CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
ANDRESSA CARLA FERNANDES RODRIGUES
VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE CONTÊINERES COMO PONTOS DE ÔNIBUS NA ORLA DE PONTA
VERDE
MACEIÓ – ALAGOAS 2019/1
ANDRESSA CARLA FERNANDES RODRIGUES
VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE CONTÊINERES COMO PONTOS DE ÔNIBUS NA ORLA DE PONTA
VERDE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil, Centro Universitário CESMAC, sob a orientação da Professora Dra. Allani Christine Monteiro Alves da Rocha.
MACEIÓ – ALAGOAS 2019/1
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC
SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO
Bibliotecário: Evandro Santos Cavalcante CRB/4 1700
R696v Rodrigues, Andressa Carla Fernandes
Viabilidade da implantação de contêineres como pontos
de ônibus na orla de ponta verde / Andressa Carla
Fernandes Rodrigues .— Maceió:2019.
55 f.: il.
TCC(Graduação em Engenharia Civil)- Centro
Universitário CESMAC, Maceió, AL 2019
Orientadora: Allani Christine Monteiro Alves da Rocha
1. Contêiner. 2. Sustentabilidade. 3. Construção Civil.
4. Tripé da sustentabilidade. 5. Ponto de Onibus.
I. Rocha, Allani Chriistine Monteiro Alves da. II. Título.
CDU:629.341
7
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, a Nossa de Senhora de Fátima e a Santo
Expedito que por meio de minha fé me fortaleceram para que eu chegasse até aqui.
A minha mãe Carla, por sua força, seu amor incondicional e pelo incentivo nos
momentos difíceis. Aos meus avós Arlinda e José Reginaldo pelo apoio, carinho e
ajuda na busca de meus resultados. Ao meu irmão Arthur por ser meu melhor amigo
me ajudando seja nas correções gramaticais quanto em tudo que preciso. Aos meus
amigos e familiares pela torcida. Amo vocês.
Agradeço a minha orientadora Professora Dra. Allani Christine Monteiro Alves
da Rocha por sempre se mostrar solicita e atenciosa, me ouvindo e dando
sugestões.
Agradeço em especial aos amigos engenheiros: Rodrigo Albuquerque por sua
parceria e por ser meu maior incentivador e Daniel Pereira por me apresentar essa
ideia. Ao Lenon Marques da Eco Domi Containers por sua atenção em responder
meus questionamentos e a Ana Caroline Araújo, da SMTT, sempre disposta a me
ajudar e receber.
8
VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE CONTÊINERES COMO PONTOS DE ÔNIBUS NA ORLA DE PONTA VERDE
VIABILITY OF THE IMPLANTATION OF CONTEINERS AS BUS STOPS IN PONTA VERDE SEAFRONT
Andressa Carla Fernandes Rodrigues Graduanda do Curso de Engenharia Civ i l
[email protected] Allani Christine Monteiro Alves da Rocha
Doutora em Química e Biotecnologia [email protected]
RESUMO
A necessidade de aderir a novos estilos de vida de forma consciente tem aumentado a busca por
novas práticas construtivas adaptadas ao meio ambiente. Novas técnicas vêm sendo incorporadas a
fim de evitar desperdícios e fazendo uso de materiais reciclados, garantindo a preservação dos
recursos naturais. O uso do contêiner marítimo na construção civil assegura o reaproveitamento de
um material que após seu uso é abandonado nos portos. Permitindo projetos diferenciados e
ampliando a discussão sobre a sustentabilidade o trabalho possui o objetivo geral de analisar a
viabilidade de implantar contêineres como pontos de ônibus na orla de Ponta Verde. A metodologia
proposta foi, por meio de investigação, orçar valores em Maceió-AL e em outras capitais, verificando
a disponibilidade do material e de mão de obra para o modelo proposto. Com os resultados, foi
possível fazer um comparativo de serviços, modelos atuais de pontos de ônibus e possível retorno
financeiro ao tripé da sustentabilidade, observando os aspectos: econômico, social e ambiental.
Conclui-se que a meta proposta é viável mediante parceria público-privada, visto que o custo de
construção e manutenção dos pontos de ônibus atuais é menor.
PALAVRAS-CHAVE: Contêiner. Sustentabilidade. Construção Civil. Tripé da Sustentabilidade. Ponto de Ônibus.
ABSTRACT
The need to adhere to new lifestyles in a conscious way has increased the search for new
constructive practices adapted to the environment. New techniques have been incorporated in order to
avoid waste and recycling materials, ensuring the preservation of natural resources. The use of the
maritime container in the civil construction ensures the reuse of a material that after its use is
abandoned in the ports. Allowing differentiated projects and broadening the discussion about
sustainability, the work has the general objective of analyzing the viability of deploying containers as
bus stops on the seafront of Ponta Verde. The methodology proposed was, through research, to
estimate values in Maceió-AL and other state capitals, verifying the availability of material and labor
foce for the proposed model. With the results, it was possible to make a comparative of prices, current
models of bus stops and possible financial return to the triple bottom line, observing the economic,
social and environmental aspects. It is concluded that the proposed target is viable through public-
private partnership, since the cost of construction and maintenance of the current bus stops are lower.
KEY WORDS: Container. Sustainability. Civil Construction.Triple Bottom Line. Bus
Stops.
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 1.1 Considerações iniciais .................................................................................... 6 1.2 Objetivos .......................................................................................................... 7 1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 7 1.2.2 Objetivos específicos...................................................................................... 7 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 8 2.1 Sustentabilidade .............................................................................................. 8 2.1.1 Tripé da Sustentabilidade ............................................................................... 9 2.2 Materiais de Construção Sustentáveis ........................................................ 10 2.3 Contêiner Marítimo ........................................................................................ 12 2.3.1 Histórico ...................................................................................................... 12 2.3.2 Definição ...................................................................................................... 13 2.3.3 Tipos de Contêiner ...................................................................................... 13 2.4 Contêineres x Construção Civil ................................................................... 14 3 METODOLOGIA ................................................................................................ 16 3.1 Definição do modelo e do local .................................................................... 16 3.2 Orçamentos de custos .................................................................................. 16 3.3 Comparação com o modelo usual de paradas de ônibus em Maceió ..... 17 3.4 Avaliação da Tríade da Sustentabilidade .................................................... 18 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 19 4.1 Pontos de ônibus em Cuiabá- MT ................................................................ 19 4.2 Orçamentos ................................................................................................... 20 4.2.1 Contêineres ................................................................................................. 20 4.2.2 Transporte ................................................................................................... 21 4.2.3 Projeto Completo ......................................................................................... 21 4.2.4 Execução de Serviços em Maceió .............................................................. 24 4.3 Publicidade .................................................................................................... 25 4.4 Infraestrutura em Maceió .............................................................................. 26 4.4.1 Ponta Verde ................................................................................................. 28 4.5 Comparativo ao Tripé da Sustentabilidade ................................................. 29 5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 33 ANEXOS ............................................................................................................... 36 ANEXO A .............................................................................................................. 37 ANEXO B .............................................................................................................. 39 ANEXO C .............................................................................................................. 41
6
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Iniciais
Com o evidente crescimento do uso de novas tecnologias na construção civil,
percebe-se uma maior preocupação em associar tais inovações aos conceitos de
sustentabilidade (MUSSNICH, 2015; GUEDES; BUORO, 2015). Nessa perspectiva,
o uso de contêineres tem ganhado destaque no mercado por permitir que uma
estrutura de transporte de mercadorias, que em um curto tempo seria descartada,
seja utilizada novamente com outro propósito (BARBOSA et al., 2017).
