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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADEDEENGENHAJUACnnL
EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x Comportamental
Gilberto Pimenta de Andrade
Campinas 2002
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CML
EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x Comportamental
Gilberto Pimenta de Andrade
Orientador: ProP Dr a Regina Coeli Ruschel
Disserta~o de Mestrado apresentada a Comissao de p6s-gradua~ da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas, como parte dos requisitos para obten~o do titulo de Mestre em Engenharia Civil, na area de concentrayao de Edific~es.
Atesto que es~a e a versao definitive da disserta,.ac/tese. .'~ 11 N Z
1 .
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Campinas, SF Prof. Dr._c::....._· -::·~1':..:1t(i.=.t_"v_,..~-,-----2002 Matrlcu!a: ;;; 41 [£C.f;1_ 1
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CF'i00i74311-0
FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA MEA DE ENGENHARlA - BAE - UNICAMP
An24e Andrade, Gilberta Pimenta de
EAD via Internet para CAD: aprendizagem colaborativa x comportamental I Gilberta Pimenta de Andrade.--Campinas, SP: [s.n.], 2002.
Orientador: Regina Coeli Rusche! Disserta9ao (mestrado)- Universidade Estadual de
Campinas, Faculdade de Engenharia Civil.
1. Ensino a distancia. 2. AutoCAD (Programa de computador). 3. Software de aplicayao. 4. Ensino auxiliado por computador. 5. Projeto auxiliado por computador. I. Rusche!, Regina Coeli. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Civil. ill. Titulo.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x Comportamental
Gilberto Pimenta de Andrade
Dissertayao de Mestrado aprovada pela Banca Examinadora, constituida por:
~or·~~~~ DAC-FEC - Unicamp
Campinas, 26 de Fevereiro de 2002. iii
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Dedicatoria
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Dedico este trabalho a
a minha esposa Eloisa e nossa filha Ivy.
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Agradecimentos
Agrad~ a minba orientadora Prof a Dr a
Regina Coeli Rusche! pelo apoio e amizade e a todos
os profissionais participantes da pesquisa de campo.
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Sumario
List a de Figuras......... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . viii Lista de Tabelas.... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ ... ...... .................. ...... .. ..... ........ ..... ........ ...... .. ..... .......... .. xi Resume .................................................................................................................................... xii 1. Introduyao........................................................................................................................... 1 2. Objetivo............................................................................................................................... 4 3. Revisao Bibliogridica........................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3.1 Problematica de Desenvolvimento de Treinamento de EAD..... .. .. . . . . . .. . .. ....................... 5 3.2 Hist6rico ................................................................................................................... 7 3.3 Situayao Atual.......................................................................................................... 10 3 .3 .1 Perspectivas de Crescirnento................... .. . . .. . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 1 0 3.3.2 Contextu~iio ............................................................................................................ 16 3.3.3 No Brasil ........................................................................................................................ 18 3 .4. Fundamentos de EAD. ....... ... .. ................... ............... ....................................................... 20 3.4 .1 Definiy()es........ . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .......... .. . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . ...................... 20 3 .4.2 Modelos de aprendizagem em EAD.. .. .. . ... . . . ............... ......... ......................................... 22 3.5 Avaliayao de EAD..................... ....................................................................................... 25 3.6 Ambientes de EAD para Internet..................................................................................... 27 3.6.1 OsoftwareWebCT ........................................................................................................ 28 3.7 AutoCAD .......................................................................................................................... 30 3.7.1 Hist6rico ......................................................................................................................... 30 3.7.2Modelagem3D .............................................................................................................. 31 4 Materiais e Metodos....... .. . .. ... ..... .... ..... .. ..... ......... ... ............................................................. 34 4.1 0 Website de divulgayao.................................................................................................. 34 4.2 0 PUblico alvo ................................................................................................................... 35 4.3 Recursos de EAD via WEB utilizados . .. .. ........ ......... ...................................................... 35 4.4 Metodos de ensino a distancia.......................................................................................... 36 4.5 Aruilise da experiencia................................... .. .. . . . .. . . ... ...... .. .. . . . . . .. . . .. . . .... ............... .. ... . . . . . 3 7 5 AexperienciadeEAD ......................................................................................................... 38 5.1 Adivulgayaodoscursos ................................................................................................... 38 5.2 A seleyiio dos candidatos. .. . . . .. . . .. . .. . ................................................. .............. ................... 41 5.3 0 ambiente WebCT .......................................................................................................... 44
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5.4 Testesdeavaliayao ........................................................................................................... 45 5.5 Curso-01 ............................................................................................................................ 50 5.6 Curso-02 ............................................................................................................................ 50 5. 7 Conteudo dos cursos... .. . . . . . .. . ... . ... ... . . ...... ... . .......... ... . . . . ... . .. ..... .. ............ ....... .. . . ...... ........... 51 5.7.1 MOduio-01 ..................................................................................................................... 51 5.7.2M6dulo 02 ...................................................................................................................... 52 5.7.3M6dulo03 ..................................................................................................................... 53 5.7.4M6dulo04 ..................................................................................................................... 54 5.8 Enquetes ........................................................................................................................... 55 6 An3.l.ise dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . .. . . . .. 57 6.1 CursoOl ............................................................................................................................ 57 6.1.1 Composi~odaturma .................................................................................................... 57 6.1.2Comunicayiio ................................................................................................................ 58 6 .1. 3 A valiayiio inicial............................................................. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . 60 6.1. 4 Nivel de utilizayao das paginas de conteudo................ ... ...... ... . ..... .. ..... ........... .. . . . . ....... 62 6.1.5 Conclusao das tarefas........... ........ ................................................................................. 63 6.1.6Avali~ofinal ............................................................................................................... 64 6.1. 7 Enquete-01 - Alunos que concluiram o curso.............................................................. 65 6.1.8 Enquete-02- Alunos que acessaram o curso e desistiram. .. . . . .. . .. . . ... . .. . . . ...... ...... ......... 68 6.2 Curso-02.. .. . .. ...... .................... ........ .. . ..... .... ........... ............................... ......... ........... ......... 68 6.2.1 Composi~o da turma........................... ........................................................................ 69 6.2.2 Definiyiio dos grupos..................................................................................................... 70 6.2.3 Comunicayiio................................................................................................................ 70 6.2.4 Avalia~o inicial........................ ... ................................................................................. 72 6.2.5 Nivel de utiliza~o das paginas de conteildo................................................................. 74 6.2.6 Conclusao das tarefas.................................................................................................... 75 6.2. 7 Avaliayiio final............................................................................................................... 75 6.2.8 Enquete 02- Alunos que acessaram o curso e desistiram............................................ 75 6.3 Enquete 03 - Candidatos pn\-selecionados que niio confirmaram participayiio....... ... .. . . 76 7 Conclus5es.. .......... .. . . . .......................... ................... ..... ........................................................ 79 8. Trabalhosfuturos ................................................................................................................ 81 Anexos ..................................................................................................................................... 82 AnexoA ................................................................................................................................. 83 AnexoB ................................................................................................................................. 133 Referencias Bibliogrilficas...................................................................................................... 137 Abstract................................................................................................................................... 141 Glossa.rio.. .. . . . . .. . .. .. ... .......... ..................... .. ............... ................................... ......... ................... 142
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Lista de Figuras
