UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E
CONTABILIDADE.
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA - CAEN
MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA
DENISE DE ANDRADE MOURA
MATRIZ DO FLUXO DE COMÉRCIO INTERESTADUAL DO ESTADO DO
CEARÁ: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2011 A 2014
FORTALEZA - CEARÁ
2015
DENISE DE ANDRADE MOURA
MATRIZ DO FLUXO DE COMÉRCIO INTERESTADUAL DO ESTADO DO
CEARÁ: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2011 A 2014
Dissertação submetida à Coordenação do
Curso de Pós-Graduação em Economia –
CAEN, da Universidade Federal do Ceará,
como requisito parcial para a obtenção do grau
de Mestre Profissional em Economia.
Orientador: Profº Dr. João Mário Santos
França
FORTALEZA - CEARÁ
2015
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará Biblioteca de Pós Graduação em Economia - CAEN
M885m Moura, Denise de Andrade
Matriz do fluxo de comércio interestadual do Estado do Ceará: uma análise do período de 2011
a 2014 / Denise de Andrade Moura. – 2015. 59f. il. color., enc. ; 30 cm.
Dissertação (mestrado profissional) – Universidade Federal do Ceará , Programa de Pós
Graduação em Economia, CAEN, Fortaleza, 2015. Orientação: Prof. João Mário Santos de França
1. Comércio interestadual - Ceará 2 Intensidade Tecnológica I. Título.
CDD 381.5
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo analisar as relações do comércio interestadual entre o
Estado do Ceará e os demais entes federados, no período de 2011 a 2014. Visando agregar
novas informações às pesquisas na área, foi utilizada neste trabalho como fonte de dados a
Nota Fiscal Eletrônica, de uso obrigatório nas operações interestaduais a partir de 1º de
dezembro de 2010. As operações de comércio interestadual foram agrupadas segundo a
Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE dos participantes, assim como, os
produtos comercializados foram relacionados de acordo com o grau de intensidade
tecnológica, baseado na classificação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico – OCDE. Nessa perspectiva, identificou-se a natureza das atividades econômicas
das importações e exportações do Estado, assim como o grau de interdependência econômica
entre o Ceará e os demais Estados. Constatou-se que o Ceará apresenta dependência
econômica do comércio com a região Sudeste, especificamente com o Estado São Paulo, este
seu principal fornecedor, mesmo distante geograficamente, de produtos com média-alta
intensidade tecnológica. Por outro lado, o Ceará tem preponderância na exportação para os
estados vizinhos, de produtos de baixa intensidade tecnológica. Finalmente, o Estado registra
uma relação superavitária principalmente com o Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí e
Sergipe todos da região Nordeste e deficitária com as regiões Sul e Sudeste.
Palavras chave: Ceará, comércio interestadual, intensidade tecnológica.
ABSTRACT
This study aims to examine the relations of interstate commerce between the State of Ceará
and the others states in Brazil, between 2011 and 2014. In order to add new information to the
research in the area, was used in this work as the primary data source the Electronic Invoice,
mandatory use in interstate operations from December 1, 2010. The interstate trade operations
were grouped according to the Economic Activities National Classification - CNAE of the
participants, as well as the products marketed were related according to the degree of
technological intensity based on the OECD classification. From this perspective, it identified
the nature of economic activities of importers and exporters of the state, as well as the degree
of economic interdependence between Ceara and other states. It was found that the Ceará
presents economic dependence on trade with the Southeast, specifically with the State São
Paulo, the main supplier, even geographically distant, products with technological medium-
high intensity. On the other hand, Ceará has preponderance on exports to the neighboring
states of low technology products. Finally, the state records a surplus relationship mainly to
Maranhao, Rio Grande do Norte, Piauí and Sergipe in the Northeast region and a deficit with
South and Southeast.
Keywords: Ceará, interstate commerce, technological intensity.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Contribuintes do Estado do Ceará por segmento econômico ................................. 16
Tabela 2 - Arrecadação do ICMS do Estado do Ceará por Segmento Econômico no período de
2011 a 2014 .............................................................................................................................. 17
Tabela 3 – Arrecadação do ICMS das Unidades Federativas em Valores Correntes (em
milhões) do período de 2011 A 2014 ....................................................................................... 18
Tabela 4 - Operações de comércio do Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 ............... 19
Tabela 5 – Fluxo de comércio interestadual do Ceará no período de 2011 a 2014 .................. 20
Tabela 6 - Aquisições interestaduais do Ceará por Segmento Econômico do adquirente no
período de 2011 a 2014 ............................................................................................................ 21
Tabela 7 - Vendas interestaduais do Ceará por Segmento Econômico do remetente no período
de 2011 a 2014 .......................................................................................................................... 22
Tabela 8 – Saldo comercial do Ceará por segmento econômico no período de 2011 a 2014 .. 23
Tabela 9 - Ranking das 15 principais Atividades Econômicas das Aquisições interestaduais do
Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 ............................................................................ 25
Tabela 10 - Ranking das 15 principais Atividades Econômicas nas Vendas interestaduais do
Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 ............................................................................ 26
Tabela 11 - Operações interestaduais por Intensidade Tecnológica dos produtos
comercializados no período de 2011 a 2014 ............................................................................ 27
Tabela 12 – Saldo do comércio interestadual no Estado do Ceará no período de 2011 a 2014
.................................................................................................................................................. 28
Tabela 13 - Ranking da variação do saldo comercial do Estado do Ceará ............................... 30
Tabela 14 - Entradas interestaduais da Região Nordeste por Segmento Econômico do
Adquirente no período de 2011 a 2014 .................................................................................... 32
Tabela 15 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas nas Aquisições Interestaduais
do Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 da Região Nordeste ....................................... 33
Tabela 16 - Saídas interestaduais para a Região Nordeste por Segmento Econômico do
Remetente no período de 2011 a 2014 ..................................................................................... 35
Tabela 17 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas das Saídas Interestaduais do
Estado do Ceará para a Região Nordeste no período de 2011 a 2014 ...................................... 36
Tabela 18 - Operações Interestaduais do Estado do Ceará com a Região Nordeste por
Intensidade Tecnológica no período de 2011 a 2014 ............................................................... 36
Tabela 19 - Entradas interestaduais da Região Sudeste por Segmento Econômico do
Adquirente no período de 2011 a 2014 .................................................................................... 38
Tabela 20 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas Adquirentes da Região Sudeste
no período de 2011 a 2014 ....................................................................................................... 39
Tabela 21 - Saídas interestaduais para a Região Sudeste por Segmento Econômico do
Remetente no período de 2011 a 2014 ..................................................................................... 40
Tabela 22 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas das Saídas Interestaduais do
Estado do Ceará para a Região Sudeste no período de 2011 a 2014 ........................................ 41
Tabela 23 - Operações Interestaduais do Ceará com a Região Sudeste por Intensidade
Tecnológica dos produtos industrializados comercializados .................................................... 41
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Aquisições da Região Nordeste por Estado no período 2011 a 2014 .................... 31
Gráfico 2 – Vendas realizadas para a Região Nordeste por Estado no período 2011 a 2014 .. 34
Gráfico 3 - Aquisições da Região Sudeste por Estado no período 2011 a 2014 ...................... 37
Gráfico 4 – Vendas realizadas para a Região Sudeste por Estado no período 2011 a 2014 .... 39
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CFOP Código Fiscal de Operações e Prestação
CGF Cadastro Geral da Fazenda
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CONFAZ Conselho Nacional de Política Fazendária
COTEPE Comissão Técnica Permanente do CONFAZ
DANFE Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de
Comunicações e Transportes Intermunicipais e Interestaduais
ICP-Brasil Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras
IPECE Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará
NCM Nomenclatura Comum do MERCOSUL
NF1 Nota Fiscal Modelo 1 ou 1-A (papel)
NF-e Nota Fiscal Eletrônica
OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
PIB Produto Interno Bruto
SEFAZ Secretaria da Fazenda
SINIEF Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais
UF Unidade da Federação; Unidades da Federação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 8
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 10
3 METODOLOGIA E BASE DE DADOS .............................................................................. 12
3.1 Base de dados ..................................................................................................................... 12
3.2 Intensidade Tecnológica ..................................................................................................... 14
4 MATRIZ DO FLUXO DE COMÉRCIO .............................................................................. 16
4.1 Fluxo Interestadual por segmento econômico .................................................................... 20
4.2 Fluxo Interestadual por CNAE ........................................................................................... 22
4.3 Principais atividades econômicas do Comércio Interestadual ............................................ 24
4.4 Fluxo Interestadual por Intensidade Tecnológica ............................................................... 26
4.5 Fluxo Interestadual por Origem e Destino ......................................................................... 27
5. FLUXO DE COMÉRCIO POR REGIÕES .......................................................................... 31
5.1 Região Nordeste ................................................................................................................. 31
5.2 Região Sudeste ................................................................................................................... 37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 44
ANEXO A - TABELA CFOP .................................................................................................. 46
ANEXO B - CNAE 2.0 ............................................................................................................ 49
ANEXO C - DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS POR NCM – SEÇÃO ................................... 50
ANEXO D - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM O ESTADO DO PIAÚI ................. 52
ANEXO E - OPERAÇÕES INTERSTADUAIS COM O ESTADO DE SÃO PAULO ......... 56
8
1 INTRODUÇÃO
O comércio entre regiões visa suprir a demanda por produtos que, por algum
motivo, o mercado local não consegue produzir. Os motivos para estas limitações da produção
local podem estar ligados a inúmeras restrições tais como, fatores climáticos e de ordem
ambiental, inexistência ou falta de dotação de fatores de produção, infraestrutura incipiente
para desenvolvimento de atividades produtivas, mas principalmente em razão da escala
econômica de mercado, o que inviabiliza a consolidação de investimentos. Nesse contexto, o
mercado demanda produtos diversos de outras regiões, e mesmo as regiões com maiores
níveis de atividade econômica não conseguem produzir todos os bens de que necessitam, não
apenas para suprir demanda de consumidores finais, mas também com relação a insumos para
produção. Para resolver essas limitações, o comércio mostra-se uma alternativa viável, de
modo que um sistema de comércio pode ser configurado englobando várias regiões em um
contexto econômico integrado.
Hildago e Vergolino (1998) apresentam evidências empíricas de que trocas inter-
regionais promovem o desenvolvimento econômico de uma região, corroborando com as
hipóteses apresentadas por Douglas North (1956) que resultou na famosa teoria da Base
Exportadora.
A região nordeste, ao qual o Ceará está inserido, apresenta algumas limitações de
ordem climática, com secas constantes, além de agricultura atrasada e pouco diversificada, e
polo industrial pouco diversificado e de baixo valor tecnológico agregado.
Diante das evidências supracitadas, surgem os seguintes questionamentos acerca
do comércio interestadual do Ceará. Uma delas é a identificação das regiões mais importantes
no fluxo de comércio com o estado. Isso está diretamente relacionado ao grau de
interdependência. Outro ponto a ser analisado é o perfil da atividade econômica dos
participantes deste comércio, verificando quais são os exportadores e importadores. Além
disso, há a questão do grau de intensidade tecnológica dos produtos comercializados, tendo
em vista que, produtos exportados com maior conteúdo tecnológico indicam melhor
qualificação da indústria local. Sendo assim, a descrição detalhada do fluxo do comércio
interestadual do estado do Ceará com as demais regiões brasileiras pode ajudar a coompreder
melhor essas questões.
O referencial teórico utilizado é o modelo de Heckscher-Ohlim (H-O) ao
comércio interestadual do Ceará com os outros estados do Brasil, adotando como hipótese a
ser verificada que o Ceará (baixo nível de renda per capita) deveria se especializar no
9
comércio de produtos intensivos em mão de obra de baixa qualificação, tendo em vista que
este fator é abundante em regiões como o Norte e Nordeste do país. Por outro lado, os estados
relativamente desenvolvidos, por serem abundantes em capital e mão de obra qualificada,
deveriam se especializar na produção de bens intensivos nesses fatores de produção, como é o
caso das regiões Sul e Sudeste.
Neste referencial teórico, o presente estudo tem como objetivo analisar os fluxos
de comércio interestadual do Ceará com os outros estados brasileiros, permitindo a
determinação da interdependência intersetoriais e inter-regionais. Este estudo busca ainda,
avaliar o nível de competitividade do estado conforme a intensidade tecnológica dos produtos
industrializados comercializados segundo a Classificação da OCDE. Para isso, serão
utilizadas informações das operações interestaduais, do período de 2011 a 2014, fornecidas
pela Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará. Este trabalho inova ao utilizar como base de
dados a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), uma fonte de dados ainda não aplicada em estudos
desta natureza, que permite a análise dos dados até o menor nível de detalhe, o produto
comercializado.
O conceito de operações interestaduais é aqui definido como a soma das compras
e vendas do Estado do Ceará com outros Estados, para isso, foi utilizado no tratamento dos
dados as informações de Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), um código
numérico que identifica a natureza de circulação da mercadoria ou a prestação de serviço de
transportes e que deve ser obrigatoriamente indicado em todos os documentos fiscais.
Além desta introdução, este trabalho possui mais quatro seções. A seção 2 aborda
uma revisão da literatura acerca do comércio sobre a perspectiva do modelo H-O e apresenta
também resultados de outros estudos realizados sobre o tema.
Os aspectos metodológicos são apresentados na seção 3, com destaque para os
conceitos e aplicabilidade do CFOP, que possibilita a identificação do tipo de operação
comercial realizada, e a classificação dos produtos por intensidade tecnológica de acordo com
a OCDE. Abordamos ainda, o conceito, objetivo e base legal da Nota Fiscal Eletrônica (NF-
e), principal fonte de dados utilizada neste trabalho.
A análise e discussão dos resultados da matriz do fluxo de comércio interestadual
do Ceará é apresentada na seção 4. E, por fim, são tecidas as considerações finais do estudo.
10
2 REVISÃO DE LITERATURA
O modelo de H-O, resumidamente, assegura que os países (na presente
Dissertação adaptado para estados) exportarão os produtos cuja produção utiliza
intensivamente o fator de produção que neles exista em condição de abundãncia relativa.
Esse modelo tem sido testado empiricamente em diversos estudos para a
identificação dos padrões de comércio e análise dos seus efeitos na economia brasileira. Nesta
seção serão apresentados alguns trabalhos já realizados sobre o tema bem como seus
principais resultados.
Rocca e Mendonça (1972), com dados coletados das indústrias brasileiras,
elaboraram novos indicadores de utilização de trabalho qualificado na indústria. Os autores
concluíram que as exportações de manufaturados brasileiros eram relativamente intensivas em
trabalho não qualificado, e as importações relativamente intensivas em trabalho qualificado.
Os resultados apresentados dão suporte à teoria de H-O.
Hidalgo (1985) realizou teste empírico utilizando dados mais completos obtidos
da matriz de insumo-produto disponíveis para o Brasil em 1970, considerando capital e
trabalho como sendo os fatores de produção. Os resultados mostram que os bens importáveis
eram significativamente mais intensivos em capital que os bens exportáveis. Entretanto,
considerando o conceito de capital mais restrito, excluindo o capital fundiário, essas
conclusões se reforçam, ou seja, as exportações são mais intensivas em trabalho quando
comparadas com as importações, corroborando a teoria H-O para o Brasil. Posteriormente
Clements (1987) e Clements e Kim (1988), realizaram amplo estudo sobre comércio e
distribuição da renda no Brasil, concluindo que apesar das barreiras tarifárias e não tarifárias,
os resultados obtidos eram consistentes com as previsões da teoria de H-O.