Esse uso alternativo se justifica pelo fato de que o meio construtivo é um dos
setores que mais faz uso de recursos naturais. Deste modo, a utilização dessas
estruturas de carga é um excelente aproveitamento do potencial de reciclagem
dessas caixas de metal. Conforme Santo et al. (2014), os danos causados ao meio
ambiente, devido a má utilização dos resíduos e o uso abundante de recursos
naturais, são irreparáveis e é necessária uma boa gestão desse material adotando
métodos alternativos para minimizar os prejuízos à natureza.
Dentro desse cenário, um fator que permanece em evidência é a importância
das pessoas. Inseri-las de modo a compartilhar e conviver com práticas ecológicas é
significativo para conhecer a capacidade que um material tem de ser reciclado.
Adquirir informação e conhecimento visa garantir e preservar o meio ambiente
(PIRES; FISHER, 2014).
Explorar potenciais de uso dos contêineres, que não faziam parte da indústria
da construção, aos poucos ganha espaço no Brasil. Algumas cidades
implementaram projetos como: casas, lanchonetes, paradas de ônibus, ganhando
visibilidade além de interesse de construtores que querem atribuir à estrutura,
abandonada em portos, uma nova finalidade.
Nesse contexto, o projeto visa mostrar os benefícios que esse mecanismo
pode trazer com o seu reaproveitamento. A instalação de contêineres como pontos
de ônibus atuaria como referência para que a população conhecesse uma forma de
reaproveitar uma grande estrutura metálica, comumente conhecida por conduzir
cargas do setor portuário que acabam perdendo sua funcionalidade e
consequentemente sendo descartado.
7
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Estudar a viabilidade da implantação de contêineres como pontos de ônibus
na orla de Ponta Verde.
1.2.2 Objetivos específicos
• Definir um modelo de contêiner como pontos de ônibus;
• Estabelecer valores;
• Analisar o reaproveitamento de contêineres como pontos de ônibus.
8
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Sustentabilidade
A noção acerca do desenvolvimento sustentável começou a surgir a partir da
década de 70. Até então, a sociedade em geral não dispunha de informações que as
sensibilizasse acerca dos problemas ambientais e os riscos inerentes à
sobrevivência humana. O grande marco do início dessa inclinação em prol da
sustentabilidade foi a Conferência de Estocolmo, em 1972. Nele, foi criado o
Programa das Nações Unidas de Meio Ambiente (PNUMA) e iniciou-se a percepção
da necessidade de transformar os hábitos e costumes, com enfoque na eficiência e
redução de danos para o planeta (HOOPE et al., 2011).
O Relatório de Brundtland (1991) definiu que: “O desenvolvimento
sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”.
A divulgação do documento “Nosso Futuro Comum” reforça a importância da
relação entre poder econômico, tecnologia, sociedade e política. Chamar atenção
para a responsabilidade da comunidade em adotar uma nova postura em relação ao
ambiente representa um importante avanço. Este não é um problema limitado sobre
ecologia, mas abrange estratégia e modelos múltiplos onde levam em conta
economia e ecossistema (COUTO et al., 2014).
Após o Relatório de Brundtland, ocorreu a ECO-92 ou Rio-92, onde foi
produzida uma declaração de 27 princípios com o objetivo de suprir as necessidades
sobre o desenvolvimento acerca do meio ambiente para gerações do presente e
futuro. Outro importante registro foi a Agenda-21, derivada da ECO-92, cujo plano
de ação detalhado mostra o passo a passo de como fazer e de por em prática os
conceitos contidos na Declaração do Rio.
A maneira como se deve agir em relação à natureza, preservando o planeta e
as necessidades humanas conceituam a sustentabilidade. Os recursos naturais
devem ser explorados de forma sustentável para que seja durável. Feil e Schreiber
(2017) argumentam que não existe uma solução para salvar o meio ambiente da
degradação, mas que é preciso uma mudança no comportamento humano.
A indústria da construção civil é a que gera mais resíduo, onde em sua
maioria é proveniente de recursos não renováveis. A ação de empresas deste setor
9
em diminuir o consumo e aumentar o reaproveitamento, melhora a qualidade de vida
reduzindo gastos e apresentando novas tecnologias.
Segundo Corrêa (2009), a relação homem/meio ambiente sofre interferência
pelas características de uma construção sustentável, onde quando se resolve
investir em um planejamento adequado questões relacionadas a esse meio podem
ser minimizadas.
No Brasil, quem trabalha com obras está atrasado em relação à
responsabilidade socioambiental. Há poucos investimentos, necessita de uma
melhor capacitação de profissionais e os materiais são mal gerenciados. De acordo
com Cortês et al. (2011), iniciativas recentes começam a mudar este quadro com
algumas determinações do Ministério do Meio Ambiente.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) por meio de resoluções e
documentos estabelece diretrizes para gestão ambiental no país. A Resolução n°
307, objetiva disciplinar o controle de resíduos onde pode proporcionar benefícios
econômicos com sua reutilização ou reciclagem (CONAMA, 2002).
Várias iniciativas surgem para promover à construção sustentável visando à
preservação. Com o propósito do ecologicamente correto, processos e produtos
passam por uma formulação para se adequar a indústria renovável e impulsionam o
mercado que ganha espaço com boas ideias.
2.1.1 Tripé da Sustentabilidade
Em 1994, o sociólogo John Elkington formulou o conceito do Triple Bottom
Line, o tripé da sustentabilidade, no qual o desenvolvimento sustentável é integrado
a questões sociais, ambientais e econômicas. Seu plano era criar uma expressão
que conseguisse mostrar a força que a sustentabilidade vinha ganhando, mostrando
que não seria algo que somente relacionasse aspectos econômicos, mas sim, as
consequências que estes causam (BIGARELLI, 2018).
O usualmente chamado “três Ps” (people, planet and profit), no português:
“PPL” (pessoas, planeta e lucro), trouxe a ideia de que ser responsável com o meio
ambiente, a sociedade e o próprio negócio é, simples, barato e urgente. Na prática,
ele é regrado pela ética e transparência na gestão de negócios onde os interesses
da empresa ligados ao respeito pelos direitos e valores vêm associados com a
preservação do meio ambiente.
10
Segundo Elkington (2001), é esperado que as empresas contribuíssem de
forma gradual com o desenvolvimento sustentável reconhecendo que seus
empreendimentos precisam de mercados estáveis onde apareçam novas
capacidades tecnológicas, financeiras e de administração. A imagem do tripé mostra
a interação da esfera social, ambiental e econômica.
Figura 1 – Tripé da Sustentabilidade.
