Vidro isolante de baixa emissividade para edifícios energeticamente efi cientesComo os decisores políticos poderiam poupar energia e
reduzir signifi cativamente as emissões de CO2 para atingir
os objectivos da UE para 2020
Uma publicação de
Europe’s Manufacturers of Building, Automotive and Transport Glass
Facto: Poderiam poupar-se, anualmente, até ao ano de 2020, até 90 milhões de toneladas de emissões de CO2, se todos os edifícios da Europa fossem equipados com vidro duplo
isolante de baixa emissividade (ou seja, todos os edifícios existentes e novos, residenciais e
não-residenciais).
Facto: Poderiam reduzir-se até 97 milhões de toneladas de emissões de CO2 se, para
além de se instalar vidro duplo de baixa emissividade nos edifícios existentes, se utilizasse
mais o vidro triplo de baixa emissividade nos edifícios novos, onde fosse adequado (ou
seja, nas regiões mais frias do Norte).
Facto: Esta é uma boa notícia, porque a UE comprometeu-se a reduzir, anualmente, cerca
de 300 milhões de toneladas de emissões desnecessárias de CO2, no mesmo período de
tempo, poupando energia desperdiçada em edifícios residenciais e não-residenciais.
A ampla utilização de vidros isolantes de baixa emissividade permitiria alcançar até um terço dos objectivos da UE de redução de emissões para edifícios.
Facto: Os líderes da UE querem poupar 20% da necessidade de energia global da UE até
2020, reduzindo as emissões de CO2 no processo. Se forem bem-sucedidos, a poupança
global de energia da UE representaria 390 milhões de toneladas equivalentes de petróleo
e uma redução de 780 milhões de toneladas1 de emissões de CO2.
Facto: A incapacidade global da UE para utilizar energia efi cientemente em todas as
actividades custará, desnecessariamente, milhares de milhões de euros até 2020. Portanto,
uma maior utilização do vidro de baixa emissividade também representará uma poupança
de dinheiro.
Facto: Com tecnologias e materiais modernos, é possível projectar edifícios que reduzem
drasticamente as necessidades de aquecimento, ou até mesmo eliminam a necessidade
de sistemas de aquecimento convencionais (edifícios de baixo consumo energético). Os
vidros isolantes de baixa emissividade – em particular, o vidro triplo – são um componente
fundamental para reduzir a necessidade de aquecimento nesses edifícios.
Facto: A tecnologia do vidro de baixa emissividade existe actualmente e está pronta a ser
utilizada. A poupança de energia com a instalação de vidro de baixa emissividade excede,
de longe, a energia consumida no fabrico do vidro. Com as emissões da indústria do vidro
arquitectónico na Europa calculadas em cerca de 4 a 5 milhões de toneladas de CO2 por
ano,2 as poupanças potenciais de uma maior utilização do vidro de baixa emissividade
ultrapassam, consideravelmente, as emissões industriais.
Principais factos sobre os objectivos da UE para 2020
A Glass for Europe é a associação comercial de fabricantes europeus de vidro para a construção, automóveis e transportes.
Fontes: Factos gerais extraídos de «Plano de Acção para a Efi ciência Energética: Concretizar o Potencial» (Comunicação da Comissão Europeia, COM(2006)545 fi nal de 19.10.2006) e factos sobre o vidro de baixa
emissividade extraídos de «Potential impact of Low-Emissivity Glazing on energy and CO2 savings in Europe»
(Relatório do TNO 2008-D-R1240/B pelo TNO Built Environment and Geosciences, Delft, Países Baixos).
1 Este valor refere-se ao objectivo para a UE-25.2 «Energy and Environmental Benefi ts from Advanced Double Glazing in EU Buildings», Março de 2005, página 11, GEPVP.
Europe’s Manufacturers of Building, Automotive and Transport Glass
Mais de 40% de toda a energia
consumida na UE deve-se aos
edifícios. Fazer com que os edifí-
cios novos e existentes sejam o
mais possível energicamente efi -
cientes permitirá avançar a pas-
sos largos para cumprir os objec-
tivos da UE de redução de CO2.