Nobre e Monte (2011) com o propósito de analisar como os estados brasileiros
comercializam seus produtos com o resto do mundo, avaliaram o padrão de comércio de 15
produtos da pesquisa industrial anual - PIA e constataram que grande parte da produção
depende do fator de produção capital humano. E os estados brasileiros que detêm este fator de
produção em abundância, deverão concentrar sua produção nos produtos que utilizam este
fator intensivamente, proporcionando assim, competitividade internacional.
Existe uma vasta literatura sobre o comércio internacional que, no entanto, pode
ser aplicada ao comércio interestadual. Young (1951) afirma que a teoria de comércio
11
internacional deve ser desenvolvida essencialmente do mesmo modo que a teoria de comércio
entre regiões.
No intuito de entender a estrutura de comércio entre os 27 estados brasileiros,
Perobelli e Haddad (2006) realizaram a análise exploratória dos dados espaciais (AEDE) para
o comércio inter-regional brasileiro, para os anos de 1985 e 1997. Dentre outros resultados foi
constatado que: (a) há um aumento do comércio interestadual no período e (b) existe uma
heterogeneidade espacial no comércio interestadual, sendo que o cluster formado por valores
de comércio alto localiza-se na região centro-sul do País.
Além de testes empíricos sobre a validação de teorias do comércio, conforme
Magalhães e Domingues (2007), as informações de fluxo de comércio dão suporte às teorias
de desenvolvimento em economia regional, que põe em destaque a variável exportação
doméstica entre os elementos principais para a explicação do crescimento regional. Os fluxos
de comércio permitem estudos que visem à determinação de centros produtores-exportadores
e análises de oferta e demanda.
Magalhães e Domingues (2009) identificaram a importância da articulação dos
estados em termos de mercado doméstico para o desenvolvimento econômico das regiões.
Arruda e Ferreira (2014), com o objetivo de identificar quais estados se mostraram
mais relevantes na condução do crescimento industrial de suas regiões, realizaram um estudo
sobre a dinâmica intrarregional da indústria brasileira, utilizando-se de informações mensais a
nível estadual, entre janeiro de 1996 e fevereiro de 2010, sobre produção industrial, inflação e
exportações além da taxa de câmbio. Concluíram que na região Nordeste, o crescimento
industrial da Bahia e do Ceará parece gerar um aumento na demanda por insumos em outros
estados, proporcionando um maior efeito no crescimento industrial deles. Já o choque positivo
na atividade industrial de Pernambuco parece gerar um efeito substituição, rivalizando com a
atividade industrial do Ceará e da Bahia, promovendo, assim, um efeito retroativo mais
intenso.
12
3 METODOLOGIA E BASE DE DADOS
Este trabalho consiste na análise dos dados de comércio interestadual do Ceará,
utilizando como fonte de dados as Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) emitidas e destinadas ao
Estado do Ceará, fornecidas pela Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (SEFAZ- CE).
Tendo em vista que os dados das NF-e são detalhados até o nível de produto. Foram
realizados agrupamentos das informações para melhor análise.
Os dados utilizados nesta pesquisa ficaram restritos às observações que reportam
operações de Vendas/Prestações de Serviços segundo os Códigos Fiscais de Operações e
Prestações (CFOP) selecionados apresentados no Anexo A. Desta forma, foram
desconsideradas as NF-e cujos CFOP´s identificavam operações do tipo: transferência,
devolução, simples remessa, retorno de conserto e outros, tendo em vista que estas operações
não caracterizam faturamento para as empresas, apenas a NF-e é utilizada para acobertar o
trânsito de mercadorias.
O CFOP é um código numérico que identifica a natureza de circulação da
mercadoria ou a prestação de serviço de transportes, definidos pelo Conselho Nacional de
Política Fazendária (CONFAZ) através de Ajuste SINIEF, para utilização por todos os entes
federados.
Outro agrupamento realizado foi a classificação dos segmentos econômicos dos
contribuintes utilizando-se dos códigos da Classificação Nacional de Atividade Econômico-
Fiscal (CNAE) do IBGE, apresentada no Anexo B.
Em relação a análise qualitativa das operações, os produtos transacionados foram
agrupados de acordo com a NCM e classificados conforme a intensidade tecnológica baseada
na OCDE.
3.1 Base de dados
A Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, principal fonte de dados deste estudo, foi
instituída em 05 de outubro de 2005 com a publicação do Ajuste SINIEF 07/2005, e em 05 de
abril de 2007, foi publicado o Protocolo ICMS 10/2007 que dispõe sobre a obrigatoriedade de
emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
Trata-se de um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado
eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, operações de circulação de
mercadorias ou de prestações de serviços, e cuja validade jurídica é garantida pela assinatura
13
digital do emissor (garantia de autoria e de integridade) e pela autorização do Fisco do
emitente, antes da ocorrência da circulação ou saída da mercadoria.
Com a edição da Medida Provisória nº 2.220-2/2001, a assinatura digital em
documentos emitidos via Internet passou a ter validade jurídica:
Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, para
garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma
eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem
certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras
(BRASIL, 2001).
O objetivo da implantação da NF-e foi a geração de um modelo nacional de
documento fiscal eletrônico para a substituição da sistemática atual de emissão do documento
fiscal em papel, modelo NF1, assim reduzindo custos, simplificando as obrigações acessórias
dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das
operações comerciais pelo Fisco. A NF-e propicia, também, outros benefícios, tais como:
a) sustentabilidade com vantagens ao meio ambiente, pela redução do consumo de
papel;
b) possibilita o cruzamento eletrônico de informações contábeis e fiscais;
c) evita a prática de extravio de documentos fiscais, como forma de dificultar o
desenvolvimento da ação fiscal; e,
d) torna mais eficiente o acesso aos arquivos eletrônicos pelos Fiscos nos
trabalhos de auditoria fiscal.
Com o Protocolo ICMS nº 42, de 3 de julho de 2009, foi estabelecido a
obrigatoriedade da emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), a partir de 1º de dezembro de
2010, para todos os contribuintes que, independentemente da atividade econômica exercida,
realizem operações com destinatário localizado em unidade da Federação diferente daquela do
emitente. Sendo assim, neste trabalho utilizamos os dados das NF-e emitidas a partir de 1º de
janeiro de 2011, tendo em vista que a partir desta data acobertava todas as operações
interestaduais realizadas.
Convém ressaltar que, no início da implantação do referido documento eletrônico,
muitas empresas tinham dificuldade na emissão da NF-e e foram detectadas pela SEFAZ -
Ceará algumas notas fiscais eletrônicas emitidas com erros, tanto na classificação da operação
como nos valores dos documentos. Assim, é possível que os dados relativos ao primeiro ano
de implantação possuam dados inconsistentes, entretanto, mesmo com a existência dessas
restrições na base de dados, é importante ressaltar que elas não se tornam um impeditivo para
14
a análise da estrutura de comércio interestadual do Ceará com as demais unidades da
Federação como proposta neste trabalho. A possibilidade de melhor entender a dinâmica das
interações entre as unidades da Federação mais do que compensa as limitações da base de
dados.
3.2 Intensidade Tecnológica
Um estudo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico − OCDE, classificou os setores industriais de acordo com o seu nível relativo de
dispêndio em atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (P&D). E cada um dos
produtos comercializados internacionalmente, relacionados na classificação internacional de
mercadorias STIC-Rev.3 a 5-dígitos, foi associado a um dos setores industriais,
determinando-se seu grau de intensidade tecnológica.
A FUNCEX, por sua vez, adaptou esta classificação, estabelecendo a
correspondência das atividades caracterizadas no estudo da OCDE com outra classificação de
produtos no comércio exterior, o Sistema Harmonizado a 6-dígitos (SH-6) que é compatível
com a Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, classificação de mercadorias utilizada no
Brasil nas operações de comércio internacional.
Considerando que o Ajuste SINIEF nº 11, de 25 de setembro de 2009, determinou
a obrigatoriedade do preenchimento do código NCM nos produtos das NF-e emitidas nas
operações realizadas por estabelecimentos industriais ou a ele equiparadas, agrupamos os
valores dos produtos industrializados, exportados e importados, de acordo com a NCM e
classificamos conforme a intensidade tecnológica, segundo os critérios do Quadro 1 a seguir.
15
Quadro 1 - Classificação da OCDE por NCM quanto ao uso do insumo capital
Intensidade
Tecnológica Classificação OECD
Classificação
NCM (capítulo)
Alta
Tecnologia
Setores aeroespaciais, farmacêuticos, máquinas de
Contabilidade, escritório e informática, instrumentos de
precisão, ópticos e médicos.
Capítulos: 30; 90.
Média-Alta
Máquinas e aparelhos elétricos, veículos automotores,
produtos químicos excluídos os farmacêuticos, ferroviário, e
de equipamentos de transporte, máquinas e equipamentos em
geral.
Capítulos: 28, 29,
31 a 38, 84 a 89,
91 e 92.
Média-Baixa
Setores da construção naval, borracha e produtos
plásticos, coque, produtos refinados de petróleo e de
combustíveis nucleares, outros produtos metálicos e não
metálicos e metalurgia básica.
Capítulos: 39, 40,
71 a 83.
Baixa Outros setores e de reciclagem, madeira, papel e celulose,
editorial e gráfica, alimentos, bebidas e fumo, têxtil e de
confecção, couro e calçados.
Capítulos: 11; 16 a
24; 27; 41 a 70; 94
a 97.
Fonte: OCDE, MDIC e Ministério do Planejamento do Brasil.
16
4 MATRIZ DO FLUXO DE COMÉRCIO
Nesta seção, preliminarmente a análise dos resultados do comércio interestadual,
faz-se necessário a apresentação de um breve panorama sobre os participantes deste comércio,
principalmente no que se refere às empresas formalmente constituídas e cadastradas na
SEFAZ – Ceará, assim como, os valores arrecadados a título de impostos sobre circulação de
mercadorias e serviços (ICMS).
Conforme dados fornecidos pela SEFAZ do Ceará, atualmente o estado possui
250.008 empresas ativas inscritas no Cadastro Geral da Fazenda (CGF). Na tabela 1 abaixo,
apresentamos o agrupamento destes contribuintes por segmento econômico segundo a
classificação interna adotada baseada na Classificação Nacional de Atividade Econômica
(CNAE).
Verifica-se que mais da metade dos contribuintes são do segmento de Comércio
Varejista, com 67,4% do total. Em seguida, também representativo, o segmento Industrial,
com 37.114 contribuintes, equivalente a 14,8% do total.
Convém ressaltar que nas tabelas apresentadas nesta seção foram agrupados como
“Demais Segmentos” os segmentos econômicos de menor representatividade, abrangendo
Administração Pública, Produtor Agropecuário, Construção Civil, Serviços de alimentação e
Outros.
Tabela 1 – Contribuintes do Estado do Ceará por segmento econômico
quantidade %
Comércio Varejista 168.529 67,41%
Industrial 37.114 14,85%
Demais Segmentos 36.458 14,58%
Comércio Atacadista 4.146 1,66%
Serviços de Transporte 2.953 1,18%
Serviços de Comunicação 397 0,16%
Combustível 218 0,09%
Energia Elétrica 193 0,08%
Total 250.008 100%
contribuintesSegmento Econômico
Nota: Dados fornecidos pela SEFAZ-CE em janeiro/2015.
Com relação à receita gerada por esses segmentos econômicos para o estado, a
Tabela 2 apresenta a arrecadação do ICMS no Ceará, no período de 2011 a 2014. Em termos
monetários, os segmentos de Combustível, Comércio Atacadista e Industrial são os mais
17
relevantes, tendo em vista que representam mais de 50% da arrecadação total do ICMS, no
período em análise.
Observa-se que o segmento de Combustível e Comércio Atacadista vem
gradativamente aumentando a participação na arrecadação, com incremento de 14% e 11%,
respectivamente, em 2014 em relação ao ano-base 2011. Já o segmento Industrial mantém sua
participação média de 20% ao ano.
Os segmentos de Energia Elétrica e Serviços de Comunicação apresentam
retração de 17,9% e 18,5%, respectivamente, na participação da arrecadação de 2014
comparativamente com o exercício de 2011.
Tabela 2 - Arrecadação do ICMS do Estado do Ceará por Segmento Econômico no período de
2011 a 2014
Valor % Valor % Valor % Valor %
Combustível 1.291,29 19,0% 1.540,37 20,1% 1.890,79 21,7% 2.042,16 21,6%
Comércio Atacadista 1.309,54 19,3% 1.550,01 20,3% 1.814,27 20,8% 2.015,04 21,3%
Industrial 1.399,96 20,6% 1.543,89 20,2% 1.826,83 21,0% 1.934,48 20,5%
Comércio Varejista 980,18 14,4% 1.089,47 14,2% 1.304,27 15,0% 1.488,85 15,7%
Energia Elétrica 731,96 10,8% 812,07 10,6% 730,14 8,4% 836,55 8,8%
Serviços de Comunicação 705,29 10,4% 723,31 9,5% 809,94 9,3% 799,98 8,5%
Demais Segmentos 276,14 4,1% 269,14 3,5% 201,80 2,3% 195,20 2,1%
Serviços de Transporte 100,42 1,5% 120,24 1,6% 126,99 1,5% 143,08 1,5%
Total 6.794,78 100% 7.648,49 100% 8.705,02 100% 9.455,34 100%
2011 2013 20142012Segmento Econômico
Fonte: SEFAZ-CE (janeiro/2015).
Nota: Valores nominais e em milhões.
De acordo com os valores de arrecadação do ICMS informados pelas Secretarias
de Fazenda a Comissão Técnica Permanente do ICMS – COTEPE do CONFAZ, apresentados
na Tabela 3, podemos constatar a importância da região Sudeste no comércio brasileiro, sendo
esta região responsável por mais da metade da arrecadação deste imposto em todo o Brasil,
nos últimos quatro anos.
Ressalta-se que em o Estado do Ceará vem aumentando gradativamente sua
participação na arrecadação total, passando de 2,2% em 2011 para 2,5% em 2014.
Ainda de acordo com a Tabela 4, na região Nordeste, o estado do Ceará é o
terceiro maior em arrecadação no período analisado, atrás apenas dos estados da Bahia e
Pernambuco.
