Aposiçãode
Europa e no mundo
Portugalna
Rosa dos ventos
Pontos cardeais
N Norte; Setentrião; Setentrional; Boreal
E Este; Leste; Oriente; Nascente; Levante
S Sul; Meredião; Meridional; Austral
O/W Oeste; Ocidente; Poente; Ocaso
Pontos colaterais
NE Nordeste
SE Sudeste
SO Sudoeste
NO Noroeste
Pontos intermédios
NNE Nor-nordeste
ENE És-nordeste
ESE És-sudeste
SSE Sussudeste
SSO Sussudoeste
OSO Oés-sudoeste
ONO Oés-noroeste
Notas:
Escalas: Para uma região pequena – escala grande;
Para uma região grande – escala pequena.
Escala numérica Escala gráfica
1:50000
Noções
Latitude Distância em graus de um determinando ponto ao equador. Varia entre 0 e 90º
Longitude Distância em graus de um determinando ponto ao meridiano de Greenwich. Varia entre 0 e 180º
0 20Km
Constituição do território português
Portugal continental Portugal Insular (Arquipélago dos Açores e Arquipélago da Madeira).
Localização geográfica do território português
Localização relativa (rosa dos ventos) Localização absoluta. (latitude e longitude)
A organização administrativa do território nacional.
18 Distritos e 2 Regiões autónomas (região autónoma da Madeira e dos Açores) que por sua vez são subdivididos em conselhos e freguesias.
No entanto ainda se faz uma divisão do território para fins estatísticos:
NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais) - trata-se de uma divisão regional do país feita após a entrada na EU.
A divisão do território português em NUT é feita tendo em conta as características físicas, históricas e funcionais do território, constituindo a base de recolha, tratamento e análise de dados estatísticos.
Distritos
Região Norte
Região do Algarve
Região do
AlentejoLisboa
Região Centro
NUT I
Portugal continental e ilhas
NUT II NUT III
Regiões autónomas
Açores
Madeira
Baixo VougaDão-Lafões
Baixo Mondego
Lezíria
do TejoAlto Alentejo
Alentejo central
Alentejo
litoral Baixo Alentejo
Algarve
Ponta delgada
PicoHortaAngra do heroísmo
Grupo central
Grupo Oriental
Grupo Ocidental
Alto trás-os-montes
Minho Lima
Serra da estrela
Grande Lisboa
Península de Setúbal
Oeste
Beira interior sul
Beira interior norte
Douro
Entre Douro e Vouga
Grande porto
CávadoAve
Tâmega
Pinhal interior norte
Pinhal interior sul
Cova da beira
Médio tejo
Pinhal litoral
Funchal
Porto Santo
Norte AtlânticoNorte Transmontano
Sul
Existem ainda outras divisões do território nacional, por exemplo:
Regiões agrárias Regiões turísticas Distritos judiciais Etc.
A influência da posição geográfica de Portugal nas características físicas.
Zona intertropical ou Zona Quente/Tórrida
Zona Temperada do Norte ou Sul
Zona Fria do Note ou Sul
Portugal
Portugal está na zona temperada no Norte com um clima temperado mediterrâneo.
Portugal sofre várias influências:
Atlântica Mediterrânea Africana Continental
Dessas influências, resulta uma diversidade de características físicas (clima, vegetação natural, relevo…) podendo levar a uma divisão de Portugal Continental em 3 regiões:
0º
23º
23º
66º 3’
66º 3’
Círculo Polar Ártico*
Círculo Polar Antártico****
Trópico de Câncer**
Trópico de Capricórnio***
Influência da posição geográfica de Portugal nas características humanas
A posição de Portugal na Europa é periférica ou até mesmo ultraperiférica, tendo em conta os arquipélagos da madeira e dos Açores.
Vantagens desta posição:
Espaço de charneira (no meio) entre a Europa a África e as Américas. Centralidade no espaço atlântico Porta de entrada na Europa – abertura ao mundo.
Inconvenientes desta posição:
Longe do centro da EU (dorsal) Longe dos centros de decisão Longe dos grandes mercados consumidores Região europeia menos desenvolvida (faz parte do arco atlântico) Parte de Portugal encontra-se na região sul da Europa (outra região europeia pouco
desenvolvida) Fraca acessibilidade por via terrestre Afastado faz principais vias de comunicação europeias e mundiais.
Nota: com o alargamento da EU a leste, Portugal fica numa posição ainda mais periférica.
Com a adesão a adesão de Portugal à UE vem redefinir a sua posição geográfica. A esta escala, Portugal é uma região periférica, ou até mesmo ultraperiférica. Portugal continental está incluído no designado Arco Atlântico, região menos desenvolvida, do que o centro da UE (região designado como Dorsal). A parte mais meridional designa-se como Sul, a menos desenvolvida da UE.
Espaço Lusófono
CPLP – Promoção da Língua Portuguesa
A CPLP pretende:
Consolidar a identidade cultural nacional e plurinacional dos países de língua portuguesa
Incentivar a cooperação económica, social, cultural, jurídica e tecnocientífica Promover e enriquecer a língua portuguesa Melhor intercâmbio cultural e a difusão da criação intelectual e artística. Aprofundar a concertação política diplomática em termos de relações internacionais.
Comunidades portuguesas Emigrantes instalados por todo o mundo. Difusão da cultura portuguesa através da gastronomia, música, língua, etc…
PALOP (países de língua oficial portuguesa) CPLP (Comunidade de países de língua portuguesa)
Moçambique Brasil
Angola Portugal
Guiné-Bissau Timor-Leste
São Tomé e Príncipe
Cabo Verde
Os espaços económicos em que Portugal se integra
UE (União Europeia) – desde 1986
Entrada de Portugal para a UE:
Portugal não entrou mais cedo porque estava num regime ditatorial;
Essa entrada trouxe vantagens:
Trocas comerciais; Países vizinhos; Portugal recebe dinheiro para igualar o seu desenvolvimento as resto dos países.
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento económico) – desde 1948
Principais organizações mundiais que Portugal participa
ONU; OCDE; OMC; NATO; PALOP; EU.
O processo de construção europeia
1939-45 – 2º Guerra Mundial
1948 – Plano de Marshall
Plano proposto pelos americanos para o auxílio económico à Europa na sua reconstrução.
Este plano deu origem à OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica), tendo como objetivo coordenar a ajuda dos EUA para acelerar a reconstrução e promover a cooperação económica.
Nota: A OECE veio dar lugar a OCDE em 1961 passando a integrar também países fora da Europa como o Canadá; a Nova Zelândia, a Austrália e o Japão, para além dos 30 europeus. A OCDE é conhecida pelo grupo dos Países Desenvolvidos e o seu principal objetivo é a cooperação entre os países membros e a ajuda aos países mais pobres do mundo.
1951 – Tratado de Paris
Para vencer as rivalidades entre a França e a Alemanha e ultrapassar problemas económicos, foi criada a CECA (Comunidades Económica do Carvão e doo Aço). Para além destes países aderiram também a Itália, a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo.
1957 – Tratado de Roma
Com este tratado é criada a CEE (Comunidade Económica Europeia) e a EURATOM (Comunidade Europeia de Energia Atómica) pelos 6 países fundadores a CECA.
Nota: Em 1960 o Reino Unido que não integrou a CEE não quis “ficar sozinho” e em conjunto com a Suécia, a Noruega, a Dinamarca, a Áustria, a Suíça e Portugal formam a EFTA (Associação europeia de Comércio Livre.
1968 – União Aduaneira
São abolidas as taxas alfandegárias entre os estados da CEE.
1986 – Assinatura do ato económico europeu
Este tratado introduz grandes alterações aos tratados iniciais. Pretende reforçar a cooperação entre os estados membros e criar um mercado.
1992 – Tratado de Maastricht
Aspetos mais importantes:
As novas competências para a atuação da EU, tendo em vista a coesão económica e social e a criação de um fundo de coesão – doação de dinheiro aos PED para se autodesenvolverem.
Institucionalização da cidadania europeia definindo s direitos dos cidadãos. Criação de uma união económica e monetária incluindo a moeda única o € Início do processo para uma união política, com a criação de uma política externa de
segurança comum e o esforço da cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos internos.
A CEE muda a sua designação para EU
1997 - Tratado de Amesterdão
Aumenta a coesão interna para reforçar a posição da EU no mundo e preparar o próximo alargamento
2001 – Tratado de Nice
Redefine a participação de cada estado-membro nas instituições comunitárias, face ao alargamento da UE aos países de leste
2007 – Tratado de Lisboa
É criado o alto representante para os negócios estrangeiros e política de segurança
Surge o cargo de presidente da EU, eleito pelo conselho Europeu.
UE após Maastricht
Criação de um espaço
Económico Político Cultural
Criação de…
Mercado Interno Acordos comerciais com PD
Aproximação da EU como centro de Poder Mundial
Centros de Poder Mundial
UE – Japão – EUA
Acordo de Shengen
Assinado em junho 1985 pelos 5 países fundadores.
O espaço shengen consistia na eliminação dos controlos nas fronteiras internas e na criação de controlos eficazes nas fronteiras externas da EU.
Os países que aderiram ao espaço Shengen foram:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Letónia, estónia e lituânia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia, Portugal, República Checa e Suécia.
Evolução da UE
Fases Ano Países que aderiramEuropa dos 6 1957 Alemanha federal, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e países
baixos.Europa dos 9 1973 Dinamarca, Reino Unido e Irlanda
Europa dos 10 1981 GréciaEuropa dos 12 1986 Portugal e EspanhaEuropa dos 15 1995 Áustria, Finlândia e SuéciaEuropa dos 25 2004 Chipre, Eslováquia Eslovénia, Estónia, Letónia, Hungria, Lituânia,
Malta, polónia e República ChecaEuropa dos 27 2007 Roménia e Bulgária
Evolução da população portuguesa
1950 – Apresentava um número reduzido de habitantes, mas com uma população jovem.
1950-1960 – Apresentou um crescimento significativo. Sendo que os valores negativos de saldo migratória são atenuados pelos valores elevados de crescimento natural.
1960-1970 – A população sofreu uma quebra devida:o Redução da taxa de crescimento natural;o Intensificação da emigração ara a Europa;
Tudo isto provocou um crescimento efetivo negativo
1970-1981 – Verificou-se um aumento demográfico, consequência da redução da emigração.
1981-1991 - A população portuguesa estagnou, devido à reduzida natalidade. 1991-2001 – Ligeiro aumento (ultrapassa os 10 milhões), As baixas taxas de
crescimento natural são compensadas pelo surto imigratório, provenientes e África e dos países da Europa do leste.
2001-2004 – Aumento ligeiro da população
Fases do modelo de transição
Revolução industrial
Fase 1
→ Própria das sociedades mais primitivas→ A população estabiliza, com valores elevados de natalidade e mortalidade→ Valores de natalidade muito constantes→ Valores de mortalidade muito irregulares
Fase 2→ Característica de países com início de desenvolvimento→ Manutenção dos valores elevados de natalidade→ Declínio acentuado da mortalidade→ Crescimento da população a um ritmo acelerado
Fase 3→ Próprio de países em plena fase de desenvolvimento→ Declínio acentuado na natalidade→ Manutenção dos valores baixos de mortalidade→ Estabilização do crescimento natural
Fase 4
→ Própria de países que iniciaram muito cedo este processo de transição demográfica→ Valores muito baixos de natalidade→ Valores muito baixos de mortalidade→ Estagnação ou redução da população
Principais variáveis demográficas que condicionam a evolução da população
Natalidade
Mortalidade
Emigração
Imigração
Diferentes ritmos de crescimento da população portuguesa
Fatores explicativos
1960-1970 – Decréscimo da populaçãoo Guerra colonial o Consequências da ditadura, o Maior surto migratório, o Apesar do crescimento natural ser positivo o saldo migratório foi muito
negativo, o A TN teve uma redução devido à divulgação dos métodos e devido à entrada
da mulher no mercado de trabalho. 1970-1980 – Evolução significativa (positiva) da população.
o Diminuição da emigração, em resultado da crise económicao Fim da guerra colonialo Regresso dos emigrantes das ex-colónias, após o 25 de Baril de 1974.o Regresso de muitos emigrantes
Crescimento natural
Saldo migratório
Evolução da população portuguesa
Natalidade
A taxa de natalidade de 1960 até a atualidade desceu significativamente.
Esta evolução deveu-se a:
Emancipação da mulher Entrada da mulher para o mercado de trabalho Acesso ao planeamento familiar Generalização do controlo da natalidade Mudança de mentalidades Aumento do nível de instrução Aumento da idade do casamento Alargamento do período de escolaridade obrigatória
Diferenças regionais
Portugal apresenta contrastes a nível nacional. Por isso existem diferenças entre o litoral e o interior entre o norte e o sul e as regiões autónomas e o continente.
Mortalidade
A taxa de mortalidade entre 1960 e 2004 não evidenciou alterações significativas tendo
atingido os 10,5‰ em 1991.
A descida da TM deveu-se a:
Melhoria dos hábitos alimentares
Melhoria dos cuidados de saúde e cuidados de higiene
Melhoria nas condições de trabalho (segurança no trabalho)
Porque se morre em Portugal?
Doenças do aparelho circulatório
Tumores malignos
Sinistralidade rodoviária
Taxa de mortalidade infantil
A TMI diminui drasticamente entre 1950 e 2004.
Isso deve-se:
Generalização de uma rede de assistência materno-infantil (acompanhamento das grávidas)
Realização dos partos em hospitais Generalização da vacina infantil Melhoramentos nas condições de vida.
Contrastes
A TMI evidência contrastes entre o litoral e o interior e entre o norte e sul.
Crescimento natural
O crescimento natural diminui significativamente entre 1960 e 2004.
Numa primeira fase deveu-se à descida da taxa de natalidade. Como a taxa de mortalidade já se encontrava baixa não influenciou muito esta descida.
Numa segunda fase, para além da taxa de natalidade observou-se uma ligeira subida na taxa de mortalidade o que agravou a redução no crescimento natural.
A média do crescimento natural em Portugal é idêntica à média da UE, existindo países em situações mais graves uma vez que apresentam um crescimento natural negativo, como a Bulgária e a Hungria.
Estes valores devem-se ao envelhecimento da população.
Movimentos Migratórios
Durante muitos anos Portugal foi um país de Emigração, atingindo valores bastante altos na década de 60. Os portugueses dirigiam-se sobretudo para a França e Alemanha, devido ao facto de estes países necessitarem de mão de obra após a destruição provocada pela II Guerra Mundial.
Na década de 70, registou-se uma inversão dos valores até ai registados. E Portugal deixa de ser um país de emigração para ser um país de imigração. Esta tendência ficou a devera à queda da ditadura em 1974.
Atualmente devido ao aumento do desemprego, regista-se um aumento do fluxo emigratório.
Estrutura etária da população
Estrutura etária Repartição dos indivíduos por idades e sexo.
Esta está dividida em 3 grupos:
Jovens ( ≤ 15 anos) Adultos (15-64 anos) Idosos (≥ 65 anos)
A análise da estrutura etária é importante para caracterizar a população, uma vez que reflete variáveis demográficas como:
Natalidade Fecundidade Mortalidade Mortalidade infantil Movimentos migratórios
Tipos de pirâmide
Jovem/Crescente Adulta/Transição Idosa/Crescente Rejuvenescente
Evolução da estrutura etária da população portuguesa
1960
População predominantemente jovem
Taxa de mortalidade infantil elevada
Esperança média de vida relativamente baixa
1981
Redução do número de jovens e por isso um ligeiro envelhecimento da população
Redução da natalidade e da mortalidade (alargamento da faixa da população adulta e idosa). Traduz-se num aumento da esperança média de vida e portanto inicia-se um processo de envelhecimento
1981-2001
Acentuou-se o processo de envelhecimento
Estreitamento da base (população jovem)
2050
Prevê-se uma continuação do que já acontece, portanto um envelhecimento da população.
Setores de atividade predominantes
Redução da população no setor I à medida que o país se desenvolve e se mecaniza em relação à agricultura;
Aumento da população ativa no setor II, como o decorrer do processo de industrialização
Redução gradual da população ativa no setor II, devido ao desenvolvimento tecnológico aplicado à indústria e ao crescimento do setor III
Aumento gradual da população ativa no setor III, à medida que o outros setores se vão modernizando e incorporando mais serviços
Nível de instrução e qualificação profissional da população portuguesa
O nível de instrução da população mede-se pelo grau de analfabetismo.
Apesar das diminuições verificadas. Este problema ainda afeta 9% da população portuguesa.
Outra diferença importante ao nível de escolaridade da população portuguesa reside no género, onde os valores de analfabetismo são superiores nas mulheres. No entanto com a escolaridade obrigatória, a taxa de analfabetismo tende a diminuir ou mesmo a desaparecer.
Em suma, a população apresenta um baixo nível de escolaridade uma baixa qualificação profissional. Isto traduz-se em consequência graves para a economia portuguesa.
Que problemas caracterizam a evolução da população portuguesa?
Envelhecimento Declínio da fecundidade Baixo nível educacional Desemprego
ENVELHECIMENTOConsequência do envelhecimento da população
O Aumento do índice de dependência dos idosos faz com que a população ativa tenha cada vez mais encargos com a população idosa.
A diminuição da população ativa conduz a uma redução na produtividade no país A diminuição do espirito de dinamização e inovação, que em geral são características
da população jovem Aumento dos encargos sociais com a as reformas e com a assistência medica aos
idosos Redução da natalidade, uma vez que estão a reduzir os escalões etários conde a
fecundidade é mais elevada.
DECLÍNIO DA FECUNDIADE
Outro problema com que Portugal se depara é o declínio da fecundidade, que está associado à redução da natalidade.
O problema é que Portugal não consegue assegurar a renovação das gerações, uma vez que está abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, apresentando cerca de 1,5 filhos.
O declínio da fecundidade está sobretudo relacionado com a emancipação da mulher, que passou a ter uma carreira profissional mais ativa, adiando ou até mesmo excluindo a maternidade nos seus planos de vida.
BAIXO NÍVEL EDUCACIONAL
Portugal apresenta um baixo nível educacional que se encontra abaixo da média da U.E.
Este indicador reflete-se na taxa de alfabetismo que afetava cerca de 9% da população em 2001.
Quanto à escolarização da população ativa, um fator primordial para a produtividade, a competitividade da economia e o desenvolvimento do país, o panorama é mau.
DESMEMPREGO
O desemprego afeta a qualidade de vida da população.
Portugal apresenta uma taxa de desemprego superior à média comunitária e tem vindo a aumentar.
As baixas taxas de desempego escondem por vezes situações de precariedade, com reflexos na qualidade de vida da população. São os casos do subemprego e do emprego temporário, frequentes na economia portuguesa, que, quando não são uma opção dos trabalhadores, geram situações de grande instabilidade.
A instabilidade do emprego deve-se a fatores como:
Baixa qualificação Fraco investimento em I&D
Solucionar os problemas
Como incentivar a natalidade?
Políticas demográficasAntinatalistas Natalistas
Predomina nos países menos desenvolvidosTenta reduzir a natalidade de um paísUtiliza medidas de sensibilização ou de coação
Predomina nos países desenvolvidosTenta aumentar a natalidade de um paísUtiliza medidas de sensibilização e incentivos económicos e fiscais
Portugal como país envelhecido que é, deveria adotar medidas que incentivassem a natalidade.
Para rejuvenescer a população portuguesa, o governo deveria dotar medidas concretas, tais como:
O criação de uma legislação de trabalho que proteja mais a mulher durante e pós a gravidez
Criação de benefícios fiscais para as famílias com vários filhos Aumento da duração da licença de parto para a mãe e para o pai Melhoramento e a gratuitidade de todos os serviços de assistência materno-infantil
Como qualificar a mão de obra portuguesa?
1. Reduzir o abandono escolar2. Valorização das pessoas pelas empresas e estado
Para alcançar estes objetivos, torna-se importante:
Aumentar o investimento na investigação Aumentar a qualificação da população
o Mais novos Prosseguir os estudos Envergar por cursos superiores
o Mais velhos Incentivos às novas oportunidades As próprias empresas podem dar formação aos trabalhadores
Noções
População absoluta – Número de habitantes de um determinado país ou região,.
Densidade populacional – Número médio de habitantes de um determinado país ou região por Km₂ DP=Pop. AbsolutaÁrea…Hab/km₂
Natalidade – Números de nascimentos num determinado país ou região por ano.
Mortalidade - Números de óbitos num determinado país ou região por ano.
Taxa de natalidade – Número de nascimento por cada 1000 habitantes, num determinado tempo
TN=Nº de nascimentosPop.Total x 1000
Taxa de mortalidade - Número de óbitos por cada 1000 habitantes, num determinado tempo.
TM=Nº de óbitosPop.Total x 1000Crescimento natural – Diferença entre os nascimentos e os óbitos.
CN ≥ 0 - crescimento positivo
CN ≤ 0 - crescimentos negativo
CN = 0 – crescimento nulo
Emigração – Saída de +pessoas de um país estrangeiro por motivos naturais, sociais, económicos, político…
Imigração - Entrada de pessoas para um país estrangeiro de forma legal ou clandestina, mas com fixação de residência.
Saldo migratório – Diferença entre Emigração e Imigração ( SM = E – I)
Crescimento efetivo – Soma do crescimento natural com saldo migratório
Taxa de crescimento natural – Variação populacional observada durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil referido à população média desse período (expressa por 100 ou 1000 habitantes)
TCN=Cres.natural+Saldo migratórioPo.Totalx 1000 ou 100Taxa de mortalidade infantil – Número de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano de vida por cada a1000 nascimentos.
TMI=Nº de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano de vidanatalidade x 1000Taxa de fecundidade
TF=Nascimentos2aTotal de mulheres dos1549anos x 1000
Índice sintético de fecundidade – número médio de filhos que cada mulher tem na idade fértil.
Índice de renovação de gerações – Número médio de filhos que cada mulher devia ter (2,1 filhos)
Esperança média de vida – Número médio de anos que o Homem vive num determinado país ou região.
Distribuição da população
MUNDO (distribuição muito irregular)
Principais focos demográficos (zonas de maior concentração demográfica)o Sul e Sudeste Asiáticoo Europa central e ocidental
Adistribuição
dapopulação
o Costa atlântica dos EUA
Vazios Humanos (zonas desabitadas ou onde a população é escassa)
1. Antártica; Gronelândia; Norte do Canadá; Norte da Rússia; Sibéria
2. Saara
3. Himalaias
4. Amazónia
EUROPA (distribuição irregulares)
Áreas de grande concentração o Europa Central e Ocidental (Reino-Unido; Alemanha; Bélgica; França e
Holanda)
Fatores atrativos:
Naturais – Climas temperados e húmidos; Relevo geralmente plano e de baixa altitude e o predomínio de solos férteis
Humanos – Agricultura próspera; Grande industrialização e desenvolvimento do setor d comércio e dos serviços. O que tornou estes países ricos.
Áreas de pequena concentração
Norte da Europa (Península da Escandinávia)
Fatores repulsivos
Naturais – Clima frio, solos cobertos de neve em grande parte do ano a existência de áreas de relevo mais acidentado.
PORTUGAL
Portugal também apresenta contrastes demográficos, a nível de distribuição da população.
Se dividirmos Portugal por NUT III, verificamos que:
Vazios Humanos Causas1 Temperaturas muito baixas2 Temperaturas muito altas
(secura)3 Grandes Amplitudes4 Vegetação muito densa
Maior concentração da população na faixa litoral ocidental, entre o Minho e a Península de Setúbal
Contraste entre o Litoral e o Interior Saliência entre dois pólos de atracão: Lisboa e Porto constituindo assim a
bipolarização* da concentração da população. Concentrações importantes em torno dos pólos do Porto (Cávado, Ave, Tâmega, entre
Douro e Vouga e Baixo Vouga) e de Lisboa (Península de Setúbal).
Em relação a Portugal Insular, verifica-se uma maior concentração na faixa litoral de ambos os arquipélagos, salientando-se a Madeira com maior densidade populacional do que os Açores.
O território insular apresenta também alguns contrastes:
Maior densidade nalguns conselhos da ilha de S. Miguel em relação às restantes ilhas. Grande densidade dos conselhos na parte sul/sueste da ilha em oposição à parte norte
e extremidade oeste.
Em redor dos conselhos de Lisboa e Porto existem regiões que acabam também (por relação de proximidade) por se tornar atrativas. A este processo chamamos de urbanização, que se estende para lá do limite daquelas cidades e abrange os seus subúrbios. Assim a concentração da população em redor dos polos atrativos originou as áreas metropolitanas.
Assim a grande concentração de população em torno das duas metrópoles levou à constituição das Áreas Metropolitanas*.
Noções
Bipolarização Designação dada à enorme força atrativa que as Áreas metropolitanas exercem sobre a população e as atividades do país
Urbanização Processo de desenvolvimento das cidades que engloba o número de habitantes, a superfície construída e o modo de vida
Áreas metropolitanas Unidade espacial que define um aglomerado, constituído por uma metrópole e pelos seus subúrbios.
Fatores que influenciam a distribuição da população
Clima
O clima é um facto importante na distribuição da população. De entre os fatores naturais destaca-se:
o Relevo – As planícies são mais atrativas à fixação da população ao invés das áreas montanhosa.
o Clima – A maior disponibilidade de água e a ocorrência de calor ou frio, podem influenciar a distribuição territorial da população. Temperaturas amenas (litoral)
o Fertilidade dos solos - Fundamental na distribuição da população, uma vez que influencia o rendimento agrícola e a produção de alimentos.
Movimentos migratórios
A evolução da população em Portugal, tem apresentado períodos de crescimento positivo (dec.70) e também períodos de crescimento negativo (dec.60).
Contudo esta irregularidade na evolução da população não é comum em todo o território nacional.
Podemos dizer que os concelhos com taxa de variação positiva, ou seja, com o saldo migratório e fisiológico positivos, localizam-se em redor de Lisboa e Porto, Noroeste, Algarve e em algumas regiões autónomas
Contrariamente, os concelhos com taxa de variação negativa, ou seja, resultantes de um saldo migratório positivo e de um saldo fisiológico negativo, ou ambos negativos, localizam-se sobretudo no interior.
Já desde o século XIX que se verificava uma maior preferência por Lisboa e Porto, seguidos de Aveiro, Viena do Castelo, Braga, Coimbra, Leiria e Setúbal. Por sua vez, as regiões próximas da fronteira com Espanha, e de um modo geral todo o Alentejo, forma-se esvaziando, acentuando-se assim as grandes Assimetrias Regionais*
A litoralização da população resulta de dois processos migratórios:
Êxodo Rural* - população que abandona os campos e as aldeias, de economia agrícola, do interior para se fixar nas cidades do litoral. Acentuas as assimetrias regionais.
Emigração – Intensificação da saída de população Jovem-Adulta para o estrangeiro (Europa central e ocidental)
Noções
Consequências do Êxodo rural
Assimetrias regionais
Situação de desequilíbrio espacial num território, a nível de qualidade de vida; de riqueza económica; ect.
Êxodo Rural
Expressão que evoca a partida em massa das populações rurais para as cidades
Principais regiões de perdade população
Regiões do interior sul Região auntónoma dos Açores Região auntónoma da Madeira
Problemas das regiões interiores
Envelhecimento da população Decrescimo da natalidade e d n+umero de jovens Insuficiência da população ativa, nomeadamente a falta de mão de obra qualificada Perda de importância da atividade agrícola, hoje praticada sobretudo por idosos,
acentuado o seu caráter de sbsistência A degradação ambiental por abandono de muitas terras agrícolas e expansão das áreas
de matos e baldios, mais suscepiveos à ocorrência de incêndios A fragilidade de tecido económico, com repercurssões no aumento da população
desempregada A alteração da estrutura de procura de serviços coletivos sociais e culturais , devido à
mudanças demográfias, que se refelctem, diretamente na carência de sercços de apoio á população idosa
A insuficiência de infraestruturas e de equipamentos (água, saneamento…)
Para se explicar o contaste geográfico entre litoral e interior, também é importante falar na imigração. Esta beneficia sobretudo as áreas urbanas do litoral, em particular a área metropolitana de Lisboa.
o 1º Surto migratório – ocorreu na segunda metade da década de 70 do século XX, com o regresso dos ex-colonos africanos, na sequência da descolonização e também do regresso de muitos emigrantes europeus.
o 2º Surto migratório – desenvolveu-se sobretudo a partir da década de 80 e estendesse pela atualidade. Primeiro, é formado pelos contingentes de imigrantes dos PLAOP e, mais recentemente a este vieram juntar-se emigrantes do Brasil e de algun países da Europa de Leste.
Em conjunto, as populações emigrantes, na busca de melhores condições de vida, respondem a uma oferta de emprego, que se encontra mais facilmente na Áreas metropolitana de Lisboa. Nos últimos anos, tem-se vindo a verificar, também, uma maior dispersão geografia, abrangendo alguns concelhos interiores, devido à escassez de mão de obra por falta de população jovem.
A densidade populacional* média de Portugal é de → 114 hab/km₂
Litoralização
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES LITORAIS
Densidade populacional
Intensidade do povoamento expressa pela relação entre o nº de habitantes e de uma área territorial e a superfície desse território.
Fatores Naturais
Clima
No litoral o clima é: Ameno; Mais húmido e ocorre mais precipitação.
O facto de o clima ser Ameno e mais húmido → Solo Fértil → Atividades Agropecuárias
Relevo
Quanto ao relevo Portugal apresenta um relevo pouco acidentado
Proximidade do mar
A proximidade com o mar e o relevo pouco acidentado provocam boas e mais acessibilidades
Fatores Humanos
Concentração das principais indústrias Concentrado dos centros urbanos Boas vias de comunicação e acessibilidades Grande diversidade de equipamentos sociais Grande concentração de mercados consumidores Mão de obra especializada Maior capacidade de atracão de investimentos
O litoral apresenta características para um melhor e mais elevado nível de vida, pois:
A população do litoral tem maiores rendimentos e mais acessos aos bens do que a população do interior
Êxodo rural e emigração das regiões interiores
Despovoamento de interior Envelhecimento da população - Diminuição da natalidade
Maior pobreza e atraso
LITORAL → Sobrepovoamento
Forte pressão sobre as infraestruturas e os recursos
Diminuição da qualidade de vida e degradação dos territóriosINTERIOR → Despovoamento
O que é necessário fazer? = SOLUÇÕES É necessário planear os recursos humanos e naturais Definir estratégias e modelos de desenvolvimento do território Deve haver equilíbrio entre as atividades humanas, os recursos naturais e as
infraestruturas.
Litoralização
Grande concentração de população e das atividades económicas no litoral
Subaproveitamento dos recursos
Leva a
Provoca
↓
↓
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES INTERIORES
Fatores Naturais
Fatores repulsivos à fixação de população e das atividades económicas nas regiões interiores
Invernos rigorosos Verãos quentes e secos Grandes Amplitudes Térmicas Solos pouco férteis Humidade e precipitação fracas.
Em síntese, as disparidades regionais da distribuição da população resultam da convergência de um conjunto de fatores:
Dinâmicas geográficas – refletem, por um lado, a evolução da natalidade, da fecundidade e da EMV, e por ouro lado, os movimentos migratórios (êxodo , emigração, imigração)
Dinâmicas económicas – relacionadas com o padrão de distribuição, do investimento público e privado, na indústria e nos serviços na faixa litoral.
Padrão de crescimento da urbanização , das áreas metropolitanas e das cidades médias
Processo de litoralização
Áreas urbanas do litora
Regresso dos emigrantes Regresso dos ex-colonos Imigração Pequenas cidades do interior Áreas rurais
Consequências do crescimento populacional das áreas urbanas
Problemas em que ultrapassou o limite de carga humana
A expansão de espaços com excessos de construção de edifícios A degradação de muitos bairros nas periferias e nos centros históricos das cidades
Capacidade de Carga Humana
O número limite de pessoas que se podem fixar numa região sem por em causa a sua sustentabilidade
1º Surto2º Surto
O aparecimento de estratos da população sem meios para obter uma habitação condigna, levando à construção de bairros de barracas.
A insuficiência equipamentos escolares, de saúde e outros de apoio à população A incapacidade de algumas infraestruturas (saneamento básico; acessibilidade; etc) a
responderem às necessidades da população A insuficiência de espaços verdes e equipamentos de lazer Aumento de riscos de inundação
Medidas para atenuar as assimetrias regionais
Incentivar a localização de novas empresas no interior, através de incentivos fiscais ou da atribuição de subsídios.
Investimentos em infraestruturas de transportes que melhorem a acessibilidade das regiões mais isoladas do interior
Construção das infraestruturas de captação e distribuição de água e de energia Instalação de pólos universitários em cidades do interior para travar a saída de
jovens para estudar nas grandes cidades Instalação de centros de formação profissional procurando aumentar o nível de
qualificação
Papel do ordenamento do território na resolução das assimetrias regionais
O ordenamento do território diz respeito às ações que o Estado leva a cabo com os objetivos de melhorar a distribuição da população e as atividades económica. Possibilitando assim:
Melhor organização Resposta às necessidades da população Correta gestão dos recursos naturais Proteção ambiental
O ordenamento do território envolve a elaboração prévia, de planos por equipas multidisciplinares (economistas; geógrafos; ect).
Estes planos podem ser de: Âmbito nacional , como os PNOT (Plano Nacional para a Política de Ordenamento do
Território) Caráter regional , como mo PROTA (Plano Regional de Ordenamento do Território dos
Açores) Âmbito municipal , como o PDM (Plano Diretor Municipal) Planos de pormenor – planos elaborados para áreas específicas da cidade.
RECURSOS
Recursos Naturais – Riquezas disponíveis na Terra que podem ser utilizadas em diversas atividades humanas
Tendo em conta as características dos recursos naturais, este podem ser divididos em:
Geológicos ou do subsolo (minérios; rochas; água)
Recursossubsolodo
Climáticos Hídricos Biológicos
Os recursos naturais, também por ser classificados em:
Recursos renováveis ou Recursos não-renováveis, em função do tempo necessário para serem repostos.
Recursos Renováveis
Recursos que se repõem continuamente na Natureza, por isso, não se esgotam: água; sol; vento; calor interior da Terra…
Recursos não-renováveis
Recursos que não se repõem na Natureza à mesma velocidade com que são consumidos e por isso podem-se esgotar: carvão; petróleo; gás natural…
Os recursos do subsolo podem ser classificados em:
Minerais Energéticos – Minerais que se destinam à produção de energia (petróleo; carvão; gás natural; urânio)
Minerais Metálicos – Minerais formados por substâncias metálicas (ferro; zinco; ouro; prata; estanho; cobre e tungsténio/volfrâmio)
Minerais não metálicos – Minerais cuja constituição é formada por substância não metálicas (sal gema; quartzo; talco; caulino e feldspato)
Rochas industriais – rochas utilizadas na construção civil (calcário; granito; areias e argilas)
Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos ( mármore; granito e calcário)
Água
o Minerais – detêm propriedades terapêuticaso Nascente – águas subterrâneas com propriedade, consideradas, próprias para beber o Termal – águas subterrâneas cuja temperatura é superior a 20ºC
PORTUGAL
Em Portugal há muitas jazidas (locais onde se verifica uma concentração de minérios suscetíveis de serem explorados)
↓
A extração de recursos minerais é de grande tradição em Portugal
↓
Conheceu um crescimento acentuado na última década do século XX
↓
Mas continuou a ter uma reduzida importância na economia nacional (destaca-se apenas a extração de rochas)
↓
A indústria extrativa contribui apenas com 1% do PIB
História da Terra
Pré-Câmbrico o Período de formação da Terrao Eclosão da vida
Era Primária / Paleozoicoo Desenvolvimento da vida
Era secundária / Mesozoicoo Era dos dinossauroso Desaparecimento dos dinossauros no final desta era
Era Terciária / Cenozoicoo Era dos mamíferoso Aparecimento dos 1º hominídeos (australopitecos)
Era quaternária / Atropozoicoo Desenvolvimento do homem
As unidades morfoestruturais de Portugal
Maciço Antigo – Formado na era paleozoica /era primária, constituindo cerca de 2/3 do território nacional, correspondendo à parte Norte e a grande parte do Centro e do Alentejo.