Fonte: Adaptação do modelo de Elkington (2001)
Organizações que se adaptam ao modelo do Triple Bottom Line podem gerar
uma vantagem competitiva que é visualizada e compreendida como um todo, ou
seja, incluindo atividades como as de produção, projeto e marketing. Cada uma
destas pode oferecer uma vantagem e com isso, são usadas de maneira estratégica
(CHAVES, 2005).
2.2 Materiais de Construção Sustentáveis
A forma mais eficiente para a indústria da construção se tornar uma atividade
sustentável é a maneira em que se pode minimizar o consumo de recursos e
maximizar a reutilização destes. Utilizar meios renováveis e recicláveis fomentando a
qualidade do que foi construído incorporam uma nova prática de gestão econômica
e ambiental buscando satisfazer todos envolvidos.
É preciso verificar a legalidade das empresas aptas a construir, de fiscalizar a
mão de obra e a compra de materiais buscando uma melhor qualidade no serviço.
Atender esses parâmetros é um passo básico para atender a função social de
11
maneira adequada. Visando profissionalização e aumentando a qualidade dos
serviços prestados (RIBEIRO; CRUZ; MONTEIRO, 2016).
A escolha de produtos e materiais deve obedecer a critérios específicos como
a origem da matéria-prima, extração, processamento, emissão de poluentes,
durabilidade e qualidade. Já outros itens, que na ausência de opções ecoeficientes,
devem ser usados com cautela.
Araújo (2018) argumenta que a construção ecológica se resume a
basicamente dois modelos. O primeiro modelo é com o uso de eco produtos e
tecnologias fabricadas em escala dentro dos padrões do mercado. Já o segundo,
sistemas de autoconstrução feitos pelo próprio interessado ou usuário. Atualmente
construtoras e gestores estão investindo em projetos verdes a fim de gerar menos
impactos.
Tijolo ecológico, bambu, argamassa de argila são alguns itens que trazem
uma nova proposta para as obras. Embora alguns não sejam propriamente ditos
materiais de construção, eles podem substituir uma série deles, dando origem a um
método mais ecológico.
Figura 2 – Uso do Bambu na Construção Civil. FONTE: Pensamento Verde, 2014.
12
Figura 3 – Tijolo Ecológico: O que é e seus benefícios. FONTE: eCycle, 2018.
Um elemento que pode ser aproveitado na arquitetura é o contêiner utilizado
para transporte de cargas marítimas. Sua vida útil é curta e mesmo com grande
utilidade dura aproximadamente 10 anos. Após seu uso são descartados e
depositados em áreas portuárias (MILANEZE et al., 2012 apud ROMANO; PARIS;
NEUENFELDT JR., 2014).
Carbonari (2015) comenta que devido a sua estrutura e formato, o contêiner
conquista arquitetos, engenheiros, empresas e organizações por permitir diversas
configurações de uso como escolas, restaurantes, canteiros de obra e lojas. Desde o
princípio a aliança entre projeto arquitetônico com a sustentabilidade traz um
diferencial.
2.3 Contêiner Marítimo
2.3.1 Histórico
Criados por volta de 1937 por Malcolm Purcell McLean (1913-2001), as
grandes caixas de aço eram utilizadas pelo sistema de transporte de algodão no
porto de Nova Iorque. A partir dai foram incorporados e aprimorados para atender o
setor fluvial e ferroviário (LEVISON, 2003 apud OCCHI; ALMEIDA, 2016).
Occhi e Almeida (2016) explicam que entre os anos 1968 e 1970 foram
divulgadas normas ISO (ABNT 6346/2002) onde foram definidas a terminologia,
dimensões e classificações dos contêineres. Em 1972 a Organização Inter
Governamental Marítima Consultiva regulamentou esse novo sistema de
deslocamento de cargas.
13
Segundo Magalhães (2010) o primeiro porto dedicado ao funcionamento
exclusivo de contêineres foi o de Port Newark nos Estados Unidos. Desde a época
até os dias atuais é notável o crescimento do uso destas estruturas.
2.3.2 Definição
O art. 4° do Decreto 80.145 (BRASIL, 1977):
O container é um recipiente construído de material resistente, destinado a propiciar o transporte de mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez, dotados de dispositivos de segurança aduaneira e devendo atender às condições técnicas e de segurança previstas pela legislação nacional e pelas convenções internacionais ratificadas pelo Brasil.
O contêiner é um recurso para transportar mercadorias com eficiência e com
baixo impacto ambiental viabilizando a movimentação em navios, trens, caminhões e
aviões. Em qualquer lugar do mundo a sociedade pode usufruir dos serviços que
este transporte oferece.
São transportados 300 milhões de contêineres pelo mar todos os anos e
cerca de 90% de mercadorias em todo o mundo. A Coréia do Sul e a China lideram
este comércio, já no Brasil ele conta com 5% deste em esfera global (CALORY,
2015).
Este equipamento aumentou a segurança e rapidez na prestação de serviços
de deslocamentos. Além disso, sua capacidade de ser movimentado de um ponto a
outro sem serem abertos, não causando danos as mercadorias, e a facilidade de
transferir carga de um veículo a outro reforçam a importância de seu uso. Isso é
devido à resistência, mobilidade e adaptação conforme carga imposta.
2.3.3 Tipos de Contêiner
De acordo com Bozeda e Fialho (2016), os contentores seguem um padrão
modular, podendo haver combinação de estruturas a fim de reforço para melhorias
em geral. É constituído por estrutura leve de aço, porém com alto suporte e podendo
ser empilhados. Cada unidade sustenta 25 toneladas e ainda são resistentes ao
fogo e a chuva.
Mesmo com o modelo padrão ele pode variar em relação à forma, ao
tamanho e a resistência. Segundo Kotnik (2013) existem vários tipos de exemplares
no mercado que variam de acordo com o tipo de uso. Podem-se encontrar modelos
de 20,40 até 45 pés tendo seus volumes respectivos em 33,1m³, 67,5 m³ e 86,1m³.
O contêiner de 20 pés possui 6,05 x 2,43 metros e o de 40 pés 12,20 x 2,43 metros,
14
ambos com altura de 2,59 metros. Na figura 4 está representado alguns dos tipos de
contêineres.
Figura 4 - Modelos de Contêineres. Fonte: KOTNICK, 2013.
A construção do contêiner pode ser dividida em três partes: estrutura, parede
e piso. A estrutura é responsável pela resistência, composta de aço com uma liga
especial, as outras partes são feitas por alumínio, aço, madeira antifungo, material
sintético. As tintas também são de uma qualidade especial resistindo às severas
condições as quais são expostas (NUNES; SOBRINHO JR., 2017).
Fabricados de acordo com as normas elaboradas pelo Comitê Técnico de
Organização Internacional de Normalização (ISO) e pela Convenção Internacional
para a segurança dos Contentores (CSC) garantindo uma uniformidade preservando
as características mecânicas e geométricas, manutenção e aplicações.
