no caso da Demonstração do Resultado, a qual evidencia a
estrutura de custos e despesas da empresa, em relação à Receita Operacional
Líquida, indicando os aspectos da avaliação da lucratividade da empresa analisada.
Segundo Fernandes (199), é importante saber a porcentagem de cada grupo
em relação ao total, pois por meio dessa análise, podemos aquilatar se há excesso
de imobilizado, insuficiência de capitais ou de disponibilidade, excesso de
determinada despesa, entre outros.
O cálculo percentual de cada conta em relação ao conjunto pode ser
realizado da seguinte fórmula, para a análise do Balanço Patrimonial:
Já, para a análise da Demonstração do Resultado, utiliza-se a formula
abaixo:
De acordo com Matarazzo (2010, p. 176) o objetivo da Análise Vertical, em
termos genéricos é identificar “a importância de cada conta em relação à
demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do
ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se
há itens fora das proporções normais.
15
2.3. ANÁLISE HORIZONTAL
A Análise Horizontal consiste na comparação do valor percentual de grupos
com relação a percentuais dos anos anteriores, em junção com o total do Ativo,
Passivo ou Demonstração de Resultado do Exercício. Envolve o aspecto dinâmico
da empresa, no qual, conforme Reis (2014) “preocupa-se com a evolução da
empresa e do ritmo de seus negócios, comparando os resultados atuais com os de
anos anteriores e ponderando, inclusive, as possibilidades de evolução futura”.
De acordo com Matarazzo (2010, p. 176) o objetivo da Análise Horizontal,
em termos extensivos é “mostrar a evolução de cada conta das demonstrações
financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução
da empresa”. Deste modo, para Padoveze (2010), a análise horizontal, como
importante aliada ao trabalho do analista, calcula a alteração percentual ocorrida no
exercício decorrente, assim comparada com os períodos anteriores pré-
determinados conforme o interesse do analista, possibilitando evidenciar os
acréscimos e decréscimos de cada item analisado.
O cálculo é bastante simples e, como trata-se de uma comparação, o ano
mais antigo será considerado o ano base e todos os seus valores serão equivalentes
a 100.
Os valores dos anos subsequentes serão um percentual desse valor base. A
fórmula da Análise Horizontal é a seguinte:
Como se pode observar, as análises vertical e horizontal são fundamentais
para ter o conhecimento e verificar a evolução das contas da empresa, e assim,
possibilitam observar como está estruturada econômica e financeiramente, em um
determinado período de tempo. Matarazzo (2010, p. 175) propõe a complementação
das conclusões elencadas da Análise Vertical com as respectivas conclusões
encontradas na Análise Horizontal, trabalhando de forma conjunta na construção de
16
resultados consistentes, demonstrando de maneira mais condizente possível a
realidade.
2.4. ANÁLISE POR MEIO DE ÍNDICES
Também denominada de análise de quocientes, esse método consiste em
estabelecer uma razão entre duas ou mais quantidade monetárias ou físicas. Para
Matarazzo (2010), índice é a relação entre um grupo de contas das demonstrações
financeiras que busca informar sobre a situação econômica e financeira da empresa.
Os índices permitem a comparação do desempenho econômico-financeiro
de empresas do mesmo ramo de atividade, bem como, dentro da própria empresa, a
comparação de seu desempenho ano a ano. De acordo com Iudícibus (2017, p.
103), a finalidade da análise é mais do que retratar o que aconteceu no passado; as
informações pregressas fornecem sempre algumas bases para inferir o que poderá
acontecer no futuro e assim identificar tendência que podem contribuir para decisões
preditivas. É muito mais oportuno, então, selecionar um grupo de índices de boa
representatividade que permitam à empresa analises precisas do que ater-se ao
cálculo de uma série de quocientes, muitas vezes sem validade alguma.
Não obstante, a análise por meio de índices, assim como as demais
análises, deve servir ao fim a que se destina. Portanto, antes de se proceder a ela, é
necessário responder o que se pretende com os cálculos e índices que serão
encontrados. Confirmando isto, Matarazzo (2015, p.154) alerta: “o importante não é
o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permita
conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejado na
análise”.
Os índices servem de medida dos diversos aspectos econômicos e financeiros
das empresas. Assim como um médico usa certos indicadores como pressão e
temperatura, para elaborar o quadro clinico do paciente, os índices financeiros
permitem construir um quadro de avaliação da empresa (Matarazzo, 1997).
A importância dos indicadores de desempenho dentro das companhias é um
conceito abrangente que se apresenta com grande complexidade no quesito tomada
de decisão. Justamente por existirem vários indicadores é indispensável para a
gestão saber, como, quando e quais indicadores deverão ser analisados e utilizados
em determinado momento (BORTOLUZZI et al., 2011).
17
Veremos a seguir os principais índices que nortearam esse estudo, sendo
fundamentais para a análise das demonstrações contábeis da empresa selecionada.
2.4.1 Índice de Estrutura de Capital
Os índices de estrutura de capital retratam a posição relativa do capital
próprio em relação ao capital de terceiros ou aos capitais totais. Esse grupo também
mostra a política financeira da empresa em termos de obtenção de recursos. De
acordo com Aldrighi (2005), os estudos inerentes à estrutura de capital têm a
finalidade de explicar os principais fatores que compõe as fontes de financiamento,
utilizadas pelas empresas para realizar investimentos e determinar a participação do
capital de terceiros e próprio na estrutura de capital.
A formação da estrutura de capital das empresas está relacionada à forma
como as empresas financiam seus investimentos, ou seja, como estruturam o capital
de terceiros e o capital próprio, visando maximizar o valor da organização (DE
ANDRADE et al., 2014). As fontes de fundo das empresas, são basicamente
formadas por três tipos: 1) Fundos provenientes dos sócios ou acionistas; 2) Lucros
gerados pelas operações; 3) Dívidas com terceiros, decorrente do funcionamento e
dos financiamentos da entidade.
Para Matarazzo (2010), os índices desse grupo apresentam as grandes
linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos.
Foi analisado para este estudo, no contexto de estrutura de capitais, o índice
de endividamento geral e índice de participação de capitais de terceiros.
2.4.1.1. Índice de Endividamento Geral (EG)
Utilizado largamente pelas empresas, este índice revela a proporção de
ativos totais da empresa financiados por recursos de terceiros. Segundo Assaf Neto
(2012, p. 149), revela a dependência da empresa com relação a suas exigibilidades
totais, isto é, do montante investido em seus ativos, qual a participação dos recursos
de terceiros.
Para Gitman (2010, p. 56), este índice representa a proporção do ativo total
financiada pelos credores da empresa. Seu resultado pode ser interpretado como
18
“quanto maior, pior”, pois, para a empresa pode ocorrer que o endividamento lhe
permita melhor ganho, porém, associado ao maior ganho, estará um maior risco.
O referido indicador é calculado conforme a fórmula:
Observa-se os significados das abreviaturas, índice de endividamento geral
(EG), passivo circulante (PC) e passivo não circulante (PNC)
Do ponto de vista financeiro, quanto maior a relação Capitais de Terceiros
com Patrimônio Liquido, menor a liberdade de decisões financeiras da empresa, ou,
maior a dependência a esses terceiros.
