educando com responsabilidade · de 2º ano e dois 3º ano, todos regulares com uma média de...
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EDUCANDO COM RESPONSABILIDADE
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA DULCE MASCHIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GUARAPUAVA
2016
EDUCANDO COM RESPONSABILIDADE
"Educar é crescer. E
crescer é viver.
Educação é, assim,
vida no sentido mais
autêntico da palavra".
Anísio Teixeira
EDUCANDO COM RESPONSABILIDADE
Agradecemos aos pais,
alunos, professores e
funcionários que
contribuíram para a
elaboração deste Projeto
Político Pedagógico.
EDUCANDO COM RESPONSABILIDADE
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 7
1.1 Objetivos ..................................................................................................... 8
2. IDENTIFICAÇÃO ………………………………………………………………….. 9
2.1 Histórico da Instituição ................................................................................... 9
2.2 Histórico da Patronesse .............................................................................. 12
2.3 Níveis e Modalidades de Ensino .................................................................. 13
3. DIAGNÓSTICO ................................................................................................. 13
3.1 Caracterização da Realidade Socioeconomica dos Educandos .................. 14
3.2 Quadro Demonstrativo do corpo Docente .................................................... 23
3.3 Quadro Demonstrativo de Agentes Educacionais ........................................ 31
3.4 Quadro Demonstrativo da Equipe Pedagógica........................................ 33
3.5 Quadro Demonstrativo da Direção ............................................................... 33
3.6 Organização do Tempo e Espaços Escolares .............................................. 34
3.7 Aprendizagem .............................................................................................. 36
3.7.1 ÍIndices de Aprendizagem Geral .......................................................38
3.8 Espaços Físicos e Materiais Pedagógicos ................................................... 39
4. FUNDAMENTAÇÃO ......................................................................................... 41
4.1 Concepção de Sociedade ............................................................................ 41
4.2 Concepção de Homem..................................................................................42
4.3 Concepção de Educação ............................................................................. 43
4.4 Concepção de Escola ................................................................................ 44
4.5 Concepção de Trabalho ............................................................................ 45
4.6 Concepção de Tecnologia ......................................................................... 46
4.7 Concepção de Conhecimento ................................................................... 47
4.8 Concepção de Ensino Aprendizagem ....................................................... 48
4.9 Concepção de Avaliação/Recuperação..................................................... 49
4.10 Concepção de Cidadania ......................................................................... 52
4.11 Concepção de Cultura ............................................................................... 53
4.12 Concepção de Gestão Escolar .................................................................. 55
4.13 Concepção de Conselho de classe .........................................................56
4.14 Concepção de Alfabetização....................................................................56
4.15 Concepção de Letramento.........................................................................58
4.16 Concepção de Currículo............................................................................60
4.17 Concepção de Infância..............................................................................61
4.18 Concepção de Desenvolvimento Humano................................................66
5. PROPOSIÇÕES DE AÇÃO ...............................................................................67
5.1 Avaliação da Aprendizagem..........................................................................67
5.2 Instâncias Colegiadas....................................................................................71
5.2.1 Conselho de Classe ...................................................................................71
5.2.2 Conselho Escolar........................................................................................72
5.2.3 APMF..........................................................................................................72
5.3 Participação da Comunidade............................................................................73
5.4 Critérios para Elaboração do Calendário Escolar.............................................73
5.5 Hora Atividade..................................................................................................74
5.6 Sala de Recurso..............................................................................................74
5.7 Programas e Atividades Complementares em Contra turno............................75
5.8 Formação continuada ......................................................................................75
5.9 Recursos que a Escola Dispõe para realizar o projeto....................................76
5.10 Equipe Multidisciplinar....................................................................................77
5.11 A inclusão e os alunos portadores de necessidades especiais.....................77
5.12 Temas Socioeducacionais .............................................................................78
5.13 Programa Brigadas Escolares........................................................................79
5.14 Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico/ Proposta
pedagógica.............................................................................................................81
6.REFERÊNCIAS...................................................................................................82
7. ANEXOS.............................................................................................................84
7.1 Aprovação pelo Conselho Escolar....................................................................85
7.2 Plano de Ação do Diretor..................................................................................88
7.3 Plano de Abandono Brigada Escolar................................................................97
7.4 Projeto Equipe Multidisciplinar........................................................................107
7.5 Proposta Pedagógica Curricular.....................................................................116
7
1. APRESENTAÇÃO
Sendo o Projeto Político Pedagógico um conjunto de princípios que
orientam os processos das relações pedagógicas da escola, teremos como
princípios pedagógicos: como o aluno aprende, como devemos ensinar e como
devemos avaliar. É descrito neste documento todos os conceitos e princípios
pedagógicos que nortearão as ações de todos os profissionais da escola. É
definido aqui, desde como os conteúdos serão trabalhados até mesmo como
serão administrados possíveis problemas de gestão. É definido neste documento
a identidade de nossa comunidade escolar, tornando-o não um projeto
institucional e não individual.
Para tanto nos propomos a tornar nosso Projeto Político Pedagógico um
planejamento resultante de um ato compartilhado e intencional de pensar a ação
escolar, de modo a direcionar a prática pedagógica.
Este documento foi elaborado através de reuniões com todos os
profissionais da escola a fim de discutirmos a realidade de nossa comunidade
escolar, assim como definirmos objetivos para formarmos os cidadãos que
queremos para a sociedade em que vivemos.
Foram trocadas várias ideias entre seus pares, não somente com os
profissionais envolvidos diretamente com a ação educativa, mas também os pais e
alunos através de pesquisa socioeducacional enviada as famílias.
A equipe pedagógica articulou todo o processo, estando, portanto envolvida
diretamente, mas isso não significa que não se ouviu os professores e
funcionários, todos e todas tiveram a oportunidade de opinar e contribuir na
elaboração deste documento.
8
De acordo com o artigo 12 da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira: “os Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as normas comuns e as
de seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua
proposta pedagógica.” Este preceito legal esta sustentado na ideia de que a
escola deve assumir, como uma de suas principais tarefas, o trabalho de refletir
sobre sua intencionalidade educativa.
Buscamos durante este ano, especialmente, reelaborar a proposta
Pedagógica de nossa Escola a partir de informações obtidas junto à comunidade e
junto à própria escola, levando em conta as necessidades, limitações,
expectativas, potencialidades de ambos, bem como os recursos pedagógicos e
materiais existentes na mesma.
Com isto, busca-se a melhoria do processo ensino-aprendizagem, uma vez
que se faz necessário construir coletivamente um ambiente rico em experiências
significativas, que conduzam a melhoria da criatividade e criticidade.
De acordo com a tendência pedagógica histórica crítica, busca-se construir
um Projeto Político Pedagógico de forma participativa, aglutinando crenças,
convicções, conhecimentos da comunidade escolar e do contexto social e
científico, constituindo-se em um compromisso político pedagógico coletivo.
1.1 OBJETIVOS
Nosso Colégio tem como fundamentos éticos e políticos os seguintes objetivos:
Competência profissional;
Argumentação sólida;
Respeito a si mesmo e ao outro.
9
Acreditamos que realizando essas três metas estaremos atingindo todas as
demais e trabalharemos em defesa destes pilares.
10
2. IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Professo Dulce Maschio, está localizado na Rua: Padre
Jandir Luiz Ferrari s/nº Bairro : Industrial . O telefone/fax: ( 42 ) 3624 –8937 e-
mail: [email protected] Guarapuava – Paraná
2.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
Ajudai a construir uma sociedade nova,
Na qual resplandeça e se realize a justiça,
A verdade, o amor, a solidariedade e o serviço.
João Paulo II
De acordo com esta filosofia é a caminhada do Colégio, que busca oferecer
junto à comunidade a prestação de um serviço humano e solidário, de lutas e
realizações desde sua fundação.
Devido ao crescimento da população em idade escolar no Bairro Industrial,
surge a necessidade de organizar uma instituição escolar que ofereça Ensino
Fundamental 6º a 9º ano e Ensino Médio, considerando que na época o bairro
contava com a Escola Municipal São Pedro a qual atendia apenas a Educação
Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental. A Escola recebeu o nome da
referida professora em agradecimento aos serviços prestados à comunidade.
Pela Resolução nº10/95 de 16 de janeiro de 1995, foi criada e autorizada a
funcionar a Escola Estadual Professora Dulce Maschio – Ensino de 1ºGrau,
localizada à Rua Dinarte Saul Araújo, s/nº, Alto Xarquinho, no mesmo prédio da
11
escola São Pedro. O Regimento Escolar for aprovado pelo Parecer nº21/1995 de
28 de junho de 1995.
O Ensino Fundamental foi autorizado através da Resolução nº 506/95 de
15/02/95 e reconhecido pela Resolução nº 4589/96 de 04 de dezembro de 1996 e
pelo Parecer nº 2155/96 – CEF. A renovação do reconhecimento tem o prazo de
cinco anos a partir da última renovação.
Seu funcionamento iniciou sob a direção do professor Edson Luiz Daum,
contando com 268 alunos matriculados. Funcionou de modo precário,
considerando a falta de equipamentos e recursos humanos (professores e
funcionários) e por utilizar o mesmo prédio da Escola Municipal São Pedro.
Mesmo apresentando dificuldades financeiras, a escola buscava de
maneira democrática e participativa oferecer aos alunos uma educação com
qualidade, que se aliava ao compromisso por parte da direção, equipe de
professores, funcionários e alunos.
O Ensino Médio foi autorizado através da Resolução nº 239/02 de 01 de
fevereiro de 2002 e reconhecido pela Resolução nº 111/04 de 14 de janeiro de
2004 e pelo Parecer nº 1075/03 – CEE.
Foi no ano de 2002 que o Colégio iniciou suas atividades pedagógicas em
sede própria, situado à Rua Padre Jandir Luiz Ferrari, s/nº, Bairro Industrial, com a
infra-estrutura necessária para atender nos três turnos e trabalhar com mais
autonomia e qualidade.
Atualmente a estrutura do Colégio é composta de Dependência
Administrativa, Sala da Direção, Salas para Equipe Pedagógica, Sala de
Professores com banheiro, Almoxarifado, Secretaria, doze salas de aula, dois
banheiros para alunos, Biblioteca, Sala de multiuso, Laboratório de Física,
12
Química e Biologia, Laboratório de Informática, Sala de Apoio, Sala de Recursos,
Cozinha com banheiro para funcionários, Sala de Material Esportivo, Quadras
esportivas, sendo uma delas coberta. Todos os ambientes e móveis em boas
condições de uso. Oferece Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano no período diurno
e noturno e Ensino Médio somente no período noturno totalizando 1092 alunos,
sendo sete turmas de 6º ano, sete turmas de 7º ano, seis turmas de 8º ano, seis
turmas de 9º ano e o Ensino Médio que conta com quatro turmas de 1º ano, três
de 2º ano e dois 3º ano, todos regulares com uma média de quarenta alunos. São
ofertadas, no período da manhã, Sala de Apoio para 6º Ano e a tarde para 9ª Ano,
uma de Língua Portuguesa e uma de Matemática, Sala de Recursos com
atendimento no contra-turno, uma no período da manhã e outra no período da
tarde.
Considerando que a viabilização de políticas públicas à inclusão
educacional é recente, a instituição escola ficou por muito tempo sem apoio
técnico necessário às orientações e condições pedagógicas a fim de desenvolver
um trabalho de qualidade com alunos especiais. O Colégio Dulce Maschio, mesmo
que de maneira informal, procurou desenvolver uma cultura de inclusão, pois em
nossa realidade nos deparamos com casos que exigem maior atenção e
acompanhamento da equipe pedagógica e de professores, principalmente com
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e portadoras de
necessidades especiais. A partir de 2009 a escola passou a contar com duas
profissionais de Educação Especial que realizam atendimentos no contra turno
aos alunos com necessidades especiais.
Neste sentido, o estabelecimento ainda encontra dificuldade diante desta
realidade escolar, ainda se pontua a necessidade de parceria quanto a
13
atendimento de profissionais especializados, visto que, muitos dos problemas
enfrentados extrapolam a questão de ensino e aprendizagem, sendo o parecer e
acompanhamento de um Grupo de Apoio a Inclusão, fundamental para o
processo.
2.2 Histórico da Patronesse
A Professora Dulce Maschio – Ensino Fundamental e Médio recebeu este
nome em homenagem à Professora Dulce Francisca Mendes Maschio, nascida
em São Mateus do Sul – Paraná, no dia 25 de novembro de 1941. Foi uma
alfabetizadora por excelência, trabalhando sempre com crianças carentes, pelas
quais sempre demonstrou especial carinho e competência profissional.
Participou ativamente trabalhando na comunidade, onde fez parte de
Associação de Pais e Mestres e Movimentos Religiosos, onde prestou relevantes
serviços. Faleceu em 22 de Fevereiro de 1994.
O Ensino Fundamental foi autorizado através da Resolução 506/95
de 15/02/95 e reconhecido pela Resolução nº 4589/96 de 04/12/96. O Ensino
Médio foi autorizado através da Resolução nº 239 de 01/02/2002 e reconhecido
pela Resolução nº 111 de 14/01/2004.
O Colégio busca oferecer junto à comunidade a prestação de serviço
humano e solidário, de lutas e realizações desde sua fundação, cumprindo todas
as determinações legais da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, vem
traçando sua história num esforço contínuo, em busca da excelência na qualidade
de ensino.
14
2.3 Níveis e Modalidades de Ensino Ofertados
O Colégio Estadual Professora Dulce Maschio oferta do 6º, 7º ,8º e 9º ano
do ensino fundamental e 1º, 2º e 3º ano do ensino médio. Sendo que no ensino
fundamental o colégio tem matriculado 780 alunos e no ensino médio 316 alunos
matriculados.
3. DIAGNÓSTICO
3.1 Caracterização da Realidade Socioeconômica dos Educandos
Buscou-se através de pesquisa direta por amostragem, obter o perfil sócio
econômico dos educandos do Colégio Estadual Professora Dulce Maschio. No
ano de 2015, realizamos uma pesquisa com a participação de 430 alunos, onde
foram colocadas as seguintes questões:
Foi observado que 92% dos alunos residem no Bairro Industrial onde
localiza-se a escola e 7% moram no bairro Feroz II e apenas 15 residem em
outros bairros.
Industrial92%
Feroz II7%
Outros1%
Localização da residência onde moram:
Industrial Feroz II Outros
15
Quanto à residência, 84% moram em casa própria, 10% em residência alugada e
6% em residência cedida.
10%
84%
6%
A casa onde reside é:
Alugada Própria Cedida
36%
36%
27%
1%Quanto ao saneamento básico, sua residência possui:
Água Energia Esgoto Não respondeu
16
Nesta situação pode-se observar que 27% dos entrevistados disseram
possuir rede de esgoto, o que nos remete pensar que existe uma porcentagem de
famílias que não possuem rede de esgoto o que retrata a precariedade do bairro
na questão de saneamento básico.
A respeito do número de pessoas que moram na residência a grande maioria
possui entre quatro a cinco pessoas morando na mesma casa.
Sobre o grau de instrução dos pais apurou-se que 22% dos homens não
possuem escolaridade contra apenas 3% das mulheres, o que nos remete que as
mulheres tem mais escolarização do que os homens, porém no sentido de
conclusão do ensino superior os homens tem maior porcentagem de conclusão
4% contra apenas 1% das mulheres que concluíram seus estudos. Um fator
interessante de ser colocado, é em relação à porcentagem dos questionários que
não foram respondidos a questão referente ao grau de instrução do pai, em alguns
Duas2%
Três18%
Quatro29%
Cinco23%
Seis17%
Sete6%
Oito2%
Nove2%
Dez ou mais1%
Número de pessoas que moram na casa:
17
estava escrito que não iriam responder por que não conheciam o pai, o que é uma
realidade de nossa comunidade, onde existe uma porcentagem significativa de
alunos que ficam sob a responsabilidade dos avós.
Sem escolaridade22%
1º grau completo17%
1º grau incompleto
31%
2º grau completo6%
2º grau incompleto
8%
Ensino superior completo
4%
Ensino superior incompleto
5%
Pós graduação0%
Não respondeu7%
Grau de instrução do pai:
Sem escolaridade3%
1º grau completo16%
1º grau incompleto
47%
2º grau completo15%
2º grau incompleto
8%
Ensino superior completo
1%
Ensino superior incompleto
6%
Pós graduação1%
Não respondeu3%
Grau de instrução da mãe:
18
Sobre a renda mensal da família podemos considerar que a maiorias dos
nossos alunos fazem parte de uma comunidade carente, pois 45% recebem
apenas um salário mínimo e 36% recebem de 2 a 5 salários mínimos.
A respeito dos benefícios a situação financeira é evidenciada através dos
benefícios que as famílias recebem, onde 39% recebem bolsa família.
1…
45%
36%
4%
3%
Qual a renda mensal de sua família?
Menos que 1 salário 1 salário 2 a 5 salários Mais que 5 salários Não respondeu
39%
5%8%
5%
35%
2%6%
Recebe algum tipo de benefício?
Bolsa família Aposentadoria Pensão Leite Não recebe Outros Não respondeu
19
Outro aspecto relevante de ser observado é a respeito das atividades que
nossos alunos desenvolvem no período em que não estão no colégio, das quais
procuramos dividir, em atividades esportivas, artísticas, políticas, recreativas,
comunitárias, culturais e de convívio familiar, sobre as quais ficaram evidentes que
nossos alunos em sua grande maioria, não participam de outras atividades se não
as de convívio familiar que seria assistir TV e leitura, isso explica o fato de a
escola ter uma responsabilidade enorme em promover atividades culturais e
recreativas, fato este que se evidenciou na última questão colocada no
questionário a respeito das sugestões.
Com relação à questão referente a quantos computadores a família possui,
ficou evidenciado também que a grande maioria de nossos alunos não possui
computador em casa, e que apenas 21% dos alunos possuem 1 computador com
acesso a internet.
127
2 6 115
194
28
0
50
100
150
200
250
AtividadesEsportivas
AtividadesRecreativas
Atividadescomunitárias
Político Atividadesculturais
Convíviofamiliar
Nãorespondeu
Durante o tempo em que seu (a) filho(a) não está na escola que tipo de atividade pratica ?
20
Quanto aos aparelhos telefônicos que a família possui fica evidenciado
também que a grande maioria 89% possui apenas o celular.
45%
19%
21%
2%
8%
5%
Possui computador em casa?
Não possuo Apenas um sem acesso a internet
Apenas um com acesso a internet Possuo mais de um sem acesso a internet
Possuo mais de um com acesso a internet Não respondeu
Celular89%
Telefone fixo9%
Não possui1% Outros
1%
Que tipo de telefone possui?
21
Sobre a questão que fala a respeito da profissão dos pais, podemos
perceber que, para os homens a profissão que mais se destacou foi operador de
máquinas, vindo em 2º lugar pedreiro e 3º lugar caminhoneiro. Sobre a profissão
das mães destacam-se em 1º lugar as donas de casa e em 2º lugar o trabalho que
prevaleceu entre as mulheres é a profissão de diarista.
0
10
20
30
40
50
60
Profissão do pai:
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Profissão da mãe:
22
Outra questão realizada aos pais foi sobre como veem a importância dos
estudos na vida dos filhos, ficou evidente que os pais percebem a importância dos
estudos na vida dos filhos como mostra os gráficos:
Não tem importância
0%
Porque é obrigatório
1%
Para ter uma profissão
49%
Para adquirir conhecimentos
47%
Não respondeu3%
Qual a importância dos estudos para formação de seu(a) filho(a)?
Obrigar os filhos a frequentar a
escola5%Comparecer na
reunião de pais9%
Acompanhar a vida escolar
17%Acompanhar a vida escolar e
atender a todas as necessidades
67%
Não respondeu2%
Qual é a responsabilidade dos pais na educação dos filhos?
23
Os pais que participaram da pesquisa puderam opinar também a respeito
dos pontos positivos e negativos do Colégio bem como puderam dar sugestões a
respeito da escola o que ficou evidenciado nos seguintes gráficos:
A análise dos dados da pesquisa foi no sentido de oferecer subsídios para
0
10
20
30
40
50
60
70
Cite um ponto positivo do Colégio:
0
5
10
15
20
25
30Cite um ponto negativo do Colégio:
24
Uma preocupação que ficou evidenciada nesta pesquisa foi em relação à
preocupação dos pais a respeito da segurança dos filhos, pois em vários
questionários foram colocadas a preocupação dos pais em relação a pessoas
estranhas no entorno do colégio principalmente nas saídas, chegaram a comentar
sobre a violência das gangues que existem no bairro e em virtude desta situação é
que se preocupam com a questão da segurança.
3.2 Quadro Demonstrativo do Corpo Docente.
Solicitar segurança nas saídas
33%
Aumentar o tempo do recreio
22%
Ter mais atividades culturais
11%
Consertar os ventiladores
8%
Ter Grêmio estudantil
6%
Arrumar os quadros6%
Utilizar o laboratório de ciências
6%
Utilizar o laboratório de informática
4%
Mais atividades diversificadas
4%
SUGESTÕES:
25
PROFESSORES VÍNCULO GRADUAÇÃO PÓS GRADUAÇÃO
1 Adair Terezinha
Ferraz
QPM Artes Cenicas Arte e Educação
2 Adriana Alves
Hamerski
QPM Letras Anglo Ensino de Língua Inglesa
3 Alessandra Kurta
Gonçalves
QPM Matemática Educação em Matemática
4 Alexandre Aparecido
Correia de Oliveira
QPM Geografia Instrumentalização da
Geografia
5 Ana Regina Amaral
Alves
QPM Letras Português Português – Literatura
6 Aniele Aparecida da
Cruz
PSS
Licenciatura em
Letras
Português e
Literatura
Educação no Campo;
Educação Infantil Especial
e Transtornos Globais;
Metedologia de Ensino de
Língua Inglesa e
Espanhola
7 Andreia Hild QPM Matemática Ensino da matemática
inclusão
8 Argemiro Antunes
Camargo
QPM História Teoria e produção do
conhecimento Histórico
26
9 Angelina Martins
Prestes
QPM Geografia Psicopedagtogia
Brasílio de Almeida
Neto
QPM História Teoria e Produção do
Conhecimento Histórico
10 Beatriz Santana PSS Matemática Educação Especial;
Educação Campo;
Arte Terapia Educacional
11 Caliandra Rosa da
Silva
QPM Arte Metodologia do ensino da
arte
12 Cândida Rosélia dos
Santos Savoldi
QPM Letras Literatura Língua Portuguesa
13 Carlos Eduardo de
Azevedo
PSS Educação Física Educação Especial
14 Cesar Antonio de
Abreu
QPM Geografia
15 Cirineu Dias Cezar PSS Educação Física Educação Física Escolar
16 Cleide Maria Senger PSS Ciências Ensino da Matemática;
Gestão Escolar;
Educação no Campo
17 Danielle Cristina PSS Matemática Ensino da matemática
27
Nascimento de Paula Educação Especial
18 Darci de Jesus de
Lima Filho
PSS Matemática Ensino da matemática
Gestão Escolar
Educação no Campo
19 Deise Adiana Jantara
PSS Educação Física Educação Especial
Educação Física Escolar
20 Deyse Wittner PSS Letras- Port. Ingles Educação Especial
Educação no Campo
21 Diana Mariano Costa QPM Letra português /
Ingles
22 Edenilson José
Barbosa
QPM Matemática Gestão Escolar
23 Eleomar Lena PSS Física
24 Eliane Antunes PSS Português
25 Eunice Schuaigert
Santos
QPM História Educação Especial
26 Eveline Carvalho de
Moraes
QPM Arte Educação Metodologia do Ensino
Religioso
27 Everton Fernando
Ribeiro
QPM Geografia
28
28 Fernando Stora QPM Educação Física Educação Física Escolar
29 Filomena Beló QPM Letras Anglo Língua Portuguesa
30 Franciele Gallo
Alenski
PSS Educação fFsica Educação Física Escolar
Educação Especial :
Atendimento as
Necessidades Escolar
31 Ilda Clarice Szeuczuk PSS Letras
32 Inamari Teresinha
Xavier Nunes
QPM História Orientação, Supervisão e
Administração Escolar
33 Inês Daczkauski Historia Historia e Geografia
Educação Especial
Educação Especial
Multiplas
Neuropedagogia
34 Ivone de Carvalho
Zanatta
QPM Geografia Docência no Ensino
Superior
35 Jane Aparecida
Viriato
PSS Língua Portuguesa Educação Especial
Educação no Campo
Português e Literatura
36 Jemima Becher Silva QPM Ciências Educação Inclusiva
29
Pinheiro Habilitação Plena
em Biologia
37 Jiliane Heindrickson
Mognon
QPM Licenciatura em
Ciências
Habilidades
Biológicas
Educação da Matemática
Educação de Jovens e
Adultos EAD
38 José Carlos Luiz QPM Geografia
39
Josemeri Lossnitz
QPM
Letras - Franco
Administração, Supervisão
e Orientação Educacional;
Educação de Jovens e
Adultos
40 Josiane de Oliveira PSS História
Arte Educação
Ensino de História e
Geografia
41 Josiane de Almeida
Perez
PSS Licenciatura e
Letras
português e
Literatura
Educação Especial
português e Literaturas
Educação Infantil
42 Juliana Teixeira da
Silva
QPM Arte Educação Qualidade da Educação
43 Jussara Machado
dos Santos
QPM Letras Literatura Literatura Brasileira
30
44 Jussimara Aparecida QPM Matemática
45 Lenita Ortiz QPM Geografia Gestão e Educação
Ambiental
46 Lidiane Cristina
Ferreira
QPM Ciências Biológicas Educação Especial
Inclusiva
47 Lindacir Vieira PSS Ciencias Sociais
Serviço Social
48 Leticia Larsson
Pereira
PSS Sociologia
48 Lurdes Jeslaine
Gawon
PSS Matemática
49 Manoel Saturnino da
Silva Varella
QPM Educação Física Ciência do Movimento
Humano
50 Marcelo Walter
Antônio
QPM Educação Física Ciência do Movimento
Humano
51 Maria Gruchoski
QPM Química Educação e Gestão
Ambiental
52 Marcia Elena de Brito PSS Letras
31
53 Marcia Fiebig de
Paula de Almeida
PSS Pedagogia Educação especial
Inclusiva
Libras
Educação no Campo
54
Marilda Aparecida
Bueno
QPM
Ciências Hab.