Figura 5.1: Mapa do website www.professorcad.com.br... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. 39 Figura 5.2: website www. professorcad.com.br- tela principal............................................. 39 Figura 5.3: Tela principal do webct ................................................................... 44 Figura 5.4: Resultado final Tarefa-01 ............................................................... 52 Figura 5.5:- Exercicio 1-Tarefa-02 ................................................................ 53 Figura 5.6:-Exercicio 2- Tarefa-02 ................................................................ 53 Figura 5.7: Resultado final Tarefa-03 ................................................................ 54 Figura 5.8: Modelo reservat6rio- Tarefa-04 ...................................................... 54 Figura 5.9: Resultado final- Tarefa-04 ............................................................. 55 Figura 6.1: Respostas corretas teste inicial x teste final......................................................... 65 Figura 6.2: Porcentagens das respostas daEnquete 03 .......................................................... 77 Figura Al: Janela de aviso de versao mais recente........... ....... .............................................. 84 FiguraA2: U~o de templates ................................................................... 85 FiguraA3: JanelaDrawing setup ...................................................................... 85 FiguraA4:JanelaView ..................................................................................... 86 Figura AS: Eixos de referenda do AutoCAD .. . . . ... ... .. . . ... . .. .... ... ........ ........... .... .... ................. 86 Figura A6: Regra da mao direita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............. 87 Figura A7: Representaylio gnifica do UCS ........................................................ 87 Figura A8: leones de acesso ao UCS... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...... 88 Figura A9: Alteraylio do UCS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . .. ........ 89 Figura AI 0: Alteraylio do UCS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . .......... 89 Figura All: Alteraylio do UCS... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......... 90 Figura Al2: Alterayao da origem do UCS ......................................................... 90 Figura Al3: Tela de controle do UCS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... 91 FiguraA14: GrupodeiconesVIEW ................................................................. 92 FiguraA15:UsodocomandoORBIT .............................................................. 92 Figura Al6: Criaylio de Viewports... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......... 94 Figura Al7: Divisao da tela em Viewports............................................. .............. 94 Figura Al8: Modos devisnalizaylio ................................................................. 95
VUl
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Figura Al9: leones- modos de visualizayiio.................. ....................................................... 95 Figura A20: Criayiio de elementos de massa... .... ... .... . . ... ... ... ................... ....... .... .................. 96 Figura A21: Elementos de massa... . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... .... . ... ... 96 Figura A22: Criayiio de elementos de massa...... .................. ................................................. 97 FiguraA23: Resultadofinal Tarefa-01 .................................................................................. 97 FiguraA24: Add Mass Elements- Tarefa-01 ........................................................................ 98 FiguraA25: Tarefa-01.. ..................................................................................... 98 FiguraA26: Tarefa-01.. ..................................................................................... 99 FiguraA27: Tarefa-01.. ..................................................................................... 100 FiguraA28: Tarefa-01.. ..................................................................................... 101 Figura A29: Resultado final- Tarefa-01...... .......... .. . . . . . . . . . .. . . . . ... ... .. . .. . .. . ... .. . . .. ... 102 Figura A30: Upload Tarefa-0 1. . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. .. . .. . .. . . . . .. . . .. .. . .. . . .. . . . . . . . .. ... . .......... .. . l 02 FiguraA31: Upload Tarefa-01. ......................................................................... 103 FiguraA32: Submit assignment- Tarefa-01.. ..................................................... 103 Figura A33: Modify Mass Elements................................................................. 104 Figura A34: Modify Mass Elements... . . . . . . . .. . . . . . . .. . . .. . .. .. . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. .. .. 104 Figura A3 5: Mass Elements Arch... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Figura A36: Mass Elements Barrel V alt... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . .. .. . . .. . . . . . . . . . . . 1 OS FiguraA37: Mass Elements Cone ..................................................................... 105 Figura A38: Mass Elements Cilinder... . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . 106 FiguraA39: MassElementsDome ................................................................... 106 Figura A40: Mass Elements Doric Colunm... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Figura A41: Mass Elements Gable.. .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . .. .. . .. . . .. .. . . . . .. ... . .. 107 Figura A42: Mass Elements Pyramid............................................................... 107 Figura A43: Mass Elements Is6sceles Triangle................................................... 107 Figura A44: Mass Elements Right Triangle... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I 08 Figura A45: Mass Elements Sphere................................................................ 108 Figura A46: Uso de grips em Mass Elements..................................................... 108 FiguraA47:Profiles ........................................................................................... 109 Figura A48: Add Mass Elements... . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . .. . .. . . .. . .. . .. ... . 109 Figura A49: Elemento de Massa por Extrusion... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Figura ASO: Elemento de Massa por Revolution... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Figura AS I: Criayiio de Profiles. . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. .. . . .. .. . . . . . . . . . . .. . . . . . .. .. . . . . .. . .. .. . .. . . . . . . . . 111 Figura A52: Add Mass Elements... . . . .. . .. . .. . . .. .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . .. . . .. .. . ... . ... .. ... . 111 Figura A53: Perfil usando Revolutio............... ... . . . . . . . .. . .. . .. . . . . . . . .. . .. ... ... . . . ........... 112 Figura A54: Perfil usando Extrusion................................................................. 112 Figura ASS: Display resolution ......................................................................... 113 Figura A56: Perfil com nova resoluyiio... . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 113 FiguraA57: Uso do comandoRotate3D ........................................................... 114 FiguraA58: Uso do comandoRotate3D ........................................................... 115 Figura A59: Uso do comando Align................................................................. 115 Figura A60: Add Mass Elements... .. . .. . .. . .. . .. . . .. . . . .. . .. . .. . .. . .. . .. . . . . . . . . . . . .. .. . ..... ........ 116 Figura A61: Tela do WebCT para entrega de tarefas... .. . .. . .. . .. . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . . .. 117 Figura A62: Perfilliimpada- Tarefa-2......................................................... .... 117 FiguraA63: Lfunpada com shade- Tarefa-02 .................................................... 118
IX
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FiguraA64: Mass Groups .................................................................................. 119 FiguraA65: MarcadeumMassGroups ........................................................... 120 Figura A66: Elemento subtrativo de um Mass Groups... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 FiguraA67: Interse
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Lista de Tabelas
Tabela6.1: Perfildosalunos do Curso-01 ............................................................................. 58 Tabela 6.2: Utilizayao dos recursos do WebCT- Curso-01.. ................................................ 59 T abela 6.3 : Respostas teste inicial- todos alunos................. .. . . . . . .. . . . . . . .. . . ... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Tabela 6.4: Resultados do teste inicial do Curso-0 1.............................................................. 62 Tabela 6.5: Visitas dos alunos as p3ginas de conteUdo.......................................................... 63 Tabe1a 6.6: Respostas Teste Inicial- alunos que entregararn o Teste Final.......................... 64 Tabela6.7: Respostas Teste Final .......................................................................................... 64 Tabela6.8: Respostas-Enquete-01 ....................................................................................... 66 Tabela 6.9: Respostas- Enquete-02. ..................................................................................... 68 Tabela 6.10: Perfil alunos Curso-02....... .... ............................................................................ 69 Tabela 6.11: Utilizayao dos recursos do WebCT- Curso-02................................................ 71 Tabela 6.12: Respostas do teste inicial- todos alunos.......................................................... 72 Tabela 6.13: Resultados teste inicial do Curso-02. .. ............. ........... .......................... ... ......... 73 Tabela 6.14: Visitas dos alunos as p8.ginas de Conteudo ....................................................... 74 Tabela6.15: Respostas-Enquete02 ..................................................................................... 75 Tabela6.16: Respostasquestoes 1 e3 -Enquete-03 ............................................................. 76 Tabela 6.17: Respostas questlio 2- Enquete 03..................................................................... 77 Tabela Al: Configurayao de Tab e Display........................................................................... 124
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Resumo
Andrade, Gilberte Pimenta de. EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x
Comportamental. Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Campinas,
2002. 158 pag. Disserta98.o de Mestrado.
A necessidade de treinamento continuo em ferramentas computacionais e evidente, tanto na Engenharia Civil quanto na Arquitetura e Urbanismo, principalmente quando se faz uso de projeto
assistido por computador (CAD - Computed Aided Design). Uma resposta para esta necessidade
pode ser encontrada por meio da educa98.o a distancia (EAD), atualmente revalorizado com a
utiliza~ da World Wide Web (WWV{). Desta forma, o objetivo deste trabalho e avaliar as condiy()es de execu~o de urn curso a distancia, via Internet, para profissionais de engenharia civil
desejando-se verificar qual a abordagem de aprendizagem mais apropriada: Comportamental ou
Colaborativa. F oram oferecidos e avaliados do is cursos de conteiido identicos, entretanto
ministrados de forma diferenciada, segundo abordagens em estudo. 0 tema dos cursos foi a
modelagem de s61idos da ferramenta computacional AutoCAD Architectural Desktop. Utilizou-se
o ambiente de EAD WebCT- www.webct.com.br. A abordagem Comportamental apresentou
melhores resultados de aprendizagem para treinamentos de sistemas grilficos do tipo CAD, via
Internet.
Palavras Chave: CAD; Ensino a distancia; Modelagem de S6lidos; AutoCAD Architectural
Desktop.
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1 Introdu~iio
Por definiyao, em Ensino a Distancia (EAD) aprendizes e instrutores estao separados pelo
espa~ e em alguns casos pelo tempo. Esse modelo de aprendizagem nao e recente, hil. tempos que
o homem se utiliza da escrita e dos meios de comunicayao, como radio e TV como forma de
transmissao do conhecimento. Porem a intera¢o dinilmica e eficiente entre as partes, fundamental
no processo, so foi possivel com o surgimento de tecnologias mais atuais, como a Internet. Com a
popularizayao do uso de computadores e grandes investimentos no setor de comunica{:Oes, a
Internet chega para revalorizar o uso da EAD, principalmente no Brasil, onde muitas vezes foi visto
de modo pejorativo. A nova Lei de Diretrizes e Bases, Lei n.• 9.394 anode 1996, contempla, pela
primeira vez, a EAD na hist6ria brasileira, com isso varias iniciativas estao sendo implementadas
nas areas de p6s-graduayao e ate mesmo graduayao, onde na maioria dos casos conta com o apoio
da iniciativa privada.
Mas, o verdadeiro nicho de mercado da EAD esti no ensino continuado, ou seja aquele onde o
aluno busca o conhecimento para se atualizar e acompanhar a evoluyiio tecnol6gica. Na Engenharia
Civil e Arquitetura e Urbanismo a necessidade de treinamento continuo em informatica e evidente
quando se faz uso de ferramentas de projeto assistido por computador (CAD - Computed Aided
Design). Urn exemplo eo CAD AUTOCAD da empresa AutoDesk, que disponibiliza uma nova
versao do seu sistema a aproximadamente 1.75 anos. Alem do mais, nos Ultimos anos os sistemas
de CAD deixaram de ser exclusividade das grandes corporayiies, para se tomarem uma ferramenta
indispensavel para empresas de medio e pequeno porte e tambem para profissionais liberais na
elaborayao de seus projetos. Entretanto, apesar da sua crescente popularizayao, os softwares de
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CAD estao muito Ionge de serem considerados amigaveis, principalmente quando se usa a terceira
dimensao.
