UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA
CENTRO DE CIEcircNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute
EacuteRICA SIacuteLVIA DE OLIVEIRA SILVA
Juazeiro do Norte - CE
2017
EacuteRICA SIacuteLVIA DE OLIVEIRA SILVA Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil
URCA
AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Especialista em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil pela Universidade Regional do Cariri
Orientadora ProfordfMaJaneide Ferreira Alencar de Oliveira
Juazeiro do Norte - CE
2017
AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute
Elaborada por Eacuterica Siacutelvia de Oliveira Silva Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo
Civil ndash URCA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________ Prof Ma Janeide Ferreira Alencar de Oliveira
Orientadora
________________________________________________ Examinador interno
_________________________________________________ Examinador interno
Monografia aprovada em _____ ______ _______ com nota _______
Juazeiro do Norte ndash CE 2017
Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado
A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso
deles
Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de
Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me
ajudaram direto e indiretamente
ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo
(Autor Albert Einstein)
RESUMO
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
EacuteRICA SIacuteLVIA DE OLIVEIRA SILVA Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil
URCA
AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Especialista em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil pela Universidade Regional do Cariri
Orientadora ProfordfMaJaneide Ferreira Alencar de Oliveira
Juazeiro do Norte - CE
2017
AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute
Elaborada por Eacuterica Siacutelvia de Oliveira Silva Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo
Civil ndash URCA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________ Prof Ma Janeide Ferreira Alencar de Oliveira
Orientadora
________________________________________________ Examinador interno
_________________________________________________ Examinador interno
Monografia aprovada em _____ ______ _______ com nota _______
Juazeiro do Norte ndash CE 2017
Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado
A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso
deles
Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de
Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me
ajudaram direto e indiretamente
ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo
(Autor Albert Einstein)
RESUMO
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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53
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute
Elaborada por Eacuterica Siacutelvia de Oliveira Silva Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo
Civil ndash URCA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________ Prof Ma Janeide Ferreira Alencar de Oliveira
Orientadora
________________________________________________ Examinador interno
_________________________________________________ Examinador interno
Monografia aprovada em _____ ______ _______ com nota _______
Juazeiro do Norte ndash CE 2017
Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado
A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso
deles
Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de
Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me
ajudaram direto e indiretamente
ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo
(Autor Albert Einstein)
RESUMO
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
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53
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado
A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso
deles
Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de
Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me
ajudaram direto e indiretamente
ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo
(Autor Albert Einstein)
RESUMO
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado
A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso
deles
Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de
Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me
ajudaram direto e indiretamente
ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo
(Autor Albert Einstein)
RESUMO
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo
(Autor Albert Einstein)
RESUMO
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
RESUMO
A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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53
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
ABSTRACT
The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
LISTA DE GRAacuteFICOS
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
11 Justificativa 13
12 Objetivos 13
121 Objetivo Geral 13
122 Objetivos Especiacuteficos 13
13 Metodologia 14
2 ERGONOMIA 15
22 A origem da ergonomia 17
23 NR ndash 17 18
24 Ergonomia fiacutesica 21
25 Ergonomia cognitiva 22
26 Ergonomia Organizacional 23
27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25
28 Fisiologia do Trabalho 26
29 Problemaacutetica da Ergonomia 27
210 Abordagens ergonocircmicas 27
2101 Anaacutelise de Sistemas 27
2102 Postos de Trabalho 27
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28
211 Postura 28
3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31
43 Lombalgia 32
5 ESTUDO DE CASO 34
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36
62 Pedreiro 36
63 Operador de Betoneira 40
64 Ajudante 41
65 Aspectos Expressivos 43
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
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como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
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52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
67 Condiccedilotildees do trabalho 44
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45
69 Aspectos Natildeo Significativos 49
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50
REFEREcircNCIAS 51
ANEXO A 55
APEcircNDICE 56
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto
suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para
concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho
das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas
atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os
elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando
no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de
conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento
da produccedilatildeo
A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e
nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em
apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a
espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da
inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por
exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de
melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os
papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de
referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego
Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)
Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das
empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para
o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse
contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos
ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas
fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no
campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra
Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada
que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a
produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado
pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
13
referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se
sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados
11 Justificativa
Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos
organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de
aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade
de IcoacuteCE
A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo
fosse citado o nome da empresa no trabalho
Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os
fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses
cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se
conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que
eles poderatildeo trazer para o ambiente interno
Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de
trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas
atividades abstrusas que a empresa oferece
Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da
empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam
expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois
serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano
12 Objetivos
121 Objetivo Geral
Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos
funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o
alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses
trabalhadores nessa empresa
122 Objetivos Especiacuteficos
Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos
Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos
funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e
Organizacional
14
Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios
atraveacutes de atividades rotineiras
13 Metodologia
Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para
levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de
pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros
especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de
trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta
de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho
Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos
de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas
e pescoccedilo dos trabalhadores
A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo
ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo
postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem
contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas
ocupacionais e aumentar a produtividade
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
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Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
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A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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53
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
15
2 ERGONOMIA
Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande
meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras
mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho
de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para
realizaccedilatildeo do trabalho
No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida
no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam
suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por
exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando
apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e
desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito
A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico
implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no
ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com
prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010
p167)
A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas
alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica
cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o
ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou
sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser
evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar
os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem
Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador
Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute
interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida
teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da
atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia
fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
16
Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento
Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash
(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)
ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo
Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano
e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o
trabalho agraves pessoas
Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede
das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a
qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas
encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e
individuais como mostra a figura 1
Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais
Fonte o autor (2016)
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
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52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
17
A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos
corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores
ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees
captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre
mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos
interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes
seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida
cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)
22 A origem da ergonomia
A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do
movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs
Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a
Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia
ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta
primeira definiccedilatildeo estabelecia que
A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)
KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente
Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a
claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica
comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow
Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
18
eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das
atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)
Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)
O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos
trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento
Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual
formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho
(Lida 2000)
Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a
eficiecircncia e as metas de produtividade
Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada
pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo
real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo
de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas
estruturas de postos de trabalho
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)
23 NR ndash 17
Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre
digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em
Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP
contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando
recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
19
A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e
Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela
Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando
surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo
do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar
recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)
Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos
ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho
com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por
produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi
constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por
esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e
luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar
as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)
Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento
de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de
Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da
DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de
trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem
estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o
mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)
Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho
assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova
redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751
infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica
pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL
2002)
A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia
(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item
171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees
de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta
Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma
Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender
a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
20
as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral
devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da
NR 17 (BRASIL 2002)
Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo
estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia
de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho
(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta
quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem
estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela
CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do
trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante
instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a
produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel
avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas
brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram
de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era
considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da
empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado
por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador
De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a
mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute
recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem
quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada
Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos
postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme
estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador
na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica
do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um
problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida
para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a
produtividade exigidos (BRASIL 2002)
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
21
24 Ergonomia fiacutesica
Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)
ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana
antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais
movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho
projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede
Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a
anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que
estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a
biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave
atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho
como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos
relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho
Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema
musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico
confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de
movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais
importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com
as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho
A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades
musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a
fisiologia do trabalho
A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos
problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de
trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa
grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos
A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da
ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que
impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos
repetitivos
Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma
reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia
fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
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52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
22
como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma
instalaccedilatildeo
No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da
ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em
um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores
condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia
da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo
tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura
iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil
normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da
adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de
conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma
regiatildeo de nebulosidade
Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados
para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos
funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos
proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu
aparelho de trabalho
25 Ergonomia cognitiva
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos
processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora
conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um
sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho
tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador
estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas
Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se
por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica
compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens
complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para
a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua
autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
23
de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas
e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais
Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental
tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento
Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com
outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para
o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um
equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de
alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica
que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo
problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria
De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as
pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do
seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e
de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de
percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga
mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das
empresas
Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)
26 Ergonomia Organizacional
O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma
constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de
trabalho
Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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53
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
24
A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas
soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos
Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo
temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do
trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-
trabalho e gestatildeo da qualidade
A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo
(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das
atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio
turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando
capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que
encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e
participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo
Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas
como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse
sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio
organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees
desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de
suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus
colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos
projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada
membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que
norteiam a organizaccedilatildeo
Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com
relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os
indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees
aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)
Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia
organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as
pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada
nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a
comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade
Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de
todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
25
organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico
eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano
27 Fatores que afetam as atividades produtivas
Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades
produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma
positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles
Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo
mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)
como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas
perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde
aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para
o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste
em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos
oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as
decisotildees
Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute
vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees
ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho
eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os
trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho
estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho
eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e
auto-realizaccedilatildeo
Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho
eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a
prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da
organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de
estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar
o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as
necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho
No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo
capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
26
Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no
desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se
forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute
possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de
trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com
o trabalho
Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas
a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o
ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo
num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais
podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos
sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor
disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)
b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que
provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo
qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores
cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo
c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo
do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O
estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho
d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em
funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade
(IIDA 2003)
28 Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo
humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados
pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os
muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as
propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de
transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)
Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e
intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
27
elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da
alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave
capacidade muscular
29 Problemaacutetica da Ergonomia
Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as
organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem
apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees
para realizar tal tarefa
ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com
recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam
somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais
ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de
atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e
mental dos colaboradores
210 Abordagens ergonocircmicas
De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de
sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho
2101 Anaacutelise de Sistemas
Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho
partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a
maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um
dos postos de trabalho
2102 Postos de Trabalho
Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as
questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias
fiacutesicas e psicoloacutegicas
2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo
Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente
exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
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53
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54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
28
base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como
uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de
cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)
2104 Ergonomia de Correccedilatildeo
Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo
ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em
situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas
do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada
devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010
PRATES 2007)
2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo
Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise
ergonocircmica do trabalho
Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes
Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de
forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)
211 Postura
Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua
origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade
Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura
correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem
acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas
utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das
vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a
execuccedilatildeo da atividade
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
29
3 RISCOS ERGONOcircMICOS
Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho
principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor
econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais
riscos pode-se citar
Esforccedilo fiacutesico intenso
Levantamento e transporte manual de peso
Exigecircncia de postura inadequada
Controle riacutegido de produtividade
Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por
natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais
mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos
observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
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52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
30
4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL
A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que
necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho
pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave
ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de
obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de
Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo
botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis
Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo
civil satildeo
Esforccedilo fiacutesico alto
Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga
Excesso de horas de trabalho
Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico
As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos
danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade
e qualidade de vida
O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas
de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de
cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo
trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila
Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa
afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a
probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices
de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um
problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional
O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes
colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas
condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores
A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas
Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado
Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do
sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
31
necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo
vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a
seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e
produtividade
Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o
fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a
completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo
civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos
empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as
formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais
Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do
Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem
receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de
suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter
Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho
Riscos relativos agraves tarefas realizadas
Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)
Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes
no canteiro de obra
A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e
organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira
errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas
muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia
satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima
42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil
A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute
ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio
fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores
Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as
condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de
organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
32
Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa
qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que
pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que
estaacute fazendo
Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de
puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de
grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e
servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que
aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)
Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos
pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua
jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a
irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)
O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo
existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que
compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam
semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)
43 Lombalgia
Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos
custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos
anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por
lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de
doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)
A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo
processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees
metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de
origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)
Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a
lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se
pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico
no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees
preventivas( WISNER 1994)
Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel
encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
33
principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do
serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal
(OGUISSO 1998)
Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa
aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de
manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da
vida laborativa (ROCHA 1997)
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
34
5 ESTUDO DE CASO
Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil
situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro
da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345
habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios
em obra
52 Caracterizaccedilatildeo das atividades
Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza
da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs
ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto
como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do
ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro
naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem
Fazer a massa
Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc
Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise
de se deslocar
Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que
permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco
Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades
satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos
blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no
acabamento
Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos
utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo
Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e
seguranccedila
53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa
Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois
quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada
de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
35
que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea
20 funcionaacuterios no total
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