Plena em Biologia
Educação e Gestão
Ambiental
55 Marinaldo Machado QPM Geografia Educação Ambiental
56 Marisa Camilo QPM História Gestão, Supervisão e
Orientação Escolar
57 Mariza Veiga Senk PSS Matemática
Física
Educação Especial
Gestão Escolar
58 Martinho Wojdylo QPM Matemática Resolução de Problemas
no Ensino da Matemática
59 Mauro Segio Soares
Gonçalves
QPM matemática Educação da matemática
Mateus Ubiratan dos
Anjos
PSS História e Filosofia Filosofia e Sociologia – Um
Diálogo Interdisciplinar
60 Ozélia Caldas de
Toledo
QPM Geografia Administração, Supervisão
e Orientação Escolar
61 Pablo Auda QPM Química Educa
32
Física
62
Patricia Probst
PSS Educação Física Educação Física Escolar
Educação Especial
Educação infantil
63 Roseli Nezi
DallPizzol
QPM Pedagogia Educação Especial
Educacional;
Gestão Educacional
64 Roosevelt Marques PSS Educação Física
Educação Física Escolar
Educação Especial
65 Sandra Aires Flores QPM Letras Anglo Gestão Escolar
66 Sandra Urba PSS Matemática Educação no Campo
67 Sibelle Cristina
Pacheco
QPM
História
Letras Anglo
Língua Portuguesa
Gestão Escolar
68 Sônia Maria
Schipitoski
QPM Ciências /
Matemática
Química Experimental
69 Soeli Aparecida
Ferreira
PSS Língua portuguesa Língua Portuguesa;
Arte Educação;
Educação no Campo
33
3.3 Quadro Demonstrativo Agente I e II
70 Valéria Leoni
Rodrigues
QPM História Desenvolvimento e
Integração da américa
Latina
71 Valter José Quadros QPM Geografia
72 Vanessa Christine
Kogut
QPM Letras inglês e
suas Literaturas
Neuropsicopedagogia e
Inclusão
73 Vanessa Flores de
Oliveira
PSS Educação Física
74 Vanessa Seben
Willemann
QPM Arte Educação
1 Ana Rosa Ciebre de Almeida Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino Médio
2 Alcinda da Fonseca Nunes Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino Médio
3 Carolina de Lurdes Lemos Agente Merendeira Ensino Médio
34
Educacional I
4 Consuelo Alves De Andrade Agente
Educacional II
Secretária Ciências
Biológicas /
Serviço Social
Gestão
Escolar
Deocléia da Aparecida
Machado
Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino Médio
6 Edina dos Santos Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Pedagogia
7 Edson Daniel Roth de Gois Agente
Educacional II
ADM Local Gestão Pública
8 Esmário Gomes de Oliveira Agente
Educacional II
Bibliotecário História Educação
no Campo
9 Eva Aparecida Bueno
Barbosa
Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino Médio
10 Gelson Oliveira Marques Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Pedagogia
11 João Adolfo Czovny Agente
Educacional II
Bibliotecário Gestão
Ambiental
12 Juliana Aparecida Svidnicki
Miranda
Agente
Educacional I
Merendeira Ensino
Fundamental
13
Luciane Do Belém Colman
Bahls
Agente
Educacional II
Técnico
Administrativo
Pedagogia Gestão
Escolar;
Educação
35
Especial
Marcos Mileski Agente
Educacional II
Bibliotecário Ensino Médio
15 Maria Da Conceição Araújo Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino Médio
16 Marilda Aparecida Silva
Macedo Pacheco
Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino
Fundamental
17 Nerli de Mattos Agente
Educacional II
Bibliotecária Letras
Literatura
Educação
Especial;
Neuropeda
gogia
18 Regiane Ivatiuk Bonete Agente
Educacional II
Agente de
Execução
Ciências
Biológicas
Ciências
Modernas
e suas
Aplicações
19 Salete Martins Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino
Fundamental
20 Vera Lucia Bruga Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino
Fundamental
36
3.4 Quadro Demonstrativo Equipe Pedagógica.
PROFESSOR FORMAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
Angela Maria Zimny Pedagogia
Filosofia
Psicopedagogia Institucional e
Clínica / Coordenação
Pedagógica
Cristiana Maria dos
Santos
Pedagogia
Supervisão Escolar /
Educação Especial
Daniela de Paula Luiz Pedagogia
Gestão escolar
Josiane de Almeida Souza Pedagogia Psicopedagogia Institucional e
Clínica / Educação Especial
TOTAL 05
3.5 Quadro Demonstrativo Direção
PROFESSOR FORMAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
Jaqueline de Andrade Borges
QPM Letras Anglo
21 Viviane de Fátima Barboza Agente
Educacional II
Bibliotecária Ensino Médio
22 Wanderléia de Fátima Alves
de Andrade
Agente
Educacional I
Agente de
Apoio
Ensino Médio
37
Joelma de Fátima Alves de Souza
QPM Matemática
TOTAL 02
3.6 Organização do Tempo e espaços pedagógicos
O Colégio Estadual Professora Dulce Maschio, conta com o Ensino
Fundamental e Médio regular, funcionando nos turnos da manhã, tarde e noite. A
atual gestão é composta pelo Diretor Professor Erci Kruger e Diretor Auxiliar
Professor Manoel Saturnino da Silva Varella.
O Colégio oferece o Ensino Fundamental de 6º a 9º ano no período diurno e
noturno e Ensino Médio somente no período noturno totalizando 1096 alunos,
sendo oito turmas de 6º ano, sete turmas de 7º ano, seis turmas de 8º ano, cinco
turmas de 9º ano e o Ensino Médio que conta com quatro turmas de 1º ano, três
de 2º ano e duas turmas 3º ano. São ofertadas, no período da manhã, Sala de
Apoio para os alunos do 6ºano, duas turmas de língua portuguesa e duas turmas
de matemática com vinte alunos matriculados em cada turma. O Colégio conta
também com duas Salas de Recursos com atendimento no contra-turno, uma no
período da manhã e outra no período da tarde. Outra atividade desenvolvida no
Colégio é o Projeto: “Futuro Integral” que é uma parceria realizada com o SESC,
onde são desenvolvidas atividades de orientação profissional que tem como
objetivo o preparo dos para o mundo do trabalho, neste projeto são atendidos
vinte alunos de 8º e 9º ano. Outra parceria também realizada com o SESC, é o
projeto: “ Sala de Apoio do SESC”, onde são atendidos os alunos de 7º ano ( vinte
alunos) e ofertado aulas de português e matemática duas vezes por semana.
38
O Colégio Dulce Maschio, por fazer parte de uma Rede Estadual de
Educação Pública, atende como referência a LDBEN (9394/96) e oferece a carga
horária própria para a modalidade de ensino a qual se destina: Ensino
Fundamental Regular de 6ºs a 9ºs séries e Ensino Médio. Trabalha com um
sistema bimestral, oferecendo recuperação contínua e paralela aos alunos com
baixo rendimento. Tendo uma carga horária anual de 800 horas e com no mínimo
200 dias efetivos de trabalho escolar, como previsto pela referida lei.
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Matriz Curricular do Ensino Médio
Disciplinas 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso 1 1
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
L.E.M Inglês 2 2 2 2
Total 25 25 25 25
Disciplinas 1º 2º 3º
39
3.7 Aprendizagem
Entende-se que o processo ensino aprendizagem é um processo múltiplo,
onde o aprendiz utiliza estratégias diversas para aprender com variações de
acordo com seu período de desenvolvimento e conhecimento. É uma atividade
complexa que exige do ser humano procedimentos diferenciados segundo a
natureza do conhecimento. A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao
processo ensino aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. Ela reflete o desenvolvimento global do
aluno e considera as características individuais deste no conjunto dos
Arte 2
Biologia 2 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia 2 2 2
Física 2 2 3
Geografia 3 2 2
História 2 3 2
Língua Portuguesa 3 3 3
Matemática 3 3 3
Química 2 2 2
Sociologia 2 2 2
Inglês 2 2
Total 25 25 25
40
componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos, é contínua, cumulativa e processual.
Conforme a concepção do Colégio Dulce Machio, uma educação com
objetivo claro, começa a ser construída quando a escola assume que os
conteúdos disciplinares devem fazer, antes de tudo, sentido para seus alunos.
Nesta visão devem-se criar situações-problema que tenham relação com
situações e práticas sociais, vivenciadas pelos alunos.
A aprendizagem de conteúdos prioriza este desenvolvimento. Os conteúdos
necessários acrescentam as chances e possibilidades dos educandos, em sua
inserção na sociedade e no mercado de trabalho emergente. A compreensão do
ensinar é ver o ambiente em uma área de continua aprendizagem, cada tentativa
constante de acerto, é uma prioridade inescapável para o pensar da formação
educacional.
3.7.1 Índices de aprendizagem geral
ENSINO FUNDAMENTAL – 26 Turmas – 812 Alunos Matriculados
Série /
Turno
Aprovados Reprovados Abandono Admitidos por
Transferência
Transferência
Expedida
6º Ano /
Tarde
182 26 5 8 9
7º Ano /
Manhã
42 3 13 0 4
7º Ano /
Tarde
105 7 11 6 11
41
8º Ano /
Manhã
150 8 24 5 8
9º Ano /
Manhã
96 8 8 1 4
9º Ano /
Noite
32 7 22 2 5
Total 607 59 83 22 41
ENSINO MÉDIO – 09 Turmas – 323 Alunos Matriculados
Série /
Turno
Aprovados Reprovados Abandono Admitidos por
Transferência
Transferência
Expedida
1º Ano /
Noite
79 16 51 4 1
2º Ano /
Noite
56 6 28 2 2
3º Ano /
Noite
63 2 9 1 3
Total 198 24 88 7 6
IDEB – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Ensino 2005 2007 2009 2011 2013
Ensino
fundamental
3,2 3,6 4,4 4,1 3,8
42
3.8 Espaço Físico E Materiais Pedagógico
Atualmente a estrutura do Colégio é composta de Dependência
Administrativa, Sala da Direção, Salas para Equipe Pedagógica, Sala de
Professores com banheiro, Almoxarifado, Secretaria, doze salas de aula, dois
banheiros para alunos, Biblioteca, Sala de multiuso, Laboratório de Física,
Química e Biologia, Laboratório de Informática, Sala de Apoio, Sala de Recursos,
Cozinha com banheiro para funcionários, Sala de Material Esportivo, Quadras
esportivas, sendo uma delas coberta. Todos os ambientes e móveis em boas
condições de uso.
Em relação aos materiais esportivos contamos com 92 tipos de materiais
entre: bola de basquete, bola de vôlei, bola de handebol, mesa de pingue pong,
rede de vôlei, raquetes entre outros.
Em relação ao acervo bibliográfico a escola possui 156 dicionários, 4.057
livros de literatura infantil, 747 livros paradidáticos. O laboratório de informática
conta com 22 computadores para utilização dos alunos e 12 computadores que
são utilizados para administração e corpo docente. Contamos também com 2
computadores acessíveis que são utilizados na sala de recurso, o Colégio dispõe
de 7 impressoras. Nas salas de aula temos 11 televisores e 12 ventiladores.
O laboratório de ciências conta com 2 bancadas e 40 banquetas,02
microscópios, 01 lupa, 01 planetário, 01 conjunto de pedras de geologia, 01
conjunto de movimentação cinemática e dinâmica, 1 conjunto de termologia, 01
conjunto da Lei de Hom, 01 conjunto de óticas e ondas, 01 torso humano, 01
modelo de célula, vidrarias: tubos de ensaio, Lâminas e reagentes, 01 balança de
precisão, 05 voltímetros.
43
Outros materiais pedagógicos que a escola dispõe são: 04 caixas de
material dourado, 03 jogos da memória, 17 caixas de discos fracionários, 04
caixas de jogos de forma palavras, 05 jogos de associação de ideias, 04 jogos de
sequencia lógica sobre o trânsito, 03 caixas de escala cuisenaire, 03 jogos
alfabeto silábico, 01 ábaco, fantoches diversos, 10 tabelas periódicas, 02 globo
terrestre, 22 mapas diversos, 01 conjunto de sólidos geométricos.
Contamos também com 01 ARTHUR e 01 Data show que fica a
disposição sempre que os professores necessitarem.
4. FUNDAMENTAÇÃO
4.1 Concepção de Sociedade
A sociedade é campo das manifestações e interações humanas. É nela que
o ser humano se expõe agindo, comunica seus pensamentos, celebra suas
conquistas ou demonstra suas deficiências. A sociedade, portanto deve ser o
espaço onde toda a complexidade da humanidade possa ser exposta, vista e
sentida com solidariedade e fraternidade.
A sociedade em que vivemos é uma sociedade capitalista, em que o
fundamento reside na produção do valor, a valorização do dinheiro. O homem
moderno não consegue imaginar uma vida além do trabalho, não passa de
mercadoria, vendendo sua própria mercadoria. Na sociedade moderna surge a
ideia de educação para formar cidadãos, escolarização universal gratuita e leiga, e
deve ser estendida a todos. A escola passa a ser a forma predominante de
educação.
44
Diante de tudo isso o papel da escola é fundamental na formação e
transformação de sujeitos de uma sociedade mais humana, participativa,
igualitária nas esferas sociais, política, cultural e econômica, ou seja, capaz de
construir uma nova sociedade que vá além do valor, do dinheiro, da mercadoria,
do trabalho, do estado e da política.
4.2 Concepção de Homem
Durante o processo de desenvolvimento da natureza, a espécie animal que
deu origem ao homem, alcançou um nível que possibilitou a ele reagir sobre as
condições naturais. É comum o pensamento de considerar o homem enfim, a
humanidade, em perspectivas dicotômicas: ou como ser social, ou como ser
natural.
Porém a concepção de homem de Paulo Freire, diz que a autonomia deste
não se dá apenas pelo progresso da razão teórica. Logo, o homem não se torna
exclusivamente fruto da natureza, e nem exclusivamente social: o homem é um
ser que possui relações de interdependência na sociedade onde vivem cujos
indivíduos buscam melhores condições para sua existência. Ou seja, por mais
importante que seja a racionalidade para o desenvolvimento e interação do
homem com a sociedade e meio onde ele vive, ela, por si só, não torna o homem
autossuficiente e com autonomia absoluta. A racionalidade admite o “não saber
socrático”, colocando-se na condição de, apesar de saber, existir sempre o que
aprender.
Pelo fato de a estrutura biológica e psicológica do homem não serem
obstáculos permanentes que interromperiam o seu progresso e crescimento, os
45
acontecimentos diários, exigem que ultrapassemos os limites dessa estrutura,
readequando-a a realidade contemporânea.
4.3 Concepção de Educação
Segundo Klein (2008), a educação deve ter um caráter transformador
intencional, em que o individuo e objeto de um cuidado especial - o trabalho
educativo que visa produzir, nele, os elementos e recurso necessários a uma
existência profícua em uma dada sociedade humana, historicamente situada.
A produção desses recursos supõe certo tipo de trabalho humano: a ação
educativa intencional e sistemática que objetiva dotar o sujeito de um conjunto de
recursos teóricos e práticos requeridos pela sua condição humana, conforme dada
sociedade concreta.
Sendo a educação uma prática das mais relevantes para a sociedade, e
importante que ela seja algo de uma reflexão metódica, cientifica e critica que
busque tornar claro o seu objeto, os seus fundamentos, o método, estratégias,
procedimentos e meios mais adequados e possíveis em determinado contexto
histórico, coerentemente com o fim proposto, a fim de que a ação não seja
irreflexiva e pouco adequada aos objetivos da Escola.
4.4. Concepção de Escola
A escola é um espaço de saber científico sistematizado e organizado
logicamente. Deve ser um local de reflexão, pois é uma micro sociedade inserida
46
numa macro sociedade, sofrendo as contradições da sociedade capitalista e ao
mesmo tempo tentando realizar uma função emancipadora.
De acordo com Alarcão (2003), a escola não detém o monopólio do saber.
A escola como organização tem de ser um sistema aberto, pensante e flexível.
Sistema aberto sobre si mesmo e aberto à comunidade em que se insere.
4.5. Concepção de Trabalho
Da segunda metade do século XX ao inicio do século XXI, o marxismo tem
testemunhado um vasto debate entre os seus teóricos acerca da categoria
trabalho, da sua centralidade e importância na filosofia de Marx como categoria
ontológica fundamental da existência humana. .
Para alguns desses teóricos, o trabalho possui um grande valor no
conjunto dos escritos marxianos, por ser a atividade afirmadora da vida, que forma
a existência dos indivíduos e instaura-lhe um caráter social.
E no trabalho que se manifesta a superioridade humana ante os demais
seres vivos. Ele seria a realização do próprio homem, a fonte de toda riqueza e
bem material.
4.6. Concepção de Tecnologia
Em todos os setores da sociedade se observam mudanças em função do
uso das novas tecnologias. A educação também tem experimentado mudanças na
sua forma de organização e produção, fazendo surgir novas formas de ensino-
aprendizagem, subsidiadas pela inserção de novas tecnologias nas escolas.
O uso das tecnologias enriquece o processo de ensino-aprendizagem
desde que utilizados de forma adequada, de modo contextualizado, para que
47
tenha incidência sobre a aprendizagem dos alunos. A utilização de recursos
digitais no espaço escolar e recente e gera desafios aos professores. De acordo
com NEVADO (2006) “o papel do professor no contexto educacional e
proporcionar, mediar e intermediar o crescimento cognitivo e afetivo de seus
educandos, explorando através de experiências em sala de aula situações que os
façam interagir, trocar informações, indagar, debater e raciocinar sobre os
conteúdos que fazem parte do currículo". Dessa forma o conhecimento e gerado
numa relação dialógica entre alunos e professores.
Contudo, mesmo com tecnologias de ponta, conforme Jose Moran, ainda
têm grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no
organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido. As mudanças na educação
dependem, mais do que das novas tecnologias, de termos educadores, gestores e
alunos maduros intelectuais, emocional e eticamente; pessoas curiosas,
entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar; pessoas com as quais
valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.
4.7. Concepção de Conhecimento
O tema "Conhecimento" inclui, mas não é limitado, as descrições,
hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou uteis ou
verdadeiros. O ser humano pode utilizar diversas formas de conhecimento para
tentar compreender e interagir com o mundo. Dentre essas formas podemos
destacar duas que sempre estão presentes na pratica pedagógica: o
conhecimento empírico e o conhecimento cientificam, sistematizado.
48
Conhecimento empírico é uma forma de conhecimento adquirida através de
experiências cotidianas, tentativas, erros e acertos. Já o conhecimento cientifico e
aquele que foi construído através do pensamento e da experimentação atestando
aquilo que pode ser considerado como verdadeiro ou não. E sistemático, já que se
trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e
não conhecimentos dispersos e desconexos.
Mas qual e a forma de conhecimento pretendemos que seja apropriado
pelos nossos educandos? O conhecimento cientifico e sistematizado somado às
experiências vivenciadas pelos educandos ou sistematicamente ignorar o
conhecimento empírico para dar ênfase somente ao conhecimento cientifico?
Segundo SFORNI, “Um conhecimento significativo é aquele que se transforma em
instrumento cognitivo do aluno, ampliando tanto o conteúdo quanto a forma do seu
pensamento”. Essa concepção nos aproxima das contribuições teóricas histórico-
culturais... O ensino formal faz parte dessa cultura, portanto, também contribui
para a formação dos sujeitos.” (SFORNI).
Nessa perspectiva o conhecimento formal e indispensável nas práticas
escolares, porem, devemos levar em consideração o valor do conhecimento
empírico trazido pelos educandos e o seu interesse em tomar consciência da
importância do conhecimento formal, cientifico, sistematizado. Também segundo
Paulo Freire “O importante não é transmitir o conhecimento e sim trocar, juntar e
formar conhecimentos.” (FREIRE).
Freire defende que ato de educar e um ato de recriação, de significados e
ressignificações, por isso deveu valorizar, “além do saber científico elaborado,
também o saber primeiro o saber cotidiano. Ele sustentava que o aluno não
49
registra em separado as significações instrutivas das significações educativas e
cotidianas.” (FREIRE).
Portanto, temos consciência que devemos construir o conhecimento
respeitando as experiências trazidas pelos educandos.
4.8 Concepção de Ensino Aprendizagem
O ensino-aprendizagem deve ocorrer através de uma metodologia
participativa e reflexiva que valorize o educando em sua experiência social como
individuo; que busque a globalização dos saberes propostos no currículo, pela
abordagem multidimensional do conhecimento, priorizando a pesquisa como o
eixo desencadeador do processo desconstrução/criação/reelaboração; considera
a individualidade e o ritmo de crescimento de cada um priorizando a construção
coletiva do conhecimento oportuniza situações concretas para o crescimento
integral da pessoa humana, desenvolvendo sua capacidade de pensar, criar,
produzir, criticar, ser agente de transformação social.
A relação ensino-aprendizagem se expressa como relação entre sujeitos.
Com efeito, o processo pedagógico constitui uma relação entre dois sujeitos, com
características especificas - o professor e o aluno, e a relação que se estabelece
entre eles e de ensino-aprendizagem.
Assim, tal como não se pode negar ao aluno o caráter de sujeito do
processo, da mesma forma não se nega igual caráter ao professor. Ou seja,
ambos são sujeitos do mesmo processo, entretanto, com participações
diferenciadas. Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento
cientifico, cabe o papel de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos
50
adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos. A
estes cabe o esforço teórico-prático dessa apropriação.
E preciso que o professor domine consistentemente os fundamentos
explicativos dos objetos de conhecimento, inclusive o fundamento da própria
pratica pedagógica, e apoiado neste domínio, consiga viabilizar o método e as
estratégias mais pertinentes para o processo de ensino-aprendizagem e que
melhor promovam a participação ativa dos alunos.
Defende-se a ideia de que o ensino devera se desenvolver em uma
perspectiva de totalidade, enquanto a aprendizagem assume um caráter
progressivo. Ou seja, no ensino, determinado objeto do conhecimento devera ser
abordado na sua totalidade, o que implica sua não fragmentação, bem como a não
disposição trapista dos conteúdos que lhe dizem respeito.
Abordar um conteúdo em uma perspectiva de totalidade significa
desenvolve -lo a partir de seus fundamentos, explicitando as relações e
mecanismos que articulam seus elementos particulares. Não se trata, pois, de “ir
da parte ao todo”, nem tampouco de “ir do todo a parte”, mas de explicitar, no
todo, como e que as partes se articulam de modo a constituir aquela totalidade e
não outra.
Por outro lado, a aprendizagem dessa totalidade e dos conteúdos que a
compõem vai se dando progressivamente, em sucessivos graus de apropriação
que vão desde a simples constatação e tentativa aleatória de aplicação, ate o
domínio dos fundamentos dessa totalidade e de aplicação adequada pelo aluno.
E preciso que o professor domine consistentemente os fundamentos
explicativos dos objetos de conhecimento.
51
4.9 Concepção de Avaliação /Recuperação
A complexidade de elementos presentes no processo de avaliação da
aprendizagem indica que não existe uma única concepção de avaliação. Na
verdade, existem diferentes formas possíveis de abordar o ato de avaliar. De
acordo com Libâneo (1999), a avaliação é uma análise qualitativa sobre dados
considerados importantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o
professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.
Concordamos com o autor, mas acrescentamos que a avaliação deve
auxiliar também o aluno, pois ela possibilita ao estudante tomar decisões sobre
seus estudos, dificuldades e progressos. A avaliação da aprendizagem, sob esta
conotação, serve tanto para o aluno quanto para o professor.
Na concepção de avaliação proposta por Luckesi (2002, p. 81):
[...] A avaliação deverá ser assumida como um instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em
vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu
processo de aprendizagem. Se é importante aprender aquilo que se ensina na
escola, a função da avaliação será possibilitar ao educador condições de
compreensão do estágio em que o aluno se encontra, tendo em vista poder
trabalhar com ele para que saia do estágio defasado em que se encontra e possa
avançar em termos dos conhecimentos necessários [...].
