edicao janeiro 2011

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Santuário Peregrinações de Encontro Pág. 05 Assembléia Paroquial planeja 2011 S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de São Paulo * Ano XXI * Nº 243 * Janeiro de 2011 No dia 05 de dezembro de 2010 foi realizada a Assembléia Paroquial de Pastoral, contando com a presença de todos os grupos, pastorais, movimentos e a Obra Social Sta. Edwiges Palavra do Pároco Ano Novo, tempo de Paz e de Esperança Pág. 06 Notícias Votos Perpétuos do Frei Marcelo Ocanha, OSJ Pág. 09 Entrevista Pe. Neto, Superior Provincial, OSJ Pág. 11 O que fazer nas férias? Pág. 15 Ano novo no terceiro milênio Pág. 14 São José Marello Pág. 10 Pág. 09

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primeira edicao do ano

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Santuário

Peregrinações de EncontroPág. 05

Assembléia Paroquial planeja 2011

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de São Paulo * Ano XXI * Nº 243 * Janeiro de 2011

No dia 05 de dezembro de 2010 foi realizada a Assembléia Paroquial de Pastoral, contando com a presença de todos os grupos, pastorais, movimentos e a Obra Social Sta. Edwiges

Palavra do Pároco

Ano Novo, tempo de Paz e de Esperança Pág. 06

Notícias

Votos Perpétuos do Frei Marcelo Ocanha, OSJPág. 09

Entrevista

Pe. Neto, Superior Provincial, OSJPág. 11

O que fazer nas férias? Pág. 15

Ano novo no terceiro milênioPág. 14

São José Marello Pág. 10

Pág. 09

ano novo começa e com ele as nossas aspirações para o 2011. Perder peso, fazer a viagem dos sonhos, emprego novo, novas

amizades, novos amores e muitos outros desejos.Infelizmente no fi nal do mês de janeiro alguns

desejos já caem por terra, pela rotina, pelo stress ou por outras prioridades que abraçamos.

Mas não se preocupem leitores, não estou sendo pessimista, acho nobre e importante fazermos nossas aspirações e lutarmos por ela, mas o que ressalto é que caso alguns planos não se concretizem não fi que atormentado, isto é natural e até cientifi co. Li em um estudo de um fi lósofo moderno, James Surowiechi, que a nossa sociedade vive com um problema chamado procrastinação, que é o famoso lema “deixar para amanhã”. Este mal que paira sobre a sociedade “pós-moderna” é um traço humano atual, imaginamos que haverá tempo para concretizar tudo que almejamos, mas isto nem sempre é possível. Conforme já citei no início, o dia a dia consome nossas aspirações e elas são deixadas para trás muitas vezes desapercebidas por nós mesmos. A nossa fé também é assim, nós a alimentamos durante um período, somos dedicados com a comunidade, buscamos aprender cada vez mais, mas também, com o passar dos anos algumas coisas são deixadas para trás, não há o mesmo “fervor”, não é?

Não podemos colocar a culpa na “pós-modernidade” ou na própria “procrastinação”, é necessário não deixar que esta rotina se aproprie de nós, devemos tomar posse de nossa vida, tomar as rédeas e não “deixar a vida me levar”, como diz um samba popular.

Este pensamento talvez sejam um pouco confuso, pois construo uma idéia apontada por um autor e a desconstruo com alguns sentimentos que até beiram a utopia. Mas parafraseando um grande amigo meu, é preciso sempre ter Esperança! E renovar a nossa aliança com Deus.

Façamos nossas aspirações diariamente, assim à rotina não poderá levá-las.

Editorial

Paróquia Santuário Santa EdwigesArquidiocese de São PauloRegião Episcopal IpirangaCongregação dos Oblatos de São JoséProvíncia Nossa Senhora do RocioPároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJResponsável e Editora: Juliana Sales

EXPEDIENTE

Diagramador: Victor Hugo de SouzaFotos: Gina e MarilandeEquipe: Aparecida Y. Bonater; Eliana Tamara Carneiro; Guiomar Correia do Nascimento; João A. Dias; José A. de Melo Neto; Helena Garcia; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha e Pe. Alexandre A dos Anjos Filho.

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 30/12/2010 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares.Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Juliana Sales

OResoluções

02 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011STA. EDWIGES

Calendário Paroquial Pastoral 2011Data Atividade Local Hora

Apostolado da Oração (reunião)

SAV (Adoração Vocacional)

Apostolado da Oração (Missa do Sagrado Coração)

MESC (Cel. da Palavra com distribuição da comunhão)

AJUNAI (encontro)

MESC (Cel. da Palavra com distribuição da comunhão)

Tríduo da Festa de São Paulo

Tríduo da Festa de São Paulo

MESC (Cel. da Palavra com distribuição da comunhão)

AJUNAI (encontro)

Tríduo da Festa de São Paulo

Festa de São Paulo

ECC (reunião)

SAV (Reunião)

Pastoral Missionária (reunião)

Catequese 1ª Comunhão (reunião dos catequistas)

MESC (Cel.da Palavra com distribuição da comunhão)

AJUNAI (encontro)

Catequese 1ª Comunhão (Início da Semana Catequética)

06 / Qui06 / Qui07 / Sex09 / Dom09 / Dom16 / Dom22 / Sab23 / Dom23 / Dom23 / Dom24 / Dom25 / Ter25 / Ter28 / Sex29 / Sab29 / Sab30 / Dom30 / Dom31 / Seg

Salão São José

Capela da Rec.

Santuário

Lar Sagrada Família

Salão Pe. Segundo

Lar Sagrada Família

Santuário

Santuário

Lar Sagrada Família

Salão Pe. Segundo

Santuário

Catedral da Sé

Salão São José

Salão Pe. Segundo

Sala São Pedro

Salão São José

Lar Sagrada Família

Salão Pe. Segundo

Salão S. José Marello

14h

20h

15h

8h

8h30

8h

19h

19h

8h

8h30

18:30h

10h

20h

20h

17h

17h

8h

8h30

19h30

Oração de Santa EdwigesÓ Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos

desvalidos e o Socorro dos Endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais a minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente preciso: (fazer o pedido). Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém.

No dia 10 dezembro de 2010 a Comu-nidade Nossa Senhora Aparecida rea-lizou sua confraternização como uma grande família, integrando seus grupos

e pastorais com muita alegria e partilha. Foi uma noite fraterna, de união, paz e amizade onde todos seus membros puderam agradecer a Deus pelos dons e trabalhos realizados du-rante o ano 2010.

Que no ano de 2011, estejamos ainda mais motivados a desempenharmos com amor e dedicação os trabalhos das nossas pastorais.

Comunidade N. Sra. Aparecida

03 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011STA. EDWIGES

Interagir com outros irmãos fortalece a comunhão e os laços de irmandade que precisamos para crescer em amor

omo qualquer aluno do ensino públi-co e de baixa renda, sonhava um dia cursar a faculdade e poder trilha um caminho melhor. No ano de 2005 ter-

minei meus estudos do ensino médio e não tive a oportunidade de começar a faculdade no ano seguinte. No mês de setembro de 2006 realizei uma prova para estudar gratui-tamente em uma faculdade, onde há o pro-grama PROUNI (o Programa Universidade para Todos tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação). Em novembro saiu o resultado e, em janeiro de 2007 eu já estava levando a documentação necessária para po-der ingressar na faculdade.

Testemunho de Diego CalasansDurante 4 anos foram muitos estudos e ba-

talhas vencidas. No último ano de faculdade, aprovado em todas as disciplinas sempre com as melhores notas, sempre com 100% de pre-sença em sala de aula, chegou o momento de terminar o meu ciclo onde ofereci à Sta Edwiges o meu primeiro estetoscópio e o meu primeiro jaleco, pois terminei a faculdade de fi sioterapia sem nenhuma dependência ou algo do tipo. No último dia de aula (17 de dezembro de 2010) eu saí de casa no Jd. Paulistano, na Zona Norte e entreguei estes itens em agradecimento.

Que Santa Edwiges me conceda a graça de poder reabilitar todos os meus futuros pacien-tes. Que Deus nos abençoe no ano de 2011, fazendo deste um mundo melhor.

C

No dia 12 de dezembro de 2010 a pastoral da catequese infantil encerrou suas atividades com um delicioso passeio pelo Parque Ibira-puera. Foi uma tarde de recreação e também de conscientização da importância da preser-vação e valorização do verde em nossas vidas!

Eram em torno de 80 crianças acompanha-das de seus catequistas que, com muita ale-gria vivenciaram este dia!

Lembramos a todas as crianças e também aos pais que, a catequese reinicia suas ativida-des no dia 06 de fevereiro com a missa das 9h.