Na EAD pode-se empregar diferentes abordagens de ensino, entre estas se pode citar:
aprendizagem colaborativa e comportamental. Na aprendizagem colaborativa os problemas sao
apresentados juntamente com as fontes de informayao. 0 tutor incentiva a discussao e
principalmente a troca de experiencias entre os alunos; tarefa essa que passa a ser fundamental para
o ganho de conhecimento. Ao tomar conhecimento do problema, os alunos buscam no material
fomecido, informav5es que os auxiliani na forma~ao dos conceitos e no debate com os demais
companheiros que convergem em conjunto para a aquisiyao do conhecimento. Na aprendizagem
comportamental o aprendizado acontece "passo a passo", sempre tendo urn modelo como exemplo,
e todos recebem e realizam as tarefas ao mesmo tempo. A inter~ao maior acontece como instrutor
e em honirios prb-estabelecidos. A aprendizagem colaborativa apesar de ser mais utilizada em areas
como ciencias biol6gicas e humanas, pode ser aplicada nas exatas, como por exemplo em uma
disciplina de 16gica de programayao, onde o instrutor propoe o problema, fomece a sintaxe da
linguagem, e a 16gica, objeto do aprendizado, o aluno assimila atraves da interayao como professor
e de experiencias de outros participantes que sao compartilhadas e discutidas. Porem o mais
comurn para casos como esse, e a utilizal;:ao da aprendizagem comportamental onde a 16gica e
compreendida pela obse~ao de urn exemplo similar.
A problematica em estudo, entao e, qual a abordagem de aprendizagem mais apropriada e/ou
eficiente na EAD na area de ciencias exatas, mais especificamente no ensino de CAD. Foram
desenvolvidos, aplicados e comparados dois cursos na modalidade de EAD com o mesmo tema e
em turmas diferentes porem homogeneas em perfil de aluno, sendo que em cada curso aplicou-se
uma abordagem de aprendizagem diferenciada, isto e, a colaborativa e a comportamental. 0 tema
escolhido para treinamento foi o processo de modelagem de s6lidos da ferramenta de CAD
AutoDesk Architectural Desktop, especifica para engenheiros civis e arquitetos, pois e essencial
para a modelagem em 3D de situa~s mais complexas.
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Nos capitulos que seguem especifica-se primeiramente no Capitulo 2 o objetivo do trabalho. No
Capitulo 3 apresenta-se a revisiio bibliografica, onde os temas abordados sao: Problematica de
desenvolvimento de treinamento de EAD, Hist6rico, Situayiio Atual, Fundamentos de EAD,
Avaliaviio de EAD, Ambientes de EAD para Internet e Sistemas CAD. No Capitulo 4 apresenta-se
a metodologia e materiais que foram empregados. No Capitulo 5 apresenta-se a Experiencia de
EAD atraves da divulgaviio dos cursos, da seleqiio dos candidates, do ambiente de EAD utilizado,
do conteudo e das formas de avaliaqiio dos cursos . No capitulo 6 e feita uma aruilise dos dados
obtidos na experiencia. No Capitulo 7 siio apresentadas as conclusoes deste trabalho. No capitulo 8
sugere-se trabalhos futuros.
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2 Objetivo
0 objetivo deste trabalho e estudar a viabilidade e as condi¢es de execuyao de urn curso a distfulcia, via Internet, para profissionais da area de Arquitetura, Engenharia e Construyao (AEC) e
avaliar os resultados obtidos. Neste contexto, pretende-se avaliar qual o metodo mais eficiente para
cursos de CAD via Internet: Comportamental ou Colaborativo para a aprendizagem de modelagem
de s6Iidos.
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3 Revisiio Bibliognifica
3.1 Problematica de Desenvolvimento de Treinamento de EAD
Para MOORE e KEARSLEY (1996), urn projeto de produyao de cursos de ensino a
distancia envolve muitos tipos de habilidades. Desde que a instruyao seja provida de meios de
comunica.yiio e entregue atraves de tecnologia, os materiais precisam ser projetados por individuos
com conhecimentos em didatica assim como em tecnologia. No entanto, mesmo havendo pessoas
com ambas habilidades e importante que as responsabilidades sejam divididas. Produtores do
material instrutivo devem trabalhar com os responsaveis pelo conteildo sempre em concordancia
com os objetivos do curso, os exercicios, as atividades que os alunos desenvolveriio, o conteildo
textual, auditivo e o de interayao por audio e video conferencia. Finalmente inspetores tern que
avaliar os estudantes individualmente assim como a efetividade de todo o grupo. Por ser necessaria
tantas habilidades diferentes, uma das caracteristicas fundamentais dos cursos de EAD bern
sucedidos e que estes sao projetados por equipes nas quais va.rios especialistas trabalham juntos. Os
autores relatam que em toda educayao lui a necessidade da comunicayao entre urn professor ou
equipe pedag6gica e o estudante ou estudantes. No EAD esta comunicayao acontece por alguma
forma de tecnologia. A tecnologia pode produzir material de comunicayao impresso (livros ou
apostilas) programas de audio ou video cassete veiculados atraves de radios ou tvs, softwares de
computador e redes de computadores. 0 uso dessa tecnologia mais recente, que pode levar a
mensagem de professores e alunos para qualquer parte, com a possibilidade de interayao, e o que
faz o EAD tiio atual para a maioria das pessoas.
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EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental
RASMUSSEN e RELAN (1997) diz que em Instru\)oes Baseadas na Web (Web Based Instruction-
WBI), o instrutor tern que manter urna variedade de papeis para facilitar o processo de
aprendizagem. A troca de paradigma muda o papel do instrutor de mero "distribuidor de
informayao" para mentor e guia.
"Com relavao a prepara¢o do material, hi! uma diferenya fundamental entre o ensino presencia! e a distiincia. Neste Ultimo caso, e importante que os materials sejam preparados por equipes
multidisciplinares/transdisciplinares que incorporem nos instrumentos pedag6gicos escolhidos as
tecnicas mais adaptadas para a auto-instruyao, tendo em vista que o processo de aprendizagem
deverii se dar com uma pequena participayiio de apoios ex:temos. 0 centro do processo de ensino
passa a ser o estudante" (GON
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EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental
" A lista de distribuiyao e uma forma de uso do correio eletronico onde e-mails sao distribuidos
de forma simultanea para urn conjunto de pessoas, isto e, os seu subscritos. As listas de
distribuic;ao geralmente sao utilizadas para divulgayao ampla de inforrnac;ao e discuss5es de
temas.
" As home pages sao a base da transferencia do conteudo da instruyao baseada na WEB. Elas
podem conter material instrutivo e organizacional, alem de links para outros locais e sistemas
de correio. 0 processo de criac;ao de home pages e bastante simples, ja que sua linguagem de
prograrnac;ao a Hipertext Mark-up Language (IITML), e baseada em documentos de texto
simples que podem ser criados por qualquer processador de textos. Estas paginas de texto sao
forrnatadas utilizando-se tags para instruir os browsers como apresentar o texto.
" Os BBS sao sistemas que perrnitem a postagem de e-mail. As mensagens nao circulam entre
pessoas, sao enviadas para "um quadro de mensagens". Qualquer pessoa pode responder a uma
mensagem postada. A estrutura da comunicac;ao e visiveL Geralmente e utilizada para
postagem de duvidas e respostas de forma organizada de modo a facilitar a leitura e
acompanhamento das questoes. Desse modo mesmo nao tendo participado da discussao, o
aluno pode rever o assunto e se inteirar dos problemas.
3.2 Historico
No levantamento do hist6rico do EAD, alguns autores encontram sua origem na troca de
mensagens feita pelos primeiros cristaos para difundir a palavra de Deus, especialmente nas varias
"epistolas" escritas pelo ap6stolo Paulo (GON
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EAD via Internet para CAD: Metoda de Ensino Colaborativo x Comportamental
onde, "utilizando-se da duvida sistematica, procedendo por analises e sinteses, elucidava os termos
das questoes em disputa, fazendo nascer a verdade como urn parto no qual ele ( o mestre) era apenas
urn instigador, urn provocador e o disdpulo o verdadeiro descobridor e criador" (GADOTTI,
1983).
Do seculo V a. c. ate o seculo XV de nossa era, no entanto, os documentos escritos eram caros e
raros, pois tinham de ser feitos (copiados manualmente) pelos escribas. A partir de 1450, como
desenvolvimento da imprensa (inventada pelo alemao Johannes Gutenberg, em 1438), a chamada
"explosiio tipografica", juntamente com a instal~ao dos correios, passam a constituir a infra-
estrutura que faltava para o desenvolvimento do EAD (MCLUHAN, 1996).
Na hist6ria do mundo ocidental, porem, urn pouco antes da "explosiio tipografica", obviamente em
menor extensiio, a xilogravura ja cumpria a funyao de recuperar, armazenar e transmitir
conhecimentos. No outro !ado do mundo, a impressiio - com caracteres tipograficos cunhados em
madeira - era conhecida na China desde o seculo XI e milhares de c6pias de textos budistas foram
feitas, atraves da tecni.ca xilografica, ja no seculo VIII.
Quanto ao outro pilar de sustentayao da infra-estrutura blisica que propiciaria o inicio efetivo do
trabalho de EAD, ainda no seculo XV foram implantados os correios modemos. "A criayiio dos
grandes Estados modemos conferia maior seguranya e regularidade as comunicayees. Instalaram-se os primeiros serviyos postais de Estado: na Franya, sob Luis XI, em 1464 e na Inglaterra, sob
Eduardo IV, em 1478" (ALBERT e TERROU, 1990).
Desde entao quase tres seculos se passaram ate que se espalhassem pelo mundo as iniciativas
concretas de utilizayiio desta estrutura para fins educacionais. RODRIGUES (1998) indica urn
animcio da Gazeta de Boston, de 1728, que oferecia material para ensino e tutoria por
correspondencia, assim como urn curso de contabilidade, na Suecia, em 1833. Em 1840, ainda
dentro do levantamento de Rodrigues, o barateamento dos serviyos de correio na Inglaterra deu
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6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental .......,..
novo impulso ao estudo em casa, tomando-o interativo, pois os alunos puderam passar a
corresponder com seus instrutores ao custo de 01 penny por carta, independente da distancia: foi a
cria~;tao do chamado Penny Post.