Acreditamos ser este o grande desafio da escola hoje: promover uma
prática pedagógica que leve os alunos a realmente aprenderem para a vida e não
somente para as provas e trabalhos escolares.
52
Salientamos que os objetivos da avaliação precisam estar claros não
somente para os professores, mas também para os alunos. Segundo Luckesi
(2002), o valor da avaliação encontra-se no fato de o aluno poder tomar
conhecimento do por que está sendo avaliado e assim verificar seus avanços e
dificuldades. Por isso, cabe ao professor saber primeiro quais são as finalidades
de suas práticas avaliativas para que, posteriormente, o aluno também possa se
apropriar de tais informações.
De acordo com o autor, a avaliação no seio da atividade de aprendizagem é
uma necessidade, tanto para o professor como para o aluno. A avaliação permite
ao professor adquirir os conhecimentos que o tornem capaz de situar, do modo
mais correto e eficaz possível, a ação de estímulo, de guia ao aluno. É papel do
professor desafiá - lo a superar as dificuldades e fazer que ele continue
progredindo na construção dos conhecimentos. Ao aluno, permite verificar em que
aspectos ele deve melhorar durante seu processo de aprendizagem.
Dessa forma, a avaliação da aprendizagem possibilita a tomada de decisão
e a melhoria da qualidade de ensino, informando as ações em desenvolvimento e
a necessidade de regulações constantes.
Hoffmann (1991) destaca que as finalidades das práticas avaliativas estão
profundamente interligadas ao conceito que o docente tem de avaliação e à
pratica que utiliza no cotidiano escolar, bem como aos fins do processo de ensino
aprendizagem. A autora aponta ainda que uma das principais finalidades do ato de
avaliar é que ele contribua para a melhoria não só do produto final, mas do
processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com Libâneo (1999) é necessário o uso de instrumentos e
procedimentos de avaliação adequados. Salientamos que esta diversidade de
53
instrumentos de avaliação se deve também à exigência da LDB nº 9394/96, no
artigo 24, capítulo V, que obriga legalmente os professores a utilizarem mais de
um meio de aferição com seus alunos.
Luckesi (2002) enfatiza a importância dos instrumentos e critérios, pois a
avaliação não poderá ser praticada sobre dados inventados pelo professor; este
por sua vez deverá ter clareza dos objetivos de sua prática avaliativa, dos
instrumentos que irá utilizar e dos critérios que serão analisados para cada
instrumento.
Luckesi (1984) salienta que o critério deve ser utilizado como exigência de
qualidade e não como forma de autoritarismo do professor para com o aluno. A
proposta da “recuperação concomitante” mais que uma estrutura da escola, deve
significar uma postura docente para que realmente aconteça a aprendizagem dos
alunos, em especial daqueles que apresentam maiores dificuldades em
determinados momentos e/ou conteúdos. Daí a importância da recuperação dos
estudos a qual deve ser no ato, partindo do erro (como material de análise) da
percepção das necessidades dos alunos para propiciar-lhes diferentes atividades,
roteiros de estudos atividades individuais, assim para melhor diagnosticar tais
dificuldades, contudo oferecendo-lhes aulas de apoio e outros meios que achar
conveniente.
Neste contexto, entendemos a avaliação/recuperação buscam atender as
determinações do parecer nº 12/97 do CNE-CEB, e a Deliberação 007/99 do CEE
– PR, conforme segue:
Art. 1º A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
54
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribui-lhes
valor.
Art. 11- A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
Art. 13 – A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado
ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
4.10 Concepção de cidadania
Neste momento se quer construir outra base social, construída por aqueles
excluídos da história brasileira que se organizando na sociedade civil e nos
diferentes movimentos sociais, acumularam forças e conseguiram expressar-se,
tomando as rédeas do destino criando uma nação soberana e aberta ao diálogo e
a participação. De acordo com BOFF (2000, p.51): “Cidadania é um processo
histórico-social que capacita à massa humana a forjar condições de consciência,
de organização e de elaboração de um projeto e de praticas no sentido de deixar
de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico planador de seu
próprio destino”.
O grande desafio histórico é dar condições de se tornar cidadão consciente
(sujeitos de direitos) organizados e participativos do processo de construção
político social e cultural. A realidade social e educacional atual de nosso país
requer o enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe
entre declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles a educação) e a
55
negação da prática desses direitos, da ideologia que associa a pobreza material à
cultural; direto de todos; de acesso ao conhecimento elaborado; recolocar a
questão de trabalho como atividade de produção/apropriação de conhecimento
não apenas como mera operação mecânica em repensar a relação
escola/trabalho. Segundo (MARTINS, 1998, p.54), pode-se afirmar que: “a relação
entre cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos, o
processo não se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e
comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços-sociais de luta
na definição de instituições permanentes para expressão política”.
Neste sentido, a autora distingue a cidadania passiva aquela que é
obrigada pelo Estado, com a ideia moral da tutela e do favor. Cidadania Ativa –
aquela que institui o cidadão como portador de direitos e de deveres, mas
essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. Confirma
ainda, que a cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e as
novas exigências colocadas para a escola que como instituição para o ensino a
educação formal pode ser um foco excelente para construção da cidadania.
4.11 Concepção de cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana segundo ”Saviani, 1992,
p.19 para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa é
intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o
processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (o mundo da
cultura).”
56
Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é
tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou
obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a
arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais,
as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”.
(Sacristan, 2000, p.105).
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultura. Além disso, como sistema de significação, todo
conhecimento está estreitamente vinculado com relações de poder. (Silva Thomaz
Tadeu, 2003). É necessário considerar, portanto a importância do texto de Silva,
“tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo
contemporâneo”. É um fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade
conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de homogeniação cultural.
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressos
culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais
produzidas e vinculadas pelos meios de comunicação de massa, mas quais
aparecem de forma destacada às produções culturais em sua dimensão material e
não-material.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura.
Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades
culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de
forma a levá-las à produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani “a
mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber
57
espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita, assume
um papel político fundamental”. (Saviani, Apud Frigotto, 1994 p. 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
4.12 Concepção de Gestão Escolar
Nos Princípios Democráticos previstos pela LDB nº 9394/96, que cita no art.
3º inciso VIII: “Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
Legislação dos sistemas de ensino”.
Compreende-se o processo de gestão no ambiente escolar como forma de
fortalecer as discussões e deliberações coletivas na escola. Faz-se necessário
refletir sobre a luta política e pedagógica com relação a participação efetiva de
todos os segmentos da escola. “Entende-se por gestão da educação o processo
político e administrativo contextualizado, por meio do qual a prática social da
educação é organizada, orientada e viabilizada”. (BORDIGNON, 2001, p 147).
O autor demonstra que se deve compreender a gestão como articulação de
forma integrada com todos os profissionais da educação, uma vez que gerir
democraticamente implica na ação de novos processos de organizar as
dimensões, baseadas em uma dinâmica que valorize as ações coletivas da
escola.
58
4.13 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político
Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de
analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a
efetivação do processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe, que acontece triimestralmente, constitui-se em um
espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de
forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que
possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e
aprendizagem.
4.14 Concepção de Alfabetização
Nota-se a importância de aprofundarmos melhor nossos conhecimentos a
respeito do processo de aquisição da língua escrita, visto que a maioria de nosso
alunado vem como uma defasagem grande em relação aos conteúdos essenciais
dos anos iniciais. Nossos alunos apresentam dificuldades na leitura, escrita e
interpretação, bem como, com dificuldade acentuada na resolução de problemas
envolvendo as quatro operações.
Assim sendo, buscamos encontrar por meios de estudos conhecer como se
desenvolve o processo da aquisição do código escrito e como o aluno adquire tal
conhecimento.
59
O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma
tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde
os desenhos e símbolos usados inicialmente até a extraordinária descoberta de
que, em vez de desenhar ou simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser
representados os sons da fala por sinais gráficos, criando-se assim o sistema
alfabético; desde a escrita em tabletes de barro, em pedra, em papiro, em
pergaminho, até a também extraordinária invenção do papel; desde o uso de
estiletes e pincéis como instrumentos de escrita até a invenção do lápis, da
caneta.
E convenções foram sendo criadas: convenções sobre o uso do sistema
alfabético, resultando no sistema ortográfico; a convenção de que as palavras
devem ser separadas, na escrita, por um pequeno espaço em branco; no mundo
ocidental, a convenção de que se escreve de cima para baixo e da esquerda para
a direita.
Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a
aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação:
codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas
em sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos:
lápis, caneta, borracha, régua, a aprendizagem da manipulação de suportes ou
espaços de escrita, papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal,
a aprendizagem das convenções para o uso correto do suporte: a direção da
escrita de cima para baixo, da esquerda para a direita.
A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das
técnicas para seu uso é que se chama ALFABETIZAÇÃO.
60
O processo de alfabetização centrado no trabalho conjunto com o texto e o
estudo do código implica a compreensão de alguns pressupostos relativos ao
ensino da língua escrita, em razão de que estes princípios norteiam as quatro
práticas pedagógicas da alfabetização, a saber: leitura e interpretação; produção
de textos orais e escritos; análise linguística; sistematização do código. O trabalho
permanente com textos, baseado nas quatro práticas articuladas acima citadas,
permite que em cada nova situação discursa se repitam os fundamentos da língua
escrita, explicitando o sentido de cada um de seus recursos. Dessa forma, o aluno
passa a ter reiteradas oportunidades de rever o mesmo conteúdo, sob enfoques
diferentes, num processo gradativo, mas não fragmentado. Por outro lado, a
compreensão gradativa dos fundamentos de que o aluno se apropriou e não os
erros que cometeu, o qual está tendo desenvolvimento de competências para o
uso da tecnologia da Escrita.
4.17 Concepção de Letramento
As atividades desenvolvidas em sala de aula pelos professores estão
diretamente ligadas à concepção que os mesmos têm de letramento, neste
sentido é importante parafrasear a frase de Magda soares que diz: “Do ponto de
vista social, o letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que
envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da
língua escrita no contexto social” (SOARES, 2001).Compreendendo que o aluno
deve ser levado ao letramento nos primeiros anos do ensino fundamental, o
61
discurso enquanto prática social deve ser o imperativo das aulas, independente da
disciplina.
A capacidade de leitura crítica da realidade, da interpretação, deve ser não
somente exigida mais principalmente estimulada e desenvolvida nas diferentes
séries nos diferentes contextos estimulando o desenvolvimento “... entendido
como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da
leitura e da escrita em práticas sociais” (SOARES, 2001).
A capacidade de refletir, interpretar, leitura e compreensão de textos, leitura
de mundo, práticas sociais que utilizam a escrita, relacionado à Competência
comunicativa: é a capacidade de transitar em diferentes domínios sociais, é
adquirida na escola, o papel da escola é trabalhar a competência comunicativa
sem desvalorizar a cultura do aluno, aquilo que traz de seu meio social. Mostrar as
diferentes formas de falar, sendo que a escola é o ambiente de letramento e o
professor é o principal agente, considerando os diferentes dialetos e expressões
culturais, tendo a norma padrão como objetivo.
Neste contexto é importante compreender que quanto à fala não existe
certo ou errado, existe o adequado ou inadequado a determinadas situações. Para
cada contexto social temos uma forma de falar. No processo de educação
acontece a transposição da cultura familiar, para a escolarizada, elas se somam
na escola.
Neste sentido, “o letramento é basicamente utilizar a língua escrita nas
situações em que esta é necessária, lendo e compreendendo, e produzindo
textos”.
Assim, é importante levar para a sala de aula, e trabalhar, com diferentes
gêneros textuais, confrontando-os, diferenciando os níveis de língua empregados
62
em cada especificidade, fazendo, como exercício, a transposição de um nível para
outro, de um gênero para o outro, atentando-se para os efeitos de sentido que a
pertinência, ou não, do nível de língua usado pode provocar, observando que é o
contexto que convoca este ou aquele tipo e gênero de texto, bem como o nível de
língua mais apropriado.
4.16 Concepção de Currículo
O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens que
deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que
deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a metodologia
utilizada para os diferentes níveis de ensino. Ele deve contribuir para construção
da identidade dos alunos na medida em que ressalta a individualidade e o
contexto social que estão inseridos. Além de ensinar um determinado assunto,
deve aguçar as potencialidades e a criticidade dos alunos. Nessa perspectiva, a
função da teoria curricular é compreender e descrever fenômenos da prática
curricular. De acordo com Veiga:
“Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.” (VEIGA, 2002, p.7).
O currículo do Colégio é visto sob duas perspectivas: restrito e amplo.
Restrito quando a abordagem curricular abrange apenas o conjunto de matérias a
serem ensinadas em cada disciplina. Amplo no momento em que todas as
experiências escolares e dos alunos são levadas em consideração.
63
Portanto, o currículo do Colégio Dulce tem como finalidade a
construção da identidade dos alunos na medida em que ressalta a individualidade
e o contexto social que estão inseridos. Além de ensinar um determinado
conteúdo, deve aguçar a capacidade reflexiva, a criticidade e as potencialidades,
dos alunos em face de uma realidade passível de ser transformada mediante a
intervenção dos mesmos.
4.17 Concepção da Infância e Adolescência
A noção de infância tal como conhecemos hoje é um conceito relativamente
novo. Segundo Gagnebin (1997), podemos localizar no século XVIII o início da
ideia de infância como uma idade profundamente singular a ser respeitada em
suas diferenças. Assim, percebemos que a noção de infância e sua conceituação
não são um fato natural, que sempre existiu; são, na verdade, produto da evolução
da história das sociedades. O olhar sobre a criança e sua valorização na
sociedade não ocorreram sempre da mesma maneira, mas, sim, de acordo com a
organização de cada sociedade e as estruturas econômicas e sociais em vigor.
Kramer (1984) mostra que a ideia de infância aparece com a sociedade capitalista
urbano-industrial, quando muda o papel social desempenhado pela criança na
comunidade.
É importante compreender que o conceito de infância sofreu
transformações historicamente, o que se evidencia tanto na literatura pedagógica,
quanto na legislação e nos debates educacionais, em especial a partir da década
de 1980, no Brasil. Entre os estudos sobre a concepção de infância como fase
distinta da vida adulta, ganha destaque o historiador francês Ariés.
64
Em seus estudos, Ariés analisa diferentes significados atribuídos à
infância, em especial nos séculos XVII e XVIII. Segundo este autor, até o fim da
Idade Média não existia um sentimento de infância como etapa específica da vida
humana, portanto com características e necessidade próprias. Ariés afirma que é
no fim da Idade média que se inicia um processo de mudança, pois a infância
passa a ser encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de
atenção dos adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre infância passa pelo
disciplinamento e pela moral, exercidas especialmente por um processo
educacional impulsionado pela Igreja e pelo Estado.
Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa
compreender que é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da fase
adulta (KUHLMANN, 1998). Significa reconhecer que esta condição da criança, a
infância, é resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito econômico,
social, histórico e cultural. Significa ainda que a criança emite opiniões e deseja de
acordo com as experiências forjadas no diferentes grupos sociais e de classe
social ao qual pertence.
Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a
posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se
inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as
crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de socialização
e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer estes
sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela
humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a
singularidade da infância.
65
A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e
espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a mamar, falar,
andar, pensar, garantindo assim, a sua sobrevivência. Com aproximadamente três
anos, as crianças são capazes de construir as primeiras hipóteses e já começam a
questionar sobre a existência. A aprendizagem escolar também é considerada um
processo natural, que resulta de uma complexa atividade mental, na qual o
pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a motricidade e os
conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deva sentir o prazer em
aprender.
O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são
desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades
interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os
e sintetizando-os. Procurando compreender de forma global e integrada os
processos cognitivos, emocionais, orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos
que determinam à condição do sujeito e interferem no processo de aprendizagem,
possibilitando situações que resgatem a aprendizagem em sua totalidade de
maneira prazerosa.
Se, na sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo direto (“de
adulto”) assim que ultrapassava o período de alta mortalidade, na sociedade
burguesa, ela passa a ser alguém que precisa ser cuidada, escolarizada e
preparada para uma atuação futura. Esse conceito de infância é, pois,
determinado historicamente pela modificação das formas de organização da
sociedade. (p.19)
O conceito de infância utilizado hoje pela pedagogia vem na esteira dessa
evolução, possuindo ainda marcas que nos remetem a sua formulação original.
66
Essas marcas são visíveis, principalmente, no que diz respeito à ideia de uma
natureza infantil, que define a criança como um ser abstrato e universal,
desvinculado de suas reais condições de existência. Dessa forma, a infância é
pensada como um tempo à parte da vida do homem, época da vida que ele
guarda sua inocência original. A educação aparece como a possibilidade de
transformar esse ser, moldando-o de acordo com os princípios da sociedade da
qual virá a participar.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período
da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da
Criança e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem
diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. Adolescência, uma
etapa maravilhosa da vida, que muitos insistem em chamar de “aborrescência”.
A adolescência é uma fase de transição, durante a qual se perde a criança
e se pode adquirir um adulto. É neste período que a maturidade biológica e sexual
é atingida, se define a identidade sexual e, potencialmente, é onde se define o
espaço social de homem ou mulher.
No período da puberdade, que corresponde ao componente orgânico da
adolescência, o indivíduo volta suas atenções para as mudanças do corpo e
concentra suas energias no processo psíquico de perda do corpo infantil e de
aceitação de novas formas. A ansiedade gerada pela puberdade é decorrente,
além de outros aspectos, do medo de fisicamente não conseguir atingir o padrão
socialmente aceito e ser então desprezível. A palavra “adolescência” tem uma
dupla origem etimológica e caracteriza muito bem as peculiaridades desta etapa
da vida. Ela vem do latim ad (a, para) e olescer, (crescer), significando a condição
ou processo de crescimento, em resumo o indivíduo apto acrescer. Adolescência
67
também deriva de adolescer, origem da palavra adoecer - Adolescente do latim
adolescere, significa adoecer, enfermar. Temos assim, nessa dupla origem
etimológica, um elemento para pensar esta etapa da vida: aptidão para crescer
(não apenas no sentido físico, mas também psíquico) e para adoecer (em termos
de sofrimento emocional, com as transformações biológicas e mentais que operam
nesta faixa da vida).”
Em primeiro lugar, é preciso não confundir as coisas, saber que há dois tipos de
adolescência:O primeiro deles é uma doença benigna, parecida com sarampo: a
“adolescência etária”. Trata-se de um período da vida que vai, grosso modo, dos
13 aos 19 anos. Esse tipo de adolescência existiu sempre, todos passamos por
ela, é um fenômeno individual, normalmente se cura por si mesmo e raramente
deixa sequelas. Caracteriza-se por transformações físicas e psicológicas. A voz se
altera, aparecem os pêlos nos devidos lugares, desenvolvem-se os órgãos
sexuais, e os piões e as bonecas são trocados por brinquedos mais interessantes.
Em segundo lugar há uma outra adolescência, que mais se parece com a
varíola pela gravidade dos sintomas: é a “adolescência otária”. Trata-se de um
fenômeno cultural moderno, de natureza essencialmente coletiva e caracterizado
por uma perturbação nas faculdades do pensamento, perda do contato com a
realidade, alucinações psicóticas, que não raro assumem a forma de zombaria
social, como é o caso das pichações de muros e monumentos, até os rachas em
alta velocidade que, frequentemente, terminam em velórios.
Não existe o adolescente padrão, mas seres humanos concretos, que
buscam caminhos de crescimento e equilíbrio. É necessário buscar uma
interlocução autêntica com esses jovens, compreender sua “cultura” e ter empatia
por sua forma específica de lidar coma realidade.
68
4.18 Concepção de Desenvolvimento Humano
O Colégio Dulce concebe como teoria fundamental para o desenvolvimento
humano as ideias pautadas por Vygotsky, ou seja, a teoria sócio – interacionista.
As teorias interacionistas do desenvolvimento apoiam-se na ideia de
interação entre o organismo e o meio. A aquisição do conhecimento é entendida
como um processo de construção contínua do ser humano em sua relação com o
meio. Organismo e meio exercem ação recíproca. Novas construções dependem
das relações que estabelecem com o ambiente numa dada situação.
A criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo o momento
interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Essa
interação com o ambiente faz com que construa estruturas mentais e adquira
maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a interação organismo-
meio e essa interação acontece por meio de dois processos simultâneos: a
organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo organismo ao
longo da vida.
69
5. PROPOSIÇÕES DE AÇÕES
5.1 Avaliação da Aprendizagem, Recuperação de Estudos e Promoção.
O contexto educacional expressa que a avaliação designa um conjunto de
atuações previstas no Regimento Escolar, bem como na Proposta Pedagógica
Curricular de cada disciplina, e mediante as quais é possível ajustar
progressivamente a ajuda pedagógica às características e necessidades dos
alunos, determinando assim se foram realizadas ou não e até que ponto, as
intenções educativas que estão na base de tal ajuda pedagógica.
Sobre o processo avaliativo, o estabelecimento adota o sistema de
avaliação diagnóstica, contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Para tanto, são utilizados várias
técnicas e instrumentos como trabalhos em grupo, pesquisas, testes orais e
escritos, seminários, exposições de trabalhos e outras atividades. Dar-se-á
relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal,
sobre a memorização.
É importante destacar que a avaliação quando usada de forma
classificatória, constitui-se num instrumento estático e frenador do processo de
crescimento, com função diagnóstica, ao contrário, ela constitui-se num momento
dialético do processo de avançar no desenvolvimento da ação, do crescimento
para a autonomia crítica.
70
Neste sentido, acredita-se que a prática da avaliação nas pedagogias
preocupadas com a transformação deverá estar aos modos de superação de
autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do educando, pois o novo
modelo social exige a participação democrática de todos.
Sobre estes aspectos, um educador que se preocupe com que sua prática
educacional esteja voltada para a transformação, não poderá agir
inconscientemente e irrefletidamente. Cada passo de sua ação deverá estar
marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde
possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação. Dessa forma, a
avaliação deve permitir ao professor analisar, interpretar e refletir sobre a
aprendizagem do aluno e de seu próprio desempenho em sala de aula, podendo
com isso aperfeiçoar a sua própria prática. Conforme Vasconcelos
A avaliação deve ser contínua para que possa cumprir sua função de
auxílio ao processo de ensino-aprendizagem. A avaliação que importa é
aquela que é feita no processo, quando o professor pode estar
acompanhando a construção do conhecimento pelo educando; avaliar na
hora que precisa ser avaliado, para ajudar o aluno a construir o seu
conhecimento, verificando os vários estágios do desenvolvimento dos
alunos e não julgando-os apenas num determinado momento. Avaliar o
processo e não apenas num determinado momento. Avaliar o processo e
não apenas o produto, ou melhor, avaliar o produto no processo. (p. 71,
2005).
No seu verdadeiro sentido, a avaliação sempre fez parte do processo de ensino-
aprendizagem a menos que esteja constantemente avaliando as condições de
interação com seus educandos. Está relacionada ao processo de construção do
71
conhecimento, que se dá através de três momentos: Síncrese, Análise e Síntese.
Pela avaliação, o professor vai acompanhar a construção das representações dos
alunos percebendo onde se encontra (nível mais ou menos sincrético), bem como as
elaborações sintéticas, ainda que provisórias, possibilitando a interação na
perspectiva de superação do senso comum.( p. 72, 2005).
No Ensino Fundamental e Ensino Médio a atribuição de notas se dará em
um total 10,0 (dez vírgula zero), devendo ser utilizados no mínimo 3 (três)
instrumentos diversificados de avaliação, no decorrer do trimestre, não sendo
permitido portanto, aplicar um único instrumento de avaliação para aferição de
nota. Nesse sentido, deve-se conceber a avaliação como um processo e não
apenas uma valorização de exames pontuais, que não priorizam o
desenvolvimento do aluno no decorrer do processo. Quanto aos valores atribuídos
a cada instrumento avaliativo, fica a critério do professor sua divisão. Se caso o
professor desejar atribuir nota a cada aula, relacionando–a com atividades
desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, o mesmo terá a opção de fazê-la. O
que não é permitido, pois está assegurado através do Parecer nº 12/97 CNE-CEB
e Deliberação 007/1999 CEE/PR, é deixar de realizar a recuperação de
conteúdos, que deve constar em registro no livro de classe, no valor total de 10,0
pontos, no mínimo. A recuperação é de conteúdos, e não de instrumentos
avaliativos, devendo ser recuperado, portanto os conteúdos trabalhados e não
necessariamente os instrumentos avaliativos aplicados. Cumpre ressaltar que, se
os alunos já apresentam dificuldades quando se trabalhado com alguns
conteúdos, se os mesmos forem cobrados todos de uma só vez, poderá ocasionar
um resultado ruim em relação às notas, assim sendo, aconselha-se realizar a
recuperação em dois momentos. Pois na concepção de avaliação que consta em
72
nosso Projeto Político Pedagógico o ato de avaliar tem como foco a construção
dos melhores resultados possíveis, enquanto o ato de examinar está centrado no
julgamento da aprovação ou reprovação.