18
Tabela 3 – Arrecadação do ICMS das Unidades Federativas em Valores Correntes (em
milhões) do período de 2011 A 2014
R$Participação
%R$
Participação
%R$
Participação
%R$
Participação
%
NORTE 17.031 5,5% 19.367 5,9% 22.776 6,3% 21.556 5,7%
Acre 586 0,2% 499 0,2% 1.517 0,4% 0 0,0%
Amazonas 5.920 1,9% 6.501 2,0% 7.486 2,1% 7.236 1,9%
Pará 5.728 1,9% 7.096 2,2% 8.025 2,2% 9.067 2,4%
Rondônia 2.594 0,8% 2.624 0,8% 2.755 0,8% 1.949 0,5%
Amapá 511 0,2% 696 0,2% 792 0,2% 861 0,2%
Roraima 421 0,1% 460 0,1% 523 0,1% 549 0,1%
Tocantins 1.270 0,4% 1.491 0,5% 1.679 0,5% 1.895 0,5%
NORDESTE 45.727 14,9% 50.640 15,5% 57.416 16,0% 62.421 16,4%
Maranhão 3.412 1,1% 3.859 1,2% 4.390 1,2% 4.716 1,2%
Piauí 2.088 0,7% 2.395 0,7% 2.677 0,7% 2.979 0,8%
Ceará 6.795 2,2% 7.646 2,3% 8.705 2,4% 9.456 2,5%
Rio Grande do Norte 3.178 1,0% 3.691 1,1% 4.033 1,1% 4.389 1,2%
Paraíba 2.825 0,9% 3.249 1,0% 3.787 1,1% 4.392 1,2%
Pernambuco 9.926 3,2% 10.602 3,2% 11.709 3,3% 12.660 3,3%
Alagoas 2.273 0,7% 2.454 0,7% 2.731 0,8% 2.928 0,8%
Sergipe 1.998 0,7% 2.301 0,7% 2.551 0,7% 2.784 0,7%
Bahia 13.231 4,3% 14.443 4,4% 16.832 4,7% 18.117 4,8%
SUDESTE 170.361 55,4% 175.893 53,7% 187.311 52,2% 202.010 53,0%
Minas Gerais 29.219 9,5% 32.100 9,8% 35.953 10,0% 38.288 10,0%
Espírito Santo 8.561 2,8% 9.222 2,8% 8.787 2,4% 8.999 2,4%
Rio de Janeiro 25.155 8,2% 25.467 7,8% 31.646 8,8% 31.887 8,4%
São Paulo 107.427 34,9% 109.104 33,3% 110.925 30,9% 122.836 32,2%
SUL 47.979 15,6% 51.957 15,9% 58.830 16,4% 59.415 15,6%
Paraná 15.962 5,2% 17.860 5,5% 20.758 5,8% 19.617 5,1%
Santa Catarina 12.514 4,1% 12.719 3,9% 14.011 3,9% 14.313 3,8%
Rio Grande do Sul 19.503 6,3% 21.378 6,5% 24.061 6,7% 25.485 6,7%
CENTRO-OESTE 26.299 8,6% 29.777 9,1% 32.664 9,1% 35.689 9,4%
Mato Grosso 5.815 1,9% 6.709 2,0% 7.465 2,1% 8.038 2,1%
Mato Grosso do Sul 5.414 1,8% 6.005 1,8% 6.793 1,9% 7.367 1,9%
Goiás 9.875 3,2% 11.369 3,5% 12.138 3,4% 13.253 3,5%
Distrito Federal 5.195 1,7% 5.694 1,7% 6.269 1,7% 7.031 1,8%
BRASIL 307.397 100% 327.634 100% 358.997 100% 381.090 100%
UF
2011 2012 2013 2014*
Fonte: Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.
Nota 1: Em 2012 e 2013, os valores informados pelos Estados AC, RO, RR, AL e SP são provisórios.
Nota 2: Em 2014 os valores informados pelos Estados AC, AM, PA, SE e MG são provisórios.
Vale ressaltar que, para a análise da matriz do fluxo de comércio do estado do
Ceará não foram consideradas as operações de comércio interno, tendo em vista que a fonte
de dados utilizada neste trabalho, NF-e, não é obrigatória para estas operações.
Ao considerarmos as transações comerciais, de fluxo interestadual e externo, no
período de 2011 a 2014, verificamos que o estado do Ceará apresenta saldos deficitários na
balança comercial, com entradas superiores as saídas, classificando-o assim como um estado
predominantemente importador. A Tabela 4 apresenta os valores das operações de entrada e
19
saída no período analisado, bem como a participação dos fluxos de comércio interestadual e
externo nas operações realizadas.
O Estado do Ceará apresenta algumas vantagens competitivas que o favorecem no
comércio internacional, tais como, a localização geográfica e a ampliação do seu porto, o
Porto do Pecém, considerado um dos mais modernos do Brasil. No entanto, as operações de
comércio exterior representam em média apenas 9% das aquisições e 11% das vendas do
Ceará, conforme demonstrado na Tabela 5 abaixo.
Tabela 4 - Operações de comércio do Estado do Ceará no período de 2011 a 2014
Interestadual % Externo % Interestadual % Externo %
2011 35.446,35 92% 3.154,23 8% 18.900,73 87% 2.745,01 13%
2012 41.452,91 91% 3.901,48 9% 21.679,31 91% 2.246,54 9%
2013 43.592,47 90% 5.017,04 10% 25.764,40 89% 3.235,89 11%
2014 53.260,68 92% 4.869,24 8% 28.905,41 89% 3.606,74 11%
Entradas SaídasAno
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores nominais em milhões.
A análise da matriz de atividades econômicas de comércio interestadual do Ceará
efetuada neste trabalho apresentou a importância das transações do Estado com os demais
Entes Federados. A Tabela 5 apresenta as operações de entradas e saídas interestaduais,
compras e vendas, do Estado do Ceará no período em análise, evidenciando uma oscilação na
participação das entradas no comércio interestadual, com elevação de 0,7% entre 2012 e
2011, retração de 4,3% entre 2013 e 2012, e aumento de 3,1% em 2014 em relação a 2013.
Como resultado, o Ceará apresenta saldo negativo da balança comercial de R$ 16,54 bilhões
em 2011 e R$ 24,35 bilhões em 2014.
20
Tabela 5 – Fluxo de comércio interestadual do Ceará no período de 2011 a 2014
Saldo
Valor Part. % Valor Part. % Valor
2011 35.446,35 65,2% 18.900,73 34,8% (16.545,62)
2012 41.452,91 65,7% 21.679,31 34,3% (19.773,60)
2013 43.592,47 62,9% 25.764,40 37,1% (17.828,07)
2014 53.260,68 64,8% 28.905,41 35,2% (24.355,27)
Entradas SaídasAno
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores nominais em milhões.
4.1 Fluxo Interestadual por segmento econômico
Primeiramente é necessário frisar que nos dados apresentados foram classificados
como segmento “Sem inscrição no CGF” as operações realizadas por pessoas físicas ou
jurídicas sem inscrição no Cadastro Geral da Fazenda, ou ainda, contribuintes do ICMS que
atualmente não estão mais ativos, ou seja, encerram suas atividades econômicas.
As tabelas 6 e 7 apresentam os valores das entradas e saídas interestaduais, do
período de 2011 a 2014, agrupadas pelo Segmento Econômico do adquirente e do remetente,
respectivamente. Destacam-se como os segmentos mais representativos no comércio
interestadual no Estado do Ceará: Comércio Atacadista, Comércio Varejista e Indústria.
Nas aquisições interestaduais, de acordo com a Tabela 7, o Segmento Comercial,
Atacadista e Varejista, representa em média 58% do total das entradas, e o Segmento
Industrial 22% do total no período. Destaca-se ainda, uma expressiva variação positiva de
461% nas aquisições interestaduais realizadas pela Administração Pública em 2014 em
relação a 2011.
Os maiores importadores do Estado do Ceará, que realizam mais da metade das
aquisições interestaduais são do segmento Comercial. Porém, observa-se uma redução de 12%
e 17,5% no comércio atacadista e varejista, respectivamente, na participação das aquisições
em 2014 em relação a 2011.
21
Tabela 6 - Aquisições interestaduais do Ceará por Segmento Econômico do adquirente no
período de 2011 a 2014
Valor % Valor % Valor % Valor %
Administração Pública 1.176,84 3,3% 2.984,26 7,2% 963,87 2,2% 6.599,29 12,4%
Combustível 855,41 2,4% 905,72 2,2% 891,47 2,0% 1.404,86 2,6%
Comércio Atacadista 10.758,23 30,4% 12.448,97 30,0% 13.718,44 31,5% 14.287,71 26,8%
Comércio Varejista 10.714,60 30,2% 11.517,60 27,8% 12.382,79 28,4% 13.278,87 24,9%
Construção Civíl 637,78 1,8% 740,16 1,8% 788,17 1,8% 1.125,29 2,1%
Energia Elétrica 1.679,80 4,7% 2.027,12 4,9% 2.263,53 5,2% 2.316,88 4,4%
Industrial 7.708,97 21,7% 8.558,34 20,6% 9.920,44 22,8% 11.313,92 21,2%
Outros segmentos 359,39 1,0% 429,38 1,0% 431,18 1,0% 613,13 1,2%
Produtor Agropecuário 309,87 0,9% 443,23 1,1% 628,48 1,4% 644,12 1,2%
Serviços de Alimentação 114,13 0,3% 131,72 0,3% 174,70 0,4% 218,15 0,4%
Serviços de Comunicação 198,66 0,6% 213,65 0,5% 370,92 0,9% 354,94 0,7%
Serviços de Transporte 330,70 0,9% 355,45 0,9% 274,89 0,6% 324,56 0,6%
Sem Inscrição no CGF 601,97 1,7% 697,33 1,7% 783,60 1,8% 778,92 1,5%
Total 35.446,35 100% 41.452,91 100% 43.592,47 100% 53.260,68 100%
2011 2012 2013 2014Segmento Econômico
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores nominais em milhões.
No tocante às saídas interestaduais, o Segmento Industrial apesar de ser o mais
representativo, é responsável por 70% das saídas interestaduais, reduziu em 11% sua
participação em 2014 comparativamente com 2011, conforme Tabela 7.
Merece destaque o segmento Energia Elétrica que teve uma elevação nominal nas
exportações de 375,8% em 2014 comparado com 2011, passando de R$ 876,99 milhões em
2011 para R$ 3,35 bilhões em 2014. O segmento de Produtor Agropecuário apesar de pouca
relevância em termos monetários apresentou um incremento de 38,3% na participação total
das saídas em 2014 em relação ao ano-base.
Os demais segmentos econômicos não sofrerem mudanças significativas no
período em análise.
22
Tabela 7 - Vendas interestaduais do Ceará por Segmento Econômico do remetente no período
de 2011 a 2014
Valor % Valor % Valor % Valor %
Administração Pública - 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0%
Combustível 376,40 2,0% 478,43 2,2% 458,13 1,8% 546,29 1,9%
Comércio Atacadista 2.593,62 13,7% 3.030,29 14,0% 3.436,33 13,3% 3.791,68 13,1%
Comércio Varejista 823,16 4,4% 957,70 4,4% 1.153,19 4,5% 1.140,64 3,9%
Construção Civíl 11,05 0,1% 10,93 0,1% 12,54 0,0% 32,91 0,1%
Energia Elétrica 705,15 3,7% 876,99 4,0% 2.693,33 10,5% 3.354,84 11,6%
Industrial 13.940,80 73,8% 15.729,49 72,6% 17.224,57 66,9% 18.998,20 65,7%
Outros segmentos 41,67 0,2% 48,21 0,2% 60,39 0,2% 142,61 0,5%
Produtor Agropecuário 299,77 1,6% 420,55 1,9% 566,55 2,2% 656,71 2,3%
Serviços de Alimentação 6,08 0,0% 7,16 0,0% 12,47 0,0% 28,68 0,1%
Serviços de Comunicação 1,38 0,0% 11,63 0,1% 33,42 0,1% 66,11 0,2%
Serviços de Transporte 13,93 0,1% 7,68 0,0% 10,04 0,0% 5,02 0,0%
Sem Inscrição no CGF 87,71 0,5% 100,25 0,5% 103,44 0,4% 141,73 0,5%
Total 18.900,73 100% 21.679,31 100% 25.764,40 100% 28.905,41 100%
2011 2012 2013 2014Segmento Econômico
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores nominais em milhões.
4.2 Fluxo Interestadual por CNAE
Para um maior entendimento do fluxo interestadual, detalhamos na Tabela 9 as
operações de entrada e saída e os saldos comerciais de cada período de acordo com a Seção da
Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) do IBGE.
O segmento Industrial aqui é subdividido em B - Indústria Extrativista e C –
Indústria de Transformação. Conforme exposto na Tabela 8, evidencia-se que a Indústria de
Transformação é o segmento mais preponderante nas saídas interestaduais, com saldo
comercial superavitário ao longo de todo o período de 2011 a 2014, destacando-se como a
maior exportadora, com R$ 13,95 bilhões em 2011 e R$ 18,98 bilhões em 2014 e incremento
nominal de 36%.
Os maiores adquirentes do Estado do Ceará são do segmento Comercial que ao
longo do período em análise vem aumentando gradativamente as aquisições, com R$ 21,76
bilhões em 2011, R$ 24,23 bilhões em 2012, R$ 26,38 bilhões em 2013 e R$ 27,90 bilhões
em 2014, apresentando um crescimento nominal acumulado de 28,22%. Verifca-se que este
segmento é o principal responsável pelo saldo deficitário na balança comercial cearense no
período analisado, apresentando saldo de –R$ 18,10 bilhões em 2011 e –R$ 22,60 bilhões em
2014, um incremento de 25%.
23
Tabela 8 – Saldo comercial do Ceará por segmento econômico no período de 2011 a 2014
Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo
A - Agricultura, pecuária e pesca 309,87 299,77 (10,10) 443,23 420,55 (22,68) 628,48 566,55 (61,93) 644,12 656,71 12,58
B - Indústrias Extrativistas 76,49 118,25 41,76 76,67 136,34 59,67 79,23 164,28 85,05 94,06 185,14 91,07
C - Indústria de Transformação 7.795,60 13.946,22 6.150,63 8.752,41 15.833,20 7.080,79 10.119,41 17.255,17 7.135,76 11.915,33 18.978,81 7.063,48
D - Eletricidade e gás 1.795,30 717,83 (1.077,47) 2.104,61 885,38 (1.219,24) 2.281,62 2.708,91 427,30 2.341,66 3.365,92 1.024,26
E - Meio ambiente 68,88 23,24 (45,63) 80,51 24,34 (56,16) 77,58 33,16 (44,42) 214,27 122,51 (91,76)
F - Construção 637,78 11,05 (626,73) 740,16 10,93 (729,22) 788,17 12,54 (775,63) 1.125,29 32,91 (1.092,39)
G - Comércio 22.049,62 3.656,83 (18.392,79) 24.524,03 4.217,98 (20.306,05) 26.696,41 4.837,19 (21.859,22) 28.251,20 5.301,78 (22.949,42)
H - Transporte e armazenagem 327,74 13,93 (313,81) 353,42 7,64 (345,78) 270,49 10,04 (260,45) 318,95 5,02 (313,93)
I - Alojamento e alimentação 114,13 6,08 (108,04) 131,72 7,16 (124,56) 174,70 12,47 (162,23) 218,15 28,68 (189,47)
J - Informação e comunicação 235,83 10,04 (225,78) 264,43 25,78 (238,65) 422,63 47,75 (374,88) 414,99 80,41 (334,58)
K - Atividades financeiras 10,10 1,70 (8,40) 13,37 6,29 (7,08) 18,42 5,77 (12,64) 23,41 0,03 (23,39)
L - Atividades imobiliárias 33,39 0,17 (33,21) 29,58 - (29,58) 4,74 0,04 (4,70) 6,64 0,06 (6,58)
M - Atividades profissionais 20,86 0,20 (20,66) 19,36 0,06 (19,31) 21,88 0,03 (21,85) 39,82 0,19 (39,62)
N - Atividades administrativas 81,25 4,84 (76,41) 115,28 2,53 (112,75) 121,22 6,86 (114,37) 108,13 4,69 (103,44)
O - Administração pública 1.176,84 - (1.176,84) 2.984,26 - (2.984,26) 963,87 - (963,87) 6.599,29 - (6.599,29)
P - Educação 4,34 0,01 (4,33) 9,33 0,01 (9,33) 6,82 0,02 (6,80) 11,74 0,09 (11,65)
Q - Saúde e serviços sociais 95,18 - (95,18) 100,86 - (100,86) 118,52 - (118,52) 139,28 0,04 (139,24)
R - Artes, cultura e esportes 2,75 0,02 (2,72) 4,26 - (4,26) 6,50 - (6,50) 2,25 - (2,25)
S - Outras atividades de serviço 8,43 2,81 (5,62) 8,07 0,87 (7,20) 8,18 0,18 (8,00) 13,17 0,71 (12,46)
* - Sem inscrição no CGF 601,98 87,71 (514,27) 697,33 100,25 (597,08) 783,60 103,44 (680,16) 778,92 141,73 (637,19)
Total 35.446,35 18.900,73 (16.031,35) 41.452,91 21.679,31 (19.176,52) 43.592,47 25.764,40 (17.828,07) 53.260,68 28.905,41 (24.355,26)
20142011Descrição Seção - CNAE
2012 2013
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores nominais em milhões.