2.4 Contêineres x Construção Civil
Em torno da década de 1960 os contêineres apareceram como abrigos
temporários para militares em época de guerra. Saywers (2008) apud Calory (2015)
afirma que fazendeiros da América do Norte foram os que começaram a fazer deste
equipamento, até então usado para transportar mercadorias, em moradia.
Os primeiros projetos surgiram como forma de protesto. O conceito desses
manifestos artísticos queria ressaltar a flexibilidade, a possibilidade de poder morar
15
em um único módulo (KOTNIK, 2013). Um tipo de morada emergencial que poderia
ser armazenada e transportada para qualquer localidade.
Os contêineres podem ser usados de diversas formas. Ele já possui uma
atividade em canteiros de obras servindo como ponto de apoio, escritório,
almoxarifado, depósito. Além da diversidade esta forma de reaproveitamento se
tornou uma alternativa moderna e atual.
Nunes e Sobrinho Junior (2017) explicam que em uma obra utilizando
contêineres há a possibilidade de levar o módulo ao terreno, pronto para ser
aplicado. Sua praticidade faz com que os prazos e custos sejam menores. Obras
com este tipo de material não precisam de partidos estruturais, nem acabamentos,
pode ser alugado ou próprio e ainda pode ser reutilizado em outras construções
durante muito tempo.
O cronograma de empreitadas é fundamental para um bom andamento dela.
Trazendo para o cotidiano, novos métodos que agilizem e diminuam o tempo de
execução, trará ao negócio um retorno mais rápido. Essa possibilidade se deve ao
fato de o contêiner já possuir paredes, piso e cobertura formando uma única
estrutura.
Assim como qualquer outro tipo de edificação, as construções com essa caixa
de metal também necessitam de fundações. A diferença é que estes tipos de
projetos costumam manter o seu relevo natural, mesmo sendo de estruturas firmes é
necessária uma base sólida evitando umidade (MIRANDA, 2016).
Com os períodos de crise econômica e consequentemente diminuição de
importações e exportações de mercadorias por via marítima, os contêineres se
acumulam nos portos. Como descrito por Calory (2015), estima-se que no mundo
aja aproximadamente um milhão de contêineres abandonados em portos. Problemas
burocráticos, falências de empresas, entre outros, são alguns dos motivos desse
acúmulo.
A reutilização é uma forma eficiente de resolver esse problema. Esta foi uma
das razões de se investir nos contêineres na construção civil. Assim, o material que
seria jogado fora passa a ser usado para outras finalidades. Visando a incorporação
de diferentes métodos usados por engenheiros e arquitetos ampliando a discussão
sobre sustentabilidade propondo uma técnica mais limpa, barata e rápida.
16
3 METODOLOGIA
Para cumprir os objetivos propostos, inicialmente foi tomado como base um
modelo já existente, que utiliza o contêiner marítimo como ponto de ônibus. Em
seguida, foi feita a escolha do local em que seria implantado.
Por meio de uma pesquisa descritiva, foi realizado um levantamento sobre a
disponibilidade de contêineres no Porto de Maceió, Suape e Santos. Em seguida,
cotado os custos de contêineres de 20 pés, transporte, projeto completo e retorno,
sendo estes comparados ao tipo convencional de parada de ônibus em Maceió.
Com uma abordagem qualitativa, a pesquisa usou dados bibliográficos,
documentais, pesquisas de campo e entrevista buscando coletar informações. Com
intuito de executar todos os objetivos elaborados neste estudo, optou-se por
desenvolver o processo metodológico seguindo a logística a seguir:
3.1 Definição do modelo e do local
A definição do modelo partiu de um projeto que usa contêineres como pontos
de ônibus na cidade de Cuiabá- MT. Os contêineres são restaurados, possuem
placa solar e jardim vertical. Por ser uma das capitais mais quentes do país, seria
uma possível adaptação do protótipo ao clima de Maceió.
A secretaria de mobilidade urbana SEMOB- MT detém os dados do projeto e
prevê a construção de 82 pontos de ônibus na capital do Mato Grosso, atendendo os
usuários do transporte coletivo.
A orla de Ponta Verde é referência no turismo e local usualmente frequentado
pela população que reside em Maceió. Visitas in loco foram feitas observando a
movimentação de pessoas tanto no transporte público e privado, quanto a
pedestres.
3.2 Orçamentos de custos
Os quantitativos que compõem a planilha orçamentária desse projeto com o
uso de contêineres marítimos são referentes a consultorias com empresas e
organizados em quadros. Estas são de diferentes setores que compõe todo o
processo de desenvolvimento para instalação desses pontos de parada.
Os portos de Maceió, Suape e Santos, foram questionados com as seguintes
perguntas:
1- Qual a disponibilidade de contêineres no porto?
2- O porto faz doação dos contêineres que perderam sua vida útil como carga?
17
3- Qual o valor de compra dos contêineres?
O Pantanal Shopping, financiador do primeiro ponto em Cuiabá, informou que os
contêineres foram adquiridos na empresa privada Green Containers (situada na
capital mato-grossense), valores de compra do equipamento e da industrialização do
modelo existente.
As empresas LOK Containers, Modal Containers e Container Recife forneceram
o valor de compra de um contêiner de 20 pés. O transporte do contêiner até o
terreno onde será implantado é feito por um caminhão munck ou carreta e foi feita
uma estimativa com empresas que fazem o transporte do contêiner e o
descarregamento do mesmo. Algumas destas empresas como a APG Transportes
de Recife e PG LOC de Santos fazem o transporte, mas o descarregamento do
equipamento é feito por locação de caminhão munck na cidade destinada. A locação
do munck em Maceió foi cotada com as empresas KR Guindastes e Lokal
Equipamentos. Assim como Lenon Marques sócio da empresa Eco Domi
Containeres, especializada em projetos e construções com reaproveitamento de
contêineres marítimos, passou o orçamento de projeto arquitetônico e do
fornecimento do ponto de ônibus já restaurado, customizado, com as instalações
necessárias e transporte.
Em Maceió, os valores cotados são referentes a um comparativo do valor
Global e dos serviços prestados pela Eco Domi Containeres, com diferentes
fornecedores e na tabela SINAPI.
3.3 Comparação com o modelo usual de paradas de ônibus em Maceió
Para o comparativo, solicitado por meio de um processo físico, no Anexo B
segue o protocolo de atendimento, a Superintendência Municipal de Transportes e
Trânsito- SMTT comunicou acerca da responsabilidade do órgão em função dos
abrigos e pontos de paradas. Ana Caroline Araújo, Assessora de Projetos de
Paradas e Abrigos - ASSPPA esclareceu sobre os tipos existentes, o material
utilizado, o espaço a ser alocado, como trabalham a serviço da proteção de
passageiros de intempéries e a atenção para acessibilidade. Valores dos pontos de
ônibus atuais foram repassados e relatado futuras ações que estão em trâmite.
Em pesquisa com os principais shoppings da capital alagoana, Maceió
Shopping e Parque Shopping Maceió, as indagações feitas estão abaixo:
1- Qual a importância de investir na propaganda em pontos de ônibus?
18
2- Qual o custo da empresa com publicidade?