Catequese

72. Às vezes, também a paz corre o risco de ser considera-da como uma produção técnica, fruto apenas de acordos entre governos ou de iniciativas ten-dentes a assegurar ajudas eco-nômicas eficientes. É verdade que a construção da paz exige um constante conhecimento de contatos diplomáticos, inter-câmbios econômicos e tecnoló-gicos, encontros culturais, acor-dos sobre projetos comuns, e também a assunção de empe-nhos compartilhados para con-ter as ameaças de tipo bélico e cercear à nascença eventuais tentações terroristas. Mas, para que tais esforços possam pro-duzir efeitos duradouros, é ne-cessário que se apoiem sobre valores radicados na verdade da vida. Por outras palavras, é preciso ouvir a voz das popula-ções interessadas e atender à situação delas para interpretar adequadamente os seus an-seios. De certo modo, deve-se colocar em continuidade com o esforço anônimo de tantas pes-soas decididamente compro-metidas a promover o encontro entre os povos e a favorecer o desenvolvimento partindo do amor e da compreensão recí-proca. Entre tais pessoas, con-tam-se também fiéis cristãos, empenhados na grande tarefa de dar ao desenvolvimento e à paz um sentido plenamente humano.

73. Ligada ao desenvolvi-mento tecnológico está a cres-cente presença dos meios de comunicação social. Já é qua-se impossível imaginar a exis-tência da família humana sem eles. No bem e no mal, estão de tal modo encarnados na vida do mundo, que parece verda-deiramente absurda a posição de quantos defendem a sua neutralidade, reivindicando em consequência a sua autonomia relativamente à moral que diria respeito às pessoas. Muitas ve-zes tais perspectivas, que enfa-tizam a natureza estritamente técnica dos mass-media, de fato favorecem a sua subordi-nação a cálculos econômicos, ao intuito de dominar os mer-cados e, não último, ao desejo de impor parâmetros culturais em função de projetos de poder ideológico e político. Dada a im-portância fundamental que têm na determinação de alterações no modo de ler e conhecer a re-alidade e a própria pessoa hu-mana, torna-se necessária uma atenta reflexão sobre a sua influência principalmente na di-mensão ético-cultural da globa-lização e do desenvolvimento solidário dos povos. Como re-

querido por uma correta gestão da globalização e do desenvol-vimento, o sentido e a finalida-de dos mass-media devem ser buscados no fundamento an-tropológico. Isto quer dizer que os mesmos podem tornar-se ocasião de humanização, não só quando, graças ao desen-volvimento tecnológico, ofere-cem maiores possibilidades de comunicação e de informação, mas também e sobretudo quan-do são organizados e orienta-dos à luz de uma imagem da pessoa e do bem comum que traduza os seus valores univer-sais. Os meios de comunicação social não favorecem a liberda-de nem globalizam o desenvol-vimento e a democracia para todos, simplesmente porque multiplicam as possibilidades de interligação e circulação das ideias; para alcançar tais objeti-vos, é preciso que estejam cen-trados na promoção da dignida-de das pessoas e dos povos, animados expressamente pela caridade e colocados ao ser-viço da verdade, do bem e da fraternidade natural e sobrena-tural. De fato, na humanidade, a liberdade está intrinsecamen-te ligada a estes valores supe-riores. Os mass-media podem constituir uma válida ajuda para fazer crescer a comunhão da família humana e o ethos das sociedades, quando se tornam instrumentos de promoção da participação universal na busca comum daquilo que é justo.

74. Hoje, um campo pri-mário e crucial da luta cultural entre o absolutismo da técnica e a responsabilidade moral do homem é o da bioética, onde se joga radicalmente a própria possibilidade de um desenvol-vimento humano integral. Trata-se de um âmbito delicadíssimo e decisivo, onde irrompe, com dramática intensidade, a ques-tão fundamental de saber se o homem se produziu por si mes-mo ou depende de Deus. As descobertas científicas neste campo e as possibilidades de intervenção técnica parecem tão avançadas que impõem a escolha entre estas duas con-cepções: a da razão aberta à transcendência ou a da razão fechada na imanência. Está-se perante uma opção decisiva. No entanto a concepção ra-cional da tecnologia centrada sobre si mesma apresenta-se como irracional, porque implica uma decidida rejeição do senti-do e do valor. Não é por acaso que a posição fechada à trans-cendência se defronta com a di-ficuldade de pensar como tenha sido possível do nada ter brota-

do o ser e do acaso ter nasci-do a inteligência. Face a estes dramáticos problemas, razão e fé ajudam-se mutuamente; e só conjuntamente salvarão o ho-mem: fascinada pela pura tec-nologia, a razão sem a fé está destinada a perder-se na ilusão da própria onipotência, enquan-to a fé sem a razão corre o risco do alheamento da vida concreta das pessoas.

75. Paulo VI já tinha reco-nhecido e indicado o horizon-te mundial da questão social. Prosseguindo por esta estra-da, é preciso afirmar que hoje a questão social tornou-se ra-dicalmente antropológica, en-quanto toca o próprio modo não só de conceber mas também de manipular a vida, colocada cada vez mais nas mãos do homem pelas biotecnologias. A fecun-dação in vitro, a pesquisa sobre os embriões, a possibilidade da clonagem e hibridação hu-mana nascem e promovem-se na atual cultura do desencanto total, que pensa ter desvenda-do todos os mistérios porque já se chegou à raiz da vida. Aqui o absolutismo da técnica encon-tra a sua máxima expressão. Em tal cultura, a consciência é chamada apenas a registar uma mera possibilidade técnica. Contudo não se pode minimizar os cenários inquietantes para o futuro do homem e os novos e poderosos instrumentos que a “cultura da morte” tem à sua disposição. À difusa e trágica chaga do aborto poder-se-ia juntar no futuro — embora sub-repticiamente já esteja presente in nuce — uma sistemática pla-nificação eugenética dos nas-cimentos. No extremo oposto, vai abrindo caminho uma mens eutanasica, manifestação não menos abusiva de domínio so-bre a vida, que é considerada, em certas condições, como não digna de ser vivida. Por detrás destes cenários encontram-se posições culturais negacionis-tas da dignidade humana. Por sua vez, estas práticas estão destinadas a alimentar uma concepção material e mecani-cista da vida humana. Quem poderá medir os efeitos negati-vos de tal mentalidade sobre o desenvolvimento? Como pode-rá alguém maravilhar-se com a indiferença diante de situações humanas de degradação, quan-do se comporta indiferentemen-te com o que é humano e com aquilo que não o é? Maravilha a seleção arbitrária do que hoje é proposto como digno de res-peito: muitos, prontos a escan-dalizar-se por coisas marginais, parecem tolerar injustiças inau-

ditas. Enquanto os pobres do mundo batem às portas da opu-lência, o mundo rico corre o ris-co de deixar de ouvir tais apelos à sua porta por causa de uma consciência já incapaz de reco-nhecer o humano. Deus revela o homem ao homem; a razão e a fé colaboram para lhe mostrar o bem, desde que o queira ver; a lei natural, na qual reluz a Ra-zão criadora, indica a grandeza do homem, mas também a sua miséria quando ele desconhece o apelo da verdade moral.

76. Um dos aspectos do es-pírito tecnicista moderno é pal-pável na propensão a conside-rar os problemas e as moções ligados à vida interior somente do ponto de vista psicológico, chegando-se mesmo ao redu-cionismo neurológico. Assim esvazia-se a interioridade do homem e, progressivamente, vai-se perdendo a noção da consistência ontológica da alma humana, com as profundidades que os Santos souberam pôr a descoberto. O problema do de-senvolvimento está estritamen-te ligado também com a nossa concepção da alma do homem, uma vez que o nosso eu acaba muitas vezes reduzido ao psí-quico, e a saúde da alma é con-fundida com o bem-estar emo-tivo. Na base, estas reduções têm uma profunda incompreen-são da vida espiritual e levam-nos a ignorar que o desenvolvi-mento do homem e dos povos depende verdadeiramente tam-bém da solução dos problemas de caráter espiritual. Além do crescimento material, o desen-volvimento deve incluir o espi-ritual, porque a pessoa humana é “um ser uno, composto de alma e corpo”, nascido do amor criador de Deus e destinado a viver eternamente. O ser huma-no desenvolve-se quando cres-ce no espírito, quando a sua alma se conhece a si mesma e apreende as verdades que Deus nela imprimiu em gérmen, quando dialoga consigo mesma e com o seu Criador. Longe de Deus, o homem vive inquieto e está mal. A alienação social e psicológica e as inúmeras neuroses que caracterizam as sociedades opulentas devem-se também a causas de ordem espiritual. Uma sociedade do bem-estar, materialmente de-

senvolvida mas oprimente para a alma, não está orientada para o autêntico desenvolvimento. As novas formas de escravidão da droga e o desespero em que caiem tantas pessoas têm uma explicação não só sociológica e psicológica, mas essencial-mente espiritual. O vazio em que a alma se sente abandona-da, embora no meio de tantas terapias para o corpo e para o psíquico, gera sofrimento. Não há desenvolvimento pleno nem bem comum universal sem o bem espiritual e moral das pes-soas, consideradas na sua tota-lidade de alma e corpo.