24
4.3 Principais atividades econômicas do Comércio Interestadual
Apresentamos a seguir uma desagregação dos segmentos com as principais
atividades econômicas do fluxo de comércio interestadual nas aquisições e vendas realizadas
no Estado do Ceará. Na Tabela 9 elencamos as 15 atividades econômicas responsáveis pelas
maiores aquisições realizadas no Ceará no período acumulado de 2011 a 2014.
Destacamos como principais adquirentes das operações interestaduais do
segmento comercial as atividades: atacadista de medicamentos de uso humano; varejista de
automóveis, camionetas e utilitários; atacadista de produtos alimentícios em geral; varejista de
mercadorias em geral; varejista de motocicletas e motonetas novas; varejista de artigos do
vestuário e acessórios; varejista de móveis; varejista de materiais de construção em geral;
atacadista de combustível e atacadista peças e acessórios novos para veículos. Estas atividades
realizaram compras interestaduais no valor de R$ 12,73 bilhões em 2011 e R$ 15,56 bilhões
em 2014.
Corroborando com os dados demonstrados na Tabela 9, evidencia-se a
participação relevante dos adquirentes do segmento da Administração Pública do Ceará nas
aquisições interestaduais, com compras no valor de R$ 1,16 bilhão em 2011 e R$ 6,52 bilhões
em 2014.
No segmento industrial, destaque para a atividade de confecção de peças do
vestuário, exceto roupas íntimas, que de 2011 a 2014 teve um incremento nominal de 91,6%,
com aquisições de R$ 477,02 milhões em 2011 e R$ 913,82 milhões em 2014.
Quanto ao segmento Energia Elétrica os maiores importadores são das atividades
de: geração de energia elétrica; e distribuição de energia elétrica, esta última apresentou um
incremento de 91,7% em 2014 (R$ 1,26 bilhões) comparativamente com 2011 (R$ 658,35
milhões).
25
Tabela 9 - Ranking das 15 principais Atividades Econômicas das Aquisições interestaduais do
Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos de uso humano 3.288,03 4.087,48 4.475,41 4.235,35
2 Comercial G Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários 3.083,41 3.312,31 3.380,54 3.425,00
3 Administração Pública O Administração pública em geral 1.166,87 2.933,87 929,06 6.521,98
4 Comercial G Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 2.019,85 2.307,75 2.443,40 2.484,95
5 Comercial G Comércio varejista de mercadorias em geral 1.552,02 1.615,42 1.845,68 2.079,52
6 Energia Elétrica D Geração de energia elétrica 924,19 1.191,30 1.172,78 1.001,04
7 Energia Elétrica D Distribuição de energia elétrica 658,35 752,66 974,25 1.262,28
8 Comercial G Comércio a varejo de motocicletas e motonetas novas 735,54 635,25 693,57 694,44
9 Industrial C Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 477,02 620,80 733,27 913,82
10 Comercial G Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 567,59 615,93 660,11 745,83
11 Comercial G Comércio varejista de móveis 539,31 560,13 571,52 667,06
12 Comercial G Comércio varejista de materiais de construção em geral 515,96 563,29 635,13 598,28
13 Combustível G Comércio atacadista de combustível 516,74 480,64 510,50 604,76
14 Comercial G Comércio atacadista peças,acessórios novos para veículos 431,16 471,56 544,91 634,00
15 Industrial C Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar 445,05 479,61 516,12 560,72
16.921,11 20.628,01 20.086,22 26.429,04
35.446,35 41.452,91 43.592,47 53.260,68
47,7% 49,8% 46,1% 49,6%
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 15 maiores aquisições por atividade
Total Geral das Aquisições Interestaduais
Participação % Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015) Nota: Valores nominais em milhões.
No tocante às saídas interestaduais, a Tabela 10 elenca as 15 principais atividades
econômicas responsáveis por cerca de 50% das exportações do Ceará, no período de 2011 a
2014.
As indústrias são as maiores exportadoras, principalmente as das atividades de:
fabricação de calçados de material sintético; fabricação de calçados de couro; confecção de
peças do vestuário, exceto roupas íntimas; produção de tubos de aço com costura; fabricação
de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar; confecção de roupas íntimas; tecelagem de fios
de algodão; fabricação de desinfetantes domissanitários; fabricação de cervejas e chopes;
moagem de trigo e fabricação de derivados; e fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas.
Estas atividades tiveram um incremento de 46% nas vendas em 2014 (R$ 11,40 bilhões) em
relação a 2011 (R$ 7,81 bilhões).
A atividade de geração de energia elétrica apresentou forte crescimento nas
exportações interestaduais a partir de 2012, quando realizava saídas no valor de R$ 871,28
milhões e passou para R$ 2,69 bilhões em 2013.
O comércio predominante nas saídas interestaduais é o Atacadista, mas
especificamente das atividades de: atacadista de medicamentos de uso humano; atacadista de
cosméticos e perfumaria; e atacadista de produtos siderúrgicos e metalúrgicos.
26
Tabela 10 - Ranking das 15 principais Atividades Econômicas nas Vendas interestaduais do
Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Industrial C Fabricação de calçados de material sintético 1.922,74 2.524,98 2.797,82 2.709,07
2 Energia Elétrica D Geração de energia elétrica 704,97 871,28 2.692,57 3.354,45
3 Industrial C Fabricação de calçados de couro 1.281,37 1.482,56 1.721,72 2.045,35
4 Industrial C Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 1.194,74 1.238,18 1.441,19 1.877,60
5 Industrial C Produção de tubos de aço com costura 740,81 719,06 1.018,12 933,67
6 Industrial C Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar 642,12 840,21 778,05 772,60
7 Industrial C Confecção de roupas íntimas 514,07 605,19 637,54 708,64
8 Industrial C Tecelagem de fios de algodão 537,99 591,40 583,44 599,32
9 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos de uso humano 245,06 595,61 791,91 646,59
10 Industrial C Fabricação de desinfestantes domissanitários 232,80 358,82 410,00 655,00
11 Industrial C Fabricação de cervejas e chopes 254,46 272,34 292,20 478,59
12 Comercial G Comércio atacadista de cosméticos e perfumaria 276,10 314,19 339,84 344,65
13 Industrial C Moagem de trigo e fabricação de derivados 283,86 266,60 283,66 342,77
14 Comercial G Comércio atacadista de prod siderúrgicos e metalúrgicos 229,48 291,46 316,00 604,00
15 Industrial C Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas 206,81 246,04 284,24 279,05
9.267,39 11.217,91 14.388,31 16.351,35
18.900,73 21.679,31 25.764,40 28.905,41
49,0% 51,7% 55,8% 56,6%
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 15 maiores vendas por atividade
Total Geral das Vendas Interestaduais
Participação % Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015) Nota: Valores nominais em milhões.
4.4 Fluxo Interestadual por Intensidade Tecnológica
Nesta subseção, as transações comerciais do Ceará são analisadas a partir da
qualificação da intensidade tecnológica dos produtos comercializados, em conformidade com
a classificação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
que desagrega as mercadorias industrializadas transacionadas em faixas de intensidade
tecnológica, utilizando para isto os códigos de Nomenclatura Comum do MERCOSUL –
NCM dos produtos comercializados registrados nas NF-e.
Com a análise da Tabela 11, verificamos que o Estado do Ceará importa mais
produtos industrializados de média alta intensidade tecnológica, com 41% das aquisições em
2011, 42% em 2012, 39% em 2013 e 42% em 2014. Outra parte significativa das aquisições
decorre de produtos industrializados de baixa intensidade tecnológica, em média 35% ao ano.
As exportações do estado são fundamentalmente constituídas de bens produzidos
sob condições de baixa intensidade tecnológica. Esta categoria corresponde a 64% das vendas
interestaduais em 2011 e 68% das vendas em 2014. A participação das vendas dos produtos
de alta intensidade tecnológica é desprezível, em média 5,5% do total exportado no período.
27
Tabela 11 - Operações interestaduais por Intensidade Tecnológica dos produtos
comercializados no período de 2011 a 2014
Valor % Valor % Valor % Valor %
Alta 3.503,44 11% 4.332,00 11% 4.524,75 11% 4.387,80 9%
Média-alta 13.163,09 41% 15.652,66 42% 15.346,60 39% 19.488,37 42%
Média-baixa 4.106,40 13% 4.678,24 12% 5.205,74 13% 6.036,08 13%
Baixa 11.325,20 35% 13.043,71 35% 14.306,73 36% 16.529,88 36%
Total 32.098,12 100% 37.706,61 100% 39.383,82 100% 46.442,14 100%
Alta 776,98 5% 1.127,73 6% 1.314,88 6% 1.279,09 5%
Média-alta 2.842,54 17% 3.332,91 17% 3.711,84 16% 3.954,55 15%
Média-baixa 2.486,48 15% 2.764,09 14% 3.097,90 13% 3.392,58 13%
Baixa 10.842,64 64% 12.533,61 63% 15.602,03 66% 17.934,60 68%
Total 16.948,65 100% 19.758,34 100% 23.726,64 100% 26.560,81 100%
2014
Entradas
2011 2012 2013Intensidade
TecnológicaOperação
Saídas
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015) Nota: Valores nominais em milhões.
4.5 Fluxo Interestadual por Origem e Destino
A análise do comércio interestadual do Ceará, objetivo principal deste trabalho,
pode ser feita com base na Tabela 12 que apresenta a balança comercial do Ceará com os
demais entes federados no período de 2011 a 2014. Observa-se o alto grau de dependência do
Estado com a região Sudeste, de onde provêm em média 48% das compras e 33% das vendas
interestaduais no período de 2011 a 2014. Nesta região destaca-se o estado de São Paulo com
34,1% das compras e 18,5% das vendas interestaduais, em média, com o Estado do Ceará.
Como resultado destas operações, a balança comercial com a região Sudeste é deficitária. Em
menor grau, porém ainda deficitária, é a relação com a região Sul, que provém em média
15,2% das compras e 9,3% das vendas interestaduais.
O Estado do Ceará, em todo o período analisado, possui saldo da balança
comercial negativa com todas as regiões do país, no total de -R$ 16,45 bilhões em 2011 e –R$
24,35 bilhões em 2014.
Observa-se um aumento nas aquisições da Região Centro-Oeste de 88,7%, com
4,6% do total das entradas em 2011 e 8,7% em 2014. Com destaque nesta região para o
Distrito Federal com redução do saldo comercial de 124.587% em 2014 (-R$ 2,02 bilhões) em
relação a 2011 (R$ 1,62 milhão).
28
Tabela 12 – Saldo do comércio interestadual no Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 UF
Saldo Saldo Saldo Saldo
NORTE 2.422,41 6,8% 1.973,79 10,4% -448,62 2.481,48 6,0% 2.345,47 10,8% -136,01 3.035,03 7,0% 2.710,43 10,5% -324,59 4.057,02 7,6% 3.211,24 11,1% -845,78
Acre 0,73 0,0% 28,94 0,2% 28,21 1,42 0,0% 33,74 0,2% 32,32 1,30 0,0% 44,63 0,2% 43,33 1,48 0,0% 57,55 0,2% 56,08
Amapá 1,47 0,0% 197,10 1,0% 195,62 4,10 0,0% 250,55 1,2% 246,45 5,94 0,0% 246,99 1,0% 241,05 13,76 0,0% 264,98 0,9% 251,22
Amazonas 1.465,41 4,1% 582,6114 3,1% -882,80 1.404,64 3,4% 638,7035 2,9% -765,93 1.823,83 4,2% 774,9911 3,0% -1.048,84 2.649,02 5,0% 829,6908 2,9% -1.819,33
Pará 706,35 2,0% 906,84 4,8% 200,49 807,07 1,9% 1.132,61 5,2% 325,55 854,34 2,0% 1.299,66 5,0% 445,31 982,07 1,8% 1.660,05 5,7% 677,98
Rondônia 30,75 0,1% 80,01 0,4% 49,26 35,42 0,1% 80,62 0,4% 45,21 51,58 0,1% 94,62 0,4% 43,04 88,56 0,2% 121,00 0,4% 32,43
Roraima 6,28 0,0% 59,86 0,3% 53,57 7,29 0,0% 72,21 0,3% 64,92 5,75 0,0% 73,92 0,3% 68,17 5,89 0,0% 90,26 0,3% 84,37
Tocantins 211,41 0,6% 118,42 0,6% -92,98 221,55 0,5% 137,04 0,6% -84,51 292,27 0,7% 175,62 0,7% -116,65 316,24 0,6% 187,71 0,6% -128,54
NORDESTE 8.393,94 23,7% 8.007,98 42,4% -385,96 10.078,94 24,3% 9.276,33 42,8% -802,61 10.240,71 23,5% 10.480,47 40,7% 239,77 11.989,30 22,5% 11.569,01 40,0% -420,29
Alagoas 516,87 1,5% 314,29 1,7% -202,58 445,19 1,1% 379,90 1,8% -65,30 543,74 1,2% 391,66 1,5% -152,08 630,86 1,2% 394,67 1,4% -236,19
Bahia 1.549,68 4,4% 1.108,47 5,9% -441,20 2.347,10 5,7% 1.478,74 6,8% -868,36 2.253,99 5,2% 1.554,78 6,0% -699,22 2.518,52 4,7% 1.715,17 5,9% -803,36
Maranhão 480,57 1,4% 1.239,49 6,6% 758,92 568,56 1,4% 1.352,90 6,2% 784,35 623,44 1,4% 1.586,00 6,2% 962,56 808,53 1,5% 1.795,20 6,2% 986,66
Paraíba 1.140,06 3,2% 853,26 4,5% -286,80 1.258,93 3,0% 905,91 4,2% -353,02 1.186,00 2,7% 1.055,48 4,1% -130,52 1.224,68 2,3% 1.187,92 4,1% -36,76
Pernambuco 3.289,47 9,3% 1.646,16 8,7% -1.643,31 3.829,65 9,2% 1.928,72 8,9% -1.900,93 3.825,47 8,8% 2.200,19 8,5% -1.625,28 4.455,00 8,4% 2.261,34 7,8% -2.193,65
Piauí 408,51 1,2% 1.132,10 6,0% 723,59 536,01 1,3% 1.360,47 6,3% 824,47 609,74 1,4% 1.581,38 6,1% 971,64 716,63 1,3% 1.827,95 6,3% 1.111,32
Rio Grande do Norte 753,71 2,1% 1.459,36 7,7% 705,65 881,08 2,1% 1.604,72 7,4% 723,64 959,71 2,2% 1.843,73 7,2% 884,02 1.347,67 2,5% 2.090,22 7,2% 742,55
Sergipe 255,08 0,7% 254,86 1,3% -0,22 212,42 0,5% 264,97 1,2% 52,55 238,61 0,5% 267,25 1,0% 28,64 287,40 0,5% 296,54 1,0% 9,14
SUDESTE 17.546,30 49,5% 6.201,96 32,8% -11.344,33 20.099,47 48,5% 7.096,38 32,7% -13.003,09 21.374,97 49,0% 8.741,37 33,9% -12.633,60 24.322,11 45,7% 9.435,62 32,6% -14.886,49
Espírito Santo 805,71 2,3% 312,85 1,7% -492,86 819,74 2,0% 346,14 1,6% -473,60 891,01 2,0% 425,49 1,7% -465,52 972,01 1,8% 514,54 1,8% -457,47
Minas Gerais 2.082,81 5,9% 911,00 4,8% -1.171,81 2.346,58 5,7% 1.058,54 4,9% -1.288,04 2.714,66 6,2% 1.340,05 5,2% -1.374,61 2.950,85 5,5% 1.414,98 4,9% -1.535,87
Rio de Janeiro 2.316,92 6,5% 1.503,91 8,0% -813,01 2.708,89 6,5% 1.715,85 7,9% -993,05 2.731,85 6,3% 2.018,50 7,8% -713,36 2.736,63 5,1% 2.312,30 8,0% -424,33
São Paulo 12.340,86 34,8% 3.474,20 18,4% -8.866,65 14.224,26 34,3% 3.975,86 18,3% -10.248,40 15.037,45 34,5% 4.957,33 19,2% -10.080,12 17.662,62 33,2% 5.193,80 18,0% -12.468,82
SUL 5.444,45 15,4% 1.744,95 9,2% -3.699,50 6.215,25 15,0% 1.839,80 8,5% -4.375,45 6.467,81 14,8% 2.449,88 9,5% -4.017,93 8.245,31 15,5% 2.867,69 9,9% -5.377,62
Paraná 1.821,48 5,1% 644,20 3,4% -1.177,28 2.207,68 5,3% 723,30 3,3% -1.484,38 1.911,84 4,4% 889,03 3,5% -1.022,81 2.921,77 5,5% 1.036,95 3,6% -1.884,81
Rio Grande do Sul 1.895,57 5,3% 541,18 2,9% -1.354,39 2.145,46 5,2% 528,29 2,4% -1.617,18 2.402,91 5,5% 777,72 3,0% -1.625,19 2.673,57 5,0% 858,29 3,0% -1.815,28
Santa Catarina 1.727,40 4,9% 559,57 3,0% -1.167,84 1.862,11 4,5% 588,22 2,7% -1.273,89 2.153,06 4,9% 783,13 3,0% -1.369,93 2.649,97 5,0% 972,44 3,4% -1.677,53
CENTRO-OESTE 1.639,25 4,6% 972,04 5,1% -667,21 2.577,77 6,2% 1.121,33 5,2% -1.456,44 2.473,95 5,7% 1.382,24 5,4% -1.091,71 4.646,93 8,7% 1.821,87 6,3% -2.825,07
Distrito Federal 205,93 0,6% 207,55 1,1% 1,62 606,68 1,5% 236,14 1,1% -370,54 150,93 0,3% 332,89 1,3% 181,97 2.438,79 4,6% 418,72 1,4% -2.020,07
Goiás 1.086,27 3,1% 462,70 2,4% -623,57 1.454,64 3,5% 511,51 2,4% -943,12 1.667,23 3,8% 625,51 2,4% -1.041,72 1.686,37 3,2% 783,22 2,7% -903,15
Mato Grosso 187,59 0,5% 207,97 1,1% 20,39 332,90 0,8% 242,18 1,1% -90,71 470,94 1,1% 228,23 0,9% -242,71 307,66 0,6% 371,97 1,3% 64,30
Mato Grosso do Sul 159,47 0,4% 93,83 0,5% -65,64 183,55 0,4% 131,50 0,6% -52,06 184,85 0,4% 195,60 0,8% 10,75 214,11 0,4% 247,96 0,9% 33,85
BRASIL 35.446,35 100,0% 18.900,73 100,0% -16.545,62 41.452,91 100,0% 21.679,31 100,0% -19.773,60 43.592,47 100,0% 25.764,40 100,0% -17.828,07 53.260,68 100,0% 28.905,41 100,0% -24.355,26
Entradas Saídas
2011 2012
Entradas Saídas
2013
Entradas Saídas
2014
Entradas Saídas
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores nominais em milhões.