2.4.1.2 Índice de Participação de Capitais de Terceiros (PCT)
Demonstra qual o percentual dos recursos totais da empresa que são
financiados por terceiros, ou seja, para cada unidade monetária investida na
empresa por meio de capital próprio, qual o valor representado por captação de
recursos de terceiros. Dessa forma, segundo Matarazzo (2010), caso o resultado
obtido seja maior do que 100%, a participação do capital de terceiros indica que a
empresa possui mais capital de terceiros do que capital próprio (Patrimônio Líquido);
caso seja inferior a 100%, indica que a empresa possui menos capital de terceiros
do que capital próprio. Assim, quanto menor for esse indicador, melhor para a
empresa, pois ela terá um endividamento menor com terceiros (instituições
financeiras, fornecedores, etc.).
O referido indicador é resultado conforme segue a fórmula:
Observa-se os significados das abreviaturas, índice de participação de
capitais de terceiros (PCT), passivo circulante (PC), passivo não circulante (PNC) e
patrimônio líquido (PL).
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Para esse índice, quanto menor o resultado encontrado, melhor perante a
situação financeira da empresa, ou seja, quanto menor a participação de terceiros
na empresa, menor será o endividamento e maior a sua liberdade para a tomada de
decisões.
2.4.2. Índice de Liquidez
Segundo Marion (2007, p. 83), os índices de liquidez são utilizados para
avaliar a capacidade de pagamento, isto é, constituem uma apreciação sobre se a
empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Essa capacidade de
pagamento pode ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo
imediato. Ou seja, tem como objetivo principal visualizar o grau de solvência,
verificando a solidez financeira da empresa para saldar seus compromissos. Para
Braga (2009), a análise interna de liquidez constitui-se num dos mais valiosos
instrumentos de controle financeiro, especialmente quando realizada em menor
intervalo de tempo.
A palavra liquidez em finanças significa a disponibilidade
em moeda corrente para fazer pagamentos. Decorre de líquido e
liquidação. Liquidar significa extinguir obrigação. Um ativo líquido
é um ativo sem possibilidade de redução. Portanto, os índices de
liquidez querem medir se os bens e os direitos da empresa
(ativos) são suficientes para a liquidação das dívidas.
(PADOVEZE E BENEDICTO, 2004, p.131).
Quanto à interpretação do resultado, se estes forem maiores do que 1,
indica situação positiva, pois para cada unidade monetária devida, há um valor
superior em recursos para pagamento. Caso seu resultado apresente um valor
inferior a 1, indica situação negativa, demonstrando que a empresa não possui
recursos suficientes para liquidação de suas obrigações.
Matarazzo (1998, p.169) registra que os índices de liquidez mostram a base
da situação financeira da empresa, e completa que não são índices extraídos do
fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices
que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as dívidas, procuram medir
quão sólida é a base financeira da empresa.
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2.4.2.1 Liquidez Imediata (LI)
Esse índice demonstra a porcentagem que a empresa dispõe para saldar
suas dívidas a curto prazo imediatamente ou instantaneamente. Segundo Iudícibus
(2010, p. 93), este quociente representa o valor de quanto dispomos imediatamente
para saldar nossas dívidas de curto prazo. Para Assaf Neto (2012, p.176), revela a
porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições de serem
liquidadas imediatamente.
Para cálculo do índice, utiliza-se a seguinte fórmula:
Assaf Neto (2012, p.176), ressalta que esse quociente é normalmente baixo,
pois as empresas têm pouco interesse de conservar recursos monetários em caixa,
alocando suas disponibilidades em ativos que gerem maior rentabilidade. Quando o
resultado for igual ou maior que 1 significa que empresa possui capacidade de
liquidar todos os seus compromissos de curto prazo imediatamente.
2.4.2.2 Liquidez Corrente (LC)
Indica a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo utilizando
os bens e direitos transformáveis em dinheiro no curto prazo. Esse índice determina
quanto a empresa possui em valores circulantes para cada unidade monetária de
dívidas. Para Silva (2008), este índice representa o quanto a empresa possui em
dinheiro e direitos realizáveis a curto prazo, comparado com as dívidas a pagar
neste mesmo período.
É calculada pela seguinte fórmula:
21
2.4.2.3 Liquidez Seca (LS)
Este índice, segundo Matarazzo (2010), mede a geração de caixa no prazo
inferior a 90 dias, ou seja, no curtíssimo prazo. Em outras palavras, revela o quanto
a empresa possui de disponibilidades, aplicações financeiras a curto prazo e
duplicatas a receber, para cada unidade monetária no Passivo Circulante (dívidas a
curto prazo).
Conforme Braga (2009), este índice mede a capacidade da empresa de
pagar suas obrigações sem ser forçada a vender seus estoques. Considerando que
os estoques não apresentam, normalmente, liquidez compatível com as demais
contas do ativo circulante, devido a diversos fatores, como maior demora para sua
realização, sujeito à riscos, tais quais roubo, deterioração, obsoletismo, dentre
outros. No mesmo sentido, Iudícibus (1998), afirma que “eliminando-se os estoques
do numerador, estamos eliminando uma fonte de incerteza.”.
Utiliza-se da seguinte fórmula:
2.4.2.4 Liquidez Geral (LG)
A liquidez geral analisa a capacidade da empresa de pagar suas obrigações
de curto e de longo prazo. Segundo Assaf Neto (2006), “este indicador revela a
liquidez em curto e longo prazo, de cada unidade monetária que a empresa tem de
dívida, o quanto existe de direitos e haveres no Ativo Circulante e no Realizável a
Longo Prazo”.
Tem como fórmula:
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2.4.3 Índices de Rentabilidade
Utilizado para medir a capacidade econômica da empresa, Shmidt (2006, p.
134), afirma que os índices de rentabilidade objetivam evidenciar efeitos combinado
da liquidez, da atividade e da estrutura e endividamento sobre os resultados obtidos
pela empresa. O autor também registra que esses índices estai intimamente ligados
ao desempenho econômico da empresa, apresentando o retorno ou a rentabilidade
dos recursos investidos e a eficiência de sua gestão.
Este índice tem como objetivo, mensurar o retorno do capital investido e
identificar os fatores que levaram a esta rentabilidade. Para Gitman (2006), essas
medidas permitem avaliar os lucros da empresa em relação a um dado nível de
vendas, um dado nível de ativos ou investimentos dos proprietários. Basicamente,
indica se uma empresa é rentável ou não.
Os índices utilizados nessa análise, foram: Margem Líquida e Rentabilidade
do Patrimônio Líquido, elencados e conceituados a seguir.
2.4.3.1 Margem Líquida (ML)
Também denominada de Retorno sobre as Vendas, esse índice, segundo
Gitman (2010), mede a porcentagem de cada real de vendas que sobra após a
cobertura de todos os custos e despesas, inclusive juros, imposto de renda e
dividendos preferenciais.
Calculado mediante a seguinte fórmula:
Quanto a sua interpretação, considera-se melhor quanto maior for seu valor,
afinal, por revelar o lucro líquido da empresa, Savytzky (2007), afirma “que o lucro é
o alimento da empresa e que, sem ele, a mesma não sobrevive. ”
2.4.3.2 Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL)
Também denominado como Retorno sobre o Patrimônio ou Retorno do
Capital Próprio, esse índice revela qual a taxa de rentabilidade obtida pelo Capital
Próprio investido na empresa, ou seja, qual o retorno dos sócios em relação aos
23
investimentos realizados. Para Iudícibus (2013), este índice tem relevada
importância por expressar os resultados globais auferidos pela gerência na gestão
de recursos próprios e de terceiros, em benefícios dos acionistas.
O indicador é resultado da seguinte fórmula:
Assim como na ML, quanto maior apresentar o valor do índice, melhor para
a empresa.