Outro momento importante, tambem citado por Rodrigues, foi o reconhecimento formal dos cursos
por correspondencia: "o estado de Nova Iorque autorizou o Chatauqua Institute, em 1883, a
conferir diplomas atraves deste metodo".
Em rela(iiio aos cursos de nlvel superior, a partir do relato feito por varios autores, Rodrigues indica
o pioneirismo da Sociedade de Linguas Modemas, de Bedim, que teria iniciado em 1856 a oferta
de cursos de frances por correspondencia. Ao mesmo tempo, considerando a ado(iiio do EAD em
seu carater mais amplo (implanta((ao de varios cursos), a referencia hist6rica e a lllinois Wesleyan
University, a primeira Universidade Aberta no mundo, que teria iniciado as atividades nesta
modalidade de ensino em 1874.
Tomando como criterios de avalia(iiio a tradi(iiio no uso integrado de tecnologias, o vulto e sucesso
no empreendimento, destaca-se a Open University da Inglaterra, criada em 1969: "e a mais
tradicional e a maior institui(iiio de EAD do Ocidente. Em 1971, os primeiros 24.000 estudantes
ingressaram em diversos cursos. Em 1997, 160.000 alunos estavam registrados ... " (BOLZAN,
1998). 0 sucesso da Open University se deve a novidade do uso integrado de material impresso, radio e televisao, implementada atraves de urn acordo com a BBC (British Broadcasting
Comission), a possibilidade de contato pessoal, atraves de centros de atendimento espalhados no pals, ao fato dos alunos nao necessitarem apresentar certificado de forma(iiio escolar anterior (a
idade minima de 21 anos era o pre-requisito para ingresso na universidade) e ao alto nlvel dos
cursos (RODRIGUES, 1998).
0 primeiro encontro intemacional realizado como objetivo de debater o EAD aconteceu em 1938,
na cidade de Vit6ria, no Canada e foi chamado de "Primeira Conferencia Intemacional sobre
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EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Com porta mental
Educa~o por Correspondencia". E, a partir da decada de 40, mais e mais paises foram adotando
oficialmente o EAD: "Africa do Sul e Canada, em 1946; Japao, em 1951; Belgica, em 1959; India,
em 1962; Fran~a, em 1963; Espanha, em 1968; Inglaterra, em 1969, Venezuela e Costa Rica, em
1977" (RODRIGUES, 1998).
HOBSBA WN (1996) afirma que "o mundo no final do nosso seculo esta repleto de urna tecnologia
revolucionaria, baseada em triunfos da ciencia natural previsiveis em 1914 mas que na epoca mal
haviam comeyado, e cuja consequencia politica mais impressionante talvez fosse a revolu~ao nos
transportes e nas comunicac;Qes, que praticamente anulou o tempo e a distancia. Urn mundo que
pode levar a cada residencia, todos os dias, a quaiquer hora, mais informa~o e diversao do que
dispunham os imperadores em 1914. Ele da condic;Oes as pessoas de se falarem entre si cruzando
oceanos e continentes ao toque de alguns botoes e, para quase todas as questoes praticas, aboliu as
vantagens culturais da cidade sobre o campo."
3.3 Situa~lio Atual
3.3.1 Perspectivas de Crescimento
Na decada de 90, o EAD atinge outro nivel de expressao quantitativa e qualitativa. Dentro
de urn processo de amplo crescimento e diversifica~o da oferta de programas de EAD, podem ser
observados quatro movimentos distintos:
a) urn movimento no sentido da prolifera~lio, ou descen~, isto e, a partir das
possibilidades reais ( e das promessas e rnitos) multiplicam-se iniciativas de EAD por todo o
mundo;
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b) urn movimento de centraliza~ao on concentra~ao nas grandes instituiyees e empresas, que
passam a oferece seus servi90s de EAD a muitas outras regi5es, paises e ate continentes;
c) urn movimento em dir~ao a melhoria da qnalidade, posto que a tecno!ogia digital e de compressao de dados viabiliza tecnicamente o acesso a informayi)es e a cbamada "aprendizagem cooperativa" a distancia; e
d) urn movimento ou tendencia de "virtnaliza~o" geral, que val minando as fronteiras entre a
educa9iio presencia! eo EAD.
Embora distintos e aparentemente contradit6rios, estes movimentos sao interdependentes e
convergentes, impulsionando o crescimento do EAD, como apresentado a seguir.
No movimento de prolifera~o de iniciativas de EAD, verifica-se por todo o mundo, que surgem
experiencias pontuais (que tratam de urn tema especifico, mas pretendem atingir o publico em
geral) ou localiZildas (que tratam de diversos ternas, mas sao dirigidas ao atendimento dos
interesses de um publico especifico) de EAD. Novas alternativas tecnol6gicas viio se incorporando
e se ajustando as anteriores, viabiliZilndo 0 desenvolvimento dos programas educativos niio so por parte de grandes instituiyees publicas e privadas, mas tambem de empresas de medio e pequeno
porte e de organizayi)es niio-governamentais. NAVES (1998) apresenta dados de urn levantamento
realizado no Canad8. por Roberts em 1994, onde 54% das universidades canadenses, 68% dos
colegios comunitarios e 36% das grandes e medias empresas reportaram o uso de ensino a
distancia. Oficialmente, hoje, "mais de oitenta paises, nos cinco continentes, adotam o ensino a
distancia em todos os niveis de ensino, em sistemas formals e niio formals, atendendo a milhoes de
estudantes" (NAVES, 1998).
0 movimento de centraliza~o de oferecimento de servi90s de EAD ocorre nos grandes centros,
que passam a constituir as chamadas "mega-universidades", entretanto, ao mesmo tempo surgem
iniciativas de pequeno e medio alcance. De acordo com o International Center for Distance
Learning (ICDL) da Open University da Grii-bretanha, urna "mega-universidade" e aquela
institui9iio que recebe urn niunero de matriculas anuais superior a 100.000." Em 1995, por ocasiiio
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EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental
do encontro dos diretores executives destas institui~oes, o ICDL apontou as dez maiores mega-
universidades do mundo" (NAVES, 1998).
Entre elas estil, por exemplo, a propria Open University, da Gra-bretanha, com uma media de
150.000 matriculas anuais nos cursos de gradua~ao e p6s-gradua~o, oferecidos em diversos paises
que usam a lingua inglesa, principalmente na Europa. Os cursos podem ser feitos por qualquer
pessoa com mais de 18 anos, independente da forma~o escolar anterior. "Os materiais impressos
sao complementados por transmiss5es de radio e televisao, fitas de audio e video, slides, kits de
experiencias, Internet, acesso a bancos de dados, viagens de estudo, cursos de verao e encontros nos
fins de semana ou dias de escola" (RODRIGUES, 1998).
Para isso, a UK Open University mantem 18 centros de atendimento distribuidos em 12 cidades na
Inglaterra. Pesquisa da universidade informa que 54% dos alunos escolhem a UK Open University
pela liberdade de Iugar, tempo e ritmo de estudo, sendo que 68% dos alunos tern emprego fixo,
desejam desenvolver sua capacidade intelectual ( 49"/o) e melhorar as chances na carreira
profissional (40%) (BOLZAN, 1998).
No ano de 1997 a Indira Gandhi National Open University (IGNOU) contou com 394.388
estudantes em seus prograrnas educativos, utilizando uma infra-estrutura bitsica que inclui, alem
das midias tradicionais (impressos, radio, TV): computadores, conexao Internet, e-mail/fax,
biblioteca eletronica, tele-conselhos e provisao de recursos multimidia (BLATTMANN e DUTRA,
1999).
Mas a maior institui~o universititria, em termos de niunero de alunos, sem duvida, e a China
Central TV and Broadcasting University (CCRTVU) que, em 1994, contou com 530.000
matriculas nos 350 cursos bitsicos e especializa~s oferecidas. 0 sistema RTVU (Radio and
Television University) envolve estados, municipios e bairros/distritos. 0 material de interesse
nacional - impresses e programas de radio e televisao - e produzido pela Central Radio and
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Television University, que tambem treina professores, tecnicos e faz pesquisas sobre EAD. Os
nucleos estaduais produzem os materials de interesse local ou regional, desenvolvem, agendam e
supervisionam exames. Este nucleo tambem faz a matricula dos alunos, mantem os arquivos e
emitem diplomas e certificados (RODRIGUES, 1998).
Alem destas, segundo NAVES (1998), completando o quadro das dez maiores mega-universidades,
estiio: a da Africa do Sul (University of South Africa- UNISA), ada Coreia (Korea National Open
University - KNOU), a da Espanha (Universidad Nacional de Educaci6n a Distancia- UNED), a
da Franya (Centre National d'Enseignement a Distance - CNED), ada Indonesia (Universitas Terbuka- UT), ada Tailandia (Sukhothai Thammathirat Open University- STOU) e ada Turquia
(Anadolu University).
No movimento em dir~o a melboria da qualidade verifica-se uma mudanya qualitativa nos processos de aprendizagem possibilitada pelas novas tecnologias. Na decada de 90, a criayao da
WorldWide Web (em 1991), do browser (em 1993), dacompressiio etransmissao de dados em alta
velocidade1, assim como os avanyos na area de te1ecomunic:ayOes2 e na produyiio de hardware e software colocaram a interatividade no centro das atenyoes, promovendo o questionamento dos
modelos pedag6gicos baseados na simples transmissiio de conhecimentos do professor para o
aluno.