29
A Tabela 13 apresenta o ranking da variação do saldo da balança comercial do
Ceará com as demais unidades da Federação no período analisado.
No período de 2011 a 2014 em relação aos 26 estados brasileiros, o estado do
Ceará apresentou variação positiva do saldo comercial com 12 deles, no entanto, a balança
comercial é superavitária apenas com os estados do: Pará, Acre, Roraima, Piauí, Maranhão,
Amapá, Rio Grande do Norte e Rondônia, todos da região Norte e Nordeste.
Os estados que apresentam os maiores saldos comerciais deficitários acumulados
no período são: São Paulo (-R$ 41,66 bilhões), Pernambuco (-R$ 7,36 bilhões) e Rio Grande
do Sul (-R$ 6,41 bilhões), das Regiões Sudeste, Nordeste e Sul, respectivamente.
Apesar de a Região Nordeste ser o principal polo importador de mercadorias do
Ceará, o saldo deficitário da balança comercial dos estados desta Região aumentou em 8,9%
no período em análise, passando de –R$ 385,96 milhões em 2011 para –R$ 420,29 milhões
em 2014. O Estado de Pernambuco é o grande responsável pelo saldo deficitário, já que é o 2º
Estado que mais vende para o Ceará, perdendo apenas para São Paulo.
O estado do Ceará teve um aumento de 47,2% no saldo deficitário de sua balança
comercial em 2014 (-R$24,35 bilhões) em relação a 2011 (-R$16,54 bilhões). Apresentou
aumento superavitário de saldo comercial com os Estados da Região Norte: Pará (238,2%),
Mato Grosso (215,4%), Acre (98,8%), Roraima (57,5%) e Amapá (28,4%). E da Região
Nordeste com os Estados do: Sergipe (4325%), Piauí (53,6%), Maranhão (30%), Alagoas
(16,6%) e Rio Grande do Norte (5,25%).
30
Tabela 13 - Ranking da variação do saldo comercial do Estado do Ceará
UFΔ Saldo
2014/2011
Sergipe (0,22) 52,55 28,64 9,14 4325,0%
Pará 200,49 325,55 445,31 677,98 238,2%
Mato Grosso 20,39 (90,71) (242,71) 64,30 215,4%
Mato Grosso do Sul (65,64) (52,06) 10,75 33,85 151,6%
Acre 28,21 32,32 43,33 56,08 98,8%
Paraíba (286,80) (353,02) (130,52) (36,76) 87,2%
Roraima 53,57 64,92 68,17 84,37 57,5%
Piauí 723,59 824,47 971,64 1.111,32 53,6%
Rio de Janeiro (813,01) (993,05) (713,36) (424,33) 47,8%
Maranhão 758,92 784,35 962,56 986,66 30,0%
Amapá 195,62 246,45 241,05 251,22 28,4%
Rio Grande do Norte 705,65 723,64 884,02 742,55 5,2%
Espírito Santo (492,86) (473,60) (465,52) (457,47) -7,2%
Alagoas (202,58) (65,30) (152,08) (236,19) -16,6%
Minas Gerais (1.171,81) (1.288,04) (1.374,61) (1.535,87) -31,1%
Pernambuco (1.643,31) (1.900,93) (1.625,28) (2.193,65) -33,5%
Rio Grande do Sul (1.354,39) (1.617,18) (1.625,19) (1.815,28) -34,0%
Rondônia 49,26 45,21 43,04 32,43 -34,2%
Tocantins (92,98) (84,51) (116,65) (128,54) -38,2%
São Paulo (8.866,65) (10.248,40) (10.080,12) (12.468,82) -40,6%
Santa Catarina (1.167,84) (1.273,89) (1.369,93) (1.677,53) -43,6%
Goiás (623,57) (943,12) (1.041,72) (903,15) -44,8%
Paraná (1.177,28) (1.484,38) (1.022,81) (1.884,81) -60,1%
Bahia (441,20) (868,36) (699,22) (803,36) -82,1%
Amazonas (882,80) (765,93) (1.048,84) (1.819,33) -106,1%
Distrito Federal 1,62 (370,54) 181,97 (2.020,07) -124586,8%
BRASIL (16.545,62) (19.773,60) (17.828,07) (24.355,26) -47,2%
2011 2012 2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores nominais em milhões.
31
5. FLUXO DE COMÉRCIO POR REGIÕES
Neste tópico abordaremos detalhadamente as operações interestaduais realizadas
pelo Ceará com a Região Nordeste e a Região Sudeste. A escolha destas regiões decorre em
virtude de serem a primeira a maior compradora e a segunda a maior vendedora de
mercadorias para o Ceará.
5.1 Região Nordeste
Das compras realizadas pelo Ceará no período de 2011 a 2014, em média 23,4%
provém da região Nordeste, com R$ 8,39 bilhões em 2011 e R$ 11,98 bilhões em 2014.
O principal vendedor desta região é o estado de Pernambuco, com R$ 3,28
bilhões em 2011 e R$ 4,45 bilhões em 2014. Outro destaque desta Região é o estado da
Bahia, que aumentou as exportações para o Ceará em 62,5%, passando de R$ 1,54 bilhão em
2011 para R$ 2,51 bilhões em 2014. (GRÁFICO 1)
Gráfico 1 - Aquisições da Região Nordeste por Estado no período 2011 a 2014
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
3.000,00
3.500,00
4.000,00
4.500,00
5.000,00
Alagoas Bahia Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte
Sergipe
Em m
ilhõ
es
2011 2012 2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
32
Os maiores compradores desta região são do segmento de Comercial, Varejista e
Atacadista, que em 2011 adquiriram juntos R$ 4,38 bilhões em 2011 (52% do total), e em
2014 R$ 6,17 bilhões (51% do total).
Tabela 14 - Entradas interestaduais da Região Nordeste por Segmento Econômico do
Adquirente no período de 2011 a 2014
Entradas % Entradas % Entradas % Entradas %
Administração Pública 258,45 3,1% 609,70 6,0% 113,18 1,1% 108,50 0,9%
Combustível 634,93 7,6% 612,37 6,1% 480,89 4,7% 1.004,20 8,4%
Comércio Atacadista 1.950,21 23,2% 2.350,58 23,3% 2.519,02 24,6% 2.847,13 23,7%
Comércio Varejista 2.430,18 29,0% 2.787,82 27,7% 3.098,73 30,3% 3.324,81 27,7%
Construção Civil 177,22 2,1% 193,87 1,9% 278,05 2,7% 457,23 3,8%
Energia Elétrica 392,70 4,7% 543,26 5,4% 389,86 3,8% 417,76 3,5%
Industrial 2.140,19 25,5% 2.416,70 24,0% 2.620,47 25,6% 3.044,41 25,4%
Outros segmentos 69,52 0,8% 91,57 0,9% 102,77 1,0% 119,89 1,0%
Produtor Agropecuário 145,75 1,7% 257,66 2,6% 363,05 3,5% 381,51 3,2%
Sem inscrição no CGF 114,49 1,4% 137,84 1,4% 177,87 1,7% 169,22 1,4%
Serviços de Alimentação 43,38 0,5% 49,99 0,5% 67,02 0,7% 85,54 0,7%
Servicos de Comunicação 5,38 0,1% 5,43 0,1% 8,04 0,1% 5,29 0,0%
Serviços de Transporte 31,52 0,4% 22,14 0,2% 21,76 0,2% 23,80 0,2%
Total 8.393,93 100% 10.078,94 100% 10.240,71 100% 11.989,30 100%
20142011Segmento Econômico
2012 2013
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Na Tabela 15 enumeramos as principais atividades econômicas dos adquirentes
por ordem decrescente das aquisições acumuladas no período em análise.
Destacamos as principais atividades econômicas compradoras de mercadorias da
Região Nordeste: Comércio varejista de mercadorias em geral; Comércio atacadista de
produtos alimentícios em geral; Comércio atacadista de álcool carburante, biodiesel, gasolina;
Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores; Comércio varejista de
materiais de construção em geral; Administração pública em geral; Geração de energia
elétrica; Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários; Comércio atacadista de
medicamentos e drogas de uso humano e Fabricação de alimentos para animais. Estas
atividades elencadas representam em média 38,5% do total das aquisições realizadas da
Região Nordeste no período analisado. (TABELA 15)
Convém ressaltar que a Administração Pública está entre os maiores adquirentes
desta região, com R$ 257,45 milhões em 2011 e R$ 108,06 milhões em 2014. Destacamos
ainda o aumento de 197% das aquisições realizadas pelo Comércio Varejista de combustíveis
em 2014, no valor de R$ 507,51 milhões em comparação com 2011, no valor de R$ 170,74
milhões.
33
Tabela 15 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas nas Aquisições Interestaduais
do Estado do Ceará no período de 2011 a 2014 da Região Nordeste Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Comercial G Comércio varejista de mercadorias em geral 766,01 795,26 896,78 1.019,66
2 Comercial G Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 680,90 752,79 795,72 821,02
3 Combustível G Comércio atacadista de álcool, biodiesel, gasolina 435,54 409,32 332,83 463,16
4 Comercial G Comércio varejista de combustíveis para veículos 170,74 261,73 430,05 507,51
5 Comercial G Comércio varejista de materiais de construção em geral 256,83 293,48 330,34 318,42
6 Adm. Pública O Administração pública em geral 257,45 608,90 94,37 108,06
7 Energia D Geração de energia elétrica 272,29 409,84 191,86 169,83
8 Comercial G Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários 182,94 209,86 300,53 295,29
9 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos de uso humano 151,74 184,11 249,83 300,17
10 Industrial C Fabricação de alimentos para animais 169,17 216,06 203,48 295,02
3.343,60 4.141,35 3.825,79 4.298,13
8.393,94 10.078,94 10.240,71 11.989,30
39,8% 41,1% 37,4% 35,8%
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores adquirentes por atividade
Total Geral das Aquisições Interestaduais
Participação % Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
A região Nordeste é o maior adquirente de mercadorias do estado do Ceará, com
R$ 8 bilhões em 2011, o que corresponde a 42,4% do total das exportações, e R$ 11,56
bilhões em 2014, equivalente a 40% do total. (Tabela 12)
O Gráfico 2 a seguir apresenta as aquisições realizadas pelos estados da Região
Nordeste no período de 2011 a 2014. Observa-se que os maiores compradores desta região
foram os estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, totalizando R$ 3,10 bilhões em 2011
e R$ 4,35 bilhões em 2014. E destacam-se como os menores compradores os estados de
Alagoas e Sergipe, com apenas 6,5% do total das vendas para a região no período analisado.
34
Gráfico 2 – Vendas realizadas para a Região Nordeste por Estado no período 2011 a 2014
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
Alagoas Bahia Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do
Norte
Sergipe
Va
lore
s em
mil
hõ
es
2011 2012 2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
De acordo com a Tabela 16, mais da metade das operações de vendas realizadas
para a região Nordeste foram efetuadas por contribuintes do segmento Industrial. Este
segmento exportou R$ 5,51 bilhões em 2011, o equivalente a 68,9% das vendas para esta
região, e R$ 7,38 bilhões em 2014, 63,9% do total.
O segmento de Produtor Agropecuário apesar de pouco significativo em termos
monetários apresentou uma variação positiva de 53,5% na participação das vendas para a
região, passando de 1,6% em 2011 para 2,5% em 2014.