3.4 Avaliação da Tríade da Sustentabilidade
Houve por meio do diagrama de Venn, a verificação da pesquisa relacionando
os aspectos ambientais, sociais e econômicos que compõe o tripé da
sustentabilidade.
O balanço se referiu à viabilidade de implantar os contêineres como pontos de
ônibus na orla de Ponta Verde observando se os fatores da tríade conseguem se
correlacionar. Discursando sobre a intersecção dos três conceitos básicos e sua
importância.
19
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Pontos de ônibus em Cuiabá-MT
O Pantanal Shopping foi a primeira empresa a financiar esse novo modelo de
ponto de ônibus. Os contêineres foram adquiridos na própria cidade, na empresa
privada Green Container, onde no Quadro 01 é apresentado o valor destes.
Quadro 01. Valor do Contêiner na empresa Green Container.
Fonte: Autor, 2019.
A industrialização do ponto de ônibus em Cuiabá, com os referidos serviços e
seu valor global seguem no Quadro 02.
Quadro 02. Tabela de Serviços e Valor Global.
SERVIÇOS
Um contêiner de 40’
Aberturas de Soldagem
Revestimento em ACM
Recobrimento da Platibanda
Telha Termo Acústica
Placa Solar
Instalações Elétricas
Jardim Suspenso
Pintura
Plotagem
Painéis de LED
Rampa de Acessibilidade
Bancos
Estante para Livros
Wifi
Transporte
Valor Global: R$70.000,00
Fonte: Autor, 2019.
GREEN CONTAINER
Tamanho do Contêiner. Valor
20’ R$ 12.000,00
40’ R$ 15.000,00
20
O modelo piloto apresenta algumas falhas. O degrau é alto demais
dificultando o acesso de passageiros idosos, e o de cadeirantes devido a má
manutenção da calçada já que a passagem para a rampa de acessibilidade fica na
parte posterior.
A equipe técnica da Secretaria de Mobilidade Urbana – SEMOB fez os estudos
técnicos necessários de implantação, locação, adaptação de acessos necessários a
cada ponto implantado e fiscalização. Uma parceria município e rede privada através
do programa adote um abrigo. A empresa interessada se responsabiliza em
executar a obra conforme o projeto, em contrapartida esta empresa tem a
possibilidade de explorar os campos destinados à publicidade. A figura do primeiro
modelo instalado encontra-se no Anexo A.
4.2 Orçamentos
4.2.1 Contêineres
Há mais de dez anos o Porto de Maceió não trabalha com contêineres
marítimos. O que pode contar como um ponto negativo, já que teria que incluir o
custo de transporte do equipamento. O Porto de Suape em Pernambuco por ter sua
localização mais próxima a Maceió e o Porto de Santos que detém no Brasil o maior
número de contêineres estocados, foram consultados e não fazem doação da
estrutura. Para adquiri-las elas são vendidas. O preço médio varia conforme o
modelo e custa entre R$7.000,00 e R$10.500,00.
Os contêineres que não são adquiridos nos portos são obtidos em empresas
privadas e os valores variam de cidade como consta no quadro 03, e do lugar onde
foram adquiridos.
Quadro 03. Valores dos Contêineres.
Empresa Cidade Valor
LOK Container Maceió R$12.000,00
Container Recife Recife R$8.500,00
Modal Containers Santos R$7.500,00
Fonte: Autor, 2019.
Os valores cotados são referentes ao contêiner de 20 pés. A empresa LOK
Container adquire seus contêineres dos Estados Unidos e o preço varia conforme o
valor do Dólar. Container Recife e Modal Containers compram dos portos.
21
Alguns pontos importantes são analisados na compra de um contêiner. Deve
ser levado em consideração aspectos como os ataques químicos que o
equipamento recebeu e a carga que transportou. Para ser utilizado o contentor
passa por um processo de tratamento e recuperação que inclui limpeza, funilaria,
serralharia, pintura, revestimentos e acabamentos.
4.2.2 Transporte
O translado é feito por um caminhão munck ou carreta. Seus valores
dependem da distância a ser percorrida e do tipo do caminhão, podendo ser
necessários dois fretes para locação do equipamento, essa verificação está
destrinchada no quadro 04.
Quadro 04. Valores de Transportes (com e sem munck).
Empresa Cidade Valor
PG LOC (sem munck) Santos R$19.286,40
Neto Locações (com munck) Santos R$50.000,00
Container Recife (com munck) Recife R$1.300,00
APG Transportes (sem munck) Recife R$2.800,00
KR Guindastes (com munck) Maceió R$500,00
Lokal Equipamentos (com munck) Maceió R$450,00
Fonte: Autor, 2019.
Com os dados de transporte orçados, o deslocamento do equipamento da
cidade de Santos não compensa, pois mesmo com a falta de demanda em Maceió, o
custo se eleva comparado aos valores da capital em estudo e das proximidades.
O carregamento é simples, já que a estrutura é firme, mas é necessário
estudar a área do terreno que será implantado. Esta deve ser capaz de comportar a
estrutura, com espaço para manobras do guindaste.
4.2.3 Projeto Completo
A ECO DOMI Containers situada em Salvador desenvolveu um projeto que
usa os contêineres como pontos de ônibus, segue o projeto de captação de recurso
para implantação de ponto de ônibus em container no Anexo C.
A empresa é detentora do projeto da mesma forma que o executa. O serviço
é terceirizado por conta da baixa demanda. Para que o projeto seja implantado na
22
orla de Ponta Verde a execução é toda feita na Bahia e transportada. No quadro 05
estão detalhadas as tarefas executadas, incluindo o valor global.
Quadro 05. Execução de serviços da empresa ECO DOMI Containers e valor global.
ECO DOMI CONTAINERS
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS
Fornecimento de um container 20’DC.
Execução emolduramento das aberturas com soldagem.
Tratamento de cordões de solda.
Pintura interna e externa com uma demão de anticorrosivo e duas demãos de tinta
epóxi sobre as superfícies metálicas do container.
Execução de tratamento e pintura do tipo epóxi em piso de compensado naval.
Duas rampas metálicas para acesso ao container.
Execução de instalações elétricas na área interna do container incluindo 02 pontos
de iluminação e 03 pontos de tomada USB, fiação e conduites.
Instalação de duas luminárias e lâmpadas do tipo LED.
Fornecimento do banco em argamassa armada.
Instalação de duas caixas para livros em madeira de reflorestamento.
Fornecimento de lixeiras para coleta seletiva de lixo.
Execução de estrutura (calhas e chapas) e impermeabilização sobre container
20’DC, para telhado verde.
Execução de telhado verde envolvendo implementação de substrato terroso,
colchão drenante e plantio de mudas no teto verde.
Valor Global: R$ 33.750,00
Fonte: Autor, 2019.
A empresa não executa os serviços de fundação ou piso para apoio,
fornecimento de painéis publicitários e movimentação no lote. Ficam por conta do
23
contratante. Caso tenha a pretensão existe um opcional de sistema de energia solar
descrito no quadro 06.
Quadro 06. Opcional.
ECO DOMI CONTAINERS
OPCIONAL DO CONTAINER M²
Serviço Und Valor
Sistema de energia solar
com painéis fotovoltaicos.
