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ECOS do
ATLÂNTICO CASA DE SAÚDE CÂMARA PESTANA Nº 65 Março/Abril 2018
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N
este novo número do nos-
so boletim ficam regista-
das algumas das muitas atividades
desenvolvidas neste dois meses que
passaram.
Pessoas assistidas, voluntários e
colaboradores, foram chamados a
participar em reflexões e ações de
formação; fizeram parte de intercâm-
bios desportivos; marcaram presença
numa marcha em nome da inclusão
e construíram um muro de flores
pela solidariedade.
Destaque ainda nesta edição para as
celebrações do dia de São Bento
Menni, dia de encontro entre toda a
comunidade Hospitaleira.
‘Fazer o bem, bem feito’, é este o
principio que nos rege em cada um
dos dias que passamos a prestar cui-
dados àqueles que por alguma razão
estão privados de saúde.
Tentemos manter o lema de São
Bento Menni, cada vez mais e
melhor, transportando-o para os
nossos dias, numa perspetiva de
evolução e melhoria contínua.
Dídia Ferreira
DIA DE SÃO BENTO MENNI
FESTA DA FAMÍLIA HOSPITALEIRA
‘FAZER O BEM, BEM FEITO’
SÃO BENTO MENNI
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FESTA SÃO JOÃO DE DEUS E DIA DA MULHER
F oi com alegria que no passado dia 08 de Março
celebrámos a festa em honra do padroeiro da
nossa Unidade, São João de Deus.
Na parte da manhã realizou-se a Eucaristia que contou
com a participação de todas as pessoas assistidas, colabo-
radores e irmãs.
Após a Eucaristia seguiu-se o almoço que foi um momento
de convício e alegria entre todos, pessoas assistidas, cola-
boradores da Unidade e alguns convidados.
À tarde, e para finalizar o dia em grande, uma vez que nes-
te dia também se comemorara o Dia Internacional da
Mulher, o Auditório Bento Menni encheu-se para assistir a
um espetáculo de música com o grupo Anima Party, onde
todos os presentes se divertiram a cantar e a dançar.
Beatriz Rodrigues
Festa de São José
N o dia 19 de Março foi com muita alegria e satisfação que fes-
tejamos o dia de São José.
Começamos com a celebração da Eucaristia que correu muito
bem e todas as pessoas assistidas gostaram de participar.
Demos continuidade à comemoração com o almoço e convívio das pes-
soas assistidas, onde foi servido uma refeição muito saborosa.
Acabada a refeição das pessoas assistidas, passou-se ao almoço das
colaboradoras da unidade e de alguns convidados de outros serviços.
Terminado o almoço preparamos o lanche para as pessoas assistidas e
logo após fizemos uma pequena animação com a colaboração da Dr.ª
Joana Neves, onde cantámos, batemos palmas, dançámos e nos diverti-
mos imenso.
Foi um dia diferente e vimos a alegria e a felicidade no rosto das pes-
soas assistidas.
A equipa e as pessoas assistidas de unidade de São José agradece a
colaboração de todos.
Sílvia Nunes
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TORNEIO VOLEIBOL HOSPITALEIRO
F oi no dia 13 de março que participámos
novamente no Torneio de Voleibol Hospi-
taleiro promovido pela Casa de Saúde São
João Deus.
Com o propósito de promover a qualidade de vida das
pessoas assistidas e o convívio entre colaboradores par-
ticipámos com todo o gosto neste evento desportivo.
Juntamente com o grupo de utentes e colaboradores
daquela Instituição e do Centro de Reabilitação Psicope-
dagógica da Sagrada Família passámos um dia cheio de
movimento, de alegria e de fair play .