24
3. METODOLOGIA
A metodologia empregada para o atingimento do objetivo proposto foi a
pesquisa bibliográfica que, para Cervo (1983, p. 55), ”busca conhecer e analisar as
contribuições científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema
ou problema, com a opinião de autores sobre o assunto pesquisado”.
Também foi utilizada a pesquisa descritiva, que para Triviños (1987 apud
BEUREN et al. 2003, p. 81), “exige do pesquisador uma delimitação precisa de
técnicas, métodos, modelos e teorias que orientarão a coleta e interpretação dos
dados, cujo objetivo é conferir validade cientifica à pesquisa”.
A justificativa da empresa selecionada para o estudo de caso refere-se ao
fato de ser uma companhia brasileira, com mais de um século ativa no mercado,
tendo passado por diversos momentos divergentes da economia do país, alterando
assim por várias vezes, sua realidade financeira e econômica.
Para o desenvolvimento do estudo, inicialmente foi realizada a pesquisa
documental em relatórios contábeis, como Balanço Patrimonial, Demonstração de
Resultado do Exercício, Notas Explicativas e outros. Estes demonstrativos estão
disponíveis nos canais de comunicação da empresa com seus investidores, por
website na internet.
Em seguida, foi efetuada a coleta dos dados referente aos exercícios de
2007 a 2017, para a realização da análise proposta. “Chamamos de coleta de dados
a fase do método de pesquisa, cujo objetivo é obter informações da realidade”.
(Prodanov e Freitas, 2009).
Após os dados colhidos, foi aplicado, em cada demonstração analisada, o
cálculo dos indicadores abordados na pesquisa, afim de se comparar com os
resultados gerados nos períodos estudados, organizando-os de forma que fosse
possível analisar o crescimento ou decrescimento da empresa em relação a sua
situação econômico-financeira ao longo dos anos.
25
4. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste capítulo, apresenta-se o estudo de caso realizado, referente a análise
do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício da
Companhia Hering, entre os períodos de 2007 a 2017, com o objetivo de identificar e
esclarecer a situação econômica e financeira em que encontrava nesse período de
dez anos. Interpretando os resultados e conjunto, percebe-se que a empresa
apresentou constante crescimento, alcançando a liquidação do capital de terceiros
de suas atividades, que apresentava um percentual de 152% em 2007, caindo para
25% em 2017. Como consequência, a empresa tornou-se mais independente
financeiramente, e passou a não sofrer com altas taxas de juros e variações
cambiais.
Quanto as análises horizontal e vertical, suas variações revelaram certa
linearidade, não apresentando picos em nenhum período estudado. Isso demonstra
a estratégia da administração na utilização de recursos, de forma consciente e
prospectiva ao mercado. Quanto aos índices de liquidez, os resultados em grande
maioria superam a margem de 1, o que demonstra sua capacidade de geração de
valor e liquidação de suas obrigações.
4.1 BREVE HISTÓRICO DA EMPRESA
O início da Cia. Hering, uma das empresas mais antigas do setor no país,
retrata a vinda para o Brasil dos irmãos Hering, Hermann e Bruno, imigrantes
alemães, induzidos pela crise instalada na Europa, com o intuito de empreender no
país, dentro do setor têxtil.
Surge assim, em 1880, a então “Tikotwaren Fabrik Gebrüder Hering”, a
primeira empresa têxtil de Blumenau (SC). Esses primeiros anos, de formação e
consolidação da empresa, possuem um traço característico do período, o emprego
de capital próprio. Os dados da empresa revelam o alto índice de poupança.
Transparece, nesses números, a marca de austeridade que Hermann
Hering imprimiu a sua família, forçando a poupança, e seu investimento
no empreendimento industrial. A segura rentabilidade da fábrica e a sua
solidez financeira somaram-se para transformar a firma Hering em um
sucesso empresarial. (HERING, 1987).
26
Com a morte de Hermann Hering, em 1915, e de Bruno Hering, em 1918, a
segunda geração da família assume o controle da empresa (LUCKTEMBREG,
2004). Além disto, modifica-se a razão social para Hering & Cia, e a empresa passa
a contar com a energia elétrica para a sua expansão (RICHTER, 2004). Também
neste ano, a empresa é considerada a maior malharia do Brasil. (VIEIRA FILHO,
1986)
A década de 1960 é marcada então, pelo início das atividades de
internacionalização da empresa. Os esforços se concentram na busca de mercado
consumidor fora do país, tornando-se a primeira empresa têxtil brasileira a exportar
seus produtos em 1964, e garantir o acesso à tecnologia de ponta, conferindo-lhe
incrementos de produtividade. Ainda em 1963 a empresa assina seu primeiro
contrato com a marca Disney, passando a fabricar e comercializar os produtos com
estampas e marcas nos mercados nacionais e internacionais até 2002. (RICHTER,
2004)
Em 1979, começa a produção da marca PUC, voltada para o público infantil.
No ano seguinte, em 1980, a empresa comemora seus 100 anos de fundação, ano
também em que alcança sua capacidade máxima de produção. Em 1985, ocorre a
Incorporação da Mafisa – Malharia Blumenau S.A. É constituída a Hering Têxtil S.A.
Em 1992 ocorre o lançamento da grife infantil Hering Kids.
Em 1993, ocorreu uma marcante transformação: a Cia. Hering passou a
transitar no varejo, com a abertura da primeira Hering Family Store, loja-piloto no Rio
de Janeiro, sem deixar sua vocação fabril.
Em 1997, a Cia. Hering alcança a marca histórica de 05 bilhões de camisetas
vendidas. O volume corresponde a uma média de 30 peças para cada brasileiro na
época. Um ano depois, em 1998, é aberta a primeira franquia da marca infantil PUC
e tem início a comercialização da marca Dzarm. A companhia conta agora com 4
marcas em seu portfólio. Em 1999, a então Hering Têxtil S.A. passa a se chamar
Cia. Hering.Em 2004, lança-se o cartão de credito, Hering Store, e em 2007, as
ações ordinárias da Cia. Hering passam a ser negociadas no Novo Mercado da
Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), sob o código HGTX3. (CVM)
Ao final de 2006, a Cia Hering encontrava-se excessivamente endividada,
tinha 85,22% das dívidas de longo prazo, equivalente a R$ 312,636 milhões, que
vencia já em 2008. Além disso, havia parcelado junto à Receita Federal, dívidas de
27
natureza tributária e previdenciária, que naquele ano, no curto prazo, representavam
1,5% do passivo total, equivalente a R$ 13,347 milhões e, no longo prazo, 5,8%,
equivalente a R$ 50,279 milhões.
A capacidade de honrar compromissos, expressa pelos índices de liquidez
geral e corrente, era considerada frágil. O que amenizava tal situação, era o caixa
líquido (receitas menos despesas) gerado em suas atividades operacionais,
expresso pelo índice Ebitda, que era significativamente positivo, possibilitando, com
sobras, o pagamento de encargos das dívidas financeiras.
Diante de tal realidade, a Cia. Hering adotou ao longo do período em análise,
diversas estratégias de expansão, que serão estudadas nesse presente trabalho,
onde conseguiu reverter sua situação de endividada para lucrativa, na qual caminha
em constante crescimento.
4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Neste tópico, são apresentadas as análises das demonstrações contábeis.
4.2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – BALANÇO PATRIMONIAL
Apresenta-se aqui o gráfico 1, onde demonstra os resultados das análises
vertical e horizontal dos Balanços Patrimonial da empresa, organizados de forma
linear, com o objetivo de comparar os resultados ao longo dos anos.