Nas disciplinas de Arte e Educação Física o processo é o mesmo, porém
tais disciplinas exigem além da teoria sua aplicação prática, sendo permitido ao
professor avaliar tanto uma quanto a outra. O registro do processo avaliativo
ocorre de forma trimestral através de notas por disciplina, sendo que a média
mínima exigida é de 6,0 (seis virgula zero). Os resultados trimestrais serão
registrados nos livros Registro de Classe e repassados à secretaria do
estabelecimento, onde posteriormente serão informados aos pais através de
boletins.
Para promoção ou certificação de conclusão, a média final mínima exigida é
de 6,0 ( seis virgula zero), e frequencia igual ou superior a 75%, e a formula para
obtenção da mesma será:
MF= 1º T + 2º + 3º T = 6,0
_____________
3
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado SERE, para fins de registro e
expedição de documentação escolar.
73
5.2 Instâncias Colegiadas
5.2.1 Conselho De Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político
Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de
analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a
efetivação do processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe, que acontece bimestralmente, constitui-se em um
espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de
forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que
possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e
aprendizagem.
No ano de 2015 foi implantado o Projeto Piloto do pré – conselho online,
para as turmas do 6° ano (período tarde). O presente projeto consiste no
preenchimento de formulários online com informações relevantes dos alunos,
durante o trimestre. Os professores acessam a plataforma por meio de login e
senha individual. Estes dados são analisados pela equipe pedagógica e discutido
durante o conselho de classe. O formulário contém a foto dos alunos para facilitar
a discussão. Esta inovação proporcionou clareza a facilitou a proposição de ações
para melhorar a qualidade do ensino – aprendizagem, despertando o interesse do
corpo docente para estender o projeto para todas as turmas do colégio.
74
5.2.2 Conselho Escolar
De acordo com a Deliberação 016/99 do Conselho Estadual de Educação, o
Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com
a legislação vigente e orientação da SEED.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar
e representantes dos movimentos sociais organizados comprometidos com a
educação pública, presentes na comunidade, presidido por seu membro nato, o
diretor escolar.
O Conselho Escolar tem por principal atribuição, aprovar e acompanhar a
efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
5.2.3 APMF
A APMF, Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino,
sem caráter político partidário, religioso, étnico e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus dirigentes, conselheiros, sendo constituída por prazo
indeterminado.
A gestão dos recursos financeiros se torna um processo efetivo de
discussão e decisão democrático através da APMF, uma vez que é por ela que
75
passa a maior parte dos recursos destinados à escola. A aplicação desses
recursos só pode ser feito depois de aprovação em Assembleia Geral.
5.3 Participação da Comunidade
A participação da comunidade se dá em nossa escola de maneira bem
atuante, ou seja, os pais são presentes não somente quando são convocados,
mas sempre que sentem necessidade de esclarecer alguma dúvida, sugerir e
propor.
No Colégio são realizadas reuniões de pais trimestralmente, para entrega
de boletins, neste dia os professores ficam a disposição dos pais para qualquer
dúvida ou esclarecimento.
Nos projetos que são desenvolvidos na escola os pais também se fazem
presentes. A equipe pedagógica sempre que necessários também chama os pais
para que possamos juntos escola e família articular um bom trabalho no que diz
respeito ao desempenho escolar dos alunos.
5.4 Critérios para elaboração do calendário escolar
O calendário escolar é elaborado com a Direção, Equipe Pedagógica,
Conselho Escolar, para juntos definirmos datas de Conselho de Classe, Reuniões
Pedagógicas e Projetos desenvolvidos pela escola. Assim que é elaborado é
enviado ao Núcleo Regional de Educação para aprovação. Assim deve-se
observar os seguinte critérios: O ano letivo deve oferecer 200( duzentos) dias
letivos e 800 horas.
76
5.5 Hora Atividade
De acordo com a RESOLUÇÃO N. 4106/2004 art. 24 inciso 1, a Hora
Atividade, é o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para
estudos, planejamento, avaliação e outras atividades de caráter pedagógico, será
cumprida, integralmente no mesmo local e turno de exercício das aulas e de
acordo com a Instrução Normativa expedida pela SUED.
5.6 Sala de Recursos
As salas de recurso, conforme constam nas instruções (nº 15 das séries
iniciais e nº 13 das séries finais) atendem alunos com deficiência intelectual e
transtornos funcionais específicos. Esse atendimento destina-se a alunos que
apresentam Transtornos Globais do Desenvolvimento, que ocasionam prejuízos
no desenvolvimento biopsicossocial em grau que requeiram apoio e atendimento
especializados. Incluem-se neste grupo alunos com Autismo, Síndrome de
Espectro de Autismo e Psicose Infantil. O colégio oferece esse atendimento em
contra turno perfazendo um total de 02 turmas. Considerando os preceitos legais
que regem a Educação Especial Lei nº 9394/96, Parecer CNE nº 17/01, Resolução
CNE nº 02/01 e Deliberação nº 02/03-CEE-PR.
5.7 Programa Atividades Complementares em Contra turno
77
O Programa Atividades Complementares Curriculares em Contraturno é um
projeto educativo, integrado, com a ampliação de tempos, espaços e
oportunidades educativas, com o objetivo de suprir a demanda pedagógica da
escola, de acordo com a Instrução nº 07/12 de 02/03/2012 SEED/SUED.
O Colégio Estadual Professora Dulce Maschio implantou em 2013 a
Atividade Periódica Esporte e Lazer, sendo quatro horas/aulas semanais e duas
horas/aulas para planejamento no período da manhã, quatro horas/aulas
semanais e duas horas/aulas para planejamento no período da tarde e Hora
Treinamento Especializado, com quatro horas/aulas semanais e duas horas/aulas
para planejamento
5.8 Formação Continuada
Compreendendo que a natureza da escola mudou, o educador não pode
ser considerado um agente reprodutor de um conhecimento adquirido. Atualmente
a escola é um sistema complexo que atende uma clientela imensa e diversificada.
Para tanto, o educador, precisa desempenhar tarefas especificas que possibilitem
o funcionamento desse sistema.
Faz-se necessário a reciclagem da prática educacional que deverá se feita
pelo coletivo dos educadores. Essa prática implica num exame crítico e cuidadoso
do papel da educação e de cada prática específica no projeto social e político mais
abrangente.
A formação continuada dos professores visa estimular uma perspectiva
crítico-reflexivo, que possibilite a busca de um investimento pessoal, livre e criativo
e uma identidade profissional. Faz-se possível através de Estudos
78
Descentralizados, Grupos de Estudo aos Sábados, durante as Horas Atividade e
Reuniões Pedagógicas e Estudos Individualizados.
Esta formação não se fará somente por acumulações teóricas adquiridas
em curso, mas também por interações pessoais e troca de experiências
partilhadas entre os próprios docentes.
5.9 Recursos que a Escola dispõe para realizar o projeto - PDE Escola
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE - Escola) é uma ferramenta
gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua
energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e
avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança.
É considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela
escola para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. O PDE -
Escola constitui um esforço disciplinado da escola para produzir decisões e ações
fundamentais que molda e guia o que ela é, o que faz e por que assim o faz, com
um foco no futuro. Sobre estes aspectos o estabelecimento, com o objetivo de
melhorar as práticas pedagógicas da escola e adotar estratégias diferenciadas de
ensino optou por promover momentos de discussão e análise acerca dos
principais problemas levantados através de diagnóstico realizado, implantar a Sala
de Recursos, investir na compra de materiais pedagógicos e eletrônicos. Neste
ano as principais ações estão voltadas para promover a formação de leitores e
realizar atividades culturais.
79
5.10 Equipe Multidisciplinar
Segundo o Conselho Estadual de Educação fica determinada a
obrigatoriedade da constituição, em caráter permanente, de Equipes
Multidisciplinares nos estabelecimentos de ensino, com o objetivo de dar suporte
aos educadores nas práticas escolares sobre a Educação das Relações
Etnicorraciais. Esta proposta atende a lei nº 10.639/2003 onde fica estabelecida a
obrigatoriedade do Ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira e da lei
nº 11.645/2008 acerca do Ensino da Cultura Indígena.
Em nosso Colégio desenvolve-se todo ano o projeto da equipe
multidisciplinar com mostra de trabalhos desenvolvidos pelas turmas, como mostra
no projeto anexo.
5.11 A inclusão e os alunos portadores de necessidades especiais
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural,
social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de
estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A
educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na
concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença com valores
indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora
da escola.
80
Por vários anos na história da educação brasileira os alunos portadores de
necessidades especiais educacionais foram segregados em instituições
especializadas, o que os impedia de um contato social mais profundo.
Hoje sabemos a importância de esses alunos conviverem em meio a
diversidade, e para tanto nossa escola procura atender a esta diversidade
adaptando-se a necessidade de cada um. A partir dos referenciais para a
construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e
classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e
cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades
atendidas.
5.12 Temas Socioeducacionais
Temas Socioeducacionais/conteúdos obrigatórios são trabalhados nas
disciplinas de acordo com a legislação de cada um: História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 11.645/08); Prevenção ao uso indevido de
drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal n.°11525/07);
Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.°1143/99 – Portaria n.°413/02);
Educação Ambiental (Lei Federal n.°9795/99 – Decreto n. 4281/02); História do
Paraná. (Lei n.°13.181/01); Música (Lei n.°11769/08); Estatuto do Idoso (Lei
10741/03):conteúdos voltados ao envelhecimento , ao respeito e a valorização do
idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a
matéria; Educação para o Trânsito(Lei 9503/97-Código de Trânsito Brasileiro),
Brigadas Escolares( Decreto 4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e Execução
81
de Hinos – Instrução nº 013/2013 SUED/SEED e Lei nº 12.031 de 21/09/2009,
Educação Alimentar e Nutricional e Educação Alimentar e Nutricional e Educação
em Direitos Humanos – Lei nº 11.947 de 16/06/2009, Resolução nº 01/2012-
CNE/CP.
5.13 Programa Brigada Escolar
O Programa Brigadas Escolares/Defesa Civil na Escola estabelece
requisitos para a composição, formação e implantação da equipe de brigadistas na
escola, conforme o Decreto nº 4837, de 04 de junho de 2012, prepara para atuar
na prevenção e no combate ao princípio de incêndio e abandono de área, visando
proteger a vida e o patrimônio, reduzir consequências e os danos ao meio
ambiente.
O Colégio Estadual Professora Dulce Maschio implantou em 2012 a
Brigada Escolar, formou a equipe e elaborou plano de segurança contra incêndio.
Os componentes da Brigada Escolar, abaixo relacionados, participaram de
treinamento e realizaram exercícios simulados na escola com o corpo docente,
funcionários e alunos:
Diretor - Erci Kruger - RG 1752918-8;
Pedagoga - Angela Maria Zimny - RG 4449196;
Diretor - Manoel Saturnino da Silva Varella - RG 17529765;
Agente Ed. II - Marcos Mileski RG 75358253;
Agente Ed. II - Edson Daniel Roth de Gois RG 55095701;
Agente Ed. I - Gelson de Oliveira Marques RG 7011451-8;
82
Agente Ed. II - Regiane Ivatiuk Bonete RG 6969344-0;
Agente Ed. II - Esmário Gomes de Oliveira RG 8188803-5
83
5.14 Avaliação Institucional Do Projeto Político Pedagógico/ Proposta
Pedagógica
Enfatiza-se a necessidade de elaboração do Projeto Político Pedagógico, e
muito mais ainda a importância de sua implementação e acompanhamento. Mas,
um cuidado deve ter-se permanentemente, o de entender que nenhum projeto
pedagógico por melhor que seja, tem o poder de fazer a salvação e a redenção da
escola e da Educação por si só. Ele apresenta apenas um passo na construção de
uma escola de qualidade para todos. Pois, é impossível almejar uma sociedade
diferente baseada na solidariedade e na justiça, sem estar disposto a
comprometer-se, a agir e a colaborar.
84
6. REFERÊNCIAS
ARANHA. M. L. DE A. Filosofia da educação. 2ª Ed. Ver e ampl. São Paulo:
Moderna: 1996.
DCEs, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. 2008.
DELORS, J. (Org.) Educação: Um tesouro a descobrir. Relatório da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI. 4. ed. São Paulo: Cortez;
Brasília-DF: MEC, 2000.
LDBEN. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394/96. Curitiba,
junho de 1997.
PERROTTI, E. A criança e a produção cultural. In Zilberman, Regina (org.) A
produção cultural da criança. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeira aproximações. São Paulo:
Cortez: Autores associados, 1992
VASCONCELOS. Celso dos Santos, Avaliação: concepção dialética libertadora do
processo de avaliação escolar. 15ª ed. São Paulo: Libertad 2005.
85
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola: Espaço do projeto político pedagógico;
Campinas, SP: Papirus, 1998.
LUCKESI, Cipriano Carlos, Avaliação da Aprendizagem na Escola: Reelaborando
conceitos e Recriando a Prática, Malabares Comunicação e Eventos, Salvador-
BA, 2005, 2º Edição.
INCLUSÃO, Revista da Educação Especial. Secretaria de Educação Especial/
MEC, V.4, Nº 1, Junho de 2008.
86
7. ANEXOS
Aprovação pelo Conselho Escolar
Plano de Ação do Diretor – Gestão 2012/2014
Plano de Abandono – Brigada Escolar
Projeto da Equipe Multidisciplinar
Proposta Pedagógica Curricular
87
Aprovação do PPP:
MEMBROS DA APMF 2016
Assinatura
PRESIDENTE: Jaqueline de Andrade Borges
VICE PRESIDENTE: Vera Lucia Bueno Padilha
1º SECRETÁRIO: Viviane de Fátima Barboza
2º SECRETARIO: Regiane Ivatiuk Bonete
1º TESOUREIRO : Edenilson José Barbosa
2º TESOUREIRO : Joelma de Fátima Alves de
Souza
1º DIR.SÓCIO CULT.: João Adolfo Czovny
2º DIR.SÓCIO CULT. : Edson Daniel Roth de Gois
3º DIR.SÓCIO CULT.:Angela Maria Zimny
88
Aprovação do PPP:
MEMBROS DO CONSELHO ESCOLAR 2016
Assinatura
Angela Maria Zimny
Cristiana Maria dos Santos
Deocleia da Aparecida Machado Nunes
Inamari Teresinha Xavier Nunes
Alexandre Aparecido Correa Oliveira
Marinaldo Machado
Sandra Aires Flores
Marcos Mileski
Zemir Lourenço Prigol
Jussara Machado dos Santos
Joelma de Fátima Alves de Souza
Eveline Carvalho de Morais
Jaqueline de Andrade Borges
Leo Geovane Pereira de Meira
Juliana Aparecida Svidnicki Miranda
Pedro Lucas Czys
89
Vera Lucia Bruga
Marilda Aparecida Silva Macedo Pacheco
Zeili Maria Peres
Eva Bueno Barbosa
Leoni da Aparecida Nascimento
Nerli de Mattos
Gelson de Oliveira Marques
Viviane de Fátima Barboza
90
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA DULCE MASCHIO – EFM
PLANO DE AÇÃO NA GESTÃO DA ESCOLA – 2012 a 2014
GUARAPUAVA
2011
91
2. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR:
O Colégio busca oferecer junto à comunidade a prestação de um serviço humano e
solidário, de lutas e realizações desde sua fundação.
Devido ao crescimento da população em idade escolar no Bairro Industrial, surge a
necessidade de organizar uma instituição escolar que ofereça Ensino Fundamental 5ª a
8ª série e Ensino Médio, considerando que na época o bairro contava com a Escola
Municipal São Pedro a qual atendia apenas a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino
Fundamental. A Escola recebeu o nome da referida professora em agradecimento aos
serviços prestados à comunidade.
Pela Resolução nº10/95 de 16 de janeiro de 1995, foi criada e autorizada a
funcionar a Escola Estadual Professora Dulce Maschio – Ensino de 1ºGrau, localizada à
Rua Dinarte Saul Araújo, s/nº, Alto Charquinho, no mesmo prédio da escola São Pedro. O
Regimento Escolar for aprovado pelo Parecer nº21/1995 de 28 de junho de 1995.
O Ensino Fundamental foi autorizado através da Resolução nº 506/95 de 15/02/95
e reconhecido pela Resolução nº 4589/96 de 04 de dezembro de 1996 e pelo Parecer nº
2155/96 – CEF. A renovação do reconhecimento tem o prazo de cinco anos a partir da
última renovação.
Seu funcionamento iniciou sob a direção do professor Edson Luiz Daum, contando
com 268 alunos matriculados. Funcionou de modo precário, considerando a falta de
equipamentos e recursos humanos (professores e funcionários) e devido utilizar o mesmo
prédio da Escola Municipal.
Mesmo apresentando dificuldades financeiras a escola buscava de maneira
democrática e participativa oferecer aos alunos uma educação com qualidade, que se
aliava ao compromisso por parte da direção, equipe de professores, funcionários e
alunos.
92
O Ensino Médio foi autorizado através da Resolução nº 239/02 de 01 de fevereiro
de 2002 e reconhecido pela Resolução nº 111/04 de 14 de janeiro de 2004 e pelo Parecer
nº 1075/03 – CEE.
Foi no ano de 2002 que o Colégio iniciou suas atividades pedagógicas em sede
própria, situado à Rua Padre Jandir Luiz Ferrari, s/nº, Bairro Industrial, com a infra-
estrutura necessária para atender nos três turnos e trabalhar com mais autonomia e
qualidade.
A estrutura do Colégio é composta de Dependência Administrativa, Sala da
Direção, Salas para Equipe Pedagógica, Sala de Professores com banheiro,
Almoxarifado, Secretaria, doze salas de aula, dois banheiros para alunos, Biblioteca, Sala
de multiuso, Laboratório de Física, Química e Biologia, Laboratório de Informática, Sala
de Apoio, Sala de Recursos, Cozinha com banheiro para funcionários, Sala de Material
Esportivo, Quadras esportivas, sendo uma delas coberta. Todos os ambientes e móveis
em boas condições de uso.
Hoje, o Colégio conta com seguinte numero efetivo nos núcleos de Direção,
Técnico-pedagógico, corpo docente e Agentes Educacionais I e II.
Número de professores: 76
Agentes Educacionais I: 15
Agentes Educacionais II: 10
Equipe pedagógica: 5
Diretor: 1
Diretor Auxiliar: 1
Através de pesquisa direta por amostragem, foi obtido o perfil sócio-econômico dos
educandos do Colégio Estadual Professora Dulce Maschio. Dos alunos que frequentam o
Colégio, constatou-se que 94% residem no bairro Industrial onde se localiza o
estabelecimento de ensino e 6% residem em outros bairros
De acordo com a pesquisa, referente à residência onde moram, verificou-se que a
maioria dos alunos e seus familiares residem em casa própria. Verificou-se um alto
percentual de famílias que possui saneamento básico. Constatou-se que
93
aproximadamente a metade das famílias entrevistas são formadas de quatro e cinco
pessoas.
Das famílias entrevistadas, quanto ao grau de escolaridade dos pais, evidenciou-se
que a metade frequentaram as Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Ressaltou-se
também o percentual relativamente baixo de analfabetismo, 3% dos pais e 2% das mães.
Quanto ao perfil profissional dos pais, observaram-se as mais variadas profissões,
tais como: mecânico, operário, comerciante, trabalhador autônomo e outras. No que se
refere às mães as profissões mencionadas foram: empregada doméstica, professora,
vendedora entre outras. Verificou-se também que 59% das mães trabalha somente em
casa. Com relação à renda familiar observou-se que o sustento da maioria das famílias é
proveniente de um ou dois salários mínimos.
Das famílias pesquisadas, verificou-se que aproximadamente a metade é
dependente do Programa Bolsa Família, e apenas 24% não recebem nenhum tipo de
benefício. Com relação aos bens de consumo verificou-se que o carro e o computador
não são ainda bens acessíveis a todas as famílias.
Referindo-se a opinião dos pais sobre o papel da escola para a vida dos filhos,
60% dos entrevistados tem clareza de que a principal função da escola é ensinar para
que o aluno adquira conhecimentos e se torne um agente crítico e transformador
melhorando assim, a própria realidade que vive.
Neste início de um novo milênio, quando os avanços científicos e tecnológicos
marcam uma nova etapa na história da humanidade, constatam-se mudanças
significativas em todos os setores da atividade humana, constata-se também que este
crescimento científico tem alcançado dimensões cujos efeitos são imensuráveis.
Em meio a esse cenário, a educação escolar, ora tem sido apontada como
responsável pelo crescente índice de exclusão social, ora como a esperança de
construção de uma sociedade mais justa e com ideais de paz, ou seja, que a
humanização se dará com a educação. Um exemplo disso é o desafio que a UNESCO
lançou para a educação, contido no prefácio da obra Educação um tesouro a descobrir
(DELORS, 1999, p.11): “Ante os múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um
94
trunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais da paz, da liberdade e
da justiça social”.
Face aos desafios atuais, os objetivos da Educação devem estar voltados para os
direitos essenciais de todos, e às necessidades mundiais, ou seja, a construção de uma
humanidade verdadeiramente humana, com ideais de paz e democracia. Faz-se
imprescindível mencionar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN
9394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente e as Diretrizes Curriculares como
principais fontes a serem consultadas visando a melhoria no processo educacional.
O art. 2º da LDBEN, em especial, merece ser destacado, pois, assegura que a
educação, dever da família e do Estado, inspirada nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Neste sentido, ressalta-se que embora o direito a Educação seja garantido por lei,
o que preocupa são as condições desfavoráveis para o ensino. De um lado, a família vem
enfrentando verdadeira crise de identidade, e moldando-se em novas estruturas, de outro
lado, constata-se que a educação formal tem sido apontada como secundário nas
decisões políticas e econômicas no país, somando-se a isso a desvalorização do
professor, a precariedade dos espaços físicos e recursos materiais. Outro fator incute na
dificuldade do professor em adequar sua proposta pedagógica para atender as diferenças
individuais.
Sustentada por este ideário, e centrada nos princípios éticos que permeiam a
conduta e os Direitos Humanos, acredita-se que por meio de ações coletivas, adotadas
como proposta, poderão contribuir para uma ação transformadora.
95
QUADRO DE METAS
INDICADORES
A ESCOLA QUE TEMOS
HOJE
A ESCOLA QUE
PRETENDEMOS
O QUE VAMOS FAZER
AÇÕES (CURTO, MÉDIO E
LONGO PRAZO)
POTENCIALI
DADES
DIFICULDA
DES
1 Gestão de
resultados
educacionais
Dificuldades:
- Desenvolver a autonomia
intelectual no exercício das
atividades escolares;
- Frequência irregular dos
alunos;
- Oportunizar
ações coletivas
que podem influir
na transformação
da sociedade;
- Melhoria nos
resultados;
- Utilizar dados das
avaliações para replanejar
ações;
- Ações voltadas para a
melhoria do ensino;
- Atendimento às
necessidades básicas.
2 Gestão
participativa/
democrática
Potencialidades:
- Participação da
comunidade escolar;
- Fortalecimento
da escola com
efetiva
participação em
conselhos e
colegiados;
- Propiciar uma educação
com práticas democráticas,
em que todos os envolvidos
participem das decisões e
atuem conjuntamente.
3 Gestão
Pedagógica
Potencialidades:
- O eixo pedagógico está
intimamente ligado à
docência:
- Buscar o desenvolvimento
de uma cultura avaliativa
contribuindo para melhoria
da qualidade de ensino,
- Propor ações
voltadas à
aprendizagem;
- Estimular a
democratização
do ensino sobre
os processos e
resultados;
- Concretização de uma
proposta pedagógica que vá
ao encontro das dificuldades
no âmbito educacional,
oportunizando sucesso aos
alunos;
- Processos e resultados,
ENEM, PROVA BRASIL,
96
reduzindo as desigualdades;
IDEB;
4 Gestão de
Inclusão/
Socioeducação
Dificuldades:
- Necessidade de parceria
quanto ao atendimento de
profissionais especializados,
pois muitos problemas
enfrentados extrapolam a
questão de ensino;
- Utilização de
espaços,
equipamentos e
material didático
apropriado;
- Estabelecer parcerias;
- Enriquecer a ação
educativa com profissionais
especializados e também
dar condições aos
professores de ampliarem
seus estudos.
5 Gestão de
Pessoas
Dificuldades;
- Dificuldade de pessoal;
Escolha de
pessoas que
integrem à
filosofia da
escola e que se
adaptam com o
PPP construído;
- Trabalhar para conquistar
a autonomia;
- Formação continuada.
6 Gestão de
serviços de apoio
(recursos físicos
e financeiros)
Dificuldades;
- Dependência financeira do
sistema;
- Escola com
maiores recursos
financeiros e
autonomia para
gerenciá-los;
- Solicitar recursos.
-
97
METAS DE MELHORIA DO PROCESSO EDUCATIVO
Prioridades Objetivos Ações Período Público
Alvo Recursos
Responsáveis
pela ação
Resultados
esperados
Escola para
todos;
Atender a
demanda
local;
Divulg
ação;
Época de
matrículas
;
Criança
s e
jovens
da
comuni
dade
Oriundos
da SEED;
Funcionári
os;
Comunidade
escolar;
Crianças e jovens
frequentando a
escola e sendo
preparados para
obter melhor
qualidade de vida.