77. O absolutismo da técni-ca tende a produzir uma incapa-cidade de perceber aquilo que não se explica meramente pela matéria; e, no entanto, todos os homens experimentam os nu-merosos aspectos imateriais e espirituais da sua vida. Conhe-cer não é um ato apenas mate-rial, porque o conhecido escon-de sempre algo que está para além do dado empírico. Todo o nosso conhecimento, mesmo o mais simples, é sempre um pe-queno prodígio, porque nunca se explica completamente com os instrumentos materiais que utilizamos. Em cada verdade, há sempre mais do que nós mesmos teríamos esperado; no amor que recebemos, há sem-pre qualquer coisa que nos sur-preende. Não deveremos ces-sar jamais de maravilhar-nos diante destes prodígios. Em cada conhecimento e em cada ato de amor, a alma do homem experimenta um “extra” que se assemelha muito a um dom re-cebido, a uma altura para a qual nos sentimos atraídos. Também o desenvolvimento do homem e dos povos se coloca a uma tal altura, se considerarmos a dimensão espiritual que deve necessariamente conotar aque-le para que possa ser autêntico. Este requer olhos novos e um coração novo, capaz de su-perar a visão materialista dos acontecimentos humanos e en-trever no desenvolvimento um “mais além” que a técnica não pode dar. Por este caminho, será possível perseguir aque-le desenvolvimento humano integral que tem o seu critério orientador na força propulsora da caridade na verdade.

Nesta edição terminamos a transcrição da Encíclica do Santo Padre, Caritas in Veritate

04 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011Encíclica do Papa Bento 16

Nesta edição terminamos a transcrição da Encíclica do Santo Padre, Caritas in Veritate

santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011

Um novo ano já começou e também as atividades pastorais do nosso Santuá-rio Santa Edwiges, a Casa de Deus e lugar de paz nos bairros de Heliópolis

e Sacomã. Desejo a todos, desde já, um santo ano de 2011.

Começamos uma nova série de artigos nos quais queremos destacar a atividade de nosso santuário como lugar de recordação, presen-ça e anúncio da Palavra, pois, estas são as principais marcas de um santuário na Igreja Católica. Como texto base e fundamental, va-mos comentar e citar por diversas vezes o do-cumento “O SANTUÁRIO – Memória, Presença e Profecia do Deus vivo” publicado pelo Con-selho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, organismo do Vaticano na Itália, que promove a atividade daquelas pessoas que sempre se deslocam de lugar para lugar na tentativa de se encontrarem com os outros, consigo mesmo e com Deus.

Ora, o Santuário Santa Edwiges desde a sua concepção como tal, isto em 1983, é o lo-cal em que as pessoas se dirigem para prestar culto a Deus, por Jesus Cristo na inspiração do Espírito Santo pelos méritos da santa polone-sa que lhe dá nome. A peregrinação é a força motriz da visita de diversos fieis e devotos de Santa Edwiges, que aqui se dirigem para escu-tar Jesus na sua Palavra e comungá-lo no pão eucarístico. Também o nosso santuário é o lu-gar do encontro, onde a “paga das promessas” não é tanto o oferecimento de algo em troca, pelo alcance do préstimo divino; como cestas básicas, ofertas em dinheiro, doações de di-versos gêneros, mas sim a salvação da alma dos fieis.

Desde a manifestação de Deus na história da humanidade, bem como na plenitude dos tempos em que o Pai enviou o Filho para nos salvar (cf. Gálatas 4,4 ), somos convidados pelo próprio Senhor “a caminhar nas estradas do mundo rumo ao céu, cada dia renovando a esperança de chegar junto a vós, na vossa paz” (cf. Oração Eucarística 5ª).

A missão do Santuário é ser a tenda do en-contro do povo com Deus, onde este lhe presta culto e louvor nas diversas formas de pieda-de, mas é principalmente pela celebração do memorial da Paixão e Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, pela celebração da eucaristia. Ainda e não menos importante, no santuário se celebra a reconciliação com Deus, afirmando que ele é o Senhor e juiz da história em Jesus, que através do sacramento da re-conciliação nos acolhe de novo em teu amor.

O documento do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes atesta sobre os santuários que são lugares “...ligados a eventos decisivos da evangelização ou da vida de fé de povos e de comunidades” e, ain-da “Todo o santuário pode ser considerado por-tador duma mensagem precisa, uma vez que nele se representa no hoje o evento que fun-dou o passado, que continua a falar ao coração dos peregrinos”. (cf. O SANTUÁRIO, memória, presença e profecia do Deus vivo. Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Iti-nerantes. Vaticano, Itália)

O Santuário Santa Edwiges quer ser uma autêntica escola da fé que educa seus filhos e filhas, na relação temerosa, isto é, de reco-nhecimento do poder e atuação divina na his-tória. Santa Edwiges foi e é um exemplo claro, de que se pode seguir e amar Jesus Cristo, a partir de uma verdadeira experiência religiosa e de celebração dos mistérios de Deus na pró-pria vida.

Esta é a natureza de nosso e de outros san-tuários: “...viver o grande dom de reconciliação e de vida nova, que a Igreja oferece continua-mente a todos os discípulos e missionários de Jesus Cristo”.

Vamos todos alcançar esta meta. Deo gratias!

Um lugar onde as pessoas se encontram consigo próprias, com os outros e com Deus, a partir da experiência da Palavra de Jesus e da comunhão do seu Corpo e Sangue

Peregrinações de encontro

Martinho [email protected]

05 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011Santuário

m Curitiba, Calvi trabalhou no Abrigo dos Menores como vice-reitor. Admi-nistrado pela Congregação em parce-ria com o governo do Paraná, o es-

tabelecimento recolhia órfãos. Neste local, os meninos recebiam educação, instrução religiosa e formação profissional. Quando Calvi assumiu sua função de vice-reitor, no dia 7 de outubro de 1926, o abrigo atendia cerca de 100 crianças

O trabalho foi difícil para o padre Calvi. De índole quieta e mais propenso para o cultivo da vida interior, precisou se adequar ao convívio com uma centena de crianças. Mesmo assim, manteve-se firme no propósito de servir de exemplo, de trabalhar de corpo e alma, ganhan-do aos poucos o coração daquele menores. Sempre mantendo a sua humildade e coerência:

- Estou sempre aqui, com meus meninos; estou muito contente e de nada me lamento, a

á estamos na segunda década do Terceiro Milênio e há pouco tempo, corríamos para as preparações do Grande Jubileu de 2000 anos de Jesus Cristo e agora, perce-

bemos que já vivemos mais dez anos após esta data tão memorável da era Cristã.

Ao se falar de Ano Novo, o que se passa na cabe-ça de cada um de nós? No dia de Natal, e no dia pri-meiro de janeiro, andando por dois locais diferentes, escutei diversas considerações. Há um universo de proposições, uma gama de sonhos e uma deman-da sem fim para que Deus possa ser Fiel, afirmação como: “se Deus for fiel comigo...” e são altas estas colocações. Pobre Deus que nasceu na manjedoura, do pequeno aconchego do curral dos animais de Be-lém, fico até imaginado que irão desejar para Ele uma prisão perpétua, ou algo similar por não cumprir com os desejos de muitos. Brinquei em meus pensamen-tos, fuga para o Egito hoje não dá mais, será achado Jesus, portanto, cuidado!

Do profeta Isaías, “Paz é fruto da Justiça” (Is 32,17), possamos neste início de ano nos empenhar de maneira justa, para assim construir a Paz, tendo o nosso olhar voltado aos grandes modelos de vida: Maria que dá o seu sim em sua plena juventude e José que assume a paternidade e a história de Jesus.

A esperança é a força motora para a realização de uma vida sempre mais justa, solidária e plena de todos os elementos que nos levam a edificar os sinais da graça de Cristo em nossas vidas.

Eu, na direção desta comunidade, com o intuito de animador, olho com um sentimento de paz muito grande, os avanços que fizemos juntos em 3 anos, e agora com os frutos da assembléia paroquial, onde continuamos a nos assegurar, dentro que a Igreja nos propõe.