Nuno Barreto
Visita ao Parque Ecológico Funchal
No passado dia 21 de Março, as Pessoas Assistidas da
Casa de Saúde Câmara Pestana(CSCP) integradas na
Escola e na Educação Física, realizaram uma deslocação
ao parque Ecológico do
Funchal, com objetivo de
sensibilizar as pessoas para
a importância da natureza
nas nossas vidas e plantar
uma árvore. Ao chegar ao
parque, assistiram a uma
palestra sobre as espécies
encontradas no parque, assim como uma
caracterização geral do mesmo. Após isso, as utentes
tiveram a oportunidade de caminhar descalças num
percurso com diferentes pisos a fim de proporcionar
diferentes sensações. Por último, e como as condições
climatéricas estavam adversas, ao invés de ir plantar
uma árvore, as alunos visitaram o laboratório do
Parque Ecológico. Aqui puderam observar diferentes
mecanismos de retenção da
água nos solos e observar
insectos ao microscópio e
ouvir outras explicações
alusivas ao trabalho
desenvolvido pelos
trabalhadores do parque!
Todos os participantes
ficaram a conhecer um pouco melhor o nosso meio
ambiente e o que devemos fazer para contribuir para
um mundo melhor!
Pedro Pereira
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N o passado dia 27 de Março, dia Mundial do Teatro, o
serviço de Voluntariado da Casa de Saúde, a convite
do Centro Luis Camões, esteve presente no 5º Encon-
tro de Teatro Comunitário, organizado e dinamizado por este Cen-
tro nos jardins do Bairro do Hospital. Este momento serviu para
apresentarmos às pessoas presentes e participantes deste encon-
tro a casa de saúde e os seus serviços, nomeadamente e mais
especificamente o Serviço de Voluntariado.
O Encontro de Teatro Comunitário tem como objetivos: comemo-
rar o Dia Mundial do Teatro, dinamizar o Bairro do Hospital através
da Cultura, mostrar à comunidade trabalhos realizados pelos uten-
tes residentes no Bairro e convidar instituições/grupos que recor-
rem às artes como processo de inclusão social.
Dídia Ferreira
5º ENCONTRO TEATRO COMUNITÁRIO
M ais uma vez os leigos hospitaleiros no dia
16 de marco, realizaram a via-sacra do
Monte ao Terreiro da Luta, num dia onde
o tempo parecia que ia ser chuvoso, mas que acabou
por dar tréguas, surgindo o sol.
Através da Via-sacra, os leigos deambulam um cami-
nho espiritual e também físico ajudando a reviver a
paixão e morte do Senhor Jesus, buscando uma
melhor compreensão do amor incondicional de Cristo.
Esta iniciativa permitiu aos mesmos vivenciarem e for-
talecerem a sua fé no tempo da quaresma com espa-
ços de silêncio, cânticos, ocasiões de oração, medita-
ção e partilha da Palavra de Deus.
Foi uma caminhada muito agradável e no final ouve
um momento de confraternização.
Duarte Milho
VIA SACRA - LEIGOS HOSPITALEIROS
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Via Sacra - Utentes
A Via-Sacra faz parte das tradições mais acarinhadas, sobre-
tudo durante a quaresma. É um exercício espiritual – e, em
alguns casos, também físico – que ajuda quem o faz a reviver
a paixão e morte do Senhor Jesus, acompanhando Aquele que
deu a vida pela humanidade e aprendendo d’Ele o “caminho
da cruz”, o caminho de todos os homens e mulheres, mais
ainda de todos os cristãos. Foi isso que toda a comunidade
hospitaleira no dia 23 de março 2018 tentou recordar pela
casa com a ajuda preciosa de cada unidade e alguns serviços
em conjunto com as pessoas assistidas, colaboradores, volun-
tários, alguns familiares, leigos Hospitaleiros e Irmãs. Este ano
sob o tema que tem animado toda a Província Portuguesa das
Irmãs: Mãos sagradas… Mãos Hospitaleiras…
Foi um momento que nos ajudou nomeadamente a crescer e
a perceber o verdadeiro sentido das nossas mãos… Para assim
podermos afirmar que as mãos hospitaleiras são mãos sagra-
das, porque se unem estreitamente entre si, esquecendo os
seus interesses, esvaziando-se do seu poder e dedicando-se
com cuidado maternal às pessoas mais vulneráveis e doentes.
Na missão hospitaleira quotidiana de que somos todos prota-
gonistas, fazem toda a diferença. Todas juntas são poucas,
para responder, de forma cabal, às necessidades de quem
sofre. As mãos hospitaleiras são uma bênção! E porque quere-
mos continuar a deixar a marca das nossas mãos quisemos
olhar para Aquele Jesus que deu a vida por nós. São sempre
momentos que nos incentivam a praticar a Hospitalidade com
mais qualidade e alegria.