Melhorar o
índice do
IDEB;
Estabelec
er critérios
próprios
de
organizaç
ão da
escola;
Númer
o
reduzi
do de
alunos
por
sala;
Durante o
ano letivo;
Alunos; Oriundos
da SEED;
Funcionári
os;
Direção,
equipe
pedagógica e
professores;
Melhoria da
qualidade de
ensino e
aprendizagem e
consequentement
e melhoria do
índice do IDEB
Estabelecer
parcerias
com a
comunidade;
Democrati
zar a
escola;
Tornar
efetiva
mente
a
escola
um
lugar
públic
Durante o
ano letivo;
Comuni
dade
escolar;
Oriundos
da própria
comunida
de e das
parcerias
acordadas
;
Direção,
equipe
pedagógica e
professores;
Cooperação
técnica e
financeira;
98
o de
apren
dizage
m;
Trabalhar
coletivament
e em
propostas
voltadas para
melhoria da
qualidade do
ensino;
Melhorar
índices de
evasão e
repetência
;
Contro
les
interno
s;
Ações
pedag
ógicas
;
Durante o
ano letivo;
Profess
ores e
alunos;
Direção,
equipe
pedagógic
a e
agentes
educacion
ais;
Direção,
equipe
pedagógica e
agentes
educacionais;
Resultados
fundamentados
em novos
indicadores de
desempenho.
99
BRIGADAS ESCOLARES
DEFESA CIVIL NA ESCOLA
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DO PLANO DE ABANDONO
100
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho faz parte do Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na
Escola e tem como objetivo a proteção humana, mantendo a comunidade escolar segura
em situações de risco, realizando treinamentos pautados em normas de segurança
nacionais e internacionais, buscando fundamentalmente organizar a saída da população
de maneira ordeira dos ambientes escolares, doutrinando a população para agir pro-
ativamente em situações que envolvam ameaça de desastres. Nesta apostila,
abordaremos parte do Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola, tratando de
conhecimentos relacionados a construção de um Plano de Abandono, formas de se
proteger e ações para minimizar os impactos desastrosos de um sinistro, seja ele de
origem natural, humano ou misto.
1.1 OS DESASTRES MAIS RECENTES
As impensadas interferências humanas no meio ambiente têm acarretado sérias
consequências para a população. Diariamente temos notícias de desastres ao redor do
mundo. O Brasil pouco é afetado por desastres naturais de grande magnitude tais como
terremotos, maremotos, tufões e tornados, porém, vem sofrendo as consequências das
mudanças climáticas e tem registrado em seu território ocorrências como enchentes de
grandes proporções, que provocam deslizamentos de encostas, inundações de cidades,
causando não só perdas materiais, mas também de vidas. Também não restam dúvidas
que tais eventos se potencializam quando não há uma cultura prevencionista que
mantenha cada habitante preparado para agir diante de uma ocorrência desastrosa. Não
se pode evitar a ação da natureza, mas podemos minimizar seus efeitos quando
enfrentamos as ocorrências de maneira mais organizada.
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem
vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, optamos em
trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos, promovendo
mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis e
menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar
pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas.
101
2. PLANO DE ABANDONO
Este manual adota procedimentos fundamentados em normas brasileiras e
internacionais de segurança. Sugere um Plano Geral de Abandono para as Escolas do
Estado do Paraná. Mas o que é um Plano de Abandono?
É um procedimento realizado pelas pessoas que ocupam uma edificação que
apresente algum risco a vida ou que esteja em eminência de sofrer um acidente. De uma
forma geral é uma ação de desocupação do prédio, que tem por objetivo minimizar e
prevenir o máximo possível a ocorrência de acidentes que possam provocar danos
pessoais. É a eficiência deu bom plano de abandono que delimita as perdas humanas,
principalmente em edifícios de vários pavimentos, tais como
hospitais, creches, escolas e qualquer estabelecimento em que haja um número
considerável de pessoas fixas e/ou circulantes.
2.1 LEGISLAÇÃO
As normas previstas nesse estudo são:
Norma Regulamentadora (NR 23) Proteção Contra Incêndios: Esta NR
estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir, no tocante à
proteção contra incêndio, saídas de emergência para os trabalhadores, equipamentos
suficientes para combater o fogo e pessoal treinado no uso correto.
Norma Regulamentadora (NR 26) Sinalização de Segurança: Tem por objetivo
fixar as cores que devam ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes,
identificando, delimitando e advertindo contra riscos.
Norma Brasileira (NBR) 13.434-2: Esta Norma padroniza as formas, as
dimensões e as cores da sinalização de segurança contra incêndio e pânico utilizada em
edificações.
NBR 14276 - Formação de Brigada de Incêndio: Estabelece os requisitos
mínimos para a composição, formação, implantação e reciclagem de brigadas de
incêndio, preparando-as para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio,
abandono de área e primeiros-socorros, visando, em caso de sinistro, proteger a vida e o
patrimônio, reduzir as conseqüências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente.
102
NBR 15.219 - Plano de Emergência Contra Incêndio: Esta Norma estabelece os requisitos
mínimos para a elaboração, implantação, manutenção e revisão de um plano de
emergência contra incêndio, visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as
consequências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente.
Código de Prevenção de Incêndios do Corpo de Bombeiros do Paraná de 2012:
Institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico no âmbito do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná.
3 TERMINOLOGIA
3.1 PONTO DE ENCONTRO
Local previamente estabelecido, onde serão reunidos todos os alunos, professores,
funcionários e outras pessoas que estejam em visita à escola. Neste local as faltas de
alunos constatadas pelos professores ou a ausência de funcionários deverão ser
comunicadas o mais breve possível ao responsável pelo Ponto de Encontro. Ele por sua
vez deve repassar as informações ao chefe de equipe de emergência para que as
devidas providências sejam tomadas.
3.2 ROTA DE FUGA
Trajeto a ser percorrido em passo rápido do local onde esteja a pessoa até o Ponto
de Encontro. Na análise desse trajeto devem ser observados os pontos críticos do
caminho como por exemplo: cantos vivos de parede, locais escorregadios, escadarias
sem corrimão, guarda-corpos irregulares, portas e portões de difícil acesso.
3.3 PLANTA DE EMERGÊNCIA
Representação gráfica em forma de planta que orienta os ocupantes de cada
ambiente da escola sobre qual rota deve ser seguida para o abandono da edificação em
segurança, de forma a dirigi-los ao Ponto de Encontro.
4 FUNÇÕES
4.1 MONITOR
Aluno designado com antecedência para conduzir a turma do ambiente onde
estiver até o Ponto de Encontro seguindo a Rota de Fuga contida na Planta de
103
Emergência ouorientada pelo responsável do bloco. Se houver na turma alunos com
necessidades especiais, deverão ser escolhidos dois alunos para acompanhá-los. A
direção da escola deverá selecionar criteriosamente os alunos para desenvolver a função
de monitor.
Fluxograma 1 – Ações do monitor de turma
4.2 RESPONSÁVEL PELO PONTO DE ENCONTRO
Organiza a chegada e a formação dos alunos, professores e funcionários no ponto
de encontro. Recomenda-se que sejam designados pelo menos dois auxiliares para
ajudar a organizar as filas dos alunos.
Os dois auxiliares devem estar em condições de assumir a função, caso o
responsável não esteja na escola no momento do sinistro.
Fluxograma 2 – Ações do responsável no ponto de encontro
4.3 RESPONSÁVEIS POR BLOCOS DE SALAS DE AULA/ANDARES
Organiza o fluxo de alunos nos corredores das salas de aula. Deve ficar atento para
liberar uma turma de cada vez, de modo a não haver filas duplas. Ao encerrar a saída de
seu andar ou bloco, deverá conferir se todas as salas estão vazias e marcadas com um
traço na diagonal, só então deve se deslocar até o Ponto de Encontro. Nos pontos de
conflito (cruzamentos, escadas e etc.), orienta as filas que devem avançar de acordo com
a prioridade da emergência, não permitindo cruzamentos das filas nem correria.
Importante não esquecer de verificar os banheiros. Concluída a verificação em todo o
bloco ou andar, segue atrás da fila de alunos para o Ponto de Encontro. O bom
desempenho desta função é fundamental para a execução e sucesso do abandono das
instalações, visto que os corredores são os locais mais prováveis de haver aglomeração
de pessoas, o que pode gerar tumulto e pânico.
4.4 RESPONSÁVEL PELO SETOR ADMINISTRATIVO
Ordenará a saída dos funcionários do setor administrativo em direção ao Ponto de
Encontro. Ao encerrar a retirada das pessoas, deve conferir se todos os ambientes do seu
setor (ex: banheiros, laboratórios, secretaria, etc.) estão vazios e marcados com um traço
104
na diagonal, só então se desloca até o Ponto de Encontro. Caso algum funcionário
necessite retornar ao setor administrativo, deve ser autorizado pelo diretor ou responsável
no Ponto de Encontro, após concluído o abandono.
4.5 TELEFONISTA
Efetuará as ligações telefônicas pertinentes. Ao soar o alarme, deverá se deslocar
imediatamente ao Ponto de Encontro e apresentar-se ao diretor ou responsável,
solicitando autorização para retornar à edificação e fazer os devidos contatos se
necessário ou fazê-lo através de um celular no próprio Ponto de Encontro. Manter lista de
telefones de emergência, tais como Corpo de Bombeiros 193, Polícia Militar 190, Copel
196 e Defesa Civil 199.
4.6 PORTEIRO
Funcionário responsável pela portaria. Só permitirá a entrada das equipes de
emergência e será responsável pela liberação do trânsito e acesso a edificação. Deverá
ter acesso ao claviculário, onde estarão todas as chaves de portas, portões e cadeados.
Se a escola tiver disponibilidade de funcionários, o ideal é que o porteiro tenha outra
pessoa para ajudá-lo. Também será responsável pelo impedimento da saída de alunos e
entrada de estranhos sem as devidas autorizações, evitando tumultos.
4.7 PROFESSOR
Deve orientar os alunos em sala de aula no dia do exercício, expondo como ocorrerá
o deslocamento até o Ponto de Encontro e como devem se comportar no local.
O professor só iniciará a retirada dos alunos ao sinal do funcionário responsável pelo
andar ou bloco ou quando este considerar oportuno, de modo a evitar aglomerações.
Caso verifique alguma emergência iniciando em sua sala, deve proceder o abandono
imediato do local e avisar o Diretor, sendo o último a sair, certificando-se que ninguém
permaneceu na sala de aula. Somente então fechará a porta e fará um risco de giz em
diagonal nela ou na parede ao lado do acesso à sala, isso significa que foi conferido o
ambiente e não há mais ninguém lá dentro. Tal sinal será identificado pelas equipes de
emergência direcionando as buscas a possíveis vítimas em locais que não tenham esse
sinal. O professor é responsável pela turma que acompanha desde a saída da sala até o
105
término do evento, o controle do professor da chegada ou não de todos os seus alunos no
Ponto de Encontro é crucial para ação de resgate.
Obs.: Ao chegar à sala de aula, deve fazer imediatamente a chamada pois, se necessário
o deslocamento ao Ponto de Encontro, fará uso do livro de chamada para conferência dos
alunos. Terminada a conferência, informará as alterações ao Responsável pelo Ponto de
Encontro, mantendo o controle da turma.
4.8 EQUIPE DE APOIO
Além do telefonista e do porteiro, na equipe de apoio deve conter funcionários que
devem ser previamente designados para realizar as seguintes funções: Abertura das
saídas de emergência, corte de energia, gás e da água (exceto em caso de incêndio),
neste caso os funcionários podem utilizar o extintor da sua área (sabendo manusear o
equipamento);
4.9 ORGANOGRAMA
O Organograma da Brigada deverá ser preenchido pelo diretor da escola, que por
sua vez, detêm o conhecimento da capacitação de cada um dos componentes. Nele será
descrito o turno de trabalho e as funções de cada brigadista, necessitando ser incluído o
nome logo abaixo de cada função.
OBS: Se não houver pessoas suficientes para compor todos os quadros, deverão ser
priorizados os de chefia.
ORGANOGRAMA DA EQUIPE DE ABANDONO
Turno (Manhã, tarde ou noite)
Chefe da equipe
Chefe da
Relações públicas
manutenção
Telefonista
Chefe de equipe
Chefe da equipe
106
Chefe da portaria
do ponto de
de corredor
encontro
auxiliar suplente auxiliar suplente auxiliar suplente
5 EXECUÇÃO
5.1 COMPETÊNCIAS DO DIRETOR DA ESCOLA E/OU RESPONSÁVEL PELO
PLANO DE ABANDONO
Nomear os responsáveis e os respectivos suplentes para atuarem em todas as
funções específicas. A nomeação deverá ser de caráter permanente e os nomeados
serão os responsáveis numa situação real.
Decidir se é viável ou não executar o Plano de Abandono. Supervisionar o
abandono.
Receber as equipes de socorro e fornecer informações sobre casos pontuais de
maior risco.
Determinar a desativação do Plano de Abandono, fazendo com que os alunos
retornem às salas de aula após a simulação. Em caso de uma situação real, depois de
conferidas todas as pessoas e autorizado pelo Corpo de Bombeiros, os alunos poderão
ser liberados para os pais ou responsáveis.
Convencionar o toque do alarme de emergência, que obrigatoriamente deverá
ser diferente do usado para início e término das aulas.
Nomear um responsável para acionar o toque de emergência.
Traçar as rotas de fuga nas plantas de emergência.
Estabelecer locais para o Ponto de Encontro.
5.2 PREPARAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR
Manter em locais estratégicos (secretaria, sala da direção, sala da orientação e
supervisão) informações e plantas baixas com orientações contendo o quantitativo de
107
salas, alunos, funcionários e professores de cada ambiente escolar. No setor
administrativo, deve haver relação nominal de funcionários por ambiente.
Todo ambiente escolar deve ser sinalizado, indicando as saídas, rotas
de fuga e Ponto de Encontro.
5.3 PROCEDIMENTOS DO EXERCÍCIO DE ABANDONO
Aciona-se o alarme, definido pela escola, por ordem do responsável (Diretor,
Vice-Diretor, Coordenador, entre outros), iniciando o processo de deslocamento da
comunidade escolar, que deve seguir as orientações estabelecidas pelos responsáveis
pelos blocos/andares, evitando pânico e descontrole.
Na saída das salas de aula, o professor abre a porta e faz contato visual com o
responsável pelo andar. Ao receber o aviso de saída, libera os alunos para iniciarem o
deslocamento em fila indiana, começando pelos mais próximos da porta. O professor se
certifica da saída de todos os alunos, fecha a porta e a sinaliza com um traço em
diagonal, mantendo-se como último da fila e evitando o pânico. Os alunos seguem em
passos rápidos, sem correr, com as mãos cruzadas no peito pelo lado direito do corredor
ou conforme indicado nas plantas afixadas nos corredores até ao Ponto de Encontro. Lá
chegando, o professor confere todos os alunos que estão sob a sua responsabilidade com
o auxílio do livro de chamada e apresenta as alterações ao responsável pelo Ponto de
Encontro, informando as faltas se houver. Aos professores sugere-se a prática da
chamada no início das aulas, para que em uma situação de emergência, possa fazer a
conferência dos alunos no Ponto de Encontro.
Aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não
retornem até que seja autorizado pelo responsável. Para os exercícios
simulados, objetos de valor como celulares deverão ser guardados no bolso, para evitar
posteriores problemas de extravio, mesmo porque não são objetos pedagógicos. Os
alunos encarregados de auxiliar o professor na retirada do colega portador de
necessidades especiais deverão acompanhá-lo durante todo o trajeto.
ATENÇÃO:Se por algum motivo alguém se encontrar isolado, deverá
seguir as setas de saída indicadas na planta de emergência onde se encontra e sair
108
pela porta mais próxima. Caso não o consiga, deverá fazer-se notar para que o socorro
possa lhe encontrar.
5.4 O PLANO DE ABANDONO SERÁ EXECUTADO EM CASOS DE
Incêndio.
Explosão ou risco de, por exemplo, vazamento de gás.
Desabamento.
Abalo sísmico de grande intensidade.
Acidentes de grande vulto que ofereçam insegurança às pessoas.
Outras situações que o diretor entender necessárias.
5.5 SITUAÇÕES QUE NÃO REQUEREM O ACIONAMENTO DO PLANO DE
ABANDONO
Vendavais ou ciclones, pois o abrigo é o edifício escolar;
Inundação pelas chuvas que não atinja o espaço escolar bem como em temporais
com granizo;
Fuga de gás sem incêndio, pelas áreas isoladas com central de gás
independente e restritas, deve ser considerado sinistro facilmente controlável;
Na ocorrência de sismos (terremotos) de fraca intensidade, o espaço escolar é o
melhor abrigo.
5.6 NORMAS DE PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE RISCO
A primeira providência é garantir a integridade física das pessoas. Se ocorrer
vazamento de gás, desligar a válvula do gás, não acionar qualquer dispositivo que
provoque faíscas inclusive o interruptor de luz, abrir portas e janelas arejando o local,
retirar-se do local e comunicar o incidente ao responsável pelo Plano de Abandono da
escola.
Se ocorrer uma fuga de gás no laboratório, fechar a válvula de segurança, arejar
a sala, abrindo portas e janelas lentamente, não acender fósforos ou isqueiros nem
acionar interruptores, abandonar o laboratório e comunicar imediatamente o acidente ao
responsável pelo Plano de Abandono da escola.
109
Se ocorrer um derramamento de substâncias tóxicas, recolher ou neutralizar a
substância derramada de acordo com as recomendações presentes no rótulo do produto
ou conforme orientações técnicas do fabricante. Se for um ácido ou outro produto
corrosivo não se deve lavar com água. (procurar sempre orientações de um técnico
bioquímico).
Se ocorrer um incêndio, acionar o Corpo de Bombeiros (193) e as demais
equipes de emergência. Os ocupantes das instalações deverão sair imediatamente,
respeitando integralmente o percurso da rota de fuga ou seguindo orientação do
responsável pelo bloco. Se houver obstrução das saídas pela presença de fogo ou
acúmulo de fumaça, as pessoas deverão abaixar-se próximas do chão, a fim de buscar
melhor qualidade de ar, com maior concentração de oxigênio. Nos pisos superiores
dirigir-se-ão para o local mais afastado do foco de incêndio, aguardando socorro. Nesta
situação deverão abaixar-se para fugir da concentração de fumaça, fechando sempre as
portas a fim de retardar a propagação do fogo.
Se ocorrer um incêndio na cozinha e/ou refeitório, avisar a pessoa mais próxima,
fazer uso do extintor se tiver capacidade técnica e cortar o fornecimento de gás e energia
elétrica (desligar o disjuntor fora do ambiente).
Caso não consiga dominar a situação, fechar portas e janelas e comunicar
imediatamente o acidente ao responsável pelo Plano de Abandono.
Na ocorrência de sismo (terremoto), os ocupantes das instalações deverão
imediatamente colocar-se debaixo das mesas e nos vãos das portas, com as mãos à volta
da cabeça, como medida de proteção. Nunca deverão abandonar a sala onde se
encontram enquanto durar o sismo. Se soar o alarme, deverão se retirar do edifício
cumprindo as orientações do Plano de Abandono;
Em outros tipos de ocorrências (como explosões ou desabamentos), mantenha
a calma e saia do ambiente que estiver em risco, comunique imediatamente o acidente ao
responsável pelo Plano de Abandono.
Importante: Na ocorrência de temporais, os ocupantes do edifício permanecerão
nas salas, afastando-se das janelas, até que seja segura a saída do edifício.
110
6 MAPA AÉREO COM A IDENTIFICAÇÃO DAS ENTRADAS E PONTO DE
ENCONTRO
Ponto de encontro 1 (P-1) – Quadra poli-esportiva.
Ponto de encontro 2 (P-2) – Pátio central.
Foto aérea Google Eearth – Escola Inez Vicente Borocz – Curitiba – PR.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reunir trimestralmente a Brigada de Emergência para rever e reavaliar o Plano
de Abandono.
Designar suplentes para todas as funções.
Manter listagens das pessoas, planilha de dados, plantas de emergência e
organogramas atualizados em locais de fácil acesso.
O presente plano deverá ser discutido em conselho antes da sua aprovação, e
poderá ser alterado dado às suas particularidades após sua discussão.
Telefones de emergência: Corpo de Bombeiro: 193; Polícia Militar: 190; Defesa
Civil: 199; SAMU: 192.
REFERÊNCIAS
NR 23 Proteção Contra Incêndios.
NR 26 Sinalização de Segurança.
NBR 13.434-2 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico (Parte 2):
símbolos e suas formas, dimensões e cores.
NBR 14276 Formação de Brigada de Incêndio.
NBR 15.219 Plano de Emergência Contra Incêndio Segurança nas Escolas.
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros do
Paraná / 20
SECRETARIA DE
111
TÍTULO: I MOSTRA CULTURAL CIENTÍFICA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
TEMA GERAL: Cultura Africana e Indígena
JUSTIFICATIVA:
De acordo com a lei nº 10.639/03 e a lei 11.645/08 que versa sobre o ensino da
cultura afro-brasileira e africana, ressalta-se a importância da cultura negra e indígena na
formação da sociedade brasileira.
Assim sendo, destaca-se a importância do desenvolvimento do trabalho da Equipe
Multidisciplinar nas escolas, que tem como finalidade o desenvolvimento de práticas
pedagógicas para mobilização, articulação e multiplicação de conhecimentos por meio de
ações que visibilizam positivamente as especificidades étnico-raciais, sociais, territoriais e
culturais dos povos indígenas, população negra, comunidades tradicionais negras do Brasil e
do estado do Paraná.
Nesse sentido, é que nos propomos a realizar não somente apresentações
artísticas, bem como apresentar e desenvolver com os alunos atividades de cunho científico
por meio da iniciação científica, destacando ações que deverão ser realizadas de forma
contínua, vinculando currículo, escola, comunidade e sociedade.
OBJETIVOS:
OBJETIVOS GERAIS:
Valorizar a cultura afro, reconhecendo a sua presença de forma positiva nos diversos
segmentos da sociedade, no que diz respeito à literatura, arte, culinária, religião, música
e dança;
Refletir e promover com os alunos os valores de respeito as diferenças étnico raciais
integradas ao reconhecimento da própria identidade e da relevância do outro e a
importância das diversas etnias que formam o Brasil, em especial a afro brasileira e
índigena
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Articular uma discussão entre as diversas realidades que envolvem os povos indígenas,
população negra e comunidade remanescentes;
Desenvolver um trabalho em conjunto entre os integrantes da EM e comunidade escolar;
Incentivar a pesquisa científica;
Realização da mostra cultural científica no colégio, com abertura para comunidade;
Refletir sobre atos de discriminação étnico-racial, promovendo o respeito mútuo.
112
METODOLOGIA:
Primeiramente vamos fazer uma reunião com os professores, reunião esta que será
coordenada pela equipe multidisciplinar, para que juntos possamos pesquisar discutir e
analisar conteúdos pertinentes ao tema de estudo da mostra cultural científica.
Todos os trabalhos estarão relacionados com o tema cultura africana e indígena.
Cada turma terá os professores responsáveis (2 a 3), os quais orientarão todo o trabalho e
avaliarão a parte teórica dos trabalhos desenvolvidos pela turma.
Os trabalhos a serem apresentados terão como ênfase o desenvolvimento da pesquisa
científica e cultural que se encontrem dentro do tema apresentado neste projeto. Será
valorizada a originalidade de cada trabalho, sendo que somente os trabalhos originais poderão
receber nota integral.
Os professores orientadores terão como apoio um roteiro (anexo I), para orientar o
relatório de pesquisa, os quais deverão ser entregues aos alunos. Cada equipe deverá registrar
as etapas do trabalho por meio de fotografias que deverão ser anexadas junto ao relatório de
pesquisa e entregues ao professor orientador. As fotos também serão utilizadas no momento
da apresentação.
O trabalho deverá ser inscrito mediante preenchimento de uma ficha que ficará sob
responsabilidade da equipe pedagógica, onde os componentes deverão procurar a equipe
pedagógica para preenchimento de sua ficha de inscrição. Cada turma terá uma pasta
constando as fichas de inscrição que ficarão na equipe pedagógica.
Ao avaliar a parte teórica ( relatório de Pesquisa), cada professor (ª) orientador (ª) deverá
pegar as respectivas fichas da turma em sua pasta, registrar a nota deixando novamente as
fichas na pasta. A data de entrega do relatório de pesquisa ao professor(ª) orientador(ª) será
definida pelo professor(ª), atentando para que as respectivas notas sejam registradas na ficha
antes do dia da apresentação da Mostra
( 20/11).
Cada turma deverá inscrever no máximo 03 (três) trabalhos que serão socializados na I
Mostra Cultural Científica da Equipe Multidisciplinar que ocorrerá no dia 20 de novembro
de 2015 nos turnos manhã e tarde. Aos participantes das exposições serão atribuídas notas,
no máximo de 3,0 pontos (sendo 1,0 da pesquisa e desenvolvimento do trabalho e 2,0 da
apresentação), que serão registradas no 4º bimestre. Nesse bimestre serão avaliados 7,0
pontos.