Que as nossas comunicações sejam geradoras de paz, que a missão nos aqueça na busca desta meta e a formação nos dê oportunidade de ter as mais tenras forças mentais, para que alcancemos o que desejamos neste ano como prioridade.

Que os Deus da Esperança nos cumule de ale-gria e Paz. Juntos mais uma vez. Bom 2011.

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

E

J

Ano Novo, tempo de Paz e de Esperança

Padre José CalviContinuamos a transcrever do livro “Uma abordagem histórica da Congregação dos Oblatos de São José” a história do Pe. Calvi

06 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011STA. EDWIGES

Palavra do Pároco

não ser pouco talento para fazer melhor. Algu-mas vezes sinto um pouco de tristeza por não conseguir fazer bem tudo o que é preciso – ma-nifestou em seus seguidos manuscritos.

Padre Calvi procurava, mesmo com a difi-culdades que tinha com o português, incutir nos adolescentes algumas devoções, especialmen-te à Eucaristia, à Nossa Senhora e a São José.

Um ano após ter iniciado seu trabalho no Abri-go do Menor, a saúde de padre Calvi começou a dar sinais de maior fragilidade. Mesmo assim, o religioso mantinha-se fiel em suas funções no estabelecimento. A atividade educacional exigia vigor físico que Calvi não possuía. Apesar dos problemas, o padre não se abatia e continua-va desempenhando o seu papel reclamações. Além do abrigo, trabalhava seguidamente em atividades ministeriais fora do estabelecimento.

(Continua)

MeditaçãoSe alguém deseja ser um cristão verdadeiro

não deve procurar o comodismo. Um certo bem-estar não é condenável, principalmente nos casos de pouca saúde ou quando as circunstâncias da vida o exigem. Mas o que a vida cristã não admite é a procura exagerada do conforto, numa existência esplendorosa, utilizando o dinheiro só para luxo e prazeres.

No encontro de Puebla, em 1979, assim diziam os Bispos latino-americanos: “Os bens da terra se convertem em ídolo e em sério obstáculo para o Reino de Deus, quando o homem concentra toda a sua atenção em tê-los ou cobiçá-los. Então eles se tornam absolutos. ‘Não podeis servir a Deus e ao dinheiro’ (Lucas 16, 13).

“A riqueza absolutizada é obstáculo para a verdadeira liberdade. Os contrastes cruéis de luxo e extrema pobreza, tão visíveis em todo o Continente, agravados ademais pela corrupção que muitas ve-zes invade a vida pública e profi ssional, manifestam até que ponto nossos países se encontram sob o domínio do ídolo da riqueza” (Puebla 493–494).

Vamos, portanto, utilizar as riquezas materiais para o nosso bem e para o bem do próximo. Não permitamos que, por causa do dinheiro, nosso cora-ção fi que fechado às necessidades dos outros.

ExemploSanta Edwiges procurou fazer da sua vida uma

contínua mortifi cação. Nada poupou em rigorismo no tratamento do irmão corpo. Exigia dele muito

mais do que as suas forças físicas podiam oferecer nesse trabalho de permanente ascese, de sacrifí-cio ininterrupto. Submetia-se a jejuns diários, exceto aos Domingos e grandes festas cristãs. Não comia carne de modo algum. E, para que rompesse tal pro-pósito, quando acometida de grave enfermidade, foi preciso que o legado de Papa Guilherme, Bispo de Módena, isto dela exigisse com uma ordem rígida. E, cumprida essa determinação, a Santa dizia que tal submissão lhe era muito mais mortifi cante do que a própria doença. Mas a obediência sufocava qualquer oposição de sua parte.

O seu biógrafo nos dá notícia do regime alimen-tício que ela seguia. Aos Domingos, Terças, Quintas e Sábados limitava-se a alguns legumes secos; nas Quartas e Sextas, tão somente pão e água. E tudo isso em quantidade limitada: o essencial apenas para atender às necessidades do corpo. Mais tarde, quando fez o grande voto de continência perpétua na vida conjugal, reduziu a sua alimentação a pão, legumes secos e água fervida. O esposo, que não tolerava água e só bebia vinho às refeições, não se conformava com aquela austeridade. E aconteceu que, numa Quarta-feira de Quaresma, havendo apenas água na mesa, ele esbravejou. Mas, ao oferecer-lhe Edwiges a taça, o líquido subitamente se apresentou como vinho.

Os rigores do jejum, apesar de já tão fortes, ain-da aumentavam no tempo do Advento e da Qua-resma. Em tais épocas Edwiges comia tão somente para não cair sem sentidos

Novena de Santa Edwiges1º DIA – O CRISTÃO E A RIQUEZA

Caro Irmão e Querida Irmã em Cristo!

Maria Eduarda

Erika Farias

Bianca Marinho

Batismo em 19 de Dezembro de 2010Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do

Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

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Janeiro de 2011BATISMO

Carlos Eduardo

Pai, e do Filho, e do Espírito Santo

Eduardo Santos

(Mateus 28-19)

Gisselli Matias

Iasmim Ribeiro

kauã Santos

Pamela SouzaIasmim BrendaIasmim Brenda

Grabiela Gama

Sara Alves

Rafael Silva

Pamela Souza

Nataly Tomaz

te de apresentações e espetáculos de danças e teatro promovendo o acesso à arte, desenvolven-do o interesse na criação artística e também uma atitude de encorajamento para que descubram o seu potencial através da expressão corporal, pois a dança é uma condutora de emoções e pensa-mentos, e sendo a missão do projeto, conduzindo essas sensações através das Oficinas de Dança propostas pelo grupo e convidados, trabalhando atividades artísticas, educativas, e culturais em tor-no da dança contemporânea por elementos bási-cos como, por exemplo, espaço, conhecimento do corpo, respiração, entre outros.

Espero que em breve todos possam visua-lizar na nossa Comunidade o resultado desse novo projeto que está iniciando e esperamos que com a leitura desse artigo vocês possam ter co-nhecido um pouco mais da nossa história dentro e fora da igreja.

Aliança Eterna atualmente é um gru-po pertencente à comunidade juvenil do Santuário (COPAJU), porém antes de nos tornarmos oficialmente um mo-

vimento somos um grupo de amigos e de dança, que através da nossa convivência, amizade e a vontade de expressar uma mensagem pela dança, tornou possível o amadurecimento dos membros envolvidos para a elaboração de um novo grupo voltado aos jovens.

Nossa história: a amizade nasceu dentro da igreja onde descobrimos afinidades e nos apro-ximamos cada vez mais. Como tradicionalmente acontece no final do ano em vários lugares, realiza-mos em 2005 o primeiro amigo secreto para cele-brar tudo o que aconteceu durante o ano, trocando presentes na pracinha da própria igreja, onde há tempos é palco para muitos dos nossos encontros. Daí começou nossa trajetória ...

Em 2008, próximo a IV Mostra de Dança orga-nizada pela Congregação dos Oblatos, participa-mos do evento como grupo de dança, surgindo o nome “Aliança Eterna”, onde ganhamos o prêmio

de Criatividade. No ano seguinte, sentindo a ne-cessidade de obter uma técnica mais adequada, iniciamos o projeto “Dança Vocacional” pela Secre-taria de Cultura da Prefeitura de São Paulo durante o ano de 2009, no CEU Meninos com a orientação da bailarina e professora de dança Tutti Madazzio. Este foi um episódio marcante para o grupo, em que tivemos a oportunidade de desenvolver e am-pliar nossa visão sobre a dança.

Após a participação do projeto e da nossa par-ticipação na VI Mostra de Dança, o Aliança foi con-vidado pelo Pe. Paulo e Frei Neto para idealiza-rem um novo projeto direcionado aos jovens, onde concebemos o projeto de dança dentro da paro-quia. No segundo semestre de 2010, formatamos e apresentamos para a comunidade o projeto que aceitou de braços abertos.

