economia e meio ambiente prof. clitia helena martins 09 de junho de 2005

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Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

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Page 1: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Economia e Meio Ambiente

Prof. Clitia Helena Martins

09 de Junho de 2005

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O que é Economia?

Conceitos Básicos

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Economia

Estudo das formas através das

quais as pessoas se organizam para

sustentar a vida e melhorar sua

qualidade.

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Atividades Essenciais

Quatro atividades essenciais na economia:

Manutenção dos recursosProdução de bens e serviçosDistribuição de bens e serviçosConsumo de bens e serviços

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Problema econômico

fundamental

O que produzir?Quanto produzir?Como produzir?Para quem produzir?Onde produzir?

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Principais Escolas do Pensamento

Econômico

Escola Marxista: Século XIX-XX visão coletivista

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Principais Escolas do Pensamento

Econômico

Escola Marginalista ou Neoclássica: Século XIX- XX visão individualista

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Principais Escolas do Pensamento

Econômico

Escola Keynesiana: Século XX visão regulacionista

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Pensamento político-econômico

Liberalismo – até 1930Keynesianismo- dos anos 30 até

meados dos anos 70. Anos de Ouro do capitalismo: de 1945 a 1975.

Neo-liberalismo – a partir dos anos 80

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Sub-ramos da Ciência Econômica

●Microeconomia estuda o comportamento das unidades de consumo e das unidades produtoras no mercado.

Page 11: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Sub-ramos da Ciência Econômica

Macroeconomia aborda a economia nacional como um todo, estudando os agregados econômicos.

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Agentes econômicos: empresas e famílias (ou indivíduos)

Mercados: de bens e serviços finais ou de fatores de produção.

Fluxo Circular do Produto e da Renda

Page 13: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Empresas produzem bens e serviços finais a partir da compra de fatores de produção das famílias ou dos indivíduos.

Fluxo Circular do Produto e da Renda

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Mercado de Fatores de Produção

Mercado de Bens e

Serviços finais

Fluxo Circular do Produto e da Renda

 

 

Famílias 

Empresas

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Pensamento Econômico, Meio Ambiente e Sustentabilidade

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Visões Precursoras

Década de 1920: Mahatma Gandhi - processo de

desenvolvimento endógeno na Índia: “self-reliance”.

Arthur Pigou - conceito de externalidades do processo produtivo

Page 17: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Visões Precursoras

Década de 1960:

Kenneth Boulding - idéia da “Espaçonave Terra”.

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Visões Precursoras

Década de 1970:

Nicholas Georgescu-Roegen – arcabouço teórico da Economia Ecológica.

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Visões Precursoras

Década de 1970:Maurice Strong e Ignacy Sachs –

Ecodesenvolvimento. E. F. Schumacher - “Economia

Budista” – “Small is beautiful”.

Page 20: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Visões Precursoras

Década de 1980:

Herman Daly – sistematização de princípios – interface nos estudos sobre Sociedade e Meio Ambiente Economia Ecológica.

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Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Natureza enquanto base física e provedora de insumos analisada por economistas clássicos, como David Ricardo (questão da renda da terra) .

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Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Economia Agrícola - década de 1940.

Uso da terra.

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Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Economia dos Recursos Naturais - década de 1950.Ênfase: forma de utilização dos recursos naturais...

Page 24: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

...- uso “ótimo” de recursos renováveis e não-renováveis (não evitava a degradação ambiental nem exaustão dos recursos).

Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Page 25: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Economia Ambiental – década de 1950/60 (fundamentação neoclássica)

Page 26: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

...Natureza enquanto supridora de serviços e fossa de resíduos ênfase na questão da poluição: externalidade do processo de produção e consumo.

Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Page 27: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

● A Economia Ambiental utiliza:Análises de custo-benefício e custo-efetividadeModificação de direitos de propriedade

Page 28: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Internalização de custos ambientais nos preços dos produtos

Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

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Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Economia Ecológica (década de 1980/90): Engloba as visões anteriores, atuando em conjunto com a Ecologia no uso sustentável

das funções ambientais.

Page 30: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Economia Ecológica: enfoca as trocas físicas entre o sistema ecológico total e o subsistema econômico; considera, portanto, o sistema econômico como um sistema aberto, não isolado

do meio ambiente.

Page 31: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Evolução do Pensamento

Econômico e Meio Ambiente

Economia Ecológica: Utiliza os princípios da termodinâmica, abrangendo fluxo monetário + fluxos de matéria e energia no ambiente, e a entropia no processo de produção econômica.

Page 32: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Interações Ecossistema –

Sistema Econômico

Microeconomia MacroeconomiaMacroeconomia BiosferaTrocas físicas entre o sistema

ecológico total e o subsistema econômico fluxos de matéria

e energia

Page 33: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Interações Ecossistema –

Sistema Econômico

Fluxo Circular da Riqueza X Modelo “Termodinâmico” de Economia

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ECOSSISTEMA

Sistema de apoio à vida

Reciclagem de matéria

SISTEMA ECONÔMICO

 Produção e Consumo

Baixa Entropia

Alta Entropia

      

 

Interações Ecossistema – Sistema Econômico

Energia Solar

Calor Dissipado

Page 35: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Interações Ecossistema –

Sistema EconômicoCiclo produção-consumo: parte de

um ciclo maior (da biosfera) – produção retira materiais da Natureza, que voltam para ela depois do consumo, decompõem-se e são reintegradas no circuito. Energia retorna à Natureza sob forma degradada.