Os decisores políticos poderiam
atingir um terço dos objectivos de
poupança de energia nos edifí-
cios identifi cados no plano da
Comissão Europeia «Plano de
Acção para a Efi ciência
Energética: Concretizar o
Potencial», promovendo o uso de
vidro duplo ou triplo isolante de
baixa emissividade, nos edifícios
existentes e novos, na Europa.
Os vidros isolantes de baixa emis-
sividade poupam energia, porque
reduzem a perda de calor de um
edifício através do vidro. Ao
mesmo tempo, permitem que
uma quantidade signifi cativa do
calor do sol entre, reduzindo,
assim, a necessidade de aqueci-
mento artifi cial do edifício.
O potencial do vidro de baixa
emissividade para reduzir as
emissões de CO2 provenientes
de edifícios foi analisado num
estudo pelo instituto científi co
holandês, o TNO. Este estudo é
tecnicamente rigoroso e conser-
vador. Os resultados são apre-
sentados nesta publicação. O
estudo conclui que poderiam evi-
tar-se anualmente, até ao ano de
2020, até 97 milhões de
toneladas de emissões de CO2,
se o vidro de baixa emissividade
fosse utilizado em condições
óptimas em edifícios novos e anti-
gos, em toda a Europa (consulte
a Tabela 3).
Esta tecnologia existe actual-
mente. A UE e os respectivos
Estados-membros podem utilizá-
-la para ajudar a atingir os seus
próprios objectivos, actuando de
forma a garantir que seja utilizada
mais amplamente.
O vidro isolante de baixa emissividade poupa energia. Promover a sua utilização reduzirá as emissões de CO2.
Muitos edifícios novos e a maioria dos existentes utilizam a energia desnecessariamente para manter as pessoas confortavelmente quentes no seu interior. Isto signifi ca mais emissões de CO2 do que aquilo que é necessário.
1
Vidro de baixa emissividade
A designação «emissividade» refere-se à capacidade da superfície do vidro para refl ectir calor. O vidro de baixa emissividade é
especialmente tratado com uma capa transparente, microscopicamente fi na e virtualmente invisível, que é aplicada na superfície. A capa
refl ecte o calor de novo para o edifício, reduzindo, deste modo, a perda de calor através da janela. Também reduz a transferência de
calor da vidraça (interior) quente para a vidraça (exterior) mais fria e, por conseguinte, reduz ainda mais a quantidade de calor que se
perde através da janela. A capa permite que grandes quantidades de energia solar entrem no edifício, aquecendo-o deste modo. Esta
capa utiliza-se tanto em vidro duplo como em vidro triplo. As propriedades do vidro isolante de baixa emissividade permitem que este
contribua de forma clara para a energia em edifícios.
Exterior Interior
Ganho térmicosolar gratuito
Calor interno
Sol
Exterior Interior
Ganho térmicosolar gratuito
Calor interno
Sol
Figura 1: Vidro duplo com uma capa de baixa emissividade
Capa de baixa emissividade aplicada a um lado do vidro
Figura 2: Vidro triplo com duas capas de baixa emissividade
3
A maioria dos edifícios que ocu-
pamos actualmente foi constru-
ída numa época em que a efi ci-
ência energética não era uma
característica essencial do pro-
jecto arquitectónico. Os mate-
riais de construção não foram
aperfeiçoados para conservar o
calor. Portanto, perde-se uma
grande quantidade de calor dos
edifícios existentes através das
janelas antiquadas. Uma das
principais prioridades deveria ser
a substituição de vidro inefi ciente
nestes edifícios, de forma que o
aquecimento central possa ser
reduzido.
O investimento em janelas novas
recompensará numa questão de
anos, visto que reduz os custos
com o aquecimento. As emis-
sões de CO2 também diminui-
rão. Não há tempo a perder – os
objectivos estabelecidos no
Protocolo de Quioto, sob a
alçada da ONU, devem cumprir-
se muito em breve. Todavia,
existe resistência fi nanceira a
substituir janelas inefi cientes nos
edifícios existentes, devido ao
seu custo claramente signifi ca-
tivo. Os Governos podem, e
deveriam, fornecer incentivos
fi nanceiros ou fi scais aos pro-
prietários de casas e de outros
edifícios para instalarem janelas
mais modernas.