1 "Na decada de 70, a ARPANET estava usando links de 56 mil bits por segundo. Em 1987, aslinbasdaredetr.msmitiam l,SmilhiSes de bits por segundo. Em 1992, a NSFNET, a rede principal atras da Imternet, operava a velocidades de transmissiio de45 milhOes de bits por segundo: capacidade suficiente para enviar 5 mil pOginas por segundo. Em 1995, a tecnologia de transmissiio usando gigabits estava no estagio de prot6tipo, com capacidade equivalente a transmissao de toda a Biblioteca do Congresso Norte-americano em mn minute• (CASTEILS, 1999).
2 Segundo Dertouzos, o uso da libra 6tica nas telecomuni""9oes, alterando a velocidade dos sinais nas 1inbas detr.msmissiio de dados beneficiou de fonna crucial a oomputll\;i!o: "Uma libra 6tica fina como mn lio de cabelo tem mna capacidade smpreendente de transportar inf~ rapidamente, por milhares de quilometros, na fonna de pulsos luminosos que piscam I 0 bilb6es de vezes por segundo. Um filme de doas horas pode ser 1ransmitido por libra 6tica em segundos, mas exigiria mn mes pom transmissiio por linha teleJDnica comum • (DERTOUZOS, 1997).
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Muda tambem o papel dos bibliotecitrios e dos serviyos oferecidos pelas bibliotecas: "De um !ado,
observa-se o envolvimento do biblioteciuio como formador (num papel de pedagogo), ou seja,
participante do processo de ensino/aprendizagem. Onde desenvolve atividades pr6-ativas,
auxiliando os usuarios a aprenderem a pesquisar, seja na elaborayiio da estrutura ou na localizavii.o
de fontes para suas pesquisas. Por outro !ado, observa-se tambem que o profissional encontra-se no
processo de auto-aprendizagem no uso das tecnologias da informayiio e adequando-se ao trabalho
cooperative entre os pares e entre as organizay(ies" (BLATTMANN e DUTRA, 1999).
Contudo, para LEVY (1999) e ainda polemico indicar o que conduzini o EAD da condiyiio de "estepe" a condivlio de "ponta de lan9a" do ensino. DERTOUZOS (1997) argumenta que "ascender a chama da vontade de aprender no coravlio dos estudantes, dar o exemplo e criar vinculos entre
professores e alunos sao fatores essenciais para o sucesso do aprendizado. Estas necessidades
b:isi.cas nlio podem ser satisfeitas pela tecnologia da info111Ultica". Na mesma linba, CASTELLS
(1999) enfatiza: " ... a qualidade da educayiio ainda esta, e estara porum Iongo tempo, associada a intensidade da interayiio pessoal. Por conseguinte, as experiencias em larga escala de
'universidades a distancia', independentemente de sua qualidade (rna na Espanha, boa na Grli-
Bretanba), parecem posiciona-las como uma segunda op9lio em formas de educayao ... ".
Articulado aos tres movimentos abordados anteriormente, o crescimento do EAD ganba forya
tambem a partir da propenslio em acelerar a substituiyiio do presencia! pelo virtual,
(VI11ualizayiio3) registrada nos anos 90. "Por que construir universidades em concreto em vez de
encorajar o desenvolvimento de tele-universidades e de sistemas de aprendizagem interativos e
cooperatives acessiveis de qualquer ponto do territ6rio?", pergunta LEVY (1999), argumentando
'A palavra "virb,alim>!Io" e utiljzada segundo o conceito de virtual definido por Levy; ou seja, nao no sentido de oposiy!Io ao real, mas ao atual, pois "o virtual existe sem estar presente. ( ... )A infOJ::IDay!Io digital (traduzida pam 0 e I )tambem pode serqualificada de virtual na medida em que e inacess:ivel enquanto tal ao ser humano. S6 podemos tomar conhecimento direto de sua atualimfilo por meio de aJgwna forma de exibiyao. Os cOdigos de computador, ilegiveis pam n6s, a1J1alimm-se em alguns lugares, agora ou mais tarde, em textos legiveis, imagens visiveis sobre tela ou papel, sous audiveis na atmosfera" (LEVY, 1999).
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favoravelmente, embora com algumas (poucas) ressalvas. "Por que se matricular na escola, centro
de treinamento ou universidade locais, se o estudante pode freqiientar uma escola mais distante,
porem melhor e mais adequada a seus interesses especificos?", pergunta DERTOUZOS (1997).
Enquanto esta substitui~;ao radical ainda e apenas tendencia, a integral;iio da educal(iio presencia!
com o EAD, no entanto, ja esta se tomando regra em boa parte das institui~;oes de ensino, o que
deixa cada vez menos nitida a distinl;iio entre as duas modalidades. Esta integral;iio pode ser
constatada em tres tipos de iniciativas:
1) o uso da telecomunica~;ao e dos suportes multirnidia interativos nos programas educativos de
carater presencia!;
2) a transformal;iio de cursos, tradicionalmente oferecidos na forma mais classica de ensino, em
"aprendizagem cooperativa assistida por computador" ou em outros fonnatos de EAD;
3) a implantal;iio de cursos cuja grade de disciplinas e composta atraves de uma combinai;OO de
materias que exigem a presen~;a fisica com outras realizadas atraves do EAD. Este eo caso, por
exemplo, do Mestrado em Artes, oferecido pela Universidade do Arizona, onde, dos 36 creditos
obrigat6rios, 24 podem ser realizados "virtualmente" (BLATTMANN e DUTRA, 1999).
0 acesso as bibliotecas virtuais ou mesmo a constitui~;ao de uma biblioteca virtual particular ou para uso da "classe virtual" (no caso dos cursos de EAD), a partir do download de livros
digitalizados e disponibilizados na Web, e outro exemplo da virtualizal;iio ja presente no dia a dia
da sociedade. 0 nfunero de obras disponiveis (gratuitamente) se torna maior na medida em que
avan~;a o trabalho de digitaliza~;ao em varios projetos concebidos e executados com esta finalidade.
Por exemplo, o "Projeto Gutenberg", que tern como meta colocar "ate o ano 2001 cerca de 10.000
titulos na forma texto eletronico" (BLATTMANN e DUTRA, 1999}.
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3.3.2 Contextualiza~io
A sistematiza91io da ao:ilise da situa91io atual (aoos 90) do EAD, como urn fenomeno
impulsionado pelos quatro movimentos acima citados, consegue dar urna no9Jio de "o que" esta
acontecendo e de "como" o processo vern evoluindo. Uma compreensiio, por minima que seja, do
"por que", no entaoto, requer a amplia91io do contexto de ao:ilise, taoto no tempo como no sentido
da abraogencia de alguns dos complexos aspectos implicados. Ou seja, mesmo sem ter a pretensiio
de apreender todas as dimenooes do que RAMONET (1998) chama de "reviravolta de civiliza9Jio",
e preciso considerar que:
Nos aoos 70, como resposta ao esgotamento do chamado padriio de produ9Jio e de
desenvolvimento "fordista" , que teve como desdobramento a queda das taxas de acumul~ de
capital e uma situa91io de forte instabilidade do proprio sistema capitalista, instaura-se urn novo
paradigma produtivo, a partir do que se convencionou chamar de "reestrutura9Jio produtiva". Estas
mudao9a5 no sistema produtivo caracterizam-se por:
a) urn novo padriio tecnoi6gico, que tern como elementos-chave o computador e a telematica; e
b) novos metodos organizacionais, que incluem a desverticaliza91io da produ91io, a utilizayiio dos
sistemas just in time/kanban e a organiza9Jio da fabrica em celulas ou ilha de produ9Jio 4
(NEUTZUNGeKREIN, 1997).
A mundializa91io5 da economia e a prioridade absoluta dada ao mercado- como instrumento de
regula9Jio - criam urn ambiente economico instavel e imprevisive~ provocaodo urn aumento da
concorrencia intercapitalista;
4 • A empresa detemrina o seu foco de a~o e transfere a outras empresas (terceirizadas) atividades na area de apoio, no fomecimento de C
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0 acirramento da concorrencia no mercado globalizado leva as empresas a busca desenfreada de competitividade, o que implica ter flexibilidade (possibilidade de mudar com facilidade a produ
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sociedade, seja maior do que nunca: "Agora, em diversos paises, e a maioria de uma faixa etaria que cursa algum tipo de ensino secundario. As universidades transbordam. Os dispositivos de
forma
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independem da epoca, do Iugar e mesmo do fonnato e conteudo escolhidos para sua produviio".
Neste sentido, CRUZ e MORAES (1998) apud NUNES (1996), analisa os problemas que
impediram o progresso do EAD no Brasil, indicando, como principais: "a criaviio de programas
pouco vinculados as necessidades reais do pais, organizados sem qualquer vinculayao exata com
prograrnas de govemo, geralmente projetos pilotos feitos para testar metodologias, aos quais
faltaram continuidade, criterios de avaliayao, adequada preparaviio para seu seguimento e
divulgayao sobre os resultados alcanyados" (CRUZe MORAES, 1998).
Em relaviio a situa9iio atual, NlSKIER (1998) aponta urn problema que, no seu ponto de vista, e muito grave: "ainda nao dispomos de uma politica nacional de ensino a distancia, o que e bern
sintomatico da desorienta9iio oficial". Segundo ele, estima-se que "em dez anos teremos cinco
vezes mais alunos de ensino a distancia do que hoje - ou seja, cerca de 8 milhoes" (NISKIER,
1998).
0 Brasil nlio tern mega-universidades, nem mesmo urna Unica instituiyao de ensino superior
inteiramente dedicada ao EAD, "o que acontece e que alguns setores de universidades presenciais
modelam cursos a distancia para atender diversas clientelas" (RODRIGUES, 1998). Entre elas, a
experiencia mais antiga (iniciada em 1970) e de maior alcance parece sera do Centro de Educayao
Aberta e Continuada (CEAD) da Universidade de Brasilia, que foi criado em 1989 e hoje conta
com cerca de dez mil alunos, "espalhados no Brasil afora e ate alem das nossas fronteiras"
(NAVES, 1998).