28
Gráfico 1 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial 2007 – 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering – Balanço Patrimonial (2007 – 2017), elaborado pelo autor.
Gráfico 2 – Análise Vertical do Balanço Patrimonial 2007 - 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering – Balanço Patrimonial (2007 – 2017), elaborado pelo autor.
Com base nos resultados verificados, pode-se ver que o ativo total da
empresa cresceu 123,42% de 2007 para 2017. Esse crescimento deveu-se,
29
principalmente, à alta do grupo de contas do ativo circulante, que apresentou
crescimento de 204% no período de 2007 para 2017, demonstrando que a empresa
passou a realizar siginificativamente suas operações à curto prazo. Como exemplo,
em 2007 a participação do grupo de contas do ativo não circulante representava
51,27% do seu ativo total, já em 2017 esse valor caiu para 33,71%.
Ao analisar o Ativo Circulante, verifica-se que seu maior percentual de
participação está representado pelos grupos de “Contas a receber de clientes” e
“Estoque”, mantendo-se a média de 31% e 18%, respectivamente, revelando que a
empresa possui uma ótima carteira de clientes e facilidade de geração de caixa, se
for necessário. Pode-se enfatizar que, no Ativo Realizável a Longo Prazo, no ano de
2015, tivemos um investimento relevante, chegando a 108%, se comparado ao ano
anterior, que apresentou 8%.
Observando o Passivo, percebe-se que os grupos de “Empréstimos e
Financiamentos” e “Fornecedor”, são responsáveis pela maior representatividade.
Em 2007, o grupo de contas “Empréstimos e Financiamentos” possuía um saldo de
endividamento total de R$ 124.753 mi, se comparado com o saldo de 2017, têm-se
uma redução significativa de 78%, porém, em contrapartida, a conta “Fornecedores”
acumulou, no mesmo periodo, um aumento de 321%. Isso mostra a estratégia da
administração em diminuir a origem de recursos de terceiros e financiar a operação
com Capital Próprio, reduzindo o endividamento a longo prazo.
O Patrimonio Líquido apresentou evolução nos dez anos analisados. Em
2007, apresentava um Prejuízo Acumulado de R$ 151.948 mi, representanto 22%
dos recursos, conforme A.V. Já em 2017, a empresa possuia em sua Reserva de
Lucros, R$ 825.458 mi, representando 54% do Patrimonio Líquido.
Em resumo, a empresa investiu em seu ativo circulante, rincipalmente pelo
grupo de contas “contas a receber de clientes”, e reduziu seu passivo exígivel a
longo prazo, financiando suas operações em grande parte com recursos próprios.
4.2.2 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Nesse tópico, apresenta-se os resultados das análises vertical e horizontal
das Demonstrações do Resultado da companhia, organizados graficamente de
forma linear, com o objetivo de comparar os resultados ao longo do período
analisado.
30
Gráfico 3 - Análise Horizontal - Demonstração do Resultado do Exercício 2007 - 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering – Demonstração do Resultado do Exercicio (2007 – 2017), elaborado pelo autor. (2018).
Gráfico 4 – Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício 2007 - 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering – Demonstração do Resultado do Exercicio (2007 – 2017), elaborado pelo autor. (2018)
31
Com base nos resultados, percebe-se que mais da metade da Receita
Liquida de Vendas, é consumida pelo CPV, chegando, em alguns momentos a
atingir 61%, conforme A.V.
A empresa apresenta uma crescente em seu faturamento nos anos de 2007 à
2011, com um crescimento médio de 38% ao ano, conforme A.H., e uma
estabilização no período de 2012 à 2017, com uma média de 3% de crescimento ao
ano.
As Despesas Operacionais, representam uma média de 25% da Receita
Líquida de Vendas, no período de 2015 à 2017. Em 2016, as mesmas
representavam 29% da Receita Líquida de Vendas, atingindo 31% em 2017.
Conclui-se que, a empresa se preocupa em manter em linha sua evolução,
mantendo uma contínua equiparação de seus custos e despesas com suas receitas.
4.3 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES
A análise através de índices revela a situação financeira e econômica da
empresa, e pode ser analisada separadamente, com a ajuda dos índices que
traduzem informações sobre o desenvolvimento e a saúde da empresa, em
determinado período de tempo. Os índices a seguir, demonstram as alterações e
evoluções da empresa, ao longo dos anos analisados.
ANALISE ECONÔMICA
Neste trabalho, utilizou-se nesse método de análise o índice de Rentabilidade.
4.3.1 ÍNDICE DE RENTABILIDADE
Este índice tem como objetivo, mensurar o retorno do capital investido. Nessa
análise, foi utilizada os índices de Margem Líquida e de Rentabilidade do Patrimônio
Líquido.
32
4.3.1.1 MARGEM LÍQUIDA (ML)
Gráfico 5 – Índice de Margem Líquida 2007 - 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering (2007 – 2017), elaborado pelo autor. (2018).
Em média, a ML dos últimos dez anos, é de 16,5%. Teve-se o melhor índice
do período em 2011. A partir de 2012, percebe-se uma redução considerável da
margem, tendo como principais fatores a estabilização do faturamento e o aumento
gradativo das despesas operacionais e financeiras, em média de 115% e 119% ao
ano.
4.3.1.2 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
33
Gráfico 6- Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido
2007 - 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering (2007 – 2017), elaborado pelo autor. (2018).
A empresa tem se mostrado eficiente quanto a utilização da riqueza gerada
nas suas operações. Teve como melhor período o ano de 2011, onde atingiu
41,06%. Em 2017, foram alcançados 21,4%, um aumento de 129,8 p.p., em relação
ao ano anterior, que obteve 16,5%.
ANÁLISE FINANCEIRA
Neste trabalho, utilizamos nesse método de análise os índices de Estrutura
de Capitais e Índice de Liquidez.
4.3.2 ÍNDICE DE ESTRUTURA DE CAPITAIS
Este índice retrata a posição relativa do capital próprio em relação ao capital
de terceiros ou aos capitais totais. Nesta análise, foi utilizado o índice de
34
Participação de Capital de Terceiros, bem como o índice de Endividamento Geral, e
os índices de Liquidez.
4.3.2.1 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS (PCT) E ENDIVIDAMENTO
GERAL (EG)
Gráfico 7 – Índice de Participação de Capital de Terceiros
2007 – 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering (2007 – 2017), elaborado pelo autor. (2018).
O ápice dos índices, tanto de PCT quanto de EG, se mostra no ano de 2008,
com 115% e 65%, respectivamente.
Ao longo dos anos, a empresa veio se capitalizando, reduzindo esses índices,
chegando a 25% sua participação de capital de terceiros, e em 20% seu indice de
endividamento geral.
Conclui-se, assim uma gestão financeira conservadora, que busca a geração
de riqueza interna para liquidação de suas obrigações.
4.3.3 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Neste tópico, apresenta-se graficamente os índices de liquidez abordados no
período analisado.
35
Gráfico 8 – Índices de Liquidez
2007 - 2017
Fonte: Dados coletados da Cia. Hering (2007 – 2017), elaborado pelo autor. (2018).
Em relação a liquidez imediata, foi o único índice que não superou “1”, pois
em seu modelo de negócio, a empresa não possui fornecedores a longo prazo e a
maior parte de seus financiamentos encontram-se em curto prazo, sobrecarregando
assim, uma possível liquidação imediata.