Deveria ser obrigatório por lei
utilizar janelas energeticamente
efi cientes em todos os edifícios
novos. Também é fundamental
que se amplie a revisão da
Directiva relativa ao Desempenho
Energético dos Edifícios (que
requer que todos os Estados-
-membros da UE melhorem os
respectivos regulamentos de
construção a cada cinco anos),
de forma a abranger edifícios
mais pequenos. Os Governos
nacionais não precisam de espe-
rar por uma nova Directiva para
encorajar uma maior utilização
de vidro isolante de baixa emissi-
vidade. Deveriam dar o exemplo,
equipando os edifícios públicos,
e deveriam fornecer incentivos
económicos que reduzam o
peso económico de substituir
janelas antiquadas pelas melho-
res disponíveis actualmente.
Mantenha-se quente. Poupe energia. Reduza as emissões.
Com tanta actividade humana a decorrer nos espaços interiores, é fundamental atingir e manter uma temperatura confortável. Todavia, isto deve gerir-se do modo mais energeticamente efi ciente e sustentável.
• Encorajar e, onde necessário, exigir a utilização de vidro duplo ou triplo isolante de baixa emissividade, através de regulamentos
de construção nacionais para novos edifícios.
• Encorajar ou exigir a instalação de vidro isolante de baixa emissividade em edifícios existentes, através de meios fi scais ou legislativos.
• Fornecer incentivos económicos e fi scais tanto para os utilizadores como para os fabricantes de vidro isolante de baixa emissividade,
para promover um melhor entendimento comercial destes produtos de poupança de energia.
• Garantir que todos os edifícios públicos mais importantes estejam equipados com vidro isolante de baixa emissividade adequado.
• Organizar campanhas informativas e de comunicação acerca das vantagens de utilizar vidro isolante de baixa emissividade.
• Garantir que os Certifi cados de Desempenho Energético dos edifícios expliquem e quantifi quem as potenciais poupanças de energia
e de CO2 que se podem conseguir ao utilizar vidro duplo ou triplo isolante de baixa emissividade.
O que podem fazer os decisores políticos para dar à Europa janelas novas e reduzir as emissões de CO2?
O vidro duplo é um produto
bem estabelecido, mas não é
habitual em toda a Europa. De
facto, existem segmentos
enormes do acervo arquitectó-
nico na Europa que ainda são
em vidro simples, desperdi-
çando grandes quantidades de
energia a cada minuto.
Frequentemente, as janelas só
são substituídas com vidro
duplo quando fi cam decrépi-
tas. À taxa actual, demorará
décadas a substituir as janelas
inefi cientes. Mas, o «fi m de
vida» não deveria ser o critério
para a substituição das janelas
inefi cientes – as poupanças de
energia deveriam ser a razão.
Esperar até que a substituição
das janelas seja inevitável des-
perdiça a oportunidade de
poupar grandes quantidades
de energia, emissões de CO2 e
dinheiro.
Para além disso, muito do vidro
duplo mais antigo instalado
também tem um desempenho
inadequado. Também existe
um argumento forte para subs-
tituir este vidro duplo antiquado
pelo actual vidro duplo ou tri-
plo, muito efi ciente, que tem
um desempenho muito melhor.
Nem todo o vidro é da mesma
qualidade, e nem todo o vidro
duplo utiliza vidros isolantes de
baixa emissividade e de alto
desempenho. A qualidade dos
componentes e o fabrico fazem
a diferença. É por isso que um
esquema dinâmico de rotula-
gem energética da UE para as
janelas ajudaria os consumido-
res a identifi car os produtos
mais efi cientes. Também forne-
ceria uma estrutura de referên-
cia para programas governa-
mentais de incentivo, para
encorajar as vendas de janelas
com um melhor desempenho e
promover o aperfeiçoamento
contínuo do produto.