Rochas locais: Granitos e Xistos
Orlas mesocenozoicas – Formadas durante o mesozoico e o cenozoico, correspondendo à parte sul do Algarve e à faixa compreendida entre Aveiro e Lisboa
Rochas locais: calcários; arenitos e argilas
Bacias sedimentares do Tejo e do Sado – Datadas da era Cenozoica. Formaram-se a partir da acumulação de sedimentos na Bacia do Tejo e do Sado que mais tarde emergiram
Rochas locais: Areias, arenitos; e argilas
Concluindo
Unidades morfoestruturaisMaciço Antigo Orlas mesocenozoicas Bacia do Tejo e do Sado
Era em que foi formado
Paleozoico Mesozoico eCenozoico
Cenozoico
Área do país abrangida
NorteInterior Centro
Litoral algarvio e litoral centro (Aveiro a
Bacias do Tejo e do Sado
Alentejo Lisboa)Rochas constituintes Granito; xisto;
quartzito;Calcário; argilas; arenítos
Areais; argilas; arenitos
Formas de relevo Norte/centro – serras, vales e planaltosAlentejo - pene planícies
Serras de cume arredondado e planícies
Planíceis
Minérios predominantes
Feldspato; quartzito; tungsténio; talco; cobre; estanho
Caulino e sal-gema
Distribuição das principais explorações de rochas
O subsetor das pedreiras explora uma grande variedade de matérias-primas, Tendo em conta o destino que é dado às rochas, este subsetor divide-se em dois grupos: extração de rochas ornamentais e a extração de rochas industrias.
A distribuição de pedreiras pelo território é irregular e a sua localização faz-se de acordo com os afloramentos rochosos de cada região. Os distritos de Leiria; Évora; Porto; Santarém são os distritos que detêm maior número de pedreiras.
Tipos de Rochas
Tipos Formação ExemplosMagmáticas ou eruptivas Resulta da solidificação do
magmaPlutónicas (intrusivas) – Granito, diorito e gabroVulcânicas (extrusivas) – basalto e pedra-pome
Sedimentares Resulta da acumulação de sedimentos provenientes da erosão de outras rochas
Arenitos, areias, argilas (origina o xisto), conglomerados e calcário
Metamórficas Resultam da alteração de outras rochas, devido a altas pressões e temperaturas
Ardósia, xisto (origina a ardósia), quartzito, mármore (resulta do calcário a altas temperaturas.), gnaisse
Intrusivas – solidificam no interior da terraExtrusivas – Solidificam no exterior da terraRochas ornamentais
Rochas ornamentais Local de extração UtilizaçãoCalcário Maciço calcário estremenho
e Algarve Pavimentos Calçadas Revestimentos Mobiliários
Granito NorteInterior Centro
Mármore (metamórfica) Região de Estremoz
Borba de Vila Viçosa (distrito de Évora com 90%) - Sul
Rochas Industriais
Rochas industriais Local de extração UtilizaçãoGranito Norte
Interior CentroBritas;Alvenaria (construção de pedras)
Calcário Maciço calcário estremenho e Algarve - Orlas
Cimento; cal; cerâmica; e agricultura
Areias – mais utilizada para fins industriais
Bacia do Tejo e do Sado Construção civil e indústria do vidro
Argilas Distritos do litoral - Orlas Cerâmica e cimento
Exploração de minérios em PortugalTipos Exemplos Utilização Principais minas
Minérios
Cobre Indústria elétrica Neves corvo – Alentejo
Estanho Ligas metálicas e soldaduras Neves corvo - Alentejo
VolfrâmioFabrico de aço extra duro e de filamentos de lâmpadas elétricas
Panasqueira
Metálicos incandescentesFerro Indústria siderúrgica e metalúrgica
e metalomecânicaNão há minas em atividade
Ouro e prataJoalharia Minas inativas, mas
há empresas estrangeiras interessadas
Minerais não metálicos
Sal-gemaIndústria-química, agroalimentar e rações
Matacão, carriço e Campina de Cima (orla meridional e ocidental)
Quartzo e feldspato
Indústria cerâmica e de vidro Região Norte e Centro
Talco e Caulino
Indústria cerâmica, de papel e de tinta
Distrito de BragançaEntre Viena e Aveiro
Minérios energéticos
CarvãoEnergia e indústria química Região centro
(urgeiriça) – atualmente não é explorado, pois a qualidade do carvão não é rentável
Urânio Produção de energia nuclear EM Portugal é de fraca qualidade
Petróleo Total dependência do exterior, apesar de terem sido realizadas algumas prospeções no nosso país
Distribuição de recursos hídricos
No subsetor das águas consideram-se:
Águas de nascente Águas minerais
o Águas minerais naturaiso Águas minero-industriais
Portugal continental apresenta um subsolo com grande diversidade de águas de nascente e de águas minerais, embora a sua distribuição seja irregular pelo território. Grande parte da exploração encontra-se realizada no Norte e Centro, fato que se verifica devido às características do maciço antigo.
Pela sua composição química, as águas minerais também são exploradas para o termalismo, o que constitui um importante fator de desenvolvimento para as regiões, uma vez que as estâncias termais funcionam como polos de dinamismo económico local.
CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA SEGUNDO A TEMPERATURA DE SURGIMENTODesignação Temperatura
Hipotermal ≤ 25ºCMesotermal 25ºC – 35ºC
Termal 35ºC – 45ºCHipertermal ≥ 45ºC
Papel do termalismo no desenvolvimento das regiões
O termalismo é visto, tradicionalmente, como uma atividade que tem como principal função o tratamento de doenças.
Atualmente, esta atividade é também vista como potencializadora dos recursos termais das regiões onde ocorre, visto que esta atividade foi alargada para o setor turístico
A estratégia de desenvolvimento das 4 vertentes (tratamento; prevenção; bem-estar e lazer) procura captar mais quantidade de frequentadores, para além dos “termalistas clássicos”. Para isso é necessário por em prática o chamado marketing termal. Portanto, é necessário:
Proporcionar um tipo de oferta turística diferente daquelas que podem ser oferecidas por ouros tipos de turismo concorrentes, de forma a atrair determinados segmentos do mercado às estâncias termais
Oferecer produtos e serviços de acordo com as estruturas existentes nas estâncias termais e adequadas às características diferenciadoras de cada publico alvo
Implementar programas de divulgação e promoção das unidades termais nos mercados nacional e internacional
Atuar sobre a vertente da formação profissional
Recursos Endógenos
A nível energético, Portugal apresenta uma grande dependência do exterior, por isso é necessário aumentar a produção através de formas já existentes e desenvolver projetos de modo a aproveitar os recursos abundantes no nosso território.
Recursos Endógenos
Recurso da região/ do local/ do interior
Recursos Exógeno
Recurso de outra região/ país/ do exterior
Noções
Energia primária Recursos energético que se encontra na Natureza (sol, vento, petróleo, gás natural, etc.)
Energia Secundária Energia disponibilizada aos utilizadores (eletricidade, gás natural, gás butano, etc.)
Energias alternativas ao subsolo
Energia Geotérmica – Energia aproveitada através da temperatura, elevada, da água em todo o continente (insular, incluído). Esta é uma fonte rentável de captação de energia porque a temperatura das águas no continente varia entre 20 – 40ºC não excedendo os 80ºC sendo, não só utilizada para fins terapêuticos, mas também para aquecimento doméstico, industrial, agrícola e de algumas infraestruturas. Contudo está limitado a um número restrito de lugares (caudal geotérmico suficiente; baixa salinidade; temperatura da água elevada).
Energia hídrica – Inclui eletricidade produzida pelas grandes centrais hidroelétricaA implementação destes projetos enfrenta vários problemas:
o Custo elevado na construção de barragens;o Clima, em épocas de clima seco, a quantidade de energia produzida diminuio Impacto ambiental, não aprovado por nenhum ambientalista
Nos anos de precipitação mais abundante, produz-se 40% da energia elétrica e nos anos mais secos, cerca de 20%
Cerca de 10 novas barragens irão ser construídas
Portugal é o país cm maior percentagem de energia elétrica produzida por via hídrica
Biomassa – O único exemplo de produção de energia elétrica a a partir de biomassa (provém de matérias biodegradáveis, produtos e resíduos agrícolas, substâncias florestais e industriais, resíduos industriais e urbanos), situa-se em Mortágua.Visto que maior parte do território é coberto por floresta (38%) este tipo de captação de energia torna-se fácil.
Biogás – Gás combustível composto por 60% de metano e 40% de dióxido de carbono.Este gás é obtido pela degradação biológica dos resíduos orgânicos, produzidos a partir de várias origens:
1ª – Aterros sanitários2ª – Atividade agropecuária3ª – ETARs
Vantagem
Provém dos efluentes (esgotos)
o Reduz a energia consumida no tratamento dos resíduos
Desvantagens
o A queima do metano tem um efeito nocivo na atmosferao Representa apenas 3% do consumo de energia nacional
Energia solar – Energia proveniente do sol, sendo aproveitada através das componentes fotovoltaícas (conversão em energia elétrica) e térmica (conversão em energia térmica).Este tipo de energia detém a maior potencial no sul do país: Central de Serpa e Central da Amareleja, sendo esta a maior dom Mundo.
Vantagens
o Baixa manutençãoo Provoca um impacto social positivo, uma vez que contribui para a criação de emprego
Energia eólica
Maior exploração nas áreas do litoral Norte e de maior altitude, devido às condições favoráveis – vento
Obstáculos com que se depara:
Aspetos administrativos e burocráticos, necessários à implementação destes projetos Difícil escoamento de energia As áreas de maior potencial eólico situam-se em áreas de difícil acesso devido às fracas
redes de acessibilidades Cruzamentos de interesses, sobretudo se estiverem em causa questões ambientais
↓
Provoca o aumento do custo dos projetos pondo em causa a viabilidade dos projetos
Energia das ondas
O seu aproveitamento depende de um conjunto de fatores existentes nas áreas costeiras que permitem resolver facilmente os problemas de transporte e de energia para terra e de acesso para a sua manutenção. Em Portugal, a costa ocidental e as ilhas dos açores têm condições favoráveis para a localização de unidades de conversão.
Como entrave à instalação destas mesmas unidades, está a agressividade do meio, o que explica o atraso tecnológico para o aproveitamento da energia das ondas
Razões explicativas entre a produção e o consumo de energia
Devido à ausência de exploração de recursos energéticos do subsolo, em Portugal faz-se exclusivamente a partir de recursos renováveis que estão disponíveis no território continental e insular.
Devido ao desenvolvimento do país, traduzido no crescimento dos diversos setores de atividade económica dos diversos setores de atividade económica e na melhoria da qualidade de vida da população, obriga a gastos de energia cada vez maiores, em que os gastos maiores concentram-se nos locais de maior abundância de população e de atividades económicas.
Visto que a produção de energia é inferior à necessária para satisfazer a população é necessário recorrer ao exterior, importando na maioria petróleo.
Eficiência Energética
Atividade que procura otimizar o uso de fontes de energia; fazer uma utilização racional da energia; usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor energético.
A eficiência energética engloba a implementação de estratégias e medidas para combater o desperdício de energia ao longo do processo de produção, distribuição e utilização da energia
Noções
Radiação solar Quantidade de energia de intensidade e natureza variáveis, emitida pelo sol, que se propaga sob a forma de ondas eletromagnéticas, e da qual só uma pequena parte é recebida pela superfície terrestre.
nota: Sem radiação solar, a temperatura média da Terra seria de -239ºC.
A radiação solar demora cerca de 8min a atingir a Terra.
RadiaçãoSolar
Constante Solar Total de energia que atinge o limite superior da atmosfera, numa superfície de 1cm₂, perpendicularmente aos raios solares e durante um minuto. Exprime-se em caloria e tem um valor médio de 2cal/cm₂/min.
Radiação terrestre Radiação de grande comprimento de onda irradiada pela Terra
Radiação global Total de radiação do sol que atinge a superfície do globo (radiação direta + radiação difusa)
Espectro solar Radiação solar que chega até nós sob a forma de ondas eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda.
Atmosfera
Composição química
Azoto 78%
Oxigénio 21%
Argón 0,9%
CO₂ 0,03%
Outros 0,07 Ex: vapor de água
Estrutura da atmosfera
Troposfera o Espessura – 11 a 12kmo A espessura é maior no equador (16-18km) e menor nos pólos (6-8km), isto
porque nos pólos, o frio comprime as partículas de ar e no equador as altas temperaturas dilatam as mesmas, outro motivo é o movimento da Terra
o A temperatura diminui com a latitude: Cerca de 6,5ºC a cada 1km – Gradiente térmico negativo)
o É nesta camada que ocorrem a maioria dos fenómenos atmosféricos/meteorológicos
o O limite superior desta camada é a tropopausa. Estratosfera
o Localização – 11 a 50kmo É nesta camada que se encontra o Ozono, absorvendo grande parte dos raios
Ultra Violeta, por isso a temperatura aumenta, logo o gradiente térmico e positivo
o O limite superior desta camada é a estratopausa Mesosfera
o Localização – 50 a 80kmo O gradiente térmico é negativo (inexistência de ozono e fraca existência de
gases)o O limite superior desta camada é a mesopausa
Termosfera o Localização – 60 a 600kmo O gradiente térmico é positivoo A densidade do ar é baixao O limite superior desta camada é a termopausao Começa a ocorrer a ionosfera – as partículas sofrem a ionização, ou seja,
tornam-se partículas elétricas. Existem mais partículas no interior da ionosfera em relação ao seu interior, sendo que esta camada é utilizada nas comunicações
Exosfera o Localização – 600 até ao limite da atmosferao Faz contacto com o espaço
Noções
Gradiente Térmico Vertical Variação da temperatura com a altitude
Funções da Atmosfera
Protege a Terra, apresentando-se com uma concha protetora o Protege de meteoritos, isto porque, devido a atrito criado pelo ar, estes
encandeiam-se e reduzem-se a “pó”.o Absorve/filtra grande parte da radiação solar
Controla a temperatura o Não permite que uma parte significativa das radiações atinjam a superfície
terrestreo Provoca o efeito de estufa
É fonte de vida o Concentra na sua composição elementos fundamentais à vida, nomeadamente
o oxigénio.
A atmosfera – Balanço Térmico
O globo perde uma grande quantidade de energia equivalente à que recebe, mantendo assim o equilíbrio térmico
Noções
Absorção Processo de transformação da energia luminosa em energia térmica que ocorre quando a radiação incide num objeto e é absorvia
É feita principalmente, pelo vapor de água, CO₂ e Ozono
Reflexão Mudança de direção dos raios solares ao incidirem em qualquer corpo
Difusão Dispersão da radiação solar em todas as direções.
Uma parte perde-se para o espaço Outra parte atinge a superfície terrestre (é a radiação difusa)
Radiação solar direta Radiação solar que atinge diretamente a superfície do globo. Desde que o sol nasce até quando o sol se põe
Radiação solar difusa Radiação solar dispersa e difundida pela atmosfera pelas nuvens, etc (radiação indireta recebida)
Albedo terrestre É a razão entre a quantidade de radiação refletida pela superfície terrestre e a quantidade de radiação que nela incide
Molécula de ar
Raio solar
Energia refletida
Pelas nuvens 20% Pela atmosfera 6% ALBEDO → Pela superfície terrestre 4%
O albedo é maior nas superfícies cobertas de neve e menor nas florestas
Efeito de Estufa
Fenómeno natural que regula a temperatura da Terra. É o das baixas camadas da atmosfera
Atmosfera
Absorvida pela atmosfera 16%
Absorvida pelas nuvens 3%
Refletida pela Terra 4%
Refletida pelas nuvens 20%
Refletida pela atmosfera 6%
Radiação solar 100%
Absorvida pela Terra 51%
Percentagem de energia solar refletida em, relação à energia recebida
Aquecimento das baixas camadas da atmosfera, devido à interseção feita pelos gases que compõem a atmosfera, das radiações imitidas pela Terra a
b
c
a A radiação solar atravessa a atmosfera. A maior parte da radiação é absorvida pela superfície terrestre e aquece-a
b Alguma da radiação solar é refletida pela Terra e pela a atmosfera de volta para ao espaço
c Parte da radiação infravermelha (calor) é refletida pela superfície terrestre mas não regressa ao espaço pois é refletida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o planeta. O efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.
Consequências do aumento do Efeito de Estufa
Aumento da temperatura que provocará:
Degelo, levando à subida do nível de oceanos, que tem por consequência a submersão de vastas zonas costeiras, provocando a migração de pessoas, redução das áreas de cultivo, etc.
Modificação no regime de precipitação
Alteração na fauna e na flora
Consequências do aquecimento global para o território nacional
Ondas de calor
Períodos de seca
Chuvas intensas
Doenças transmitidas por insetos
Doenças relacionadas com a comida e água (aumento das salmonetas)
Aumento das alergias
Submersão de regiões costeiras devido à subida do nível da água.
Efeito de estufa
Radiação solar
Radiação solar
Radiação terrestre
Calor (contrarradiação)Calor
(contrarradiação)
Fatores de variação da Radiação Solar
A latitude e a forma arredondada da Terra O movimento de rotação da Terra O movimento de translação da Terra e a inclinação do eixo da Terra em relação ao
plano de órbita Outras condições locais (nebulosidade; exposição geográfica; ect)
O lugar que recebe os raios solares com menor ângulo de incidência é o lugar C e com maior é o lugar A.
O lugar que recebe os raios solares com menor inclinação é o lugar A e com maior é o lugar C.
Os raios que chegam ao lugar C atravessam maior massa atmosférica sofrendo maiores perdas por absorção e reflexão
Noções
Ângulo de Incidência Ângulo que os raios solares fazem com o plano tangente à superfície da Terra no lugar do observador
O menor ângulo de incidência corresponde à maior inclinação dos raios solares e à maior massa atmosférica atravessada
PN
PS
c
b
a
Equa.A
B
C A forma arredondada da Terra vai fazer com que a inclinação dos raios solares e o ângulo de incidência variem com a altitude. Assim os lugares de menor latitude recebem maior radiação solar. Nos pólos aumentam as perdas por reflexão, difusão e a quantidade de radiação solar é menor devido amassa atmosférica atravessada.
O lugar mais aquecido é o lugar A. Apesar da área atingida ser maior em B do que em A, a superfície A é mais aquecida
A variação da radiação solar e o movimento de rotação da Terra
Ao longo do dia, varia:
A inclinação/obliquidade dos raios solares O ângulo de incidência A massa atmosférica atravessada A superfície aquecida
Quando o sol nasce a radiação solar é menor, pois:
A inclinação doa raios solares é maior O ângulo de incidência é menor A massa atmosférica atravessada é maior A superfície atmosférica recetora é maior
Ao meio-dia a radiação solar é maior, pois
A inclinação doa raios solares é menor O ângulo de incidência é maior A massa atmosférica atravessada é menor A superfície atmosférica recetora é menor
Ao pôr do sol a radiação solar é menor, pois
A inclinação doa raios solares é maior O ângulo de incidência é menor A massa atmosférica atravessada é maior A superfície atmosférica recetora é maior
De noite – Não há radiação solar
Massa atmosférica atravessada
Massa atmosférica atravessada
Superfície terrestre
Limite da atmosfera
A B
Ângulo de incidência
Ângulo de incidência
A variação da radiação solar e o movimento de translação da Terra
O movimento de translação da Terra:
Dá origem às estações do ano Determina a duração dos dias e das noites Faz variar a inclinação dos raios solares
Equinócio de março e setembro
Em todos os lugares da Terra, os dias são iguais às noites
Solstício de junho Solstício de dezembro
Movimento de traslação da Terra
Portugal, localizado entre os 32º e os 42 do hemisfério norte recebe maior quantidade de energia solar no solstício de junho, quando se inicia o verão. Nesta época, os raios solares atingem Portugal com menor inclinação e os dias têm maior duração, por isso a temperatura é mais elevada.
No solstício de dezembro, quando se inicia o inverno o sol está a incidir no trópico de Capricórnio pelo que, no território português, a inclinação dos raios solares é maior, a duração do dia é menor e em consequência disso as temperaturas são mais baixas.
PN
PS
Trop. Câncer Dia ≥ Noite
Trop. Crapicórnio Dia ≤ noite
Equa. Dia = noiteTrop. Câncer Dia ≤ Noite
Trop. Crapicórnio Dia ≥ noite
Equa. Dia = noite
PN
PS
Nos Equinócios os dias têm a mesma duração das noites em todo o globo. Nesta altura, a radiação solar incide na vertical sobre o equador. Em Portugal têm inicio as estações intermédias (primavera e outono)
Noções
Isotérmicas Linhas que unem pontos de igual temperatura.
Amplitude Térmica Diurna Diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima do dia
Amplitude Térmica Anual Diferença entre a temperatura mais quente e a temperatura mais baixa de um mês
Distribuição das temperaturas em Portugal Continental
No inverno É mais notório o contraste NE/SE, devido a:o Latitudeo Altitudeo Nebulosidadeo Proximidade do mar ou continentalidadeo Disposição do relevo
No verão É mais notório o contraste litoral/interior
Contraste NW/SE da radiação solar e da insolação
Este contraste resulta de fatores, tais como:
o Latitude (menor latitude → maior insolação e radiação solar)o Altitude (maior altitude → maior insolação e radiação solar)o Nebulosidade (menor nebulosidade → menor maior insolação e radiação solaro Proximidade do mar ou continentalidade (maior proximidade = maior
nebulosidade → menor radiação solaro Disposição do relevo
Distribuição das temperaturas em todo o planeta
Os valores mais altos de radiação solar, não se registam no equador mas sim nos trópicos devido à maior nebulosidade das regiões equatoriais que fazem diminui os valores de radiação solar, comparativamente à regiões tropicais.
Distribuição da temperatura em Portugal
Em Portugal continental, durante o inverno desenhe-se um contraste NE/SW dm que o norte interior é a região claramente mais fria. Por outro lado o Algarve em particular o barlavento, regista as temperaturas mínimas mais elevadas.
No verão há um claro contraste Litoral/Interior, com o litoral claramente mais fresco e o interior muito quente, em particular o interior trasmontano e o alentejano
Nas ilhas matem-se sempre um contraste interior/litoral, pois o vigor do relevo é o principal fator para baixar as temperaturas mínimas no inverno e máximas no verão
Em Portugal continental, o contraste entre o litoral e o interior é notório. A proximidade do mar parece ser preponderante, e a latitude não se afirma como o fator fundamental. Mesmo o relevo tem pouco impacto na amplitude térmica anual.
No inverno é bem visível o contraste nordeste/sudoeste, com as temperaturas a aumentar para sudoeste. O Nordeste transmontano é a região mais fria.
Os fatores condicionantes da temperatura são:
- Latitude
- Continentalidade e proximidade do mar
Inverno Verão
Barlavento algarvio
Sotavento algarvio
Inverno
No verão, o contraste é entre oeste/este, ou seja, litoral/interior.
O gradiente diminui com a continentalidade.
Os fatores condicionantes da temperatura são:
- continentalidade e proximidade do mar
- Relevo (as regiões montanhosas aquecem – falta de nebulosidade)
Porque é que os ventos que entram no Mondego na entram no Douro?
Pois existem serras concordantes à costa que impedem a passagem desses ventos
Que fatores influenciam a distribuição da temperatura
Latitude (norte-sul)
As temperaturas mais baixas a Norte, ficam a dever-se à inclinação aos raios solares, à precipitação e à maior nebulosidade
Altitude O relevo e a sua disposição
Encontram-se diferenças de temperatura entre as vertentes expostas a sul (vertentes soalheiras) que recebem grande quantidade de radiação solar e vertentes viradas a norte (vertentes umbrias) que podem estar longos períodos de tempo sem radiação solar direta.
Verão
As temperaturas mais elevadas entram pelo vale do Douro vindas de Espanha
Entrada de ventos frescos no vale do
Mondego vindas do mar
As depressões são também normalmente mais quentes do que as áreas topograficamente mais elevadas.
As correntes marítimas
No hemisfério norte as correntes provenientes do norte são frias e do sul são quentes.
Nova York está à mesma latitude que Lisboa e o que explica as baixas temperaturas em NY e mais altas em Lisboa são as correntes marítimas quentes.
A continentalidade
A continentalidade influencia a distribuição das temperaturas, principalmente no verão. O ar marítimo que afeta o litoral tem a capacidade de amenizar o clima, tornando os Verãos mais secos e os Invernos mais suaves. O oceano devido ter maior inércia térmica, é mais quente que o continente durante o inverno e mais frio que o continente que o verão.
A energia solar
É renovável
É limpa, ou seja, não polui
É utilizada para:
Aquecimento (energia solar térmica) – através de painéis solares – sistemas térmicos Produção de eletricidade (através de células/sistemas fotovoltaicas que convertem a
radiação solar em eletricidade) – sistemas fotovoltaicos
A energia solar térmica está completamente dependente da insolação utilizando apenas a radiação solar direta.
OS sistemas fotovoltaicos para além da radiação solar direta também aproveitam a radiação solar difusa
Portugal tem boas condições a nível de aproveitamento da radiação solar, sendo muito elevada no interior sul. Contudo esse facto não tem sido aproveitado da melhor forma, o que agrava a dependência energética pelo exterior.
A nível europeu Portugal apresenta uma insolação mais elevada do que muitos países nórdicos, contudo apresenta um nível de produção elétrica muito inferior aos outros países apesar de possuir recursos mais favoráveis.
Concluindo podemos dizer que a energia solar existe em Portugal em grande quantidade, além disso é geradora de emprego Portugal possui equipamento tecnológico suficiente para obter um grande aproveitamento desta fonte de energia. Por isso não há razões para que Portugal não aposte na implementação d estações para a obtenção de energia solar.
Importância da insolação no turismo
O turismo em Portugal representa uma “fatia” grande no que diz respeito ao PIB e ao emprego. Para esta realidade contribui a situação ambiental portuguesa, em particular o clima e a insolação. Prova disso são os destinos dos turistas.
O ambiente mais escolhido pelos turistas situa-se no litoral (praias), sendo que os restantes se podem considerar insignificantes à exceção das férias no campo. De qualquer forma os ambientes escolhidos pelos turistas estão relacionados com a insolação.
A entrada de turistas mostra a importância da insolação em Portugal, a julgar pela quantidade de turistas nos meses de verão. Havendo também uma afluência em abril devido à Páscoa. Também no inverno a entrada de turistas é significante, nesta época Portugal, mais propriamente o Algarve é procurado pela população mais idosa, que procuram calor durante a estação fria.
Os principais turistas, são provenientes do Reino-Unido, Alemanha, Países-Baixos e Irlanda, pois as condições de radiação solar são piores do que em Portugal, tornando-se este num destino de férias.
Há um contraste a nível da insolação entre o sul (maiores níveos) e norte (com menores níveis), para além de ter menores níveis de insolação, o norte possui um clima mais fresco e ventosa, tornando-se num destino menos procurado pelos turistas.
Utilização da Energia Solar
De forma ativa o Para aquecimento (energia térmica)o Para a produção de eletricidade (eletricidade fotovoltaica)
De forma passiva
Aproveitamento da energia para aquecimento de edifícios e habitações, onde a construção deve ser baseada na eficiência energética (permitam ganhos de energia solar e diminuição de ganhos excessivos de calor no verão)
Isto é possível através da orientação dos edifícios (para sul) e do isolamento térmico dos mesmos
Problemas na Produção de Energia
Grande investimento inicial Grandes áreas para a sua instalação Dificuldades no armazenamento e no transporte Sobrepovoamento do litoral (grande consumidor de energia elétrica), em relação ao
interior sul (local onde há maior aproveitamento de radiação solar
Recursos
Recursos hídricos
A água é um bem precioso. É ela que possibilita a existência humana.
A água é essencial porque precisamos dela para beber, produzir eletricidade e regar os campos agrícolas. Mas coloca-se uma questão: Será que teremos água suficiente (qualidade e quantidade) para satisfazer as necessidades da população? Esta questão coloca-se pois apesar do Planeta Terra ser, maioritariamente constituído por água, grande parte dela não é dirigida para o nosso consumo.
Disponibilidade hídrica da Terra
Água na Terra Água doce
hídricos
Curiosidade
Os recursos hídricos veem a escassear devido à poluição da água Existe uma grande disparidade a nível de acesso a água potável
Ciclo da água – Sistema fechado
A água é um recurso renovável que se encontra em movimento, e pode ser encontrada em 3 estados físicos da matéria: Sólido (neves, gelos); Líquido (rios, lagos, oceanos e águas subterrâneas) e Gasoso (vapor de água).
Tendo em conta que a maior parte da água existente (≈98%) se encontra nos oceanos, iniciamos o ciclo no mesmo. Podemos então por começar por dizer que o responsável pelos início deste ciclo é o sol, como estudámos este irradia calor aquecendo assim a água dos oceanos o que leva à sua posterior evaporação para a atmosfera. É também de suma importância saber que o vapor de água pode também chegar à atmosfera através do fenómeno de sublimação dos gelos e das neves e/ou da evapotranspiração.
O vapor de água vai para atmosfera e as massas de ar ao arrefecerem condensam. A condensação é um fenómeno que se torna visível quando se dá a formação de nuvens. Estas
são formadas por água no estado líquido sob a forma de pequenas gotículas em suspensão. As correntes de ar movem as nuvens ao longo do globo e, nesse movimento, as gotículas que formam as nuvens colidem e crescem, quando se tornam suficientemente pesadas, caem sob a forma de precipitação, no estado líquido (chuva) ou sólida (neve ou granizo). Ao precipitar sob a forma sólida vai alimentar, entre outros, as calotes de gelo e os glaciares.
Grande parte da precipitação cai diretamente nos oceanos, reiniciando-se o ciclo hídrico.
Outra parte cai sobre os continentes, onde, por ação da gravidade vai escoar à superfície (água de escorrência)
Parte dessa água é drenada pelos rios e levado até ao oceano; A outra parte “alimenta” os lagos, e por infiltração, os lençóis de água.
Noções
Evaporação Passagem da água no estado líquido para o estado gasoso
Sublimação Passagem da água do estado sólido para o estão gasoso, sem passar pelo estado líquido, ou vice-versa
Evapotranspiração Transpiração das plantas e de todos os seres vivos, que vai para a atmosfera sob a forma gasosa
Condensação Passagem da água no estado gasoso para o estado líquido.
Precipitação Queda de gotículas de água provenientes das nuvens que colidem. Esta pode sob a forma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado sólido).
Escorrência Água que escoa à superfície (escorrência superficial) ou no subsolo (escorrência subterrânea)
Infiltração A água das chuvas é intercetada pelo solo e, por ação da gravidade, desloca-se para o interior do solo as várias profundidades
Aquíferos Extensos canais de água subterrâneos resultantes da infiltração.
Humidade Atmosférica
Humidade absoluta Quantidade de vapor de água existente numa unidade de volume de ar. Exprime-se em gr/m₃
Ponto de saturação Quantidade máxima de vapor de +agua que o ar pode conter a uma determinada temperatura. Exprime-se em gr/m₃
Humidade relativa Relação entre a quantidade de vapor de existente num dado volume de ar e a quantidade máxima de vapor de água que esse ar pode conter. Exprime-se em %
Relação entre a humidade absoluta e o ponto de saturação
H.R=H.AP.S x 100Exercício
Um dado volume de ar a uma certa temperatura possui:
H.A = 5 gr/m₃ P.S = 10 gr/m₃ H.R=510 x 100 H.R = ? H.R=0,5 x 100H.R=50% →
Caso haja:
Aumento da Temperatura → o Ponto de Saturação aumenta → a Humidade Relativa diminui.
Diminuição da Temperatura → o Ponto de Saturação diminui → a Humidade Relativa aumenta, ficando-se mais próximo da ocorrência de precipitação.
Noções
Higrómetros Medem a humidade absoluta e a humidade relativa
Termo-higrómetros Medem a temperatura e a humidade relativa
Condições Dd atmosféricasVariação da temperatura
Ponto desaturação
Humidaderelativa
Subida da temperatura
Aumenta Diminui
Descida da temperatura
Diminui Aumenta
A circulação geral na atmosfera
A atmosfera da Terra exerce uma pressão à superfície (pressão atmosférica) que ´+e fruto da força exercida pelo ar. Essa pressão não é sempre constante e varia com:
Neste caso, o ar contém metade do vapor de água que pode conter
Altitude Quanto maior for a altitude, menor é a pressão em virtude da menor espessura da atmosfera que está por cima e vice-versa.
Temperatura Quanto maior é a temperatura menor é a pressão e vice-versa. Densidade do ar Quanto maior é a densidade maior é a pressão isto porque:
ar + denso → + partículas → + pesado → - altitude → + pressão
Espaço e Tempo Isto porque os fatores anteriormente descritos não se observam de igual modo em todo o Planeta.
Pressão
Alta pressão ≥ 1013hPa Pressão normal = 1013hPa → Baixa pressão ≤ 1013hPa
Circulação em altitude; na Vertical
Traduz a pressão exercida pela atmosfera num determinado ponto da superfície.
DDivergente Convergente
O ar ascende em espiral, mas converge à superfície e diverge em altitude
Durante a subida o ar torna-se mais frio e húmido
Nas regiões afetadas por
O ar é descendente em espiral e diverge à superfície e converge em altitude
Durante a descida o ar torna-se quente e seco
Nas regiões afetadas por anticiclones o céu estará limpo e
Convergente Divergente
Circulação à superfície; na Horizontal
Distribuição em latitude dos centros de pressão
O ar ascende em espiral, mas converge à superfície e diverge em altitude
Durante a subida o ar torna-se mais frio e húmido
Nas regiões afetadas por
1015hPA1020hPA1025hPA
1015hPA
1010hPA1005hPA Centro de
baixas pressões ou Depressão
Centro de altas pressões ou Anticiclone
Nota
A ascendência do ar ou a sua subsidência está relacionada com o Efeito de Coriolis, que designa o desvio dos ventos consoante o hemisfério.
Portanto, os ventos deslocam-se das altas para as baixas pressões, sendo que no hemisfério norte, o desvio dos ventos é para a direito e no hemisfério sul para a esquerda (relacionado com o movimento da Terra).
O valor mais alto tem que estar no meio e diminuir
para fora
O valor mais baixo tem que estar no meio e aumentar para fora
Equador
Trop. Cancer
Trop. Capricórnio
P.N
Circulo Polar Ántartico
Circulo Polar ÁrticoBaixas Pressões Subpolares
Altas Pressões Subtropicais
Baixas Pressões Equatoriais
O ar é descendente em espiral e diverge à superfície e converge em altitude
Durante a descida o ar torna-se quente e seco
Nas regiões afetadas por anticiclones o céu estará limpo e
Altas pressões polares
Portugal encontra-se entre as altas pressões subtropicais e as baixas pressões subpolares
Origem dos anticiclones e das depressões barométricas
A existência destes centros poder ser de origem térmica ou de origem dinâmica.
As baixas pressões equatoriais têm origem térmica (altas temperaturas) e origem dinâmica (ascensão do ar no encontro dos ventos alísios)
As altas pressões subtropicais são de origem dinâmica (o ar que foi obrigado a subir nas regiões do equador, desce sobre os trópicos).
As baixas pressões subpolares são de origem dinâmica (a ascendência do ar resulta do encontro entre os ventos de Oeste com os ventos de Leste)
As altas pressões polares são de origem térmica (resultam das baixas temperaturas)
Circulação geral da atmosfera: à superfície - ventos (1) e em altitude - células (2)
P.S
CIT
Frente polar
2 1
A intensa radiação solar nas regiões equatoriais aquece o ar, o que provoca a sua ascendência, pois o ar aquecido é mais leve. O ar ao ascender arrefece e condensa, o que confere às regiões equatoriais um cariz extremamente chuvoso. Esta zona designa-se por CIT (Convergência Intertropical). O ar termina a sua ascendência na estratosfera e dirige-se para os pólos sofrendo um desvio para a direito devido ao Efeitos de Coriolis.
Aos, aproximadamente, 30ºN o ar inicia a sua subsidência, criando uma zona de altas pressões, designada por zona de altas pressões subtropicais. Esta subsidência inibe a existência de nuvens e por consequência de precipitação, é por esta razão a razão pela qual os grandes desertos quentes se localizam nesta baixa (Deserto do Saara e do Calaári).
O ar subsidente ao atingir a superfície dirige-se:
Em direção ao equador (virando para oeste). Neste caso temos os ventos alísios (grande regularidade em termos de velocidade e direção)
Em direção aos pólos (virando para este). O ar tropical vindo os anticiclones encontra o ar frio polar vindo das depressões subpolares. O ar quente e o ar frio não se misturam, por isso o ar frio desloca-se sob o ar quente, formando-se a frente polar (entre 40º→inverno e 60º→verão). O ar muito frio e muito denso das regiões polares dá origem a altas pressões polares.
Massas de ar que afetam Portugal
O desigual aquecimento ao longo do ano dos dois hemisférios faz com que a circulação da atmosfera se altere significativamente, conforme a época do ano.