Quanto aos outros índices de liquidez, a empresa apresenta bons resultados
que evoluíram gradativamente nos últimos dez anos, demonstrando ser uma
empresa sólida e capaz de quitar suas obrigações.
Conclui-se que a mesma possui capacidade de liquidar suas obrigações,
com exceção da liquidez imediata.
Em linha geral, os resultados apresentados pela empresa segundo os
resultados obtidos são satisfatórios econômico e financeiramente. Dentro do período
analisado, percebe-se a preocupação da empresa em estar financiando suas
operações com o Patrimônio Líquido. Nos dois últimos anos, os índices de
rentabilidade apresentaram significativo crescimento, o que demonstra que a
empresa utilizou-se de estratégias financeiras e econômicas para gerar caixa,
liquidando suas obrigações e assim, consequentemente, investir em suas operações
com capital próprio. A Receita Líquida de Vendas evoluiu, acompanhando a Margem
36
Líquida, demonstrando assim a assertividade da empresa, vendendo mais e
produzindo de forma mais econômica, aumentado assim sua lucratividade.
5. CONCLUSÃO
Nos primeiros anos da análise, percebe-se que a Cia. Hering encontrava-se
consideravelmente endividada e seu índice de participação de capitais de terceiros
era extremamente alto, o que demonstrava ser uma empresa dependente de
recursos de terceiros para suas operações. Seu índice de liquidez nesse período
inicial é considerado frágil, demonstrando ter pouca ou nenhuma capacidade de
quitar suas obrigações a curto prazo.
Nesse contexto, como reação às dificuldades financeiras enfrentadas e as
transformações no ambiente eterno, a administração da Cia. adotou ao longo do
período analisado estratégias que favorecessem seu crescimento no mercado. Por
exemplo, o número de lojas inauguradas foi crescente. Em 2007, a empresa contava
com 248 lojas distribuídas no território nacional e internacional. Em 2017, a empresa
encerrou o ano com 805 lojas.
Também como método de estratégia, a empresa passou a focar em suas
marcas-chave e em canais de distribuição mais rentáveis e qualificados; Acentuou
as campanhas de marketing; Implantou o cartão de crédito “Hering Store”, como
nova forma de financiamento ao cliente, em parceria com o Banco HSBC e a
Financeira Losango; mudou a estratégia de captação de recursos, priorizando o
capital próprio, via emissão de ações na Bolsa de Valores e aderiu ao Novo
Mercado, passando a adotar as mais elevadas práticas de Governança Corporativa;
implementou a loja virtual Hering Web Store e intensificou a terceirização do
processo produtivo.
Tais estratégias impactaram positivamente nos números da empresa.
Conforme pode se observar nos gráficos apresentados, as vendas cresceram, a
melhoria nas práticas de gestão de custos e despesas proporcionaram à empresa
uma margem líquida também crescente, e os acionistas obtiveram retornos
significativos, conforme o índice de rentabilidade do patrimônio líquido.
Em linha geral, os resultados apresentados pela empresa segundo os
resultados obtidos são satisfatórios econômico e financeiramente. Dentro do período
37
analisado, percebe-se a preocupação da empresa em estar financiando suas
operações com o Patrimônio Líquido.
38
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho propôs realizar uma comparação na evolução econômica e
financeira da empresa analisada, nos exercícios de 2007 a 2017, aplicando os
indicadores e análises selecionadas.
A Análise das Demonstrações Contábeis é, dentre os instrumentos da
Contabilidade, uma das mais eficazes ferramentas, transformando um conjunto de
dados em interpretações que dão origem a informações uteis, e que auxiliam
gestores em seus processos de tomada de decisão, conforme a necessidade da
empresa, indicando seus aspectos negativos e positivos, buscando soluções e
maximizando os pontos sólidos da empresa.
Os Índices que constituem o instrumento básico da Análise de Balanços,
segundo Matarazzo (1998, p.153) “é a relação entre contas ou grupo de contas das
Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação
econômica ou financeira de uma empresa”.
Os indicadores de liquidez visam medir a capacidade da empresa de pagar
suas dívidas, ou seja, sua habilidade em cumprir corretamente as obrigações
assumidas. Dessa forma os indicadores de liquidez exprimem uma posição
financeira da empresa em um dado momento de tempo.
Os índices de rentabilidade procuram evidenciar qual foi a rentabilidade dos
capitais investidos, ou seja, o resultado das operações realizadas por uma
organização, por isso, preocupa-se com a situação econômica da empresa. Quanto
ao índice de estrutura de capitais, este tem como objetivo, demonstrar a
dependência da organização em relação a recursos de terceiros.
Para atender os objetivos desse estudo, foi calculado os índices econômico
e financeiros propostos e comparados seus resultados dentro do período estudado,
analisando dessa forma as variações sofridas pela empresa ao longo do tempo.
Interpretando os resultados obtidos, verifica-se que a companhia Cia. Hering
em alguns momentos, apresentou pontos negativos e positivos, como elevado valor
do CPV e Despesas Operacionais. Porém, ao longo dos anos, apresentou um
controle financeiro, e utilizou-se de novas estratégias implantadas pela alta
administração, adaptando-se com as novas realidades mercadológicas que o setor
têxtil impôs.
39
Dessa forma, conclui-se que a Análise das Demonstrações Contábeis, em
conjuntura com uma eficiente administração, viabiliza maior controle do desempenho
da empresa, possibilitando aos gestores, maior segurança no momento da tomada
de decisões, trazendo assim, bons resultados para a empresa.
40
6. REFERÊNCIAS
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importância na verificação da situação econômico-financeira das empresas, 2004.
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https://docplayer.com.br/4606442-Analise-atraves-dos-indices.html >. Acesso em 10
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41
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2015.
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42
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Católico Salesiano Auxilium, Lins – SP, 2017.
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Contábeis - Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, 2010.
43
APÊNDICE A – TABELA DE ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL – Balanço Patrimonial 2007 - 2017 ATIVO 2007 % A.V. 2008 % A.V. %A.H. 2009 % A.V. %A.H. 2010 % A.V. %A.H. 2011 % A.V. %A.H.