35
Tabela 16 - Saídas interestaduais para a Região Nordeste por Segmento Econômico do
Remetente no período de 2011 a 2014
Saídas % Saídas % Saídas % Saídas %
Combustível 338,45 4,2% 426,80 4,6% 407,24 3,9% 474,50 4,1%
Comércio Atacadista 1.482,33 18,5% 1.691,56 18,2% 2.041,60 19,5% 2.213,10 19,1%
Comércio Varejista 427,25 5,3% 536,52 5,8% 546,25 5,2% 628,02 5,4%
Construção Civil 6,65 0,1% 3,10 0,0% 3,53 0,0% 12,93 0,1%
Energia Elétrica 18,09 0,2% 64,21 0,7% 336,94 3,2% 395,66 3,4%
Industrial 5.517,66 68,9% 6.236,00 67,2% 6.736,31 64,3% 7.389,33 63,9%
Outros segmentos 20,36 0,3% 25,71 0,3% 33,58 0,3% 34,42 0,3%
Produtor Agropecuário 130,10 1,6% 204,29 2,2% 272,82 2,6% 288,42 2,5%
Sem inscrição no CGF 62,62 0,8% 78,52 0,8% 68,34 0,7% 91,65 0,8%
Serviços de Alimentação 2,54 0,0% 2,65 0,0% 4,28 0,0% 13,63 0,1%
Servicos de Comunicação 0,81 0,0% 3,94 0,0% 23,41 0,2% 24,33 0,2%
Serviços de Transporte 1,13 0,0% 3,02 0,0% 6,17 0,1% 3,02 0,0%
Total 8.007,98 100% 9.276,33 100% 10.480,47 100% 11.569,01 100%
2014Segmento Econômico
2011 2012 2013
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Desagregando estas operações, na Tabela 17 relacionamos as 10 principais
atividades econômicas responsáveis pelas vendas para a região Nordeste, que representam em
torno de 1/4 do total das vendas, isto demonstra que as vendas para esta região são
pulverizadas por diversas atividades econômicas.
As atividades que mais exportaram para a região Nordeste são do segmento
Industrial, especificamente de: Fabricação de calçados de material sintético; Confecção de
peças do vestuário, exceto roupas íntimas; Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de
lavar; Produção de tubos de aço com costura; Moagem de trigo e fabricação de derivados;
Fabricação de calçados de couro; Fabricação de cimento e Confecção de roupas íntimas.
No segmento comercial ressalta-se a atividade de comércio atacadista de
medicamentos de uso humano, com um incremento de 119% das vendas em 2014, no valor de
R$ 434,74 milhões, em comparação com 2011, R$ 198,88 milhões.
Salienta-se ainda que o maior incremento nas vendas foi da atividade de Geração
de Energia Elétrica com 2104% em 2014 comparativamente a 2011. Em 2011 realizou vendas
no valor de R$ 17,94 milhões e em 2014, no valor de R$ 395,40 milhões.
36
Tabela 17 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas das Saídas Interestaduais do
Estado do Ceará para a Região Nordeste no período de 2011 a 2014 Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Industrial C Fabricação de calçados de material sintético 382,31 517,46 592,90 533,31
2 Industrial C Confecção de peças do vestuáírio, exceto roupas íntimas 454,47 450,46 504,30 582,31
3 Industrial C Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar 296,90 401,17 359,74 369,49
4 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos de uso humano 198,88 279,41 426,34 434,74
5 Industrial C Produção de tubos de aço com costura 290,43 288,17 401,07 387,96
6 Industrial C Moagem de trigo e fabricação de derivados 249,64 231,00 240,82 283,88
7 Industrial C Fabricação de calçados de couro 189,66 209,47 235,25 268,44
8 Energia D Geração de energia elétrica 17,94 58,55 336,94 395,40
9 Industrial C Fabricação de cimento 166,20 181,91 167,01 291,95
10 Industrial C Confecção de roupas íntimas 136,79 193,11 212,10 231,95
2.000,91 2.293,24 2.883,57 3.246,11
8.007,98 9.276,33 10.480,47 11.569,01
25,0% 24,7% 27,5% 28,1%
Total Geral das Vendas Interestaduais
Participação %
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores vendedores por atividade
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Em relação a análise qualitativa do comércio interestadual do Ceará com a Região
Nordeste, verifica-se na Tabela 18 que tanto as aquisições como as vendas realizadas para esta
região são em grande parte de produtos industrializados de baixa intensidade tecnológica, em
média esses produtos representam 54% das aquisições e 56% das vendas para a região.
Tabela 18 - Operações Interestaduais do Estado do Ceará com a Região Nordeste por
Intensidade Tecnológica no período de 2011 a 2014
Valor % Valor % Valor % Valor %
Alta 145,87 2% 162,10 2% 165,98 2% 174,99 2%
Média-alta 1.759,68 25% 2.745,13 32% 2.273,99 26% 2.335,04 23%
Média-baixa 1.162,69 16% 1.452,98 17% 1.605,46 18% 1.918,13 19%
Baixa 4.036,65 57% 4.349,04 50% 4.637,71 53% 5.736,76 56%
Total 7.104,90 100% 8.709,25 100% 8.683,13 100% 10.164,92 100%
Alta 463,51 7% 556,24 7% 623,23 7% 668,15 6%
Média-alta 1.402,53 20% 1.772,04 22% 2.020,17 22% 2.139,81 21%
Média-baixa 1.214,20 18% 1.347,65 17% 1.420,72 15% 1.439,04 14%
Baixa 3.821,02 55% 4.416,86 55% 5.226,37 56% 6.040,17 59%
Total 6.901,25 100% 8.092,79 100% 9.290,49 100% 10.287,18 100%
Saídas
2011 2012Operação
Intensidade
Tecnológica
Entradas
2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Visando agregar valor a análise da matriz do fluxo de comércio do Ceará com a
região Nordeste, detalhamos no Anexo D, as operações realizadas com o estado do Piauí. A
escolha deste estado ocorre em virtude de se tratar de um dos estados mais pobres da região e
do país.
37
5.2 Região Sudeste
As importações do Ceará demonstram uma fortíssima concentração na região
Sudeste, com R$ 20,83 bilhões e 48,2% em média do total das aquisições no período de 2011
a 2014. (TABELA 12)
O Estado de São Paulo é o mais representativo com aproximadamente 70% do
total das aquisições da região, no valor de R$ 12,34 bilhões em 2011 e R$ 17,66 bilhões em
2014, conforme se observa no Gráfico 3 abaixo.
Gráfico 3 - Aquisições da Região Sudeste por Estado no período 2011 a 2014
0,00
2.000,00
4.000,00
6.000,00
8.000,00
10.000,00
12.000,00
14.000,00
16.000,00
18.000,00
20.000,00
Espírito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo
Em
mil
hõ
es
2011 2012 2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
De acordo com as Tabela 19 e 20 a seguir, os principais adquirentes desta região
são do segmento Comercial, principalmente das atividades de: Comércio atacadista de
medicamentos e drogas de uso humano; Comércio a varejo de automóveis, camionetas e
utilitários; Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral; Comércio atacadista de
peças e acessórios novos para veículos. Estas atividades adquiriram em 2011, R$ 6,33 bilhões
e em 2014, R$ 7,40 bilhões.
Os segmentos de Combustível e Comunicação tiveram um crescimento expressivo
de 57% e 54%, respectivamente, em 2014 comparativamente com 2011.
38
Tabela 19 - Entradas interestaduais da Região Sudeste por Segmento Econômico do
Adquirente no período de 2011 a 2014
Entradas % Entradas % Entradas % Entradas %
Administração Pública 400,65 2,3% 1.167,43 5,8% 384,94 1,8% 2.302,63 9,5%
Combustível 137,97 0,8% 132,64 0,7% 169,89 0,8% 217,30 0,9%
Comércio Atacadista 6.453,66 36,8% 7.137,88 35,5% 7.799,21 36,5% 7.892,99 32,5%
Comércio Varejista 4.766,68 27,2% 5.038,30 25,1% 5.308,09 24,8% 5.666,72 23,3%
Construção Civil 310,83 1,8% 365,72 1,8% 328,19 1,5% 438,40 1,8%
Energia Elétrica 838,11 4,8% 1.100,26 5,5% 1.466,10 6,9% 1.393,37 5,7%
Industrial 3.578,30 20,4% 3.932,15 19,6% 4.593,51 21,5% 4.937,74 20,3%
Outros segmentos 189,94 1,1% 219,87 1,1% 223,22 1,0% 297,17 1,2%
Produtor Agropecuário 90,43 0,5% 117,04 0,6% 159,89 0,7% 170,31 0,7%
Sem inscrição no CGF 393,59 2,2% 435,58 2,2% 466,20 2,2% 474,46 2,0%
Serviços de Alimentação 50,08 0,3% 60,84 0,3% 78,91 0,4% 93,72 0,4%
Servicos de Comunicação 158,37 0,9% 165,26 0,8% 246,05 1,2% 243,91 1,0%
Serviços de Transporte 177,69 1,0% 226,50 1,1% 150,77 0,7% 193,41 0,8%
Total 17.546,30 100% 20.099,47 100% 21.374,97 100% 24.322,11 100%
Segmento Econômico2011 2012 2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Na tabela 20 elencamos as 10 principais atividades econômicas adquirentes da
região sudeste. Salienta-se que as empresas destas atividades são responsáveis por quase
metade das compras da região sudeste.
O segmento energia elétrica é um importante consumidor desta região,
especificamente da atividade de Geração de Energia Elétrica, que teve um aumento de 82%,
com R$ 732,28 milhões em 2014 e R$ 338,96 milhões em 2011.
Outro segmento que merece destaque é o Industrial, particularmente das
atividades de: fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e confecção de peças
do vestuário, exceto roupas íntimas.
Convém ressaltar que a Administração Pública apresenta uma movimentação
oscilante, com aumento de 193% das aquisições oriundas desta região de 2012 comparada a
2011, uma redução de 67% entre 2012 e 2013, e um incremento de 502% entre 2013 e 2014.
39
Tabela 20 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas Adquirentes da Região Sudeste
no período de 2011 a 2014 Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano 2.792,61 3.299,34 3.542,06 3.294,49
2 Comercial G Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários 1.922,46 2.124,78 2.213,52 2.164,77
3 Adm. Pública O Administração pública em geral 396,77 1.161,77 378,25 2.277,06
4 Comercial G Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 918,97 984,85 1.054,80 1.056,70
5 Energia D Geração de energia elétrica 434,87 649,46 891,04 732,28
6 Energia D Distribuição de energia elétrica 338,96 373,81 479,31 615,81
7 Comercial G Comércio atacadista de peças e acessórios novos para veículos 328,01 351,73 401,43 462,19
8 Industrial C Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar 330,46 367,11 382,63 448,45
9 Comercial G Comércio varejista de mercadorias em geral 373,13 351,63 364,35 428,12
10 Industrial C Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 258,56 343,27 390,16 454,54
8.094,79 10.007,75 10.097,54 11.934,41
17.546,30 20.099,47 21.374,97 24.322,11
46,1% 49,8% 47,2% 49,1%
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores adquirentes por atividade
Total Geral das Aquisições Interestaduais
Participação % Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
No tocante às vendas para esta região, elas representam 32,8% do total exportado
nas operações interestaduais em 2011 (R$ 6,20 bilhões) e 32,6% em 2014 (R$ 9,43 bilhões),
sendo o Estado de São Paulo o principal adquirente com R$ 3,47 bilhões em 2011 e R$ 5,19
bilhões em 2014. Constata-se no Gráfico 4 abaixo, um aumento significativo de 25% nas
aquisições de São Paulo entre 2012 e 2013.
Gráfico 4 – Vendas realizadas para a Região Sudeste por Estado no período 2011 a 2014
0,00
1.000,00
2.000,00
3.000,00
4.000,00
5.000,00
6.000,00
Espírito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo
Va
lore
s em
mil
hõ
es
2011 2012 2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
40
As empresas do segmento Industrial são os principais fornecedores para a Região
Sudeste, responsáveis, em média, por 71% das vendas no período, especialmente das
atividades de: Fabricação de calçados de material sintético; Fabricação de calçados de couro;
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas; Tecelagem de fios de algodão;
Confecção de roupas íntimas; Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar;
Produção de tubos de aço com costura; e Fabricação de outros produtos alimentícios.
(TABELAS 21 e 22)
Tabela 21 - Saídas interestaduais para a Região Sudeste por Segmento Econômico do
Remetente no período de 2011 a 2014
Saídas % Saídas % Saídas % Saídas %
Combustível 10,08 0,2% 7,03 0,1% 5,90 0,1% 7,19 0,1%
Comércio Atacadista 465,40 7,5% 660,47 9,3% 650,43 7,4% 501,53 5,3%
Comércio Varejista 222,66 3,6% 195,47 2,8% 380,94 4,4% 256,62 2,7%
Construção Civil 2,87 0,0% 6,12 0,1% 5,21 0,1% 16,96 0,2%
Energia Elétrica 638,58 10,3% 687,84 9,7% 1.669,73 19,1% 1.987,44 21,1%
Industrial 4.706,31 75,9% 5.355,07 75,5% 5.788,84 66,2% 6.258,07 66,3%
Outros segmentos 17,80 0,3% 18,80 0,3% 21,10 0,2% 104,60 1,1%
Produtor Agropecuário 111,16 1,8% 143,64 2,0% 189,17 2,2% 230,49 2,4%
Sem inscrição no CGF 11,53 0,2% 8,31 0,1% 13,35 0,2% 17,27 0,2%
Serviços de Alimentação 2,93 0,0% 2,94 0,0% 5,14 0,1% 12,62 0,1%
Servicos de Comunicação 0,56 0,0% 7,62 0,1% 9,97 0,1% 41,68 0,4%
Serviços de Transporte 12,09 0,2% 3,08 0,0% 1,61 0,0% 1,15 0,0%
Total 6.201,96 100% 7.096,38 100% 8.741,37 100% 9.435,62 100%
Segmento Econômico2011 2012 2013 2014
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Observa-se na Tabela 22 uma assimetria nas exportações da atividade de
Comércio atacadista de medicamentos de uso humano para a região Sudeste, com vendas nos
valores de R$ 83,42 milhões em 2011, R$ 99,66 milhões em 2012, R$ 129,44 milhões em
2013 e R$ 168,83 milhões em 2014.
A atividade de Geração de energia elétrica teve um crescimento nas exportações
para esta Região de 211% em 2014, com R$ 1,98 bilhão, comparado com 2011, com R$
638,58 milhões.
41
Tabela 22 - Ranking das 10 principais Atividades Econômicas das Saídas Interestaduais do
Estado do Ceará para a Região Sudeste no período de 2011 a 2014
Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Industrial C Fabricação de calçados de material sintético 976,99 1.293,33 1.391,03 1.360,30
2 Energia D Geração de energia elétrica 638,58 687,78 1.669,28 1.987,32
3 Industrial G Fabricação de calçados de couro 609,92 759,10 894,52 1.108,66
4 Industrial C Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 454,91 447,54 527,54 726,81
5 Industrial C Tecelagem de fios de algodão 287,69 315,69 306,60 329,03
6 Industrial C Confecção de roupas íntimas 252,06 273,84 284,59 322,40
7 Industrial C Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar 229,81 293,10 261,06 251,72
8 Industrial G Produção de tubos de aço com costura 228,90 203,11 270,25 175,61
9 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos de uso humano 13,19 254,52 275,46 72,29
10 Industrial C Fabricação de outros produtos alimentícios 83,42 99,66 129,44 168,83
3.775,48 4.627,68 6.009,77 6.502,97
6.201,96 7.096,38 8.741,37 9.435,62
60,9% 65,2% 68,8% 68,9%
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores vendedores por atividade
Total Geral das Vendas Interestaduais
Participação % Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Em relação aos tipos de produtos industrializados comercializados entre o Ceará e
Região Sudeste, verifica-se que, em média, 43% das aquisições desta região são de produtos
de média alta intensidade tecnológica. Por outro lado, 75% das vendas realizadas para esta
região são de produtos de baixa intensidade tecnológica, segundo a Tabela 23 abaixo.