No verão do hemisfério norte, os raios solares atingem o norte do equador com menor obliquidade. Isto faz com que a CIT se situe mais a norte. A subida de CIT faz com que, por sua vez, os anticiclones subtropicais se desloquem também mais para norte, assim como a frente polar. Desta forma Portugal fica sob a influência do anticiclone dos Açores, responsável por Verãos quentes e secos.
No inverno, o hemisfério norte recebe menos radiação solar, Em virtude disso, o ar arrefece, e os anticiclones polares ganham intensidade e exercem a sua força sob as regiões
meridionais “empurrando” as perturbações da frente polar mais para sul. Ao mesmo tempo, a CIT desloca-se para sul do equador. Nesta época, a frente polar exerce a sua influência sob o território português, responsável por Invernos frescos e chuvosos.
As massas de ar – Porção de ar de grande dimensão com características de temperatura, humidade e densidade homogéneas
Polar Marítima – fresco e chuvoso
Polar Continental – fresco e seco
Tropical Marítima – quente e chuvoso
Tropical Continental – quente se seco
Massas de ar que afetam Portugal
As massas de ar geram combinações diferentes de tipos de tempo que, em Portugal podem ser muito contrastados entre o verão e o inverno e, mesmo entre Verãos e Invernos diferentes.
Assim no verão há um predomínio de massas de ar tropical marítimo, originárias do Atlântico na área de influência do Anticiclone dos Açores. Esta massa de ar dá origem a um tipo de tempo, cuja temperatura apesar de elevada é agradável.
Pelo contrário, as massas de ar tropical continental, oriundas do norte de África, geram grandes ondas de calor no território nacional. As temperaturas sobem normalmente acima do 35ºC.
No inverno, e em especial no outono, as massas de ar tropical marítimo podem exercer a sua influência, dando origem a um tempo mais quente e chuvoso.
As massas de ar polar marítimo, são mais típicas no inverno e estão na origem de um tempo fresco e chuvoso, associado à passagem sucessiva de perturbações frontais. Igualmente comuns são as massas de ar polar continental, que estão associadas a tipos de tempo muito frio e seco. São a típicas situações anticiclónicas de inverno, com acentuado arrefecimento noturno.
Frente polar e os tipos de tempo associados
Quando diferentes massas de ar se encontram, não se misturam pois têm densidades diferentes. O ar quente é mais leve e menos denso do que o ar frio, portanto o ar frio tende a ficar sob o ar quente, que ascende quando entra em contacto com o ar frio.
Quando duas massas de ar se encontram, criam-se áreas de contacto que se designam por superfícies frontais. O ponto de contacto entre a superfície frontal e o solo designa-se por frente. As frentes podem ser:
Quentes – O ar quente avança sobre o ar frio Frias – O ar frio avança em cunha sob o ar quente, obrigando este a subir, por vezes,
de forma intensa.
Noções
Estado de tempo Situação meteorológica verificada num dado momento num determinado lugar.
Estado de tempo = situação meteorológica = condições atmosféricas
Formação e evolução de uma perturbação frontal.
Formação
Desenvolvimento
Ar frio polar
Ar quente tropical
Oclusão
Oclusão
Distribuição da precipitação em Portugal
Em Portugal continental, existe um contraste na distribuição da precipitação: norte/sul e litoral/interior. A região mais chuvosa é o Noroeste, enquanto que as regiões interiores são as regiões mais secas.
A noroeste do país é também visível uma vasta densidade de serras, que formam a barreira de condensação. Nestes sistemas montanhosos, as vertentes ocidentais estão expostas às massas de ar vindas do oceano, tornando-se estas nas vertentes mais chuvosas, enquanto que as vertentes orientais estão mais abrigadas.
O norte é mais afetados pelas perturbações frontais, quanto que o sul é mais afetado por anticiclones (fator latitude)
Outras razão de maior pluviosidade a norte está relacionado com o relevo mais acidentado, comparativo com o sul (fator relevo)
Corte vertical (ver pagina seguinte)
Outro fator a ter em atenção está relacionado com a proximidade ou o afastamento do mar.
Nas ilhas, o principal fator na distribuição da precipitação está relacionado com o relevo, pois é nas altitudes mais elevados do interior das ilhas e nas vertentes expostas aos fluxos pluviométricos que registam elevados níveis de precipitação.
Tipos de precipitação em Portugal
Precipitação frontal
A chuva nas superfícies frontais resulta do contacto entre massas de ar de temperatura e densidade diferentes: massa de ar polar, vindas do norte, e massa de ar subtropical, vinda do sul, originárias dos anticiclones subtropicais.
O ar quente ao ascender sobre o ar frio arrefece e condensa dando origem, primeiramente, a nuvens e depois à queda de chuva.
Precipitação orográfica
As precipitações orográficas formam-se quando uma massa de ar húmida encontra uma barreira montanhosa e é obrigado a subir.
Ao subir, amassa de ar arrefece, e o vapor de água condensa, em particular na vertente mais exposta ao fluxo. Na vertente oposta, acontece o contrário, ou seja, o ar subside, aquece e fica mais seco.
Este processo está relacionado com o contraste litoral/interior
Nas ilhas este tipo de precipitação também é evidente.
Precipitação convectiva
O aquecimento, a que por vezes, o solo está sujeito faz aquecer o ar pela base. Este aquecimento torna o ar instável e pode levar à sua ascendência.
O ar ao subir, arrefece e o vapor de água condensa. Algumas precipitações convectivas podem ser bastantes fortes e , por necessitarem do calor para se formarem são mais frequentes no verão e no outono. Estes tipos de chuvas são mais frequentes no interior, longe da ação moderadora do oceano.
Situações meteorológicas típicas em Portugal (ficha)
A irregularidade temporal e espacial da precipitação em Portugal.
Temporal o Variação anual
Períodos mais chuvosos Períodos mais secos
o Variação interanual Anos muito chuvosos Anos mais secos
Espacial o Contrastes entre Norte/Sulo Contraste entre Litoral/interior
Nota: No nosso país, regiões que necessitam de precipitação (água), quer para a agricultura quer para outros fins, não a têm. Para agilizar tal situação têm sido tomadas medidas, tais como:
Aproveitamento da água das chuvas através de barragens.
Clima de Portugal insular
Noções
Clima Sucessão habitual, num dado lugar , dos estados de tempo observados durante um longo período de tempo (30 anos).
Elementos do clima Fenómenos atmosféricos que definem e caracterizam o clima
ex: Temperatura; vento; nebulosidade; pressão atmosférica
Fatores do clima Tudo aquilo que faz variar os elementos do clima
ex: Altitude; Latitude; proximidade ou afastamento do mar; exposição das vertentes; correntes marítimas.
Recursoshídricos
Gráfico termopluviométrico Gráfico que representa em simultâneo a variação da temperatura e da precipitação ao longo do ano.
Mês seco Mês em que a precipitação é igual ou inferior ao dobro da temperatura.
Temperatura média:
o Diurnao Mensalo Anual
Amplitude térmica
o Diurnao Mensalo Anual
Classificação do clima
QENTES
TEMPERADOS
FRIOS
Portugal tem um clima temperado mediterrâneo que vai perdendo as suas características de um para norte e do litoral para o interior. Os contrastes climáticos que se verificam no nosso país resultam da combinação de vários fatores, principalmente o relevo, a latitude e a proximidade ou afastamento do mar.
O clima Açoriano e, em menor grau, o clima da Madeira têm características dos climas temperados marítimos. A vertente sul da ilha da Madeira, por estar obrigada das massas de ar húmidas vindas do Norte, é bastante mais seca, tendo a região do Funchal um clima tipicamente mediterrâneo.
Os contrastes registados na distribuição da precipitação e da temperatura dão origem aos seguintes climas:
Temperado mediterrâneo (sul e centro) - 1 Temperado mediterrâneo de influência marítima (norte litoral) - 2 Temperado mediterrâneo de influência continental (norte interior) - 3
Equatorial Tropical Desértico quente
Marítimo Mediterrâneo Continental
Subpolares Polares
2 3
Clima de montanha (áreas de maior altitude)
Temperado mediterrâneo (sul e centro)
Temperatura : Verãos quentes e Invernos amenos (Amplitude Térmica Anual Moderada) – deve-se ao facto de receber os raios solares com maior ou menor obliquidade e ao facto de se encontrar próximo ao Norte de África
Precipitação: Fraca – deve-se à proximidade dos anticiclones subtropicais Fatores: Latitude e proximidade do mar.
Temperado mediterrâneo de influência marítima
Temperatura: Pequena Amplitude Térmica Anual (temperaturas amenas) Precipitação: Abundante (concentrada no inverno e no outono) Fatores: Latitude; disposição das vertentes e proximidade do mar
Temperado mediterrâneo de influência continental
Temperatura: Grande Amplitude Térmica – temperaturas baixas no Invernio e altas no verão
Precipitação: Pouca precipitação, comparada com o temperado de influência marítima Fatores: Relevo (disposição das vertentes); latitude; afastamento do mar
Clima de montanha
Temperatura: Grande diferença entre o verão e o inverno (Amplitude Térmica Grande) Precipitação: Muito elevada Fatores: Altitude – Existem serras que apesar de terem a mesma altitude, os níveis de
precipitação são diferentes (relacionado com a proximidade ou afastamento do mar)
Balanço Hídrico Relação entre os ganhos e as perdas de água
Precipitação = Evapotranspiração + Infiltração + Escorrência
As disponibilidades hídricas de Portugal
Áreas mais húmidas – Norte litoral e áreas montanhosas
Áreas mais secas – Sul do Tejo
Os recursos hídricos
Águas superficiais – rios, lagos, lagoas, albufeiras
Águas subterrâneas – aquíferos e lençóis freáticos
1
Os rios
Rede hidrográfica Rios e seus afluentes e subafluentes
Bacia hidrográfica Áreas drenada por uma rede hidrográfica
Caudal Quantidade de água que passa numa dada secção do rio (aumento da nascente para a foz)
Montante Nascente
Jusante Foz
Regime Variação do caudal
Perfil longitudinal União dos pontos do talvegue
Talvegue Pontos mais baixos de uma rio desde montante até jusante
Perfil transversal Forma do vale
Perfil de equilíbrio Perfil em que o declive diminuiu regularmente da nascente até à foz
Balanço Hídrico
Superavithídrico
Défice hídrico
Superavit hídrico
Água restituída ao
solo
Água cedida ao solo
M M
J
J
J F M A M J J A S O N D
Nos Superavit existe escoamento da água Água cedida ao solo – Água que se infiltrou no solo e
foi restituída durante março – agosto. Água restituída ao solo – Meses em que o solo esteve
seco e agora recebe a água das chuvas, recompondo-se.
Perfil longitudinal e transversal dos rios
Normalmente, os rios apresentam um maior declive de montante para jusante. A representação gráfica do declive do leito do rio da nascente até à foz designa-se por perfil longitudinal do rio.
Os rios modelam o seu perfil longitudinal através da erosão vertical exercida no fundo do leito.
Quanto maior for o declive maior será a velocidade do escoamento e por consequência maior erosão. Por sua vez a quantidade de água relaciona-se com a precipitação
Uma maior capacidade erosiva vai desgastando o leito dos rios, arrancando materiais que serão transportando até à foz.
O perfil longitudinal de um rio depende do nível da base (local onde se encontra a foz) que pode ser o mar ou outro rio.
Se o nível da base descer, o rio entalha o seu leito;
Se o nível da base aumentar, o rio tem tendência a assorear o seu leito. Este processo desenvolve-se de jusante para montante levando ao perfil de equilíbrio.
Outro fator a ter em conta é o perfil transversal do rio, que nos dá a forma do vale em determinadas secções do rio. A montante, o vale tem a forma de “V”, é estreito e declivoso. À medida que o escoamento aumenta, o vale vai alargando-se, continuando a existir vertentes. Junto à foz (jusante), o vale alarga-se significativamente e tem um fundo e plano. Aqui pode mesmo ocorrer o fenómeno de meandrização
Vale em V fechado(garganta)
Vale em V aberto/normal
C
→ A água ganha velocidade
Aluviões – sedimentos que acabam por ser
depositados no curso inferior do rio
Perto da nascente, o rio vais desgastar o
→ Desagua por vários canais
*Ação erosiva da água
Fatores que influenciam o caudal do rio
Clima
Caso se registem elevados níveis de precipitação, a quantidade de água que vai circular na rede hidrográfica será maior me vice-versa
Relevo
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região montanhosa, o declive vai ser maior, contribuindo assim para maior escorrência, logo o caudal será maior.
Caso a rede hidrográfica se encontra numa zona plana, isso irá contribuir para a infiltração, reduzindo a quantidade de água que circulará na rede hidrográfica.
Cobertura vegetal
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região de floresta densa, isso contribuirá para a a infiltração e por sua vez o causal será menor
Caso a floresta seja menos densa, ocorrerá maior escorrência e, o caudal do rio será maior
A constituição pedológica e geológica
A rede hidrográfica pode estar, ou não, situada sob rochas/solo premiáveis ou impermeáveis;
Premiáveis: Infiltração – menor quantidade de água na rede hidrográfica
Impermiáveis: Escorrência – maior quantidade de água na rede hidrográfica
Ação do Homem
- Na construção de barragens, a água fica retida e, o homem, domina então a quantidade de água que vai descarregar a partir da barragem para jusante.
- Desflorestação
- Impermeabilização dos solos (plásticos, alcatrão, etc).
Vale em caleira aluvial
ouVale de fundo largo e
plano Meandros abandonados
B
A
C
DESGASTE*
TRANSPORTE*
ACUMULAÇÃO*Curiosidade
Estuário – Desagua por um só canal. Contrariamente ao delta
O regime dos rios
Perenes (permanetes) – Mantém o caudal constante ao longo do ano, ou seja, escoa água durante todo o ano - Caudal constante
Intermitentes (irregulares ) – Variam sazonalmente (típico dos rios portugueses), ou seja, só escoam água na estação húmida - Caudal elevado na estação húmida e baixa na seca
Efémeros (torrenciais) – Ao longo do ano variam continuamente (relacionado com o clima e/ou dimensão dos rios). Só tem escoamento quando ocorrem grandes chuvadas
O regime dos rios portugueses é irregular e com caráter torrencial:
Irregular – caudais elevados no inverno e baixo ou nulo no verão Torrencial – Grande influência das fortes chuvadas
Construção de Barragens
VANTAGENS
Regularizar o regime dos rios Produzir eletricidade Reservar a água para a rega e abastecimento da população Desenvolvimento de outras atividades turísticas Criação de novas áreas de agricultura de regadio
DESVANTAGENS
Alto investimento inicial Retenção de sedimentos transportados pelo rio Alteração do ecossistema (fauna e flora) Alterações no clima da região Perda de campos agrícolas Possibilidade de algumas populações serem obrigadas a deslocar-se Possibilidade de agravamento de cheias - O objetivo das barragens é reter a água mas,
caso o total de enchimento da barragem coincidir com dias de precipitação elevada, a água em excesso vai ter de ser descarregada, o que pode agravar o risco de inundação nas áreas mais a jusante da barragem, sendo que isto está também relacionado com a capacidade de armazenamento de água de cada barragem.
Noções
Convénios Acordos entre Portugal e Espanha em relação aos rios que cruzam ambos os países
Ex: Deixar chegar parte da água a PortugalAvisar Portugal em relação *as descargas das barragens, etc.
Nota: Apesar de existirem convénios (Convenção Luso-espanhola 1998) entre Portugal e Espanha, continuam a existir vários problemas de ordens diferentes:
A poluição das águas, o que vem refletir-se em Portugal Contrição de novas barragens e a realização de transvases Agravamento de cheias por descargas das barragens espanholas Redução dos caudais em tempo de seca
Transvases Desvio da água de um rio para outro ou irrigação.Possibilita uma distribuição espacial da água
Leito de estiagem Zona ocupada por uma quantidade menor de água que acontece no
verão. No inverno ocorre o leito de inundação.
Sentido do escoamento dos rios portugueses
Maioria NE - SW
Douro E - W
Sado S - N
Guadiana N - S
Maiores bacias hidrográficas de Portugal
Mondego Sado Vouga
Maiores bacias hidrográficas Luso-espanholas
Tejo Douro Guadiana
Lagoas e albufeiras
Tanto as lagoas como as albufeiras, são importantes reservatórios de água doce.
ou leito menor
Em Portugal, as lagoas existentes são pequenas e de pouca profundidade.
As albufeiras (lagos que se formam pelo enchimento de uma barragem) constituem os mais importantes reservatórios de água superficial em Portugal, isso associado a todas as vantagens de uma barragem.
Águas subterrâneas
Noções
Aquíferos Reservatórios de água com grande capacidade de armazenamento, resultante da infiltração das águas em áreas de rochas permeáveis.
Encontram-se a grandes profundidades (rochas impermeáveis.
Depende:
Características geológicas Quantidade de precipitação
Lençóis freáticos Reservatórios de água, mas que se encontram a uma menor profundidade (rochas permeáveis)
Granito e xisto
Calcário
Calcário
Areias e argilas
É na bacia do Tejo e do Sado e nalgumas eras das orlas
mesocenozóicas onde se registam maiores níveis de água no
subsolo. Isto devido ao facto de o tipo de rocha nestes locais
ser permeável (areias; argilas e calcário). Por sua vez, é no
maciço antigo, constituído por xisto e granito onde se
verificam menores níveis e água existente.
Produtividade aquífera Quantidade de água que é possível extrair continuamente em condições normais, sem afetar a reserva e a qualidade de água dos aquíferos.
Depende:
Precipitação ocorrida Extração da água Efeitos da maré nos aquíferos costeiros (maré alta – aquífero sobre e vice-versa) Alteração do regime de escoamento de rios influentes (que recarregam os aquíferos) Evapotranspiração, etc.
Os aquíferos em Portugal, podem ser de 3 tipos:
O maciço antigo, é constituído por rochas poucos permeáveis: xistos e granitos. A água só consegue infiltrar-se onde as rochas estão fissuradas.
A Bacia do Tejo e do Sado possui o maior sistema de aquíferos da península ibérica.
É uma região especialmente rica em reservas de água subterrânea, porque nela convergem água das regiões envolventes, mais elevadas, e porque possui vários aquíferos muito porosos.
As regiões das orlas, são também ricas e bastante exploradas. Na orla Meridional existem situações de sobre-exploração dos aquíferos, em virtude das fracas precipitações e da pressão turística que se exerce nesta região, particularmente no verão.
Na orla ocidental, os sistemas de aquíferos são também muito importantes e de elevada produtividade. São regiões onde há grandes extensões de rocha calcária por vezes muito carsificada, o que facilita a infiltração da água
Aquífero poroso
Aquífero constituindo essencialmente por areias (Bacia do Tejo e do Sado)
Aquífero cársico
Aquífero que contém cavidades originadas pela dissolução da rocha calcária
Aquífero fraturado ou fissurado
Aquífero relacionado com fraturas na rocha granítica
↓
Orlas
↓
Maciço antigo↓
Bacia do Tejo e do Sado
Noções
Algar Abertura/fratura aproveitada para a entrada de água
Exsurgência Nascente de um rio que provém de um aquífero
Ressurgência Rio que, devido ao facto de solo ser calcário, disparasse à superfície e surge, novamente, uns quilómetros á frente.
Poluição dos recursos hídricos
AGRICULTURA
Excessiva e incorreta utilização de químicos
Sistemas de rega inadequados
Efluentes das pecuárias
INDÚSTRIA
Utilização da água em sistemas de arrefecimento e lavagem
Efluentes contaminados por diversos químicos e matéria-orgânica
DOMÉSTICO
Grande consumo de água
Esgotos (vírus e bactérias)
Gestão dos recursos hídricos
1. Problemas que põe em risco as disponibilidades hídricas
Gestão da água segundo o setor de atividade
AGRICULTURA
Utilização de técnicas de irrigação pouco consumidoras de água
Seleção de culturas mais adequadas as condições climáticas da diferentes regiões
Reutilização da água previamente sujeita a tratamento
INDÚSTRIA Utilização de técnicas mais eficientes e
menos consumidoras de água Utilização da mesma água para fins
diferentes Tratamento de águas residuais e sua
reutilização
DOMÉSTICOS/ EMPRESAS DE CPMÉRCIO/SERVIÇOS
Utilização de máquinas de lavar roupa e loiça com doseador de carga
Criação de hábitos que evitem desperdícios e gastos desnecessários
Reutilização da água tratada dos autoclismos em regas.
ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS Uso intensivo de pesticidas e adubos nas atividades agrícolas; deposição de dejetos de animais resultantes desta atividade.
RESÍDIOS INDUSTRIAIS Descarada de efluentes, resultantes desta atividade
EFLUENTES DOMÉSTICOS Deposição de lixos urbanos em aterros; construção deficiente de fossas céticas.
SALINIZAÇÃO Resulta da exploração excessiva dos aquíferos
Faz sentir-se no litoral, sobretudo onde se regista exploração/captação de água dos aquíferos (Algarve)
Nota: É muito dispendioso fazer a dessalinização
DESFLORESTAÇÃO Pode dever-se a incêndios florestais ou ao abate de árvores para diversos fins (madeira; crescimento urbano; construção de vidas de comunicação; ect)
Consequências
Aumento da escorrência e diminuição da infiltração Aumento da erosão dos solos que compromete a recarga dos aquíferos
EUTROFIZAÇÃO Corresponde a uma descarga excessiva de nutrientes/fertilizantes em lagos e rios, o que leva a um crescimento exponencial de algas nas águas que absorvem o oxigénio, o que pode provocar a extinção das espécies aí existentes.
2. Problemas com o tratamento de águas residuais
Um dos problemas está relacionado com o desfasamento que existe entre as fossas céticas e o saneamento, isto é, ainda há muitas águas residuais que não são levadas para as ETARs. O outro problema está relacionado com as próprias ETARs, pois, teoricamente estas funcionam bem mas, na prática denotam deficiência em alguns aspetos.
3. Problemas da distribuição e do consumo de água
EM Portugal, são visíveis disparidades ao nível do consumo e da distribuição da água
Ao nível da distribuição, existem desigualdades regionais, havendo regiões com falta de água (sul e interior), isto porque as nascentes encontram-se principalmente a norte e nas orlas de Portugal.
Existe também uma disparidade a nível do consumo, pois é o setor agrícola que regista maiores níveis de consumo de água, seguido da indústria e depois do consumo doméstico
4. Importância dos planos de ordenamento (POA e POBH)
Tanto o POA (Plano de Ordenamento das Albufeiras) como o POBH (Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas), têm particular importância na gestão dos recursos hídricos, por forma a assegurar um melhor conhecimento e racionalização dos recursos hídricos.
POA Está concentrado nas barragens e nas respetivas albufeiras
POBH Gestão das águas internacionais;
Gestão dos efluentes
Planos intermunicipais Junção de municípios para obter recursos hídricos em quantidade e qualidade
Outros planos
PNA (Plano Nacional da Água) DQA (Diretiva-Quadro da Água)
5. Potencializar os recursos hídricos Ao nível do consumo, será necessário implementar medidas para que a água seja
racionalizada, por forma a evitar desperdícios. Será também necessário intensificar as fiscalizações ao funcionamento das ETARs Proteger, tratar e reutilizar a água Fazer o seu aproveitamento para novas utilidades
Outras medidas para preservar os recursos hídricos
Aplicação dos princípios do poluidor pagador e do utilizador pagador (pagamento das taxas progressivas, segundo a poluição causada)
Regulamento e fiscalização de lançamento de efluentes poluidores nos cursos de água e nos solos
Incentivos às empresas para a reconversão das tecnologias, tornando-as mais amigas do ambiente
Racionalização do consumo nos setores domésticos, agrícolas e industriais
BARRAGEM DO ALQUEVA
Para elém de todas as vantagens associadas a uma barragem. A barragem do alqueva tem uma associação com a estação fotovoltáca da amareleja. Esta associação tem por objetivo unir, ou seja, usar os mesmo meios, na distribuição da energia
Para além da associação, primeiramente referida, existe atmbém um parque éolico que está também associado à barragem. A água passa n as turbinas para fazer girar e produzir electrecidade mas depois, essa mesma água é bombeada para trás e, assim obter mais ganhos de energia
A construção da barrage do Alqueva, baseou-se nas consequência positivas para as regiões envolventes (dinamização da região). Isto porque, era uma região pobre e seca que praticava a agricultura de equeiro.
A irregularida da precipitação em Portugal
Temporal o Variação anual – Período mais/menos chuvosoo Variação interanual – Anos muitos chuvoso/secos
Espacial o Contrastes
Norte - Sul Litoral – Interior
Recursos piscícolas
Recursosmarítimos
O peixe é o recurso marítimo mais explorado. Dando assim origem a variadas atividades, tais como:
Pesca A atividade piscatória, apesar de se encontrar em decréscimo, continua a deter uma importância bastante significativa nalgumas regiões do litoral português.
Aquicultura A aquicultura era já praticada pelos romanos e pelos gregos contudo, só a partir da década de 60, a sua atividade foi generalizada, sobretudo nos países mais desenvolvidos.Esta atividade realiza-se, normalmente, em tanques de terra, reaproveitamento muitas vezes dos tanques das antigas salinas (forma arcaica de praticar a aquicultora). Esta pode ser praticada em regime intensivo*, semi-intensivo* e extensivo*.A nível nacional a aquicultura é maioritariamente praticada em água salgada, à exceção da cultura da truta que é praticada em água doce.
Regime intensivo Tipo de regime que se constitui com a existência de um tanque, onde há um controle rigorosa da ração dada.Tipo de regime mais barato.
Regime semi-intensivo Tipo de regime, cuja alimentação pode ser tanto de origem marítima como fornecida pelos aquicultores.Tipo de regime mais dispendioso.
Regime extensivo Tipo de regime, onde os peixes estão cercados, e cuja sua alimentação se baseia nos recursos fornecidos pelo mar.
Indústria Conserveira A indústria das conservas (sobretudo do atum e da sardinha) foi das atividades mais rentáveis em Portugal. A 1ª fábrica de conservas abriu em Setúbal em 1880.
Sal A extração do sal, que em tempos se encontrava presente em tida a costa portuguesa,
apresenta-se hoje praticamente restrita ao Algarve, cuja produção no ano de 2002 representou 94% do total, sendo a restante repartida pela ria de Aveiro (3%), o estuário do Mondego (1,6%) e o estuário do Sado (1,4%).
Algas A exploração das algas, que tradicionalmente serviam de fertilizantes agrícolas, pode
constituir atualmente uma potencialidade enquanto matéria-prima para a indústria cosmética, farmacêutica, bioquímica, gastronómica, etc.
Atividade turística O turismo em Portugal encontra no litoral um dos seus locais privilegiados. As
características climáticas associadas à extensão e beleza da costa portuguesa são fatores atrativos para grande parte dos turistas que escolhem Portugal como destino de férias.
Recursos energéticos
o Energia das ondas
Peixe enlatado, congelado ou salgado
Até há pouco tempo era raramente utilizada; o projeto da ilha do Pico foi um bom exemplo, mas já se encontra desativado. Atualmente já se estão a fazer novos projetos para a costa portuguesa.
o Energia eólica O vento é uma ótima fonte de energia primária para a produção de eletricidade,
apresentando baixos custos. Prevê-se que entre 2005 e 2010, esta fonte de energia se possa comparar à energia produzida a partir de combustíveis fósseis.As ventoinhas eólicas são colocadas juntas à linha da costa, não exclusivamente, devido a esta ser uma zona ventosa.
Potencialidades do Litoral O mar é uma importante via de comunicação, facilitando as torças comerciais; O mar dá um caráter mais suave ao clima; O mar atrai a população. A litoralização em Portugal testemunha a forte atração
que o mar exerce.
Tipos de costaPortugal tem uma extensa linha de costa sujeita a uma importante ação marinha, que
modela os seus atuais contornos através de processos de erosão, transporte e acumulação. A ação do mar sobre a linha de costa desencadeia uma modificação constante, originando paisagens litorais variadas. Existem 2 tipos de costa: Costa de Arriba Costa Alta; habitualmente escarpada – resulta da abrasão marinha
sobre as rochas de grande dureza e resistência (granitos, xistos, calcários, etc).
Costa de Praia Costa baixa – resultante da acumulação de areias pelo mar, transportadas ao longo da costa pela corrente de deriva litoral.
Nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, dada a natureza vulcânica do seu relevo, a dureza das respetivas rochas e o défice de elementos finos transportados pela ribeira, cerca de 98% é de arriba.
A natureza das rochas é considerada o fator principal que determina o tipo de costa, mas existem outros fatores que também influenciam as suas características, designadamente os movimentos das águas do mar (as correntes marítimas; as marés; as ondas; etc), a diversidade dos fundos oceânicos e a ação das águas fluviais junto à foz.
Costa Portuguesa
Como resultado de um longo processo de assoreamento das lagunas costeiras da foz do rios e do transporte de areias ao longo do litoral pelas correntes de deriva, a linha da costa portuguesas apresenta um traçado bastante retilíneo, com poucas saliências/reentrâncias, o que torna os locais abrigados para a implementação de atividades portuárias
Norte de espinho o Não há condições para a construção de portos marítimos
Espinho – Nazaré o Alternância de costa alta e baixa, contudo com predominância de costa baixa e
arenosa Nazaré - Rio Tejo
o Costa alta e rochosa Lisboa - Sagres
o Costa alta e rochosa, intercalada por praias;o Abriga importantes portos marítimos
Costa Algarvia o Até à Quarteira, acosta é alta e rochosa com algumas reentrâncias. Da
Quarteira a Vila Real de Stº. António a costa é baixa e arenosa, com praias extensas. O acidente mais importante é o Lido/Ria de Faro.
Ação do mar na linha da costa → Abrasão MarinhaFatores condicionantes
Natureza das rochas Rochas mais duras → menos erosão OU Rochas menos duras → mais erosão
Características do relevo da costa Relevo acidentado → menos erosão OU Relevo plano → mais erosão
Intensidade do movimento das águas Mar violente → mais erosão OU Mar brando → menos erosão
Movimentos orogénicos Movimento de levantamento → mais erosão OU Movimento de abatimento → menos erosão
Oscilação do nível do mar Subir → mais erosão OU Recuar → menos erosão
Ação dos rios junto à foz Acumulação de sedimentos
Características dos fundos marítimos Fundos irregulares → água mais movimentada → mais erosãoFundos planos → água menos movimentada →menos erosão
NoçõesErosão Ataque na linha da costa
Ação do Homem (antrópica) sobre a linha da costa
Barragenso Impede a passagem de sedimentos, o que, em condições normais seriam
transportados até ao mar Extração de areias Pressão urbanística Destruição de dunas
Erosão marítima
Ação Mecânica Ação Química
Acidentes do Litoral
HAFF-DELTA DE AVEIRO
Fatores que condicionam a sua formação:o Costa baixa e arenosao Corrente marítima (Norte-Sul)o Ventos dominantes do quadrante Oesteo Vários rios a desaguar na lagunao Serra da Boa viagem a sul
O Haff resulta da acumulação de sedimentos depositados pela corrente do Golfo – origem marítima. É também de origem fluvial, sendo os sedimentos transportados pelo rio Vouga, Sétimo e Águeda, os quais formaram cordões litorais (Restingas*) paralelos à costa, impedindo o contacto do rio com o mar e acelerando o assoreamento.
O assoreamento muito rápido e intenso acabou por aproximar as duas restingas.
Ação HidráulicaO movimento das ondas gera energia (energia cinética – sendo esta tanto maior quanto maior foi a agitação das águas). A água das ondas ao embaterem em obstáculos rochosos, vão entrar nas pequenas fendas existentes, comprimindo assim o ar que estava no seu interior. Ao recuar, o ar expande-se, provocando a desagregação de mais fragmentos aumentos o tamanho dessas cavidades e facilitando a desagregação mecânicas
A água do mar transporta uma grande quantidade de fragmentos de diversos tamanhos que, projetados durante o movimento das ondas contra as arribas, provocam a sua erosão
MetralhagemReações químicas entre a água e os materiais rochosos
Faz abrandar a corrente, conferindo à parte Norte a acumulação de sedimentos.
*Conhecido também por cordão arenoso ou barra.
Nota: É designado por Haff, devido aos seus “braços de areia” serem resultado do mar e também do rio
RIA/LIDO DE FARO
Entre a Quarteira e o Cancelo existe outra forma resultante de um forte assoreamento e de águas pouco profundas – Lido de Faro.
Os detritos que formam a costa de Lido, em Faro, provêm fundamentalmente da costa rochosa de barlavento, ou sendo arrastados numa corrente de sentido W-E, e sobretudo, das areias que estão na plataforma continental e que o mar faz chegar até próximo da linha de costa, formando então as ilhotas/restingas ideais para o desenvolvimento de espécies avícolas e piscícolas.
Existe então um forte assoreamento devido à baixa profundidade que se faz sentir neste local. Sendo assim, o mar perde força acabando por depositar os sedimentos neste local.
Nota: Ria – água que entra pela terra adentro, ocupando as zonas mais baixas formando assim ilhotas arenosas.
NoçõesSapal Zona que pode ficar coberta ou não de água, consoante as marés.
Estuários do Tejo e do SadoA importância dos estuário está influência nas marés, ou seja, até onde a água chega em maré alta.
Os estuários do Tejo e do Sado constituem outra forma de ação conjugada dos rios e do mar. O rio contacta com o mar num só canal e há então a acumulação de sedimentos junto às margens. Estas zonas ficam cobertas na maré alta e descobertas na maré baixa.
O estuário do Sado encontra-se praticamente fechado devido à grande acumulação de sedimentos transportados pela corrente deriva litoral e que constituem uma extensa restinga. Neste caso é necessário recorrer ao dessasoreamento.
TÔMBOLO DE PENICHE
Ribeiras sem influência
Ilha que se liga ao continente pela acumulação de sedimentos vindos do mar.
Tem um cariz extremamente importante pois constitui um acidente do litoral natural e significativo para a construção de portos marítimos.
As potencialidades destas zonas
As potencialidades do Haff-delta de Aveiro; da Ria/Lido de Faro; dos estuários do Tejo e do Sado e do Tombolo de Peniche, são de ordem ambiental e económica.
Ordem ambiental Constituem um paraíso para aves aquáticas (são locais de nidificação, repouso ou
hibernagem de variadíssimas espécies de aves). São áreas de grande diversidade de ecossistemas São áreas de atração turística
Ordem Económica Permitem o desenvolvimento de atividades portuárias Permitem o desenvolvimento de atividades ligadas à pesca; à piscicultura (cultura que
desenvolve apenas a criação de peixe); à aquicultura (cultura que para além da criação de peixe, pratica a criação de outras culturas, como o marisco, as algas, etc.) e à extração de sal.
Relação entre os Acidentes do Litoral e Portos marítimos
As características da costa portuguesa são pouco propícias à instalação de portos marítimos com condições favoráveis à navegabilidade.
Falo então da profundidade e da agitação do mar e da deficiência em reentrâncias
Em relação à agitação do mar, isto faz com que os portos portugueses se localizem, frequentemente, a sul dos acidentes do litoral, procurando contornar a adversidade desta inconveniência. Isto acontece porque o vento sopra de Norte, e como a formação das ondas é gerada pelo vento, o lado Norte dos acidentes torna-se então mais agitado, preferindo o sul para a construção de portos abrigados.
Nos estuários a localização dos portos encontra-se no próprio acidente.
Deste modo, como a costa portuguesa é praticamente retilínea é necessária a construção de portos artificiais (paradões), dos quais a Povoa do Varzim constitui um exemplo.
Principais fatores que influenciam a riqueza piscatória Temperatura da água – zonas onde há encontro de correntes quentes com correntes
frias, há maior abundância de peixe, pois a oxigenação da água é maior. Luminosidade Salinidade Oxigénio da água
Em conclusão, dependem da profundidade e das correntes marítimas.Todos estes fatores contribuem para uma maior ou menor abundância de plâncton.
Plataforma Continental
A dimensão dos oceanos não se faz acompanhar da abundância de recursos. Existe uma grande concentração quer em quantidade quer em diversidade da fauna e da flora marinha em áreas restritas, que se classificam biologicamente ricas e portanto atrativas para as atividades marinhas. Insere-se aqui a plataforma continental.
A plataforma continental é a extensão da costa, onde as águas atingem no máximo 200m de profundidade que rodeia os continentes. Na direção do mar a plataforma é limitada por uma área de grande declive – Talude continental, que faz a transição para as planícies abissais.
A plataforma continental portuguesa é grande em comprimentos mas pequena em largura. O seu declive é pouco acentuado e a sua largura é muito variável (oscila entre 30Km-60Km). Nalguns casos é quase inexistente (Cabo de Santa Maria – 8Km), contudo noutros atinge o seu máximo (Cabo da Toca – 70Km). Nas ilhas a plataforma é também bastante pequena, pois o declive da plataforma é muito acentuado devido ao cariz vulcânico das ilhas.