Algumas iniciativas desencadeadas na segunda metade da decada de 90, no entanto, tern dado urn
novo impulse ao trabalho de EAD e promovido a sua proliferaviio por todo o pais. Este e o caso,
por exemplo, da estruturayao do Laborat6rio de Ensino a Distancia, em 1995, na Universidade
Federal de Santa Catarina, que passou a produzir cursos para "clientelas" de diversos setores e
localidades do pais, como relata RODRIGUES (1998).
Mas o primeiro curse de especializayao que utilizou a Web como midia interativa principal foi
iniciado somente em maio de 1998. "Em parceria com o Senai, o curso Especializayao para
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Gestores de Institui~es de Ensino Tecnico, onde 50 funcionarios em 31 cidades tern acesso ao site
(htto://www.iaccess.com.brlled!senai) do curso, que conta com material impresso especialmente
modelado, encontros presenciais, sessoes on-line com o professor e banco de dados com as duvidas
dos alunos e respostas" (RODRIGUES, 1998).
Neste final de decada, o crescimento da demanda de forma~o por parte de grandes contingentes
populacionais esta levando a integrayii.o tambem de ONGs, como relata Bolzan: "estao sendo iniciados os projetos pelo Instituto Nacional de Educal(aO a Distilncia -!NED, em conjunto com o
Instituto Brasileiro de Analises Socials e Economicas -ffiASE e com outras ONGs. ( ... ) Tambem
ha dois anos, foi criada a Rede Brasileira de Educal(ao a Distfmcia - READ/BR, e a secretaria esta
ao encargo da Associayii.o Brasileira de Tecnologia Educacional" (BOLZAN, 1998).
3.4. Fundamentos de EAD
3.4.1 Defini~Oes
0 decreto N" 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 que regulamenta o Art. 80 da LDB n°
939/96, define no Art. 1° que "EAD e urna forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem,
com a mediayii.o de recursos didaticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes
suportes de informayii.o, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios
de comunicayii.o." (BRASIL, 1998)
MOORE e KEARSLEY (1996) descrevem em seu texto que o conceito de EAD e bern simples: ''Estudantes e professores estao separados pela distilncia e em alguns casos pelo tempo". Esse
conceito oontrasta com o metodo tradicional em que professores e alunos encontram-se em urna
hora e local pre.determinado, como numa universidade, em urn modelo de instruyii.o envolvendo
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uma sala de aula onde o professor fala a um grupo de alunos. Se professores e estudantes nao estiio
juntos no mesmo Iugar ou na mesrna hora, eles estiio separados pela distilncia tornando-se entiio
necessaria a introdu~o de um meio artificial de comunicayiio que ira disponibilizar a informayao e
tambem prover um canal de intera~o entre eles. 0 uso de material impresso e tecnologias
eletronicas como forma primaria de comunica~o e a primeira e mais evidente caracteristica que
distingue EAD das demais formas tradicionais. 0 uso dessas tecnologias abre novas possibilidades
na forma dos instrutores apresentarem a informa~o e conduzirem a intera9ao como aluno.
MOORE e KEARSLEY (1996) descrevem que existe diferentes niveis de EAD e usa a tipologia
desenvolvida por Michael Marek (1990) que a divide em quatro niveis:
1. Prograrnas de ensino a distilncia: Essas sao atividades realizadas em um colegio ou universidade
convencional de quem e a responsabilidade primaria incluindo salas de aulas tradicionais. Nos
Ultimos anos muitas universidades tern optado por oferecer seus cursos fora do campus atraves de
audio ou video conferencia simplesmente acrescentando essa tecnica de ensino a distilncia as aulas convencionais. Isso as vezes e tido como "engodo" de ensino a distilncia, visto que, geralmente
consiste em um simples professor trabalhando sozinho contrastando com o trabalho em equipe dos
sistemas de acesso sistematico. Os programas de ensino a distilncia normalmente nao tern sua
propria faculdade ou serviyos administrativos.
2. Unidade de ensino a distilncia: Uma unidade especial dentro de um colegio ou universidade
convencional que se dedica a atividades de ensino a distilncia. Cada unidade tera normalmente sua
equipe administrativa cuja Unica finalidade eo EAD. Pode tambem haver uma faculdade dedicada,
apesar da maioria convidar o corpo docente da institui~o vinculada para prover a maior parte do
ensino da unidade. As unidades de extensao da maioria das universidades sao um exemplo desse
nivel de EAD.
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3. Institui~ao de ensino a distancia: 0 Unico proposito da institui~o eo ensino a distancia. Todas as
atividades sao desenvolvidas exclusivamente para esse fim. Tal instituicao tern uma faculdade e
urna equipe administrativa do qual tern deveres diferentes dos colegios e universidades tradicionais.
A British Open University e urn famoso exernplo rnundial de instituicao de EAD.
4. Consorcio de ensino a distancia: Essa rnodalidade consiste normalmente de duas ou rnais
instituiy(ies ou unidades de ensino a distancia que cornpartilham o projeto e/ou o envio dos
prograrnas. A National University Teleconference Network (NUTN) e "Star Schools" sao
exernplos dessa parceria.
3.4.2 Modelos de aprendizagem em EAD
De acordo com BOLZAN (1998) "0 EAD pressupoe um sistema de transmissao e
estrategias pedag6gicas adequadas as diferentes tecnologias utilizadas". Bolzan no mesmo trabalho coloca que, de acordo com Brande, a estrategia didatica do EAD significa "a escolha dos metodos e
meios instrucionais estruturados para produzir um aprendizado efetivo. Isto inclui nao apenas o
conteudo do curso, mas tambem decisoes sobre o suporte ao aluno, acesso e escolha dos meios. 0
modo como o tutor e o aluno se comunicam e interagem depende do esquema de aprendizado que e
usado".
• Aprendizagem Colaborativa
Segundo GUNAWARDENA, LOWE e CARABAJAL (2000), a metafora da "colcha de
retalhos" e a que melhor descreve a constru~o compartilhada do conhecimento que acontece em
um ambiente de aprendizagem construtivista. Um bloco da "colcha" e construido pela aplicacao, um apos outro, de p~s pequenos de "pano", que quando unidos formam um padriio luminoso e
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colorido. Os peda
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incentivar a aprendizagem e o pensamento. 0 professor toma-se urn animador da inteligencia
coletiva dos grupos que estao a seu encargo" (LEVY, 1999).
Em sistemas de "instruc;:iio baseada na web" (WBI) os instrutores e outros estudantes diio urn
feedback (retorno) aos demais estudantes atraves de discussoes compartilhadas. Como estudante
ou o instrutor sendo o mecanisme desse retorno, a interatividade da classe passa ser promovida por
essas discussoes. Ao contrirrio da sala de aula convencional, o feedback nem sempre e imediato e
pessoal. Dependendo do numero de estudantes, nem sempre e possivel para o instrutor
proporcionar respostas individuais para perguntas e problemas. Geralmente nesses casos o retorno e
"geral" para a classe. De certa forma esse procedimento passe a ser eficiente pois, o esclarecimento
de urna duvida de urn aluno pode servir aos demais com o mesmo problema (RASMUSSEN e
RELAN, 1997).
• Aprendizagem Comportamental (Behaviorism)
Dentre os modelos de aprendizagem na educayao, o mais tradicional e o charnado de
comportamental ou objetivista. Centrada no ensino do professor, esta forma de ensino e baseada
numa aprendizagem reprodutiva (memorizayiio ), o aluno e entendido como urn sujeito passive, que
recebe uma serie de informayaes prontas, trabalhando muito pouco sobre elas. 0 ensino segundo
essa concepc;:iio e encarado apenas como transmissao de conhecimentos (BOLZAN, 1998).
Na abordagem do "behaviorista" (ou comportamentalista) Burrhus Frederic Skinner o
conhecimento e resultado direto da experiencia. Segundo Skinner, que criou o "ENSINO
PROGRAMADO", as pessoas aprendem mais facilmente quando o conteildo e apresentado em
"unidades discretas", isto e, pequenos modules e quando recebem urn feedback imediato, indicando
se o aluno teve ou niio sucesso (RUTHSCHILLING, 2001).
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3.5 Avalia~ao de EAD
Avalia
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EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental
fatores estes que incidem na satisfa~ao do estudante e uso subseqi.iente destes nas conferencias
mediadas por computador (CMC) utilizadas na experiencia de EAD. Porem, ao ap!icar o metodo,
os autores constatararn que urn dos principals problemas associados com anaJ.ises quantitativas, no
contexte de CMC era o tarnanho da arnostra. Quando se ap!icou metodo estatistico para ava!iar os
dados, aparecerarn discrepancias significantes devido ao nfunero pequeno de participantes, comurn
emCMC.
Quanto a questao de ava!ia~oes comparativas entre ensino a distancia com o presencia!, MOORE e KEARSLEY (1996), destacarn em seu texto que "o que faz qualquer curso born ou ruim e
conseqi.iencia de quao bern e estruturado, acessado e conduzido, e nao se os estudantes estao face a
face ou a distancia". Segundo eles, o sucesso no uso dessas tecnologias requer tecmcas especiais no projeto e urn cuidado maior no planejarnento e produ~ do que gera!mente se tern na sala de aula.