Tabela 23 - Operações Interestaduais do Ceará com a Região Sudeste por Intensidade
Tecnológica dos produtos industrializados comercializados
Valor % Valor % Valor % Valor %
Alta 2.831,44 17% 3.359,77 17% 3.566,56 17% 3.430,22 15%
Média-alta 7.389,79 44% 8.536,96 44% 8.650,88 42% 9.688,90 43%
Média-baixa 2.212,76 13% 2.449,22 13% 2.703,05 13% 3.039,40 14%
Baixa 4.432,31 26% 5.048,59 26% 5.677,90 28% 6.263,47 28%
Total 16.866,31 100% 19.394,54 100% 20.598,39 100% 22.421,99 100%
Alta 161,68 3% 383,87 6% 420,29 5% 267,95 3%
Média-alta 689,43 12% 720,71 11% 719,74 9% 624,84 7%
Média-baixa 701,87 12% 775,31 12% 898,32 11% 867,21 10%
Baixa 4.145,52 73% 4.762,82 72% 6.158,76 75% 7.000,68 80%
Total 5.698,50 100% 6.642,71 100% 8.197,12 100% 8.760,68 100%
2011 2012 2013 2014Operação
Intensidade
Tecnológica
Entradas
Saídas
Fonte: Nota Fiscal eletrônica - SEFAZ-CE (janeiro/2015)
Nota: Valores em milhões.
Tendo em vista o estado de São Paulo ser um importante parceiro comercial com
o Ceará, detalhamos no Anexo E, o fluxo de comércio realizado com este estado.
42
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O intuito do presente estudo foi analisar e apresentar um panorama do Comércio
Interestadual do Ceará, com uma análise descritiva das operações realizadas no período de
2011 a 2014, contribuindo assim, para um melhor entendimento do comportamento e da
importância das importações e exportações.
Para isso foi analisada a matriz do fluxo de comércio do estado do Ceará, a partir
das informações das Notas Fiscais eletrônicas, emitidas e recebidas do Ceará no período de
2011 a 2014, especificamente das operações interestaduais.
Este trabalho contribui, assim, para uma análise sistemática do comércio
interestadual cearense, a partir de bases de dados mais recentes e com riqueza de detalhe das
operações até o nível de produtos. Pela análise dos dados agregados foi possível realizar um
estudo sobre o perfil dos participantes, comprador e vendedor, em relação às atividades
econômicas, origem e destino, assim como, apresentar os saldos comerciais ao longo do
período em análise.
Quando se considera a classificação da OCDE, verifica-se que o Ceará exporta
fundamentalmente bens produzidos de baixa intensidade tecnológica e importa produtos de
média alta intensidade tecnológica, corroborando assim com a Teoria de Heckscher-Olhlin,
que assegura que cada país (Estado) se especializa e exporta o bem que requer utilização mais
intensiva de seu fator de produção mais abundante. Sendo assim, o Ceará exporta bens
intensivos em mão de obra e importa bens intensivos de tecnologia, em sua grande maioria, da
região sudeste.
A análise de destino dos fluxos de comércio mostra que o principal parceiro
comercial do Ceará é a região sudeste, especificamente o estado de São Paulo. A
predominância de fluxos de comércio com os estados mais próximos, localizados na região
Nordeste, reforçam a importância do fator vizinhança.
Outra importante conclusão deste trabalho é a maior importância para o estado do
Ceará do comércio com outros entes federativos do Brasil, do que com outros países, já que
este tipo de comércio tem uma repercussão ínfima para economia cearense e representa em
média 9% das aquisições e 11% das vendas, no período de 2011 a 2014. Isto parece ser uma
realidade brasileira, como foi visto nos trabalhos de Grudtner e Gonçalves (2012) e Botelho et
al (2012), sobre os estados de Santa Catarina e Minas Gerais, respectivamente.
43
Portanto, dada a relevância do tema, um campo que se abre para novas pesquisas e
estudos certamente é o comércio interestadual.
Um dos grandes desafios desta pesquisa foi a mineração de dados da base da Nota
Fiscal eletrônica, que por sua riqueza de detalhes de suas operações tornou-se difícil e
demorado o tratamento destas informações. Em virtude disso, muitas informações valiosas
não foram analisadas, o que permite a continuidade deste trabalho em novas pesquisas.
44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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quem dirige o crescimento industrial das regiões brasileiras? Econ. Apl. vol.18 no.2 Ribeirão
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estrutura produtiva – uma análise para o estado de Minas Gerais. Planejamento e Políticas
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45
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46
ANEXO A - TABELA CFOP
CFOP DESCRIÇÃO NATUREZA DA OPERAÇÃO
5101 Venda de produção do estabelecimento
5102 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
5103 Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do estabelecimento
5104 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, efetuada fora do estabelecimento
5105 Venda de produção do estabelecimento que não deva por ele transitar
5106 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, que não deva por ele transitar
5109 Venda de produção do estabelecimento, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio
5110 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio
5111 Venda de produção do estabelecimento remetida anteriormente em consignação industrial
5112 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida anteriormente em consignação industrial
5113 Venda de produção do estabelecimento remetida anteriormente em consignação mercantil
5114 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida anteriormente em consignação mercantil
5115 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, recebida anteriormente em consignação mercantil
5116 Venda de produção do estabelecimento originada de encomenda para entrega futura
5117 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, originada de encomenda para entrega futura
5118 Venda de produção do estabelecimento entregue ao destinatário por conta e ordem do adquirente originário, em venda à
ordem
5119 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros entregue ao destinatário por conta e ordem do adquirente
originário, em venda à ordem
5120 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros entregue ao destinatário pelo vendedor remetente, em venda à
ordem
5122 Venda de produção do estabelecimento remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar
pelo estabelecimento do adquirente
5123 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente,
sem transitar pelo estabelecimento do adquirente
5124 Industrialização efetuada para outra empresa
5125 Industrialização efetuada para outra empresa quando a mercadoria recebida para utilização no processo de
industrialização não transitar pelo estabelecimento adquirente da mercadoria
5153 Transferência de energia elétrica
5251 Venda de energia elétrica para distribuição ou comercialização
5252 Venda de energia elétrica para estabelecimento industrial
5253 Venda de energia elétrica para estabelecimento comercial
5254 Venda de energia elétrica para estabelecimento prestador de serviço de transporte
5255 Venda de energia elétrica para estabelecimento prestador de serviço de comunicação
5256 Venda de energia elétrica para estabelecimento de produtor rural
5257 Venda de energia elétrica para consumo por demanda contratada
5258 Venda de energia elétrica a não contribuinte
5301 Prestação de serviço de comunicação para execução de serviço da mesma natureza
5302 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento industrial
5303 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento comercial
5304 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento de prestador de serviço de transporte
5305 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento de geradora ou de distribuidora de energia elétrica
5306 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento de produtor rural
5307 Prestação de serviço de comunicação a não contribuinte
5351 Prestação de serviço de transporte para execução de serviço da mesma natureza
5352 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento industrial
5353 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento comercial
5354 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento de prestador de serviço de comunicação
5355 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento de geradora ou de distribuidora de energia elétrica
5356 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento de produtor rural
5357 Prestação de serviço de transporte a não contribuinte
5359 Prestação de serviço de transporte a contribuinte ou a não contribuinte quando a mercadoria transportada está dispensada
de emissão de nota fiscal
47
CFOP DESCRIÇÃO NATUREZA DA OPERAÇÃO
5401 Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária, na
condição de contribuinte substituto
5402 Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao regime de substituição tributária, em operação entre
contribuintes substitutos do mesmo produto
5403 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária, na condição de contribuinte substituto
5405 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária, na condição de contribuinte substituído
5501 Remessa de produção do estabelecimento, com fim específico de exportação
5502 Remessa de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, com fim específico de exportação
5551 Venda de bem do ativo imobilizado
5601 Transferência de crédito de ICMS acumulado
5650 SAÍDAS DE COMBUSTÍVEIS, DERIVADOS OU NÃO DE PETRÓLEO E LUBRIFICANTES
5651 Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento destinado à industrialização subseqüente
5652 Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento destinado à comercialização
5653 Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento destinado a consumidor ou usuário final
5654 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado à industrialização subseqüente
5655 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado à comercialização
5656 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado a consumidor ou usuário final
5932 Prestação de serviço de transporte iniciada em unidade da Federação diversa daquela onde inscrito o prestador
5933 Prestação de serviço tributado pelo ISSQN
5949 Outra saída de mercadoria ou prestação de serviço não especificado
6101 Venda de produção do estabelecimento
6102 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
6103 Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do estabelecimento
6104 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, efetuada fora do estabelecimento
6105 Venda de produção do estabelecimento que não deva por ele transitar
6106 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, que não deva por ele transitar
6107 Venda de produção do estabelecimento, destinada a não contribuinte
6108 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada a não contribuinte
6109 Venda de produção do estabelecimento, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio
6110 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio
6111 Venda de produção do estabelecimento remetida anteriormente em consignação industrial
6112 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de Terceiros remetida anteriormente em consignação industrial
6113 Venda de produção do estabelecimento remetida anteriormente em consignação mercantil
6114 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida anteriormente em consignação mercantil
6115 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, recebida anteriormente em consignação mercantil
6116 Venda de produção do estabelecimento originada de encomenda para entrega futura
6117 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, originada de encomenda para entrega futura
6118 Venda de produção do estabelecimento entregue ao destinatário por conta e ordem do adquirente originário, em venda à
ordem
6119 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros entregue ao destinatário por conta e ordem do adquirente
originário, em venda à ordem
6120 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros entregue ao destinatário pelo vendedor remetente, em venda à
ordem
6122 Venda de produção do estabelecimento remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar
pelo estabelecimento do adquirente
6123 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente,
sem transitar pelo estabelecimento do adquirente
6124 Industrialização efetuada para outra empresa
6125 Industrialização efetuada para outra empresa quando a mercadoria recebida para utilização no processo de
industrialização não transitar pelo estabelecimento adquirente da mercadoria
6153 Transferência de energia elétrica
6251 Venda de energia elétrica para distribuição ou comercialização
6252 Venda de energia elétrica para estabelecimento industrial
6253 Venda de energia elétrica para estabelecimento comercial
6254 Venda de energia elétrica para estabelecimento prestador de serviço de transporte
48
CFOP DESCRIÇÃO NATUREZA DA OPERAÇÃO
6255 Venda de energia elétrica para estabelecimento prestador de serviço de comunicação
6256 Venda de energia elétrica para estabelecimento de produtor rural
6257 Venda de energia elétrica para consumo por demanda contratada
6258 Venda de energia elétrica a não contribuinte
6301 Prestação de serviço de comunicação para execução de serviço da mesma natureza
6302 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento industrial
6303 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento comercial
6304 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento de prestador de serviço de transporte
6305 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento de geradora ou de distribuidora de energia elétrica
6306 Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento de produtor rural
6307 Prestação de serviço de comunicação a não contribuinte
6351 Prestação de serviço de transporte para execução de serviço da mesma natureza
6352 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento industrial
6353 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento comercial
6354 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento de prestador de serviço de comunicação
6355 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento de geradora ou de distribuidora de energia elétrica
6356 Prestação de serviço de transporte a estabelecimento de produtor rural
6357 Prestação de serviço de transporte a não contribuinte
6359 Prestação de serviço de transporte a contribuinte ou a não contribuinte quando a mercadoria transportada está dispensada
de emissão de nota fiscal
6401 Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária, na
condição de contribuinte substituto
6402 Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao regime de substituição tributária, em operação entre
contribuintes substitutos do mesmo produto
6403 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária, na condição de contribuinte substituto
6404 Venda de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, cujo imposto já tenha sido retido anteriormente
6501 Remessa de produção do estabelecimento, com fim específico de exportação
6502 Remessa de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, com fim específico de exportação
6551 Venda de bem do ativo imobilizado
6650 SAÍDAS DE COMBUSTÍVEIS, DERIVADOS OU NÃO DE PETRÓLEO E LUBRIFICANTES
6651 Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento destinado à industrialização subseqüente
6652 Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento destinado à comercialização
6653 Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento destinado a consumidor ou usuário final
6654 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado à industrialização subseqüente
6655 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado à comercialização
6656 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado a consumidor ou usuário final
6932 Prestação de serviço de transporte iniciada em unidade da Federação diversa daquela onde inscrito o prestador
6933 Prestação de serviço tributado pelo ISSQN
6949 Outra saída de mercadoria ou prestação de serviço não especificado
7101 Venda de produção do estabelecimento
7102 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
7105 Venda de produção do estabelecimento, que não deva por ele transitar
7106 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, que não deva por ele transitar
7127 Venda de produção do estabelecimento sob o regime de “drawback”
7251 Venda de energia elétrica para o exterior
7301 Prestação de serviço de comunicação para execução de serviço da mesma natureza
7358 Prestação de serviço de transporte
7501 Exportação de mercadorias recebidas com fim específico de exportação
7551 Venda de bem do ativo imobilizado
7650 SAÍDAS DE COMBUSTÍVEIS, DERIVADOS OU NÃO DE PETRÓLEO E LUBRIFICANTES
7651 Venda de combustível ou lubrificante de produção do estabelecimento
7654 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros
7949 Outra saída de mercadoria ou prestação de serviço não especificado
49
ANEXO B - CNAE 2.0
Seção Divisões Descrição CNAE
A 01 a 03
AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA
B 05 a 09
INDÚSTRIAS EXTRATIVAS
C 10 a 33
INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO
D 35 a 35
ELETRICIDADE E GÁS
E 36 a 39
ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO
F 41 a 43
CONSTRUÇÃO
G 45 a 47
COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS
H 49 a 53
TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO
I 55 a 56
ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
J 58 a 63
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
K 64 a 66
ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS
L 68 a 68
ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS
M 69 a 75
ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS
N 77 a 82
ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES
O 84 a 84
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL
P 85 a 85
EDUCAÇÃO
Q 86 a 88
SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS
R 90 a 93
ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO
S 94 a 96
OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS
T 97 a 97
SERVIÇOS DOMÉSTICOS
U 99 a 99
ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES EXTRATERRITORIAIS
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
50
ANEXO C - DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS POR NCM – SEÇÃO
Seção Descrição do Produto
11 Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glúten de trigo.
16 Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos.
17 Açúcares e produtos de confeitaria.
18 Cacau e suas preparações.
19 Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria.
20 Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas.
21 Preparações alimentícias diversas.
22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres.
23 Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais.
24 Tabaco e seus sucedâneos manufaturados.
27 Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras
minerais.
28 Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos
radioativos, de metais das terras raras ou de isótopos.
29 Produtos químicos orgânicos.
30 Produtos farmacêuticos.
31 Adubos (fertilizantes).
32 Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias corantes; tintas e
vernizes; mástiques; tintas de escrever.
33 Óleos essenciais e resinóides; produtos de perfumaria ou de toucador preparados e preparações
cosméticas.