A nível mundial, estas zonas representam apenas 10% da superfície dos oceanos, contudo 80% das espécies piscícolas capturadas encontram-se nestes locais. Além disso, é também mais rica em recursos do subsolo, como o petróleo. A riqueza piscícola da plataforma continental resulta das suas características, que favorecem o desenvolvimento de várias espécies animais e vegetais:
Tem pouca profundidade (facilitando a entrada de luz) Abundância em oxigénio (devido à agitação das águas) Baixo teor em sal (devido à água dos rios) Água rica em nutrientes (desenvolvimento do plâncton devido à matéria
orgânica transportada pelos rios)
Correntes marítimas e a existência de recursos piscícolas
As correntes marítimas, que podem ser frias ou quentes, são um fator condicionante e importante no desenvolvimento de espécies marinhas. A formação do plâncton dá-se nas águas frias, tornando-as então mais ricas em peixe.
As zonas de contacto de correntes frias com correntes quentes, são aquelas onde a concentração e diversidade de peixe são maiores, pois aqui, as águas tornam-se mais agitadas, logo mais oxigenadas e o plâncton é abundante, bem como as oscilações de temperatura e salinidade.
A costa portuguesa é influenciada pela corrente quente do Golfo, que vem do México e encaminha-se para a Europa (sentido SW-NE), no entanto a norte de Portugal sofre um inflecção devido aos ventos, afetando assim a nossa costa. Apesar de ser chamada de quente, em Portugal é fria pois vem do Norte.
Efeito de Upwelling
Nos meses de verão a nortada – ventos fortes de norte – sopra junto ao litoral e afasta as águas superficiais para o largo. Desenvolve-se então uma corrente de compensação, o uwelling, que se desloca na vertical, trazendo à superfície as águas profundas, mais frias e mais ricas em nutrientes, que desencadeiam, em pouco tempo, a abundância de espécies como a sardinha e o carapau, favorecendo a atividade piscatória nesta época.
ZEE – Zona Económica Exclusiva
Com o aumento da atividade piscatória, a nível mundial, assim como o excesso de capturas, muitos países começaram a querer delimitar as suas águas, para impedir a entrada livre de barcos de outra nacionalidades.
Esta questão gerou conflitos, pois os países queriam apropriar-se de zonas marítimas cada vez mais extensas. Então a partir de 1982, legitimou-se o afastamento até 200milhas da costa, para plena exploração em profundidade e do subsolo. Surge assim a Zona Económica (ZEE), para cada país, tendo em Portugal definido a sua em 1977.
Área Portugal detém umas das maiores ZEE’s do mundo devido aos arquipélagos.
Peixe Não é de grande riqueza piscatória. Logo a frita portuguesa vêsse obrigada a operar fora da ZEE para satisfazer as necessidades da população
NoçõesÁguas Territoriais Faixa do litoral que vai até às 12 milhas (22Km).
Como se desenvolve a atividade piscatória?
Construção naval
Existem várias atividades económicas ligadas aos recursos marítimos, mas é a atividade piscatória a mais importante, até porque os portugueses são dos maiores consumidores de peixe a nível mundial.
No entanto a atividade piscatória tem um contributo reduzido para o PIB.Atividades relacionadas com a pesca
As regiões de maior atividade piscatória.
A nível de descargas, o Algarve e Centro são as regiões de maiores descargas.Segue-se Lisboa, depois os Açores e, por último a Madeira.As diferenças nas descargas estão relacionadas com os tipos de pesca praticados e com
as condições das infraestruturas portuárias e das embarcações
Principais áreas de pesca
A principal área de pesca em Portugal é o Mar Territorial (zona até 12 milhas da costa). Aí trabalha cerca de 80% do total de pescadores, apresentando 83% do valor de produção de pesca nacional.
Como o espaço marítimo português não é muito favorável à atividade piscatória, os pescadores têm de recorrer às águas internacionais e mesmo a ZEE de outros países. No entanto têm sido estabelecidas normas cada vez mais rigorosas que dificultam o acesso as estas áreas.
Com entrada de Portugal na UE e a obrigação de respeitar as normas comunitárias e a Políticas Comum de Pescas, as dificuldades aumentarem e Portugal tem, atualmente, a frota mais pequena entre os estados-membros. É cada vez mais difícil obter licenças para pescar fora da ZEE.
No entanto os portugueses continuam atuar nalgumas áreas de pesca longínqua:
Noroeste Atlântico (NAFO) É umas das áreas de pesca mais ricas do mundo quer me quantidade como em diversidade. É a áreas mais atrativa para os portugueses, sobretudo a Terra Nova e a Gronelândia. Recentemente, passou a haver mais restrições no intuito de preservar as espécies (diminuição das quotas de pesca ou mesmo a proibição da atividade), levando a que Portugal importe Bacalhau, que tradicionalmente pescaria.
Nordeste Atlântico Zona muito rica biologicamente, onde se encontram espécies como o bacalhau e o cantarilho. Foi umas importante zona de pesca longínqua para Portugal , contudo devido às restrições importas, o numero de embarcações portuguesas nesta ares diminui drasticamente.
Comércio Indústria (conserva;
farinhas/rações; salga e congela) Turismo
antes depois
Centro-Leste Atlântico Tem sido uma alternativa para a frota portuguesa uma vez que os países do Norte Atlântico têm imposto cada vez mais restrições.
Atlântico Sul e Índico Ocidental Áreas menos procuradas pelos portugueses, mas pode vir a ser uma alternativa a médio prazo.
Tipos de pesca
Em Portugal praticam-se vários tipos de pesca consoante o tipo de embarcações e técnicas utilizadas. As embarcações podem agrupar-se da seguinte forma:
Aquelas que se deslocam apenas nas águas nacionais e em redor – praticando a pesca local e a pesca costeira
Aquelas que trabalham em águas internacionais e afastadas – que praticam a pesca de largo e a pesca longínqua.
Tipos de embarcaçõesEmbarcações Características
Embarcação de pesca localBarcos de madeira; pequenos (-9m); trabalham junto à costa (máx. 10milhas); utilização de técnicas artesanais
Embarcações de pesca costeira
Dimensão superior a 9m; Podem atuar fora da ZEE, tendo já técnicas de conservação do pescado possuem autonomia para permanecer no mar alguns dias; utilização de técnicas mais modernas
Embarcações de pesca de largo
Barcos de grande dimensão; tonelagem superior a 100TAB; trabalham para além das 12milhas, em águas internacionais; podem permanecer no mar 2-3 semanas; prática da pesca industrial
Embarcação de pesca longínqua
Navios grandes e bem equipados; grande autonomia; trabalham muito longe dos portos de origem; Utilização de técnicas modernas (sondas, radares, etc.); possuem meios eficazes de conservação de peixe; podem permanecer vários meses no mar.
Tipos de Pesca Arrasto Cerco Rede de deriva
Dimensão da frota
Em Portugal domina a pesca local, com recursos a técnicas tradicionais; com embarcações pequenas e feitas de madeira, tendo uma TAB muito reduzida. No entanto, esta atividade tem sido muito importante para as comunidades de pescadores que têm na pesca tradicional o único modo se sobrevivência.
Até à entrada de Portugal para a UE, os incentivos a este tipo de pesca eram muito reduzidos ou até mesmo nulos, o que contribuiu para a degradação da frota portuguesa, não havendo qualquer renovação ou introdução de técnicas modernas.
Após 1986, houveram então incentivos à modernização da frota pesqueira, através do apoio dos fundos estruturais, como a FEOGA, com a atribuição de subsídios que têm permitido a aquisição de barcos mais modernos e de equipamentos de navegação, de deteção e de captura. O governo português, através da IFADAP, tem financiado o setor. Como resultado, a frota portuguesa, sofreu uma reconversão qualitativa e quantitativa na última década. Este desenvolvimentos tecnológico – uma frota mais moderna e equipada com sistemas de deteção de cardumes, com modernos aparelhos de captura e com sistemas de conservação e transformação do pescado em alto mar – tem sido um fator fundamental para o aumento da produtividade e da competitividade da pesca portuguesa.
Contudo a vizinha Espanha, coloca no mercado português peixe a preços mais baixos.Apesar de todo o esforço, a frota portuguesa tem vindo a decrescer, devido à Política
Comum das Pescas que visa o redimensionamento da frota com vista a rentabilizar os recursos disponíveis.
Política Comum das Pescas – FICHA
Se não conseguirmos os acordos com os outros países, isso obriga-nos a uma intensificação da pesca na costa portuguesa, o que empobrece ainda mais a quantidade de peixe existente.
80% do peixe pescado em Portugal, provém das águas nacionais. Contudo é necessário importar pois somos um pais grande consumir de peixe.
Infraestruturas portuárias
As infraestruturas portuárias, entre as quais se destacam os portos e as lotas, também não favorecem o desenvolvimento do setor das pesas. Pois de um modo geral são pequenos, não conseguindo albergar grandes embarcações; São pobres em condições naturais (acidentes do litoral) e estão mal apetrechados. Por consequência, registarão um valor reduzido de descargas.
Apesar de as infraestruturas estarem mal apetrechadas e com muitas carências, tem sido feito um investimento em termos de equipamento de apoio, com a modernização de lotas, instalações de redes de conservação e refrigeração, gruas de descargas, etc.
No entanto há ainda muito para fazer, como por exemplo Inspeções sanitárias de todas as lotas Melhoria das acessibilidades de muitos portos Construção de molhes de proteção Ampliação de algumas docas
1
Aveiro
Figueira da foz
Nazaré2
Lisboa
Sines
4 3
Ordem decrescente dos portos mais significativos
1. Leixões (Matosinhos)2. Peniche3. Olhão4. Portimão5. Sesimbra
Qualificação da mão de obra
Em Portugal, em 2004 havia ainda mais de 20 mil pescadores matriculados. Trata-se de uma profissão que passa de geração para geração, mas que nos últimos anos com a crise de setor e com as alterações da sociedade, a profissão deixou de ser atrativa para os jovens. No entanto comparados os valores com os restantes estados-membros da UE Portugal detém valores bastante elevados. O que se relaciona com o facto de a pesca em Portugal ter ainda um caráter muito tradicional e pouco modernizado.
As baixas qualificações dos pescadores constitui também um entrava à modernização deste setor.
Para tentar ultrapassar estas dificuldades, a UE, através da Política Comum de Pescas em Portugal, tem apostado na formação profissional dos pescadores (pescador, marinheiro, contramestre, etc.). a partir da 1986, foram criados, por todo o país, centros de formação do “Forpescas”, apoiados pelo FSE.
Apesar do número de cursos ter aumentado, o número de formandos está a diminuir,
por isso, não está relacionado com a falta de cursos, mas sim com outros motivos, como a falta de interesse da população jovem por esta atividade, as condições do trabalho nada aliciantes, a instabilidade do setor, entre outros.
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Problemas ambientaisA POLUIÇÃO DO MAR
A poluição dos mares tem origens muito diversas, mas os problemas originados pela exploração, transporte, acidentes e limpeza de petroleiros
Todos os anos milhões de toneladas de crude passam pelos oceanos e, como Portugal, nomeadamente a ZEE, está na rota da maioria dos petroleiros, a costa portuguesa é muito vulnerável a esses acidentes, em particular às marés negras.
Além dos petroleiros, a costa portuguesa está sujeita aos «despejos» de indústrias, que enviam os seus esgotos, não tratados, diretamente para o mar, com produtos muito poluentes (químicos, plásticos …)A poluição dos mares pode ser:
Química Com substâncias químicas nocivas às espécies
Física Com a alteração da temperatura da água (as centrais nucleares usam a água para arrefecer os reatores, causando uma alteração da temperatura da água quando direcionada para os rios.)
Destruição dos fundos marinhos etc. (Devido às redes de arrasto que destroem os corais, etc.)
Biológica Com a introdução de vírus e bactérias.
A SOBRE EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS
Outro problema ambiental grave reside no excesso de exploração dos recursos marinhos, porque durante anos a atividade piscatória foi feita sem qualquer controlo.
A exploração desenfreada de espécies, põe em risco o equilíbrio do ecossistema. Com efeito, os desequilíbrios atuais foram desencadeados por dois processos:
Rutura das cadeias alimentares; Exploração excessiva dos recursos.
Surgem, assim, os problemas de espécies em vias de extinção. Quando se pesca apenas espécies na idade adulta e com moderação, não se reduz substancialmente a quantidade global de peixe, podendo inclusive favorecer o seu aumento
A sobre exploração de recursos é agravada com a utilização de determinadas técnicas, como a pesca não seletiva*, tornando-se necessário controlar o uso de redes de malhagem apertada, que contrariam as normas em vigor. São as capturas excessivas ou inadequadas que põem em risco a capacidade de regeneração de certas espécies, a integridade do ecossistema marinho como um todo e mesmo os rendimentos provenientes da atividade piscatória.
As diferentes fontes de poluição
1º Efluentes domésticos (rurais e urbanos) 2º Tráfego de navios petroleiros3º Acidentes com navios petroleiros 4º Poluição das águas dos rios5º Emissões naturais (vulcões) 6º Efluentes industriais7º Limpeza de tanques em alto mar
*Tipo de pesca onde é capturado tudo mas, como só pode chegar a terra x quantidade de peixe, é necessário desperdiçar uma grane quantidade de peixe
Como fiscalizar as águas nacionais e da ZEE?
A ZEE portuguesa é a maior da Europa, o que constitui uma vantagem, embora traga igualmente desvantagens, das quais se destaca, desde logo, a sua fiscalização.
Para a preservação e gestão dos recursos marinhos, é fundamental que Portugal disponha de um sistema eficaz de vigia e controlo das atividades, não só da frota estrangeira, mas também da portuguesa. No entanto, não é isso que acontece: a ZEE é insuficientemente patrulhada por falta de meios técnicos e humanos, nomeadamente, a falta de embarcações rápidas, de meios aéreos e informáticos e de técnicos especializados.
Estas carências levam a que, na maioria dos casos, não se consiga prevenir ou punir as infrações efetuadas por navios portugueses e estrangeiros. De entre estas, destacam-se:
A captura de espécies não permitidas, devido ao seu peso e/ou dimensão e que pode acelerar a sua extinção;
O tipo de pesca praticado e o uso inadequado da malhagem da redes; O desrespeito pelas quotas* de pesca e TAB; Desperdícios de espécies que são capturadas indevidamente e não comercializáveis; A descarga de produtos poluentes, que vão desde a lavagem dos petroleiros até
produtos altamente tóxicos, como mercúrio e o chumbo; A utilização do espaço da ZEE para transporte de substâncias proibidas ou para o
contrabando.Se o controlo não for eficaz, as consequências serão graves para Portugal, designadamente:
O esgotamento dos recursos marinhos existentes nas águas portuguesas; O aumento do tráfego clandestino não só de produtos proibidos (droga) como
também de outros que podem pôr em risco a segurança nacional (armas); O aumento da poluição marítima e de catástrofes ambientais, como aquelas que
foram provocadas pelo prestige e pelo new world.
*Quantidade de peixe que pode ser pescada
**Tonelagem de Arqueação Bruta – Capacidade de pescado suportada por um navio
Pressão sobre as áreas costeirasA progressiva degradação da costa portuguesa é sobretudo, pelo aumento da
urbanização das ares costeiras e pelo turismo balnear desordenado que cresce em Portugal.
A pressão urbanística sobre litoral faz-se de múltiplas formas com graves problemas ambientais, como:
A construção sobre arribas e dunas; A destruição das dunas; A sobre exploração dos aquíferos; A produção excessiva de recursos e de efluentes urbanos; A redução da biodiversidade, com a destruição da fauna e da flora locais.
Medidas de recuperação do litoral: Consolidação das arribas; Recuperação das dunas; Demolição de certas construções; Construção de exporões.
Atividades económicas a potencializar no espaço marítimo?
Aquicultura
Trata-se de uma atividade, com benefícios para o ambiente, uma vez que pode colaborar na preservação de espécies piscícolas evitando a sobre exploração de recursos.
Esta atividade, em Portugal, tem uma importância ainda reduzida, encontrando-se em expansão, uma vez que exige investimentos inicias bastante elevados.Existem 3 tipos de aquicultura:
o Em regime intensivoo Em regime Semiextensivoo Em regime extensivo (menos poluente)
Importância da aquicultura:o Evita a sobre exploração de espécies marinhaso Revitaliza os stockso Gera empregoo Permite o abastecimento do mercado
Nota Impactos ambientais desta atividadeo Antibióticos dados aos peixes, afetando a qualidade da água que depois é
lançado para o mar aquando a lavando dos tanques; E afetando a saúde do homem através da ingestão deste peixe “contaminado”
o Farinhas/Rações – as rações dos peixes são feitas com os peixes que não são vendidos na lota.
o Lavagem dos tanques, como já referi em parte.o
Curiosidade: A água salobra é mais propícia à atividade da aquicultura.
A indústria conserveira
A indústria de conservas foi uma das atividades mais rendíveis em Portugal. Contudo nas últimas décadas, esta atividade entrou em recessão por falta de modernização neste setor. O Estado tem feito um esforço para renovar e dinamizar as antigas fábricas de conservas, mas os efeitos têm sido diminutos.
Atualmente, estão em expansão algumas atividades de conservação do pescado, como os produtos congelados e os alimentos semicozinhados.
Extração de algas
A apanha de algas, outrora largamente utilizadas como adubo natural na agricultura, tem vindo a perder a importância e as estatísticas referentes à apanha de algas para a utilização industrial revelam valores pouco significativos e decrescentes.
A produção de sal
A direção-geral das pescas tem procurado incentivar a reativação desta atividade como uma das formas de potencializar o espaço marítimo. Algumas das antigas salinas têm sido recuperadas, até porque se tem assistido a uma valorização comercial de certos tipos de sal, designadamente a flor de sal.
A exploração petrolífera
Foram feitas algumas sondagens e destas foram encontrados bons indícios de petróleo.
A atividade turística
A costa portuguesa tem inúmeras potencialidades para o turismo, que é um dos principais recursos económicos de Portugal.
Atendendo às condições climáticas e à extensão da linha de costa, o turismo balnear é o mais importante de Portugal, daí a excessiva pressão urbana e de construção que a atividade tem exercido no litoral, É uma atividade que tem potencializado o espaço marítimo e que pode ainda melhorar; no entanto, tem causado igualmente graves problemas ambientais.
É importante que esta atividade venha a desenvolver-se, mas de forma sustentada e criando novos focos de interesse, como a exploração aquática, a observação de golfinhos e baleias, que pode reduzir a forte sazonalidade turística, geradora de muitos problemas.
Um inconveniente desta atividade é o facto de ter um caráter sazonal
O aproveitamento das energias renováveis
Quanto ao setor energético, o litoral apresenta grandes potencialidades, nomeadamente na energia das marés, das ondas e na energia eólica, embora não tenham sido até hoje aproveitadas.
o A energia das ondas – Num futuro próximo, a energia das ondas poderá representar a maior fonte de energia renovável da terra. Este é o mais recente desafio no que respeita a produção de eletricidade com energias renováveis. Portugal vai ser o primeiro país a nível mundial a implementar uma plataforma comercial de aproveitamento das ondas do mar para gerar energia.
oo A energia eólica – O aproveitamento da energia eólica, tão abundante na costa
portuguesa, é reduzido, no entanto em franco desenvolvimento. Estão em desenvolvimento projetos para um parque eólico em Vila nova de Cerveira, prevendo-se numa fase posterior, a construção de aerogeradores completos.
A importância dos POOC
A elevada pressão a que a costa portuguesa está sujeita tem dado origem a desequilíbrios ambientais graves:
A destruição e degradação dos sistemas naturais, como as dunas; A artificialização da linha de costa através da construção de pontões; A deterioração e degradação da paisagem com o excesso de construção desordenada.
É necessária uma intervenção urgente, não só para parar com os “atentados ambientais”, mas também para reordenar as áreas degradadas. Para isso existem os POOC (planos de ordenamento da orla costeira), definidos em 1992, e que, em articulação com outros planos, nomeadamente os PDM, procuram promover o ordenamento do território, tentando revalorizar e requalificar as praias, consideradas estratégicas a nível ambiental e turístico.
A área de cada POOC engloba: as águas marítimas, costeiras e interiores, e os respetivos leitos e margens.
Os POOC têm como ações prioritárias: A identificação das áreas de maior vulnerabilidade e a defesa da costa; Ordenamento, a valorização e a requalificação ambiental da orla costeira; A defesa e a reabilitação dos sistemas dunares; A recarga das praias; A valorização das praias.É fundamental preservar e proteger o espaço marítimo e a sua envolvente, daí a
importância da constituição de áreas protegidas junto ao litoral.
Âmbito dos POOCOs POOC incidem diretamente sobre:
As águas marítimas costeiras e interiores, respetivos leitos e margens, com faixas de proteção definidas no âmbito de cada plano;
A zona terrestre de proteção cuja largura máxima é de 500m, contados a prtir do limite da margem das águas do mar
A faixa marítima de proteção que tem como limite máximo a batimétrica -30m (profundidade).
A rentabilização do litoral e dos recursos marinhos
A potencialização do espaço marítimo tem que passar pela implementação de um conjunto de medidas que permitam uma exploração sustentada dos seus recursos, nomeadamente:
O incentivo e apoio à expansão da aquicultura*; O incremento de atividades que permitam a obtenção de produtos com valor
comercial, por exemplo, a reativação das salinas e a extração da flor do sal; A modernização e reativação da indústria de conservas, como a da sardinha e do atum; A interligação das capturas efetuadas com essas indústrias de modo a fornecer-lhes a
matéria-prima; O aumento da competitividade da indústria transformadora do pescado, como o peixe
congelado e os pratos semicozinhados, apostando na inovação e na qualidade; O incentivo a investigação cientifica e à inventariação de recursos, como o apoio as
atividades piscatórias mais adequadas, evitando a extinção das espécies; A proteção dos recursos, sobretudo dos que estão em perigo, racionalizando as
capturas; A reconversão da frota de pesca, bem como das infraestruturas portuárias; A valorização dos recursos humanos através da formação profissional dos pescadores,
assim como medidas de proteção social; O reforço da vigilância e do controlo do espaço marítimo português (ZEE); O incremento de atividades turísticas sustentadas, que não aumentem a
vulnerabilidade do litoral; O aproveitamento das energias renováveis (energia do mar)
*Importância
Evita a sobre-exploração dos recursos marítimos Revitalização do stock Gera emprego Permite o abastecimento do mercado
Imposição de quotas Fiscalização das redes Redução da frota Sistemas sofisticados
Asáreasrurais
eAsáreasurbanas
Agricultura em Portugal
Em Portugal, a agricultura é uma atividade cuja contribuição para a criação de riqueza, por exemplo, no Produto Interno Bruto e no Valor Acrescentado Bruto, tem vindo a decrescer. Tendência esta que se mantém para os restantes estados membros, devendo-se essencialmente aos desenvolvimento das atividade dos setores II e III, cuja participação aumentou muito e tende a crescer, sobretudo o setor III.
No entanto, o setor agrícola mantém ainda algum peso:
Na criação de emprego; Na ocupação do espaço e na
preservação da paisagem; Constitui uma base económica em
algumas áreas rurais do país.
Regiões Agrárias Divisão territorial com características agrícolas afins.
As características das 9 regiões agrárias (7 – continente; 2 – ilhas), refletem as condições naturais e a ocupação humana do território
Influencia diretamente a produção, tanto em quantidade como em qualidade. Em Portugal, predominam os solos de fertilidade média ou baixa, o que condiciona bastante a agricultura.
SOLOS POBRESo Fertilização dos soloso Recursos ao pousioo Correção dos soloso Escolha de espécies que melhor de
adaptam às características do solo TERRENOS ACIDENTADOS
o Construção de socalcos
Fatores condicionantes da agricultura
CLIMA
Coincidência do tempo quente com a estação seca e do tempo frio com a estação húmida. Portanto falta humidade em períodos de temperaturas elevadas e vice-versa, dificultando o desenvolvimento agrícola. Por esta razão os agricultores veem-se obrigados a recorrer à rega no verão, o que se torna dispendioso. Outro fator é a irregularidade dos estados de tempo (Intra-anual → entre os meses; Interanual → entre anos).
RECURSOS HÍDRICOS
A existência de recursos hídricos é fundamental ara a produção agrícola, pelo que se torna mais fácil e abundante em áreas onde a precipitação é mais regular. Em áreas de menor precipitação, é necessário recorrer a sistemas de rega artificial.
FERTILIDADE DOS SOLOS
A fertilidade do solo:
Natural (depende das características geológicas rocha - do relevo e do clima);
Criada pelo homem (fertilização incorreta dos solos)
RELEVO
Em relevos planos, a fertilidade dos solos é geralmente maior, assim como a possibilidade de modernização das explorações. Se o relevo for mais acidentado, a fertilidade dos solos torna-se menor e há maior limitação no uso de tecnologia agrícola e no aproveitamento e organização do espaço.
Formas de adaptação aos condicionalismos naturais
CLIMAo Construção de estufaso Recurso a sistemas de rega
ESCASSEZ DE RECURSOS HÍDRICOSo Recurso a sistemas de rega
mais modernos
O passado histórico é um dos fatores que permite compreender a atual ocupação dos solos. Aspetos como a maior ou menor densidade populacional e acontecimentos ou processos históricos refletem-se, ainda hoje, nas estruturas fundiárias – dimensão e forma das propriedades rurais.
No Norte, a fragmentação foi favorecida por fatores como:
Relevo acidentado; abundância de água e fertilidade natural dos solos Caráter anárquico do processo de reconquista e o parcelamento (divisão) de terras
pelo clero e pela nobreza Elevada densidade populacional Sucessivas partilhas de heranças beneficiando igualmente todos os filhos
No Sul, o predomínio de grandes propriedades está relacionado com:
Relevo mais ou menos plano (pene planícies); clima mais seco; maior fertilidade natural dos solos.
Feição mais organizada da reconquista e da doação de vastos domínios ais nobres e às ordens religiosas e militares.
OBJETIVO DA PRODUÇÃOQuando a produção se destina ao auto consumo, as explorações são geralmente de pequena dimensão e, muitas vezes, continuam a utilizar técnicas mais artesanais.Se a produção se destinar ao mercado, as explorações tendem a ser de maior dimensão e mais especializadas em determinados produtos, utilizando tecnologia moderna (máquinas, sistemas de rega, estufas, etc.), o que contribui para uma maior produtividade do trabalho e do solo.
POLÍTICAS AGRÍCOLASAs políticas agrícolas – orientações e medidas legislativas – quer nacionais quer comunitárias (UE), são atualmente fatores de grande importâncias, uma vez que:
Influenciam as opções dos agricultores relativamente aos produtos cultivados (Não se pode cultivar todo o tipo de produtos. Existem quotas para a quantidade e produtos cultivados)
Regulamentam práticas agrícolas, como a utilização de produtos químicos; Criam incentivos financeiros, apoiam a modernização das explorações, (São dados
subsídios que incentivam a cultivação de determinadas culturas7espécies. Exemplo: o Milho está muito barato, portanto de não houvessem subsídios, os produtores deixavam de produzir), etc.
Paisagens agrárias
Espaço rural Tudo o que está no meio rural;
Nesta desenvolvem-se atividades agrícolas, e também outras como: o artesanato; o turismo, a produção de energias renováveis, etc.
No espaço rural destaca-se:
Espaço agrário O que está no espaço rural mas relacionado com a agricultura, portanto, áreas ocupadas com a produção agrícola (animal e/ou vegetal) – pastagens e florestas; habitações dos agricultores; infraestruturas e equipamentos associados à atividade agrícola – caminhos; canais de rega; estábulos; etc.
No espaço agrário individualizam-se:
Espaço agrícola Área utilizada para a produção animal e/ou vegetal.
Superfície Agrícola Utilizada (SAU) Área ocupada com culturas.
Os sistemas de culturas (conjunto de plantas cultivadas, forma como estas se associam e técnicas utilizadas no seu cultivo) são diferentes de região para região, devido essencialmente, a fatores relacionados com o relevo, o clima e os solos.
Nos sistemas intensivos, o solo é total e continuamente ocupado e, nos tradicionais, é comum e policultura (mistura de culturas no mesmo campo e colheitas que se sucedem umas às outras). São sistemas utilizados em áreas de solos férteis e de abundância de água, mesmo no verão, e de mão de obra numerosa. Por isso, predominam as culturas de regadio, que precisam de rega regular.
Estes sistemas predominam, sobretudo, nas regiões agrárias do Litoral Norte, na Madeira e em algumas ilhas dos Açores.
Nos sistemas extensivos, tradicionalmente dominantes em Trás-os-Montes e no Alentejo, não há uma ocupação permanente e contínua do solo. Pratica-se habitualmente uma
+ amigo do ambiente desgaste mais do solo
rotação de culturas (a superfície agrícola é dividida em folhas – setores – que, rotativamente, são em cada ano, ocupadas por culturas diferentes, alternando os cultivos principais com espécie que permitem melhorar a qualidade dos solos.
Este sistema é praticado em áreas de solos mais pobres e secos no verão, associando-se à monocultura (cultivo de um só produto no mesmo campo) e às culturas de sequeiro (pouca necessidade de água)
Atualmente, os sistemas extensivos (sem pousio) associam-se a uma agricultura mecanizada e voltada para o mercado, sobretudo nas regiões do Alentejo e Ribatejo e Oeste.
As paisagens agrárias são também caracterizadas pela morfologia dos campos – aspeto dos campos no que respeita à forma e dimensão das parcelas e à rede de caminhos.
Predomínio de exploração de pequena dimensão:
Entre Douro e Minho Beira Litoral Algarve Madeira Algumas ilhas dos Açores
Predomínio de explorações de média/grande dimensão:
Alentejo Ribatejo e Oeste
A diversidade das paisagens agrárias resulta também das diferentes formas de povoamento, que variam desde a aglomeração total è pura dispersão
Nota:
O regime intensivo é praticado em solos, à partida pouco ricos.
O solo ao esgotar-se, deixa-se em pousio, mas deixar por si só, não faz com que este se regenere, apenas não faz com a situação piore. Por isso são plantados trevos, tremoços bravos e beterrabas para renovar o solo.
A monocultura esgota ais o solo, pois o produto plantado retira sempre a mesma coisa do solo, por é necessário alternar as culturas.
As novas tecnologias provocam também a infertilidade do solo, pois estes são remexidos havendo assim erosão, para além de poluir o ambiente.
Características das Explorações Agrícolas
Constituídas por várias parcelas de forma irregular e quase sempre vedadas – campos fechados – com muros, árvores e/ou arbustos, que protegem as culturas do vento e da invasão de animais.
Constituídas por várias parcelas de forma regular que atualmente se encontram, na sua maioria, delimitadas por sebes metálicas (eram tradicionalmente campos abertos).
Explorações Agrícolas Conjunto de terras, contíguas (juntas) ou não, utilizadas total ou parcialmente para a produção agrícola. É também uma unidade técnico-económica e que utiliza mão de obra e fatores de produção.
Deve satisfazer as quatro condições seguintes:
Produzir um ou vários produtos agrícolas; Atingir ou ultrapassar uma certa dimensão (área, numero de animais, etc.); Estar submetido a uma gestão única (um agricultor pode ter vários terrenos juntos ou
várias parcelas e a esse conjunto chama-se exploração agrícola); Estar localizada num local determinados e identificável.
A distribuição regional das explorações, segundo o seu número, evidencia um contraste Norte-Sul (com mais no norte e menos no sul) e reflete as desigualdades no que respeita à sua dimensão.
A tendência atual é de redução do numero de explorações (que podem ser absorvidas pelas de maior dimensão; ou pela saída de explorações de menor dimensão) e, consequentemente, do aumento da sua dimensão média.
Predomínio de explorações de pequena dimensão:
Beira Litoral Entre Douro e Minho
Predomínio de explorações de grande dimensão:
Alentejo
Em Portugal, o grande número de pequenas explorações condiciona o desenvolvimento da agricultura, uma vez que limita a mecanização e a modernização dos sistemas de produção.
Notas:
Dimensão das explorações:
Muito pequena ≤ 1 ha Pequena 1 ha – 5 ha Média 5 ha – 20 ha Grande 20 ha – 100 ha Muito Grande ≥ 100 há
Distribuição e Estrutura da SAU…
Corresponde a minifúndios – pequenas propriedades.
Corresponde a latifúndios – grandes propriedades.
Alentejo tem um reduzido número de explorações agrícola, apesar da sua vasta área, pois cada uma é e grande dimensão.
O problema da pequena dimensão das explorações agrava-se com a excessiva fragmentação.
ConclusãoA modernização da agricultura é então travada pela pequena dimensão das explorações e pela fragmentação das mesmas.
A dimensão da SAU está associada à extensão das explorações pelo que apresenta uma distribuição regional marcada pela desigualdade, salientando-se o Alentejo com cerca de metade da SAU nacional.
Esta desigualdade deve-se essencialmente:
Às características do relevo Ocupação do solo
O relevo aplanado (peneplanícies), a fraca densidade populacional e o povoamento concentrado permitem ao Alentejo vastas e extensas áreas cultivadas.
O relevo mais acidentado, a maior densidade populacional e o povoamento disperso, como a Madeira, a Beira litoral, e entre douro e Minho, etc. a SAU ocupada é bastante menor.
A Superfície Agrícola Utilizada engloba:
Terras aráveis Ocupada com culturas temporárias e com campos em pousio.
Culturas permanentes Plantações que ocupam a terra durante um longo período.
Pastagens permanentes Áreas onde são semeadas espécies destinadas ao pasto do gado.
Horta familiar Superfície ocupada com produtos hortícolas ou frutos destinados ao autoconsumo.
Nota A composição da SAU apresenta também diferenças regionais
…Formas de exploração da SAU
Beira Litoral As terras aráveis ocupam mais de metade da SAU.
Algarve e Madeira As culturas permanentes têm uma grande importância nesta região
Açores As pastagens permanentes ocupam quase a totalidade da SAU – devido às condições climáticas propícias à formação de prados naturais e a criação de gado bovino é muito importante
Alentejo As pastagens permanentes ocupam também cerca de 2/3 da SAU desta região, onde o aumento desta reflete o investimento na criação de prados artificiais, com recurso a modernos sistemas de rega, sobretudo para o gado bovino.
O agricultor pode nem sempre ser o proprietário das terras que explora, sendo que se podem consideram 2 principais formas de exploração da SAU:
Conta Própria O produtor também é proprietário.
Arrendamento O produtor paga um valor ao proprietário da terra pela sua utilização.
Parceria Existe um proprietário de um terreno e este vai ceder o seu uso a um explorador, sendo que, vão ser ambos que vão beneficiar das despesas e também dos lucros.
As explorações por conta próprias predominam em todo o país, com destaque para TM e Madeira. No Açores o arrendamento é mais comum.
As explorações por conta próprias são habitualmente consideradas vantajosas, visto que o proprietário ao querer obter o melhor resultado das suas terras vai-se preocupar com a preservação das mesmas, para isso, pode por exemplo: investir em melhoramentos fundiários; instalação de sistemas de rega mais sofisticados; etc.
O arrendamento é visto, pelo contrário, como desvantajoso, pois os arrendatários apenas querem tirar o máximo proveito das terras desinteressando-se pela preservação destas, no entanto o arrendamento pode evitar o abandono das terras nos casos em que os proprietários não possam ou não queiram explorá-las
A produção Agrícola Nacional
Apesar das condições naturais; da pequena dimensão das explorações agrícolas (Madeira e Norte do país) que condicionam os produtos cultivados, tem-se verificado uma tendência de aumento do valor de produção vegetal e animal.
No entanto, pode haver pequenas oscilações no valor de produção vegetal, resultantes da variação dos preços de mercado e das condições meteorológicas.
População Agrícola
Causas da diminuição da população agrícola:
Desaparecimento de muitas explorações;
Decréscimo da dimensão média do agregado familiar
Modernização da agricultura e à melhor oferta de emprego nos outros setores de
atividade
O envelhecimento e os baixos níveis de instrução e de formação profissional da
população agrícola constituem um entrave ao desenvolvimento da agricultura,
nomeadamente:
↓
Esta oferta dá origem do êxodo rural (transferência de mão de obra para outros setores de atividade, ainda que mantendo a residência nas áreas rurais). Tal
evolução influenciou a estrutura etária da população contribuindo para o seu envelhecimento.
À adesão a inovações (tecnologia; métodos de cultivo; práticas amigas do ambiente;
etc.);
À capacidade de investir e arriscar
À adaptação às normas comunitárias de produção e de comercialização.