Os edifícios europeus…precisam de janelas novas!
5
Se garantir o fornecimento é uma prioridade, porquê desperdiçar energia desnecessariamente?
O custo da energia é crucial para qualquer economia – quer seja nacional ou internacional, de uma
actividade ou do lar. Os preços fl utuantes do petróleo e do gás, em determinados momentos ao
longo dos últimos trinta e cinco anos, deram origem a recessões económicas sucessivas a nível
mundial. As reservas naturais estão a escassear e as alternativas sustentáveis são, frequentemente,
mais caras. Porém, a procura global de energia continua a crescer.
As reservas de petróleo e de gás estão concentradas nas mãos de uma minoria. Isto faz com que o
resto do mundo seja dependente de decisões e políticas de mercado que não pode infl uenciar facil-
mente. A manipulação dos fornecimentos de energia infl uencia o bem-estar económico e a estabili-
dade política. Actualmente, todos os países estão preocupados com a segurança dos fornecimentos
de energia, porque a falta de energia tem o potencial de perturbar o modo de vida em grande escala.
Também cresceram os receios relativamente à vulnerabilidade das infra-estruturas de fornecimento
de energia, devido ao crescimento do terrorismo internacional. Para além disso, os acidentes, os
desastres naturais e as condições meteorológicas adversas também têm o potencial de interromper
os fornecimentos, inesperadamente. Portanto, estas condições colocam a segurança do forneci-
mento no centro das atenções. Os Governos de todo o mundo estão a analisar activamente como se
poderá reduzir a dependência de qualquer uma das fontes de energia.
Entretanto, a medida mais importante que os decisores políticos podem, e deveriam, tomar é certifi -
carem-se de que não utilizemos mais energia do que aquela que é estritamente necessário. Aquecer
as casas, os locais de trabalho e os espaços públicos consome – e desperdiça – grandes quantida-
des de energia. É evidente que muitos dos nossos edifícios, na Europa, necessitam de atenção com
prioridade. O vidro duplo e triplo isolante de baixa emissividade é uma tecnologia que existe para
manter o calor no interior dos edifícios. Instalá-lo mais amplamente signifi caria que os sistemas de
aquecimento poderiam ser reduzidos ou desligados, o que permitiria poupar muita da energia que
escasseia, e reduzir a dependência de terceiros – aumentando, assim, a nossa segurança.
A energia mais segura é a energia que poupamos.
A Glass for Europe solicitou ao
instituto técnico de investigação
holandês, o TNO, que efectu-
asse um estudo das potenciais
poupanças de energia e da
redução de CO2, na Europa,
graças a uma maior utilização
do vidro isolante de baixa emis-
sividade. O relatório do estudo
está disponível mediante pedido
feito à Glass for Europe, ou
pode descarregar-se em
www.glassforeurope.com.
O estudo é excepcionalmente
rigoroso na sua metodologia e
controlos, bem como conserva-
dor e cauteloso na sua aborda-
gem, ao transpor as hipóteses
formuladas para os modelos.
Isto produziu resultados que
são sérios, sólidos e credíveis.
Pediu-se ao TNO para efectuar
uma análise da potencial pou-
pança de energia e da redução
de emissões de CO2 graças a
uma maior utilização dos vidros
duplos de alto desempenho
que utilizam vidro de baixa
emissividade em todos os edifí-
cios novos e existentes na
UE-27. Potencialmente, a pou-
pança de energia anual, até ao
ano 2020, poderia ascender a
912 000 terajoules (TJ)3, condu-
zindo a uma redução anual, em
toda a UE, das emissões de
CO2 até 90 milhões de tonela-
das. Os resultados de cada país
encontram-se na Tabela 2.