Page 36: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Interações Ecossistema –

Sistema Econômico

Leis da Termodinâmica síntese: “A energia total do universo permanece constante e a entropia do universo continuamente tende ao máximo”.

Page 37: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Interações Ecossistema –

Sistema Econômico

Crescimento da entropia decréscimo da energia disponível. A energia não desaparece; torna-se dispersa ou não-disponível.

Page 38: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Interações Ecossistema –

Sistema Econômico

Escala Ótima da Economia necessidade de sustentabilidade, levando em conta a capacidade de suporte dos ecossistemas.

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Bens Livres e Bens Econômicos

Bens Privados e Bens Públicos

Externalidades

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Bens Livres e Bens Econômicos

Bens Livres aqueles cujo custo

de produção é nulo ou desprezível (luz solar, ar) – não são considerados escassos.

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Bens Livres e Bens Econômicos

Bens Econômicos aqueles que necessitam da utilização de recursos previamente existentes para serem utilizados – mercadorias. São “escassos” e têm custo para sua produção.

Page 42: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Bens Econômicos: Privados ou

Públicos

Bens Privados ou de mercado princípio de exclusão; rivalidade no consumo.

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Bens Econômicos: Privados ou

Públicos

Bens Públicos existem custos na sua produção, mas não possuem preço.Regidos pelo princípio de não-exclusão...

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...(quem não paga não pode ser excluído do benefício) e de não-rivalidade de consumo (pode ser usufruído por várias pessoas). Ex: praças públicas, parques.

Bens Econômicos: Privados ou

Públicos

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Valoração econômica do meio

ambiente

Natureza - deixa de ser um ”bem livre” e passa a ser um “bem econômico” – passa a ter preço, valoração econômica – não em função apenas de “custos de produção”, mas em função principalmente da escassez.

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Externalidades

Conceito de Arthur Pigou, na década de 20

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Externalidades positivas ou benefício social quando um agente econômico gera benefícios para outros agentes, sem receber contraprestação monetária.

Externalidades

Page 48: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Externalidades negativas ou “socialização” dos custos quando um agente econômico é responsável por um dano que afeta outros agentes, sem ressarcir os outros agentes, nem remediar o problema.

Externalidades

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Noção de Capital Natural

Page 50: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Modelo de criação de riqueza

Inclui quatro tipos de capital: • Capital natural• Capital humano• Capital social/organizacional• Capital manufaturado

(Ekins, 1992).

Page 51: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Contribuição do meio ambiente

para as atividades humanas

Fornece insumos para a produçãoOferece “amenidades ambientais”Fornece serviços ambientais,

absorvendo, diluindo e reciclando os resíduos das atividades econômicas.

Page 52: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Capital Natural

Redefinição da Natureza como capital natural, com a identificação de seus principais papéis:

provisão de insumos para o processo econômico

provisão direta de serviços ambientais

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Capital Natural

Sustentabilidade: manter o capital natural (ou ambiental). Baseia-se no princípio de que justiça entre gerações significa repassar à próxima geração...

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...um estoque de “capital” com uma capacidade potencial de produzir um nível de bem-estar pelo menos equivalente ao presente nível.

Capital Natural

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Atividades econômicas e sociais devem ser gerenciadas para pelo menos se conservar o capital ambiental crítico (noção de que as capacidades biofísicas não são infinitamente elásticas).

Capital Natural

Page 56: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Substituição de capital natural por capital manufaturado limites.

Complementaridade entre os dois capitais: fator limitante do desenvolvimento econômico era a escassez do capital

manufaturado; hoje é a escassez do capital natural.

Capital Natural

Page 57: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Exploração insustentável dos recursos naturais ocasiona:

renda nacional superestimada;mascaramento da relação de

complementaridade entre capital natural e capital

manufaturado;

Capital Natural

Page 58: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

Exploração insustentável dos recursos naturais ocasiona:

dimensionamento do processo produtivo acima da capacidade de suporte do ambiente natural.

Capital Natural

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Direitos de propriedade sobre recursos naturais

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Direitos de propriedade X

direitos comuns - observações

O livre acesso (ou direitos comuns) a recursos naturais ou bens ambientais só é possível quando o bem é abundante em relação às necessidades.

Page 61: Economia e Meio Ambiente Prof. Clitia Helena Martins 09 de Junho de 2005

A permanência dos direitos comuns quando o bem se torna escasso leva à sua degradação qualitativa e às vezes até quantitativa, impondo custos sociais no presente ou para as gerações futuras.

Direitos de propriedade X

direitos comuns - observações

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Considera-se a atribuição de direitos de propriedade a membros da sociedade ou ao próprio Estado como condição fundamental para a devida internalização dos custos sociais decorrentes da degradação.

Direitos de propriedade X

direitos comuns - observações