O projeto: temos o objetivo de despertar e sen-sibilizar adolescentes e jovens para a dança e de-mais formas de cultura, valorizando a cultura tão rica existente em São Paulo, fazendo com que no futuro elas possam adquirir o hábito de frequentar e admirar essas iniciativas participando ativamen-

Aliança Eterna - Arte e Devoção

O

Wallace Franç[email protected]

08 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011PASTORAIS

AssembléiaParoquial Pastoral

o dia 05 de dezembro de 2010 foi reali-zada a Assembléia Paroquial de Pasto-ral, contando com a presença de todos os grupos, pastorais, movimentos e a

Obra Social Sta Edwiges.A assembléia teve início com a missa às 7h

no Santuário e na sequência as pessoas pre-sentes reuniram-se no Salão São José Marello, onde a programação do dia abrangeu: Comuni-cações, Ofi cinas de Oração e Vida; comunicado pelas representantes das Ofi cinas no Estado de São Paulo, Ano Marelliano e Pe José Calvi; mo-mento promovido pelo o Pe. Mauro Negro, OSJ, Congresso de Leigos da Arquidiocese de São Paulo; proposto pelo Frei José Neto e Projeto de Evangelização Brasil na Missão Continental, Do-cumento 88 da CNBB; pelo Pe Alexandre Alves

dos Anjos Filho, OSJ.Após um intervalo, passamos a um diálogo

aberto com as realidades da comunidade e as prioridades eleitas nas assembléias dos anos anteriores. Foram refl etidas as realizações e o que está ainda para ser feito e, após rodas de conversas, surgiram propostas para que possa-mos alavancar os objetivos já existentes e tirar deles o proveito necessário, com foco nos itens: Formação, Missão e Comunicação, encerrando-se a assembléia com o planejamento destes itens e a confraternização de todos os presentes.

N

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Janeiro de 2011NOTÍCIAS

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

Santuário Santa Edwiges forma Ministros da Palavra

O encontro de formação para Ministros Leitores do Santuário reuniu mais de 50 pessoas, buscando efetivar uma formação cada vez melhor para a proclamação da Palavra de Deus nas celebrações litúrgicas. A formação teve seu início em 30 de outubro, num total de 5 encontros formativos, com parte teórica e prática, sobretudo o uso do microfone. O objetivo é fazer com que a Palavra de Deus seja cada vez melhor proclamada, para que toque no coração das pessoas. Somente com uma preparação teórica, mas sobretudo com exercícios práticos de leitura poderemos fazer com que a Palavra de Deus chegue ao mais profundo do coração daqueles que frequentam nossa Comunidade.

Diante da comunidade paroquial Santa Edwiges no dia 28 de novembro, o Frei Marcelo Ocanha, professou os votos de pobreza, castidade e obediência, seus votos perpétuos. A Congregação dos Oblatos de São José acolhe mais um membro em sua família. Os freis Neto, Marcílio, Leonardo e Edenilson receberam o Ministério da Leitura, nesta mesma data na santa missa às 11h.

Votos Perpétuos do Frei Marcelo Ocanha

Pe. Alexandre Alves Filho, [email protected]

Bispo de Acqui.Na carta de apresentação de Marello como o

novo bispo de Acqui, enviada, aos 28 de novem-bro de 1888, ao vigário Geral, Pe. Pagella, Dom Ronco o apresenta como um homem empenha-do na causa dos pobres, particularmente, quan-do, em 1884 ele manifestou uma preocupação especial por eles em Santa Chiara com o funcio-namento do Asilo que acolhia epiléticos, cegos, apopléticos, aleijados, bobos e velhos que não podiam se movimentar. Salientou também que Marello, no ano de 1885, tinha tomado a genero-sa decisão de ir morar no meio dos seus pobres, os quais ele amava com coração de pai. Finaliza a sua carta declarando-o: “uma pérola preciosa e uma bênção que Asti perde e que Acqui ganha. A sua vida é um constante exercício de virtudes, de zelo pela glória de Deus, para a saúde das almas e de obras misericordiosas pelos pobres. E todo este tesouro está escondido sob o invólucro da mais singela humildade...”

Fonte:Os fatos citados acima constam no livro:São José Marello focado em algumas particulari-dades de sua vida Pe. José Antonio Bertolin, OSJ Edição de 2009

ato 01: São José Marello, sensível à ne-cessidade dos pobres e marginalizados, desde sua infância se preocupava com os mais necessitados.

Virtude admirável era o seu coração sensível às necessidades dos pobres e marginalizados. Essa é comprovada quando certa vez o menino Marello viu um velho mendigo sendo ridiculariza-do pelos seus colegas e tomou energicamente a defesa deste pobre velho. Consolou-o e o condu-ziu até a sua casa e deu-lhe comida e roupas. Seu amor pelos pobres é ainda comprovado com um trecho escrito por ele em seu caderno que diz: ”Eu conheço um menino, um bom menino, que todo sábado leva seu vinho para um velho doente, e, nos dias festivos, separa para ele aquilo que tem um pouco a mais na mesa. Conheço outro que no lugar de muita coisa no café da manhã pede à sua mãe uma moedinha por dia e assim no domingo, com aquela poupança de uma semana, um velhi-nho pode ter um pouco de carne em sua mesa”. Quem o conheceu sabe que ele era tão caridoso para com os pobres que, às vezes, para socorrê-los, privava-se do seu café da manhã. Portanto o menino a que ele se referia no caderno era real, não fictício, era ele mesmo. Pe. Giovanni Battista Cortona lembra a sua caridade para com os po-

F bres era tão manifestada que às vezes os ajuda-va, privando-se também de seu café da manhã. Por isso, aquele menino relatado em seu caderno queria indicar que realmente era ele.

Fato 02: São José Marello, sensível à neces-sidade de seu irmão, abre mão de sua parte na herança em seu benefício.

No dia 17 de maio de 1873, morria aos 66 anos, Vincenzo Marello, pai de Giuseppe Marello. Dei-xava seus bens móveis e imóveis aos seus dois filhos. No dia 6 de julho do mesmo ano, Marello fazia o seu primeiro testamento deixando todos os bens patrimoniais que lhe cabiam ao seu irmão Vittorio. Esse seu testamento, ele o iniciava com as seguintes palavras: “... Eu, abaixo assinado, pobre pecador, considerando que a cada momen-to estou às portas da eternidade e que é preciso cada dia estar preparado para a morte...”. Nes-sas palavras ele faz uma profunda confissão de humildade e de fé. Seu testamento exprimia um completo desapego de todos os bens para poder viver voluntariamente a pobreza. Quando seu pai era vivo, ele pedia-lhe para dar aos outros, quan-do morreu o pai, deixou tudo e não só não pedia, mas se declarava pronto da dar tudo o que tinha.

Fato 03: Testemunho do Dom Ronco, por oca-sião da apresentação de Dom Marello como novo

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Janeiro de 2011ANO MARELLIANO

São José Marello, um coração sensível à necessidade dos mais necessitados Entre tantos outros que poderiam ser citados, transcrevemos a seguir três fatos de sua vida que evidenciam esta sua virtude.

e. Antonio Ramos de Moura Neto, 45 anos, natural de São Paulo, Vila Medeiros, religioso, membros dos Oblatos de São José há 26 anos, sacerdote há 19 anos.

Em 1981 descobri minha vocação participando da comunidade e dos encontros vocacionais na Paró-quia Nossa Senhora de Loreto. Fui membro do gru-po de adolescente, Movimento Eucarístico Jovem, participei da catequese eucarística e de preparação a Crisma. Fiz um acompanhamento vocacional e visitei o seminário de Filosofia dos Oblatos e fiquei encantado com o estilo de vida simples e ao mesmo tempo séria daqueles jovens josefinos, que se pro-punha a viver como viveu São José, na humildade e serviço desinteressado a Jesus e sua causa. Em ju-lho de 1982 resolvi entrar no seminário de Ourinhos, com 17 anos, com o ideal de seguir a Cristo e de me preparar para servir os irmãos mais necessitados. Por causa da escolha tive que me afastar da famí-lia, do trabalho de Office Boy, da comunidade, dos amigos de infância, mas valeu a pena. No seminário concluí o ensino médio, cursei Filosofia em Curitiba e Teologia em São Paulo morando e trabalhando na Paróquia de Santa Edwiges. Aprendi muito com os paroquianos, com os jovens, com os devotos de Santa Edwiges e com os membros das comunida-des do Heliópolis.

Consagrei minha vida para sempre a Deus, ou seja, fiz meus votos perpétuos em 1989 em Vila Medeiros. Fui Ordenado sacerdote em 1991. De lá para cá, trabalhei na formação de seminaristas, fui vigário paroquial, missionário no Mato Grosso, as-sessorei algumas pastorais na província e diocese onde trabalhei. E hoje, assumo o serviço de provin-cial, animador da vida religiosa e responsável pelos confrades na província dos Oblatos de São José no Brasil, já no segundo mandato.