Será permitida a inscrição de trabalhos que estejam sendo desenvolvidos juntamente com
o professor(ª) orientador(ª) em sua disciplina durante o ano letivo, porém não será aceito a
repetição de trabalhos.
113
Para os alunos dos 6º anos será utilizada uma metodologia diferente, onde serão
trabalhadas oficinas temáticas, durante as aulas de ensino religioso, atividades que serão
coordenadas pela comissão organizadora. Todas as produções serão expostas no dia da
mostra, e os alunos que participarem também ganharão nota no valor de 2,0 pontos, já que
estes alunos não farão uma pesquisa a respeito do tema e sim farão produções de trabalhos
artísticos.
As inscrições serão feitas de 01 de setembro até 30 de outubro.
Todo material utilizado deverá ser solicitado ou providenciado com antecedência, sendo
que o Colégio não disponibilizará nenhum material no dia da apresentação da Mostra sem
prévia solicitação e consequente autorização.
Os trabalhos deverão ser obrigatoriamente acompanhados por uma equipe de
apresentação.
Critérios de organização das equipes de trabalhos no turno da manhã:
7h30min – organização d da sala;
8h30min às 10h – visitação dos trabalhos; a equipe com vários integrantes deverá
ser subdividida (8h30min às 9h e 9h às 10h);
10h – Intervalo de 20 min;
10h20min às 11h - Apresentações artísticas;
11h às 11h45min – encerramento e organização das salas de aula.
Critérios de organização período tarde:
13h – organização da sala;
14h às 15h30min – visitação dos trabalhos; a equipe com vários integrantes deverá
ser subdividida (8h30min às 9h e 9h às 10h);
16h30min – encerramento e organização das salas de aula.
Os trabalhos em exposição serão avaliados pelos professores que possuem aula no
Colégio no dia e período da Mostra, tendo um integrante da comissão organizadora com a
função de distribuir as pastas das turmas contendo as fichas onde serão registradas as notas.
O professor do último horário do dia será responsável pela última avaliação, verificando o
destino correto dos resíduos gerados e a devida organização do espaço.
A organização dos orientadores será a seguinte
114
TURMAS PERÍODO MANHÃ
TURMA PROFESSOR ORIENTADOR I
PROFESSOR ORIENTADOR II
PROFESSOR ORIENTADOR III
TEMAS SUGERIDOS
7ºA Jemima Ivone África do Sul
7ºB Maria Helena Alessandra Angola
7ºC Ana Regina Vanessa Tossi Moçambique
8ºA Eveline Dulce Etiópia
8ºB Edenilson Marcelo Marrocos
8ºC Josemeri Filomena Senegal
8ºD Fábio Caliandra Egito
8ºE Sonia Cherlly Cirineu Tanzânia
8ºF Alexandre Jenikelly Jussara Camarões
9ºA Joelma Damaris Fernando Somália
9ºB Jaqueline Eunice Joseane Zimbábue
9ºC Diana Julio Tereza Guaranis e Caingangues
TURMAS PERÍODO TARDE
TURMA PROFESSOR ORIENTADOR I
PROFESSOR ORIENTADOR II
PROFESSOR ORIENTADOR III
TEMAS SUGERIDOS
6ºA Ana Glória
Sandra Inamari Máscaras africanas
6ºB Joelma Sibeli Marcelo Mandalas
6ºC Filomena Fábio Instrumentos musicais
6ºD Júlio Ozélia Jogos matemáticos
6ºE Vanessa Tozzi Juliana Valdinéia Danças
6ºF Andreia Sonia Música
6ºG Josimeri Adriana Eunice Arte
6ºH Valter Fernando Maria Helena Lendas Africanas
7ºD Alessandra Cândida Sílvio Líbia
7ºE Eveline Marilda Vanessa Kogut Quênia
7ºF Diana Brasílio Mali
7ºG Marilda Fernando Guaranis e Caingangues
115
DAS PROIBIÇÕES E RESTRIÇÕES:
Não serão permitidos nos stands de apresentação de trabalhos:
a) Produtos químicos venenosos, medicamentos e substâncias controladas;
b) Os membros da equipe deverão obrigatoriamente ser alunos do Colégio;
c) Não será aceita inscrição de trabalhos após a data estipulada;
d) Não será aceitos trabalhos inscritos com o mesmo título, terá prioridade quem
primeiro se inscreveu seu projeto;
e) Caso a equipe relate que determinado componente não colaborou com os
trabalhos, a pontuação desses será anulada;
f) Caso a equipe não organize adequadamente o espaço utilizado perderá nota de
avaliação;
g) Não será permitidos trabalhos utilizando bebidas alcoólicas;
h) Não será permitida alteração dos trabalhos após a inscrição;
i) Não sobrecarregar a rede elétrica com excesso de aparelhos ligados numa
mesma tomada;
j) As maquetes deverão ser confeccionadas e arquivadas e/ou descartadas após a
Mostra, fora do ambiente escolar. Não será permitida a utilização de isopor na
confecção de maquetes, pois não existe em nossa região usina de reciclagem do
mesmo;
k) As equipes que utilizarão quaisquer produtos químicos deverão trazer a ficha
técnica do produto com antecedência, e, os testes deverão ser acompanhados
do(ª) professor(ª) da área;
l) Os casos omissos serão julgados pela Comissão Organizadora.
ESTRATÉGIAS
1. Reunião pedagógica com os professores para a divulgação do projeto;
2. Organização pelos professores dos trabalhos nas turmas;
3. Orientação do trabalho pelos professores em cada turma: discutindo analisando e
pesquisando temas referentes ao Projeto, interagindo com a comunidade e
colaborando com a construção do pensamento;
4. Escolha da alternativa de apresentação dos trabalhos: painéis, cartazes,
experiências, etc.
5. Socialização dos trabalhos no âmbito da escola e visitantes;
116
RECURSOS
Recursos Humanos: professores, equipe pedagógica, equipe administrativa e aluno.
Recursos Físicos: sala de aula, laboratórios de informática e ciências, biblioteca, recursos
audiovisuais, ginásio de esportes.
Recursos Materiais: livros, computadores, papéis diversos, retroprojetor, tv multimídia,
Datashow, maquetes, vidraçaria e outros que se fizerem necessários.
CRONOGRAMA
ITENS JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
Elaboração do Projeto
X
Reunião com os professores para elaboração do Projeto
X
Divulgação pelos professores nas turmas
X X X
Preparação das pesquisas pelos alunos e professores
X X X X
inscrição dos trabalhos pelos professores e alunos para a I Mostra Cultural Científica
DE 01 /09
Até 30/10
I MOSTRA CULTURAL CIENTÍFICA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
X
117
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Eunice Schuaigert Santos
Eveline Carvalho de Moraes
Fábio Augusto da Silva
Filomena Belo Matos
Gelson de Oliveira Marques
Joelma de Fátima Alves de Souza
Josemeri Lossnitz
Josiane de Almeida Souza
Marcos Mileski
Marisa Camilo
Sandra Aires Flores
Vera Lúcia Bruga
Viviane de Fátima Barboza
AVALIAÇÃO
O presente Projeto será avaliado pela Comissão Organizadora junto aos professores em
reunião pedagógica.
118
ANEXO I
Projeto de Pesquisa
TÍTULO DA PESQUISA
Justificativa
Por que fiz esta pesquisa?
Qual a importância de ter feito a pesquisa?
Objetivos :
Quais pontos/metas quis atingir?
Fundamentos teóricos
O que já foi dito ou estudado sobre o tema? Fazer leitura de livros, revistas, sites, etc. que
falem sobre o assunto em estudo – e escrever sobre o assunto).
Metodologia
Como fiz? Onde fiz? Quais foram as etapas?
Quais foram os recursos utilizados?
Considerações finais
Quais foram os resultados obtidos? O que foi observado?
Quais são minhas interpretações( opinião)? Quais são os alcances e consequências do
trabalho?
Referências bibliográficas
O que foi consultado?
Anexos
Quais documentos contemplam este projeto. Ex. fotos, gráficos etc.
119
ANEXO II
FICHA DE INSCRIÇÃO
I MOSTRA CULTURAL CIENTÍFICA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Título e número de Inscrição:___________________ Data___/____/_____
Título do trabalho: _________________________________________________
Nome dos integrantes da equipe:
Série: ________________ turno: ________________
Nº Nomes Chamada Projeto Apresentação Total
Nome dos professores orientadores:____________________________
Divisão da equipe para apresentação do
trabalho:_________________________________________________________________
______________________________________________________
Materiais utilizados, e necessidade de utilização de energia
elétrica:_________________________________________________________________
___________________________________________________________
Assinatura dos alunos: ______________________________________
120
PROJETO: SEMANA INTEGRAÇÃO ESCOLA/COMUNIDADE
I - JUSTIFICATIVA
Tendo em vista, a necessidade da participação dos pais na educação dos filhos, bem como o
conhecimento do funcionamento da escola como um todo é que se faz necessário ações voltadas
a participação da comunidade na instituição escolar.
Para tanto nos propomos a realizar um trabalho a envolver os pais e a comunidade na
participação efetiva no envolvimento de projetos culturais da escola. Assim sendo destaca – se a
importância de convidarmos os pais a desenvolverem um trabalho dentro e fora da escola no
sentido de conscientiza-los sobre a importância da família na formação do caráter de seus filhos.
II - OBJETIVOS
Promover a participação dos pais e comunidade escolar dentro da instituição de ensino;
Articular uma discussão sobre os diversos temas trabalhados durante a semana;
Valorizar a presença dos pais e comunidade nos eventos escolares.
III - METODOLOGIA
Serão realizados cinco encontros, com duração média de 2horas, durante a semana de
15/08/2016 a 19/08/2016 no período da noite. Cada encontro será constituído por um tema
relacionado ao convívio familiar, discutido por diversos palestrantes. Ao final de cada palestra
serão realizados debates a respeito dos temas abordados. Para o encerramento faremos um
momento de confraternização com um lanche. Serão trabalhados os seguintes temas:
Amor e limites;
A importância da família na construção da personalidade;
Família e a espiritualidade;
Família e escola uma parceria de sucesso;
Família X vícios.
IV - RECURSOS
Humanos: Pais, professores, equipe pedagógica e palestrantes.
Físicos: Sala Multiuso
Materiais: Computador e data - show
121
Título: Projeto Talentos do Dulce
Participantes: Toda a comunidade Escolar do Período Diurno e Noturno
Relevância do tema e justificativa
Considerando as diversidades culturais inseridas no espaço escolar percebe-se a
necessidade de oportunizar momentos para que alunos e alunas possam sociabilizar suas
experiências culturais, consolidando-se como um espaço de valorização das mesmas. .
Objetivos
- Valorizar as experiências culturais dos indivíduos que fazem parte da comunidade
escolar despertando o sentimento de cidadania;
- Desenvolver a criticidade com relação às produções culturais ;
-Possibilitar a sociabilização das experiências culturais existentes no espaço educacional.
- Despertar a atenção do público em geral durante os shows, para a importância de
valorizar os talentos apresentados, como forma de incentivá-los no desenvolvimento
artístico-cultural.
Metodologia
O projeto será lançado no primeiro semestre de 2016 para que os estudantes
possam preparando suas apresentações com o auxílio dos professores e professoras. As
apresentações poderão envolver as diversas linguagens artísticas como o teatro, a dança,
a música entre outros.
Os pais serão convidados a assistir às apresentações que serão realizadas no
ginásio coberto do Colégio no dia 3 de setembro.
Avaliação
Após a realização do evento far-se-á avaliação para possíveis correções de falhas
existentes.
Referências Bibliográficas
CANDAU, V. M. Cotidiano Escolar e Cultura(s): encontro e desencontros. In:
122
CANDAU, V. M.(org.) Reinventar a Escola. Petrópolis, RJ : Vozes, 2000
http://pt.slideshare.net/marcondesneto/gesto-de-projetos-culturais-da-ideia-
ao?related=3 .Acesso em 16/12/2015
123
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
124
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
125
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de
interagir criticamente com o mundo e o ensino da Língua Portuguesa deve contribuir para
esse fim.
O ensino da Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o
aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, de
modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios
pontos de vista, interagindo em diversos contextos sociais, pois a língua não é estática e
evolui consideravelmente.
O trabalho com essa disciplina deve considerar os aspectos sociais e históricos
que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado. O ensino de
língua portuguesa deve possibilitar ao aluno o contato com a linguagem, nas diferentes
esferas sociais, propiciando o entendimento do texto, seus sentidos, suas intenções e
visões do mundo nas práticas de uso da língua, sejam de leitura, oralidade e escrita.
Os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da
disciplina e podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo
estruturado de conhecimento constituído e acumulados historicamente. O discurso como
prática social, constituirá o conteúdo estruturante entendido como pratica social sob seus
diversos gêneros.
Faz-se necessário que o professor leve em consideração a experiência no trabalho
com a linguagem que o aluno já possui e a interação com uma nova discursividade,
integrando assim elementos indispensáveis da prática como: conhecimentos linguísticos,
discursivos culturais, e sócio pragmático.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se
lhe apresenta.
126
Os discursivos são diferentes gêneros que constituem a variada gama de práticas
sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acreditam, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
Os sócio pragmáticos, aos valores ideológicos sociais e verbais que envolvem o
discurso em contexto sócio histórico particular.
Além disso uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de uma atividade significativa na qual as práticas de leitura, escrita e
oralidade, interajam entre si e constituam numa prática sociocultural, contribuindo assim
na formação de alunos críticos e transformadores de sua realidade.
2. OBJETIVO GERAL
O contexto escolar deve proporcionar ao aluno o aprimoramento linguístico e
promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da escrita e da leitura.
Dessa forma os estudantes poderão compreender e interferir nas relações de
emancipação e a autonomia em relação ao pensamento, manipulando e analisando a
linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, inclusive a estética, pois
o domínio da língua materna revela-se fundamental ao acesso às demais áreas do
conhecimento.
3. CONTEÚDOS:
3.1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O Discurso como Prática Social.
3.2. CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
127
6º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para fotos, letras de música, exemplos de homepage,
cartas, textos informativos, pinturas, convites, fábulas, tiras, biografias e narrativa
fantástica. Além disso, caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
• Identificação do tema ;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Léxico;
• Argumentos do texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
128
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Processo de formação de palavras;
• Elementos composicionais do gênero; l
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto,
Pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
129
7º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para relatos de experiências vividas, bilhetes, manual
de instruções, músicas, convites, tiras, pesquisas, fotos, sinopse de livros, cartazes,
pinturas, mapas. Além disso, caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas
diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
130
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Informatividade;
• Processo de formação de palavras;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Semântica;
• Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição.
131
8º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para mapas, cartas, textos informativos, artigos,
rótulos, gravuras, fotos, instruções de jogos, agendas, folder, músicas, verbetes de
enciclopédias, pinturas. Além disso caberá ao professor fazer a seleção de outros
gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado
a cada uma das séries.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
-operadores argumentativos;
132
-ambiguidade;
-sentido conotativo e denotativo das palavras do texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto;
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto e produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, artigo, pronome, substantivo, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
133
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para folders, biografias, resenhas, cartão
postal ,anúncio, fotos, pinturas, tiras, textos informativos, músicas, mapas, placas, bilhete,
resenhas de filmes, cartun. Caberá ao professor fazer a seleção de outros gêneros, nas
diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
134
séries.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Intertextualidade;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Progressão referencial no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de diferentes
gêneros;
• Semântica;
• Operadores argumentativos.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
135
• Contexto de produção;
• Informatividade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Intertextualidade;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Sintaxe de regência;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Vícios de linguagem;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Semântica;
-operadores argumentativos;
-ambiguidade;
-modalizadores;
• Sintaxe de concordância.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...;
136
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras):
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
ENSINO MÉDIO:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para folders, biografias, resenhas, carta ao
leitor ,carta pessoal, anúncio, fotos, pinturas, charges, publicidade comercial, textos
informativos, letras de músicas, texto argumentativo, artigos, regulamentos, placas,
bilhete, resenhas de filmes, leis, relato histórico, vídeo
clip, poemas, texto dramático, fábulas, autobiografia, narrativas. Caberá ao professor
fazer a seleção de outros gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Intencionalidade;
137
• Finalidade do texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Interlocutor;
• Argumentos do texto;
• Semântica;
-operadores argumentativos;
-figuras de linguagem;
-modalizadores;
• Intertextualidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção;
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequências entre partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de diferentes
gêneros.
• Contexto de produção da obra literária.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Intencionalidade do texto;
• Contexto de produção;
• Referência textual;
• Intertextualidade;
138
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Semântica;
-operadores argumentativos;
-figuras de linguagem;
-modalizadores;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, conectores, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Sintaxe de regência;
• Progressão referencial.
ORALIDADE
• Conteúdo temático ;
• Finalidade;
• Intencionalidade ;
• Argumentos ;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial,corporal, gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
139
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
4. METODOLOGIA
Todas as atividades devem ser centradas no aluno integrando-o nas situações do
dia-a-dia e analisando as informações globais. Assim sendo, a leitura é vista como uma
atividade construtiva e criativa.
O texto apresenta-se como um espaço de temática fundamental para o
desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e agir críticos com a prática
cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores. Possibilita-se, desse
modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os fenômenos linguísticos e culturais
como realizações discursivas, as quais se revelam pela história dos sujeitos que fazem
parte desse processo, apresentando assim como um princípio gerador de unidades
temáticas e de desenvolvimento das práticas linguísticas discursivas. Portanto, é
fundamental que se apresente ao aluno textos de diferentes gêneros textuais, mas sem
categorizá-los, proporcionando ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita
variedade discursiva.
Os vários gêneros textuais poderão possibilitar a reflexão crítica sobre os Temas
Socioeducacionais (Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de
drogas e Educação Fiscal, Sexualidade, Gênero e Diversidade Sexual) . Para tanto, é
importante trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais, tarefa que se encaixa
perfeitamente nas atribuições da língua materna, disciplina que favorece a utilização de
textos abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional ou no mundo editorial:
publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., interagindo com uma
complexa mistura da língua escrita, visual e oral. Sendo assim, será possível fazer
discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e ou
visuais, integrando todas as práticas discursivas nesse processo. Além disso, os temas
abordados nos textos, poderão nortear o trabalho com a História e Cultura Afro-brasileira
(Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº11.645/08), Direito da Criança e do
Adolescente (Lei nº 11.525/07, Meio ambiente ( Lei nº 9.795/99), Estatuto do Idoso (Lei
140
10.741/2003), Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997), Educação alimentar e
Nutricional (Lei 11.947/09), Direitos Humanos – Resolução 01/12, Música - Lei 11.769/08)
Ao apresentar textos literários as atividades propostas devem colaborar para que o
aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade, em
um determinado contexto sociocultural particular.
O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando necessário, dos
procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira: o
trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida em que
permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas.
Assim o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado ao
conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes de
necessidades específicas dos alunos a fim de que possam expressar-se ou construir
sentidos com os textos.
A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma frase, a um parágrafo, a
um poema ou a uma carta, deve ser uma atividade menos artificial possível: buscar
leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja, os textos produzidos devem estar
direcionados a um público determinado.
Serão utilizados os materiais didáticos disponíveis na prática-pedagógica: livro
didático, paradidáticos, dicionários, vídeos, DVDs, CDs, TV Pendrive, internet, sob a ótica
da realidade dessa instituição e das propostas das Diretrizes Curriculares.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem da língua portuguesa está intrinsecamente atrelada à
concepção de língua e aos objetivos para o ensino dessa disciplina defendidos nas
Diretrizes Curriculares. Assim, o caráter educacional da avaliação sobrepõe-se ao seu
caráter eventualmente punitivo e de controle, constituindo num instrumento facilitador na
busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas no conteúdo
desenvolvido, mas aqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos
141
específicos explicitados nas diretrizes sejam alcançados. Portanto, a avaliação da
aprendizagem precisa superar a concepção de mero instrumento de medição de
apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva
subsidiar discussões, a cerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de
suas produções, no processo de ensino e aprendizagem.
O aluno envolvido no processo de avaliação também é construtor do conhecimento,
precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações com: o fornecimento de um
retorno sobre seu desempenho do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Assim
tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até
então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades constatadas. Contudo é importante considerar na
prática pedagógica, avaliações de outras naturezas: diagnóstica e formativa, desde que
essas se articulam com os objetivos específicos e conteúdos definidos, concepções e
encaminhamentos metodológicos, respeitando as diferenças individuais e metodológicas.
Constitui parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tendo como
princípio básico o respeito à diversidade de características, de necessidades e de ritmos
de aprendizagem de cada aluno. Sendo a recuperação contínua e paralela, deve ser
realizada ao longo do ano, a cada conteúdo trabalhado, no momento em que são
constatadas as dificuldades, fazendo assim as intervenções necessárias.
Os instrumentos avaliativos serão diversificados, de acordo com o perfil de
cada turma, sendo que o valor agregado é previsto no Regimento Escolar. Poderão ser
usados como instrumentos avaliativos: seminários, debates, trabalhos, discussões,
provas, exercícios realizados em sala de aula no caderno e todas produções relevantes
realizadas pelos alunos e alunas, oportunizando aos mesmos além de uma constante e
diversificada revisão de conteúdos a recuperação dos mesmos e no momento em que as
dificuldades são constatadas. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, contínua e
somativa por meio de avaliação trimestral ao longo do ano letivo.
142
5.1. CRITÉRIOS AVALIATIVOS
Após os conteúdos serem trabalhados espera-se que o aluno na: Oralidade:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção;
• Exponha seus argumentos;
• Apresente suas ideias com coerência;
• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões ;
LEITURA:
• Compreenda o texto;
• Identifique o conteúdo temático e a ideia principal;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Perceba o veículo de circulação do gênero textual;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Analise as intenções do locutor textual;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• Reconheça elementos coesivos do texto;
• Amplie seu léxico e a estrutura da língua.
• Reflita sobre os elementos culturais presentes no texto.
ESCRITA:
• Expresse as ideias com clareza;
• Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use elementos coesivos;
143
• Estabeleça coerência em suas informações;
• Utilize adequadamente os recursos linguísticos: pontuação, artigos, numeral
pronome, etc.;
• Uso apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais, e normativos
atrelados aos gêneros trabalhados.
5.2 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos será desenvolvida por meio de retomada dos
conteúdos não incorporados pelos educandos, por meio de explicações e orientações
para que os alunos refaçam as atividades solicitadas, bem como leituras e trabalhos,
dando conformidade à LDB 9394/96; considerando-se que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes. A recuperação é contínua e diagnóstica, o que
possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a todo o momento, exigindo uma
participação mais efetiva e comprometida dos alunos durante as aulas.
6. REFERÊNCIAS
AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino
médio. 1a ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado, 2008.
BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001.
FARACO, C.A. (org.) Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola, 2001.
HELL, V. A idéia de cultura. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
WIDDOWSON, H.G. O ensino de línguas estrangeiras para a comunicação. Campinas: Pontes,
1991.
XAVIER, Antonio C.; CORTEZ, Suzana (org.). Conversas com lingüistas: virtudes e controvérsias
da lingüística. São Paulo: Parábola, 2003.
144
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
145
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando suas
necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos,
ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e
do presente; o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores
mais favoráveis diante desse conhecimento.
Os conceitos abordados em conexão com sua história constituem veículos de
informações culturais, sociológicas e antropológicas de grande valor formativo, sendo a
história da matemática um instrumento de resgate da própria identidade cultural.
Certos autores apontam que outra finalidade da matemática é fazer com que o
aluno construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e do cidadão, isto é, do
homem público. Prevendo assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir com
autonomia nas suas relações sociais, necessitando apropriar-se de uma gama de
conhecimentos, dentre eles, o matemático.
A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações,
para compreender e elaborar ideias. É necessário que o aluno aprenda a expressar-se
verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas,
diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre
outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como
recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano.
Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é um bem cultural que
permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.
A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e reconstruída,
influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por
meio das ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador
146
precisa ser pesquisador, vivificando sua própria formação continuada, potencializando
meios para superação de desafios.
2. OBJETIVO GERAL
Contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de: observar e
analisar regularidades matemáticas; fazer generalizações e apropriar-se de linguagem
adequada para resolver problemas e situações ligadas a matemática e outras áreas do
conhecimento; visando a formação global do cidadão, mediante a compreensão do
ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das artes e dos valores
nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido.
3. CONTEÚDOS
3.1 Ensino Fundamental
6º ANO
Números, operações e álgebra
Sistema de Numeração.
Números Fracionários e Decimais.
Múltiplos e divisores.
Noções de potenciação e radiciação.
147
Grandezas e medidas
Sistema métrico decimal.
Sistema monetário.
Perímetro, área e volume.
Transformações de unidades: medidas de massa, capacidade, comprimento e
tempo.
Geometria
Geometria Plana e espacial.
Tratamento da Informação
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e gráficos.
Porcentagem.
7º ANO
Números e Álgebra
Números inteiros e racionais.
Comparação, ordenação e representação geométrica (reta numérica).