Mariana Camacho
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Corrida da Solidariedade para a Inclusão
N o dia 20 de Abril as pessoas assistidas e
colaboradores da área de intervenção
da Psiquiatria Longo Internamento
encontrava-se em euforia porque iria realizar-se
mais uma atividade fora da Casa de Saúde. Desta
vez foi a III Corrida da Solidariedade para a Inclusão.
Esta corrida e marcha realiza-se uma vez por ano e o
seu objetivo é promover a inclusão social. Ao che-
garmos ao centro do Funchal deliciamo-nos com
um gelado que serviu de ‘aquecimento’ para a mar-
cha. Durante este momento tivemos a oportunidade
de ouvir e ver a animação que decorria no local, na
Praça do Povo.
Às 19h00 deu-se inicio à Marcha/Corrida e nem a
chuva, que achou de nos pregar uma partida e apa-
recer, fez parar quem ali se dirigiu para fazer a sua
caminhada e marcar a sua presença numa iniciativa
por mais inclusão social.
Área de Intervenção PLI
GAR Reuniões comunitárias com as colegas das unidades de Longo Internamento
D urante o 1º quadrimestre o grupo de auto-representação (GAR) reuniu com as pessoas
assistidas (PA´s) das unidades de Maria Josefa, São João de Deus, Stª Teresinha e Rea-
bilitação Externa.
Nestas reuniões foram debatidos diversos temas de interesse comum, apresentadas sugestões
para uma ementa mensal e analisados possíveis incumprimentos dos direitos e deveres das Pes-
soas com Doença Mental.
O GAR considera que estas reuniões são muito positivas, pois são um momento privilegiado para
divulgar as atividades desenvolvidas pelo grupo e auscultar as necessidades, insatisfações e inte-
resses das colegas, de modo a puder apresentar sugestões que colmatem algumas lacunas senti-
das por quem vive institucionalizado.
No 2º Quadrimestre estão previstas realizar-se mais 3 reuniões comunitárias com as colegas das
unidades: São José, Sagrado Coração e Curto e Médio Internamento.
GAR
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O CONTO… O MISTÉRIO DA LAGOA AZUL
O MISTÉRIO DA LAGOA AZUL
8
Foi caminhando até a estação. Doía-lhe as pernas. Sabia que não podia fugir. Se o apanhassem seria mesmo o fim, se a polícia demorasse a
encontrá-lo. Viu a cabine, olhou para o relógio. Ainda faltavam vinte minutos. Esperou o que parecia uma eternidade. Encostou-se à parede.
Enquanto, olhava a outra cabine de telefone. Chegou o seu amigo faltava vinte minutos. Esperou e de seguida ambos entraram na cabine. Tudo
mudaria com novas informações. O nervosismo começou. Tenho de focar energias na chamada, pensava Steven. O telefone tocou. Steven aten-
deu:
- “Fala! Então há novidades?”
- “Como está a tua perna?” Perguntou. “Sei o que aconteceu. Chegámos ao local já depois de não estares; alguém que passava próximo telefonou
a polícia. Perdeste o teu relógio.”
- “Pensei que o tivessem roubado! Agora percebo. Que fizeste?”
- “Todos os possíveis para que a investigação fosse para a frente. Corres perigo! Como Já deves calcular a investigação da jovem, continua. Sabe-
se que foi vista a sair do restaurante de Manuel Gustaves pelas vinte e três horas da noite. Uma testemunha afirmou receber uma chamada telefó-
nica a dizer que procurava Mikael, mas este estava desaparecido desde que foi ilibado. Aparentemente a sua amiga que é uma importante fonte
que temos, disse à polícia que a jovem procurava apenas emprego no restaurante e que falava russo. Tinha aprendido quando os pais eram ricos.
Agora encontrava-se isolada depois de ter perdido os pais num acidente de carro. Sozinha, apenas com uma amiga era manipulada pelos outros.
Talvez para uso da sua herança.”
- “Tens nomes de pessoas desaparecidas?”