JSE: E o Ano Marelliano?Ano Marelliano vem de Marello, cristão, sacer-

dote, fundador, bispo, italiano que viveu entre 1844-1895. Este padre, desde jovem, teve uma vida cris-tã intensa, marcada pelo profundo amor a Deus, a Igreja e aos pobres. Fundou a Congregação dos Oblatos de São José com a finalidade de oferecer espaço de seguimento de Jesus Cristo, serviço a Igreja, na imitação de São José, educação da ju-ventude e o atendimento dos pobres. Foi bispo de Acqui, Itália distinguindo-se por um amor exemplar ao seu povo. Morreu com fama de santidade e de-pois de demorado processo de canonização foi de-clarado santo, canonizado pelo saudoso Papa João

P Paulo 2º em 25 de novembro 2001.Em 2011 comemoraremos 10 anos desse feito,

e com a finalidade de favorecer o melhor conheci-mento da pessoa, obra e mensagem de São José Marello, em novembro passado inauguramos na província, o que chamamos de Ano Marelliano. Até o mês de novembro desse ano procuraremos atra-vés de uma série de atividades e eventos crescer no culto e na imitação desse grande devoto de São José, apóstolo da juventude e homem de Deus ali-mentado de uma espiritualidade do cotidiano.

Para quem deseja acompanhar a programação do Ano Marelliano, bem como conhecer melhor a figura, obra e pensamento de São José Marello, desfrutar de textos, artigos e reflexões confira http://www.anomarelliano.blogspot.com/.

JSE: Quais são os desafios de ser um Obla-to de São José?

Os Oblatos de São José estão presentes no Brasil há mais de 90 anos. Desde que chegaram procuram evangelizar no estilo josefino marca-do pelo trabalho, pela simplicidade, pelo amor a igreja e ao povo. Desafios não faltaram nesses anos como não faltam hoje. Penso que os desa-fios existem para nos ajudar crescer e nos manter sempre vivos.

Apresentar os desafios que enfrentamos hoje não são fáceis, pois são vários e interligados uns aos outros. E pelo fato de estarmos inseridos na sociedade e na igreja desse tempo, é nesse es-paço que eles se encontram. Mas arrisco elencar alguns: Evangelizar de maneira compreensível ao homem e mulher de hoje, no ambiente urba-no onde a maioria se encontra. Administrar com visão moderna de gestão um grande número de obras com poucos recursos e grupo reduzido de religiosos. A diminuição das vocações. A vivência da identidade religiosa e josefino marelliana na-quilo que fazemos.

JSE: Deixe uma mensagem aos leitores do

Jornal Sta Edwiges:Buscar fazer o melhor sempre e até nas pe-

quenas coisas. Fazer com que outras pessoas conheçam, amem e vivam orientadas pelo evan-gelho de Jesus Cristo. Ter determinação na vida, não desanimar. Confiar na Providência de Deus, que não falha. Ter um grande amor a Maria e a José, que nos ajudam a viver bem aqui na terra e encontrar o caminho do Céu.

Estas são algumas das máximas de São José

Pe. Antônio R. de Moura Neto, Superior Provincial da Congregação dos Oblatos de São José

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Janeiro de 2011ENTREVISTA

O Jornal Santa Edwiges em sintonia com o Ano Marelliano entrevistará diversos padres, freis e religiosos da Congregação dos Oblatos de São José, devido a celebração de 10 anos de canonização de seu Santo Fundador, São José Marello.

Nesta primeira edição do ano de 2011 conversamos com o Superior Provincial desta congregação, Pe. Neto

Marello. Existem outras, belas e profundas. Vale a pena conhecê-lo um pouco mais. Convido a todos a estarem em sintonia nesse Ano Marelliano, seja através do Blog, seja através dos artigos no Jor-nal Santa Edwiges, seja através da programação a ser realizada nos lugares mais perto de você.

Juliana [email protected]

ão José é uma figura encantadora por muitas virtudes que já refletimos em outras ocasiões, mas que vale a pena sempre recordar. Nesta edição

vamos refletir sobre a vida profissional de José que o tornou merecedor do título de Padroeiro dos trabalhadores. Para isso vamos tomar mais umas páginas da obra do Pe. Bertolim “100 Questões de Josefologia” (Pgs. 17-23).

Todas as pessoas simples como José viviam dentro de um ambiente marginalizado e classis-ta. Claro, que quem mais sofria eram as mulhe-res consideradas inferiores aos homens, sem nenhuma incidência no meio social.

Para elas, restavam-lhes cozinhar, lavar roupa buscar água no poço ou na fonte e dedi-carem-se à limpeza. Não participavam das fun-ções nas Sinagogas e quando iam ao Templo ocupavam os lugares depois dos homens.

Elas não tinham permissão para ler o livro sagrado (Torá) no Templo e nem um testemunho de uma mulher poderia ser levado em conside-ração, inclusive em público, nenhum homem de boa reputação cumprimentava uma mulher.

Naturalmente José, homem justo, não podia ter como prática de seu comportamento estas atitudes discriminadoras e sobretudo para Ma-ria, com a qual viveu uma profunda vida de amor e de doação, compartilhando toda a sua vida, nutrindo por ela um profundo respeito, uma grande ternura e uma perfeita comunica-ção de seu afeto, amando-a com amor intenso.

A profisssão de JoséO nome José deriva da língua hebraica “Iô-

sef” abreviação de Iehôséf” que significa: “Javé acresça, faça crescer”, do latim Ioseph (us).

José foi um trabalhador, suas características de homem trabalhador refletiram-se inclusive no Filho de Deus, o qual era conhecido como “Fabris Filius” (Mt 13,55), (Filho do Carpinteiro). Como era o costume de então, José segura-mente recebeu esta profissão de seu pai, por-tanto ainda adolescente já era um artesão.

Como realça os evangelhos, José possuía uma pequena oficina em Nazaré, um lugarejo perto das Montanhas, lugar de lavradores, de gente simples e pobre. Portanto ele não fabrica-va móveis refinados ou objetos de consumo da aristocracia, da gente rica de seu país.

Classificar José como artesão não está erra-do, aliás, o texto evangélico usa uma expressão genérica para designar a sua profissão, ou seja, o qualifica como artesão. Desta forma, ele não fabricava somente móveis, mas também portas, janelas e tudo aquilo que era de necessidade dos moradores de Nazaré.

Com a categoria de artesão podemos con-cluir que José era um artífice que manuseava a madeira e o ferro. Por isso, ele executava o seu

trabalho, não apenas recluso na sua carpintaria, mas também para fora, consertando um arado, uma roda de carroça ou fazendo o fundamento de uma casa, etc.

Naturalmente esta sua profissão facilitava muito o seu contato com o povo de Nazaré e de toda a região que também solicitava os seus trabalhos, por isso, José era uma pessoa bem relacionada, conhecia bem os problemas, os desejos e sofrimentos do seu povo.

O fato de São José ser o protetor dos tra-balhadores não se deve apenas a isso, outros santos também trabalharam tanto quanto ou até mais que ele, mas sim porque o seu trabalho teve uma função especial: aquela de nutrir o Filho de Deus e de educá-lo, da mesma forma também para sustentar Maria, sua esposa.

O trabalho de José tem ainda outra qualifica-ção particular: dele Jesus aprendeu uma profis-são e sustentou-se por trinta anos. “Aquele que sendo Deus, tornou-se semelhante a nós em tudo, dedicava a maior parte de sua vida sobre a terra no trabalho manual, junto a um bando de carpinteiro” (Encíclica Laborem Exercens, 6)

A indicação de José para Modelo dos tra-balhadores nós a devemos particularmente ao Papa Pio XII, quando instituiu no dia 1º de maio de 1955 esta festa litúrgica. O mesmo Papa as-sim se expressou: “não houve nenhum homem assim tão próximo ao redentor pelos vínculos familiares, pela comunhão diária, pela harmonia espiritual e pela vida divina de graça como São José, da estirpe de Davi, mas também um hu-milde trabalhador”.

O Papa João Paulo II evidenciou a missão de José, ou seja, a sua função de “Minister Salutis” ao afirmar: “Graças ao banco do trabalho junto ao qual exercia a sua profissão em companhia com Jesus, José aproximou o trabalho humano ao mistério da redenção”.

A condição operária de José foi aquela que “personifica o tipo humano, que ao próprio Cris-to escolheu para qualificar a sua própria posição social de “Filius Fabri”. Portanto com José, Je-sus assumiu uma qualificação humana e social. Tornando-se civilmente Filho de José (Lc 3,23), Jesus herdou o título real de filho de Davi”, mas contemporaneamente assumiu também aque-le profissional que o qualifica como o “Filho do Carpinteiro” (Mt 13,55).

Se São José trabalhava e transmitiu uma profissão ao Filho de Deus, como não reconhe-cer no dia a dia a grandeza e a dignidade do trabalho em nossas vidas?