Circulante 335.443 49% 383.676 55% 114% 418.666 62% 109% 618.426 68% 148% 801.256 72% 130%
Caixa e equivalente de caixa 139.271 20% 102.353 15% 73% 101.998 15% 100% 114.943 13% 113% 199.849 18% 174%
Contas a receber de clientes 120.506 18% 169.747 25% 141% 215.457 32% 127% 295.422 33% 137% 361.867 33% 122%
Estoques 56.028 8% 75.365 11% 135% 90.018 13% 119% 190.392 21% 212% 221.506 20% 116%
Impostos a recuperar 7.920 1% 5.394 1% 68% 4.336 1% 80% 7.015 1% 162% 13.778 1% 196%
Instrumentos derivativos f inanceiros - 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
IR e CS diferidos 4.303 1% 13.707 2% 319% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Bens Destinados a Venda - 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Outras contas a receber 6.399 1% 16.484 2% 258% 6.494 1% 39% 10.315 1% 159% 3.607 0% 35%
Despesas antecipadas 1.016 0% 626 0% 62% 363 0% 58% 339 0% 93% 649 0% 191%
Não Circulante 353.000 51% 308.465 45% 87% 256.325 38% 83% 287.977 32% 112% 306.244 28% 106%
Realizável a longo prazo 120.272 17% 126.465 18% 105% 50.729 8% 40% 37.654 4% 74% 38.794 4% 103%
Partes relacionadas 662 0% 90 0% 14% 130 0% 144% - 0% 0% - 0% 0%
Aplicações f inanceiras 18.889 3% 31.726 5% 168% 720 0% 2% 863 0% 120% 937 0% 109%
Títulos e contas a receber 6.360 1% 14.011 2% 220% 16.356 2% 117% 8.702 1% 53% 7.948 1% 91%
Plano de pensão - benefícios a empregados - 0% - 0% 0% 3.445 1% 0% 1.773 0% 51% - 0% 0%
Impostos a recuperar 4.137 1% 4.472 1% 108% 4.975 1% 111% 8.190 1% 165% 8.676 1% 106%
Empréstimo compulsorio 2.756 0% 2.756 0% 100% 4.557 1% 165% 85 0% 2% - 0% 0%
IR e CS diferidos 87.468 13% 73.410 11% 84% 20.546 3% 28% 18.041 2% 88% 21.233 2% 118%
Ativo permanente 232.728 34% 182.000 26% 78% 205.596 30% 113% 250.323 28% 122% 267.976 24% 107%
Investimentos 1.013 0% 1.013 0% 100% 1.013 0% 100% 8 0% 1% - 0% 0%
Imobilizado 221.744 32% 167.079 24% 75% 181.411 27% 109% 224.226 25% 124% 238.638 22% 106%
Intangivel 9.918 1% 13.908 2% 140% 23.172 3% 167% 26.089 3% 113% 29.338 3% 112%
Diferido 53 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
TOTAL DO ATIVO 688.443 100% 692.141 100% 101% 674.991 100% 98% 906.403 100% 134% 1.108.026 100% 122%
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2007 % A.V. 2008 % A.V. %A.H. 2009 % A.V. %A.H. 2010 % A.V. %A.H. 2011 % A.V. %A.H.
Circulante 173.421 25% 206.426 30% 119% 178.500 26% 86% 262.153 29% 147% 281.442 25% 107%
Empréstimos e f inanciamentos 73.157 11% 84.171 12% 115% 36.926 5% 44% 27.799 3% 75% 11.800 1% 42%
Fornecedores 30.175 4% 17.698 3% 59% 54.070 8% 306% 122.470 14% 227% 124.558 11% 102%
Salários e encargos sociais 16.258 2% 20.318 3% 125% 20.600 3% 101% 26.708 3% 130% 27.851 3% 104%
Parcelamentos tributarios e previdenciários 7.725 1% 8.204 1% 106% 7.164 1% 87% 8.104 1% 113% 8.223 1% 101%
Obrigações tributárias 28.326 4% 21.471 3% 76% 11.291 2% 53% 20.432 2% 181% 61.223 6% 300%
Impostos diferidos - 0% 3.190 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Provisões 6.590 1% 17.338 3% 263% 25.104 4% 145% 29.773 3% 119% 35.969 3% 121%
Incentivos f iscais 1.724 0% 2.071 0% 120% 2.228 0% 108% 2.896 0% 130% 4.678 0% 162%
Dividendos e JCP a pagar - 0% 10.578 2% 0% 14.557 2% 138% 14.883 2% 102% 421 0% 3%
Instrumentos f inanceiros derivativos - 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Outras contas a pagar 9.466 1% 21.387 3% 226% 6.560 1% 31% 9.088 1% 139% 6.719 1% 74%
Não Circulante 240.208 35% 242.945 35% 101% 127.077 19% 52% 116.026 13% 91% 115.773 10% 100%
Empréstimos e f inanciamentos 51.606 7% 60.913 9% 118% 40.632 6% 67% 26.105 3% 64% 23.122 2% 89%
Parcelamentos tributarios e previdenciários 42.839 6% 39.089 6% 91% 30.645 5% 78% 28.804 3% 94% 21.725 2% 75%
Obrigações tributárias 50.258 7% 54.482 8% 108% 684 0% 1% 530 0% 77% - 0% 0%
IR e CS diferidos 47.364 7% 12.400 2% 26% 5.612 1% 45% 5.229 1% 93% 5.121 0% 98%
Provisões para contingências e outras provisões 15.026 2% 6.052 1% 40% 6.748 1% 112% 11.215 1% 166% 9.486 1% 85%
Benefícios a empregados - 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% 13.155 1% 0%
Incentivos f iscais 28.033 4% 33.406 5% 119% 38.858 6% 116% 40.931 5% 105% 42.759 4% 104%
Outras contas a pagar 5.082 1% 36.603 5% 720% 3.898 1% 11% 3.212 0% 82% 405 0% 13%
Patrimônio Líquido 274.814 40% 242.770 35% 88% 369.414 55% 152% 528.224 58% 143% 715.406 65% 135%
Capital social 375.168 54% 223.220 32% 59% 223.845 33% 100% 226.293 25% 101% 229.879 21% 102%
Reserva de capital 51.553 7% 256 0% 0% 906 0% 354% 2.091 0% 231% 3.911 0% 187%
Ações em tesouraria - 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Reserva de lucros - 0% 19.289 3% 0% 123.739 18% 642% 251.593 28% 203% 362.359 33% 144%
Ajuste de avaliação patrimonial - 0% - 0% 0% 9.161 1% 0% 8.784 1% 96% 8.432 1% 96%
Outros resultados abrangentes - 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Lucros (prejuízos) acumulados (151.948) -22% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Dividendos adicionais propostos - 0% - 0% 0% 11.759 2% 0% 39.463 4% 336% 106.230 10% 269%
Participação de acionistas não controladores 41 0% 5 0% 12% 4 0% 80% - 0% 0% - 0% 0%
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 688.443 100% 692.141 100% 101% 674.991 100% 98% 906.403 100% 134% 1.108.026 100% 122%
44
ATIVO 2012 % A.V. %A.H. 2013 % A.V. %A.H. 2014 % A.V. %A.H. 2015 % A.V. %A.H. 2016 % A.V. %A.H. 2017 % A.V. %A.H.
