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Uso da Profilaxia Uso da Profilaxia Antimicrobiana na Prevenção Antimicrobiana na Prevenção
de de Infecção CirúrgicaInfecção Cirúrgica
Glaucia F. VarkuljaGlaucia F. VarkuljaControle de Infecção – ICHC – FMUSPControle de Infecção – ICHC – FMUSP
APECIHAPECIH
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ConceitoConceito
Antibioticoprofilaxia – Administrar antimicrobianos ao paciente antes
da contaminação ou infecção terem ocorrido
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Fisiopatogenia da Infecção de Sítio Fisiopatogenia da Infecção de Sítio CirúrgicoCirúrgico
O inóculo de microrganismos na O inóculo de microrganismos na ferida é suficiente para tornar ferida é suficiente para tornar incapaz os mecanismos de defesa incapaz os mecanismos de defesa locais do hospedeiro (paciente)locais do hospedeiro (paciente)
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ObjetivoObjetivo
Erradicar ou retardar o crescimento Erradicar ou retardar o crescimento de microrganismos para evitar a de microrganismos para evitar a Infecção Cirúrgica. Infecção Cirúrgica.
– Profilaxia CirúrgicaProfilaxia Cirúrgica Administração de antibióticos ao paciente para
diminuir o risco de infecção cirúrgica
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ObjetivoObjetivo
Erradicar ou retardar o crescimento Erradicar ou retardar o crescimento de microrganismos para evitar a de microrganismos para evitar a Infecção Cirúrgica. Infecção Cirúrgica.
– Profilaxia CirúrgicaProfilaxia Cirúrgica Administração de antibióticos ao paciente para
diminuir o risco de infecção cirúrgicaO uso do antibiótico NÃO é
um substituto da técnica cirúrgica adequada
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Joseph Lister e o ácido carbólico - Joseph Lister e o ácido carbólico - 18651865
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Flora Causadora de InfecçãoFlora Causadora de Infecção EndógenaEndógena! e exógena! e exógena
– Diferente nos diversos sítios envolvidosDiferente nos diversos sítios envolvidos
Procedimento Procedimento MicrorganismMicrorganismos os
CutâneoCutâneo S. aureus, S. aureus,
S. epidermidisS. epidermidis
Torácico/Torácico/CardíacoCardíaco
S. aureus, S. aureus,
S. epidermidisS. epidermidis
AbdominalAbdominalGastroduodenalGastroduodenal
ColorretalColorretal
BiliarBiliar
CG+, BGNCG+, BGN
BGN, anaeróbioBGN, anaeróbio
BGNBGN
Ginecológico/Ginecológico/
obstétricoobstétrico
BGN, BGN, StreptococcusStreptococcus grupo B, anaeróbiogrupo B, anaeróbio
OrtopédicoOrtopédico S. aureus, S. aureus,
S. epidermidisS. epidermidis Wong. in Mayhall 2004Woods RK et al. Am Family Physician 1998
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ConsensoConsenso
Profilaxia apropriada quando cirurgia Profilaxia apropriada quando cirurgia associada a alto risco de infecçãoassociada a alto risco de infecção, , ouou quando as quando as conseqüências de conseqüências de infecçãoinfecção seriam seriam desastrosasdesastrosas (mesmo (mesmo que o risco seja baixo)que o risco seja baixo)
Wong. in Mayhall 2004
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Classificação das CirurgiasClassificação das Cirurgias
TipoTipo DefiniçãoDefinição Risco de Risco de InfecçãoInfecção
LimpaLimpa Sem sinais de Sem sinais de inflamação, sem inflamação, sem
manipulação do TGI, manipulação do TGI, TGU, TResp.TGU, TResp.
1,5-2%1,5-2%
Limpa-Limpa-contaminadacontaminada
TGI, TResp., TGU, TGI, TResp., TGU, orofaringe em orofaringe em
condições controladas condições controladas
2-7%2-7%
ContaminadaContaminada Inflamação aguda, Inflamação aguda, urina ou bile urina ou bile
infectadas, secreção infectadas, secreção de TGI, quebras de de TGI, quebras de
técnicatécnica
7-15%7-15%
InfectadaInfectada Infecção estabelecidaInfecção estabelecida 10-40%10-40%
Wong. in Mayhall 2004
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Então...Então...
Qual antibiótico?Qual antibiótico?
Quando iniciar?Quando iniciar?
Quando parar?Quando parar?
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Então...Então...
Qual antibiótico?Qual antibiótico?
Quando iniciar?Quando iniciar?