1 R$ 4.170,00
Fonte: Autor, 2019.
Figura 5– Elementos do Ponto de Ônibus em Container. Fonte: Eco Domi Containers, 2018.
Para transportar o ponto de ônibus para a capital de Alagoas, o valor final do
projeto, sem o serviço opcional, fica em torno de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
24
4.2.4 Execução de Serviços em Maceió
Trabalhar com contêineres requer mão de obra especializada, principalmente
em cortes e esquadrias. A procura em Maceió é modesta e alguns profissionais que
executam projetos nesse segmento tem parcerias com empresas fora da cidade. O
material vem pré-fabricado recebendo os acabamentos na montagem final.
No quadro 07, a planilha corresponde à cotação com profissionais
autônomos, empresas do ramo da construção civil e consulta ao SINAPI. Sendo
elaboradas a partir de alguns pontos de serviços que a Eco Domi Containers
executa e diferentes alternativas, assim verificando se as tarefas podem ser
executadas no estado.
Quadro 07. Especificação de Serviços em Maceió.
03 Instalações Elétricas
03.1 Cotação Instalação de pontos de iluminação.
dia 2 150,00 R$ 150,00
03.2 Cotação Instalação de pontos de tomada USB
dia 3 150,00 R$ 450,00
03.3 Cotação Luminária Sobrepor
un 2 102,90 R$ 205,80
03.4 Cotação Lâmpadas LED
un 2 89,90 R$ 179,80
04 Pisos
04.1 Cotação Compensado Naval
m² 1 90,90 R$ 90,90
05 Pintura
05.1 4785/SINAPI Pintor para tinta epóxi
h 1 14,36 R$ 14,36
06 Marcenaria
Item
Código
Especificação dos Serviços
Unid.
Quant.
Preço Unit.
R$ total
01 Cortes das Esquadrias
01.1 Cotação Aberturas de Soldagem
un 1 300,00 R$ 300,00
01.2 Cotação Tratamento dos cordões de solda
un 1 150,00 R$ 150,00
02 Alvenaria
02.1 Cotação Rampas
m² 2 86,60 R$ 173,20
02.2 Cotação Banco de Concreto m³ 1 150,00 R$ 150,00
25
06.1 Cotação Caixa de madeira 15x60x30 cm
dia 2 100 R$ 100,00
07 Diversos
07.1 Cotação Lixeiras para coleta seletiva
dia 3 186,90 R$ 560,70
Fonte: Autor, 2019.
Esse levantamento é primitivo, pois o mercado especializado no trabalho com
contêineres na cidade é baixo. Em toda a cotação foi mencionado o objeto a ser
usado e muitos questionamentos surgiram. Após os estudos orçamentários, o valor
global de um ponto de ônibus em container com fabricação e execução total no local
de destino deste, atualmente é inviável.
As empresas especializadas em impermeabilização, placa solar e telhado
verde afirmaram que seria necessário fazer um estudo do projeto e do material para
que pudessem orçar um valor e a disponibilidade de executá-lo.
Nos resultados encontrados adaptações foram feitas, no intuito de reduzir
valores, tornando-se uma boa alternativa se houver um bom investimento de
pessoas capacitadas.
4.3 Publicidade
Como o planejamento é voltado para parcerias privadas, o retorno adquirido é
gerado pelo espaço publicitário. Os usuários do transporte urbano costumam
esperar um grande tempo para entrar no coletivo. Assim, o profissional de mídia e o
anunciante conseguem, ao realizar uma campanha no ponto de ônibus, interagir
com seu público em um momento onde ele está extremamente sucessível ao
impacto do anúncio.
O Maceió Shopping e o Parque Shopping Maceió emitiram que o investimento
de propaganda em pontos de ônibus numa região turística tem uma boa capacidade
de retorno.
O investimento dessas empresas é em ações de marketing, eventos,
campanhas publicitárias institucionais e promocionais. O Maceió Shopping
pronunciou que seus dados são sigilosos não podendo passar esse tipo de
informação.
O Parque Shopping Maceió comunicou que seu retorno e gastos com
publicidade podem variar de R$ 1.000,00 a R$ 50.000,00 dependendo do espaço,
tipo de propaganda e quantidades de dias expostos. Além disso, concorda com a
26
rentabilidade que o ponto pode trazer e por sua preocupação ambiental, visando o
modelo não somente para Ponta Verde como um novo ponto em frente ao
estabelecimento.
4.4 Infraestrutura em Maceió
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito -SMTT é o órgão
responsável pelos abrigos e paradas de ônibus em Maceió. O município conta com 7
(sete) modelos de abrigos divididos em abrigos metálicos, de concreto e de
eucalipto.
Os abrigos metálicos são distribuídos em 4 (quatro) modelos distintos,
mostrados no quadro 08:
Quadro 08. Modelos de abrigos metálicos.
Fonte: Autor, 2019.
Os abrigos de concreto são de dois tipos: o de concreto pré-moldado (Figura
6) e de concreto moldado in loco (Figura 7). Esta tipologia possui uma longa vida útil
e um ótimo custo benefício, sendo dentre os existentes na capital, a mais resistente
e duradoura.
27
Figura 6 - Modelo de ponto de ônibus de concreto pré-moldado. Fonte: Autor, 2019.
Figura 7- Modelo de ponto de ônibus de concreto moldado in loco. Fonte: Google Maps, 2019.
Os abrigos de eucalipto foram implantados nas regiões com concentração de
maresia, orla marítima (Figura 8).
Figura 8 - Modelo de abrigo de eucalipto. Fonte: Autor, 2019.
28
São instalados abrigos de médio e pequeno porte a depender da demanda do
local. Além disso, é feito um estudo para que o ponto implantado esteja em uma
região visível e de acordo com as leis de acessibilidade. Os usuários podem entrar
em contato com o número 118 para fazer pedidos e reclamações, estes são
repassados para os responsáveis que verificam as solicitações.
Quando ao custo, o modelo metálico padrão de pequeno porte custa
aproximadamente R$24.000,00 e o de grande porte em torno de R$ 68.000,00. O
órgão esclarece que atualmente eles estão em processo de licitação. Para esta será
utilizado um modelo de concessão, onde a partir do processo licitatório a empresa
vencedora fornecerá os abrigos, assim como prestará serviços de manutenção,
implantação, remoção, realocação em contrapartida a exploração publicitária do
mesmo.
4.4.1 Ponta Verde
Segundo a Assessoria de Projetos de Paradas e Abrigos - ASSPPA, um
grande problema em Maceió são as calçadas. As calçadas são estreitas e dificultam
posicionar o abrigo. Na Ponta Verde, as calçadas tem mais espaço, promovendo
uma melhor adequação de um ponto principalmente no modelo de um contêiner, que
exige um terreno amplo.
A orla é um ambiente de bastante visibilidade e passagem de pessoas. Há um
projeto de abrigo sustentável (Figura 7) nela, feito de madeira de reflorestamento em
parceria com a empresa Plantar. A preocupação com o meio ambiente vem se
tornando um marco na gestão. Um projeto inovador em uma estrutura conhecida
como carga pode trazer maior conforto e inovação. Os dois projetos unem o
incentivo a práticas sustentáveis, com isso foi feito um comparativo descrito no
quadro 09.