Para além disso, pediu-se ao
TNO para analisar o potencial
de poupança se o vidro triplo de
baixa emissividade e de alto
desempenho fosse utilizado em
todos os edifícios novos,
excepto nas regiões mais quen-
tes do Sul da Europa, onde se
utilizaria vidro duplo de alto
desempenho. Potencialmente,
a poupança de energia anual,
até ao ano 2020, apenas desta
medida, poderia ascender a
113 000 TJ, resultando numa
redução anual, em toda a UE,
das emissões de CO2 superior a
11 milhões de toneladas. Os
resultados de cada país encon-
tram-se na Tabela 3.
A UE comprometeu-se a reduzir
anualmente, até ao ano 2020,
cerca de 300 milhões de tonela-
das de emissões de CO2, pou-
pando energia em edifícios resi-
denciais e não-residenciais. A
Glass for Europe concluiu, a
partir deste estudo, que a utili-
zação consistente e correcta do
vidro duplo e triplo de baixa
emissividade, na UE-27, em
todos os edifícios existentes e
novos, tem o potencial de pou-
par anualmente, até ao ano
2020, até 97 milhões de tonela-
das de CO2, ou seja, 30% do
objectivo anual que a UE esta-
beleceu para si mesma.
Um estudo rigorosoUma determinação científi ca das potenciais vantagens do vidro de baixa emissividade
63 Um terajoule equivale a 1012 joules. Um joule é a quantidade de energia necessária para produzir a potência de um watt continuamente durante um
segundo, ou para aquecer um grama de ar seco e frio a 1 grau centígrado. Uma cidade francesa média de um milhão de habitantes consome cerca de
50 000 TJ de energia por ano.
O cálculo da potencial vanta-
gem de uma maior utilização
do vidro isolante de baixa emis-
sividade nos 27 Estados-
-membros da UE teve em con-
sideração vários factores
importantes. Utilizaram-se
dados directos ou extrapola-
dos relativamente às condições
climatéricas locais; a variedade
de fontes de energia em uso (a
produção de CO2 por TJ varia,
dependendo de se, por
exemplo, a electricidade é
gerada a partir do carvão, do
gás, ou se é nuclear); e a natu-
reza do acervo arquitectónico
(categorizado, por exemplo,
por idade, materiais de cons-
trução, se é residencial ou não,
se tem aquecimento central ou
não). Com base nisto, identifi -
caram-se oito grupos distintos.
Utilizaram-se os valores de
desempenho do vidro
seguintes: vidro triplo - valor g:
0,6; valor U: 0,7; vidro duplo –
valor g: 0,6; valor U: 1,1. Para
efeitos dos cálculos realizados
neste estudo, assume-se que
os vidros com estas especifi ca-
ções de desempenho sejam
instalados entre 2008 e 2020
nos edifícios existentes e
novos.
Principais factores considerados
Tabela 1: Potencial de poupança anual de energia e de redução de CO2 na UE-27, até ao ano 2020, graças a uma óptima utilização de vidro
isolante de baixa emissividade.
Já se verifi ca a utilização de vidro de baixa emissividade tanto em edifícios novos como existentes. A Tabela 1 ilustra a poupança adicional que poderia
conseguir-se acima das tendências actuais.
7
Potencial de economia signifi cativoCom vidros de baixa emissividade poderia atingir-se até 30% dos objectivos da UE de redução de CO2 nos edifícios.
Mensagem N.º 1:
Adaptando os regulamentos de
construção para exigir a utiliza-
ção de vidro duplo ou triplo de
baixa emissividade e de alto
desempenho (conforme for
adequado) na construção de
todos os edifícios novos, a
UE-27 poderia poupar anual-
mente, até 2020, entre 50 000 e
113 000 TJ de energia, e reduzir
as emissões de CO2 entre 4,7 e
11,3 milhões de toneladas por
ano. Esta medida não implicaria
qualquer custo para o Governo.
Mensagem N.º 2:
Utilizando um misto de legisla-
ção e incentivos baseados no
mercado para promover a ins-
talação de vidro duplo de baixa
emissividade e de alto desem-
penho nos edifícios existentes,
a UE-27 poderia poupar anual-
mente, até 2020, até 860 000
TJ de energia, e reduzir as
emissões de CO2 até 85
milhões de toneladas por ano.