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REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
36
6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos
postos de trabalho na obra
62 Pedreiro
Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de
reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute
muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a
massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de
que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma
posiccedilatildeo desconfortaacutevel
Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
37
Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira
fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se
encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada
Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave
forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da
ergonomia
38
Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
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63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
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Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
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Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
39
Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa
evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura
5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido
agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco
Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais
modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho
Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas
metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute
investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
40
63 Operador de Betoneira
Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute
erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada
Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada
Fonte O autor (2016)
Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de
betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de
curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a
sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
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sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
41
Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
64 Ajudante
A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg
concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
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REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
42
Figura 8 Ajudante atuando de forma errada
Fonte Proacuteprio autor
De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de
outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento
sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
43
Figura 9 Ajudante atuando de forma correta
Fonte RODRIGUES 2012
65 Aspectos Expressivos
Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo
ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos
apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave
fisiologia do trabalho
66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute
Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que
exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
44
encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo
Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo
agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta
O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto
braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de
peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo
sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem
um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem
inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees
que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos
suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER
2004)
Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior
parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que
significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta
a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas
67 Condiccedilotildees do trabalho
Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em
forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis
responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios
Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo
Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um
conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio
Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi
observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
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REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
45
Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios
Fonte o autor (2016)
Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos
funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do
total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40
tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram
empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim
percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes
idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado
68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico
As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas
com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas
condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado
entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano
A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees
possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos
lugares
Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os
funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a
46
pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
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REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de
ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas
Bom relacionamento organizacional
Horaacuterio flexiacutevel
Faacutecil acesso
Realizaccedilatildeo profissional
Seguranccedila
Falta de estrutura
Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer
Baixa remuneraccedilatildeo
De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a
as opiniotildees dos funcionaacuterios
Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho
Fonte autor (2016)
0
5
10
15
20
25
30
Bom
Ruim
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Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
53
LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
47
Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior
porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a
seguranccedila eacute boa
Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do
trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo
profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores
(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o
lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa
remuneraccedilatildeo
Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que
sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos
entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante
afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De
acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de
cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na
garganta
Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
14
21
9
12
23
21
Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos
Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
52
CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
54
SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
55
ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
48
A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23
dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores
de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14
seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos
O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se
estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos
dos estresses relatados pelos trabalhadores
Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios
Fonte autor (2016)
Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais
afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos
funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais
estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13
49
sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
50
7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
51
REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos
colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa
69 Aspectos Natildeo Significativos
Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso
sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho
Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo
deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga
teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave
atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a
obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que
possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)
Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de
temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute
indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de
janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem
ser utilizadas
Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os
locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou
suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido
esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade
adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual
durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)
Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias
para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor
auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada
quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em
consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB
quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores
(AUDICcedilAtildeO 2012)
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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
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REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos
indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos
colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no
desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados
nos lucros da empresa
Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos
foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico
adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em
IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional
A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma
mal estrutura fiacutesica do trabalho
Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar
melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo
evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio
Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente
da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de
proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar
projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa
No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia
como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre
empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o
desenvolvimento de atividades
Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os
funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute
necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos
funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto
total
Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a
contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia
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REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
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Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
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Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
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REFEREcircNCIAS
ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
56
APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________
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APEcircNDICE
QUESTIONAacuteRIO
O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim
( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso
( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila
( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo
( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para
o lazer
Outra(s)
___________________________________________________________________
Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia
( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas
( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta
Outra(s)
___________________________________________________________________
Vocecirc se estressa com que
( ) problemas pessoais
( ) cansaccedilo
( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores
( ) envolvimento com problemas da empresa
( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas
( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)
Outra(s)
___________________________________________________________________