Quadro 09. Contêineres x Madeira.
CONTÊINERES MADEIRA
Valor x
Manutenção x
Espaço x
Locação x
Acomodação x
Proteção a intempéries x Fonte: Autor, 2019.
29
A SMTT não pode repassar o valor dos pontos em madeira de
reflorestamento, mas a relação custo benefício é mais vantajosa, principalmente por
conta da manutenção. A madeira de eucalipto perfilado tratado é uma madeira
ecológica e possui garantia de 10 anos e conta com a utilização de telha
ecologicamente correta. Porém seu espaço comparado à estrutura de um contêiner
é menor. O que pode ser vantagem em relação ao uso da área e desvantagem para
o número de ocupação de pessoas.
O equipamento de aço é um ótimo condutor de calor e péssimo isolante
acústico. Porém as edificações em contêiner recebem revestimento (interno e
externo) que impedem que a estrutura esquente. Para o isolamento térmico e
acústico usam-se revestimentos como: lã de vidro, lã de pet, lã de rocha e
poliuretano expandido.
A maresia é outro ponto em destaque. Em uma região praiana a ferrugem não
vai corroer o contêiner? Não. Como é utilizado originalmente no transporte de cargas
marítimas, seu material é altamente durável, fabricado para resistir a chuvas,
incidência solar e brisa marítima. Possui uma proteção natural contra salinidade
sendo necessárias apenas pinturas e manutenções periódicas para evitar oxidação.
4.5 Comparativo ao Tripé da Sustentabilidade
O quadro 10 apresenta os princípios do Tripé da Sustentabilidade relacionado
ao projeto estudado.
Quadro 10. Princípios do Tripé da Sustentabilidade.
AMBIENTAL • Reciclagem
• Educação Ambiental
• Conservação
SOCIAL • Conforto
• Ações
• Responsabilidade Social
ECONÔMICO • Parcerias
• Investimento
• Publicidade
Fonte: Autor, 2019.
30
O desenvolvimento sustentável busca minimizar os impactos ambientais
causados pela produção industrial. Seu propósito precisa de planejamento,
acompanhamento e avaliação de resultados, pois os três pilares devem estar
alinhados aos objetivos da empresa, não definidos como ações pontuais ou
estratégias de marketing.
Uma ação mútua entre empresas, comunidades e pessoas, é necessária para
haver um equilíbrio, considerando o todo. A junção dos três aspectos pode levar a
interseção, a união de somente dois elementos e também um isolado.
Para a reutilização do contêiner, é fundamental o investimento. A partir disto o
uso das ações em sociedade é trabalhado na execução. No estudo de um ponto de
ônibus na orla de Ponta Verde primeiro é preciso verificar com o órgão encarregado
da situação do local para colocá-lo, além da permissão com a prefeitura e os
trâmites legais, comparando com o padrão existente.
Com os resultados encontrados foram feitas as seguintes análises
apresentadas abaixo:
Figura 9 – Relação Social e Ambiental. Fonte: Autor, 2019.
Pelo diagrama da Figura 9, nota-se que os pontos existentes na cidade de
Maceió, dependendo do modelo, podem ter um custo mais baixo e até próximo, mas
verificando outros fatores como a manutenção, matéria prima mais acessível e fácil
uso de mão de obra, pela tríade é possível notar que o fator econômico não se
enquadra tornando inviável o objetivo geral proposto.
31
Figura 10 – Relação Social, Ambiental e Econômica.
Fonte: Autor, 2019.
No diagrama da Figura 10, para que haja a interseção dos princípios a
parceria com empresas privadas é fundamental. A relação contribui de forma
equivalente abrangendo os três aspectos.
32
5 CONCLUSÃO
Reduzir os impactos da construção civil no meio ambiente tem sido o grande
desafio do setor. Para levar uma vida ecologicamente mais correta é preciso novas
regras e novos hábitos. O contêiner surge como uma nova alternativa de sistema
construtivo tendo como principais características sua estrutura sólida, flexibilidade de
edificação, baixo custo, fácil transporte, curto prazo de finalização de projeto, pouco
uso de mão de obra e ainda evita desperdício.
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise sustentável
do reaproveitamento de contêineres na construção civil. Estes são usados como
casas, restaurantes, canteiros de obras. A definição de um projeto como ponto de
ônibus traz a visibilidade de um equipamento de carga que pode ser explorado de
maneiras variadas.
Com um modelo definido, tomado como referência um projeto da cidade de
Cuiabá-MT, a pesquisa exploratória buscou orçamentos de materiais e serviços
verificando a disponibilidade para que fosse viável implantá-lo em Ponta Verde,
comparando aos modelos que a prefeitura de Maceió utiliza.
O uso do método da tríade da sustentabilidade trouxe a possibilidade de
apurar uma relação comum a três parâmetros, considerando que elas podem não se
interligar por razões econômicas e podem se enquadrar havendo um consenso,
conhecimento, procura e vontade.
O estudo teve limitadores, já que em Alagoas o uso do equipamento é
modesto, faltam pessoas capacitadas e entendimento sobre o assunto. Como se
trata de um novo tipo de construção, carece de conhecimento da legislação
adequada e há dificuldade de obtenção de financiamento. Documentos básicos são
necessários tendo em vista planos, elevações, topografia, desenhos.
Entende-se, portanto, que os contêineres têm potencial de utilização como
pontos de ônibus, entretanto no modelo proposto essa implantação depende de
parcerias entre a iniciativa privada e poder público. Alguns fatores como desconforto
térmico e acústico não são empecilhos para o protótipo funcionar, uma vez que
existe tratamento permitindo um conforto apropriado. O principal diferencial desse
tipo de sistema é a minimização dos impactos ambientais reutilizando um material
que se torna inútil, unidos à inovação e medidas sociais em busca da satisfação da
comunidade.
33
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Márcio Augusto. A moderna construção sustentável. Revista Digital
AECweb. 2018. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/a/a-moderna-
construcao-sustentavel_589>. Acesso em: 27 Set. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6346: Contêineres de carga – Códigos, identificação e marcação. Rio de Janeiro. 2002.
BARBOSA, Gabryella de Oliveira et al. CONTAINER NA CONSTRUÇÃO CIVIL: RAPIDEZ, EFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE NA EXECUÇÃO DA OBRA. Ciências Exatas e Tecnológicas, Maceió, v.4, n. 2, p. 101-110, nov. 2017.
BIGARELLI, Bárbara. Porque é preciso repensar o “tripé da sustentabilidade” nos
negócios: Na opinião do homem que cunhou a expressão há 25 anos. Época
Negócios, São Paulo, 2018. Disponível em: <
https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2018/07/por-que-e-preciso-
repensar-o-tripe-da-sustentabilidade-dos-negocios.html >.
BOZEDA, Flávia Galimberte; FIALHO, Valeria Cassia dos Santos. Container House. Revista de Iniciação Científica, Tecnológica e Artística, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 157-177, nov. 2016.