Quando parar?Quando parar?
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A escolha...A escolha... Droga únicaDroga única Endovenoso (exceção – colorretal)Endovenoso (exceção – colorretal) Eficaz contra os agentes que causam Eficaz contra os agentes que causam
infecção no sítio em questãoinfecção no sítio em questão BactericidaBactericida Atingir níveis tissulares adequadosAtingir níveis tissulares adequados Causar mínimos efeitos colateraisCausar mínimos efeitos colaterais Ser relativamente custo-efetivo (meia-Ser relativamente custo-efetivo (meia-
vida)vida) Mínimo “impacto ecológico” na flora local Mínimo “impacto ecológico” na flora local
(do paciente) e na do hospital(do paciente) e na do hospital
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A escolha...A escolha...
CefalosporinasCefalosporinas– CefazolinaCefazolina
– CefoxitinaCefoxitina
Outras situações...Outras situações...– AlergiasAlergias– Colonizações Colonizações
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Então...Então...
Qual antibiótico?Qual antibiótico?
Quando iniciar?Quando iniciar?
Quando parar?Quando parar?
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O início...O início...
““Não comece muito cedo; não Não comece muito cedo; não comece tarde.”comece tarde.”
Os níveis tissulares devem ser Os níveis tissulares devem ser máximos quando “o bisturi iniciar máximos quando “o bisturi iniciar seu trabalho”!seu trabalho”!
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Tempo de administraçãoTempo de administração
Burke. Surgery 1961
Controle
0 1 hora 2 horas 3 horas 4 horas
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0
1
2
3
4
≤-3 -2 -1 0 1 2 3 4 ≥5
Tempo (horas) da incisão
14/369
5/6995/1009
2/180
1/61
1/411/47
15/441
Classen. NEJM 1992
Tempo de administraçãoTempo de administraçãoTaxa d
e in
fecção (
%)
3,6%
1,3%
0,6%
3,8%
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Então...Então...
Qual antibiótico?Qual antibiótico?
Quando iniciar?Quando iniciar?
Quando parar?Quando parar?
![Page 19: Uso da Profilaxia Antimicrobiana na Prevenção de Infecção Cirúrgica Glaucia F. Varkulja Controle de Infecção – ICHC – FMUSP APECIH](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110117/552fc10d497959413d8c4965/html5/thumbnails/19.jpg)
O fim...O fim...
... intra-operatório APENAS... intra-operatório APENAS– Repetição de doses durante a cirurgiaRepetição de doses durante a cirurgia
Tempo cirúrgicoTempo cirúrgico Sangramento importanteSangramento importante
No máximo, manter até 24 horas do No máximo, manter até 24 horas do pós-operatóriopós-operatório
Bratzler DW et al. CID 2004Bratzler DW, Hunt DR. CID 2006
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Tempo prolongado...Tempo prolongado...
NÃO tem impacto na prevenção de NÃO tem impacto na prevenção de infecção cirúrgicainfecção cirúrgica
Está relacionado ao aumento de Está relacionado ao aumento de microrganismos resistentes!!microrganismos resistentes!!
Bratzler DW et al. CID 2004Bratzler DW, Hunt DR. CID 2006
![Page 21: Uso da Profilaxia Antimicrobiana na Prevenção de Infecção Cirúrgica Glaucia F. Varkulja Controle de Infecção – ICHC – FMUSP APECIH](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110117/552fc10d497959413d8c4965/html5/thumbnails/21.jpg)
40-60% das Infecções Cirúrgicas 40-60% das Infecções Cirúrgicas podem ser evitadas!podem ser evitadas!
Uso inadequado do antibiótico Uso inadequado do antibiótico profilático ocorre em até 50% das profilático ocorre em até 50% das cirurgias!!!cirurgias!!!
The 100,000 The 100,000 Lives Campaign: Lives Campaign: Prevent Surgical Prevent Surgical Site InfectionsSite Infections
Institute for Healthcare Improvement
![Page 22: Uso da Profilaxia Antimicrobiana na Prevenção de Infecção Cirúrgica Glaucia F. Varkulja Controle de Infecção – ICHC – FMUSP APECIH](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110117/552fc10d497959413d8c4965/html5/thumbnails/22.jpg)
O papel do anestesista!O papel do anestesista!