Segundo BANNAN e MILHEIN (1997), a Internet esta se tomando a principal fonte de
distribui~o de material aos estudantes que preferem ( ou sao obrigados) a estudar paralelamente a
uma sala de aula tradicional. Poretn, os autores ressaltam que e extremamente necessiuio avaliar
esses cursos baseados na web em termos das suas caracteristicas globais de projeto instrutivo em
Iugar de s6 ava!iar cada curso pelo conteUdo especifico que ele prove. Segundo RIEBER (1994)
apud BANNAN e MILHEIN (1997), assim como acontece em qualquer novo meio de distribui~o,
como e o caso da Internet, ha uma tendencia em enfocar estrategias de projeto fundadas somente na
capacidade tecnol6gica do meio, em Iugar das metas da !i~, das necessidades do estudante e da
natureza da tarefa envolvida.
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3.6 Ambientes de EAD para Internet
CHAVES (2000) relata em seu texto que a avalia~o de um software no contexto de
EAD apesar de levar em conta criterios objetivos e aquilo que o desenvolvedor pretendia, precisa
ser feita da perspectiva do usuario e levar em conta o que pretende fazer com software e o que ele
espera dele. 0 autor enfatiza que fara grande diferenya na avalia9ao se o usuario pretender usar o
software para ensino a distancia ou para aprendizagem colaborativa atraves de comunidades
virtuais, que sao duas modalidades de EAD. No caso de EAD, ha um complicador a mais ja que
geralmente ele se destina geralmente de dois a quatro tipos de usuarios, que sao: Os
desenvolvedores de programas educacionais, os professores ou tutores que tambem podem ser os
desenvolvedores, os alunos e por fun, os administradores que tambem podem fazer o papel de
criadores e/ou administradores.
Desta forma, CHAVES (2000) descreve que um software para EAD via Internet geralmente e
destinado a produ~o de materiais e ao planejamento das atividades educacionais (desenvolve®res) que serao utilizados por alunos com o acompanhamento dos projessores alem de haver uma
administra9Cio, responsilvel por disponibilizar o material, realizar matriculas entre outras.
Alguns indicadores especificos de software de EAD via Internet precisam ser considerados de
acordo com o ponto de vista de cada tipo de usuario descrito acima. Para o desenvolvedor, e
importante, por exemplo, a capacidade de importa~o nos principais formatos de arquivos de
textos, imagens e videos existentes no mercado. Para o professorfmstrutor a preocupayao esta em
dispor de sistemas de correio e listas EXTERN OS, ou seja, que possam ser utilizados mesmo com
o micro desconectado do ambiente. A presenya de dispositivos de chat e BBS pr6prios do sistema,
a u~o de quadros de aviso e calendarios, a gerayao de lembretes automilticos das tarefas e
outros, a g~o de estatisticas, a u~o de banco de dados alem da f'acil inser~o de
convidados em sey(ies de chat. Para o aluno, e importante que o software tenha uma interface
agradavel perrnitindo a fftcil visualiza~o dos quadros de aviso, lembretes e calendarios assim que
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se entre no ambiente. Facil acesso as mensagens e aos materiais obrigat6rios do curso. Do ponto de
vista do administrador, e importante que o software permita cadastrar com facilidade os usuanos do sistema, inclusive com nlveis de acesso diferenciados, disponlbilizar cursos com rapidez, mantendo
quando necessario a estrutura definida pelo desenvolvedor alem de poder matricular alunos atribuindo-lhes nomes de usuaries e senhas que garantam acesso a todos os :materiais e atividades
do curso que sao permitidos (CHAVES, 2000).
3.6.1 0 software WebCT
0 WebCT e uma ferramenta que facilita a criayiio de urn ambiente educacional baseado em interface WWW. Pode ser usado para criar cursos on-line completos, ou como interface de
apoio para cursos comuns. Foi projetado para ser utilizado por usuarios sem grande experiencia
tecruca em computadores, fazendo uso de interfaces graficas para o desenho do material e diversas
ferramentas para auxiliar o professor tais como: sistema de conferencia, chat on-line, estudo em
grupo, avalia~oes, gr.ificos que listam o progresso dos estudantes, e-mail, glossanos, entre outras
(FRANCO e BARBETTI, 1998).
Foi desenvolvido pelo Departamento de Ciencia da Computa~ao da Universidade de British
Columbia no Canada. Suas principais caracteristicas sao:
• interface amigavel;
• conjunto de ferramentas que facilita o aprendizado, comunlca~o e colabora~o;
• conjunto de ferramentas administrativas que auxiliam o professor no decorrer do curso;
• pode ser usado para criar cursos ou simplesmente disponlbilizar material para cursos ja
existentes;
• exige o minimo de tecnica por parte do aluno e do professor.
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Possui quatro classes de usuaries:
,. administrador;
" designer ( desenvolvedor I professor);
• monitor;
• aluno.
Cada classe trabalha da seguinte forma:
" Existe semente uma conta de administrador que e responsavel por inicializar e apagar curses, e
alterar as senhas dos designers. Essa pessea nao pode: alterar o conteudo dos curses, utilizil-lo
como aluno ou trocar a senha dos estudantes. Obrigatoriamente, o nome da conta e administrator ou
admin.
• Cada curse possui uma conta para o designer que normalmente sera o instrutor do curso. Essa
pessea podera manipular todo o curso, criar provas, acompanhar o desempenho dos alunos,
controlar freqii~cia, criar as contas dos alunos entre outras. Depois de escolhido o nome da conta
do designer este nao podera ser alterado. A senba podera ser alterada pelo administrador.
• Cada curse pode ter varios monitores. 0 monitor tern os mesmos privilegios que o aluno alem
de possuir acesso as avaliay
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6 EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportement a! ......,_
3.7 AutoCAD
3.7.1 Historico
0 termo CAD (Computer Aided Design) geralmente e utilizado para definir OS sojtwares
de desenho tecnico que trabalham com imagens vetoriais. Em pesquisa via Internet, FREITAS
(1999) constatou que o AutoCAD, desenvolvido pela empresa americana Autodesk, eo software de
CAD usado por 72% dos profissionais de AEC de varias regioes do Brasil.
0 primeiro release do AutoCAD surgiu em dezembro de 1982, desde entao, varias atualiza~es
tern ocorrido em intervalos que vao de 6 meses ate dois anos. Em 1985 a versao6 2.5 do AutoCAD
ja trazia fun~ basicas usadas ate hoje como line, pline, blocos, texto entre outras. Fun,.oes para
dimensionamento (cotagem) poderiam ser adicionadas com urn custo extra. A versao 2.6 era urn
sistema baseado em 2D com poucos recursos de 3D e nao necessitava de co-processador
matematico. 0 release 9 (AutoCAD R.9), introduzido em 1987, foi a primeira versao a possuir os
menus Pull Dawn e ja necessitava de urn co-processador maternatico. 0 AutoCAD R 10, Ian,.ado
em 1990, introduz o recurso de mwtiplos User Coordinate System (UCS) possibilitando a
u~ao completa dos recursos de 3D. 0 AutoCAD R.12 chega em 1994 com interface
modificada introduzindo-se as facilidades das janelas do sistema operacional Wmdows. A
modelagem de s6lidos ja era possivel atraves do modulo Advanced Modelling Extension (AME),
distribuido separadamente. 0 AutoCAD R 13 apesar dos infuneros problemas, substitui o processo
de modelagem de s6lidos com os recursos do AME por s6lidos verdadeiros, isto e, acrescentou-se
primitivas basicas de 3D e oper~es boleanas sobre estas para a modelagem de volurnetrias. Esta
• Vers
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6 EAD via Internet para CAD: MoModo de Ensino Colaborativo x Com porta mental ..........
modificavao no AutoCAD representou uma regressao em recursos de modelagem de solidos, muito
criticada na epoca por usuitrios, e que ainda hoje nao foram totalmente recuperados. 0 AutoCAD
R.l4 corrigiu bugs ( erros) que eram frequentes no R 13 e acrescentou melhoria em desempenho do
sistema. Enfim, o AutoCAD R.l5, batizado de AutoCAD 2000, trouxe modifica~;oes importantes
principalmente no trabalho com s6lidos 3D, com recursos de visao dinfunica e melhorias na
renderiza\(iio.
Uma das caracteristicas marcante do AutoCAD sempre foi o fato do software nao ser direcionado a
areas especificas da engenharia, ou seja, tanto o profissional da arquitetura como o de mecfulica utilizavam a mesma versao basica, com a possibilidade de desenvolvimento, por terceiros, de
rotinas especificas atraves de linguagens de prograrna~;ao como AutoLISP, C++ e Visual Basic. A
partir do release 14 a Autodesk come~;a a direcionar seus produtos implementado fun~;oes
especificas a determinados processos de projetos das areas da engenharia. Um exemplo disso e o AutoCAD Mecanical Desktop direcionado a engenharia mecfulica e o AutoCAD Architectural
Desktop (ADT) para os profissionais de engenharia civile arquitetura, denominados pela AutoDesk
de CADs verticalizados. No anode 2000 o ADT passou a marca de 100,000 copias vendidas no
mundo (CADESIGN, 2001).