Composição da mão de obra agrícola
A mão de obra agrícola é essencialmente familiar, representando cerca de 80% do
volume de trabalho. Nas regiões com maior dimensão média das explorações, a importância
da mão de obra agrícola não familiar é mais relevante, sobretudo devido à maior
especialização da agricultura que é mais exigente na qualificação da mão de obra.
O papel da mulher na agricultura
As mulheres representam, oficialmente, cerca de um quarto da população ativa na
agricultura. Muitas mulheres trabalham na agricultura mas identificam-se como domésticas,
não sendo, por isso, contabilizadas em termos estatísticos. No entanto, assiste-se a uma
tendência de crescimento da população ativa agrícola feminina.
Pluriatividade e Plurirrendimento
Em Portugal, apenas uma pequena parte da população agrícola se dedica a tempo
completo à agricultura. Na maioria dos casos, esta surge como atividade secundária
relativamente ao trabalho noutros setores.
A pluriatividade – prática, em simultâneo, do trabalho na agricultura e noutras
atividades – pode ser encarada como uma alternativa para aumentar o rendimento das
famílias dos agricultores. Deste modo, as famílias rurais tendem a ser multifuncionais. O
próprio produtor deixa de ter apenas a função produtiva, sendo recompensado por serviços de
preservação do ambiente e das paisagens.
Pode então, falar-se de plurirrendimento – acumulação dos rendimentos provenientes da agricultura com os de outras atividades. Atualmente, o rendimento da maioria dos agregados familiares agrícolas provém principalmente de outras atividades exteriores à exploração
Nota: A pluriatividade e o plurirrendimento faz aumentar o nível de vida da população e faz com os agricultores pratiquem uma agricultura mais amiga do ambiente uma vez que não têm o objetivo de obter uma grande produção.
Atividade pecuária
Faz parte da agricultura
Faz parte do setor I
Importante pelos produtos que fornece (carne, leite, ovos, etc.) e também pelas
matérias-primas (lã e peles – indústria de lanifícios e curtumes – leite, carne, ovos,
etc.)
Portugal é muito deficitário em termos de carne.
Regimes na criação de gado
Regime intensivo Estábulos com recurso a rações (não exclusivamente)
Regime extensivo Colocação do gado em pastagens (prados naturais ou
semeados, com fornecimento de algumas rações
Regime semi extensivo Pouco utilizado, pois visto que no regime extensivo, os
agricultores fornecem sempre algumas rações.
Principais espécies animais em Portugal
Gado ovino e caprino (ovelhas e cabras):
Pouco exigentes na alimentação
Criado em regime extensivo (nos restolhos – o que resta das culturas - e nas pastagens
naturais)
Regiões de maior criação: Trás-os-Montes; Beira Interior; Alentejo
Gado bovino (vacas, bois)
Espécie muito importante em termos económicos
A sua criação tem registado grandes progressos técnicos (inseminação artificial,
controlo sanitário, alimentação racional, seleção de espécies, etc.)
Exigente na alimentação, necessita de boas pastagens
Criado em regime intensivo, extensivo e misto
Regiões de maior criação: Açores; Entre Douro e Minho; Beira Litoral (zonas chuvosas)
Gado suíno (porcos, leitões)
Ocupa o 2º lugar na produção primária
No Norte do País ainda é alimentado à pia e destina-se ao auto consumo
Na silvicultura moderna é criado em regime intensivo com pocilgas bem equipadas,
alimentação à base de rações, cuidados sanitários e seleção de raças
Regiões de maior criação: Ribatejo e Oeste (± 50 % de produção), Beira Litoral (poderá
ser praticado no Alentejo em regime extensivo)
Avicultura (aves, frangos)
Praticada especialmente em instalações especializadas (aviários), onde a luz, a
temperatura e a humidade são controladas automaticamente e com alimentação à
base de rações.
Aparece em todo o país, perto dos aglomerados consumidores.
Regiões de maior criação/Produção: Ribatejo e Oeste e Beira Litoral
Noções
Autóctone/Endógeno Típico de uma determinada região
Problemas estruturais da agricultura portuguesa
Características da população (envelhecimento, falta de instrução e formação
profissional)
Fraco desenvolvimento tecnológico e científico
Estrutura fundiária deficiente (características da exploração)
Deficiente utilização do solo
Falta de associativismo e cooperativismo
Falta de capitais
No entanto, existem muitas potencialidades que poderão contribuir para melhorar a
sustentabilidade da agricultura portuguesa.
Pontos fracos:
Predomínio de explorações de pequena dimensão
Baixa densidade populacional e envelhecimento demográfico nos meios rurais
Mão de obra
Baixos níveis de instrução de agricultores e insuficiente nível de formação profissional
dos produtores
Baixo nível de adesão às tecnologias de informação e comunicação nas zonas rurais e
fraca capacidade de inovação e modernização
Falta de competitividade externa
Imagem dos produtos agrícolas portugueses pouco desenvolvida nos mercados
externos
Abandono dos espaços rurais
Elevada percentagem de solos com fraca aptidão agrícola.
Pontos fortes:
Condições climáticas propícias para certos produtos, em especial mediterrânicos
Existência de recursos genéticos com vocação para o mercado (variedade de produtos)
Aumento da especialização das explorações
Potencial para produzir com qualidade e diferenciação
Pluriatividade da população Agrícola nas áreas com maior diversificação do emprego, o
que ajuda a evitar o abandono
Utilização crescente de modos de produção amigos do ambiente.
Dependência Externa
A produção agrícola nacional não permite satisfazer as necessidades de consumo
interno, pelo que a balança alimentar portuguesa, continua a ser deficitária em grande parte
dos produtos, mantendo-se, assim, uma forte dependência externa.
Para além da produção agrícola ser insuficiente há outros fatores que contribuem para a
importação:
A livre circulação de mercadorias na U.E. Facilidades de transporte A agressividade do marketing A globalização da economia Aumento da exigência dos consumidores portugueses Os nossos preços são mais elevados (devido aos custos de produção elevados, mão de
obra cara, falta de inovação, etc.)Rendimento e Produtividade
2ha1ton de
trigo1ton de
trigo
+
O rendimento é de: 1ton/ha ProduçãoSups.explorada A produtividade é de: 500Kg Produçãomão-de-obra
Apesar da evolução positiva dos níveis de rendimento e de produtividade da agricultura
portuguesa, estes continuam a ser inferiores à média comunitária, o que dificulta a nossa
competitividade. Para esta situação, contribuem fatores como:
Condições meteorológicas irregulares e, muitas vezes, desfavoráveis;
Características da população agrícola: envelhecida e com baixos níveis de instrução e
de formação profissional;
Utilização ainda muito significativa de técnicas tradicionais;
Uso inadequado de adubos e pesticidas;
Predomínio de explorações de pequena dimensão;
Desajustamento frequente das culturas à aptidão dos solos;
Elevados custos de produção, incluindo custos de combustíveis e impostos superiores
aos da maioria dos países da UE;
Pesados encargos financeiros do crédito a que os agricultores têm de se sujeitar para
modernizar as suas explorações
Utilização do solo
A falta de competitividade dos produtos portugueses face aos produtos comunitários,
resulta dos baixos níveis de rendimento e de produtividade.
Os baixos níveis de rendimento e produtividade devem-se a variadíssimos fatores, de
ordem natural e de ordem estrutural.
Um fator importantíssimo é a deficiente gestão e utilização do solo arável, uma vez que se
verifica:
Desajustamento entre a área cultivada e a sua aptidão para agricultura (muitas
atividades agrícolas se desenvolvem em solos pouco aptos para a agricultura)
Que fazer para aumentar o rendimento?Utilizar fertilizantes; corrigir os solos; selecionar sementes; etc.Quer fazer para aumentar a produtividade?Substituir a mão de obra por máquinas; usar técnicas mais adequadas e modernas; etc.
Desajustamento entre características dos solos e as culturas praticadas
Sistemas de produção inadequados
Sistema extensivo e pousio absoluto (erosão dos solos)
A monocultura (empobrecimento e esgotamento de determinados nutrientes)
Excessiva mecanização (contribui para a compactação dos solos)
Utilização excessiva ou incorreta de fertilizantes químicos e pesticidas no sistema
intensivo.
Vulnerabilidade dos solos face à erosão. Elevado risco de erosão devido:
Os fogos (diminuem a capacidade de retenção de água nos solos, expondo-os à
erosão)
Características dos solos e do declive
Regime pluviométrico (muito concentrado)
Temperaturas elevadas (no verão) que levam à perda de matéria orgânica
Destruição de cobertura vegetal e mobilização dos solos (lavrar os solos torna-os
menos férteis, ou seja, há mais erosão)
A má utilização do solo tem conduzido a um problema ainda maior – uma parte
significativa do território continental, sobretudo no Interior e no Sul, apresenta uma tendência
para a desertificação. As várias áreas de floresta ardida durante os meses de verão agravem
esta tendência.
Perante problemas como a redução da qualidade dos solos e a sua incorreta utilização, o
ordenamento territorial assume um papel de grande importância, uma vez que permitirá
adequar diferentes utilizações do solo às suas aptidões naturais, impedindo que, por exemplo,
se continue a ocupar solos de grande qualidade e próprios para a agricultura com construção
urbana e industrial.
Necessidade de emparcelamento (folha à parte)
A PAC (Politica Agrícola Comum)
Em 1957 o Tratado de Roma define os objetivos da PAC que entra em vigor em 1962,
altura em que os países comunitários se apresentavam muito dependentes do estrangeiro
relativamente ao aprovisionamento de produtos agroalimentares e com grande
representatividade da agricultura no emprego e no PIB dos países fundadores (Itália, França,
Alemanha e BENELUX – Bélgica, Holanda e Luxemburgo)
Objetivos iniciais da PAC:
Aumentar a produção agrícola
Melhorar o nível de vida dos agricultores
Assegurar preços razoáveis dos produtos agrícolas junto dos consumidores
Proteger os produtos comunitários da concorrência estrangeira
A PAC assenta em 3 princípios fundamentais (pilares da PAC):
Unicidade de mercado
Criação da OCM (Organização Comum de Mercado) - Para cada um dos produtos,
conseguida através da definição de preços institucionais e de regras de concorrência, ou seja,
para cada produto é determinado um preço os proteger da concorrência estrangeira.
Preferência comunitária
Preferência comunitária (preferir produtos comunitários) – Pretende evitar a
concorrência de produtos de outros países, através do estabelecimento de um preço mínimo
para as importações e de subsídios para as exportações
Solidariedade financeira
Pressupões que os custos de funcionamento da PAC sejam suportados em comum, a
partir de um fundo comunitário, o FEOGA (Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola)
FEOGA – Orientação: Financia os programas e projetos destinados a melhorar as
estruturas agrícolas (construção de infraestruturas agrícolas,
redimensionamento das explorações, etc.)
FEOGA - Garantia: Financia as despesas de regulação dos preços e dos mercados
(apoio direto aos agricultores, despesas de armazenamento,
etc.)
Nota: Em 2006 deixa de existir a FEOGA e foram criados o FEAGA – Fundo Europeu
Agrícola de Garantia – e o FEADER – Fundo Europeu Agrícola para o
Desenvolvimento Rural.
(A OCM destinou-se a: Regular, coordenar e organizar o mercado de produtos agrícolas no
espaço da U.E.)
Todas as despesas e gastos com a aplicação da PAC são suportados pelo FEOGA, que
mais tarde foi substituído pelo FEAGA e pelo FEADER
Para a concretização dos objetivos foram implementadas medidas para a
modernização do setor ao nível das técnicas e das tecnologias para apoiar a investigação
científica, para garantir o escoamento dos produtos e os respetivos preços de mercado
Os resultados da PAC acabaram por exceder as expectativas:
A produção agrícola triplicou
Reduziram-se a superfície e a mão de obra utilizadas
Aumentaram a produtividade e o rendimento dos agricultores
Os aspetos negativos da PAC (principais problemas gerados pela aplicação da PAC:
Criação de excedentes agrícolas em quantidades impossíveis de escoar nos
mercados, gerando custos muito elevados de armazenamento.
Desajustamento entre a produção e as necessidades do mercado. A oferta
tornou-se maior do que a procura.
Peso muito elevado da PAC no orçamento comunitário, comprometendo o
desenvolvimento de outras políticas
Tensão entre os principais exportadores mundiais, devido às medidas
protecionistas à política de incentivos à exportação.
Graves problemas ambientais motivados pela intensificação das produções,
com utilização de numerosos produtos químicos.
Nota: Medidas para proteger os produtos nacionais:
Encarecer os produtos estrangeiros;
Vender os produtos nacionais a preços baixos
Subsídios atribuídos pelo Estado
Não são medidas bem aceites
Com resultado, a PAC teve de passar por diversas reformas, uma mais bem sucedidas que
outras:
1984 Criação do sistema de quotas, relativamente aos produtos excedentários
(inicialmente aplicado ao setor do leite)
1988 Alargamento das quotas a mais produtos
Criação do set-aside – retirada de 15% (posteriormente reduzidos para 5%, em
1996) da área da produção de cereais, em explorações que ultrapassavam as
92 toneladas por ano, sendo atribuído um subsídio compensatório de valor
idêntico ao que seria obtido caso as terras tivessem sido cultivadas.
Medidas para reduzir as terras cultivadas – o agricultor passa a ser pago para
não produzir.
1992 Foi levada a cabo a mais significativa reforma da PAC, tendo como principais
objetivos o reequilíbrio entre a oferta e a procura e a promoção de um maior
respeito pelo ambiente.
Em virtude dos resultados pouco satisfatórios assiste-se a uma profunda
reforma da PAC – Surge a “Nova PAC”. O principal objetivo deixa de estar
centrado no produtor para passar a centrar-se no produto. O agricultor para
além de produtor passa a ser fundamental no desenvolvimento e
ordenamento do espaço rural e da proteção do ambiente. São introduzidas as
ajudas diretas (por animal e hectare). Promoção de uma maior respeito pelo
ambiente. Para atingir estes objetivos procedeu-se à:
Diminuição dos preços agrícolas garantidos
Criação de ajudas diretas aos produtores sem ligação com as quantidades
produzidas
Definição de medidas para melhorar os sistemas de produção, de modo a
torná-los mais amigos do ambiente,
nomeadamente, o incentivo:
. Ao pousio temporário
. Às reformas antecipadas para os agricultores idosos
. A prática da agricultura biológica
. À silvicultura
. Ao desenvolvimento da pluriatividade
As medidas agroambientais surgem em 1992:Com 2 facetas
AmbientalRedução de excedentes
. À orientação para novas produções industriais ou energéticas.
A reforma de 1992 teve alguns resultados positivos. Contudo, mantiveram-se problemas de
fundo como a insuficiência na aplicação de apoios, a intensificação dos problemas ambientais
e o acentuar das diferenças de rendimento entre agricultores.
1999 Criação da “agenda 2000”, uma nova reforma com implementação para o
período 2000/2006. A agricultura é encarada nas suas múltiplas vertentes,
económica, ambiental e rural. Surgem novos desafios a que a PAC terá de
responder, entre eles, o maior alargamento da U.E. em 2004, com 10 países. As
medidas continuam a basear-se nos cortes à produção e nas compensações
por perda de rendimento. O consumidor passa a ter prioridade sobre o
produtor.
2003 Esta reforma deriva da necessidade de facilitar as negociações multilaterais do
comércio no âmbito da OMC e melhorar a resolução dos problemas
decorrentes do alargamento da U.E. a novos países (10+2 – dez em 2004 3 2
em 2007). Aprofunda as metas da agenda 2000 e reforça a política de
desenvolvimento rural (produção de produtos de qualidade, seguros do ponto
de vista alimentar, tradicionais, com denominação de origem criando
condições para uma agricultura sustentável)
As últimas reformas da PAC criaram: O pagamento único (por exploração, independente da produção, dando aos
agricultores a possibilidade de adaptarem a sua produção ao mercado) O regime de condicionalidade (conjunto de exigências ambientais, cujo não
cumprimento, por parte dos agricultores, leva ao não pagamento integral das ajudas). O pagamento e as ajudas são feitos em função da preservação do ambiente e não da produção, permitindo aos agricultores adaptar-se ao mercado.
O reforço das medidas de apoio ao desenvolvimento rural O regime de modulação (redução de ajudas (os montantes mais elevados,
correspondentes às maiores explorações eram reduzidos numa determinada percentagem) e a sua canalização para o desenvolvimento rural).
A partir de 2006 a PAC assenta em dois pilares:
1º Pilar (financiado pelo FEAGA) – de apoio à produção agrícola:
Ajudas diretas de pagamento único por exploração (área)
Outras medidas de mercado
2º Pilar (financiado pelo FEADER) – De apoio ao desenvolvimento rural.
Nota: Os fundos tendem a aumentar no segundo Pilar, em detrimento ao apoio direto (1º
pilar)
Portugal e a PAC
Portugal não ficou logo exposto à PAC, teve apoios
específicos:
O PEDAP: até 1993 (era para ser até 1995)
O PAMAF: de 1994 a 1999
Apoios à agricultura portuguesa
QCA I – até 1993 – PEDAP
QCA II – de 1994 a 1999 – PAMAF
QCA III – de 2000 a 2006 – Programa AGRO e Medida AGRIS
QREN – de 2007 a 2013 – Continua o AGRO e o AGRIS
QCA – Quadro Comunitário de Apoio
QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional
Nota: O Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural (para o período 2007-2013)
assenta em três eixos prioritários e nos projetos LEADER
Programa AGRO
Dois Grandes objetivos:
Melhorar a competitividade Agroflorestal e a sustentabilidade rural
Reforçar o potencial humano e os serviços à agricultura e áreas rurais
Objetivos específicos:
PEDAP – Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa
O PAMAF – Programa de Apoio à Modernização Agrícola Florestal
5. Gestão de recursos hídricos e emparcelamento6. Caminhos e eletrificação rurais7. Valorização do ambiente e do património rural8. Dinamização do desenvolvimento agroflorestal rural
Reforçar a competitividade económica das atividades e fileiras produtivas
agroflorestais
Incentivar a multifuncionalidade das explorações agrícolas
Promover a qualidade e a inovação da produção agroflorestal e agrocultural
Valorizar o potencial específico dos territórios
Melhorar as condições de vida e de trabalho e o rendimento agrícola
Reforçar a organização e a iniciativa das associações de agricultores
Medida AGRIS8 Ações – 8 objetivos:
1. Diversificação da pequena agricultura
2. Desenvolvimento de produtos de qualidade
3. Gestão sustentável e estabilidade ecológica das florestas
4. Serviços à agricultura
A integração da agricultura portuguesa e os resultados
A agricultura portuguesa encontrava-se económica e tecnicamente estagnada, quando
se iniciou, em 1977, o processo de adesão:
Contribuía com 17% para a formação do PIB e 30% para o emprego
A produtividade e o rendimento eram muito inferiores aos dos restantes países-
membros
O investimento era muito reduzido e as técnicas pouco evoluídas
As infraestruturas agrícolas eram insuficientes e as características das estruturas
fundiárias dificultavam o desenvolvimento do setor
Havia pouca experiência em matéria de concorrência nos mercados internos e
externos.
Benefícios da PAC
Recebeu no âmbito da PAC – PEDAP recursos financeiros cofinanciados pelo FEOGA Orientação que permitiu:
Melhorar as infraestruturas como a eletrificação e os caminhos Modernizar os sistemas de rega e drenagem
Promover a formação profissional
Fomentar o associativismo agrícola
Melhorar a conversão dos solos
Melhorar as estruturas de produção e as condições de transformação e
comercialização dos produtos. No final do segundo QCA II (1994-1999), Portugal
encontrava-se numa situação mais favorável
O número de explorações diminuiu
A dimensão média das explorações aumentou, permitindo uma maior potencialização
do solo.
Introdução de culturas industriais e valorização de culturas energéticas e das culturas
mediterrânicas
Aumento da mecanização dos campos
Benefício para os consumidores (queda de preços dos produtos agrícolas devido há
maior concorrência)
Aumento da área das pastagens e redução das terras aráveis
Especialização de culturas atendendo à aptidão dos solos
Permitiu ajudas diretas e fixas aos agricultores
O Pagamento de reformas antecipadas aos agricultores
Incentivou a reflorestação
Apoio à agricultura biológica
Desvantagens da PAC
Não beneficiou dos apoios à produção
Foi penalizado, por um excedente da produção, pelo qual não tinha sido responsável
Os preços ao produtor têm diminuído devido à concorrência dos produtos estrangeiros
Como as explorações portuguesas são de pequena dimensão, o subsídio aos
agricultores portugueses foi sempre de pequena escala (Os apoios financeiros são
atribuídos em função da produção ou da área)
Os investimentos nos projetos cofinanceiros por fundos comunitários levaram ao
endividamento dos agricultores.
As maiores desvantagens para a agricultura portuguesa são as quotas de produção de
leite e cereais
Portugal é penalizado pela produção de excedentes, mesmo quando não contribui
para eles.
Potencializar a agricultura Portuguesa
Beneficiando dos apoios comunitários
Utilizar de forma equilibrada os fundos comunitários
Reforçando a competitividade
Modernizar os meios de produção e transformação
Investir em tecnologia produtiva e nas infraestruturas: Reestruturando as explorações
(emparcelamento), melhorando a produção e a transformação (responder às
necessidades de mercado e produzir com qualidade)
Melhorando a distribuição e comercialização dos produtosO associativismo Organização dos produtores em cooperativas, associações ou por
outras formas – desempenha um papel importante que permite: Defender melhor os interesses dos produtores Aumentar a informação sobre os mercados Melhorar a promoção dos produtos Garantir a sua comercialização Aumentar a capacidade de negociação dos mercados Evitar a atuação abusiva dos intermediários Otimizar recursos e equipamentos Facilitar o acesso ao crédito e a aquisição de tecnologia Proporcionar informação sobre novas técnicas e práticas de produção e sobre a
possibilidade de aceder a projetos e programas de apoios financeiros.
Valorização os recursos humanos
Através do rejuvenescimento da população agrícola e do aumento do seu nível de instrução e
qualificação profissional.
Este rejuvenescimento dependerá da criação de condições de vida atrativas à fixação da
população jovem e de condições ora que os jovens se possam dedicar à atividade agrícola.
Reduzindo o impacte ambiental
Pois a aplicação de químicos na agricultura, o uso de pesticidas em geral, entre outros,
poderão provocar ou agravar a contaminação de solos e de águas subterrâneas e superficiais.
A diminuição do pousio, a passagem do sequeiro para o regadio, a utilização de instrumentos
mais potentes entre outros, contribui para a erosão dos solos e a diminuição da qualidade do
habitat de muitas espécies.
Fomentando práticas ecológicas
A prática da agricultura biológica* integra-se na perspetiva de produzir com qualidade,
preservando os recursos e protegendo o meio natural, ou seja de forma sustentável.
A agricultura portuguesa tem do seu lado o facto de não ter ido tão longe na intensificação
da produção e no uso de produtos químicos e maquinaria como os restantes países da UE–15.
Assim, como mantém ainda muitos métodos tradicionais, o desenvolvimento da agricultura
biológica torna-se mais fácil. Além disso, o período de transição, dentro das normas da PAC,
também não terá de ser tão longo.
*A agricultura biológica é um modo de produção que respeita os mecanismos ambientais de
controlo de pragas e doenças, na produção vegetal e na criação de animais, não necessitando
de recorrer a pesticidas sintéticos, herbicidas e fertilizantes químicos, hormonas de
crescimento, antibióticos e manipulações genéticas. Pelo contrário, a produção biológica utiliza
diferentes técnicas que contribuem para o equilíbrio do ecossistema e para reduzir a poluição.
Medidas agroambientais Proteção integrada Produção integrada Agricultura biológica Melhoramento do solo e luta contra a erosão Sistemas forrageiros extensivos Redução da lixiviação de agroquimicos para aquíferos
NoçõesForragens Base de alimentação dos animais
Transgénicos Produtos geneticamente modificados
Culturas forrageiras
Milho Capim
Sistemas arvenses de sequeiro.
Aveia Centeio Trevo Prados (semeados ou espontâneos) Luzerna Triticale cereal híbrido, resultante do cruzamento do trigo e do centeio
A multifuncionalidade do espaço rural
A multifuncionalidade implica a pluriatividade e permite o plurirrendimento.
Implica também um esforço da preservação dos valores, da cultura, do património e da mobilização e potencialização dos recursos locais/endógenos.
A viabilidade de muitas comunidades rurais passa pela diversificação da sua economia (multifuncionalidade), como por exemplo:
Turismo no espaço rural (TER) Produtos regionais Artesanato Indústria nas áreas rurais Os serviços A silvicultura A produção de energia renováveis
A diversidade das áreas rurais
As áreas rurais portuguesas apresentam alguma diversidade de características, problemas e potencialidades.
Pontos fracos
Perda e envelhecimento da população Baixo nível de qualificação dos recursos humanos Predomínio de exploração de pequena dimensão económica Falta de emprego Abandono das terras agrícolas Carência de equipamentos sociais, Culturais, recreativos e de serviços de proximidade
Potencialidades
Património histórico, arqueológico, natural e paisagístico rico e diversificado Importante valor paisagístico das culturas, como a vinha, o olival, o pomar, e de
espécies florestais como o montado e os soutos Baixos níveis de poluição e, de um modo geral, elevado grau de preservação ambiental
Tendência para a melhoria das infraestruturas coletivas e equipamentos sociais e de rede de acessibilidades
O saber fazer tradicional, que, muitas vezes valoriza os recursos naturais da região
Poderão também constituir elementos de oportunidade determinadas tendência de procura sa sociedade atua, como a:
Crescente valorização de produtos e qualidade e atividades de lazer associadas a diferentes regiões e paisagens rurais do país
Valorização das energias renováveis, que podem ser produzidas no espaço rural ou a partir de produtos de origem agroflorestal
Preocupação coma a preservação dos recursos naturais e do ambiente
Turismo no Espaço Rural (TER)
Conjunto de atividades e serviços de alojamento e animação em empreendimentos de natureza familiar, no espaço rural
O turismo e outras atividades recreativas e de lazer nas áreas rurais têm vindo a assumir uma crescente importância a nível nacional. O TER tem como objetivo principal oferecer aos turistas oportunidades de conviver com as práticas, as tradições, e os valores da sociedade rural, valorizando as particularidades das regiões no que elas têm de mais genuíno, desde a paisagem à gastronomia e aos costumes. Assim, pode constituir, uma importante fator de desenvolvimento das áreas rurais
Razões para a tendência de aumento da procura do Ter
O maior interesse pelo património, pela natureza e sua relação com a saúde A necessidade de descanso e evasão e a busca d e paz e tranquilidade A valorização da diferença e da oferta turística mais personalizadas O aumento dos tempos de lazer e no nível de instrução cultural da população A crescente mobilidade da população e a melhoria das acessibilidades
Modalidades e turismo no espaço rural
Turismo de habitação
Desenvolve-se em solares, casa apalaçadas ou em residência de reconhecido valor arquitetónico, com dimensões adequadas e mobiliário e decoração de qualidade. Caracteriza-se por um serviços de hospedagem de natureza familiar e de elevada qualidade
Turismo rural
Desenvolve-se em casa rustica particulares, com características arquitetónicas próprias do meio rural onde estão inseridas. Têm, geralmente, pequenas dimensões e mobiliário simples e são utilizadas como habitação do proprietário, o que dinamiza também a estadia dos visitantes
Agroturismo
Caracteriza-se por permitir que os hóspedes, que observem, aprendam e participem nas atividades das explorações agrícolas, em tarefas como a vindima, a apanha da fruta, a desfolhadas, a ordenha, o fabrico de mel/vinho, etc.
Casas de campo
Casas rurais e abrigos de montanha onde se presta hospedagem, independentemente do proprietário nelas residirem ou não
Turismo de aldeia
Desenvolve-se em empreendimentos que incluem, no mínimo, 5 casa particulares inseridas nem aldeias que mantêm, no seu conjunto, as características arquitetónicas e paisagísticas tradicionais da região. Esta iniciativa contribui também para melhorar as acessibilidades a aldeias, que, em muitos casos, se encontram isoladas e para a criação de emprega na restauração, nos postos de turismo, nas atividades de dinamização, no comércio local e no artesanato, o que poderá combater o despovoamento de certas áreas mais desfavorecida. Incluem-se nesta forma de turismo as “aldeias históricas”
Outras formas de turismo no espaço rural
Turismo ambiental
É cada vez mais procurado, pela aventura, pelo contato com a natureza e pela multiplicidade de atividades ao ar livre. As áreas protegidas, localizadas, na sua maioria, em áreas rurais, são espaços privilegiados para o turismo ambiental
Turismo fluvial
Valoriza a importância da água como fonte de lazer. Esta forma de turismo tem ganho cada vez adeptos, que preferem a calmia dos espelhos de água do interior ao rebuliço das praias do litoral.
Turismo gustativo e ou etnoturismo, são das formas mais antigas de turismo em áreas rurais. O primeiro cria emprego nas atividades de preservação do ambiente, nas zonas de caça turística e associativa. As termas aproveitam as características específicas das águas subterrâneas e têm sido elementos importantes na dimensão turística de muitas áreas rurais no do nosso país
A sustentabilidade do turismo
O turismo sustentável é aquele que respeita o ambiente e valoriza os recursos disponíveis sem comprometer o futuro
Desenvolver produtos de qualidade
A grande variedade de produções animais e vegetais tradicionais das regiões deve não só ser preservada, como também potencializada.
Os produtos regionais constituem uma importante via para a obtenção de rendimentos suplementares, uma vez que são obtidos através de sistemas de produção extensivos, o que lhes acrescenta qualidade.
O artesanato, também constitui uma forma de diversificar as atividades rurais e criar emprego, para além de ser um elemento representativo na identidade cultual que importante preservar
Certificação dos produtos
DOP - Denominação de Origem Protegida
IGP – Indicação geográfica protegida
ETG – Especialidade tradicional garantidas
Indústria e desenvolvimento rural
Nas áreas rurais, são frequentes as indústrias associadas a:
Produção agropecuária Conserva de frutas e vegetais, transformação do tomate, lacticínios e carne, lanifícios, vestiário, couro, etc.
Exploração florestal Serrações, carpintarias, corticeiras, mobiliário, etc.
Extração e transformação Rochas e minerais
Ao criar emprego, direta ou indiretamente, a indústria contribui para fixar e atrair população, gerando importantes efeitos multiplicadores:
Promove, a montante, o desenvolvimento de atividades produtoras de matéria-prima, nomeadamente, a agriculturas, a pecuária, a silviculturas, etc.
Desenvolve, a jusante, outras indústrias complementares e diferentes serviços Aumenta a riqueza produzida, pois o valor acrescentado às matérias-primas reverte,
pelo menos em parte, a favor das regiões onde se instala
Fatores de atração da indústria
A instalação de industrias nas áreas rurais ou em cidade de pequena e média dimensão localizadas em áreas predominantemente rurais pode ser promovida pela oferta de:
Mão de obra relativamente barata Infraestruturas e boas acessibilidades
Serviços de apoio à atividade produtiva Proximidade de mercados regionais com alguma importância Medidas de política local e central (incentivos para a instalação de empresas) – redes
de transporte e de telecomunicação, loteamentos industriais infraestruturados e a preços atrativos, facilidade de acesso ao crédito, subsídios fiscais e formação Professional dos recursos humanos
O papel dinamizador dos serviços
O incremento dos serviços é fundamental para o desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas, onde assumem um duplo papel, promovendo a melhoria da qualidade de vida e criando postos de trabalho.
A oferta de serviços de proximidade, como os que se encontram ligados ao abastecimento de água, eletricidade, telefone, saúde, apoio a idosos e jovens, e de outros mais diversificados, relacionados com a cultura, o desporto e o lazer, garantem uma melhor qualidade de vida às populações rurais e constituem um estímulo essencial à sua permanência, sendo também uma forma de cativar novos habitantes
Desenvolvimento da silvicultura
As áreas de floresta são uma parte essencial dos espaços rurais em Portugal, podendo constituir um fator fundamental do seu desenvolvimento sustentado, pelo contributo para o emprego e para o rendimento, mas também pela sua importância social e ecológica. Em Portugal, a floresta caracteriza-se por uma grande diversidade o que permite uma grande variedade de produção.
Entre as funções desempenhadas pelas áreas florestais, destacam-se:
A Função Económica, produzindo matérias-primas e frutos, gerando emprego e riqueza
A Função Social, proporcionando ar puro e espaços de lazer A Função Ambiental, contribuindo para a preservação dos solos, a conservação da
água, a regularização do ciclo hidrológico, o armazenamento do carbono e a proteção da biodiversidade.
Problemas:
Os diferentes planos e projetos de que foi alvo o setor florestal português, até agora, ainda não atingiram os objetivos previstos na promoção do seu desenvolvimento sustentado, mantendo-se problemas como:
A fragmentação da propriedade florestal, agravada pelo desconhecimento frequente dos seus limites por parte dos proprietários, dificultando a organização e impossibilitando a gestão da floresta;
Abaixa rendibilidade, devido ao ritmo lento de crescimento das espécies; O elevado risco da atividade, pelos incêndios florestais frequentes no verão;
A estes problemas acrescentam-se o despovoamento e o abandono de práticas de pastorícia e de recolha do mato para os animais, que limpavam o substrato arbustivo.
Soluções
Para que o desenvolvimento da silvicultura seja real e possa tornar-se, efetivamente, um contributo para o aumento do rendimento das populações rurais, é necessário que se tomem medidas como:
Promoção do emparcelamento, através de incentivos e da simplificação jurídica e fiscal;
Criação de instrumentos de ordenamento e gestão florestal, contrariando o abandono florestal;
Simplificação dos processos de candidatura a programas de apoio à floresta; Promoção do associativismo, da formação profissional e da investigação florestal; Diversificação das atividades nas explorações florestais e agroflorestais; Combate à vulnerabilidade a pragas e doenças; Prevenção de incêndios
o Limpeza de matos, povoamentos e desbastes;o Melhoria da rede viária e de linhas corta-fogo;o Otimização dos pontos de água;o Abertura de faixas de segurança nos locais de combustão permanente,
como lixeiras;o Aquisição e otimização de máquinas e materiais para limpeza e
desmatação;o Campanhas de sensibilização sobre práticas de bom uso do fogo;o Melhoria da coordenação dos meios de deteção e combate de fogos.
Produção de energia renováveis
A produção de energia a partir de fontes renováveis é uma das formas de valorizar os recursos disponíveis nas áreas rurais e de criar novas oportunidades de produção, com o cultivo de espécies destinadas à produção de energia. É um setor para o qual existem boas condições em Portugal e que pode contribuir para a criação de emprego e riqueza nas áreas
rurais, respondendo também às preocupações e metas da política energética nacional e comunitária
Estratégias de desenvolvimento rural
O desenvolvimento rural tem vindo a ser alvo de crescente preocupação das políticas de desenvolvimento regional. Desde a Agenda 2000, têm vindo a ser aprofundadas medidas de apoio ao desenvolvimento rural, o qual foi consagrado como segundo pilar da PAC. Entre essas medidas financiadas pelo FEOGA, no âmbito do QCA e do Programa Agro, contam-se:
As medidas agroambientais, que incentivam os métodos de produção agrícola que visam a proteção ambiental;
As indemnizações compensatórias para as zonas desfavorecidas, que contribuem param a manutenção de uma agricultura sustentável do ponto de vista ambiental;
Os apoios à silvicultura, para a sua gestão sustentável; A iniciativa comunitária LEADER.
Nos espaços de baixa densidade, geralmente existe menor qualidade de vida, devido à menor acessibilidade e à reduzida oferta de bens e serviços. Assim, as políticas de desenvolvimento local deveriam assentar num princípio de maior igualdade na distribuição dos bens e serviços.
Iniciativa LEADER
É uma iniciativa comunitária que visa incentivar a aplicação estratégias originais e integradas de desenvolvimento sustentável, através da valorização do património natural e cultural, do reforço do ambiente económico, no sentido de contribuir para a criação de postos de trabalho e da melhora da capacidade organizacional das respetivas comunidades
Pela sua importância no apoio comunitário ao desenvolvimento rural, salienta-se a iniciativa LEADER – Ligação Entre Ações de Desenvolvimento da Economia Rural – que incentiva projetos piloto de desenvolvimento rural integrado. No QCA III (2000-2006) passou a designar-se LEADER +, continuando a abranger os mesmos territórios no perido de 2007-2013, mas com a evolução a nível dos projetos de desenvolvimento.