Os custos para o Governo
associados a estas medidas
(deduções fi scais ou subsídios,
por exemplo) muito provavel-
mente seriam compensados,
pelo menos em parte, por
receitas acrescidas do IVA,
resultantes das vendas de jane-
las novas, custos de desem-
prego reduzidos e impostos
sobre o rendimento mais bené-
fi cos (embora este aspecto não
tenha sido estudado).
Mensagem N.º 3:
Actuando em ambas as frentes
– promovendo a utilização do
vidro duplo ou triplo de baixa
emissividade e de alto desem-
penho (conforme for adequado)
em todos os edifícios novos e
existentes – a UE-27 poderia
poupar anualmente, até 2020,
até 975 000 TJ de energia, e
reduzir as emissões de CO2 até
97 milhões de toneladas por
ano, quase um terço do objec-
tivo da UE anunciado para os
edifícios.
O que signifi ca isto para os decisores políticos?
Utilização de vidro isolante de
baixa emissividade
Poupança de energia
[TJ]
Poupança de energia
Milhões de toneladas
equivalentes de petróleo
Redução de CO2
[kt]
Vidro duplo em todos os
edifícios novos
50 213 1,2 4767
Vidro triplo em todos os
edifícios novos, excepto no
Sul, onde se utiliza vidro duplo
112 955 2,7 11 303
Vidro duplo em todos os
edifícios existentes
862 280 20,5 85 310
Vidro duplo em todos os
edifícios (existentes e novos)
912 493 21,7 90 077
Potencial máximo: vidro duplo
e triplo (conforme for adequa-
do) em todos os edifícios
existente e novos
975 235 23,2 96 613
Muitos edifícios na Europa ainda não estão equipados com vidro duplo padrão, e muito menos com vidro isolante de baixa emissividade.
A Tabela 2, abaixo, apresenta uma visão do impacto que a utilização de vidro isolante de baixa emissividade teria nos níveis de emissão de
CO2 se, em toda a Europa, todos os edifícios, tanto os existentes como os novos, fossem equipados com vidro duplo isolante de baixa
emissividade. Anualmente, poderiam poupar-se milhões de toneladas de CO2, em consonância com os objectivos da UE para 2020.
Vidro duplo de baixa emissividade em todos os edifícios existentes e novos
8
Tabela 2: Potencial de poupança anual de energia e de redução de CO2 em 2020 – utilizando-se apenas vidro duplo de baixa emissividade e de
alto desempenho
Edifícios existentes (a) Edifícios novos (b) Edifícios existentes e novos (a)+(b)
Poupança de
energia [TJ]
Redução de
CO2 [kt]
Poupança de
energia [TJ]
Redução de
CO2 [kt]
Poupança de
energia [TJ]
Redução de
CO2 [kt]
Norte 14 734 1589 -26214 -285 12 113 1304
Finlândia 5409 584 -962 -105 4447 479
Suécia 9324 1005 -1658 -180 7666 825
Marítima Central 232 306 24 074 7469 841 239 775 24 916
Bélgica 15 227 1577 490 56 15 717 1633
Dinamarca 7997 830 257 28 8254 859
Irlanda 5959 621 192 20 6151 641
Luxemburgo 695 72 22 2 718 75
Países Baixos 24 194 2517 778 84 24 972 2601
Reino Unido 88 920 9235 2859 314 91 779 9549
França 89 312 9221 2871 338 92 184 9559
Continental Central 202 049 21 026 7458 794 209 507 21 820
Áustria 18 268 1896 674 73 18 943 1970
Alemanha 183 781 19 130 6783 720 190 564 19 850
Sul 174 774 15 958 28 332 2499 203 106 18 456
Chipre 1155 117 187 20 1343 136
Grécia 15 435 1557 2502 265 17 937 1822
Itália 83 951 7620 13 609 1187 97 561 8807
Malta 578 55 94 9 671 64
Portugal 15 316 1398 2483 219 17 799 1617
Espanha 58 339 5211 9457 799 67 796 6010
Países Bálticos5 17 736 1773 494 50 18 230 1822
Polónia 64 246 6435 4216 413 68 462 6848
Central6 75 575 7554 2350 238 77 925 7791