3.7.2 Modelagem 3D
RA WKINGS (2001 ), descreve em seu site que o primeiro CAD 3D apareceu no inicio dos
anos 70. Desde entiio varios sistemas surgiram, cada vez mais potentes e mais acessiveis. 0 autor
indica alguns marcos do desenvolvimento de sistemas de CAD 3D. 0 inicio se deu com a
representa\;iio dos objetos em wirejrame (aramado}, similar ao esqueleto extemo do objeto, em
seguida foi acrescida a representa\(iio em wirejrame, recurso de visua1iza\(iio com a remo~;ao das
linhas ocultas (hiden lines). Segundo o mesmo autor o passo seguinte dos CADs 3D foi a
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6 EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ............
representac;ao de objetos no formato Two and a HalfD (2,5 D), onde objetos 2D tern urn valor de
"thickness' ( espessura) na direc;ao Z, eqilivalendo a altura. Na sequencia introduziu-se a
modelagem em 3D a partir de superficies 3D basicas (3D faces, 3D surfaces: box, pyramid, wedge,
cone, sphere, torus, dish e mesh, 3D meshes e revolved, tabulated e ruled surfaces), onde sobre as
faces das superficies e possivel aplicar texturas e cores. A combinac;ao de objetos sobrepostos era
impossivel e nlio se tinha a informac;ao sobre volumes, somente sobre areas. Finalmente surge a
modelagem em 3D utilizando-se primitivas basicas de solidos. Na modelagem de solidos uma
volumetria complexa e armazenada como numa arvore de informay(ies, onde todos os dados dos
objetos 3D componentes estlio registrados. Essa arvore tambem armazena como os objetos sao
combinados (uniao, intersec;ao e subtrac;ao). Com a modelagem com solidos pode-se obter
informac;oes como volume, centro de gravidade, momentos de inercia entre outros. Como na
modelagem de s6lidos os elementos sao combinados usando-se as operac;oes de uniao, subtrac;ao e
intersec;iio, e a composic;lio do solido complexo e armazenada numa arvore de hierarquias, uma
simples arruela feita a partir de dois cilindros e a subtrac;lio de urn deles, demandara mais memoria
do que uma arruela modelada em superficies.
Os recursos de 3D no AutoCAD verslio 2.6 de 1985 estavam restritos a representac;ao de objetos
3D no formato Two and a Half D (2,5 D) sendo esta uma forma lirnitada de representac;lio
tridimensional. No release 10 do AutoCAD introduziu-se modelagem tridimensional utilizando
modelagem de superficies. Introduziram-se os recursos de modelagem tridimensional com solidos
no AutoCAD a partir do release 12, atraves do modulo AME. No release 13 do AutoCAD a
modelagem de solidos atraves do modulo AME foi substituida pelo metodo Constructive Solid
Geometry (CSG). de construc;iio de modelos 3D complexos. Este metodo utiliza uma arvore CSG
nao editavel, sendo esta uma estrutura simples que organiza as primitivas e os operadores em uma
hierarquia que reflete os passos usados na criac;iio dos solidos complexos.
A partir do release 13 nlio e mais possivel editar no AutoCAD a arvore CSG, o que nlio ocorre com
sistemas como Pro Enginner e Solid Edge. Esta restric;ao foi superada com os recursos de
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modelagem em 3D utilizando-se elementos de massa e ferramentas de agrupamento do ADT.
Entretanto, para niio usuarios do ADT, existe no mercado aplicativos do tipo AutoCAD Runtime
eXtension (ARX) que incrementam o AutoCAD com editores CSG, permitindo a ediyii.O de uma
primitiva individual em um solido complexo ou a edi9ii0 de uma sub-arvore
(htt;p://www.contextcad.com).
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4 Materiais e Metodos
Para atingir objetivos especificados foram desenvolvidos dois cursos pilotos cada urn
empregando uma abordagem especifica de aprendizagem: Comportamental (Curso-01) e
Colaborativa (Curso-02). Os cursos foram aplicados sobre urn publico alvo com perfil especifico. A
aplicayao de cada curso foi avaliada e comparada. Urn website com a funyao de portal de entrada
para os cursos pilotos foi desenvolvido. Os materiais utilizados foram a ferramenta de CAD
AutoCAD Architectural Desktop e o ambiente de EAD WebCT. Os cursos foram oferecidos
gratuitamente aos interessados.
4.1 0 website de divulga~lio
Foi desenvolvido urn website com a fim9ao de divulgar e apresentar a pesquisa, obter
inscriyoes de candidatos para a composiyao do publico alvo e fazer a ligayao com os cursos pilotos
em estudo. A divulgayao dos cursos pilotos foi feita atraves do cadastramento deste website em
sistemas de busca na Internet, envio de mensagens a listas de discussao de usuarios de sistemas
CAD, alem do envio de e-mail a usuarios conhecidos7
7 o autor desta pesqujsa, que e professor de CAD na UEMG, tem cadastrado ao Iongo dos Ultimos anos uma lista pessoal de intemautas interessados em material de treinamento de CAD solicilados atraves de sua homepage pessoal.
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4.2 0 Publico alvo
0 nfunero minimo de participantes por curso foi definido em 5 e no maximo 10, para
garantir interatividade entre participantes e capacidade de gerencia desta interayao pelo professor.
0 grupo de participantes dos cursos pilotos foi definido seguindo os seguintes criterios:
a) ser homogeneo com rela
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" Contadores de acesso.
.. Controle de acesso por senha.
.. Sistema de gerencia de alunos e conteudo.
Dentre as opy5es existentes no mercado optou-se por usar o WebCT, por possuir todos os recursos
listados no item anterior e por ja estar sendo usado na Unicamp, o que facilitou o seu uso.
4.4 Abordagens de aprendizagem
Foram adotadas duas abordagens de aprendizagem: Comportamental e Colaborativa. A
abordagern cornportamental da enfase a aquisivao de conhecimento atraves do acesso ao contelido e da interavao professor-aluno. 0 material preparado foi entregue de forma gradual ern rn6dulos
sernanais. 0 instrutor agendava horanos para esclarecimento de duvidas de forma sincrona alern de
estabelecer datas de entrega das atividades propostas. Nesse modelo o conhecimento e adquirido
passo a passo e todos os participantes carninham ern ritrno proprio. Ha tambern a interavao
assincrona entre estudantes/estudantes atraves de ferramentas como e-mail eBBS.
Na segunda abordagem, a colaborativa, a enfase para aquisiyao de conhecimento esta na
interayao do grupo e acesso ao conteudo. 0 material foi passado aos alunos de uma Unica vez eo
instrutor incentivava e mediava a discussao do grupo para a soluyao de problemas apresentados.
Nesta abordagem o grupo irnpoe o ritmo, e o aprendizado se da atraves da busca de soluy5es a
problemas apresentados e principalrnente pela troca de experiencia com os dernais participantes.
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EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental
4.5 Amilise da experiencia
Ao final de cada curso os seguintes parametres foram levantados e analisados:
• Ex:istencia de desistencia e seus motives.
" Aproveitamento do curso pelos participantes:
o Curso-0 1 - % de conclusiio individual das tarefas.
o Curso-02-% de conclusiio do(s) grupos(s) das tarefas.
• Contagem de acesso as paginas de conteudo. " Contabilidade de interayiio com o professor:
o E-mails eBBS
• Contabilidade de interayiio entre os grupos:
o E-mails e BBS
• Nivel de utilizayiio de todas as ferramentas disponiveis no ambiente WebCT.
• Ganho de conhecimento em modelagem de s6lidos.
• Opiniiio dos participantes sobre a experiencia.
........
o Enquete respondida no final dos cursos segundo KHAN e VEGA (1997) (Anexo B).
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5 A experiencia de EAD
Neste capitulo sao apresentadas infonnayees sobre a divulga~ao dos cursos, a forma de
sele~o dos candidates, o ambiente de ensino a distiincia WebCT, os testes de avalia~iio, o conteudo
dos cursos ministrados alem das enquetes aplicadas.
5.1 A divulga~iio dos cursos
Para a apresenta~o e divulga~ao dos curses, foi desenvolvido o website, denominado
www.professorcad.com.br. A Figura 5.1 apresenta o mapa do website. A pagina principal, mostrada
nessa figura, inclui links para o WebCT, alem de sub-paginas com info~oes sobre os curses,
cadastre dos interessados, curriculo do autor e links relacionados a CAD, EAD e aplicativos (plug-
ins) necessaries para r~o dos cursos.
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EAD via lntemet para CAD: Metoda de Ensino Colaborativo x Comportamental
curricmo do ADior
Figura 5.1: Mapa do website www.professorcad.com.br
site t11m como objetivo divulg¥ e ~·a pesquisa de mestrado de GlbeftO ~'~menta da Andrade, sob a orientat;3o de Prot. oro. Reg~no coau Rusche~ na area de n~Gtodokigla de projeto da ~ de eng6nhiloa cMI da ONJCAMP (~ ~ d9 """""""')
llaks Rela
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EAD via Internet para CAD: Metoda de Ensino Colaborativo x Comportamental ......... A divulgac;ao dos curses pilotos foi feita atraves do cadastramento deste website em
sistemas de busca na Internet, como google (www.google.com), Yahoo (www.yahoo.com.br),
Altavista (www.altavista.com.br), Cade (www.cade.com.br) e RadarUOL
(http://radaruol.uol.com.brL). 0 texto cadastrado nestes servic;os foi elaborado com a preocupayao
de conter palavras chave relacionadas ao tema :
~curse gratis de ADT {autocad architectural descktop). Para engenheiro civil. Trabalho de mestrado em ensino a distancia, usando o WEBCT, da faculdade de engenharia civil da unicamp, campinas."
Para que sistemas que fazem a busca atraves de "varredura" de home pages na Internet,
como eo caso do Google, pudessem indexar o enderec;o do website, foi acrescentada a seguinte tag
no c6digo do arquivo index.html, responsavel pela pagina inicial do website:
Outre recurso utilizado para a divulgayao do website, foi o envio de mensagens a listas de
discussao de usuaries de sistemas CAD, alem do envio de e-mail a usuaries conhecidos8 (260
endereyos). Foram ainda enviados e-mails para 2 iistas relacionadas ao tema "programay