- “Há cerca de cinco anos atrás desapareceu uma família inteira. Um casal, uma filha e um filho. A polícia não acha que seja apenas uma mera
coincidência. Há de facto relação nas duas tentativas de assassinato. Mikael é procurado pela polícia para responder sob o seu envolvimento com
a jovem italiana. Mas, tudo leva a crer que não seria ele. Pensamos que tenha sido Manuel Gustaves a acabar com a sua vida, e que ela não procu-
rava trabalho, mas como falava russo e italiano traduzia para a máfia todos os passos de Manuel e Mikael. Tanto para a máfia russa ou seja armas
e então seria para Mikael e Manuel Gustaves a droga.
O barco Savage trazia tudo isso para a costa da cidade. Temos pistas mas, não temos qualquer notícia do barco. Depois de termos recolhido as
pistas, o barco desapareceu. A polícia costeira procura-o.” Steven olhava para os lados e para trás, para observar o público que passava. As habi-
tuais pessoas passavam olhando o relógio, com mochilas às costas e desapareciam rapidamente em direcção ao metro. Parecia tudo normal.
- “Mais alguma coisa?” perguntou.
- “Nada mais,” respondeu depois de pensar um bocado.
- “É tudo, até a próxima.”
Eram quase dezoito e quarenta minutos e tudo estava concluído. Ninguém o olhava. Desligou o telefone e saiu. Olhou mais uma vez à sua volta.
Do outro lado a cabine estava vazia. Viu-o afastar-se apressadamente, mas com calma começou a caminhar em direcção à porta de saída. Em
breve estaria no escritório de novo a dar notícias. Levava no seu pensamento as crianças, a irmã a amiga, a Ama, o seu grande mundo. Ninguém o
seguia. Escapou. Chegando ao escritório bateu à porta e identificou-se. Abri a porta depois de olhar pela janela para confirmar a chegada.
- “Que bom vê-lo de novo.”
- “Correu tudo bem, estou de volta, são e salvo. Talvez pensem que realmente morri!”
- São quase dezanove horas. É tempo de irmos para casa, lá poderá contar-me tudo o que se passou, tudo o que o seu amigo lhe contou.”
- “Sim, de acordo,” disse Steven.
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Festa da Família Hospitaleira - Um testemunho...
O dia 24 de abril, dia de São Bento Menni é um marco não só
para as Irmãs Hospitaleiras mas também para as Utentes,
Colaboradores, Voluntários e amigos, formando desta forma
a grande Família Hospitaleira.
Todo o Instituto está em festa e este Centro não quis ficar
atrás nas comemorações.
Bem cedo com os preparativos para o dia que se aproximava,
no dia 16 de abril a Ir.ª Mariana preparou-nos como
“aperitivo” uma bela reflexão cujo tema foi “Encontro com
São Bento Menni”.
No dia 24 o dia foi cheio, cheio de tudo, missa, almoço con-
vívio, muito alegria e boa disposição. Foi sem dúvida um dia
bem passado e que ficará na minha memória.
Trabalho na Casa de Saúde há pouco tempo, mas a vivência
desta semana foi para mim um resumo do reconhecimento
do serviço que desempenhamos na missão da Casa de Saúde
Um bem haja pela oportunidade de fazer parte desta Família. Jéssica Araújo
Muro da Solidariedade
Este ano fomos convidados pela primeira vez pela Secretaria
Regional da Inclusão e Assuntos Sociais a participar na Praça do
Povo no Muro da Solidariedade.
Este evento fez parte das atividades da Festa da Flor que como
todos sabemos é uma festa com muita importância na nossa
ilha.
Há muito tempo que as crianças constroem nesta época o Muro
da Esperança, que simboliza um apelo à paz para todo o mundo.
O Muro da Solidariedade teve o intuito de continuar a fomentar
os valores fundamentais como a solidariedade e a paz.
Cada uma nós levou uma flor para colocar neste muro e teve a
oportunidade de ver a exposição de flores que estava ali presen-
te e ainda houve a oportunidade de ver a bonita atuação de um
grupo folclórico.
R. Coelho, D. Ferreira, I. Azevedo