ESCOLHA DO ATBESCOLHA DO ATB INÍCIOINÍCIO DO ATB DO ATB
Mauermann, Nemergut. Anesthesiology 2006
![Page 23: Uso da Profilaxia Antimicrobiana na Prevenção de Infecção Cirúrgica Glaucia F. Varkulja Controle de Infecção – ICHC – FMUSP APECIH](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110117/552fc10d497959413d8c4965/html5/thumbnails/23.jpg)
O desafio O desafio uma história de uma história de sucessosucesso
Tempo de Tempo de administraçadministração de ATBão de ATB
Porcentagem de pacientes com ATB profilático durante estudoPorcentagem de pacientes com ATB profilático durante estudo
19851985
(n=1621(n=1621))
19861986
(n=1830(n=1830))
19881988
(n=746)(n=746)19911991
(n=310)(n=310)19921992
(n=386)(n=386)19931993
(n=230)(n=230)
1994-19981994-1998
(n=430-(n=430-626)626)
PrecocePrecoce 1212 1010 1212 00 77 11 00
ÓtimaÓtima 4040 5858 7272 9696 8080 9797 9999
TardeTarde 2727 1414 1616 44 77 00 11
Nunca Nunca 2121 1818 00 00 66 22 00
Burke JP. CID 2001 (suppl)
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No. (%) de pacientesNo. (%) de pacientes
Ano Ano No. de cirurgiasNo. de cirurgias Com infecçãoCom infecçãoQue receberam Que receberam
profilaxia profilaxia inapropriadainapropriada
19961996 976976 17 (1,7)17 (1,7) 6 (35)6 (35)
19971997 10351035 30 (2,9)30 (2,9) 6 (20)6 (20)
19981998 963963 12 (1,2)12 (1,2) 1 (8)1 (8)
19991999 932932 16 (1,7)16 (1,7) 00
Burke JP. CID 2001 (suppl)
O desafio O desafio uma história de uma história de sucessosucesso
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Melhoria da QualidadeMelhoria da Qualidade
Epidemiologistas, controladores de Epidemiologistas, controladores de infecção, especialistas em prevenção infecção, especialistas em prevenção de infecção cirúrgicade infecção cirúrgica– 3 indicadores3 indicadores
Proporção de pacientes que receberam ATB Proporção de pacientes que receberam ATB 1 hora antes da incisão1 hora antes da incisão
Proporção de pacientes que receberam ATB Proporção de pacientes que receberam ATB de acordo com o preconizadode acordo com o preconizado
Proporção de pacientes com ATB suspenso Proporção de pacientes com ATB suspenso em 24 horas da cirurgiaem 24 horas da cirurgia
www.medqic.org/sipBratzler, Hunt. CID 2006
Bratzler DW et al. CID 2004
![Page 26: Uso da Profilaxia Antimicrobiana na Prevenção de Infecção Cirúrgica Glaucia F. Varkulja Controle de Infecção – ICHC – FMUSP APECIH](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110117/552fc10d497959413d8c4965/html5/thumbnails/26.jpg)
Melhoria da QualidadeMelhoria da Qualidade
Epidemiologistas, controladores de Epidemiologistas, controladores de infecção, especialistas em prevenção infecção, especialistas em prevenção de infecção cirúrgicade infecção cirúrgica– 3 indicadores3 indicadores
Proporção de pacientes que receberam ATB Proporção de pacientes que receberam ATB 1 hora antes da incisão1 hora antes da incisão
Proporção de pacientes que receberam ATB Proporção de pacientes que receberam ATB de acordo com o preconizadode acordo com o preconizado
Proporção de pacientes com ATB suspenso Proporção de pacientes com ATB suspenso em 24 horas da cirurgiaem 24 horas da cirurgia
100%
100%
100%www.medqic.org/sip
Bratzler, Hunt. CID 2006Bratzler DW et al. CID 2004
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ConclusõesConclusões Profilaxia antibiótica: estratégia com Profilaxia antibiótica: estratégia com
resultados, DESDE QUE:resultados, DESDE QUE:– Droga certaDroga certa– Início adequadoInício adequado– Término adequadoTérmino adequado
IndicadoresIndicadores
Parte de um conjunto (de estratégias)Parte de um conjunto (de estratégias)
Participação multi-profissionalParticipação multi-profissional
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ConclusõesConclusões Profilaxia antibiótica: estratégia com Profilaxia antibiótica: estratégia com
resultados, DESDE QUE:resultados, DESDE QUE:– Droga certaDroga certa– Início adequadoInício adequado– Término adequadoTérmino adequado
IndicadoresIndicadores
Parte de um conjunto (de estratégias)Parte de um conjunto (de estratégias)
Participação multi-profissionalParticipação multi-profissional