Bulgária e Roménia 80 860 6902 2514 217 83 375 7119
UE-27 862 280 85 310 50 213 4767 912 493 90 077
4 Os valores negativos aqui apresentados devem-se ao facto de estes países já utilizarem amplamente o vidro triplo em edifícios novos, enquanto que esta
tabela se refere às poupanças associadas à utilização de vidro duplo.5 Estónia, Lituânia, Letónia6 República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia
10
Instalar vidro triplo fabricado com vidro de baixa emissividade pode aumentar ainda mais os ganhos de efi ciência energética na maioria
das regiões de Europa. Mas não faz muito sentido implementar esta medida onde o clima é quente no Verão e ameno no Inverno. Os
vidros duplos são a melhor opção para estas regiões. A Tabela 3, abaixo, mostra o potencial de instalar vidro triplo de baixa emissividade
em todos os edifícios novos no futuro, em toda a Europa, excepto nas regiões do Sul que têm um clima mais moderado, onde é
sufi ciente o vidro duplo. Também demonstra o potencial impressionante de combinar a utilização de vidro triplo na maioria dos edifícios
novos com vidro duplo de baixa emissividade em todos os edifícios existentes.
Vidro triplo de baixa emissividade tem vantagens acrescidas nas regiões mais frias
Tabela 3: Potencial de poupança anual de energia e de redução de CO2 em 2020 – utilizando-se vidro duplo e/ou triplo de baixa emissividade e de
alto desempenho
Edifícios novos (vidro triplo em todos os sítios, com
vidro duplo no Sul)
Edifícios existentes (vidro duplo)
Edifícios novos (vidro triplo em todos os sítios, com
vidro duplo no Sul)
Poupança de energia
[TJ]
Redução de CO2 [kt] Poupança de energia
[TJ]
Redução de CO2 [kt]
Norte 2790 313 17 523 1902
Finlândia 1024 114 6433 698
Suécia 1765 199 11 090 1204
Marítima Central 29 964 3250 262 270 27 324
Bélgica 1964 214 17 191 1791
Dinamarca 1032 111 9029 941
Irlanda 769 81 6728 702
Luxemburgo 90 10 785 82
Países Baixos 3121 331 27 315 2848
Reino Unido 11 469 1227 100 390 10 463
França 11 520 1278 100 832 10 499
Continental Central 28 304 2982 230 353 24 009
Áustria 2559 273 20 827 2169
Alemanha 25 745 2709 209 526 21 839
Sul 28 332 2499 203 106 18 456
Chipre 187 20 1343 136
Grécia 2502 265 17 937 1822
Itália 13 609 1187 97 561 8807
Malta 94 9 671 64
Portugal 2483 219 17 799 1617
Espanha 9457 799 67 796 6010
Países Bálticos7 2052 206 19 788 1978
Polónia 9007 889 73 254 7324
Central8 6042 609 81 617 8162
Bulgária e Roménia 6464 556 87 325 7458
UE-27 112 955 11 303 975 235 96 613
7 Estónia, Lituânia, Letónia8 República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia
Não há uma solução imediata. Devem encontrar-se formas de poupar energia em todos os sectores e actividades. As pequenas
poupanças graduais contribuem para a prossecução dos objectivos globais que pretendemos alcançar.
Já existem muitas tecnologias energeticamente efi cientes, mas não são exploradas adequadamente. O vidro isolante de baixa
emissividade é um exemplo perfeito de um modo comprovado de aumentar a efi ciência que pode, e deveria, desempenhar um papel
de maior destaque. A utilização do vidro isolante de baixa emissividade possibilita um cenário onde todos saem a ganhar: mantém o
interior dos edifícios quente e os ocupantes confortáveis e produtivos; reduz as emissões desnecessárias de CO2 e ajuda a manter o
planeta frio. Para além disso, reduz as necessidades de energia e os custos.