Circulante 851.186 72% 106% 934.994 72% 110% 1.012.153 71% 108% 965.638 66% 95% 1.014.834 66% 105% 1.019.690 66% 100%
Caixa e equivalente de caixa 193.470 16% 97% 140.710 11% 73% 182.036 13% 129% 108.093 7% 59% 204.755 13% 189% 148.821 10% 73%
Contas a receber de clientes 429.482 36% 119% 478.287 37% 111% 510.630 36% 107% 494.861 34% 97% 449.173 29% 91% 455.326 30% 101%
Estoques 210.996 18% 95% 295.569 23% 140% 297.008 21% 100% 318.343 22% 107% 308.086 20% 97% 349.535 23% 113%
Impostos a recuperar 13.241 1% 96% 11.466 1% 87% 11.963 1% 104% 32.639 2% 273% 25.358 2% 78% 51.604 3% 204%
Instrumentos derivativos f inanceiros - 0% 0% 3.757 0% 0% 7.504 1% 200% 4.620 0% 62% - 0% 0% 545 0% 0%
IR e CS diferidos - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Bens Destinados a Venda - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% 6.858 0% 0% - 0% 0%
Outras contas a receber 3.574 0% 99% 8.577 1% 240% 2.429 0% 28% 6.058 0% 249% 18.926 1% 312% 12.739 1% 67%
Despesas antecipadas 423 0% 65% 385 0% 91% 583 0% 151% 1.024 0% 176% 1.678 0% 164% 1.120 0% 67%
Não Circulante 331.148 28% 108% 363.964 28% 110% 419.886 29% 115% 506.854 34% 121% 513.857 34% 101% 518.470 34% 101%
Realizável a longo prazo 35.494 3% 91% 31.178 2% 88% 30.089 2% 97% 67.877 5% 226% 87.509 6% 129% 87.897 6% 100%
Partes relacionadas - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Aplicações f inanceiras 1.016 0% 108% 1.069 0% 105% 2.199 0% 206% 2.994 0% 136% 4.824 0% 161% 5.237 0% 109%
Títulos e contas a receber 6.798 1% 86% 8.145 1% 120% 8.140 1% 100% 10.730 1% 132% 15.374 1% 143% 23.312 2% 152%
Plano de pensão - benefícios a empregados - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Impostos a recuperar 9.189 1% 106% 5.517 0% 60% 5.412 0% 98% 14.515 1% 268% 24.631 2% 170% 10.485 1% 43%
Empréstimo compulsorio - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% 2.614 0% 0%
IR e CS diferidos 18.491 2% 87% 16.447 1% 89% 14.338 1% 87% 39.638 3% 276% 42.680 3% 108% 46.249 3% 108%
Ativo permanente 295.654 25% 110% 332.786 26% 113% 389.797 27% 117% 438.977 30% 113% 426.348 28% 97% 430.573 28% 101%
Investimentos - 0% 0% - 0% 0% 7 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Imobilizado 256.486 22% 107% 278.117 21% 108% 300.882 21% 108% 325.285 22% 108% 310.353 20% 95% 315.452 21% 102%
Intangivel 39.168 3% 134% 54.669 4% 140% 88.908 6% 163% 113.692 8% 128% 115.995 8% 102% 115.121 7% 99%
Diferido - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
TOTAL DO ATIVO 1.182.334 100% 107% 1.298.958 100% 110% 1.432.039 100% 110% 1.472.492 100% 103% 1.528.691 100% 104% 1.538.160 100% 101%
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2012 % A.V. %A.H. 2013 % A.V. %A.H. 2014 % A.V. %A.H. 2015 % A.V. %A.H. 2016 % A.V. %A.H. 2017 % A.V. %A.H.
Circulante 314.979 27% 112% 312.785 24% 99% 313.667 22% 100% 262.072 18% 84% 275.152 18% 105% 286.346 19% 104%
Empréstimos e f inanciamentos 24.555 2% 208% 2.092 0% 9% 23.422 2% 1120% 1.308 0% 6% 2.123 0% 162% 27.293 2% 1286%
Fornecedores 154.688 13% 124% 153.138 12% 99% 171.373 12% 112% 150.953 10% 88% 172.034 11% 114% 127.172 8% 74%
Salários e encargos sociais 36.191 3% 130% 36.641 3% 101% 40.354 3% 110% 42.214 3% 105% 44.733 3% 106% 40.315 3% 90%
Parcelamentos tributarios e previdenciários 7.527 1% 92% 3.916 0% 52% 840 0% 21% 911 0% 108% 987 0% 108% 959 0% 97%
Obrigações tributárias 50.559 4% 83% 62.711 5% 124% 30.105 2% 48% 20.262 1% 67% 20.648 1% 102% 24.279 2% 118%
Impostos diferidos - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Provisões 22.033 2% 61% 29.918 2% 136% 21.675 2% 72% 22.654 2% 105% 26.865 2% 119% 55.412 4% 206%
Incentivos f iscais 11.614 1% 248% 16.840 1% 145% 16.038 1% 95% 11.332 1% 71% 1.501 0% 13% 1.554 0% 104%
Dividendos e JCP a pagar 443 0% 105% 500 0% 113% 551 0% 110% 599 0% 109% 627 0% 105% 740 0% 118%
Instrumentos f inanceiros derivativos - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% 1.525 0% 0% - 0% 0%
Outras contas a pagar 7.369 1% 110% 7.029 1% 95% 9.309 1% 132% 11.839 1% 127% 4.109 0% 35% 8.622 1% 210%
Não Circulante 83.355 7% 72% 78.915 6% 95% 42.295 3% 54% 36.456 2% 86% 44.132 3% 121% 18.902 1% 43%
Empréstimos e f inanciamentos 152 0% 1% 22.339 2% 14697% - 0% 0% - 0% 0% 25.612 2% 0% - 0% 0%
Parcelamentos tributarios e previdenciários 14.772 1% 68% 11.697 1% 79% 7.758 1% 66% 7.488 1% 97% 3.339 0% 45% 2.505 0% 75%
Obrigações tributárias - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
IR e CS diferidos - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Provisões para contingências e outras provisões 11.747 1% 124% 9.815 1% 84% 10.576 1% 108% 11.259 1% 106% 12.891 1% 114% 14.298 1% 111%
Benefícios a empregados 19.121 2% 145% 9.507 1% 50% 10.616 1% 112% 14.372 1% 135% 154 0% 1% 1.387 0% 901%
Incentivos f iscais 37.241 3% 87% 25.417 2% 68% 13.215 1% 52% 3.218 0% 24% 2.029 0% 63% 619 0% 31%
Outras contas a pagar 322 0% 80% 140 0% 43% 130 0% 93% 119 0% 92% 107 0% 90% 93 0% 87%
Patrimônio Líquido 784.000 66% 110% 907.258 70% 116% 1.076.077 75% 119% 1.173.964 80% 109% 1.209.407 79% 103% 1.232.912 80% 102%
Capital social 235.974 20% 103% 239.435 18% 101% 313.086 22% 131% 346.368 24% 111% 359.424 24% 104% 369.618 24% 103%
Reserva de capital 6.602 1% 169% 10.209 1% 155% 14.996 1% 147% 20.569 1% 137% 26.085 2% 127% 30.815 2% 118%
Ações em tesouraria - 0% 0% - 0% 0% (11.882) -1% 0% (41.323) -3% 348% (4.614) 0% 11% - 0% 0%
Reserva de lucros 413.371 35% 114% 597.557 46% 145% 697.538 49% 117% 796.779 54% 114% 822.864 54% 103% 825.458 54% 100%
Ajuste de avaliação patrimonial 8.170 1% 97% 7.943 1% 97% 12.332 1% 155% 11.577 1% 94% 7.258 0% 63% 7.021 0% 97%
Outros resultados abrangentes - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% (1.610) 0% 0% - 0% 0%
Lucros (prejuízos) acumulados - 0% 0% 2.121 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Dividendos adicionais propostos 119.883 10% 113% 49.993 4% 42% 49.998 3% 100% 39.994 3% 80% - 0% 0% - 0% 0%
Participação de acionistas não controladores - 0% 0% - 0% 0% 9 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.182.334 100% 107% 1.298.958 100% 110% 1.432.039 100% 110% 1.472.492 100% 103% 1.528.691 100% 104% 1.538.160 100% 101%
45
APÊNDICE B – TABELA DE ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – Demonstração do Resultado 2007 - 2017 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - R$ Mil 2007 % A.V. 2008 % A.V. %A.H. 2009 % A.V. %A.H. 2010 % A.V. %A.H. 2011 % A.V. %A.H.
