dr. marcos aurélio t. da silveira. alterações nos lugares turísticos ao longo do tempo

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Dr. Marcos Aurélio T. da Silveira

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Dr. Marcos Aurélio T. da Silveira

Alterações nos lugares turísticos ao longo do

tempo

• ao número de turistas;• ao tipo de turistas;• ao estágio do desenvolvimento do turismo;• ao diferencial do desenvolvimento econômico entre as regiões de emissão do

turismo e as regiões de recepção;• à diferença de regras culturais entre as regiões de emissão do turismo e as

regiões de recepção; • à dimensão física da área que afeta as densidades da população de turistas;• à extensão na qual os serviços do turismo são realizados por uma população

de trabalhadores imigrantes;• à quantidade de propriedades adquiridas por turistas;• à quantidade de propriedades, serviços e instalações mantidas pela população

local;• às atitudes dos órgãos governamentais;• às crenças das comunidades anfitriãs e à força dessas crenças;• ao grau de exposição a outras forças de mudança tecnológicas, sociais e

econômicas;• às políticas adotadas em relação ao planejamento do turismo;• ao marketing do lugar de destino e as imagens criadas desse lugar;• à acessibilidade do lugar de destino;• à força original das práticas culturais e tradições locais;

As principais alterações se devem aos seguintes fatores:

Modelo de Butler

Descoberta

SucessoProblemas!

Declínio

Novo crescimento

Crescimento

O Ciclo de Vida das Localidades Turísticas

Descoberta

1. O lugar tem muito poucos turistas.

2. Alguém descobre o lugar e informa os amigos.

3. Mais pessoas começam a escolher o local.

4. Diversos serviços (hotel, restaurante, etc.) iniciam atividades,

pois já há clientes suficientes para o negócio ser rentável.

5. Alguns membros da população residente mudam de atividade

econômica.

Crescimento

1. Um número crescente de pessoas descobre o lugar.

2. O lugar começa a ser divulgado e falado em jornais, revistas,

catálogos turísticos.

3. Aumenta o número de visitantes.

4. Abrem mais lojas, hotéis, restaurantes e cafés.

5. Aumenta o tráfego nas vias de acesso.

Sucesso1. O lugar é bastante conhecido.2. Pessoas procuram o lugar à procura de emprego.3. Na época turística, há muitas pessoas e os hotéis estão

cheios.4. A população local está agora mais empregada em

atividades turísticas do que nas atividades tradicionais.5. Problemas de tráfego agravam-se e os estacionamentos

estão cheios durante todo o dia.

Problemas !1. O lugar torna-se tão popular que muitas pessoas deixam de

ir lá. “Já não é o que era!” ou “Já tem gente demais!”2. A população local queixa-se de que aos turistas é dada mais

importância do que a quem lá reside.3. Algumas pessoas começam a procurar outros lugares.4. Algumas das lojas e hotéis fecham as portas.5. Mais pessoas afastam-se por ser um lugar demasiado

concorrido, e procuram lugares mais “calmos” e “bonitos”.

a) Declínio

1. O lugar entra em decadência.2. As lojas, restaurantes, etc., fecham.3. Fora da época turística, alguns hotéis começam a ser usados

para alojar pessoas que não são turistas.4. O lugar começa a ter uma má “reputação”.5. Os turistas afastam-se.

b) Novo crescimento

1. Investimentos financeiros são feitos na área.2. Alguns dos hotéis antigos são regenerados e atraem novas

lojas.3. Cafés e restaurantes reabrem.4. As pessoas começam a frequentar o lugar fora da estação

turística.5. Volta-se a falar no lugar.6. Criam-se empregos.7. Muitos visitantes voltam a escolher o lugar para fazer férias.8. Os jornais e revistas voltam a escrever sobre o lugar.

O caso do Brasil• Diversas áreas do litoral brasileiro estão inseridas

neste ciclo de evolução sugerido por BUTLER (1980). Caso fossem implementados programas de planejamento e gestão integrada, poderiam ser minimizados os efeitos desta tendência evolutiva, ou seja, atingir o declínio segundo os diversos estágios de evolução que experimentam os balneários, podendo ser recuperada, pelo menos em grande parte, sua qualidade ambiental e atratividade turística.

Em seu segundo modelo datado de 1977, Miossec propõe uma dinâmica da

evolução do espaço turístico. Ele identifica quatro fases de uma área turística

como descrito na FIG. 6:

-Fase inicial (0 e 1): região isolada, pouco ou nenhum desenvolvimento,

turistas com pouca informação sobre o destino, anfitriões que começam a

desenvolver uma visão do que o turismo pode trazer.

-Fase 2: instalação de resorts pioneiros que expandem o desenvolvimento do

lugar.

-Fases 3 e 4: expansão e complexidade do espaço turístico com sistema

hierárquico de resorts e redes de transporte; mudanças nas atitudes locais

dos anfitriões com aceitação do turismo e controle de planejamento e gestão

(ou rejeição) e um conhecimento por parte dos turistas acerca do que a região

pode oferecer em termos de especialidade do espaço-cultural. (apud

CALLIZO, 1991)