O LEADER + desenvolve-se a partir dos Grupos de Ação Local (GAL), em parceria com o setor privado, que, refletindo sobre as potencialidades endógenas, se candidatam à iniciativa e se encarregam de elaborar e aplicar uma estratégia de desenvolvimento para a área rural que representam, através de Planos de Desenvolvimento Local (PDL)
As Comunidades locais é que representam as suas próprias estratégias de desenvolvimento e os grupos de ação local é que representam os projetos.
A Política de Desenvolvimento Rural definida para 2007-2013 continua a valorizar a sustentabilidade das áreas rurais, promovendo a sai competitividade e a melhoria do ambiente e da qualidade de vida
A finalidade da Estratégia nacional para a agricultura e o desenvolvimento rural consiste em promover a competitividade do setor florestal e dos territórios rurais de forma sustentável, Para isso, foram definidos 3 eixos fundamentais, expressos nos objetivos Estratégicos, complementados com os 2 desígnios nacionais, definidos como Objetivos Transversais
Objetivos Estratégicos
Aumentar a competitividade dos setores agrícola e florestal (desenvolver a silvicultura) Promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais. Melhorar o
ambiente (ajuda às medidas agroambientais) Revitalizar económica e socialmente as zonas rurais. Melhorar a qualidade de vida.
Objetivos Transversais
Reforçar a coesão territorial e social. Promover a eficácia da intervenção dos agentes públicos, privados e associativos na
gestão sectorial e territorial.
Um quarto eixo, denominado «eixo LEADER», baseado na experiência adquirida com as iniciativas comunitárias LEADER, introduz a possibilidade de abordagens locais do desenvolvimento rural.
Espaço Rural
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas de cultivo, prevalecendo por isso atividades do setor I
Espaço Urbano
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas residenciais e por atividades dos setores II e, sobretudo terciário, nas quais se ocupa a grande maioria da população ativa
AsáreasUrbanas:Dinâmicas internas
Características do Espaço rural e do espaço urbano
Noções
Cidade Aglomerado populacional de certa importância onde as pessoas se ocupam essencialmente na indústria, no comércio e nos serviços
Centro urbano Engloba todas as sedes de distrito com mais de 5 mil habitantes
Critérios de definição de cidade
Critério Demográfico
Espaço Rural
Campos agrícolas (hortas, silvicultura, etc.)
Maior concentração
Atividades do setor I
A população tem diminuído à exceção daqueles que se localizam perto das cidades
Deslocam-se dentro do próprio espaço (bicicleta, etc.). Há também os transportes pendulares – deslocam-se das áreas de residência (espaço rural) para o local de trabalho (espaço urbano)
Menores acessibilidades
Calmo, monótono, sem stress, maior convívio entre as pessoas.
Espaço Urbano
Construção de vias rápidas
Menor concentração
Atividades do setor III
A população tem diminuído a um ritmo acelerado
Deslocam-se dentro da própria cidade (transportes públicos e/ou privados, etc.).
Mais e melhores acessibilidades
Mais agitado, logo mais stressado, menor convívio entre os cidadãos
OCUPAÇÃO DO SOLO
POPULAÇÃO
ATIVIDADES DOMINANTES
DINAMISMO
ACESSIBILIDADES
ESTILO DE VIDA
O critério demográfico valoriza o número de habitantes e/ou a densidade populacional, definindo um limiar mínimo, a partir do qual as aglomerações populacionais são consideradas cidades.
Este critério levanta alguns problemas, uma vez que existem aglomerados suburbanos com um elevado número de habitantes e forte densidade populacional que funcionam, principalmente, como dormitórios em relação a uma cidade próxima, sem deterem uma função relevante além da residencial
Critério Funcional
O critério funcional tem em conta a influência exercida pela cidade sobre as áreas envolventes e o tipo de atividades a que a população se dedica, que devem ser maioritariamente dos setores II e III. Muitas das cidades apesar de terem um número de habitantes relativamente reduzido, desempenham funções importantes e estabelecem relações de interdependência com a sua área envolvente.
Critério Jurídico
O critério jurídico-administrativo aplica-se às cidades definidas por decisão legislativa. São exemplos as capitais de distrito e as cidades criadas por vontade régia, como forma de incentivar o povoamento, de recompensar serviços prestados ou de garantir a defesa de regiões de fronteira ( o rei decide que determinada localidade deveria ser cidade)
Atualmente, em Portugal, são a Assembleia da República e as Assembleias Regionais dos Açores e da Madeira que legislam sobre a categoria das povoações, conjugando os critérios demográfico, funcional e jurídico-administrativo. A atual lei admite uma ponderação diferente em casos que, por razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica, possam justificar a elevação de uma vila a cidade
Atualmente torna-se difícil delimitar uma cidade devido:
Desenvolvimento das vidas de comunicação que permitem uma grande flexibilidade na implementação das atividades económicas e na fixação de residência levando a cabo a difusão das áreas residenciais e das atividade tradicionalmente urbanas.
Elevação de Vila a Cidade
Muitas áreas portuguesas foram noutros tempos elevadas à categoria de cidade pelo Rei como recompensa ao senhor donatário local ou perante um feito histórico relevante. Noutros casos resultou do agradecimento a povo pelos seus serviços na guerra. Outras
surgiram com o objetivo de assegurar a defesa de áreas do país próximas da fronteira, outras por reconhecimento da sua função de religiosa.
Estas elevações tinham um significado mais simbólico do que geográfico ou funcional. Nenhuma destas desapareceu, embora nem todas se tenham mantido dinâmicas e dinamizadoras. Algumas entraram mesmo em declínio.
Uma vila só é elevada à categoria de cidade se tiver mais de 8 mil habitantes e pelo menos metade destes serviços:
Instalações hospitalares Farmácias Bombeiros Bibliotecas/museus
Nota Importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica, poderão justificar uma ponderação diferente nos requisitos enunciados.
Portugal mais urbano
Em Portugal, tem-se assistido à concentração da população e das atividades nas áreas urbanas.
Este ritmo de crescimento traduz-se no comportamento crescente da taxa de urbanização
TU=População urbanapopulação total x 100Nas últimas décadas, deu-se um crescimento generalizado da população em
praticamente todos os centros urbanos de Portugal Continental, mas foi particularmente acentuado em torno das duas maiores cidades do País, Lisboa e Porto, onde o processo de urbanização envolveu ainda o crescimento da área urbana.
A diferenciação funcional
Um dos fatores que condiciona a organização das áreas funcionais é a renda locativa. A renda locativa é influenciada pelas acessibilidades e pela distância ao centro. De um modo geral, o custo do solo diminui à medida que nos afastamos do centro da cidade, que é a área de maior acessibilidade, de maior concentração de funções e, consequentemente, mais cara. Deste modo, situa-se no centro as funções que conseguem retirar mais vantagem desta proximidade e, simultaneamente podem pagar rendas mais elevadas.
No centro da cidade assiste-se a uma especulação fundiária
Estabelecimento de ensino preparatório e secundário
Parques e jardins públicos Transportes públicos, urbanos e suburbanos
A variação da renda locativa com a distância ao centro nem sempre é uniforme. Por vezes surtem áreas da periferia que, pela sua aptidão para determinadas funções, apresentam um custo do solo elevado. Nas áreas melhores servida de transportes e vias de comunicação, o custo do solo é também mais elevado e a acessibilidade determina em boa parte a renda locativa. Essas áreas favorecem a localização funcional, sendo por isso mais procuradas.
Funções da cidade
Função residencial Função industrial Áreas funcionais - Áreas onde domina determinadas funções Função comercial
Nota O facto de uma cidade ser conhecida por determinada função, não significa que não existem outras para além dessa.
CONCLUSÃO
O preço do solo é influenciado por:
Distância do centro Acessibilidades Vias de comunicação e transporte Serviços (hipermercados, cetros comerciais; tribunais etc.) Condições ambientais (relevo, poluição, zonas verdes, etc.) Planos de urbanização - As atividades projetadas para uma determinada área
condiciona o custo do solo, sendo os terrenos mais caros ocupados por atividades do setor III e os mais baratos pela industria.
Noções
Renda locativa Custo do solo urbano
Especulação fundiária O solo é vendido a um preço superior ao que efetivamente vale, por haver muita procura e pouca oferta
Centro da cidade
Em todas as cidades é possível identificar uma área central. NO entanto nas de mais dimensão, atribui-se geralmente, a designação de CBD à área mais central que geralmente é a área mais importante da cidade, tratando-se uma de uma área bastante atrativa para os vistores e assim oferece postos de trabalho.
Características do CBD
Área mais central Zona mais procurada
Grande concentração de atividade do setor III, onde dominam as funções:o Comercial – Vai desde o comércio especializados e de bens raros (confeção de
alta costura, etc.) ao comércio mais banal que se destina a servir as pessoas que aí trabalham
o Serviços Associadas ao governo e à administração pública Relacionados com a vida social De apoio às empresas Animação lúdica e cultural de qualidade Hotéis e restauração, desde restaurantes de luxo aos mais banais
Falta de espaço Concentração de população flutuante (+dia / - noite) Tráfego intenso Elevada renda locativa
Nota nestas áreas residem maioritariamente idosos e ainda os jovens bem-sucedidos (yuppies)
Nestas áreas assiste-se aos fenómenos de:
Segregação funcional Exclusão de determinadas atividades económicas do interior da cidade, especialmente devido ao preço do solo.
Apesar de no centro da cidade a renda locativa ser elevada, podem existir áreas afastadas do centro com o preço do solo igualmente elevado, devido a:
Presença de uma centro-comercial, hipermercados, etc. Existência de uma repartição pública (tribunais, etc.) Convergência d vias de comunicação Boas condições ambientais
Nota Estas instalações dirigem-se para estas áreas pois são mais espaçosas.
Diferenciação espacial das atividades terciárias no CBD
No CBD, apesar de uma grande variedade de atividades, existe uma tendência espacial, quer em altura quer no que respeita às ruas. De um modo geral:
Atividades menos nobres ou que não tenham um contacto direto com o público localizam-se nos andares mais altos (mais baratos) e em ruas secundárias
Atividades de maior prestígio, e que tenham um contacto direto com o público ocupam o piso térreo (mais caro) e localizam-se em ruas secundárias
Zoneamento vertical
Zoneamento horizontal
A diferenciação espacial é evidenciada pela existência de áreas especializadas. Em muitas cidades é possível distinguir o centro financeiro, do comercial e do lazer
Noções
Toponímia Nome das ruas
Evolução do CBD
1ª Fase
Áreas de múltiplas funções
o Comercioo Industriao Serviços/administraçãoo Habitação
2ª Fase
Desenvolvimento económico → O CBD perde a função industrial e parte da função residencial
3ª Fase
Especialização funcional do CBD
Deslocalização/descentralização e aparecimento de novas centralidades (com atividades terciárias)
Mais espaço noutras áreas Boas acessibilidades (vias de comunicação e transportes) noutras áreas Especulação fundiária no CBD Degradação das infraestruturas no centro
Noções
Descentralização das atividades Saída das empresas do centro da cidade para outras áreas espaçosas e bem servida de vias de comunicação e transportes
As novas áreas terciárias correspondem:
Aos novos centros de escritório (parques de escritórios) Aos parques tecnológicos Às grandes superfícies comerciais
Nota Estas localizam-se perto de nós de autoestrada facilitando as acessibilidades.
Porquê?
Novas formas de comércio
Nas ultimas décadas têm surgido novas formas de comércio, associadas a estabelecimentos de grande dimensão, como centros comerciais, super e hipermercados e grandes superfícies especializadas. Estas funcionam, geralmente, em regime de livre-serviço (de forma a obter produtos a um menor preço), sendo possível encontrar todo o tipo de produtos
O sucesso de qualquer destas novas formas de comércio está aliado:
À facilidade de estacionamento Acessibilidade Aumento da taxa de emprego feminino Maior mobilidade Aumento do nível de vida das famílias.
Apesar de tudo isto a deslocalização para a periferia traz inconvenientes:
Despesas acrescidas nos combustíveis ou transportes Congestionamento do trânsito
Atualmente o centro da cidade tem vindo a perde população pelo que durante a noite a cidade encontra-se deserta.
Estagnação/Revitalização do CBD
Perante as alterações provocadas pela dinâmica funcional do CBD e pelo aparecimento de novas centralidades, os centros das cidades podem perder parte da sua influência e da sua capacidade de atrair população.
Devido a esta tendência, as políticas urbanísticas têm procurado promover o centro das cidades, implementando medidas como:
A organização do trânsito, a criação de espaços de estacionamento, o aumento da qualidade e eficácia dos transportes públicos;
O encerramento ao trânsito de determinadas ruas ou áreas, permitindo circular mais à vontade, usufruir de uma esplanada ou, simplesmente, apreciar a animação lúdica e cultural que surge nestes espaços;
A implementação de programas e iniciativas que incentivam e dão apoio financeiro a projetos de revitalização urbana.
Maior rigor em relação às infraestruturas/edifícios degradados
Áreas residenciais
A função residencial desempenha um papel importante nas cidades, distinguindo-se áreas com características próprias, cuja localização está diretamente relacionada com o custo do solo e, por isso, reflete as características sociais da população que nelas habita.
Pode mesmo dizer-se que existe uma segregação espacial
Noções
Segregação espacial Saída da população da cidade para a periferia em resultado do preço do solo e/ou pela procura de um ambiente de tranquilidade
Solos expectantes Terrenos não ocupados pelos proprietários (particulares ou estado), que geralmente se destinam à ocupação urbana
Áreas residenciais das classes mais favorecidas
Zonamento o Zonas bem planeadoso Zonas de maior acessibilidadeo Zonas de melhor vista/paisagemo Zonas de melhor ambienteo Zonas providas de bons serviços (escolas, hospitais, etc.)
Construção o Vivendas unifamiliares – moradiaso Condomínios fechados de luxo
Zona da cidade
Providas de equipamentos e serviços: garagem, condutas de lixo, porteiro, piscinas, etc.
o Localizam-se na periferia das cidades (nos melhores sítios) – afastado de indústrias
Áreas residenciais das classes médias
Zonamento o Áreas mais ou menos aprazíveiso Ocupam maior parte do espaço urbano
Construção o Construção menos sofisticadas relativamente à classe altao Uniformidade dos blocos de apartamento
Habitantes o Jovens, verificando-se uma tendência generalizada para a aquisição de casa
própria.
Áreas residenciais das classes médias
Zonamento o Acessibilidades deficitáriaso Má localização geográficao Mau ambiente
Construção o Bairros da lata na periferia, onde o preço do solo é baixo
Habitantes o População muito pobre
Construção clandestina
Zonas afastadas das estradas, geralmente iniciadas com a construção de uma casa, atraindo sucessivamente outras. Aqui são construídas “pequenas estradas” de acesso a estes locais.
Características:
Sem saneamento Sem água canalizadas Luz obtida de forma clandestina
Nota Nalguns casos estes locais acabam por seres legalizados e assim construído saneamento básico, etc.
No nosso País, praticamente todas as autarquias têm apostado na erradicação deste tipo de habitação, construindo bairros de habitação social para realojamento da população, com a preocupação de garantir não só uma habitação digna aos seus habitantes, mas também a sua integração social.
Os bairros de habitação social são construídos pelo Estado ou pelas autarquias, para alojar população de fracos recursos e sem condições de pagar rendas elevadas. Os edifícios são idênticos, com apartamentos grandes, de modo a albergarem o maior número possível de famílias.
Atualmente, existe a preocupação de garantir uma certa qualidade da habitação e do ambiente destes bairros, de modo a promover socialmente os seus habitantes.
Para isso, incluem-se, nesses novos bairros, serviços de assistência social e de segurança, normalmente com a presença de uma esquadra de polícia, além de infantários e ateliers de ocupação de tempos livres para os mais jovens.
Vantagens da construção de bairros sociais
Erradicação dos bairros da lata e/ou habitações precárias Criação de instalações condignas para as populações de menores recursos Diminuição dos problemas sociais como a insegurança, a exclusão social, a
criminalidade, a prostituição, etc.
Áreas industriais
Na revolução industrial, as indústrias instalaram-se na cidade.
Fatores atrativos
Mão de obra Capital (bancos) Marcador consumidor
As grandes matérias-primas nesta época eram o ferro e o carvão pelo que as indústrias instalavam-se perto das minhas de carvão e ferro. Muitas cidades cresceram devido à industrialização
As cidades eram uma mistura de várias funções (residencial e industrial), favorecendo as deslocalizações mas prejudicando a saúde da população devido à emanação e inalação de fumos.
A certa altura as indústrias abandonaram a cidade devido a:
Falta de espaço, mesmo havendo espaço a renda locativa era elevada Congestionamento do trânsito e falta de estacionamento Tanto a matéria-prima como o produto acabado eram transportados por camiões o
que dificultava ainda mais o trânsito Desenvolvimento dos transportes e das vidas de comunicação Segmentação do processo produtivo, que permite manter na cidade apenas a parte
administrativa.
Nota Os espaço que outrora eram ocupados pelas indústrias são agora ocupados, essencialmente pelo comércio.
No entanto algumas indústrias mantiveram-se no centro da cidade. Quais?
Oficinas Industria panificadora Costureiras/alfaiates Joalharia/ourivesaria Reparações (sapateiros, eletrodomésticos, etc.)
Criação de zonas industriais
A criação de zonas industriais é efetuada pelas câmaras municipais que:
Arranjam os espaços (sendo os espaços da câmara, os custos serão efetivamente menores)
Constroem/reabilitam as infraestruturas
(Des)Economias de Escala
Agregação das indústrias de forma a obter vantagens para todos os agregados facilitando os consumos de matérias-primas (mais empresas conseguem obter melhores preços junto dos produtores), transporte, etc. levando a produção a aumentar.
Entra-se em deseconomias de escala quando uma séria de fatores, resultantes do crescimento exponencial das cidades, vão encarecer o processo de distribuição encarecendo os produtos finais
As empresas podem ser diferenciadas quanto:
Tecnologia utilizadao Indústrias tradicionaiso Indústrias modernas
Exigência das empresas
Estas indústrias ocupam pouco espaço e são pouco poluidoras
Nota As autoestradas constituem um fator atrativo para a construção de zonas industriais
Tipo de produtoo Bens de consumoo Bens de equipamento
Destino dos produtos
A expansão das cidades e da s áreas urbanas
O crescimento das cidades está fundamentalmente relacionado com o aumento demográfico, mas liga-se também, com o seu próprio dinamismo funcional interno que provoca a alteração dos padrões locativos das diferentes funções.
Numa primeira fase, as cidades funcionaram como pólos de atracão da população rural, verificando-se uma tendência para a concentração da população e das atividades económicas, nos centros urbanos – FASE CENTRÍPETA
Numa fase posterior, os preços do solo urbano, fortemente disputado pelas atividades terciárias de nível mais alto, contribuíram para deslocar as populações, as indústrias e algumas funções terciárias mais exigentes em espaço. Dá-se, assim, um movimento de desconcentração urbana e descentralização das atividades económicas em direção às áreas periféricas - FASE CENTRIFUGA – fazendo aumentar o tecido urbano envolvente.
A expansão urbana resulta ainda de outros fatores :
A dinâmica da construção civil, tanto no que toca ao parque habitacional, como à edificação de espaços destinados a atividades e económicas (criação de parques tecnológicos; parques de escritório; criação de grandes áreas habitacionais; etc.);
O desenvolvimento das próprias atividades económicas, que conduz à necessidade de expandir e modernizar as empresas, e como tal, à procura de novos espaços de localização;
O desenvolvimento dos transportes e das infraestruturas viárias, que aumenta a acessibilidade e diminui os tempos e os custos das deslocações;
O aumento da taxa de motorização das famílias, que permite deslocações mais longínquas;
O aumento do preço do solo no solo da cidade; A degradação do ambiente urbano.
Suburbanização
A suburbanização é o processo de crescimento da cidade para a periferia.
Numa fase inicial, os subúrbios cresceram de forma não planeada, essencialmente, ao longo das principais vias de comunicação e em torno dos núcleos periféricos, onde era maior a acessibilidades à cidade e onde as habitações eram mais baratas
O rápido crescimento destas áreas, sobretudo em torno das maiores cidades, foi ainda marcado pelo predomínio de edifício plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana
Antigamente, as áreas suburbanas eram ocupadas apenas com bairros sociais e apresentavam uma completa dependência da cidade, devido às atividades económicas.
Atualmente, as áreas suburbanas não são só ocupadas pela população, mas também por atividades económicas, nomeadamente o comércio e serviços, o que faz com que estas áreas não fiquem a depender tanto da cidade. Assim as áreas suburbanas ganharam vida própria, oferecendo funções cada vez mais diversificadas.
Agora há uma relação de complementaridade/Interdependência, que cresce à medida que a dependência face à grande cidade diminui.
Inicialmente os subúrbios eram um aglomerado de população que apenas lá (nos subúrbios) ia dormir, mas gradualmente foram chegando as atividades económicas e os aglomerados populacionais aumentaram e por essa mesma razão as áreas suburbanas passavam á categoria de cidade, ou seja, havia um maior dinamismo demográfico e económico que permitia a elevação a cidade.
Periurbanização e rurbanização
O processo de expansão urbana dá origem ao aparecimento de áreas periurbanas – áreas para lá da coroa suburbana onde o espaço rural começa a ser ocupado, de forma descontínua, por funções urbanas: indústria, comércio e alguns serviços, designadamente de armazenagem e distribuição, que induzem o alargamento da função residencial. Origina também o movimento de pessoas e empregos das grandes cidades para pequenas povoações e áreas localizadas fora dos limites da cidade e/ou para pequenas cidades e vilas situadas a maior distância, num processo designado por rurbanização.
A melhoria da acessibilidade associada à expansão da rede viária facilita estes processos, que se caracterizam também pela localização difusa da função residencial e das atividades económicas e provocam o aumento dos movimentos pendulares.
Impactes negativos da expansão urbana
A suburbanização, periurbanização e rurbanização têm alguns impactes sociais, ambientais e territoriais:
Intensificação dos movimentos pendulares, que são cada vez mais complexos, pois as deslocações fazem-se não só em direção à grande cidade, mas também entre as diferentes áreas que a envolvem;
Grande pressão sobre os sistemas de transportes urbanos , que nem sempre consegue dar resposta às necessidades da população;
Aumento do consumo de combustível e da poluição atmosférica; Aumento das despesas, da fadiga e do stress associados às deslocações quotidianas da
população ativa; Desordenamento do espaço , resultante da urbanização não planeada e da existência
de bairros de habitação precária; Falta de equipamentos coletivos e fraca oferta de serviços , em muitos aglomerados
populacionais; Aumento das despesas com a instalação de redes de abastecimento de água
eletricidade e saneamento, devido à dispersão do povoamento nas áreas periurbanas; Ocupação de solos agrícola e florestais , o que leva à decadência da atividade agrícola
(nalguns casos estudam-se os solos e os considerados “bons” são protegidos. Contudo, noutros casos isto não acontece e portanto os solos bons, isto é, férteis, são ocupados por habitações.
As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto
Em Portugal, o processo de suburbanização, ocorreu sobretudo no litoral, tendo sido particularmente importante em torno das cidades de Lisboa e Porto
A expansão suburbana de Lisboa e Porto envolveu algumas cidades próximas e um grande número de aglomerados populacionais, que se desenvolveram, criando dinamismo demográfico e económico e ascendendo, alguns deles, à categoria de cidade.
As relações que se estabeleceu nestas extensas áreas urbanizadas exigem decisões conjuntas dos centros dos concelhos que nelas se localizam, nomeadamente para a prevenção e resolução de problemas que ultrapassam as fronteiras municipais. Deste modo, em 1991, foram instituídas as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto com espaços especializados, integrando os municípios correspondentes.
A criação das áreas metropolitas não foi acompanhado da regulamentação das respetiva competências, que só aconteceu em 2003 com a lei Quadro da área metropolitana. Neta lei admitia-se a constituição de grandes áreas metropolitanas (GAM) e de comunidades urbanas (Comurb), tendo como requisitos a continuidades territorial dos concelhos integrantes e a obrigatoriedade de serem constituídas, no mínimo, por 9 municípios com 350 mil habitantes para as GAM e 3 municípios com pelo menos 15 mil habitantes para as Comurb.
Objeto e atribuições das áreas metropolitanaS
Artigo 1º
Objeto
2 – De acordo com o âmbito territorial e demográfico, as áreas metropolitanas podem ser de dois tipos:
a) Grandes áreas metropolitanas (GAM)
b) Comunidades urbanas (ComUrb) Artigo 6º
Atribuições
As áreas metropolitanas são criadas para a prossecução dos seguintes fins públicos:
a) Articulação dos investimentos municipais de investimento supramunicipal;b) Coordenação de atuações entre os municípios e os serviços da administração
central nas seguintes áreas:
Infraestruturas de saneamento básico e de abastecimento público; Saúde; Educação; Ambiente, conservação da Natureza e recursos naturais; Segurança e proteção civil; Acessibilidades e transportes; Equipamentos de utilização coletiva; Apoio ao turismo e à cultura; Apoios ao desporto, à juventude e às atividades de lazer; Planeamento etc.
Nas duas áreas metropolitanas desenvolvem-se intensas relações de complementaridade que aumentam o dinamismo e a competitividade dessas áreas como um todo. Tende assim a passar-se de uma estrutura monocêntrica (centrada na grande cidade) e radiocêntrica, do ponto de vista da rede viária, para uma estrutura policêntrica em que os diferentes centros urbanos se complementam
Fatores da criação das áreas metropolitanas
Crescimento populacional Transformações na base produtiva da cidade. Emergência de novos problemas sociais.
As áreas metropolitanas tem vindo a ganhar população e por isso o peso económico destas áreas no país é bastante significativo
A área metropolitana de Lisboa tem como fator para a perde de população:
Degradação ambiental Falta de espaço
O que não acontece no Porto, sobretudo a parte ambiental.
NoçõesConcelhos atrativos Tem vindo a ganhar população
Concelhos repulsivos Tem vindo a perder população
No entanto tem verificado uma forte terciarização
Dinamismo demográfico
O dinamismo demográfico das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidencia-se pela elevada concentração populacional e pelo aumento de população que se acentuou nas últimas décadas, embora com algumas diferenças entre municípios.
A perda demográfica foi mais acentuada nos municípios centrais, enquanto o maior crescimento se verifica em concelhos onde há:
Melhoria das acessibilidades Disponibilidade de espaço para construção
As áreas metropolitanas caracterizam-se por uma população mais jovem e, de um modo geral, mais instruída e qualificada, o que representa um ponto forte que as torna mais competitivas em domínios como a inovação cultural e tecnológica e a economia.
Dinamismo económico
As duas áreas metropolitanas apresentam vantagens do ponto de vista físico (localização no litoral, amenidade do clima, relevo pouco acidentado, sobretudo a AML, acessibilidade natural, etc.) e demográfico, bem como no que respeita às estruturas produtivas, o que faz delas pólos dinamizadores da economia.
O setor de atividade económico predominante nas áreas metropolitanas é o setor terciário.
No conjunto, estas duas áreas fornecem mais 40% do emprego, auferindo os trabalhadores ganhos superiores à média nacional.
A bipolarização da concentração das atividades económicas demonstra a grande importância das duas áreas metropolitanas no tecido económico do país.
Tem permitido o acréscimo populacional, refletindo a importância dos processos de suburbanização e periurbanização.
A área metropolitana de Lisboa concentra uma parte significativa dos recursos da estrutura económica do País, que se exprimem na proporção de emprego, na produtividade, na geração de valor acrescentado, na capacidade de atrair investimento estrangeiro, etc.
No conjunto, estas áreas continuam a ter ganho, ou seja, o peso da população e das atividades tornam estas áreas muito importantes a nível nacional
Noções
Índice de Dependência de Jovens Número de dependência de jovens por cada 100 ativos
Índice de envelhecimento Número de pessoas idosas (65 e mais anos) por cada 100 jovens (0-14 anos)
A indústria nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto
O dinamismo económico das áreas metropolitanas deve-se, em parte, à atividade industrial que, nestas duas grandes aglomerações urbanas, beneficia de algumas vantagens:
A complementaridade entre diferentes ramos industria; A existência de infraestruturas e serviços diversos; A disponibilidade de mão de obra, tanto pouco qualificada como especializada; A acessibilidade aos mercados nacional e internacional.
Quando se comparam as duas áreas metropolitanas, encontram-se, porém, algumas diferenças nas características da atividade industrial
Características da AML
Maior proporção de emprego na indústria de média e alta tecnologia; Grande vocação exportadora; Maior número de sedes de indústria transformadora; Maior proporção de indústrias de bens de equipamento; Maior número de negócios na indústria transformadora; Maior capacidade de gerar valor acrescentado Indústrias mais intensivas em capital; Níveis de produtividade mais elevados; Grande importância da indústria alimentar, bebidas, tabaco e químicos; Maior diversidade do tecido industrial.
Características da AMP
Indústrias mais intensivas em trabalho; Grande vocação exportadora;
Forte especialização regional nas indústrias têxtil e de calçado.
Estas diferenças entre as características das áreas metropolitanas são causadas pelo facto da localização das matérias, pelas melhores acessibilidades e pelo facto de Lisboa ser a capital e a área metropolitana mais importante.
A atividade industrial nas duas áreas metropolitanas tem vindo a perder alguma importância devido ao processo de terciarização da economia que, naturalmente, é mais rápido nestas duas áreas do nosso País, devido ao seu maior desenvolvimento e à tendência de reorganização espacial das funções nas áreas urbanas. O processo de terciarização é mais evidente em Lisboa.
Principais pontos fracos e fortes da AMP e da AML
AML AML
Principais Pontos Fracos
- Forte exposição da estrutura económica à concorrência internacional pelo predomínio de atividades de baixa intensidade tecnológica e competitividade baseada na mão de obra abundante;
- Carência de serviços especializados de apoio às empresas face ao peso económico e industrial da região;
- Problemas ambientais resultantes da forte pressão imobiliária/turística na ocupação do solo em áreas de grande valia ambiental e agrícola.- Problemas de mobilidade, congestionamento e poluição, resultantes da forte utilização do automóvel privado.
- Presença de bairros problemáticos associada
- Problemas ambientais resultantes de deficiências nos domínios do abastecimento de água e tratamento de efluentes.- Problemas de mobilidade no centro do Porto e nos principais acessos à cidade.- Degradação física e exclusão social nos centros históricos.
à crescente segregação espacial resultante da diversidade social e étnica.
- Abandono dos centros históricos, sobretudo no núcleo central.
- Alguma debilidade na afirmação internacional.
Principais Pontos fortes
- Grande dinâmica demográfica com uma estrutura etária jovem;- Forte dinamismo industrial;
- Afirmação e inserção num espaço de cooperação e interdependência com a Galiza;
- Rede densa de instituições de ensino superior e de infraestruturas tecnológicas capazes de suportar o desenvolvimento de atividades mais intensivas em conhecimento;
- Valioso património cultural com marcas de prestígio (Porto património mundial, vinho do Porto, Douro);- Boa acessibilidade às rotas internacionais.
- Presença de setores económicos que apresentam um potencial competitivo internacional e/ou vocação exportadora.
- Concentração de infraestruturas de conhecimento e de recursos humanos qualificados.- Condições naturais favoráveis à atração internacional de atividades, eventos e movimentos turísticos.
- Integra as principais infraestruturas de transportes e de comunicações de articulação internacional.- Património cultural valioso.
- Boa acessibilidade às rotas internacionais.
Dinâmica da indústria transformadora e especialização regional no resto do País
Em Portugal, a distribuição espacial da indústria transformadora apresenta fortes contrastes
As desigualdades na localização industrial evidenciam-se, sobretudo, pelo forte contraste entre o Litoral e o Interior e pela grande concentração em torno das duas áreas metropolitanas.
Em Lisboa, o volume de negócios é superior, devido às características do tecido industrial das diversas regiões.
São as indústrias mais intensivas em tecnologia e menos em mão de obra, aquelas que produzem maior volume de negócios, e que se concentram na Grande Lisboa e na Península de Setúbal.
Para além da concentração, a indústria transformadora caracteriza-se também por alguma especialização, em Portugal Continental. As indústrias têxteis, de vestuário e calçado
evidenciam uma maior especialização regional, estando fortemente concentradas no Noroeste, em torno da AMP.
Os contrastes na distribuição da indústria induzem desigualdades na repartição espacial de outros ramos de atividade que se lhes associam, contribuindo para o aumento das assimetrias de desenvolvimento. Daí a importância de se implementarem estratégias de descentralização da indústria, como são:
A discriminação positiva de regiões menos favorecidas, onde se oferecem benefícios de incentivo à instalação da indústria;
O desenvolvimento das acessibilidades, que permitam o aumento da liberdade locativa das empresas.
Nota Nas periferias ainda são visíveis atividades do setor terciário
Problemas Urbanos
Condições de vida Embora ofereçam condições de vida vantajosas para a população, de um modo geral, a
maioria das cidades concentra também alguns problemas. Em muitos casos, resultam do seu crescimento excessivo e, por vezes, mal planeado, que impede o ajustamento entre as infraestruturas urbanas e as necessidades da população, colocando problemas de sustentabilidade e reduzindo a qualidade de vida.
Saturação das infraestruturas O crescimento da população conduz, a uma saturação do espaço e à incapacidade de resposta das infraestrutras tanto físicas como sociais
Físicas
Redes de distribuição de água e energia o Distribuição insuficiente de água e energia em alguns pontos das cidades,
nomeadament nos bairros clandestinos Saneamento
o Falta de saneamento básico em nalguns pontos das cidades, principalmente nos bairros clandestinos
o Dificuldade no escoamento das águas das chuvas Transportes
o Utilização crescente do transporte individual Congestionamento e problemas de trânsito e estacionamento
o Diminuição da facilidade de deslocações nas áreas urbanas – passeios obstruídos
o Transportes públicos mal adaptados às necessidades da população Horários Número de paragens Quantidade de transportes face às necessidades
Sociais
Tribunais o O cidadão comum, para saber como defender os seus direitos, tem de recorrer
a um advogadoo Demora na resolução dos processos devido ao desajustamento burocrático do
sistema judicial Finanças
o Longo tempo de espera para ser atendidoo Falta de capacidade de informar a população
Hospitais o Falta de médicoso Grande período de espera por consulta nas urgênciaso Falta de macas para internar os pacienteso Longo período de espera para obter consulta num médico especialista.
Habitação e Habitabilidade Em Portugal, grande parte dos prédios do centro das cidades, nomeadamente os mais
antigos são arrendados, o que constitui um dos fatores para a degradação de muitos edifícios nas áreas mais antigas das cidades.
Antigamente, o sistema de arrendamento mantinha as rendas fixas, o que não compensava os arrendatários pelo seu investimento nem garantiam um rendimento suficiente para poderem recuperar as habitações.
Quando os moradores são proprietários (muitas vezes idosos) possuem fracos rendimentos e têm pouca motivação para proceder a obras de beneficiação das habitações.
A pressão do setor terciário pode também constituir um fator para a degradação dos edifícios, uma vez que, causa uma rápida subida do preço do solo e das habitações.
Quando os edifícios ficam desabitados/desocupados e não são demolidos ou recuperados após essa desocupação, a população com menos recursos ocupa esses prédios degradados. É, também, esta população com menos recursos que habita nos bairros de lata onde há muita pobreza e marginalidade.
Os bairros de lata caracterizam-se pela ausência de infraestruturas básicas e falta de arruamentos pavimentados, pela falta de espaços verdes, áreas apropriadas de comércio e serviços, locais de estacionamento, etc., contribuindo, assim, para agravar as condições de habitabilidade.
Estes problemas devem-se, também, ao facto de não haver planeamento na sua construção, e por isso, as condições de vida da população ficam bastante afetadas.
É nas áreas metropolitanas que a construção de bairros de lata e bairros clandestinos é mais frequente, sendo necessário fazer a recuperação e legalização dos mesmos. Para que as
pessoas tenham as condições necessárias, básicas e essenciais iniciou-se o processo de reabilitação urbana, que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida urbana, ou seja, proporcionar às populações boas condições de habitabilidade.
Envelhecimento e solidão O envelhecimento da população acompanha o dos edifícios e levanta problemas
sociais de abandono e solidão. Na cidade, sobretudo nas áreas centrais, vão ficando os mais velhos, enquanto as novas gerações procuram, geralmente, habitação nas áreas suburbanas, onde o seu custo é menor. Esta solidão e isolamento dos idosos leva muitas vezes à sua morte em casa, e à pobreza.
Nas cidades e, principalmente, nas áreas suburbanas, são as crianças e os adolescentes que sofrem outro tipo de solidão – ausência dos pais. Estes jovens são chamados da «geração da chave» pois desde muito novos têm a chave de casa, ficando entregues a si próprios durante todo o dia. Esta forma de abandono reflete-se não só na indisciplina e no insucesso escolar, mas também na dependência da droga e do álcool.