José: O Homem do TrabalhoS

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Janeiro de 2011SÃO JOSÉ12

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

asceu no ano de 606, em Toledo, no dia 8 de dezembro. Um homem de oração, foi discernindo a vontade de Deus também

nas perdas. Ficou órfão e, em meio aos bens que possuía, fez de tudo para a construção de um mos-teiro para religiosos. Um homem de discernimento, que não quer dizer sem medo, sem dificuldades. Os santos não foram super-homens, mas pesso-as de carne e osso que foram se deixando trans-formar por Aquele que é o santo dos santos: Je-sus Cristo. Ele que, pelo poder do Espírito Santo, opera maravilhas no coração que se abre.

Santo Ildefonso, um coração aberto para as vontades de Deus, mesmo contra a própria von-tade. Aconteceu que o Bispo de sua localidade havia falecido e o povo o elegeu. Ele se escondeu num convento, mas foi descoberto e aceitou este grande serviço para o povo de Deus. Foi um gran-de instrumento de Deus e devoto da Santíssima Virgem.

Ele propagou a Festa da Expectação de Nossa Senhora, em 18 de dezembro – Nossa Senhora do Ó, como ficou conhecida. Fruto desse amor, ele recebeu a graça de uma aparição da Virgem Maria, chamando-o de “meu capelão” e presente-ando-o com uma casula do céu. Assim diz o seu testemunho

Um homem revestido de humildade, de vida, de oração na vida sacramental, por isso foi um grande pastor para o seu povo. Não evangelizou sozinho, pois os santos bem sabiam e continuam a saber o quanto nós precisamos uns dos outros para que a evangelização aconteça, para que muitos conheçam esse doce nome que tem nos-so Senhor Jesus Cristo. Os santos foram aqueles que se consumiram pelo Evangelho para que mui-tos conheçam Jesus Cristo.

Santo Ildefonso, rogai por nós!

N

Santo Ildefonso23 de janeiro

Família SenaFamília Cestari NoronhaFátima e fi lhos: Fernanda, Tadeu e TiagoFamília Marquezine e Apostolado da OraçãoFátima Monteiro AriolaFlávia Regina RodriguesFrancisco F. de Freitas e FamíliaFátima E.S. MoraesFrancisco Araújo LimaFrancisca Paulino SilveiraFábio Souza Ramos e FamíliaFamília André BarrosFernando Gomes MartinsFamília MoryamaFausto Ferreira de FreitasFamílias: Coviello, Caputo e OliveiraFamília Bertone AmaralFamília Dassie Magalhães GomesFamília Lucinda GorreriFrancisco de Assis Cabral e FamíliaGassan IzarGeralda Generoso dos Santos, Gláucia Marques JacomoGetúlio SanchesGilmar Antônio B. LáriosHiroshi KotoHamilton Balvino de Macedo e FamíliaHermes R. Pereira SencionHélio Martins de AguiarIrene Pocius ToroloIvete Gonçales de Lima ElinIvoni da Silva Calixto e FamíliaIsmael F. de Matos e FamíliaJanice Monteiro VieiraJoão Pequim e Bento S. PequimJosé Barbosa dos SantosJosé Fernandes GóesJoão GuimarãesJosé Carlos PinheiroJosé Waldomiro FuscoJoão Ramiro FuscoJoão Mario e Maria HelenaJoão Ricardo Silva de OliveiraJosé Alves PereiraJosé Luiz Bravo e Família José Augusto Ferreira da Mota e FamíliaJoão Carlos CremaJosé Roberto PlimaJoaquim José de S. NetoLanHouse Santa FéLuiz Geraldo SylosLodovico FavaLurdes Aparecida e Pedrina MontovaniLuiz Carlos MontorsiLuzia Villela de AndradeLuiza Aparecida PerobelleMarcos da Roz e FamíliaMaria Antônia MendesMaria Cirila MartinsMaria José Veloso BragaMaria Regina DiasMaria Conceição Brandão e Antônio PereiraMaria da Paz Silva GonçalvesMaria de Fátima Campos VieiraMaria de Fátima PereiraMaria de Nazaret Vaze Vilela

816JÁ SOMOS

Obrigado a você que faz parte desta história

Ademar e Maria VitóriaAdevaldo José de CastroAna da Costa Oliveira Coimbra e FamíliaAna Luiza, Eduarda e Família SouzaAnônimoAntônio Teixeira NetoAvelino e Beatriz Rosa Álvaro Leopoldo FurtadoAntônia A. SousaAna Ruiz de OliveiraAnair Meirelles SoaresAna Teresa Stoppa Cruz e FamíliaÂngela, Marcos, Higor, Hingrid, Thiago e AgioutonAna MariaAna Rosa de CarvalhoAntônio Alves de FreitasAntônio Cristóvão de AlmeidaAlcino Rodrigues de SouzaArmazem do SaborAna Dalva Pereira CorreiaAlexandre Sabatine RodaAdemar AshicarAndréa e fi lhos: Raphael, Gabriel e LeonardoAnderson Félix Ferreira e famíliaApostolado da OraçãoAvilmar SouzaAlaíde Lucinda de AlmeidaAlexandre Xavier de OliveiraAguimar e Izabel de SouzaAntônia B. Valéria CamargoAntônia Pereira Monteiro FilhoAparecida do Amaral CampezziArlindo FerreiraAntonio Marcos e Márcio MoreiraBenedito Abreu de SouzaCatequese de 1ª EucaristiaCláudia Rejane Cassiano LeãoCícero AlvesCreche São Vicente PallottiClarindo de Souza RussoCláudio BreviatoContribuição AnônimaCarlos Antônio Alves GodoiCleiciane A. Bezzerra Carlos e Cristina MarcondesDrusila Fernanda Gomes MilaniDjanane Ângelo AlvesDomingos MalzoniDomingos Sávio Alves de FariaDélcio PesseEdson da Silva Cruz e FamíliaEdspress Industria Gráfi ca LtdaElias e Fernanda GedeonErnanes Rosa PereiraEurides Almeida Matos NetoEdilberto e Erineide MouroEdison VicentainerEngesonda Fundações e Construções LTDAElza C. Genaro e FamíliaEstevam PanazzoEdinauva J. Sousa e FamíliaEdna Gonçalves de MacedoEvanira do Amaral Carrara e FamíliaFamília Fernandes dos Santos e DelgadoFrancisco Carlos AbranchesFraternidade São José

Já quitaram seu carnê Colaboradores

Campanha em prol do terreno do Santuário

SEJA + 1Maria do Amaral Camargo e FamíliaMaria do Carmo BonilhaMiguel Caludino FerreiraMargarida de Faria RodriguesMaria Aparecida BonessoMarcelo Barbosa de Oliveira e FamíliaMário Estanislau CorreaMaria Barbosa Ciqueira e FamíliaMárcia Regina Sierra de SeneMaria Augusta Cristovam e FamíliaMaria do Céu da Silva BentoMauro Antônio Vilela e FamíliaMariliza e Walter Alberto BrickMaria Rocilda de Lima MaiaMaria Tereza V. RochaManoel Joaquim GranadeiroMarcos Ferreira de SenaMaria de Lourdes da ConceiçãoMª Aparecida e Carlos LiberatiMauro César do CarmoMª Carmo e Mônica RibeiroMª José V. Silva e FamíliaNilza Maria Rodrigues ColNorma IzarNeisa de Azevedo AlvesNivaldo Mendes FreireNewton MoriOscalia CalmonOscarino Martins e Fátima LemosPastoral da AcolhidaPedro dos SantosPaulo Vicente MartinsRenata Lima FerreiraRoberto MartiniRosely PrioreRenato RuizRailda e Sandra SenaRomaria São José dos CamposRosa BonveguesSandra Cristina Narcizio RochaSuraia Zonta BittarSerize e Edson França VincenziSônia Varga O. B. Gomes e FamíliaSônia Maria CesariSelma PanazzoSilvaldo José Pereira e FamíliaSilvia Cristina Augusto e FamíliaSilvana Terezinha Marques de AndradeSalvador Carvalho de AraújoSebastião Barros Leão e Maria MadalenaSelma Mara Gasperoni e Wilsom J. PoncettiTomas e AntôniaTadeu Laerte MattioliVictorio MarzzetelliVanilde Fernandes e FamíliaVanja Lúcia OrsineWilta das Graças de AlmeidaWilson Malavolta e Simone BombasseiWaldyr Villanova PangardiZulma de Souza DiasZilda da Silva Alves

13 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011SANTO DO MÊS

O

P

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

or quê “coisas erradas” acontecem às pessoas certas, que sabem diferenciar o certo do errado, o bem do mal, o sim e do

não, o fácil do difícil, o possível do impossível, que têm a noção exata de seu lugar na vida?

De repente aparece um vendaval destruindo valores, certezas, virando tudo do avesso...Ven-daval esse que nem sequer se apercebe do que está fazendo...Passa sem olhar para os lados, sem se preocupar com o que esta acontecendo...