Os decisores políticos deveriam examinar activamente formas de promover uma maior utilização do vidro isolante de baixa emissividade
em projectos de construção. Poderia conseguir-se isso através de meios legislativos. Por exemplo, os regulamentos de construção
nacionais poderiam exigir a utilização de vidro isolante de baixa emissividade, especialmente em climas mais frios, ou poderiam utilizar
instrumentos económicos e fi scais para incentivar escolhas energeticamente efi cientes, ou uma combinação de ambos.
O que podem fazer os decisores políticos?
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Alguns dos estudos de casos na
investigação encomendada pela
Glass for Europe apresentam
cenários muito ambiciosos. É
irrealista pensar que todos os
sistemas de vidros energetica-
mente inefi cientes em todos os
edifícios existentes na Europa
serão substituídos a curto prazo.
Mas pode, e deve, começar-se
seriamente a fazer algo.
Por outro lado, é uma simples
questão de adaptar os regula-
mentos de construção nacionais
para exigir que todos os edifícios
novos sejam equipados com o
vidro mais avançado, adequado
às condições climatéricas locais.
Se fossem tomadas medidas
relativamente aos edifícios
novos, poderia poupar-se cerca
de 11 milhões de toneladas de
CO2, praticamente sem esforço.
Nos cenários mais ambiciosos,
poderia poupar-se até um terço
das reduções pretendidas pela
UE de emissões de CO2 prove-
nientes de edifícios, utilizando-se
ao máximo os vidros isolantes de
baixa emissividade em edifícios
novos e existentes (para mode-
rar a utilização do aquecimento
central).
Um estudo em separado enco-
mendado pela Glass for Europe
demonstra como poderia pou-
par-se até um quarto das redu-
ções pretendidas pela UE de
emissões de CO2, graças à
utilização adequada de outro
produto de vidro de alto desem-
penho, o Vidro de Controlo Solar,
em edifícios novos e existentes
(para reduzir a utilização do ar
condicionado).9
Uma utilização mais difundida
destes vidros mais avançados
em edifícios fornece uma das
vias mais fáceis para reduzir,
substancialmente, as emissões
de CO2, e está disponível actual-
mente. Para além de reduzir o
impacto no ambiente, também
seria vantajosa para a economia
e para as pessoas. Na realidade,
é a essência do desenvolvimento
sustentável.
Por toda a Europa, o vidro isolante de baixa emissividade pode ajudar a poupar energia e a reduzir as emissões de CO2.
Desenvolvimento sustentável em acção
9 O relatório «Impact of Solar Control Glazing on energy and CO2 savings in Europe» (2008) está disponível mediante pedido feito à Glass for Europe
ou em www.glassforeurope.com.
• Serem fornecedores inovadores e progressistas das tecnologias e dos produtos mais avançados.
• Fornecerem soluções para as principais necessidades e desafi os dos nossos dias, agora e no futuro.
• Serem admirados e valorizados pelos seus produtos, que melhoram as vidas das pessoas e o ambiente.
• Serem parceiros valorizados na promoção da segurança, protecção, conforto e sustentabilidade – reconhecidos
como responsáveis e participativos.
• Serem um sector de produção industrial no qual os funcionários terão sempre orgulho em trabalhar.
• Explicar e promover a Visão da indústria vidreira.
• Explicar e promover o valor e a contribuição da indústria vidreira e dos seus produtos.
• Representar os interesses dos seus membros no processo de elaboração de políticas.
• Contribuir para iniciativas mundiais sobre políticas relativas aos produtos.
Os principais fabricantes de vidro da Europa têm uma Visão...
A Glass for Europe tem uma Missão clara...
A Glass for Europe é a associação comercialque representa estas empresas...
• AGC Flat Glass Europe.
• Pilkington.
• Saint-Gobain Glass.
GLASS FOR EUROPE
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[email protected] - www.glassforeurope.com
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2009
Vidro isolante de baixa emissividade para edifícios energeticamente efi cientes