As deslocações pendulares, efetuadas a distâncias cada vez maiores, originam situações de stress e doenças do sistema nervoso, pois além da fadiga da despesa, da irritação que causam as filas de trânsito, acresce a preocupação com o cumprimento dos horários (escolas, infantários, emprego…)
Ainda que se caracterize pela concentração demográfica e de atividades, a cidade é um espaço onde as pessoas se cruzam, mas raramente se encontram. Daí resulta o anonimato que acentuado pela ausência de relações de vizinhança.
Desemprego, pobreza e exclusão social A conjuntura económica europeia do início deste século, sentida particularmente por
Portugal, aliada aos efeitos da globalização, com a deslocação das empresas, teve, como efeito, o aumento do desemprego.
O desemprego é particularmente problemático nas cidades, onde a sobrevivência das famílias depende totalmente dos salários, inclusive para a habitação que, mesmo quando é própria, exige o pagamento das prestações do empréstimo bancário. Outras consequências do desemprego são a diminuição dos contactos sociais, do respeito por si próprio e da autoestima, levando a consequências psicológicas com frustração e depressão, e ao aumento da pobreza e da exclusão social.
A pobreza é a carência que tipicamente envolve as necessidades da vida quotidiana. Pode ser encarada também, como a carência de bens e serviços essenciais e a falta de recursos
económicos. Afeta principalmente os idosos com baixas pensões de reforma e os trabalhadores mal remunerados.
As consequências da pobreza:
- Fome; - Prostituição
- Baixa esperança de vida; - Criminalidade
- Doenças; - Existência de pessoas sem-abrigo;
- Falta de oportunidades de emprego; - Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis.
A carência social, entendida por exclusão social é a dependência e a incapacidade de participar na sociedade, a nível de educação e informação. Em Portugal, com em tantos outros países a exclusão social refere-se, sobretudo, a dificuldades ou problemas sociais que podem levar ao isolamento ou até à discriminação de um determinado grupo de uma determinada sociedade.
Estes grupos excluídos ou, que sofrem de exclusão social, estão normalmente associados à criminalidade que faz notar em várias regiões do país. Sendo a criminalidade umas das consequências mais graves e evidentes da exclusão social.
A pobreza pode, por exemplo, levar a uma situação de exclusão social, no entanto, não é obrigatório que estes dois conceitos estejam intimamente ligados. Fatores/estados como a pobreza, o desemprego ou emprego precário, as minorias étnicas e/ou culturais, os deficientes físicos e mentais, os sem-abrigo, trabalhadores informais e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas, não é obrigatório que o sejam.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS URBANOS – RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA
O papel do planeamento
O planeamento é um processo essencial na preservação e resolução dos problemas urbanos.
PMOT – Planos Municipais do Ordenamento do Território
PDM – Plano Diretor Municipal
Instrumento de gestão territorial de nível local que fixa as linhas gerais de ocupação do território municipal. Este tem um caráter dinâmico.
O PDM pode ser alterado de acordo com as necessidades, de acordo com a evolução dos concelhos; etc.
Os PDM incluem:
PU – Planos de Urbanização
Determinam as áreas destinadas à construção, assim como o tipo de construção a realizar.
PP – Planos de Pormenor
Definem as áreas a construir e as áreas abrangidas pelas diversas infraestruturas.
O PDM é um instrumento de gestão territorial de nível local, que fixa as linhas gerais de ocupação do
A revitalização urbana (dos centros das cidades) é hoje uma preocupação motivada quer por interesses económicos quer sociais e políticos, uma vez que dela dependem a manutenção da centralidade desse espaço e o seu repovoamento – O centro da cidade é o que mais necessita de repovoamento.
A necessidade de revitalização estende-se também a outras áreas da cidade que não o centro histórico, sobretudo no que respeita à criação de condições para a fixação de população jovem, o que passa, também por incentivos de arrendamento.
A revitalização urbana através de:
Reabilitação urbana , apoiada por diversos programas e incentivos:
Intervenção em áreas degradadas para o melhoramento das condições físicas do património edificado, mantendo-se o uso e o estatuto dos residentes e das atividades aí instaladas, ou seja, coloca a cidade como era antes – é um processo de maior importância para a revitalização da cidade.
A reabilitação urbana é efetuado com o apoio de diversos programas e incentivos:
PRAUD – Programa de Reabilitação das Áreas Urbanas Degradadas, concede ajudas, através das autarquias locais, para apoiar a reabilitação ou recuperação das áreas urbanas degradadas, incluindo a sua preparação e acompanhamento.
RECRIA, REHABITA, RECRIPH e SOLARH, incentivos que apoiam financeiramente o restauro e a conservação de edifícios degradados com ocupação residencial nas áreas antigas
das cidades, pretendendo fazer face ao problema da degradação de edifícios com rendas baixas.
Requalificação urbana
Alteração funcional de edifícios ou espaços, devido à redistribuição da população e das atividades económicas, ou seja, vai ser dado um uso diferente daquele para que havia sido concebido
Um importante apoio à requalificação urbana foi:
Programa Polis – Programa Nacional de Requalificação e Valorização Ambiental das Cidade – Dirigido preferencialmente às cidades com um papel importante no sistema urbano nacional. Criado em 2000, teve como objetivo principal melhorar a qualidade de vida urbana, apoiado intervenções urbanísticas e ambientais.
Humanizar os espaços de vivência
Renovação urbana Demolição total ou parcial de edifícios e estruturas, de uma determinada área que é reocupada com novas funções e por uma classe mais favorecida.
Realojamento
A renovação urbana pode implicar o realojamento da população a viver em edifícios ou bairros degradados.
Em 1993, foi criado o PER – Plano Especial de Realojamento, pois este problema assume maior gravidade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Este plano tem o objetivo de erradicar os bairros de habitação precária, proporcionando apoios aos municípios para o realojamento das famílias em habitações de custos controlados. Foi criado também o PER-FAMÍLIAS, que apoia as famílias na compra de casa própria ou na realização de obras de reabilitação.
O realojamento dos moradores de bairros de habitação precária é também uma forma de combater a marginalidade.
Em Portugal, algumas áreas urbanas degradadas beneficiaram da iniciativa comunitária URBAN. Lançada em 1994, foi particularmente vocacionada para intervir nas áreas urbanas mais críticas do ponto de vista socioeconómico, com problemas de desemprego, pobreza, exclusão social, criminalidade e delinquência, entre outros. A articulação desta iniciativa com outros programas, nacionais e comunitários, permitiu a qualificação social e urbanística dessas áreas.
Outras ações de incidência social poderão também contribuir para melhorar a qualidade de vida no espaço urbano. São exemplos:
A melhoria da gestão do tráfego: Por exemplo: Proibir a circulação automóvel nalgumas áreas da cidade;
Limitação do estacionamento nas principais áreas da cidade;
Melhoria dos transportes públicos;
Criação de mais parques de estacionamento;
Construção de vias rápidas nas cinturas externas (periferias) das cidades.
Alargamento dos serviços de acompanhamento de crianças e jovens; Desenvolvimento de serviços de apoio à população idosa; Aumento dos espaços verdes e otimização dos equipamentos coletivos.
AUrbana
Redee as novas
Rede UrbanaConjunto das cidades e das relações/ligações que se estabelecem entre elas.
Pode-se falar em ligações: De interdependência/complementaridade De dependência
A rede urbana pode ser vista: À escala regional À escala nacional À escala internacional
Para caracterizar uma rede urbana tem-se em conta: A dimensão (nº de habitantes) A distribuição espacial A importância (funções que oferecem)
Uma rede urbana pode ser: Equilibrada Consoante os contrastes na dimensão, distribuição
relações
Cidade/Campo
Desequilibrada e importância entre as cidades
A rede urbana portuguesa é desequilibrada porque: Há grande desequilíbrio na dimensão demográfica (macrocefalia – Apenas
uma cabeça, Lisboa – ou bimacrocefalia – Duas cabeças, Lisboa e Porto), ou seja, Portugal tem duas cidades grandes, poucas cidades médias e muitas cidades de pequena dimensão.
Há grandes assimetrias na distribuição dos centros urbanos (Litoralização e bipolarização que levam à forte pressão urbanística, desordenamento, incapacidade de resposta ao nível das infraestruturas etc)
Ao nível das funções que oferecem destacam-se apenas as áreas de Lisboa e Porto
Consequências: Despovoamento do interior Congestionamento de outras cidades de maior concentração, ou seja,
limitação das relações de complementaridade entre os diferentes centros urbanos e, como tal, do dinamismo económico e social
Redução da capacidade de inserção das economias regionais na economia nacional
Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial, pela perda de sinergias (efeitos superiores aos esperados) que uma rede urbana equilibrada proporciona
Medidas para atenuar os grandes desequilíbrios da nossa rede urbana: Potencializar a especificidade de cada região Implementação de indústrias nas zonas despovoadas através de
incentivos Benefícios fiscais e financeiros (emprestar dinheiro mais barato) Investimento em infraestruturas viárias
No interior de Portugal existem menos cidades e de menor dimensão.
PORTUGAL Cidade média: De 25 mil a 150 mil hab ou 20 mil a 100
mil hab; Cidade pequena: Até 25 mil hab; Cidade grande: Mais de 150 mil hab.
A NÍVEL EUROPEU Cidade média: Entre os 100 mil e os 150/200/250 mil
hab.
Configuração do sistema urbanoO processo de urbanização conduziu à configuração de um sistema urbano
caracterizado por: Duas áreas metropolitanas (Lisboa e Porto) com uma grande dimensão
(populacional e física); Uma extensa mancha litoral de urbanização difusa onde emergem alguns
sistemas urbanos polinucleados (determinados polos que sobressaem – Irregularidade) e se destacam diversos centros urbanos de maior dimensão e
Nota: A classificação das cidades médias não obedece apenas ao critério demográfico mas também à sua importância, por isso não há um critério absoluto para o número de habitantes necessários
dinamismo, embora sem o tamanho demográfico de cidade média de acordo com os padrões europeus;
Uma urbanização linear ao longo da costa algarvia; Uma rede de pequenas cidades no Interior, nalguns casos configurando eixos e
sistemas urbanos multipolares.As dinâmicas territoriais recentes traduziram-se, a nível do sistema urbano, na
afirmação de quatro grandes tendências: Estabilização do peso das áreas metropolitanas no total da população
residente; Reforço das cidades médias, com destaque para os centros urbanos do Litoral; Afirmação do dinamismo de alguns centros do Interior em contexto de
despovoamento rural; Reforço do policentrismo funcional e da suburbanização no interior das áreas
metropolitanas.
“As cidades estabelecem relações de interdependência com a região envolvente
NoçõesLugar central: Qualquer aglomeração que fornece bens e serviços à área circundante (o lugar
mais central será o que fornece maior número e variedade de bens e serviços)Bens Centrais: Produtos e serviços oferecidos por um lugar centralFunções centrais: Atividades que fornecem bens centrais.Bens vulgares: Produtos ou serviços de utilização frequente que se encontram
facilmente sem necessidade de deslocações significativas (por exemplo: Pão, bicicleta, carne, consulta médica)
Funções vulgares: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização frequente (bens vulgares) (por exemplo: mercearia, café, sapataria, hipermercado etc)
Bens raros: Produtos ou serviços de utilização pouco frequente que apenas se encontram em determinados lugares (por exemplo: ensino secundário, operação cirúrgica, automóvel)
Funções raras: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização pouco frequente (por exemplo: Companhia de seguros, hospital, universidade etc)
As cidades enquanto lugares centrais, podem ser hierarquizadas de acordo com:
As funções que oferecem (tanto em quantidade como em qualidade)
Número de habitantesSendo que geralmente coincide, ou seja, uma cidade mais importante detém um maior número de habitantes
Bens dispersos: Produtos e serviços que são distribuídos à população, como água, eletricidade etc.
Funções de nível superior: Oferta de funções especializadas e bens raros, como um hospital central. Existem num menor número de centro urbanos e têm maior área de influência
Funções de nível inferior: Funções frequentes, por exemplo um minimercado, existem em grande número de lugares e, por isso, têm menor área de influência
CURIOSIDADE Lisboa é o lugar mais central de Portugal Águeda é um lugar central
O desequilíbrio da rede urbana portuguesa também se faz sentir ao nível das funções
De que fatores depende a forma e a extensão da área de influência?Depende:
Da maior ou menor quantidade de bens (especialmente bens raros) que a cidade fornece;
Dos transportes e vias de comunicação (a área de influência é maior na direção dos eixos de comunicação)
Das características físicas da região (se existir uma barreira física, como uma montanha ou um rio, a área de influência dessa zona será menor).
Noções:Raio de eficiência de um bem central: Distância percorrida para adquirir um bem ou serviço.
o Terá um maior raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma maior deslocação para poder ser adquirido;
o Terá um menor raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma menor deslocação para poder ser adquirido.
De que forma os transportes influenciam o raio de eficiência de um bem central?Se existirem bons transportes o raio de influência é maior, uma vez que, mais
facilmente a população se desloca para adquirir um bem
Noções:Limiar máximo (limiar de mercado): Limite para lá do qual é pouco provável que a
população se desloque para adquirir esse bem/serviçoLimiar mínimo: Área mínima (com um número de consumidores) necessária para
manter a rendibilidade de determinada função (bens ou serviços)
Vantagens e limitações da concentração/dispersão
Economias de aglomeraçãoÀ concentração urbana no Litoral corresponde uma concentração de atividades económicas dos setores secundário e terciário. Estas instalam-se, preferencialmente, nas áreas urbanas mais desenvolvidas, onde a mão de obra é abundante e mais qualificada, e onde existem melhores infraestruturas e melhor acessibilidade aos mercados nacional e internacional.
Noções
Economias de escala: Racionalizar os investimentos de forma a obter o menor custo unitário (só é rendível fazer determinados investimentos em equipamentos e infraestruturas se estes se destinarem a uma grande quantidade de utilizadores.
Economias de aglomeração: A população e as várias empresas utilizam as mesmas infraestruturas de transporte, de comunicação, de distribuição de água, energia, etc., para além de beneficiarem das relações de complementaridade que entre elas se estabelecem.
Deseconomias de aglomeraçãoAs vantagens da aglomeração só se verificam até certos limites, a partir dos quais a
concentração passa a ser desvantajosa. O crescimento da população e do número de empresas conduz, a partir de uma certa altura, à saturação do espaço e uma incapacidade de resposta das infraestruturas, dos equipamentos e dos serviços.
Os problemas resultantes da excessiva aglomeração de população e atividades refletem-se no aumento dos custos das atividades económicas e afetam a qualidade de vidas da população, por exemplo:
Demoras provocadas pelos congestionamentos de trânsito que aumentam os consumos de energia e respetivos custos económicos e ambientais, prejudicam a produtividade das empresas e causam problemas de saúde às pessoas que, diariamente, suportam essas demoras.
NoçõesDeseconomia de aglomeração: Os custos da concentração são superiores aos
benefícios.Os efeitos da deseconomia de aglomeração sentidos em muitos centros urbanos do
Litoral poderão ser minimizados com o desenvolvimento de outras aglomerações urbanas não congestionadas, nomeadamente as cidades de média dimensão, contribuindo assim para um maior equilíbrio da rede urbana nacional.
A reorganização da rede urbanaAs assimetrias territoriais que caracterizam o nosso País podem conduzir a graves
problemas, relacionados com a má ocupação do espaço e as deseconomias de aglomeração.
O papel das cidades médiasA forte polarização em torno das duas maiores cidades do país e a tendência para a
urbanização difusa em algumas regiões, são simultaneamente, causa e efeito do desequilíbrio da rede urbana portuguesa, que se manifesta tanto pela desigual repartição espacial dos centros urbanos como pelas diferenças no que respeita à sua dimensão demográfica.
Muitas cidades pequenas Poucas cidades médias Duas grandes cidades (Áreas Metropolitanas que concentram um número
elevado de população e têm maior efeito polarizador – criação de pólos atrativos (pessoas, atividades))
As cidades são cada vez mais os centros organizadores e dinamizadores do território, pelo que se torna indispensável a reorganização e consolidação da rede urbana, na perspetiva de um desenvolvimento equilibrado do território nacional. O contributo das cidades com uma dimensão média é fundamental para criar dinamismo económico e social,
Sist. Urbano Desiquilibrado
proporcionando as vantagens das economias de aglomeração, atraindo atividades económicas e criando condições para a fixação populacional.
Os centros urbanos de média dimensão poderão desempenhar um papel fundamental na redução das assimetrias territoriais, não só pelo desenvolvimento das próprias cidades em si mesmas, mas também porque estas dinamizam as respetivas áreas de influência.
As cidades médias podem ter um importante papel na redistribuição interna da população e das atividades, se oferecerem maior diversidade e quantidade de bens, criarem postos de trabalho e proporcionarem serviços qualificados em domínios como a saúde, a educação ou a formação profissional.
Os programas POLIS e PROSIURB (Programa de Consolidação do Sistema urbano Nacional e de Apoio à Execução dos Planos Diretores Municipais) apoiavam financeiramente ações que visavam a qualificação urbana e ambiental e a dinamização dos centros urbanos da rede complementar. Estas ações permitiram melhorar nalguns centros urbanos do país, ao nível dos equipamentos coletivos, das infraestruturas básicas e da reabilitação e renovação urbana
As cidades médias que se afirmam em Portugal são: Capitais de distrito As que possuem estabelecimentos de ensino universitário
Redes de Transporte e Articulação do Sistema UrbanoUm maior equilíbrio territorial exige a reorganização e o desenvolvimento de uma rede
urbana policêntrica e equilibrada, em que exista articulação e complementaridade funcional de proximidade entre os centros urbanos de diferentes dimensões. Isto depende essencialmente das acessibilidades interurbanas em que as redes de transporte desempenham um papel primordial.
A melhoria das ligações rodoviárias e ferroviárias interurbanas permitirá uma gestão mais eficaz dos recursos disponíveis, nomeadamente das funções mais raras. O reforço da acessibilidade interurbana aumentará a complementaridade dos centros nas redes de proximidade, através do desenvolvimento de funções interdependentes que conduzam a economias de escala.
Para o desenvolvimento de condições que favoreçam o equilíbrio da rede urbana, torna-se necessário que exista uma coordenação entre os diferentes níveis de decisão e de planeamento e ordenamento do território, desde o central ao local.
A inserção na rede urbana europeiaNuma lógica de integração na União Europeia e de globalização da sociedade, a
dinâmica económica das regiões depende muito da capacidade que as cidades têm para se
afirmarem internacionalmente, projetando a região do país. Porém, no contexto internacional, as cidades portuguesas ocupam ainda uma posição relativamente modesta.
Portugal situa-se no extremo Sudoeste da Europa. Com o alargamento da U.E. Portugal ficou mais afastado do centro da Europa, acentuando-se a sua situação periférica e a dificuldade em se afirmar a nível internacional.
A posição hierárquica das cidades mede-se, normalmente, pela sua dimensão demográfica (qual a maior/menor cidade…), em particular pela sua capacidade para atrair população.
Avalia-se também pela importância das funções que contribuem para o seu dinamismo, como a função universitária, a qualificação da mão de obra ou a relevância das atividades de investigação e desenvolvimento (I&D).
São as cidades médias que se afirmam no nosso país, especialmente as Capitais de Distrito e as Cidades que possuem pólos universitários (estabelecimentos de ensino superior).
Notas:Madrid: ± 3 milhões de hab Barcelona: ± 1 milhão e 500 mil hab
As regiões metropolitanas são maiores que as áreas metropolitanas.
Posição internacional das duas maiores cidades portuguesas…A abertura económica ao exterior, expressa pelo valor das exportações e das
importações e do movimento nos portos e aeroportos, constitui também uma das formas de internacionalização do país e de avaliação da projeção externa das cidades. Lisboa e Porto constituem as cidades portuguesas com maior expressão internacional e assumem uma posição relevante no sistema ibérico.
Num ranking realizado anualmente, Lisboa é a única cidade portuguesa com poder de atração como cidade, ou seja, tem capacidade de atrair sedes de empresas multinacionais.
Torna-se necessário apostar na organização e no reforço de projeção económica e cultural dos 2 maiores aglomerados urbanos, mas a internacionalização das cidades passam também por um esforço de promoção/marketing urbano
A rede urbana nacional no contexto europeuPara Portugal se prevalecer no contexto europeu terá que apostar nas grandes
cidades, Enquanto que a nível nacional, terão que ser desenvolvidas cidades médias.
Vantagens da posição geográfica de Portugal Entrada para a europa, relativamente a mercadorias que viajam por via marítima e
aéreaDesvantagens da posição geográfica de Portugal
Afastado do centro da europa Fracas acessibilidades
… e oportunidades para as cidades médiasAs duas maiores cidades portuguesas, de dimensão pouco significativa no contexto
europeu e mundial, são os grandes pólos de dinamização da cultura e da cultura e da economia nacionais. Torna-se necessário desenvolver as cidades médias:
Criando atrativos; Dotando-as de infraestruturas (estradas, vias de comunicação, etc.);
Criando ligações entre as cidades (boas ligações com as cidades do interior); Melhorando as cidades do interior.
A melhoria das redes de transporte, nomeadamente a construção das ligações ferroviárias de alta velocidade (TGV), contribuem para facilitar a articulação entre os diferentes centros do sistema urbano nacional e a interligação aos grandes eixos urbanos europeus.
As parcerias entre cidades e mundo rural
Antes: A cidade dependia da aldeia, nomeadamente de matérias-primas; A aldeia dependia da Cidade, devido ao Trabalho.
Tudo se concentrava na cidadeAgora:
A dependência da cidade por parte da aldeia diminuiu, devido à deslocação de várias atividades económicas;
A cidade continua a depender da aldeia, nomeadamente de água, eletricidade, produtos alimentares, etc.;
Hoje, as aldeias oferecem muitas atividade de lazer.
Os transportes Vias de comunicação
Fatores responsáveis pela mudança de funções e da organização do espaço rural: Desconcentração produtiva – Dispersão das atividades económicas Relocalização de atividades económicas Aumento da mobilidade
Novas funções do espaço rural Turismo e Lazer Comércio Alguns serviços
Complementaridades funcionais - Complementaridade de atividadesO aumento das acessibilidades, pela construção e/ou melhoria das infraestruturas de
transporte, tem permitido o alargamento das áreas de influência das cidades de regiões predominantemente rurais e o acentuar dos movimentos pendulares – há uma maior concentração de população nas zonas rurais.
De 1981 para 1991: Há uma melhoria das acessibilidades (estruturas viárias); Menor deslocação para os mesmos concelhos; Maior deslocação para outros concelhos.
As áreas rurais, tradicionalmente fornecedoras de bens alimentares, mão de obra e espaços/atividades de lazer, assumem funções de complementaridade das cidades, oferecendo:
Habitação, principal ou secundária; Novos produtos provenientes de atividades tradicionais recuperadas e da
expansão de atividades urbanas (desconcentração produtiva / relocalização das atividades económicas)
Permitem as deslocações Cidade – AldeiaAs novas acessibilidades e o aumento da tx. de motorização tornam as relações cidade - campo mais fácil.
Emprego, nos serviços públicos e nas novas atividades que se instalam nas áreas rurais, muitas vezes para quadros médios e superiores.
Complementaridades institucionais – Cooperação entre o meio rural e urbano (Em torno de projetos de desenvolvimento, ou seja, cooperar para melhorar)
A valorização das potencialidades e recursos regionais deve partir da estreita cooperação entre todos os elementos e setores que representam e dinamizam a própria região. Neste contexto, as relações de complementaridade institucional cidade/campo são fundamentais para promover as especificidades locais e encontrar formas de colmatar as dificuldades comuns.
A coordenação de ações e a cooperação entre as diferentes entidades responsáveis pelo ordenamento do território constituem o suporte para a promoção do desenvolvimento regional.
O planeamento adequado garante a sustentabilidade das estratégias e projetos e contribui para a coesão territorial, podendo impedir a excessiva pressão urbana sobre os campos mais próximos das cidades ou o abandono das áreas rurais em declínio agrícola.
ESQUEMA
Os
O desenvolvimento dos transportes (redes e meios/modos) tem contribuído para o encurtamento das distâncias relativas, através da redução do tempo e dos gastos de deslocação.
Além da sua importância na mobilidade de pessoas e bens, os transportes geram riqueza e empregam um grande de pessoas
NoçõesDistância-tempo Tempo necessário para efetuar uma determinada deslocação usando
um certo modo/meio de transporte. Pode ser representada num mapa através de isócronas – linhas que unem pontos de igual distância-tempo
Distância-custo Despesas efetuadas numa determinada deslocação, usando um certo modo/meio de transporte. Pode ser representada num mapa por Isótimas – linhas que unem pontos de igual distância-custo.
Transportes Tipos Aquáticos, Terrestres e Aéreos Modos Marítimo, Fluvial, ferroviário; Rodoviário; Aéreo; Tubular Meios Barco; Camião; Automóvel; Comboio; Helicóptero; etc.
As redes de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo) apresentam-se hierarquizadas (eixos principais e eixos secundários ou tributários) e servem de suporte aos modos de transportes que se caracterizam quanto:
Transportese aComunicação
À maior/menor comodidade À maior/menor velocidade À maior/menor segurança À maior/menor flexibilidade dos itinerários À maior/menor adequação para o transporte a curta, média ou longa distância Ao maior/menor consumo de energia À vocação para transportar passageiros e/ou mercadorias
Todos os modos de transporte têm melhorado em questões como velocidade e a comodidade, tornando as ligações mais rápidas e seguras permitindo uma redução nos custos e uma especialização do serviço prestado.
Em Portugal, tem vindo a registar-se um grande desenvolvimento e modernização do setor dos transportes, tanto no domínio das infraestruturas, como no que respeita aos veículos, às empresas e à qualidade dos serviços.
Esta evolução poderá ser um fator de desenvolvimento das regiões desfavorecidas e, consequentemente, de redução das assimetrias territoriais.
Competitividade entre os diferentes meios de transporteA importância relativa de cada modo de transporte depende:
Da natureza do tráfego; Do tipo de mercadorias; Dos trajetos a percorrer; Do custo das deslocações.Cada modo de transporte apresenta vantagens e desvantagens relativamente aos
outros, sendo mais utilizado nas situações a que melhor se adequa.
Em Portugal Continental, o transporte rodoviário é o mais utilizado no tráfego interno de mercadorias e no tráfego de passageiros.
Explicado pela: Maior flexibilidade de itinerários →Permite uma maior comodidade do transporte
porta a porta Maior diversidade de veículos → Tanto em relação à dimensão como à
especialização (adequação à carga e aos espaços em que vai circular)O tráfego intracomunitário faz-se preferencialmente por terra, destacando-se
igualmente o transporte rodoviário, seguido, no caso das mercadorias, pelo marítimo de curta distância.
Com o desenvolvimento do transporte rodoviário, o ferroviário perdeu capacidade competitiva, no entanto, evidencia uma tendência de recuperação:
No tráfego suburbano , pela maior segurança e rapidez (não enfrenta filas) e pelo menor impacte ambiental.
o Em Portugal, nos últimos anos, houve um aumento de passageiros no tráfego ferroviário suburbano, devido à modernização dessas linhas e à expansão do metropolitano;
No tráfego inter-regional de passageiros , com o desenvolvimento das linhas de alta velocidade
Transporte marítimo NacionalDetém significativa importância no tráfego externo de mercadorias, tanto para a Portugal como para a U.E.
É o mais adequado para o tráfego de mercadorias volumosas e pesadas (combustíveis fósseis, cereais, recursos minerais, etc.) a longas distâncias.
Este modo/meio de transporte ganha ainda mais competitividade, sobretudo em deslocações de curta e média distância, devido:
Ao aparecimento dos chamados navios rápidos, mais leves e velozes À modernização dos portos marítimos
Transporte Aéreo Nacional Detém significativa importância no tráfego de passageiros de longa distância,
devido à sua velocidade de comodidade. Detém uma fraca representativa no tráfego interno, tanto nacional como
comunitário.Este modo/meio de transporte ganha mais competitividade, no transporte de mercadorias, devido:
Aumento da capacidade de carga Aumento da capacidade de autonomia de voo das aeronaves
Complementaridade entre os modos de transporteO predomínio da utilização do transporte rodoviário acarreta problemas de ordem
ambiental (emissão de gases), e de congestionamento dos principais eixos de circulação, tanto a nível nacional como comunitário. Por isso, as opções da política de transportes a nível nacional e comunitário procuram um maior equilíbrio entre os diversos modos de transporte e uma redução do consumo de energias fósseis.
Programa Marco PoloObjetivos:
Reequilíbrio entre os diferentes modos de transporte. Redução dos congestionamentos da rede de transportes rodoviários Melhoria do desempenho ambiental do sistema de transportes de mercadorias Reforço da intermodalidade, contribuindo assim para um sistema de transportes
eficiente e sustentável.Este programa, sugere também o uso de transportes menos poluentes em substituição ao
transporte rodoviário, especialmente em longas distâncias e nas áreas urbanas. Passa também por uma desenvolvimento de opções intermodais marítimas integradas de
elevada qualidade, mas também para uma utilização mais intensiva do transporte ferroviário e da navegação interior.
Concluindo, o Programa Marco Polo tem como objetivo reduzir o congestionamento e melhorar o ambiente através do uso do transporte intermodal, tornando o sistema dos transportes mais eficiente, proporcionando coesão económica e social.
O transporte intermodal ou multimodal consiste na conjugação dos vários modos de transporte associando vantagens e ajudando a ultrapassar as desvantagens próprias de cada meio de transporte, contribuindo para deslocações mais rápidas e mais económicas.
Porquê?
Os custos inerentes às transferências de carga e aos períodos de imobilização dos veículos tendem a diminuir, devido ao investimento em equipamentos de carga e descarga e ao aumento dos níveis de automatização e da eficiência dos serviços das chamadas plataformas intermodais - Infraestruturas (portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários) onde se faz o transbordo de um modo de transporte para outro.
Vantagens da intermodalidade Diminuição dos custos Redução do impacto ambieental
Relação do transporte intermodal com a PCT O desenvolvimento da intermodalidade permite atingir alguns objetivos da
PCT
Serviços prestados pelas plataformas de logística Serviços de Logística (apoio)
o Lugares de armazenamento das mercadoriaso Serviços de distribuiçãoo Apoio administrativo/burocrático
Em Portugal a PGT (Política Geral dos Transportes) valoriza não só a criação destas plataformas, como também da requalificação das já existentes.
A Rede Nacional de Plataformas Logísticas permite transformar Portugal numa Plataforma Atlântica de entrada de movimentos internacionais no mercado ibérico e elevar o País no ranking dos centros de distribuição logística europeus.
No tráfego de passageiros, sobretudo nas grandes áreas urbanas e suburbanas, como as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, a conjugação de diversos modos de transporte é cada vez mais importante.
O investimento em interfaces espaços de articulação entre diferentes modos de transporte de horários compatíveis aumentará o grau de satisfação dos utentes, promovendo a utilização dos transportes públicos.
NoçõesCidades raianas Cidades perto da fronteira (fronteiriças)
Distribuição espacial das redes de transportesREDE RODOVIÁRIA NACIONAL
A qualidade e a organização da rede rodoviária são fundamentais para o desenvolvimento sustentável de um país ou região, sobretudo tendo em conta que ela desempenha um importante papel de complementaridade relativamente às restantes redes (portos, aeroportos e terminais ferroviários).Segundo a PRN 2000 (Plano Rodoviário Nacional), a rede rodoviária nacional é constituída por:
Rede fundamental o Integra os itinerários principais (IP) – Auto estradas ou não.
Os IP são as vias de comunicação de maior interesse nacional;
Contrastes demográficos, económicos e sociais que marcam o nosso país
As desigualdades verificam-se também na oferta do serviço de transporte rodoviário de mercadorias.
Servem de base de apoio a toda a rede rodoviária nacional e asseguram a ligação entre os centros urbanos com influência supradistrital (para além dos distritos) e destes com os principais portos, aeroportos e fronteiras.
Rede complementar o Formada pelos itinerários complementes (IC) e pelas estradas nacionais (EN)
Esta assegura as ligações entre a rede nacional fundamental e os centros urbanos de influência concelhia ou supraconcelhia, mas infradistrital.
Tanto a rede nacional fundamental como a complementares são complementadas pelas Estradas Regionais – Comunicações publicas rodoviárias do continente, com interesse supramunicipal e complementar À rede rodoviária nacional, são asseguradas pelas estradas regionais (ER).
A rede rodoviária nacional, tanto no Continente como nas regiões autónomas, tem sido objeto de grandes investimentos, o que se reflete não só na sua extensão, mas também na qualidade, em parte, devido à construção de novas infraestruturas (túneis, viadutos e pontes) que permitem ultrapassar barreiras físicas, tornando os trajetos mais rápidos, seguros e cómodos.
Contudo, continuam a persistir desigualdades na distribuição geográfica da rede de estradas:
Mais densa no litoral, onde se localiza também a maior parte da extensão da rede fundamental, designadamente as principais autoestradas, que se incluem nos itinerários principais;
Bastante menos densa no interiorNota As estradas portuguesas estão no sentido Norte-Sul.
REDE FERROVIÁRIA NACIONALA extensão da rede ferroviária nacional era, em 2007, de cerca de 3600 km e, no seu todo,
encontra-se ainda pouco modernizada. Os melhoramentos efetuados e os projetos de renovação previstos visam, principalmente,
a modernização das vias de ligação internacional e de circulação Norte-Sul. Assim, a nível regional, a rede ferroviária evidencia desigualdades significativas – A rede ferroviária, assim como a rede rodoviária, encontra-se mais concentrada/densa no litoral.Em Portugal o atraso em relação à modernização de algumas infraestruturas ferroviárias deve-se ao facto de ainda não estar concluído o Plano Diretor da Rede Ferroviária Nacional.A rede ferroviária de alta velocidade, seria bastante vantajosa:
Permitiria o acesso à europa Permitiria trajetos mais comodo/rápidos Implicaria uma redução da poluição
REDE NACIONAL DE PORTOS MARÍTIMOS
Os portos portugueses desempenham, principalmente, a função é a comercial e, consoante o volume de carga movimentada e a sua capacidade, estes classificam-se como principais ou secundários.Portos Nacionais mais importantes:
Leixões; Aveiro; Lisboa; Setúbal; Sines; Funchal; Ponta Delgada
Tipo de carga nos portos em Portugal ContinentalPortos Granéis
líquidos*Granéis sólidos
Contentores Ro-Ro** Carga geral
Aveiro XLeixões X XLisboa X X
Setúbal X XSines X X
*É a existência de refinarias, que faz com o porto de leixões e Sines se tornem tao importantes no transporte de Granéis Líquidos – Produtos transportados em depósito do próprio navio (ex: petróleo)
**Entrada (roll-on) e Saída (roll-off) de camiões carregados de mercadorias, em navios especializados, pelos quais eles próprios são transportados.
Portugal situa-se numa posição central em relação ao Atlântico (cruzamento das principais rotas marítimas), beneficiando de portos de águas profundas (Sines) capazes de receber navios de grandes dimensões usados no tráfego de mercadorias de longo curso.
Assim, pode oferecer serviços de transhipment transbordo de mercadorias de um navio para outro.
O que facilita o transbordo? O apoio logístico O transporte de mercadorias em contentores que são perfeitamente adaptáveis às
características de outros modos de transporte
Por isso, aproveitar as potencialidades da costa nacional como fachada atlântica de entrada na Europa é um objetivo da Política Geral de Transportes. Para tal, será necessário:
Desenvolver os serviços de transporte marítimo de curta distância; Desenvolver as infraestruturas logísticas e intermodais nos portos e investir na
logística e na distribuição; Continuar a exploração do terminal de contentores do porto de Sines; Melhorar as infraestruturas e ligações ferroviárias de tráfego de mercadorias; Estimular a complementaridade e a cooperação entre portos, por forma a aumentar a
eficiência e atrair carga.O tráfego marítimo de passageiros tem pouco significado no nosso País, embora nas
regiões autónomas seja alternativa ao transporte aéreo na ligação entre ilhas e como componente turística. No Continente, assume algum relevo o tráfego fluvial de passageiros.
REDE NACIONAL DE AEROPORTOS
Na rede nacional de aeroportos, destacam-se, em movimento de passageiros: Lisboa; Porto; Faro; Funchal; Ponta Delgada.
O interior de Portugal Continental é servido por diversos aeródromos de forma a quebrar o isolamento e a facilitar o acesso ao litoral.