Noção de variável e incógnita, cálculos com valores numéricos.
Equação do 1o grau com uma incógnita.
Inequações do 1o grau com uma incógnita.
Razão e proporção.
Grandezas e Medidas
Ângulos.
Medidas de temperatura.
Geometria
Plana
148
Espacial
Não-euclidiana
Tratamento da Informação
Pesquisa Estatística
Média Aritmética
Moda e Mediana
Juros Simples
8º ANO
Números e Álgebra
Números racionais e irracionais
Sistema de equação do 1º grau
Potências
Monômios e polinômios
Produtos notáveis
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento
Medidas de área e volume
Medidas de ângulo
Geometria
Plana e espacial
Geometria analítica
Geometria não-euclidiana
Tratamento da Informação
149
Gráfico e informação
População e amostra
9º ANO
Números e Álgebra
Números reais
Propriedades radiciação
Equação do 2o grau.
Equações irracionais
Regra de três composta
Teorema de Pitágoras
Grandezas e Medidas
Relações métricas no triângulo retângulo
Geometria
Noções de geometria espacial, analítica, plana e não-euclidiana
Tratamento da Informação
Probabilidade e análise combinatória
Estatística
Juro composto
Função: noção intuitiva de função afim e quadrática
3.2 Ensino Médio
1º ANO
150
Números e Álgebra
Números reais
Teoria dos conjuntos
Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares
Funções
Função quadrática
Função afim
Função exponencial.
Função logarítmica
Função modular
Função polinomial
Composição e inversão de funções
Progressão aritmética e geométrica
Tratamento da Informação
Matemática financeira.
Grandezas e Medidas
Medidas vitoriais
Medidas de informática
Medidas de energia
2º ANO
Números e Álgebra
Matrizes.
Determinantes.
Sistemas lineares.
151
Tratamento da Informação
Análise combinatória.
Probabilidade.
Binômio de Newton.
Estatística
Funções
Funções trigonométricas.
Geometria plana e não-euclidiana
3º ANO
Geometria
Geometria plana.
Geometria espacial.
Geometria analítica.
Noções básicas de geometria não-euclidiana.
Números e Álgebra
Polinômios.
Números complexos
Tratamento da Informação
Noção de estatística.
Grandezas e Medidas
152
Medidas de área
Medidas de volume
4. METODOLOGIA
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de
processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a
capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando
confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a
formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da
harmonia, o desenvolvimento da criatividade, concentração e de outras capacidades
pessoais.
Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas e
estratégias para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim, como para a
atividade profissional, e nesse sentido, é importante que o aluno veja a Matemática como
um sistema de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de ideias e
permite modelar a realidade e interpretá-la.
Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba que as definições,
demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos tendo a função de construir
novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar
sentido às técnicas aplicadas.
Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos pelos alunos,
e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto à abstração, o
raciocínio a própria razão de se ensinar matemática, a resolução de problemas de
qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de fatos matemáticos, de
interpretação da própria realidade, e acima de tudo, fornecer-lhes os instrumentos que a
153
Matemática dispõe para que ele saiba aprender, pois saber aprender é condição básica
para prosseguir aperfeiçoando-se ao longo da vida.
Refletindo sobre a relação matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse
impacto exigirá do ensino da Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva
curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam
ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante
movimento.
Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e
aprendizagem estão sendo influenciados cada vez mais pelos recursos da informática, e
que as calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos estão cada vez mais
presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso desses recursos traz
significativas contribuições para que seja repensado o processo ensino-aprendizagem de
matemática, podendo ser usados pelo menos com as seguintes finalidades:
- Como fonte de informação;
- Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;
- Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que
possibilitem pensar, refletir e criar situações;
- Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o
uso de planilhas eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc.
Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso
útil para a verificação de resultados, correção de erros, favorece a busca da percepção de
regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de
situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,
mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.
154
O uso de diferentes recursos e materiais mostrará ao aluno uma nova face de uma
mesma ideia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige reflexão. A
utilização de revistas e jornais pode ser excelentes fontes de situações problemas através
de notícias, gráficos, tabelas, anúncios, comerciais e outros, que provocam
questionamentos contextualizados, pois representam material que possibilita a leitura da
realidade. Por outro lado, uma notícia pode ser motivo para busca de maiores e variados
conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade.
A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre diversos
temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento matemático e as demais
áreas do conhecimento, é que darão a tão importante significatividade aos conteúdos
estudados, pois o conhecimento matemático deve ser entendido como parte de um
processo global na formação do aluno, enquanto ser social. É importante que se
estabeleça uma interação aluno-realidade social que possibilite uma integração real da
matemática com o cotidiano e com as demais áreas do conhecimento
Cabe ainda ao professor de Matemática, ampliar os conhecimentos trazidos pelos
alunos e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto as da
abstração, do raciocínio, de resolução de problemas, de investigação, de análise e
compreensão de fatos matemáticos, de interpretação da própria realidade, e acima de
tudo, fornecer-lhe os instrumentos que a Matemática dispõe. Dentro desse contexto
propõe que se trabalhe através da realização de pesquisas bibliográficas, aulas
expositivas, trabalhos em grupo, listas de exercícios, aulas práticas para se comprovar
teorias e cálculos realizados em sala de aula, exercícios desafiadores, resolução de
problemas, uso de recursos didáticos como calculadora, livros, computador, TV-
multimídia, aula passeio e outros.
[...] por trás de cada modo de ensinar, esconde-se uma particular concepção de aprendizagem, de ensino, de Matemática e de Educação. O modo de ensinar sofre influência também dos valores e das finalidades que o professor atribui ao ensino da matemática, da forma como concebe a relação professor-aluno e, além disso, da visão que tem de mundo, de sociedade e de homem.
155
Dessa forma, o ensino da Matemática não pode ser visto como algo pronto e
acabado, mas como um conhecimento em constante construção e elaboração. Só assim,
acredita-se que o aluno possa desenvolver uma ação transformadora sobre si mesmo e
sobre a sociedade.
Serão contemplados, sempre que possível, dentro dos conteúdos disciplinares o
trabalho com as leis que contemplam a História e Cultura Afro- Brasileira (Lei nº
10.639/03),Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99),
Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência
contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente ( Lei n° 11.525/07),
Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n 1143/99 – Portaria n 413/02; História do
Paraná (Lei nº 13.181/01); Música (Lei n 11769/08); Condição e Direito dos Idosos e
Educação para o Trânsito (Resolução n 07/2010-CNE, Leis Federais n 10.741/2003 e
9503/97), Educação Alimentar e Nutricional (Lei nº 11947/09).
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é vista como um conjunto de procedimentos que permitem ao
professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as consequências pertinentes
sobre como prosseguir no ensino e na aprendizagem. Vista dessa forma, a avaliação é
considerada como um instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do
cotidiano na sala de aula e, permitindo ao professor a reorganização do processo de
ensino.
“Então, avaliar significa constatar e planejar ações que proporcionem situações de aprendizagem. Ao avaliar o professor deve retornar ao conteúdo em que o aluno apresenta maiores dificuldades, dessa forma, ele irá sanar as dificuldades do aluno acompanhando seu desenvolvimento, num processo de avaliação contínua.1”
1 DO VALLE, Profa MS Maria Cristina Carreira. Avaliação em Matemática. Pós Graduação Lato Sensu. Curso de
Ensino de Matemática.
156
Luckesi aponta que a avaliação é identificada com uma pedagogia
liberal/transformadora (avaliação diagnóstica). Nesse tipo, a ato de avaliar deve servir
como uma parada para refletir a prática e retornar a ela, transformando-a. Esse processo
de retroalimentação caracteriza uma avaliação dinâmica da prática pedagógica. Dessa
forma o processo de avaliação será contínuo, sendo utilizado vários instrumentos como: a
realização de trabalhos e atividades em grupo e individual, seminários, apresentação de
resolução de exercícios, trabalhos de pesquisa, testes e provas escritas, atividades
práticas de aplicação do conteúdo matemático contextualizadas na área de formação dos
alunos. Uma das mais importantes implicações da teoria do psicólogo J. Piaget é que a
aprendizagem mais eficiente ocorre quando o professor combina a complexidade da
matéria com o desenvolvimento cognitivo dos seus educandos, tendo em mente que nem
todos os alunos da turma estão no mesmo ponto de seu desenvolvimento intelectual.
Dessa forma a avaliação visa a formação, desenvolvimento do raciocínio e apropriação
dos conteúdos trabalhados, no decorrer de cada bimestre. O processo de avaliação será
contínuo, processual, diagnostica e formativa, sendo utilizados vários instrumentos como
trabalhos individuais e em grupos, seminário, pesquisas, provas e testes escritos,
atividades em sala entre outros.
Neste sentido, visando à formação e apropriação dos conteúdos trabalhados, a
seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de
avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos
e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de
expressar seu conhecimento.
Assim, a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica
simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do
aluno, por isso é importante investir em todas as estratégias e recursos possíveis para
que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
157
possibilidade de aprendizagem. Nesse contexto, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo.
O período de avaliação será trimestral, sendo os valores entre 0,0(zero) e 10,0
divididos em ao menos três momentos de avaliação, com a utilização de diversificados
instrumentos e métodos de avaliação. A recuperação de conteúdos dar-se-á de modo
paralelo de acordo com a necessidade diagnosticada durante o processo avaliativo. A
recuperação de rendimento deverá ser de 100%, se possível fracionada em ao menos
duas oportunidades.
6. REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba, 2008. LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em: http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_ profissional_em_Educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em 23mar. 2006. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. Ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO, N.J. Interdisciplinaridade e Matemática.Revista Quadrimental da Faculdade de Educação – UNICAMP – proposições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993. MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p. 13-44. MIGUEL, A. MIORIM, M. A. historia na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas, 1995. 218f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.
158
Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1993. PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e conseqüências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993. POLYA,George. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciências. 1986 PONTE, J. P. et al. Didáctica da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997. RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos. (2004) RIBNIKOV, K História de lãs matemáticas. Moscou: Mir, 1987. SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK S. REYS, R. E. A resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997. SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (org). Euclides Roxo e a modernização do ensino de Matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p. 11-45. TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade do conhecimento. São Paulo: Ética, 2002. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
159
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
160
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Disciplina: Educação
Física
Séries: 6ª à 9ª Ensino Fundamental
1. APRESENTAÇÃO
O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades apontando para as necessidades essenciais da formação de cidadãos.
Vivemos um momento em que a competição e a qualificação do ser estão interligadas aos
avanços tecnológicos e as constantes modificações pelas quais passa a humanidade
neste momento histórico.
Então, se faz necessário que a disciplina de Educação Física seja compreendida
no contexto, não como uma área de conhecimento que se traduz de forma isolada, solta
no meio escolar, mas sim como parte integrante de uma totalidade, fazendo parte de um
conjunto de disciplinas que interagem estabelecendo relações com o social, com a cultura
dos povos.
Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma a
contemplar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a
inovar, criar movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a este
novo mundo, que exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos
vividos.
Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos
conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de
construção do conhecimento, a partir da reelaboração de ideias e práticas que
161
intensificam a compreensão do aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta
relação para a vida e influência na comunidade.
2. OBJETIVO
Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania,
no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, portanto
imprescindível trabalhar, através de conhecimentos práticos e teóricos, os “Desafios
Contemporâneos”.
Estimular todas as formas de linguagens corporais, valorizando hábitos saudáveis
como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de convívio.
Oportunizar atividades de reconhecimento de corpo, suas limitações e
potencializações, o respeito às várias formas e manifestações culturais e de estímulo a
uma convivência coletiva e digna na produção de movimentos corporais que são criados a
partir de sua necessidade e criatividade no contexto histórico e social.
3. METODOLOGIA
No decorrer dos períodos históricos, a Educação Física passou por influências de
várias correntes de pensamento e por muitas transformações que desencadearam
mudanças de comportamento e atitudes no fazer pedagógico e na aprendizagem do
educando.
Portanto, se faz necessária a compreensão da Educação Física como disciplina de
integração, área de conhecimento, a qual integra o aluno às práticas corporais, e forma
um cidadão capaz de entender o meio, interpretar as ações sociais e políticas e
reescrever através de seus movimentos as novas linguagens e concepções a serem
apresentadas para o mundo na atualidade. Este ser crítico precisa saber utilizar o seu
corpo como instrumento de comunicação, expressão de sentimentos e emoções, de lazer,
de trabalho, e também para a melhoria da saúde. É fundamental oportunizar o
162
desenvolvimento de suas potencialidades individuais e no coletivo para crescimento do
ser em sua totalidade no meio escolar e na comunidade em que vive.
Os conteúdos serão abordados segundo o principio da complexidade crescente, e
um mesmo conteúdo poderá ser discutido tanto no sexto ano como no nono ano mudando
apenas o grau de complexidade. Os conteúdos serão tratados de modo simultâneo para
constituírem referências e ampliarem a capacidade de reflexão e interpretação dos
mesmos. Serão utilizadas durante as abordagens as seguintes estratégias:
Recursos Metodológicos:
o Trabalhos em grupo e individual;
o Apresentação de trabalhos escritos e práticos;
o Campeonatos;
o Gincanas;
o Aulas teóricas, práticas e expositivas;
o Observação individual para verificação de possíveis necessidades e
progressos;
o Apresentação de vídeos e transparências;
o Pesquisa e diálogo com as outras áreas do conhecimento;
o Aulas práticas com exercícios específicos, de acordo com a
modalidade esportiva.
Recursos Didáticos
o Revistas, Livros, Artigos;
o Cordas, arcos, bolas de borracha, bastões, traves, colchonetes;
o Material esportivo e alternativo;
o Sala de aula e de vídeo: TV pendrive e TV Paulo Freire
o Quadra Esportiva;
163
o Espaço ao ar livre;
o Aparelho de som, Cd´s.
3.1 Desafios Educacionais Contemporâneos
Os chamados “Desafios Educacionais Contemporâneos” devem passar pelo
currículo como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte
da intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê-
los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas determinações que
produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência e Prevenção ao uso
Indevido de Drogas, discussões acerca de Gênero e Diversidade Sexual e Saúde na
Escola.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos
sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados
de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,
práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.
3.2 Conteúdos Trabalhados Paralelamente Com Os Conteúdos Básicos E
Específicos.
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a
aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações
visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas. Com esse
propósito, será abordado a história e cultura afro-brasileira e indígena ( Lei n.o
11.645/2008), respeitando a Diversidade existente dentro de nosso ambiente escolar,
assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, mas isto não significa
164
um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as diferenças individuais,
priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de todos,
independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades. Destacamos aqui as
populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares, trabalhadores rurais
temporários, quilombolas, acampados, assentados, ribeirinhos, ilhéus, negras e negros,
povos indígenas, jovens, adultos e idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays,
travestis e transexuais. Bem como, assumiu a continuidade das discussões etnicorraciais.
Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial atitudes
coletivas, as quais devem ser constantes, pois é de grande significado para todos os
profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos e
educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso
escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos
preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no
processo educacional.
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das Relações
Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de ensino
assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o desenvolvimento de
uma sociedade democrática, pluri étnica e multicultural.
Entretanto, além, da história da cultura afro, a qual contribuiu para a disciplina de
Educação com conteúdos importantes como lutas e também jogos e brincadeiras, será
exposto outras temáticas em paralelo com conteúdos específicos e estruturante, tais
como:
Educação Ambiental (Lei Federal n.° 9795/99 – Decreto n.° 4281/02),
abordando esportes praticados na natureza, e a importância de se preservar
riquezas naturais;
Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal n.°11525/07), buscando a
interatividade com regras dos mais variados jogos e esportes, afim de, cultivar
limites através de regras e compromissos;
165
Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.° 1143/99 – Portaria n.°
413/02), visando a conscientização para o cultivo dos bens materiais
adquiridos que fazem parte do patrimônio da escola;
Estatuto do Idoso(Lei 10741/03), alavancando a importância de se manter
valores, e buscar a conscientização que através de atividades e exercícios
físicos teremos maiores expectativas para a longevidade de vida.
Educação para o Trânsito(Lei 9503/97-Código de Trânsito Brasileiro),
identificar leis básicas de cumprir regras, e também, relacionar as práticas de
atividades físicas e esportes de rua, tais como: corridas, skate, bicicleta, etc;
Educação Alimentar e Nutricional e Educação em Direitos humanos – Lei nº
11.947 de 16/06/2009, Resolução nº 01/2012, abordando a necessidade de se
ter uma alimentação adequada, afim de, preservar os hábitos saudáveis, e
principalmente construir novos hábitos;
Outros temas também serão contemplados, tais como: Prevenção ao uso indevido
de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente.
4. CONTEÚDOS
Esportes
Origens dos diferentes esportes e sua mudança na história;
O esporte como fenômeno de massa;
Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
O sentido da competição esportiva;
Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
Elementos básicos constitutivos dos esportes;
Práticas esportivas;
Esporte e saúde.
166
Ginástica:
Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
Diferentes tipos de ginásticas;
Práticas ginásticas;
Cultura da rua, cultura do circo.
Jogos, brincadeiras e brinquedos:
A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;
Diferentes manifestações e tipos de jogos;
Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
Diferenças entre jogos e esportes.
Dança:
A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
Diferentes tipos de danças;
Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
Expressão corporal com e sem materiais.
Cultura afro-brasileira.
Lutas
Origem e histórico das lutas;
Mudanças no decorrer da história;
Atividades que utilizem materiais alternativos;
Jogos de oposição;
Musicalização;
Ginga, esquiva e golpes;
Rolamento e queda;
Lutas/Artes marciais;
167
Roda de capoeira;
Projeção e imobilização;
Apropriação da luta pela indústria cultural.
7. AVALIAÇÃO
A avaliação deve mostrar-se útil para professores, alunos e escola, contribuindo
para o autoconhecimento e para a verificação das etapas vencidas, considerando os
conteúdos selecionados para o período, oportunizando um novo olhar e um novo
planejamento dos objetivos traçados previamente.
A avaliação pode e deve oferecer ao professor e aos alunos elementos para uma
reflexão continua do ensino e da aprendizagem, auxiliando na compreensão dos aspectos
que devem ser requisitados, na tomada de consciência das conquistas, dificuldades e
possibilidades desenvolvidas pelos alunos.
A participação dos alunos na avaliação implica cumplicidade com as decisões a
serem tomadas professor – aluno, cada um assumindo sua responsabilidade no processo
ensino-aprendizagem.
Cabe ao professor informar aos alunos seus avanços e suas dificuldades, pois a
avaliação é um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde ambos poderão
organizar e reorganizar as mudanças e necessidades para atingirem a aprendizagem.
A avaliação poderá ocorrer por meio da observação das situações de vivencia,
através de pesquisas, relatórios, apresentações, avaliações escritas e auto-avaliação,
levando em consideração a diversidade das mesmas, oportunizando atender a todos os
alunos. A recuperação dar-se-á pela retomada dos conteúdos trabalhados, seguida de
uma nova avaliação, levando-se em conta a maior nota do aluno.
Avaliação diagnóstica, contínua e progressiva, através de provas teóricas,
168
práticas e trabalhos individuais e em grupos;
Integração; Comprometimento; Cooperação; Criatividade; Companheirismo;
Iniciativa e Organização através de atividades aplicadas no dia a dia da
Escola envolvendo saúde, esporte, ginástica, danças e brincadeiras.
Enfrentamento de situações problemáticas do dia a dia
Após cada avaliação, far-se-á uma retomada dos conteúdos não
apropriados pelos alunos, sendo que a recuperação de nota será aplicada
ao final de cada mês.
8. REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In:
Caderno Cede, ano XIX, n. 48, Agosto/99.
BREGOLLATO, Roseli. Cultura Corporal da Dança, Vol. 1, Ginástica, Vol. 2, Esporte,
Vol.3. Ed. Ícone: São Paulo, 2003.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo.
Cortez, 1992.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista
Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da Educação
Física, São Paulo: Scipione, 1992;
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.
169
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de Educação Física. Curitiba:
SEED/DEM, 2006.
TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação
física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun./jul. 1998.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação física: raízes européias e Brasil. 2 ed. Campinas:
Autores Associados, 2001.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo:
Cortez/Autores Associados, 1999.
170
Disciplina: Educação Física
Séries: 1º ao 3º
Ensino Médio
1. APRESENTAÇÃO
Para retratar a dimensão histórica da educação física, devemos relembrar os fatos
ocorridos a partir do século XIX. Com a Proclamação da república onde se discutiu as
políticas educacionais praticadas pelo antigo regime. Rui Barbosa, deputado geral do
Império, em 1882, afirmou sobre a importância da ginástica para a formação do cidadão.A
partir de então, a Educação Física tornou-se obrigatória nos currículos escolares. A
Educação Física foi fortemente influenciada pela instituição militar e pela medicina,
emergentes do século XVII e XIX. Por não existir um plano nacional de educação física, a
prática nas escolas se dava pelo método Francês de Ginástica, tornado obrigatório em
1931. A Educação Física se consolidou a partir da Constituição de 1937, seguindo os
princípios higienistas para um corpo forte e saudável.
Com a promulgação da Lei Orgânica secundária, em 1942, foi ampliada a
obrigatoriedade da educação Física até os 21 anos, objetivando formar mão de obra
fisicamente adestrada e capacitada para o mercado de trabalho, continuando ter caráter
obrigatório com a promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7o e, pelo decreto
69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica. Em meados dos anos 80, foram
delimitadas algumas correntes ou tendências da Educação Física:
Desenvolvimentista: defende a idéia de que o movimento é o principal meio e
fim da Educação física.
Construtivista: influenciada pela psicomotricidade com vistas à formação
integral, incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano.
171
Crítico Superadora: Baseia se na pedagogia histórica crítica, onde o objeto da
Educação Física é a Cultura Corporal, concretizando se através do esporte,
ginástica jogos, lutas e a dança.
Crítico Emancipadora: O movimentar-se humano é entendido como uma forma
de comunicação com o mundo.
Na década de 90 o Estado do Paraná elaborou o Currículo básico, onde a
Educação Física está embasada na Pedagogia histórico-crítica, formando o aluno em
todas as suas dimensões. No mesmo período, foi elaborado o documento de
reestruturação da Proposta curricular do Ensino de Segundo grau para a disciplina de
Educação Física, destacando a importância da dimensão social da educação física,
possibilitando o entendimento em relação ao movimento humano como expressão da
identidade corporal, apontando a produção histórica e cultural dos povos, através da
ginástica, dança, desportos, jogos, bem como, as atividades relacionadas às
características regionais.
Os conteúdos da Educação Física estiveram muito tempo vinculado à visão de
mundo do modo capitalista. Dar um novo significado as aulas é um exercício necessário
que requer a superação da dimensão meramente motriz por uma dimensão histórica,
cultural, social, rompendo com a ideia de que o copo se restringe somente ao biológico,
ao mensurável. Desse modo, priorizasse a apropriação do conhecimento sistematizado,
reelaborando ideias e práticas que, por meio de ações pedagógicas intensifiquem a
compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produzidos pela humanidade e
suas implicações para a vida.
Nessa direção, o objetivo das práticas corporais deve ser modificado das relações
sociais, fundamentando os conteúdos (Esportes, danças, jogos, lutas e ginásica) com o
propósito e compromisso firmado em uma Educação Física Transformadora. A Educação
Física em um contexto mais amplo significa um entendimento de que esta área do
conhecimento é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se
172
estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos
povos; O ensino da Educação Física é mais que jogar, é também, combater o preconceito
racial e ou étnica, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros. É através desta
disciplina que podemos buscar e intensificar o diálogo com a comunidade, como
manifestação de caráter étnico, buscando a valorização individual de cada educando e
promovendo o respeito por cada ser humano.
Busca-se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola
pública, visto que a superação é entendida como ir além, não como negação do que
precedeu, mas considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e/ou
transformação daquelas formas. Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o
acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas
corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se a
escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a
Educação Física se insere nesta Proposta Pedagógica Curricular do Ensino Médio por
Blocos ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras
manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na
busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e
reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico,
político, social e cultural.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
Permitir uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,
filosófica e política das praticas corporais, através da sua constituição interdisciplinar,
transcendendo o senso comum e desmistificando formas arraigadas e equivocadas em
173
relação as diversas práticas e manifestações corporais, priorizando se o conhecimento
sistematizado como oportunidade para reelaboração de ideias e práticas que ampliem a
compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações
para a vida.
Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania,
no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando
atitudes de respeito, solidariedade e cooperação.
Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando
hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de
convívio.
2.2 Objetivos Específicos
Entender os princípios fundamentais do jogo, suas diferenças em relação ao
esporte, sendo capaz de propor novas regras e situações, criando assim novas
formas de jogos e de jogar. Conhecer e vivenciar os esportes mais praticados pela
população, bem como seu histórico, regras e fundamentos;
Perceber e praticar as diversas formas de ginástica, sua importância para a
qualidade de vida das pessoas;
Entender a importância da dança enquanto elemento formador da cultura de cada
sociedade, participando e respeitando as diferenças de ritmos.