Receita Líquida de Vendas 369.243 100% 514.916 100% 139% 720.948 100% 140% 1.013.486 100% 141% 1.353.233 100% 134%
Custo dos Produtos Vendidos (223.945) -61% (276.386) -54% 123% (380.092) -53% 138% (511.554) -50% 135% (697.381) -52% 136%
Lucro Bruto 145.298 39% 238.530 46% 164% 340.856 47% 143% 501.932 50% 147% 655.852 48% 131%
Despesas Operacionais (125.201) -34% (148.595) -29% 119% (206.019) -29% 139% (248.563) -25% 121% (290.734) -21% 117%
Vendas (80.410) -22% (113.473) -22% 141% (142.013) -20% 125% (170.098) -17% 120% (212.549) -16% 125%
Remuneração dos Administradores (2.288) -1% (4.362) -1% 191% (4.914) -1% 113% (6.096) -1% 124% (6.527) 0% 107%
Gerais e Administrativas (18.097) -5% (25.960) -5% 143% (24.171) -3% 93% (26.855) -3% 111% (30.561) -2% 114%
Depreciação e Amortização (9.961) -3% (15.423) -3% 155% (19.663) -3% 127% (23.131) -2% 118% (29.346) -2% 127%
(-) Apropriada ao Custo 7.723 2% 8.817 2% 114% 10.100 1% 115% 11.025 1% 109% 13.870 1% 126%
Participação nos Resultados (1.649) 0% (10.652) -2% 646% (17.874) -2% 168% (23.364) -2% 131% (28.790) -2% 123%
Outras Receitas (Despesas) Operacionais (20.519) -6% 12.458 2% -61% (7.484) -1% -60% (10.044) -1% 134% 3.169 0% -32%
Lucro (Prejuízo) Antes das Financeiras 20.097 5% 89.935 17% 448% 134.837 19% 150% 253.369 25% 188% 365.118 27% 144%
Resultado financeiro (17.373) -5% (46.239) -9% 266% 51.283 7% -111% 10.098 1% 20% 29.696 2% 294%
Receitas (Despesas) Financeiras Líquidas (25.570) -7% (4.470) -1% 17% 26.441 4% -592% 10.080 1% 38% 29.696 2% 295%
Variações Cambiais Líquidas 13.198 4% (41.769) -8% -316% - 0% 0% 31 0% 0% - 0% 0%
Receitas (Despesas) Extraordinárias (5.001) -1% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Instrumentos Financeiros Derivativos - 0% - 0% 0% 24.842 3% 0% (13) 0% 0% - 0% 0%
Lucro (Prejuízo) Operacional 2.724 1% 43.696 8% 1604% 186.120 26% 426% 263.467 26% 142% 394.814 29% 150%
Resultado Não Operacional - 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Lucro (Prejuízo) Antes dos Impostos 2.724 1% 43.696 8% 1604% 186.120 26% 426% 263.467 26% 142% 394.814 29% 150%
Impostos Correntes - CSSL e IRPJ (7.097) -2% (22.798) -4% 321% (22.584) -3% 99% (49.332) -5% 218% (100.840) -7% 204%
Impostos Diferidos - CSSL e IRPJ 18.211 5% 11.935 2% 66% (26.007) -4% -218% (2.122) 0% 8% 3.300 0% -156%
Participação de acionistas não controladores 1 0% 35 0% 3500% 1 0% 3% - 0% 0% - 0% 0%
Reversão dos juros sobre o capital próprio 4.854 1% 4.854 1% 100% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Lucro Líquido (Prejuízo) 18.693 5% 37.722 7% 202% 137.530 19% 365% 212.013 21% 154% 297.274 22% 140% DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - R$ Mil 2012 % A.V. %A.H. 2013 % A.V. %A.H. 2014 % A.V. %A.H. 2015 % A.V. %A.H. 2016 % A.V. %A.H. 2017 % A.V. %A.H.
Receita Líquida de Vendas 1.491.316 100% 110% 1.679.779 100% 113% 1.678.294 100% 100% 1.588.889 100% 95% 1.475.137 100% 93% 1.562.321 100% 106%
Custo dos Produtos Vendidos (812.137) -54% 116% (921.234) -55% 113% (944.533) -56% 103% (961.335) -61% 102% (893.111) -61% 93% (872.273) -56% 98%
Lucro Bruto 679.179 46% 104% 758.545 45% 112% 733.761 44% 97% 627.554 39% 86% 582.026 39% 93% 690.048 44% 119%
Despesas Operacionais (306.049) -21% 105% (353.542) -21% 116% (376.495) -22% 106% (411.855) -26% 109% (431.104) -29% 105% (490.300) -31% 114%
Vendas (243.043) -16% 114% (261.977) -16% 108% (292.126) -17% 112% (318.494) -20% 109% (325.344) -22% 102% (350.425) -22% 108%
Remuneração dos Administradores (7.006) 0% 107% (7.546) 0% 108% (8.315) 0% 110% (8.578) -1% 103% (9.084) -1% 106% (9.338) -1% 103%
Gerais e Administrativas (36.018) -2% 118% (45.626) -3% 127% (44.965) -3% 99% (45.511) -3% 101% (44.601) -3% 98% (51.174) -3% 115%
Depreciação e Amortização (34.266) -2% 117% (33.991) -2% 99% (38.569) -2% 113% (47.177) -3% 122% (56.647) -4% 120% (61.189) -4% 108%
(-) Apropriada ao Custo 16.978 1% 122% 18.272 1% 108% 20.887 1% 114% 25.848 2% 124% 28.080 2% 109% 28.505 2% 102%
Participação nos Resultados (3.691) 0% 13% (17.125) -1% 464% (668) 0% 4% - 0% 0% - 0% 0% (25.168) -2% 0%
Outras Receitas (Despesas) Operacionais 997 0% 31% (5.549) 0% -557% (12.739) -1% 230% (17.943) -1% 141% (23.508) -2% 131% (21.511) -1% 92%
Lucro (Prejuízo) Antes das Financeiras 373.130 25% 102% 405.003 24% 109% 357.266 21% 88% 215.699 14% 60% 150.922 10% 70% 199.748 13% 132%
Resultado financeiro 37.339 3% 126% 28.759 2% 77% 34.347 2% 119% 39.476 2% 115% 46.678 3% 118% 79.109 5% 169%
Receitas (Despesas) Financeiras Líquidas 37.339 3% 126% 28.759 2% 77% 34.347 2% 119% 39.476 2% 115% 46.678 3% 118% 79.109 5% 169%
Variações Cambiais Líquidas - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Receitas (Despesas) Extraordinárias - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Instrumentos Financeiros Derivativos - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Lucro (Prejuízo) Operacional 410.469 28% 104% 433.762 26% 106% 391.613 23% 90% 255.175 16% 65% 197.600 13% 77% 278.857 18% 141%
Resultado Não Operacional - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Lucro (Prejuízo) Antes dos Impostos 410.469 28% 104% 433.762 26% 106% 391.613 23% 90% 255.175 16% 65% 197.600 13% 77% 278.857 18% 141%
Impostos Correntes - CSSL e IRPJ (95.911) -6% 95% (116.654) -7% 122% (74.042) -4% 63% 1.631 0% -2% 1.766 0% 108% (19.090) -1% -1081%
Impostos Diferidos - CSSL e IRPJ (3.544) 0% -107% 1.064 0% -30% 1.296 0% 122% 24.364 2% 1880% 51 0% 0% 4.014 0% 7871%
Participação de acionistas não controladores - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Reversão dos juros sobre o capital próprio - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
Lucro Líquido (Prejuízo) 311.014 21% 105% 318.172 19% 102% 318.867 19% 100% 281.170 18% 88% 199.417 14% 71% 263.781 17% 132%
46
APÊNDICE C – TABELA DE RESULTADOS DOS ÍNDICES ANALISADOS