Por quê, se ninguém saiu de onde estava, foi procurar coisa alguma, imaginou ser possível que algo diferente acontecesse, que o controle saísse de suas mãos?

Por quê o sol tornou-se lua, o dia virou noite, as certezas se foram,as convicções ficaram para trás...Por quê?

Por quê a sensação permanece, não quer ir embora, torna-se tão teimosa, que fica sendo mais fácil deixar-se levar?Por quê? Por quê é tão difícil, tudo que poderia ser tão fácil?Que duali-dade é essa que atormenta, perturba e não deixa que apareça o centro de tudo? Que teima em em-purrar para o lado que se julga errado.

Será que é a vontade de voltar no tempo e começar tudo de novo?Viver de outra maneira, ser criança novamente, fazer ou não tudo outra vez?Será que é o tempo que passa tão rápido, que a todos desnorteia?

Trazer algumas coisas de volta, mandar outras para o espaço?

Por quê?Gira mundo, gira...

Ano novo no terceiro milênio

ano de 2011, terceiro milênio, situa a so-ciedade, de novo, diante da contagem do tempo. Mais um ano vai começar. A

queima de fogos, os brindes, shows, danças e folguedos familiares nos clubes, nas ruas e em todo lugar não permitem a ninguém safar-se da inexorabilidade do tempo que passa. A chegada do novo ano, portanto, não pode ser saudada sim-plesmente como o começo de uma nova conta-gem do tempo.

Vale, pois, dar consideração não só festiva ao tempo do ano de 2011, que vai começar daqui a pouco, mas também elaborar uma consciência mais refinada de que se está no terceiro milênio, e que dele já se passou uma década. Discernimento que remete os cidadãos todos a se confrontarem com seus valores, e a aceitarem o desafio de uma avaliação a respeito de tudo que estamos viven-do na segunda década do século XXI, no terceiro milênio. Um milênio que teve sua virada marca-da não por simples mudanças, como é inevitável no tempo que passa, mas também por grandes transformações afetando a vida de todos, levando ao já conhecido refrão de que esta não é só uma época de mudanças. Trata-se do desafio da mu-dança de época. Na verdade, estão desafiadas a humanidade e suas sociedades num discernimen-to particular dos sinais dos tempos.

Essas transformações, diferentemente das ocorridas em outras épocas, são mudanças que têm alcance global. A contagem regressiva que marcará um grito de entusiasmo e euforia de mi-lhares de pessoas por todo canto, contracenando com o silêncio orante e contemplativo de outros nas capelas, mosteiros e igrejas, remete todos à realidade do tempo que já se viveu e ainda do que há para se viver.

O tempo é um desafio enorme emoldurando o dom da vida, as responsabilidades confiadas à sociedade, os serviços prestados e o modo de vi-ver de grupos, de culturas. E também de cada in-divíduo, na sua condição de sujeito de processos, responsável por escolhas e desafiado por atitudes que pautam a vivência de sua cidadania em todas as circunstâncias. O tempo não é, portanto, um dia após o outro, revelando a impotência humana para detê-lo ou controlá-lo com a soberba con-temporânea, no que pese os avanços científicos e tecnológicos que têm dado uma configuração fantástica, revolucionária e surpreendente, em di-

nâmica e interação aos cenários atuais.A realidade fugaz do tempo é uma complexi-

dade que não se explica e não se entende por um conceito apenas. Só a simplicidade que desveste o coração humano de toda pretensão, cria a pos-sibilidade de não ter o tempo como um aguilhão que adverte ou como mecanismo que revela a verdade de cada um. Só a singeleza comprova os enganos das escolhas ou desmascara as farsas que enganam até as mais aguçadas inteligências, rompendo o cerco de estratégias miméticas nas suas metas.

A peculiaridade do tempo é tratada sob diver-sas concepções e investigações, têm ponto de vista metafísico, ontológico, histórico, epistemo-lógico, psicológico, biológico ou físico, e também sob o olhar do senso comum. O problema do tem-po, portanto, pode e deve ser abordado e entendi-do sob vários aspectos.

Não é fácil, talvez seja impossível, agrupar sistematicamente as concepções e investigações sobre o tempo e alcançar um conceito unificado que valha para as intuições do senso comum e ajude a sustentar o desafio de enfrentar o tempo. Vale, às vésperas do ano de 2011, na segunda década do século XXI, no terceiro milênio, ter pre-sente que o tempo é nossa dimensão existencial fundamental. Reconhecer, com nova consciência, que é preciso banhá-lo com valores, conceitos e perspectivas que permitam a contemporaneidade do tempo atual e não dos velhos tempos que não voltam mais. Os valores do Evangelho de Jesus Cristo, riqueza ética, moral, inesgotável e insubsti-tuível, garantem a referência para fecundar o tem-po no qual se tem a graça de estar vivendo.

É anacrônico ver pessoas emitindo juízos, pautando suas vidas, conversando e percebendo as coisas do mesmo lugar de um tempo que pas-sou. O prejuízo é grande, compromete a cultura com retrocessos, numa política enfadonha e ne-fasta. Aprisiona instituições em atendimentos de necessidades mesquinhas, alimentando aliena-ções perversas.

Os votos são para que a partir desta reflexão te-nhamos consciência apurada de que tudo e todos sejam deste tempo em 2011, do terceiro milênio.

Dom Walmor Oliveira de AzevedoArcebispo metropolitano de Belo Horizonte(Fonte: CNBB)

14 MENSAGEM ESPECIALsantuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011

Pe. Alexandre Alves Filho, [email protected]

Uma das características mais interessan-tes do mês de janeiro é o esvaziamento de nossas comunidades. As pessoas re-

solvem tirar férias e isto é muito bom, é saudável e, diria mais, é necessário.

Casas de praia e de campo estão lotadas até o final de janeiro. As pessoas dirigem-se também ao interior do país, para visitar parentes e amigos. Cidades chegam a ficar com menos gente, en-quanto litoral e interior enchem-se de alegria, pela visita de parentes e amigos.

Outro aspecto que não deve ser deixado de lado é que outras comunidades ficam cheias de “visitantes”! É verdade! Aquele povo que aparece em muitas comunidades e a gente fica se pergun-tando: “De onde eles são?” Isso é muito legal, pois prova a vitalidade da vida da Igreja, que mesmo num período de merecido descanso, se enriquece com a presença de outras pessoas.

É justamente este aspecto que gostaria de res-saltar neste nosso espaço. A vida da comunidade cristã não pode parar. Mesmo em período de fé-rias, nossas comunidades precisam sentir o sa-

bor de encontrar-se aos domingos para celebrar a eucaristia ou mesmo para participar do Culto/Celebração que acontece na comunidade. A vida cristã não entra em férias. Por isso, mesmo go-zando do merecido descanso, não se esqueça do compromisso de fé que você assumiu no dia do Batismo. A participação na vida da Igreja, sobretu-do aos domingos, o Dia do Senhor, não deve ser visto como uma obrigação! Se for obrigação, não existe prazer, pois dificilmente se encontra prazer em fazer algo por obrigação. Se eu resolvo partici-par da vida da comunidade, mesmo que não seja a minha comunidade de origem, eu devo fazer porque amo a Deus e quero me encontrar com os irmãos e irmãs daquele local.

Fazer esse compromisso de fé com a comu-nidade local em período de férias parece ser exi-gir demais de certas pessoas. Algumas pessoas acham um absurdo ir à missa durante esse perío-do de descanso. Pessoas que pensam assim não sabem o valor da comunidade reunida em nome do Senhor.

Pessoas que, mesmo em época de descan-

Alguns apontamentos para as comunidades continuarem a celebrar bem o Mistério Pascal de Jesus Cristo

O que fazer no período de férias?

15 santuariosantaedwiges.com.br

Janeiro de 2011ESPECIAL

so, procuram a comunidade local para participar da Eucaristia descobriram um valor inestimável: o valor da assembleia congregada em nome do Senhor, para fazer memória de Jesus, na força do Espírito Santo. Não pode ser pura e simplesmente o cumprir o preceito dominical, o que é importante, claro, mas não deve ser só isso. A pessoa que decide participar da Eucaristia, mesmo que não seja sua comunidade fé e que seja somente uma comunidade de passagem, declara que possui um bem maior dentro de si: o gosto pela reunião da assembleia.

Celebrar a Eucaristia tem lugar sim, durante as férias. Participar da Eucaristia durante o período de descanso é possível e torna-se também uma profissão de fé e de confiança em Deus. É possí-vel participar da Eucaristia durante o período de férias? Claro que é. Afinal, Deus não tira férias...