34 Sabões, agentes orgânicos de superfície, preparações para lavagem, preparações lubrificantes, ceras
artificiais, ceras preparadas, produtos de conservação e limpeza, velas e artigos semelhantes, massas ou
pastas para modelar, "ceras para dentistas" e composições para dentistas à base de gesso.
35 Matérias albuminóides; produtos à base de amidos ou de féculas modificados; colas; enzimas.
36 Pólvoras e explosivos; artigos de pirotecnia; fósforos; ligas pirofóricas; matérias inflamáveis.
37 Produtos para fotografia e cinematografia.
38 Produtos diversos das indústrias químicas.
39 Plásticos e suas obras.
40 Borracha e suas obras.
41 Peles, exceto as peles com pelo, e couros.
42 Obras de couro; artigos de correeiro ou de seleiro; artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes;
obras de tripa.
43 Peles com pelo e suas obras; peles com pelo artificiais.
44 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira.
45 Cortiça e suas obras.
46 Obras de espartaria ou de cestaria.
47 Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (desperdícios
e aparas).
48 Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão.
49 Livros, jornais, gravuras e outros produtos das indústrias gráficas; textos manuscritos ou datilografados,
planos e plantas.
50 Seda.
51 Lã, pelos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina.
52 Algodão.
53 Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e tecidos de fios de papel.
54 Filamentos sintéticos ou artificiais; lâminas e formas semelhantes de matérias têxteis sintéticas ou
artificiais.
55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas.
56 Pastas (ouates), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos; artigos de cordoaria.
57 Tapetes e outros revestimentos para pisos (pavimentos), de matérias têxteis.
58 Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias; passamanarias; bordados.
59 Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados; artigos para usos técnicos de matérias
têxteis.
60 Tecidos de malha.
61 Vestuário e seus acessórios, de malha.
51
Seção Descrição do Produto
62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha.
63 Outros artefatos têxteis confeccionados; sortidos; artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e
artefatos de uso semelhante, usados; trapos.
64 Calçados, polainas e artefatos semelhantes; suas partes.
65 Chapéus e artefatos de uso semelhante, e suas partes.
66 Guarda-chuvas, sombrinhas, guarda-sóis, bengalas, bengalas-assentos, chicotes, pingalins, e suas partes.
67 Penas e penugem preparadas e suas obras; flores artificiais; obras de cabelo.
68 Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes.
69 Produtos cerâmicos.
70 Vidro e suas obras.
71 Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos,
metais folheados ou chapeados de metais preciosos (plaquê), e suas obras; bijuterias; moedas.
72 Ferro fundido, ferro e aço.
73 Obras de ferro fundido, ferro ou aço.
74 Cobre e suas obras.
75 Níquel e suas obras.
76 Alumínio e suas obras.
77 (Reservado para uma eventual utilização futura no Sistema Harmonizado)
78 Chumbo e suas obras.
79 Zinco e suas obras.
80 Estanho e suas obras.
81 Outros metais comuns; ceramais (cermets); obras dessas matérias.
82 Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, e suas partes, de metais comuns.
83 Obras diversas de metais comuns.
84 Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes.
85 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de
som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e
acessórios.
86 Veículos e material para vias férreas ou semelhantes, e suas partes; aparelhos mecânicos (incluindo os
eletromecânicos) de sinalização para vias de comunicação.
87 Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.
88 Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes.
89 Embarcações e estruturas flutuantes.
90 Instrumentos e aparelhos de óptica, de fotografia, de cinematografia, de medida, de controle ou de
precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; suas partes e acessórios.
91 Artigos de relojoaria.
92 Instrumentos musicais; suas partes e acessórios.
94 Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e semelhantes; aparelhos de iluminação não
especificados nem compreendidos noutros Capítulos; anúncios, cartazes ou tabuletas e placas
indicadoras, luminosos e artigos semelhantes; construções pré-fabricadas.
95 Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para esporte; suas partes e acessórios.
96 Obras diversas.
97 Objetos de arte, de coleção e antiguidades.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
52
ANEXO D - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM O ESTADO DO PIAÚI
Saldo Comercial com o Estado do Piauí no período de 2011 a 2014.
a) Por Segmento Econômico
Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo
Administração Pública 7,91 - 7,91- 8,74 - 8,74- 5,11 - 5,11- 12,41 - 12,41-
Combustível 32,84 89,75 56,91 29,71 76,14 46,43 22,77 79,55 56,78 31,97 95,92 63,95
Comércio Atacadista 55,82 297,54 241,72 84,43 335,31 250,88 78,37 416,43 338,06 80,65 473,11 392,46
Comércio Varejista 67,75 75,09 7,34 81,85 103,87 22,02 99,57 113,12 13,55 102,58 126,58 24,00
Construção Civil 6,16 0,11 6,05- 8,96 0,41 8,55- 8,80 0,38 8,42- 11,79 0,36 11,43-
Energia Elétrica 0,33 0,92 0,59 0,74 5,55 4,81 3,36 31,05 27,69 5,04 33,93 28,89
Industrial 157,73 602,50 444,77 185,12 744,60 559,48 239,83 814,99 575,16 329,25 976,54 647,29
Outros segmentos 10,50 3,15 7,35- 4,23 3,36 0,87- 6,67 3,16 3,52- 10,30 2,82 7,48-
Produtor Agropecuário 50,40 56,34 5,94 106,36 78,58 27,78- 122,18 89,39 32,79- 125,06 85,17 39,90-
Sem inscrição no CGF 17,46 6,60 10,86- 23,90 8,94 14,95- 20,79 9,71 11,08- 4,73 8,76 4,03
Serviços de Alimentação 0,70 0,10 0,60- 0,90 0,34 0,55- 1,40 0,42 0,98- 1,73 0,04 1,69-
Servicos de Comunicação 0,21 0,21- 0,00 3,36 3,36 0,01 23,00 22,99 0,03 24,17 24,14
Serviços de Transporte 0,70 0,00 0,70- 1,07 0,00 1,07- 0,89 0,19 0,70- 1,08 0,55 0,53-
Total 408,51 1.132,10 723,59 536,01 1.360,47 824,47 609,74 1.581,38 971,64 716,63 1.827,95 1.111,32
2011 2012 2013 2014Segmento Econômico
53
b) Por Atividade Econômica
b.1) Adquirente
Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Industrial C Fabricação de alimentos para animais 75,85 75,68 78,16 159,99
2 Produtor Agropecuário A Produção de ovos 23,01 46,41 55,45 75,34
3 Comercial G Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante 14,42 37,66 25,26 28,03
4 Comercial G Comércio varejista de mercadorias em geral 20,52 21,63 23,85 30,94
5 Produtor Agropecuário A Criação de frangos para corte 10,08 37,51 36,72 11,50
6 Combustível C Fabricação de biocombustíveis, exceto álcool 27,44 20,07 16,81 19,13
7 Industrial C Fabricação de produtos diversos não especificados 3,49 24,88 23,97 20,42
8 Industrial C Fabricação de margarina e outras gorduras vegetais e de óleo 9,06 16,44 18,65 22,05
9 Comercial G Comércio varejista de materiais de construção em geral 10,29 10,55 12,65 12,66
10 Produtor Agropecuário A Pesca de crustáceos e moluscos em água salgada 10,09 11,27 13,22 10,50
204,26 302,10 304,73 390,57
408,51 536,01 609,74 716,63
50,0% 56,4% 50,0% 54,5%
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores adquirentes por atividade
Total Geral das Aquisições do Piauí
Participação %
54
b.2) Remetente
Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Industrial C Fabricação de cervejas e chopes 43,31 62,68 73,24 124,86
2 Industrial C Fabricação de cimento 37,09 46,79 51,64 69,54
3 Produtor Agropecuário A Criação de frangos para corte 34,19 51,07 56,72 41,71
4 Industrial C Fabricação de Laticínios 32,67 32,70 38,87 44,32
5 Combustível G Comércio atacadista de gás liquefeito de petróleo (GLP) 38,44 37,07 35,62 37,13
6 Industrial C Fabricação de calçados de material sintético 25,53 34,54 37,74 39,94
7 Comercial G Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 35,52 29,28 30,78 40,80
8 Industrial C Confecção de peças do vestuáírio, exceto roupas íntimas 26,35 30,72 35,35 40,67
9 Industrial C Fabricação de alimentos para animais 26,24 32,63 34,34 32,93
10 Industrial C Fabricação de colchões 29,14 29,30 32,20 34,04
328,48 386,79 426,51 505,96
1.132,10 1.360,47 1.581,38 1.827,95
29,0% 28,4% 27,0% 27,7%
Total Geral das Vendas para o Piauí
Participação %
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores vendedores por atividade
55
c) Por Intensidade Tecnológica dos produtos industrializados:
Valor % Valor % Valor % Valor %
Alta 4,84 2% 6,08 2% 8,18 2% 8,01 2%
Média-alta 29,74 15% 41,97 13% 48,90 13% 66,81 16%
Média-baixa 27,32 13% 30,43 10% 28,61 8% 66,70 16%
Baixa 141,55 70% 237,88 75% 286,93 77% 271,39 66%
Total 203,46 100% 316,35 100% 372,62 100% 412,91 100%
Alta 53,92 6% 51,48 5% 63,33 5% 76,62 5%
Média-alta 215,65 24% 279,78 25% 350,19 27% 407,24 27%
Média-baixa 111,21 12% 156,52 14% 167,09 13% 185,28 12%
Baixa 517,85 58% 619,79 56% 714,59 55% 843,35 56%
Total 898,63 100% 1.107,56 100% 1.295,20 100% 1.512,49 100%
Entradas
Saídas
2011 2012 2013 2014Operação
Intensidade
Tecnológica
56
ANEXO E - OPERAÇÕES INTERSTADUAIS COM O ESTADO DE SÃO PAULO
Saldo Comercial com o Estado do São Paulo no período de 2011 a 2014.
a) Por Segmento Econômico
Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo
Administração Pública 218,32 - (218,32) 985,19 - (985,19) 204,24 - (204,24) 2.134,51 - (2.134,51)
Combustível 64,59 3,59 (61,01) 60,48 5,58 (54,90) 96,99 3,37 (93,62) 145,34 3,15 (142,19)
Comércio Atacadista 5.146,87 295,03 (4.851,84) 5.577,96 426,51 (5.151,45) 6.008,56 420,40 (5.588,16) 6.062,41 256,55 (5.805,86)
Comércio Varejista 2.895,29 182,95 (2.712,33) 3.126,46 139,69 (2.986,78) 3.344,84 291,30 (3.053,54) 3.607,68 175,35 (3.432,33)
Construção Civil 212,45 2,12 (210,33) 268,57 2,70 (265,87) 237,89 4,30 (233,59) 316,62 16,39 (300,23)
Energia Elétrica 341,56 71,97 (269,59) 405,48 128,03 (277,45) 790,89 604,37 (186,52) 759,79 735,40 (24,40)
Industrial 2.677,00 2.820,34 143,34 2.945,35 3.161,29 215,94 3.389,77 3.491,70 101,93 3.612,50 3.820,99 208,49
Outros segmentos 140,83 16,46 (124,37) 138,75 15,70 (123,04) 154,03 18,70 (135,32) 166,91 43,48 (123,43)
Produtor Agropecuário 76,54 60,81 (15,74) 96,49 77,91 (18,58) 130,34 100,56 (29,77) 139,67 123,16 (16,51)
Sem inscrição no CGF 268,24 9,48 (258,76) 267,44 6,10 (261,34) 285,77 8,36 (277,41) 306,27 9,72 (296,55)
Serviços de Alimentação 40,20 2,09 (38,11) 47,60 2,42 (45,18) 60,57 3,26 (57,31) 72,25 5,28 (66,97)
Servicos de Comunicação 145,38 0,51 (144,87) 144,89 7,43 (137,46) 226,64 9,82 (216,82) 225,90 3,45 (222,45)
Serviços de Transporte 113,57 8,84 (104,73) 159,59 2,50 (157,09) 106,93 1,20 (105,73) 112,76 0,90 (111,86)
Total 12.340,86 3.474,20 (8.866,65) 14.224,26 3.975,86 (10.248,40) 15.037,45 4.957,33 (10.080,12) 17.662,62 5.193,80 (12.468,82)
Segmento Econômico2011 2012 2013 2014
57
b) Por Atividade Econômica:
b.1) Adquirente
Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano 2.343,97 2.727,42 2.885,83 2.698,47
2 Comercial G Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários 825,83 1.064,68 1.184,58 1.219,71
3 Adm. Pública O Administração pública em geral 216,26 981,40 200,19 2.111,87
4 Comercial G Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 708,50 716,84 729,15 730,21
5 Energia D Geração de energia elétrica 217,93 260,47 623,87 607,31
6 Comercial G Comércio atacadista de peças e acessórios novos para veículos 300,29 314,18 355,15 412,96
7 Comercial G Comércio varejista de mercadorias em geral 250,43 248,09 251,72 282,75
8 Industrial C Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar 200,07 223,29 248,92 275,29
9 Industrial C Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 173,95 224,94 246,19 278,33
10 Comercial G Comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios 182,65 191,41 204,90 239,21
5.419,87 6.952,71 6.930,50 8.856,11
12.340,86 14.224,26 15.037,45 17.662,62
43,9% 48,9% 46,1% 50,1%
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores adquirentes por atividade
Total Geral das Aquisições de São Paulo
Participação %
58
b.2) Remetente:
Ord. Segmento 2011 2012 2013 2014
1 Industrial C Fabricação de calçados de material sintético 522,84 688,41 737,32 791,67
2 Industrial G Fabricação de calçados de couro 387,90 521,35 657,02 855,22
3 Industrial C Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 361,48 341,22 401,93 524,44
4 Energia D Geração de energia elétrica 71,97 128,03 603,91 735,29
5 Industrial C Tecelagem de fios de algodão 225,00 254,75 244,70 269,46
6 Industrial C Confecção de roupas íntimas 180,18 195,72 185,93 198,34
7 Industrial C Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar 127,02 147,74 147,16 148,30
8 Industrial G Produção de tubos de aço com costura 114,99 100,37 138,52 87,38
9 Comercial G Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano 3,93 185,18 205,10 27,38
10 Comercial G Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários 114,22 58,82 57,94 44,64
2.109,53 2.621,60 3.379,55 3.682,12
3.474,20 3.975,86 4.957,33 5.193,80
60,7% 65,9% 68,2% 70,9%
Total Geral das Vendas para São Paulo
Participação %
Seção - Atividade Econômica
Sub-total - 10 maiores vendedores por atividade
59
c) Por Intensidade Tecnológica dos produtos industrializados
Valor % Valor % Valor % Valor %
Alta 2.395,41 20% 2.806,92 20% 2.966,04 20% 2.874,00 18%
Média-alta 5.128,67 43% 6.198,77 45% 6.129,66 42% 7.129,50 44%
Média-baixa 1.569,58 13% 1.727,04 12% 1.880,93 13% 2.064,09 13%
Baixa 2.923,94 24% 3.183,61 23% 3.718,06 25% 4.132,24 26%
Total 12.017,59 100% 13.916,34 100% 14.694,68 100% 16.199,83 100%
Alta 56,75 2% 226,68 6% 260,92 6% 105,12 2%
Média-alta 395,68 12% 361,03 10% 445,11 10% 333,06 7%
Média-baixa 413,38 13% 439,07 12% 524,04 11% 504,90 10%
Baixa 2.336,05 73% 2.708,48 73% 3.434,45 74% 3.933,38 81%
Total 3.201,86 100% 3.735,26 100% 4.664,52 100% 4.876,46 100%
OperaçãoIntensidade
Tecnológica
Entradas
Saídas
2013 20142011 2012