O mesmo acontece com o facto de todas as ilhas seres providas de aeroportos, que servem para quebrar o isolamento e também por razões turísticas.
A rede de aeroportos serve sobretudo o tráfego internacional de passageiros e de carga. Daí a maior importância dos aeroportos do Continente e das principais cidades de cada uma das regiões autónomas.
Nos aeroportos de Faro e do Funchal, o volume de tráfego internacional de passageiros está associado à importância do turismo no Algarve e na Madeira.São também estes aeroportos que apresentam maior capacidade, com destaque para o de Lisboa, por ser a mais importante plataforma de voos internacionais.
Nota O aeroportos nacionais detém um maior significado no trafego de passageiros com o estrangeiro, do que a nível interno, pois sendo Portugal um país relativamente pequeno não há essa necessidade até porque é dispendioso.
No setor aeroportuário, a Política Geral de Transportes (PGT) dá prioridade aos seguintes aspetos:
Criação da valência civil do aeródromo de Beja (atualmente concretizado) Melhoramentos nos aeroportos regionais; Implementação de medidas para minimizar os danos ambientais, designadamente os
níveis de ruído e a poluição atmosférica; Modernização dos equipamentos de logística e de controlo do tráfego aéreo; Realização de melhorias no atual aeroporto de Lisboa, para fazer face ao previsível
crescimento do tráfego; Construção do novo aeroporto de Lisboa.
Redes nacionais de distribuição de energiaO traçado das redes de distribuição de energia depende:
Dos locais de origem e de consumo Do tipo de energia transportada.
Em Portugal, a distribuição de gás natural e de derivados do petróleo é feita a partir dos pontos de entrada no território nacional:
O gás natural entra em Portugal através do gasoduto do Magrebe e, desde 2003, também pelo terminal de gás liquefeito (gás líquido que é transportado pelas cisternas ou por via marítima – gasodutos) do porto de Sines, sendo distribuído pela rede
Entrada para a Europa
Questões turísticas
nacional de gasodutos, constituída por um gasoduto principal de alta pressão, de onde derivam ramais secundários de média pressão e, a partir deles, as redes de distribuição local de baixa pressão;
O petróleo chega a Portugal por via marítima e, através de oleodutos, às refinarias petrolíferas de Leça da Palmeira e de Sines. Esta última encontra-se ligada ao Parque de Combustíveis de Aveiras de Cima, através de um oleoduto que foi projetado para transportar até quatro milhões de toneladas de combustíveis.
Rede elétrica nacionalTipos de produção:Produção em regime especial Produção a partir de fontes endógenas e renováveis
(expeto grandes centrais hidroelétricas)Produção em regime ordinário Produção a partir de todas as outras fontes, incluindo
as grandes centrais termo elétricas. Por exemplo o sol, o vento, etc.
Nota A energia elétrica é importantíssima, visto ser uma energia limpa, embora a sua obtenção possa não o serAs linhas de maior potência encontram-se no Litoral, onde se localizam as centrais termoelétricas e as áreas de maior consumo, e nos trajetos de ligação às áreas de maior produção hidroelétrica (vale do Tejo e vale superior do Douro).
Melhorar as redes de transporte – uma aposta no futuroA crescente necessidade de fácil acesso a bens e serviços provocou um aumento
significativo da procura de transportes. Contudo, apesar das melhorias registadas nos transportes públicos, na maioria dos
casos continua a predominar a utilização do automóvel particular. Para o desenvolvimento do País e para a sua integração nas redes europeias é fundamental proceder:
À modernização das infraestruturas e da logística do setor dos transportes. Daí, o investimento na melhoria das acessibilidades
As intervenções no setor dos transportes devem integrar-se numa política global de ordenamento territorial e sustentabilidade, o que está subjacente ao Programa Operacional Temático de Valorização do Território (POTVT).
Objetivo do investimento em infraestruturas Melhorar as acessibilidades Reduzir as assimetrias
Posição geográfica de Portugal
Portugal, em relação às suas relações comerciais com o Mundo, poderá vir a constituir uma nova centralidade, pois embora estejamos numa situação periférica relativamente à europa, encontramo-nos no “centro do mundo”, no cruzamento das principais rotas comerciais e portanto há que tirar vantagens disso.
No entanto para tal é necessário: O desenvolvimento de uma linha ferroviária de alta velocidade de um novo aeroporto
de Lisboa Reforço das redes e equipamento estruturantes do país (acessibilidades)
O reforço da competitividade e da conectividade territorial à escala Ibérica e Comunitária contribuirá diretamente para:
Uma aproximação entre territórios e, portanto, um aumento do potencial de competitividade e de interrelação entre empresas e agentes do desenvolvimento, em geral;
Uma revalorização dos territórios desde que os modelos de desenvolvimento urbano e as infraestruturas e as opções de transporte se ajustem aos objetivos de ordenamento, de requalificação territorial e de sustentabilidade ambiental;
A redução das disparidades e assimetrias de desenvolvimento e um reequilíbrio dos sistemas territoriais e urbanos que a implantação e funcionamento das redes de transporte permite através da melhoria das acessibilidades locais e regionais.
Rede Transeuropeia de TransportesAs Política Comum dos Transportes (PCT), apesar de institucionalizada no Tratado de
Roma, só no Tratado de Mastrich é que foram traçadas as suas bases políticas, institucionais e orçamentais. No entanto, persistem ainda muitos dos problemas que se pretendia resolver com a PCT:
Assimetrias geográficas (entre regiões) ao nível das infraestruturas e das empresas de transportes;
Congestionamento de vários eixos europeus (sobretudo no transporte rodoviário); Disparidades no crescimento dos diferentes modos de transporte, com um largo
predomínio do rodoviário; Crescimento da dependência do setor dos transportes face ao petróleo; Aumento dos custos económicos e do impacte ambiental (sobretudo pelo uso de
combustíveis fósseis) → SOLUÇÃO = Apostar em energias alternativas.
Um dos grandes objetivos da PCT é a construção de uma rede transeuropeia de transportes (RTE-T) que engloba:
As infraestruturas (estradas, vias-férreas, portos, aeroportos, meios de navegação, plataformas intermodais, condutas de transporte de combustíveis);
Os serviços necessários ao seu funcionamento.
OBJETIVOS
A Inserção das redes nacionais na rede transeuropeia de transportesAs redes portuguesas dos diferentes modos de transporte tendem a integrar-se cada
vez mais nas redes europeias, pelo que, já no âmbito do Programa Operacional de Acessibilidade e Transportes, foram definidos os grandes corredores de tráfego internacional de ligação à Europa, que se localizam essencialmente no litoral e algumas ligações ao interior.
Estes corredores influenciam os portos marítimos, na medida em que os valorizam pois: Facilitam as trocas comerciais com outros portos e com o continente, permitindo
assim a multimodalidade
De acordo com as orientações da política comunitária de reequilibrar a distribuição modal e de revitalizar o transporte ferroviário, a rede europeia de alta velocidade assume grande importância. Com ela, o comboio torna-se uma alternativa ao avião, no tráfego inter-regional de passageiros, e ao rodoviário, no tráfego de mercadorias de médio e longos cursos.
Por isso torna-se imperativa a construção da Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) para assim agilizar a integração de Portugal na rede transeuropeia de transportes, principalmente se esta se vocacionar para o tráfego de mercadorias
Impactos da ligação de Portugal à rede transeuropeiaVANTAGENS INCONVENIENTES
Melhor mobilidade de pessoas e mercadorias
Diminuição das distâncias relativas Permite a multimodalidade
Investimento na inovação tecnológica, em domínios como a intermodalidade;
O desenvolvimento de modos de transporte mais seguros e menos poluentes;
Desenvolvimento de sistemas de transporte inteligentes.
Estas constituem uma desvantagem pois implicam gastos que não conseguimos
suportar por falta de dinheiro
Redes transeuropeias de distribuição e transporte de energiaO setor de transporte e distribuição de energia é considerado fundamental para a
consolidação da União, tanto mais que a União Europeia é um espaço de dependência energética, sobretudo relativamente aos combustíveis fósseis.
A construção de redes transeuropeias de distribuição e transporte de energia é fundamental para a criação de um mercado interno da energia e deve integrar-se numa política energética que permita:
Aumentar a competitividade da União face ao exterior; Fazer um melhor aproveitamento energético aumentar a eficiência; Garantir o abastecimento em todo o território Comunitário.Foi recentemente definido um quadro legislativo que visa a liberalização regulada do
mercado interno da eletricidade e do gás natural.
Na construção das redes transeuropeias de energia são prioridades: No setor da eletricidade
A conexão de redes ainda isoladas; A ligação entre as redes de todos os Estados-membros; O desenvolvimento de ligações com Estados terceiros;
No setor do gás natural A sua introdução em novas regiões; O aumento da capacidade de receção e armazenamento; O alargamento das redes de distribuição.
Os projetos prioritários na construção da rede transeuropeia de eletricidade têm em conta não só o mercado interno, incluindo os doze novos membros, mas também as ligações aos países candidatos e ao Norte de África.
A rede transeuropeia de gás natural inclui ainda ligações a todo o Leste Europeu e a vários países da Ásia.
A preocupação de garantir ligações a uma diversidade grande de países exportadores de gás natural prende-se com a dependência externa face a esta fonte de energia e com a instabilidade política e social de alguns desses países.
A revolução das telecomunicações e o sue impacto nas relações interterritoriaisCom o desenvolvimento das telecomunicações, a difusão da informação adquiriu uma
dimensão completamento diferente. Onde a distância-tempo quase desapareceu e a distância-custo é cada vez menor.
As telecomunicações têm, hoje, um papel fundamental na dinamização das atividades económicas e das relações interterritoriais. Provocam:
Aumentam a produtividade de outras atividade; Geram novos setores produtivos (investigação; Indústria de equipamentos e
consumíveis e serviços associados).
Inconvenientes das telecomunicações Substituição da máquina pela mão de obra
Nota No entanto esta perda é compensada pela criação de novos postos de trabalho relacionados com a manutenção dessas mesmas máquinas, por exemplo.
A distribuição espacial das redes de telecomunicaçãoEm Portugal, tem havido progressos significativos:
Criação de infraestruturas e ao alargamento das redes de telecomunicação Capacidade de acesso e de utilização dessas redes
Apesar dos inúmeros investimentos feitos, a repartição espacial das redes de telecomunicação apresenta alguns contrastes, explicados:
Pela maior concentração de população e de atividades económicas no Litoral.Porém, todo o território português está coberto pelas redes de serviços essenciais:
rádio, televisão, telefone fixo e móvel, o que garante a possibilidade de acesso à informação e à Internet. O serviço de televisão e Internet por cabo também cobre uma boa parte do território nacional.
A rede de telecomunicações que liga o Continente às regiões autónomas é constituída, essencialmente, por cabos submarinos de fibra ótica. O Anel Ótico dos Açores une as diferentes ilhas do arquipélago. Mais recentemente, a Madeira e o Porto Santo foram também ligados entre si por um cabo submarino de fibra ótica.
Portugal encontra-se ligado ao mundo: Através dos serviços internacionais de comunicação por satélite, incluindo o
satélite português POSAT 1; Através de uma rede de cabos submarinos de fibra ótica, que permite
estabelecer contactos cada vez mais rápidos e mais baratos com a maior parte dos países do mundo.
Inserção nas redes europeiasTêm sido adotados com o mesmo objetivo de dotar o nosso País e o espaço comunitário dos meios e saberes necessários para responder aos desafios da nova sociedade da informação. A que serve de exemplo:
Objetivo geral – possibilitar o acesso às TIC (quer nas escolas, empresas, em casa das famílias, etc.)
Iniciativa “eEuropa” Objetivo Uma sociedade de informação para todos, desde as escolas, à Administração
pública, passando pelas empresas e pelas famíliasNa UE, esta iniciativa criou condições para a massificação do acesso à internet.
O programa i2010 Sociedade europeia da informação para 2010Objetivo Incentivar o conhecimento e a inovação para apoio ao crescimento e à criação
de empregos mais numerosos e de melhor qualidade.Comissão propõe três objetivos prioritários a realizar antes de 2010 para as políticas europeias da sociedade da informação e dos media:
Criação de um espaço único europeu da informação; Reforço da inovação e do investimento em investigação na área das tecnologias da
informação e das comunicações (TIC);
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Realização de uma sociedade da informação e dos media inclusiva.
O Programa Operacional Sociedade de Informação (POSI)O programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POSC)
Ligar PortugalIntegrado no plano tecnológico. Tem por objetivo a generalização do acesso à
internetA iniciativa Ligar Portugal é um dos vetores estratégicos do Plano Tecnológico e
pretende assegurar os seguintes objetivo: Generalizar o acesso à internet
Programa StarPrograma especial de apoio ao desenvolvimento regional.Programa comunitário já concluído – Promover a introdução e o desenvolvimento de
serviços e redes avançadas nas regiões periféricas da UE.O Galileo
Programa europeu de racionalização e posicionamento por Satélite,
legenda
Europeu
Nacional
O papel das TIC no dinamismo dos espaços geográficosNoções
Telecomércio Realização de negócios e transações comerciais à distânciaTeletrabalho Permite a realização do trabalho a partir de casa sem a deslocação
física do trabalhador
São cada vez mais as empresas que utilizam tecnologias de informação e comunicação. Porém, há disparidades entre os diferentes ramos de atividade.
Numa comparação entre os estados, e relacionado com a utilização do comércio eletrónico, Portugal não se encontra numa posição muito relevante estando abaixo da média comunitária.
Comércio EletrónicoVantagens Desvantagens
Comodidade (comprar sem sair de casa);
Oferta alargada; Redução no preço do produto; Disposição 24H; Facilidade de pagamento; Etc.
Perda do poder negocial; Falta de segurança em alguns site; Alguma facilidade na cópia de dados
pessoais; Etc.
Em Portugal o POSI e o POSC são instrumentos financeiros para a sociedade de informação
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Assiste-se, também, ao crescimento do número de serviços disponíveis através da Internet, o que, além de aumentar a sua acessibilidade por parte dos cidadãos, dinamiza a utilização dos próprios serviços, reduzindo custos e aumentando a sua rendibilidade.
Em Portugal, os serviços públicos on-line dirigem-se a um conjunto alargado de utentes, cidadãos e empresas, e têm registado, nos últimos anos, grandes avanços, que contribuíram para uma melhor classificação no ranking europeu.
Plano tecnológicoObjetivo Promover o desenvolvimento
Reforçar a competitividadePara tal assente em 3 Eixos
ConhecimentoDe um gross modo, este eixo vida a qualificação da sociedade.Através:
o Criação de infraestruturas vocacionadas para talo Criação de um sistema de ensino abrangente e diversificado
TecnologiaVida apostar no reforço das competências científicas e tecnológicas, tanto nas empresas privadas como públicas, através, por exemplo do apoio a atividades de I&D. Isto com o intuito de colmatar o atraso científico e tecnológico que se faz sentir no nosso país.
InovaçãoConsiste na inovação da produção do país. Tentando por isso adaptar a produção às características da globalização, através de novos e mais eficazes métodos produtivos, formas de organização; serviços e produtos de forma a tornar mais competitiva a nossa economia
As TIC – Fator de aproximação, mas também de desigualdadeO desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação permite reduzir
as distâncias e aproximar agentes económicos e pessoas de todo o mundo.No entanto, porque contribuem para o desenvolvimento económico e social, as
diferenças no acesso e na capacidade de uso dessas tecnologias aumentam as desigualdades entre os países e entre os cidadãos (quer em relação a posses económicas como aos níveis de educação). Onde os países mais desenvolvidos têm mais facilidade de acesso e de utilização das tecnologias de informação.
É também importante salientar que o acesso às tecnologias de informação encontra-se limitado pelos custos inerentes aso equipamentos e à ligação das redes de acesso e utilização.
Em Portugal, têm sido desenvolvidas ações que pretendem diminuir as desigualdades de acesso às tecnologias da informação e comunicação:
A criação de espaços de utilização gratuita da Internet; O esforço de ligação de todas as escolas públicas à Internet; A inclusão da aprendizagem de utilização das TIC nos novos currículos.
Os transportes e as comunicações……e a qualidade de vida da população
Pretende-se, proporcionar a todos os cidadãos em idade
escolar o desenvolvimento das competências necessárias à
utilização das TIC.
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O desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações reflete-se na qualidade de vida. A mobilidade da população tornou-se muito maior, aumentando a frequência e a distância das deslocações. Estas fazem-se, agora, com maior conforto e segurança e em menos tempo, o que permite reduzir as distâncias físicas e aumentar a acessibilidade às diferentes regiões do País.
As novas tecnologias da informação e comunicação, além de facilitarem e viabilizarem um grande número de atividades económicas, enriquecem a nossa vida pessoal, permitindo-nos realizar uma infinidade de ações:
Aceder a informação de todo o mundo; Comprar e vender bens e serviços; Participar em programas de televisão e de rádio; etc.
No entanto nem tudo são vantagens, e podem surgir associados a este desenvolvimento, nomeadamente:
Poluição Saúde Segurança Qualidade dos serviçosTorna-se pois necessário: Permitir igualde de oportunidade no acesso às tecnologias da informação e
comunicação (inclusão de todas as pessoas e regiões na sociedade de informação) Desenvolver uma melhor rede de transportes, nomeadamente de transportes públicos
que no nosso país revelam algum descontentamento.
A multiplicidade dos espaços de vivênciaAtualmente, assiste-se a um alargamento constante dos espaços de vivência e de
interação entre pessoas e territórios.
O crescimento do comércio internacional de mercadorias, dos fluxos turísticos, do tráfego telefónico e do comércio eletrónico são, entre outras, expressões evidentes da maior mobilidade e facilidade de comunicar à distância, proporcionadas pelo desenvolvimento dos transportes e das tecnologias da informação e comunicação.
Existe uma grande interação e complementaridade entre o setor dos transportes e o das telecomunicações, o que aumenta ainda mais as possibilidades de interação entre pessoas e territórios.
Em Portugal, tal como na União Europeia, as empresas de transportes são das que mais utilizam as tecnologias da informação e da comunicação, sobretudo ao nível:
Dos contactos entre utentes e fornecedores de serviços; Da localização e orientação por satélite; Da logística e da gestão do trânsito.A contribuição das telecomunicações para a maior eficácia do sistema de transportes é
reconhecida na política comunitária.
O processo de globalização, com aspetos positivos e negativos, é também uma consequência do desenvolvimento dos transportes e das tecnologias da informação e comunicação.
O mundo tornou-se numa aldeia global onde os hábitos e costumes dos que lá vivem tornam-se cada vez mais semelhantes.
Problemas na utilização dos transportesExistem 2 problemas com que se depara a utilização dos transportes:
Segurança O ambiente e a Saúde
SegurançaA segurança é um dos aspetos mais importantes no setor dos transportes, uma vez que
a deslocação de pessoas ou mercadorias envolve sempre riscos, independentemente do modo de transporte utilizado.
Para então garantir segurança, tem-se investido no aumento da segurança dos veículos e das infraestruturas.
Contudo continuam a registar-se acidentes que, no caso dos transportes aéreo, marítimo e ferroviário, por vezes, assumem a dimensão de catástrofes, pelas elevadas perdas materiais e humanas.Sinistralidade
Embora os acidentes com transportes rodoviários não adquiram uma dimensão de catástrofe (associada ao transporte aéreo), o seu grande número e a sua frequência tornam a sinistralidade rodoviária um problema grave em muitos países da União Europeia. Portugal encontra-se acima da média comunitária.
O crescimento do número de veículos em circulação fez aumentar bastante o número de acidentes com vítimas. Porém, a melhoria da segurança dos veículos e da rede rodoviária nacional permitiu que a gravidade dos acidentes diminuísse significativamente.Causasda Sinistralidade rodoviária
Problemas técnicos dos veículos Maior número de veículos a circular Condições da via
o Piso em mau estado (buracos, utilização de alcatrão com fraca aderência (escorregadio)
Deficiências nos traçadoso Inclinações acentuadaso Curvas mal sinalizadas
Comportamento dos condutoreso Condução alcoolizadao Excesso de velocidade
Condições meteorológicaso Formação de lençóis de água
A RESOLUÇÃO deste problema implica: Uma alteração de mentalidades e de comportamentos individuais - só possível através
da educação e da formação para a segurança rodoviária.
Nota Geralmente não se associa a causa de um acidente a causas naturais, a responsabilidade foi do condutor que não adequou a sua condução às condições apresentadas
Neste âmbito, foi elaborado o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária com o objetivo de aumentar a segurança rodoviária no nosso País, de modo a reduzir em 50% o número de vítimas mortais e feridos graves, até 2010.
O ambiente e a SaúdeO crescimento da utilização dos transportes e portanto o consumo de combustíveis
fósseis como fontes de energia tem alguns impactes sobre a qualidade de vida da população (decorrentes dos problemas de poluição ambiental).
O setor dos transportes é um dos principais responsáveis pela emissão de gases que contribuem para o agravamento do efeito de estufa e para a formação de ozono na troposfera.
Doenças associadas à poluição atmosférica Doenças do sistema respiratório (asma, infeções pulmonares, etc.); Doenças da pele, alergias; Problemas do sistema cardiovascular e alguns tipos de cancro.
Aos transportes está também associada a poluição sonora que afeta negativamente a qualidade de vida da população
Protocolo de QuitoObjetivo Reduzir as emições de gases que contribuem para o efeito de estufa.Portugal não está a conseguir cumprir o protocolo cujos objetivos estão estipulados até 2012.
A diminuição dos problemas ambientais e de saúde associados aos transportes é também uma das preocupações da política nacional e comunitária para este setor, o que está patente em medidas como:
A decisão de reduzir o peso do transporte rodoviário face aos restantes modos de transporte, por ser o mais poluente;
A diretiva comunitária 2003/30/CE, pela qual cada Estado-membro deverá assegurar a colocação no mercado de uma quota mínima de biocombustíveis ou de outros combustíveis renováveis;
O aumento dos investimentos em Investigação e Desenvolvimento, para viabilizar a utilização de energias menos poluentes e diminuir o consumo de energia, sobretudo nos transportes rodoviário e aéreo;
A criação de iniciativas como o Dia Europeu sem Carros e de programas como o «Miniautocarros Elétricos em Frotas de Transportes Urbanos».
O transporte marítimo causa também graves problemas ambientais que se associam principalmente aos desastres com petroleiros, que originam marés negras, e às lavagens de porões sem respeito pelas normas de segurança ambiental.
Reflexos das TIC na qualidade de vida
A influência das tecnologias da informação e comunicação faz-se sentir em inúmeros aspetos da nossa vida quotidiana, desde a mera possibilidade de estar sempre contactável, até à maior facilidade de acesso a bens, serviços e informações úteis, como o estado do tempo ou o trânsito.
Estas tecnologias são um meio privilegiado para ajudar muitas pessoas com dificuldades de mobilidade a saírem do isolamento.
Com as tecnologias de informação e comunicação, os cidadãos com necessidades especiais têm maior facilidade e mais oportunidades de inserção no mercado de trabalho, uma vez que se torna possível a sua adaptação a cada caso específico Impactes do desenvolvimento de telecomunicações – Impactes territoriais Influência do desenvolvimento das redes de telecomunicação:
Influência ao nível da distribuição da população e das atividades económicas. Influência nas deslocações e na residência – a crescente adesão das empresas e dos
trabalhadores ao teletrabalho tem como consequência direta uma redução das deslocações pendulares e, em alguns casos, a mudança de residência para áreas rurais.
Influência a forma como o espaço geográfico é vivido, pensado e representado.
As TIC têm, porém, alguns efeitos perversos na qualidade de vida: A insegurança provocada pela difusão de vírus informáticos; O perigo de fraude no comércio eletrónico e em transações financeiras; A falta de atenção a aspetos de caráter ético, como a difusão de ideias e
comportamentos que atentam contra os direitos humanos, a dificuldade em controlar a qualidade e a fiabilidade dos conteúdos, a possibilidade de invadir a privacidade dos cidadãos, etc.;
Os perigos associados ao “convívio” com desconhecidos na Internet, principalmente, para os mais jovens;
Os perigos para a saúde humana, como são a emissão de radiações nocivas e os problemas psicológicos de dependência.
Portugalna
União Europeia
A integração de Portugal na união europeia: novos desafios, novas oportunidades
Alargamento em 2004o Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia,
Hungria, Eslovénia, Chipre e Malta Alargamento em 2007
o Roménia e Bulgária Países em negociação de adesão
o Croácia (2013) e Turquia (ainda não entrou devido à instabilidade política e pelo facto de não conseguir cumprir os critérios de Copenhaga)
Países candidatoso Islândia e Macedónia
Países potenciais candidatoso Albânia, Bósnia Herzegovina, Montenegro e Sérvia
“Eurolândia” - Zona Euroo Portugal, Espanha, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre,
Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia, Grécia, República da Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta e Países Baixos
União Europeia
Um alargamento constitui um grande desafio para a União Europeia e para cada um dos Estados-membros, sobretudo para os mais periféricos, como Portugal.
Critérios de Copenhaga (Condições de adesão)Condições que os países têm de respeitar para poder aderir à UE
Critério Económico: É necessário que o país candidato tenha uma economia de mercado em funcionamento e capacidade para responder à pressão da concorrência e às forças do mercado dentro da UE;
Critério Político: É necessário que o país candidato disponha de instituições estáveis que garantam a democracia, o Estado de direito, os direitos humanos, o respeito pelas minorias e a sua proteção (para que o Conselho Europeu decida a abertura das negociações deve ser cumprido este critério);
Critério Jurídico (Critério do acervo comunitário): A capacidade dos candidatos para assumirem as suas obrigações, incluindo a adesão aos objetivos de união política, económica e monetária.
NoçõesAcervo Comunitário Conjunto de leis e normas da UE que cada país deve transpor para a
sua legislação nacional.
Apoios comunitários à adesão dos países de LesteA estratégia de pré-adesão previa:
A criação de Parcerias de Adesão, a celebrar com cada país, que integram todas as formas de assistência da União Europeia num quadro único, definindo as prioridades nacionais de preparação para a adesão, designadamente a adoção do acervo comunitário, e os meios financeiros para tal disponíveis;
A definição de novos instrumentos de apoio técnico e financeiro à preparação dos países candidatos à adesão.
Criação de dois novos instrumentos específicos: O IEPA Instrumento Estrutural de Pré-adesão destinado a financiar a convergência
com as normas comunitárias de infraestruturas em matéria de transportes e ambiente;
O SAPARD Programa Especial para a Agricultura e o Desenvolvimento Rural;O SAPARD tinha como objetivos gerais a modernização da agricultura e adoção às
regras. Portugal também de um programa do género, que foi o PEDAP, no sentido de modernizar a nossa agricultura através de investimentos em tecnologias, infraestruturas fundiárias e formação profissional.
Apoios comunitários à adesão dos novos Estados As negociações de adesão desenvolvem-se de acordo com regras bem definidas,
baseadas na adoção e na aplicação do acervo comunitário e na adesão aos objetivos políticos dos Tratados (Os países devem estar de acordo com os critérios de Copenhaga).
A Turquia, a Croácia, a República da Macedónia, a Islândia e os países potenciais candidatos beneficiam de uma estratégia de pré-adesão e de instrumentos de apoio próprios.
Os apoios comunitários, antes e nos primeiros anos após a adesão, são fundamentais para a integração dos países candidatos e dos novos Estados-Membros. Isto significa que são
necessários para que os países que querem aderir à UE possam cumprir os critérios de Copenhaga. Servem também para aproximar os vários setores.
Alargamento: desafios e oportunidades para a UEOs alargamentos representam uma oportunidade política e económica, tendo em
conta: A expansão do Mercado Único, que passou de cerca de 370 milhões para quase 500
milhões de consumidores; O reforço da posição da União no contexto político internacional e no mercado
mundial.
O alargamento foi também um desafio para a UE: A superfície e a população total aumentaram significativamente; Deu-se um empobrecimento, em termos gerais, pois, na maioria dos novos países-
membros, o PIB por habitante era bastante inferior à média comunitária; A maior heterogeneidade económica, social e cultural implica, agora, maiores esforços
de conciliação de interesses, na procura de consensos e na tomada de decisões.
Outro desafio, que se mantém, é a adaptação das principais políticas comunitárias e da composição e funcionamento das instituições da União Europeia.
Alargamento: desafios e oportunidades para PortugalCom o alargamento, Portugal enfrentou também novos desafios. Geograficamente,
tornou-se mais periférico e, desde logo, viu reduzidos os fundos estruturais, já que a média comunitária do PIB por habitante baixou e algumas regiões portuguesas situam-se, agora, acima dela. Além disso, há maior concorrência para as exportações portuguesas e na captação de investimento estrangeiro, pois os novos Estados-membros têm algumas vantagens:
Encontram-se, de um modo geral, mais perto dos países da UE com maior poder de compra;
Possuem mão de obra mais instruída e qualificada e, em alguns casos, com remuneração média inferior;
Alguns desses países apresentam uma maior produtividade do trabalho; Estes países beneficiam de mais apoios comunitários.
No entanto, os novos Estados-membros têm economias menos desenvolvidas e Portugal apresenta algumas vantagens atrativas para o investimento estrangeiro e importantes para a competitividade das empresas:
Melhores infraestruturas e estruturas produtivas mais organizadas; Maior desenvolvimento social;
Maior estabilidade política e económica; Um sistema bancário mais eficiente e credível.
Para vencer o desafio, há que aproveitar as oportunidades e mais-valias do alargamento:
Maior possibilidade de internacionalização da economia portuguesa e alargamento do potencial mercado consumidor de produtos portugueses;
Participação no maior mercado comum do mundo, que abre oportunidades a Portugal, tanto na Europa como a nível mundial.
A valorização ambiental em Portugal e a política ambiental comunitáriaOs impactes ambientais da ação humana têm vindo a tomar proporções cada vez mais
inquietantes, colocando em risco o equilíbrio do Planeta e dos ecossistemas. Assim, a preservação ambiental é um dos desafios da nossa época, que se reflete ao nível das decisões políticas internacionais, nacionais e comunitárias.
Em Portugal, a Política do Ambiente é relativamente recente a Lei de Bases do Ambiente data de 1987 e enquadra-se nas preocupações e opções da União Europeia em matéria ambiental.
Tratado de MaastrichtConferiu às ações no domínio do ambiente o estatuto de política comunitária,
salientando a necessidade da sua integração nas restantes políticas.
Tratado de AmesterdãoColocou o princípio do desenvolvimento sustentável e a obtenção de um nível elevado
de proteção ambiental entre as principais prioridades da política comunitária.
Em defesa do ambiente na UE: Desde 1967, a maioria dos programas definidos para proteger o ambiente são os Programas de Ação em Matéria de Ambiente.
Política ambiental em Portugal Portugal tem de acompanhar e dar concretização às grandes opções comunitárias no
âmbito da política ambiental. Procura-se que a preocupação ambiental esteja presente em todos os domínios, de modo a que as metas relativas ao ambiente sejam mais facilmente alcançadas.
Life +
LIFE + Natureza e Biodiversidade Orientado para a aplicação das Diretivas Aves e Habitats, e apoiar a aplicação da Rede Natura 2000, bem como para aprofundar o conhecimento necessário para desenvolver, avaliar e monitorizar a legislação e a política da Natureza e da biodiversidade da UE. Visa ainda contribuir genericamente para a meta de parar a perda da biodiversidade, até 2010.
LIFE + Política Ambiental Destinado a cobrir as demais prioridades do 6.º Programa de Açãoe governação
Comunitário de Ambiente (exceto a conservação da Natureza e biodiversidade), bem como abordagens estratégicas ao desenvolvimento e aplicação de políticas ambientais;
LIFE + Informação e Comunicação Orientado para atividades horizontais sobre informação, comunicação e sensibilização em assuntos ambientais.
Nota À medida que o tempo passa, aumentam as verbas para estes programas
Prioridades da política do ambiente na UE
Sexto Programa de Ação em Matéria Ambiental (prioridades ambientais)
Domínios Problema Medidas para resolver esse problemaAlterações Climáticas
Aumento do efeito estufa
Reduzir os gases com efeito estufa (a longo prazo, a meta é uma redução de 70% das emissões, através da inovação e do desenvolvimento
científico e tecnológico)Recursos naturais
(Hídricos, florestas, solos, paisagens naturais, áreas
costeiras) e resíduos
Escassez de recursos naturais e aumento
dos resíduos
Aumentar a eficiência na utilização dos recursos e gestão de recursos e resíduos
Ambiente e saúde e qualidade de vida (o
ambiente está diretamente relacionado com a saúde e qualidade
de vida)
Elevado nível de poluição
Encorajar para o desenvolvimento urbano sustentável
Natureza e biodiversidade Desflorestação; Perda de
biodiversidade; Desertificação
Criar zonas protegidas
Natureza e biodiversidadeA diversidade dos ecossistemas e das paisagens é património ecológico, cultural e
económico.A nível comunitário, o sexto programa de ação em matéria de ambiente definiu como
principais objetivos: Proteger e, se necessário, restaurara a estrutura e o funcionamento dos
sistemas naturais; Deter a perda da biodiversidade, na UE e à escala mundial; Proteger os solos da erosão e da poluição.
As principais medidas e ações a desenvolver são: Proteção dos habitats mais ricos através da Rede Natura 2000; Implementação de planos de ação para proteger a biodiversidade; Desenvolvimento de uma estratégia de proteção do ambiente marinho; Alargamento dos programas nacionais e regionais para uma gestão
sustentável das florestas; Introdução de medidas destinadas a proteger e restaurar as paisagens; Desenvolvimento de uma estratégia de proteção do solo;
Coordenação dos sistemas dos Estados-Membros para lidarem com os acidentes e as catástrofes naturais
A criação de uma rede ecológica coerente, denominada Rede Natura 2000, constitui um instrumento fundamental da política da UE em matéria de conservação da Natureza e da biodiversidade.
A gestão dos recursos hídricos assume grande relevo, e engloba: A monitorização da qualidade das águas e a sua distribuição e utilização; A drenagem e tratamento das águas residuais; Intervenções na rede hidrográfica, como são a construção de barragens e albufeiras,
que aumentam as disponibilidades hídricas e regularizam o caudal dos rios.
ResíduosAssociada à exploração e utilização dos recursos naturais está a produção de resíduos
que tem vindo a aumentar, tanto em Portugal como na União Europeia, prevendo-se que cresça ainda mais.
A política comunitária dá prioridade à prevenção da produção de resíduos, à sua recuperação (inclui a reutilização, reciclagem e a recuperação energética) e incineração (queimar os resíduos) e, como último recurso, a deposição em aterros.
Responsabilidade ambientalÉ cada vez maior a consciência de que, para o desenvolvimento sustentável, são
fundamentais a preservação do património natural e a diminuição do risco de degradação ambiental e de que tais tarefas são responsabilidade de todos. Daí a importância da educação ambiental e da responsabilização por danos ambientais.
As regiões portuguesas e a Política Regional da UEApesar de a União Europeia ser um espaço de crescimento económico sustentado,
persistem grandes diferenças de nível de desenvolvimento entre países e regiões e problemas sociais como o desemprego e a pobreza.
Promover a coesão económica e social
Objetivos da Política Regional (2007-2013)O objetivo «Convergência»
Visa acelerar a convergência das regiões e dos Estados-membros menos desenvolvidos, melhorando as condições de crescimento e de emprego. Os domínios de ação serão: capital físico e humano, inovação, sociedade do conhecimento, adaptabilidade, ambiente e eficácia administrativa;
O objetivo «Competitividade Regional e Emprego» Visa reforçar a competitividade, o emprego e a atratividade das regiões que não sejam
regiões menos favorecidas. Permite promover a inovação, o espírito empresarial, a proteção do ambiente, a acessibilidade, a adaptabilidade e o desenvolvimento de mercados de trabalho inclusivos;
O objetivo «Cooperação Territorial Europeia»
Vai reforçar a cooperação aos níveis transfronteiriços, transnacional e inter-regional. A cooperação centrar-se-á na investigação, no desenvolvimento, na sociedade da informação, no ambiente, na prevenção dos riscos e na gestão integrada da água.
As regiões incluídas no objetivo convergência, poderão sair deles, no futuro, se houver uma progressão no seu desenvolvimento, tal como acontece com Lisboa e se prevê que venha a acontecer com a Madeira.
Assimetrias regionais em PortugalA nível nacional, também continuam a persistir desigualdades entre as diferentes
regiões, o que, naturalmente, se reflete no bem-estar e na qualidade de vida da população.Tal como a nível comunitário, também à escala nacional é importante que se reforce a
coesão económica e social, de modo a valorizar todo o território e todos os seus recursos humanos e naturais.