BRASIL, Decreto n. 80.145, de 15 de agosto de 1977. Unitização, movimentação e transporte, inclusive intermodal, de mercadorias em unidades de carga, e dá outras providências. Brasília, DF. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-80145-15-agosto-1977-429176-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 20 de Set. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução CONAMA nº 307, de 5 de Julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos na Construção Civil. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 17 jul. 2002.
BRUNDTLND, Gro Harlem; Nosso Futuro Comum: Comissão mundial sobre o
meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo, FGV, 1991.
CALORY, Sara Queren Carrazedo. ESTUDO DO USO DE CONTÊINERES EM EDIFICAÇÕES NO BRASIL. 2015. 54 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Campo Mourão, 2015.
CARBONARI, Luana Toralles. REUTILIZAÇÃO DE CONTÊINERES ISO NA ARQUITETURA: ASPECTOS PROJETUAIS, CONSTRUTIVOS E NORMATIVOS DO DESEMPENHO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES NO SUL DO BRASIL. 2015. 196 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização). Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015
CHAVES, G. L.D.; MARTINS, R. S.; ROCHA JÚNIOR, W. F. R.; OPAZO, M. A.U.; Diagnóstico da Logística Reversa na Cadeia de Suprimentos de Alimentos
34
Processados no Oeste Paranaense XLIII CONGRESSO DA SOBER “Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial” 2005. 20p.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Relatório Brundtland: Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: FGV, 1991.
CORRÊA, L.R. Sustentabilidade na Construção Civil. 2009. 70 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização). Curso de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG, Belo Horizonte, 2009.
CORTÊS, Rogério Gomes et al. Contribuições para a Sustentabilidade na Construção Civil. Revista Eletrônica Sistemas & Gestão. Niterói, v. 6, p. 384-397, dez. 2011.
COUTO, Elení Pereira; SILVA, Fabrício Oliveira da. Desenvolvimento In Sustentável. Enciclopédia Biosfera: Centro Científico Conhecer, Goiânia, v. 10, n.18, p. 41-54, jan./jul. 2014.
CUIABÁ, Prefeitura Municipal de Cuiabá. Dados sobre modelo de ponto de ônibus. Mato Grosso, 2018.
ELKINGTON, J. Canibais com garfo e faca. São Paulo: Makron Books, 2001.
Equipe eCycle. Tijolo ecológico o que é e seus benefícios. São Paulo. 2018.
Disponível em:< https://www.ecycle.com.br/392-tijolo-ecologico>.
FEIL, Alexandre André; Schreiber, Dusan. Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável: desvendando as sobreposições e alcances de seus significados. Cadernos EBAPE.BR: Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, v. 14, p. 667-681, jul./set. 2017
GOOGLE, INC. Google Maps. Disponível em: <https://www.google.com/maps/@-9.670722,35.7170407,3a,75y,303.99h,80.89t/data=!3m6!1e1!3m4!1s9sxwsLat998CeJiJk4m0sQ!2e0!7i13312!8i6656>. Acesso em: 30 Abr. 2019. GUEDES, Rita; BUORO, Anarrita. Reuso de containers marítimos na construção civil. 2015. Disponível em: <http://www.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/wp-content/uploads/2015/12/128_IC_corre%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es-do-autor.pdf>. Acesso em: 3 Ago. 2018.
HOPPE, Letícia et al. Desenvolvimento Sustentável e o Protocolo de Quioto: uma abordagem histórica do Mecanismo do Desenvolvimento Limpo. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.32, n.1, p.107-136, jun. 2011. Disponível em: <https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2410> Acesso em: 25 Set. 2018.
KOTNIK, J. New Container Architecture: Design guide + 30 Case Studies. Barcelona: Links Books, 2013.
MAGALHÃES, Petrônio Sá Benevides. Transporte Marítimo: Cargas, Navios, portos e Terminais. São Paulo: Aduaneiras, 2010.
35
MARQUES L., ATAÍDE F. e NORONHA M., Eco Domi Containers, Projeto do Ponto de Ônibus Sustentável em Container, Salvador, Bahia, 2018.
MIRANDA, Bruno Vasco de. O Uso de Contêineres em Arquitetura. 2016. 77 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Centro Universitário SENAC, São Paulo, 2016.
MUSSNICH, Luiza. Retrofit em containers marítimos para reuso na arquitetura e sua viabilidade. 2015. NUNES, Matheus de Araújo; SOBRINHO JR., Antônio da Silva. UTILIZAÇÃO DE CONTÊINERES NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTUDOS DE CASO. Revista Campo do Saber, Nova Cabedelo, v. 3, n. 2, p. 129-151, jul./dez. 2017
OCCHI, Tailene; ALMEIDA, Caliane Christie Oliveira de. Uso de containers na construção civil: viabilidade construtiva e percepção dos moradores de Passo Fundo-RS. Revista de Arquitetura IMED, Passo Fundo, v. 5, n. 1, p. 16-27, jan./jun. 2016. Disponível em: <https://seer.imed.edu.br/index.php/arqimed/article/view/1282>. Acesso em: 29 de Set. 2018.
PIRES, Fernanda Mendes; Fischer, André Luiz. INTEGRAÇÃO ENTRE GESTÃO DE PESSOAS E ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE: O CASO NATURA. Revista de Gestão Social e Ambiental, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 54-72, jan./abr., 2014.
Redação pensamento verde. Uso do Bambu na Construção Civil. São Paulo. 17 de jan. 2014. Disponível em:< https://www.pensamentoverde.com.br/arquitetura-verde/bambu-construcao-civil/>.
RIBEIRO, M.; CRUZ, M.; MONTEIRO, I. O Desafio da Sustentabilidade na Construção Civil: aspectos legais e jurisprudenciais. Revista do CEDS: Revista Científica em Desenvolvimento Sustentável da UNDB, Maranhão, v. 1, n. 5, p. 01-19, ago./dez. 2016.
ROMANO, L.; DE PARIS, S.R.; NEUENFELDT JÚNIOR, A.L. Retrofit de Contêineres na Construção Civil. Labor & Engenho, Campinas, v.8, n.1, p.83-92, 2014. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/labore/article/view/225>. Acesso em: 28 Set. 2018.
SANTO, Juliete de Oliveira et al. Resíduos da Indústria da Construção Civil e o seuProcesso de Reciclagem para Minimização dos Impactos Ambientais. 2014. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsexatas/article/download/1337/759>. Acesso em: 9 Ago. 2018.
36
ANEXOS
37
ANEXO A – Modelos de contêiner como ponto de ônibus em Cuiabá-MT
38
Figura 10- Ponto Pantanal Shopping. Fonte: Prefeitura de Cuiabá, 2018.
Figura 11- Lateral ponto de ônibus. Fonte: Prefeitura de Cuiabá,2018.
39
ANEXO B – Protocolo de Atendimento da Superintendência Municipal de
Transportes e Trânsito - SMTT
40
41
ANEXO C – Projeto de captação de recurso para implantação de ponto de ônibus
em container
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55