Oportunizar aos alunos experiências e vivências ante aos conteúdos, levando em
consideração suas histórias, evolução e contemporaneidade; desta forma permitir
no decorrer do processo de ensino aprendizagem uma visão histórico crítica;
Aceitação da disputa como um elemento da competição e não como uma atitude
de rivalidade frente aos demais;
Conhecer técnicas, táticas e regras dos Variados tipos de Jogos;
Valorização do próprio desempenho em situações competitivas desvinculadas do
174
resultado;
Valorização da cultura corporal de movimento como possibilidade de obter
satisfação e prazer;
Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas
e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;
Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando suas potencialidades, adotando
hábitos saudáveis como um dos aspectos de qualidade de vida;
Percepção de ritmo pessoal;
Busca de uma melhor qualidade de vida;
Desenvolver habilidades da técnica do esporte individual e coletivo, executando os
principais fundamentos;
Desenvolver habilidades corporais e participar de atividades corporais como as
ginásticas e danças.
Difundir, orientar e aplicar os conhecimentos pré-adquiridos de atividade física e
seus benefícios para a comunidade geral, em locais públicos e/ou escolar
(professores e funcionários) através de palestras, demonstrações, panfletos e/ou
acompanhamento;
Entender a construção dos aspectos subjetivos de valorização ou não do corpo sob
uma perspectiva crítica;
Conhecer os aspectos nutricionais relacionados às práticas corporais;
Conhecer os aspectos anatomofisiológicos da prática corporal;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESPORTE
Coletivos
Futebol;voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei beisebol adaptado;
175
GINÁSTICA
Individuais Radicais Ginástica Artística / Olímpica Ginástica Rítmica Ginástica de Condicionamento físico Ginástica Circence Ginástica Geral
atletismo; natação; tênis de mesa;tênis de campo;badminton; hipismo. skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf. argolas;paralelas assimétricas. Bola, Fita ginástica localizada; step; core board; Ginástica de pular corda; pilates. malabares; tecido; trapézio; acrobacias Ginástica trampolim. jogos gímnicos; movimentos gímnicos Ginástica geral (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
176
DANÇA JOGOS E BRINCADEIRAS
Danças folclóricas Danças de salão Danças de Rua Danças criativas Jogos e brincadeiras Populares e Cantigas de Roda
fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbó valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango. break; funk; house; locking, popping; raggae. elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; rabiola; relha; corrida de sacos; pau ensebado; cântaro; 5 marias; pião; jogo dos
177
LUTAS
Brin e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos Dramáticos Jogos Cooperativos Lutas de aproximação
paus; queimada; policia e ladrão. gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira. dama; trilha; resta um; xadrez. improvisação; imitação; mímica. futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço. judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô. karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
178
Lutas que mantêm a distância Lutas com instrumento mediador Capoeira
Esgrima; kendô. angola; regional.
Durante o trabalho com os conteúdos estruturantes deverão ser levantados e
articulados no processo ensino/aprendizagem os seguintes elementos que integram e
interligam as práticas corporais para um maior aprofundamento e diálogo entre as
mesmas:
Aspectos subjetivos de valorização ou não do corpo sob uma perspectiva crítica da
construção hegemônica do referencial de beleza;
Aspectos Nutricionais durante as práticas corporais;
Aspectos anatomofisiológicos da prática corporal;
Lesões e primeiros socorros
Doping;
Condicionantes históricos, sociais e culturais da técnica e da tática esportiva;
O lazer e suas diferentes formas em distintos grupos sociais;
A revisão de conceitos, de desenvolvimento de idéias de respeito às diferenças e
de valorização humana, para que seja levado em conta o outro, o exótico, o
distante.
179
O respeito à diversidade etnicorracial, de gênero e de pessoas com deficiência; A
mídia como elemento fundamental da manutenção da lógica mercantilista.
3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos serão abordados segundo o principio da complexidade crescente e
um mesmo, contudo poderá ser discutido tanto na primeira série como na terceira série
mudando apenas o grau de complexidade. Os conteúdos serão tratados de modo
simultâneo para constituírem referências e ampliarem a capacidade de reflexão e
interpretação dos mesmos. Serão utilizadas durante as abordagens as seguintes
estratégias:
Prática Social problematização instrumentalização catarse retorno à pratica social
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
3.1 Esporte:
Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida.
Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de
tabelas, de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples,
dupla, entre outros).
Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.
Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico
sobre o fenômeno Esporte.
Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos enquanto meio de
Lazer, sua função social, sua relação com a mídia, relação com a ciência.
Doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.
180
nutrição e saúde e prática esportiva.
3.2 Jogos e brincadeiras:
Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
Organização de eventos.
Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e
tempos de lazer.
Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
3.3 Dança:
Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a
diversidade de culturas.
Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus
diferenciados ritmos.
Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão
corporal.
Estimular a interpretação e criação coreográfica.
Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
Organização de Festival de Dança.
3.4 Ginástica:
Analisar a função social da ginástica.
Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.
Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).
Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.
181
Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da
ginástica com: tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e
força; tipos de força; fontes energéticas, frequência cardíaca, fonte metabólica,
gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT,
compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da Ginástica pela Indústria
Cultural entre outros.
Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como
a sistematização e planejamento de treinos.
Organização de festival de ginástica.
3.5 Lutas:
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes
artes marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela Indústria
Cultural, entre outros.
Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais.
Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira
enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de
instrumentos, movimentação, roda etc.
3.6 Recursos Metodológicos:
Trabalhos em grupo e individual;
◦ Aulas expositivas, teóricas e práticas;
Vídeos educativos com a utilização da TV pendrive e data show;
Apresentação de trabalhos escritos e práticos;
Pesquisas;
Campeonatos;
182
Gincanas;
3.7 Desafios Educacionais Contemporâneos
Os chamados “Desafios Educacionais Contemporâneos” devem passar pelo
currículo como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte
da intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê-
los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas determinações que
produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência e Prevenção ao uso
Indevido de Drogas, discussões acerca de Gênero e Diversidade Sexual e Saúde na
Escola.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos
sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados
de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências,
práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.
3.8 Conteúdos Trabalhados Paralelamente Com Os Conteúdos Básicos E
Específicos.
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a
aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações
visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas. Com esse
propósito, será abordado a história e cultura afro-brasileira e indígena ( Lei n.o
11.645/2008), respeitando a Diversidade existente dentro de nosso ambiente escolar,
assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, mas isto não significa
um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as diferenças individuais,
183
priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de todos,
independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades. Destacamos aqui as
populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares, trabalhadores rurais
temporários, quilombolas, acampados, assentados, ribeirinhos, ilhéus, negras e negros,
povos indígenas, jovens, adultos e idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays,
travestis e transexuais. Bem como, assumiu a continuidade das discussões etnicorraciais.
Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial atitudes
coletivas, as quais devem ser constantes, pois é de grande significado para todos os
profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos e
educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso
escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos
preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no
processo educacional.
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das Relações
Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de ensino
assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o desenvolvimento de
uma sociedade democrática, pluri étnica e multicultural.
Entretanto, além, da história da cultura afro, a qual contribuiu para a disciplina de
Educação com conteúdos importantes como lutas e também jogos e brincadeiras, será
exposto outras temáticas em paralelo com conteúdos específicos e estruturante, tais
como:
Educação Ambiental (Lei Federal n.° 9795/99 – Decreto n.° 4281/02),
abordando esportes praticados na natureza, e a importância de se preservar
riquezas naturais;
Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal n.°11525/07), buscando a
interatividade com regras dos mais variados jogos e esportes, afim de, cultivar
limites através de regras e compromissos;
184
Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.° 1143/99 – Portaria n.°
413/02), visando a conscientização para o cultivo dos bens materiais
adquiridos que fazem parte do patrimônio da escola;
Estatuto do Idoso(Lei 10741/03), alavancando a importância de se manter
valores, e buscar a conscientização que através de atividades e exercícios
físicos teremos maiores expectativas para a longevidade de vida.
Educação para o Trânsito(Lei 9503/97-Código de Trânsito Brasileiro),
identificar leis básicas de cumprir regras, e também, relacionar as práticas de
atividades físicas e esportes de rua, tais como: corridas, skate, bicicleta, etc;
Educação Alimentar e Nutricional e Educação em Direitos humanos – Lei nº
11.947 de 16/06/2009, Resolução nº 01/2012, abordando a necessidade de se
ter uma alimentação adequada, afim de, preservar os hábitos saudáveis, e
principalmente construir novos hábitos;
Outros temas também serão contemplados, tais como: Prevenção ao uso indevido
de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente.
4. AVALIAÇÃO: A avaliação estará vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola ou seja será
um processo contínuo, permanente e cumulativo sustentado nas diversas práticas
corporais da ginástica, esporte, jogos, dança e lutas.
Ao final de cada conteúdo o/a estudante a partir de sua capacidade de reflexão e
interpretação conseguirá:
4.1 Esporte:
Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de
tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.
Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de
185
rendimento e a relação entre esporte e lazer.
Compreender a função social do esporte.
Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.
Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e
questões relacionadas a nutrição.
4.2 Jogos:
Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
Organização de eventos.
Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e
tempos de lazer.
Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas
de superação.
Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e
considerem individualidades.
4.3 Dança:
Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus
diferenciados ritmos.
Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão
corporal.
Estimular a interpretação e criação coreográfica.
Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
Organização de Festival de Dança.
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,
186
entre outros Reconhecerem e aprofundar as diferentes formas de ritmos e
expressões culturais, por meio da dança.
Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.
Criação e apresentação de coreografias
4.4 Ginástica:
Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações
coreográficas ou sequência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.
Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que
envolvem a ginástica.
Compreender a função social da ginástica.
Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.
Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
4.5 Luta:
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes
artes marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela Indústria
Cultural, entre outros.
Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais.
Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira
enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de
instrumentos, movimentação, roda etc.
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
manifestações das lutas.
Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação
187
das lutas pela indústria cultural.
Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da
mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos
básicos.
Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros.
Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os
diferentes tipos de golpes.
3.6 Instrumentos Metodológicos:
Participação nas atividades;
Trabalhos individuais de pesquisas e tarefas;
Teste escrito;
Trabalhos e apresentações em grupo;
Dinâmicas em grupo,
Seminários; debates; júri-simulado;
(re)criação de jogos;
Pesquisa em grupos,
3.7 Critérios de Avaliação:
Avaliação diagnóstica, contínua e progressiva;
Integração;
Comprometimento;
Cooperação;
Criatividade;
Companheirismo;
Iniciativa;
188
Organização;
Enfrentamento de situações problemáticas
3.8 Recuperação: Se ao final de um período de aprendizagem, os níveis de aproveitamento dos/as
estudantes obtidos com a avaliação somativa não alcançarem resultados satisfatórios,
haverá a retomada total ou parcial de conteúdos e atividades com a finalidade de
estimular o progresso dos mesmos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BREGOLLATO, Roseli. Cultura Corporal da Dança, Vol. 1, Ginástica, Vol. 2, Esporte, Vol.3. Ed. Ícone: São Paulo, 2003. CASTELLANI FILHO, Lino. A Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2 ed. Campinas: Papirus, 1991; COLETIVO DE AUTORES: Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992; FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2003; FREIRE, João Batista. Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física, São Paulo: Scipione, 1992; LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1978. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995. NANNI, Dionízia. Dança Educação: Pré-escola à Universidade. Rio de Janeiro: Sprint. 1988.
189
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LEM
190
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de
interagir criticamente com o mundo e o ensino da língua inglesa deve contribuir para esse
fim.
O ensino da língua inglesa, que possui como objeto de estudo a língua em
questão, deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar-se na educação
para que o aluno reflita e transforme a realidade que o cerca e seus processos sociais,
políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que a mesma é inacabada e
está em constante transformação. É preciso trabalhar a língua como prática social
significativa: oral e/ou escrita.
O trabalho com essa disciplina deve possibilitar ao aluno acesso a novas
informações, a ver e entender o mundo construindo significados, permitindo que alunos e
professores construam significados além daqueles que são possíveis na língua materna.
Sendo assim, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da
consciência da própria identidade, pois o aluno percebe-se também como sujeito dessa
identidade, como um cidadão histórico e social. Língua e cultura constituem os pilares da
identidade do sujeito e da comunidade como formação social.
Os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da
disciplina e podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo
estruturado de conhecimento constituído e acumulados historicamente. O discurso como
prática social, constituirá o conteúdo estruturante entendido como pratica social sob seus
vários gêneros
Faz-se necessário que o professor leve em consideração a experiência no trabalho
com a linguagem que o aluno já possui e a interação com uma nova discursividade,
integrando assim elementos indispensáveis da prática como: conhecimentos linguísticos,
discursivos culturais, e sócio-pragmáticos.
191
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se
lhe apresenta.
Os discursivos são diferentes gêneros que constituem a variada gama de práticas
sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acreditam, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos sociais e verbais que envolvem o
discurso em contexto sócio-histórico particular.
Além disso uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeira na qual as práticas
de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam numa prática sócio-cultural,
contribuindo assim na formação de alunos críticos e transformadores de sua realidade.
2. OBJETIVO GERAL
O contexto escolar deve proporcionar ao aluno a chance de fazer uso da língua
que está aprendendo em situações significativas, relevantes e não como mera prática de
formas linguísticas descontextualizadas. Neste sentido, ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de construir conceitos, formando subjetividades independentes do
grau de proficiência atingidas, bem como objetiva-se que os alunos possam analisar as
questões da nova ordem global, suas implicações que desenvolvam a consciência crítica,
inseridos através dos Temas Socioeducacionais.
O presente estudo deve também possibilitar aos alunos que utilizem uma língua
estrangeira em situações de comunicação e também inseri-los na sociedade como
participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se
relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.
3. CONTEÚDOS:
192
3.1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O Discurso como Prática Social.
3.2. CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
6ºano:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para fotos, letras de música, exemplos de homepage,
cartas, textos informativos, pinturas, convites, fábulas, tiras, biografias e narrativa
fantástica. Além disso, caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
• Identificação do tema ;
• Intencionalidade;
• Intertextualidade;
• Léxico;
• Informatividade;
• Elementos semânticos;
• Léxico;
• Ortografia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
193
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero; l
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto,
pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ano:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para relatos de experiências vividas, bilhetes, manual
de instruções, músicas, convites, tiras, pesquisas, fotos, sinopse de livros, cartazes,
194
pinturas, mapas. Além disso, caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas
diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
195
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
8º ano:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para mapas, cartas, textos informativos, artigos,
rótulos, gravuras, fotos, instruções de jogos, agendas, folder, músicas, verbetes de
enciclopédias, pinturas. Além disso caberá ao professor fazer a seleção de outros
gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado
a cada uma das séries.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
196
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
-operadores argumentativos;
-ambiguidade;
-sentido conotativo e denotativo das palavras do texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto;
-léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, artigo, pronome, substantivo, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
197
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ano:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para folders, biografias, resenhas, cartão
postal ,anúncio, fotos, pinturas, tiras, textos informativos, músicas, mapas, placas, bilhete,
resenhas de filmes, cartun. Caberá ao professor fazer a seleção de outros gêneros, nas
diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
198
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Compreensão das
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de diferentes
gêneros;
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
199
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal, nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação,
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
200
ENSINO MÉDIO:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação. Dar-se-á preferência para folders, biografias, resenhas, carta ao leitor ,carta
pessoal, anúncio, fotos, pinturas, charges, publicidade comercial, textos informativos,
letras de músicas, texto argumentativo, artigos, regulamentos, placas, bilhete, resenhas
de filmes, leis, relato histórico, vídeo clip, poemas, texto dramático, fábulas, autobiografia,
narrativas. Caberá ao professor fazer a seleção de outros gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA
• Identificação do tema ;
• Intencionalidade;
• Finalidade do texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Marcadores dodiscurso;
• Elementos semânticos;
• Intertextualidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Recursos estilísticos;
• Variedades linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
201
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de diferentes
gêneros.
• Acentuação gráfica;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Condições de produção;
• Informatividade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos semânticos;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Léxico;
• Recursos estilísticos;
• Ortografia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação,
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
202
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
4. METODOLOGIA
Todas as atividades devem ser centradas no aluno integrando-o nas situações do
dia-a-dia e analisando as informações globais. Assim sendo, a leitura é vista como uma
atividade construtiva e criativa.
O texto apresenta-se como um espaço de temática fundamental para o
desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e agir críticos com a prática
cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores. Possibilita-se, desse
modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os fenômenos linguísticos e culturais
como realizações discursivas, as quais se revelam pela história dos sujeitos que fazem
parte desse processo, apresentando assim como um princípio gerador de unidades
temáticas e de desenvolvimento das práticas linguísticas discursivas. Portanto, é
fundamental que se apresente ao aluno textos de diferentes gêneros textuais, mas sem
categorizá-los, proporcionando ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita
variedade discursiva.
Os vários gêneros textuais poderão possibilitar a reflexão crítica sobre os Temas
Socioeducacionais ( Meio Ambiente ( Lei nº9795/99); Enfrentamento à Violência na
Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas e Educação Fiscal) . Para tanto, é
importante trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais, tarefa que se encaixa
perfeitamente nas atribuições da língua estrangeira, disciplina que favorece a utilização
de textos abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou
no mundo editorial: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc.,
interagindo com uma complexa mistura da língua escrita, visual e oral. Sendo assim, será
possível fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais,
escritos e ou visuais, integrando todas as práticas discursivas nesse processo. Além
203
disso, os temas abordados nos textos, poderão nortear o trabalho com a História e
Cultura Afro-brasileira (Lei nº10639/03), Cultura Indígena (Lei nº11645/08) e a Educação
Sexual, incluindo Gêneros e Diversidades Sexual.
Ao apresentar textos literários as atividades propostas devem colaborar para que o
aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade, em
um determinado contexto sócio-cultural particular.
O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando necessário, dos
procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira: o
trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida em que
permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Assim o
conhecimento formal da gramática deve estar subordinado ao conhecimento discursivo,
ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes de necessidades específicas dos
alunos a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com os textos.
A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma frase, a um parágrafo,
a um poema ou a uma carta, deve ser uma atividade menos artificial possível: buscar
leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja, os textos produzidos devem estar
direcionados a um público determinado.
Serão utilizados os materiais didáticos disponíveis na prática-pedagógica: livro
didático, paradidáticos, dicionários, vídeos, DVDs, CDs, TV Pendrive, internet, sob a ótica
da realidade dessa instituição e das propostas das Diretrizes Curriculares.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem da língua inglesa está intrinsecamente atrelada à
concepção de língua e aos objetivos para o ensino dessa disciplina defendidos nas
Diretrizes Curriculares. Assim, o caráter educacional da avaliação sobrepõe-se ao seu
caráter eventualmente punitivo e de controle, constituindo num instrumento facilitador na
busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas no conteúdo
204
desenvolvido, mas aqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos
específicos explicitados nas diretrizes sejam alcançados. Portanto, a avaliação da
aprendizagem precisa superar a concepção de mero instrumento de medição de
apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva
subsidiar discussões, a cerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de
suas produções, no processo de ensino e aprendizagem.
O aluno envolvido no processo de avaliação também é construtor do
conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações com: o
fornecimento de um retorno sobre seu desempenho do “erro” como parte integrante da
aprendizagem. Assim tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso
desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas. Contudo é
importante considerar na prática pedagógica, avaliações de outras naturezas:
diagnóstica e formativa, desde que essas se articulam com os objetivos específicos e
conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos metodológicos, respeitando as
diferenças individuais e metodológicas.
Constitui parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tendo como
princípio básico o respeito à diversidade de características, de necessidades e de ritmos
de aprendizagem de cada aluno. Sendo a recuperação contínua e paralela, deve ser
realizada ao longo do ano, a cada conteúdo trabalhado, no momento em que são
constatadas as dificuldades, fazendo assim as intervenções necessárias. Os instrumentos
avaliativos serão diversificados, de acordo com o perfil de cada turma, sendo que o valor
agregado é previsto no Regimento Escolar. Poderão ser usados como instrumentos
avaliativos: seminários, debates, trabalhos, discussões, provas, exercícios realizados em
sala de aula no caderno e todas produções relevantes realizadas pelos alunos e alunas,
oportunizando aos mesmos além de uma constante e diversificada revisão de conteúdos
a recuperação dos mesmos e no momento em que as dificuldades são constatadas.
Sendo assim, a recuperação será contínua, paralela e realizada ao longo do período
letivo.
205
5.1. CRITÉRIOS AVALIATIVOS
Após os conteúdos serem trabalhados espera-se que o aluno na:
Oralidade:
. Utilize o discurso de acordo com a situação de produção;
. Exponha seus argumentos;
. Apresente suas ideias com coerência;
. Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
. Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões ;
Leitura:
. Compreenda o texto;
. Identifique o conteúdo temático e a ideia principal;
. Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
. Perceba o veículo de circulação do gênero textual;
. Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
. Analise as intenções do locutor textual;
. Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
. Reconheça elementos coesivos do texto;
. Amplie seu léxico e a estrutura da línguas.
. Reflita sobre os elementos culturais presentes no texto.
Escrita:
. Expresse as ideias com clareza;
. Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor;
. Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
. Use elementos coesivos;
. Estabeleça coerência em sua informações;
. Utilize adequadamente os recursos linguísticos: pontuação, artigos, numeral
pronome, etc.;
206
. Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais, e normativos
atrelados aos gêneros trabalhados.
6. REFERÊNCIAS
AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino
médio. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado, 2008.
BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo:
Macmillan, 2001.
FARACO, C.A. (org.) Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo:
Parábola, 2001.
HELL, V. A idéia de cultura. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
WIDDOWSON, H.G. O ensino de línguas estrangeiras para a comunicação.
Campinas: Pontes, 1991.
XAVIER, Antonio C.; CORTEZ, Suzana (org.). Conversas com lingüistas: virtudes e
controvérsias da lingüística. São Paulo: Parábola, 2003.
207
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
208
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade
criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a
realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade,
expressa visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-
culturais.
No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a
linguagem.
No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase à associação da arte com o
conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina de Arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,
ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e
culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento,
apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas, concretizada através da
percepção, da análise, da criação/produção e contextualização histórica.
3. CONTEÚDOS
6º Ano
ELEMENTOS FORMAIS MÚSICA Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO MÚSICA Ritmo
209
Melodia Escalas: diatônica pentatônica Cromática Improvisação MOVIMENTOSE PERÍODOS MÚSICA lArte pré-histórica Indígena Africana ELEMENTOS FORMAIS ARTES VISUAIS Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO ARTES VISUAIS Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, Escultura, arquitetura Gêneros: cenas da mitologia... MOVIMENTOSE PERÍODOS ARTES VISUAIS Arte Africana Arte Indígena Arte Pré-Histórica ELEMENTOS FORMAIS TEATRO Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO TEATRO Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
210
MOVIMENTOSE PERÍODOS TEATRO Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento ELEMENTOS FORMAIS DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO DANÇA Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular MOVIMENTOSE PERÍODOS DANÇA Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica 7º Ano
ELEMENTOS FORMAIS MÚSICA Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO MÚSICA Ritmo
211
Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação MOVIMENTOSE PERÍODOS MÚSICA Greco-Romana Música popular e étnica (ocidental e oriental) ELEMENTOS FORMAIS ARTES VISUAIS Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO ARTES VISUAIS Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta... MOVIMENTOSE PERÍODOS ARTES VISUAIS Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco ELEMENTOS FORMAIS TEATRO Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO TEATRO Representação, Leitura dramática, Cenografia.
212
Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização. MOVIMENTOSE PERÍODOS TEATRO Comédia dell’arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano ELEMENTOS FORMAIS DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO DANÇA Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica MOVIMENTOSE PERÍODOS DANÇA Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena 8º Ano
ELEMENTOS FORMAIS MÚSICA Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO MÚSICA
213
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista MOVIMENTOSE PERÍODOS MÚSICA Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno ELEMENTOS FORMAIS ARTES VISUAIS Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO ARTES VISUAIS Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista... MOVIMENTOSE PERÍODOS ARTES VISUAIS Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea ELEMENTOS FORMAIS TEATRO Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO TEATRO Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
214
MOVIMENTOSE PERÍODOS TEATRO Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo ELEMENTOS FORMAIS DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO DANÇA Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo MOVIMENTOSE PERÍODOS DANÇA Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
9º Ano
ELEMENTOS FORMAIS MÚSICA Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO MÚSICA Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico. MOVIMENTOSE PERÍODOS MÚSICA
215
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea ELEMENTOS FORMAIS ARTES VISUAIS Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO ARTES VISUAIS Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano... MOVIMENTOSE PERÍODOS ARTES VISUAIS Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop ELEMENTOS FORMAIS TEATRO Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO TEATRO Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino MOVIMENTOSE PERÍODOS TEATRO Teatro Engajado Teatro do
216
Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas ELEMENTOS FORMAIS DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO DANÇA Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna MOVIMENTOSE PERÍODOS DANÇA Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
CONTEÚDOS REFERENCIAIS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO MÉDIO
Ensino Médio - ÁREA MÚSICA
Elementos formais, Ritmo, Melodia, Harmonia, Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação Música Popular Brasileira, Paranaense, Popular, Indústria Cultural, Engajada, Vanguarda, Ocidental, Oriental, Africana, Latino-Americano
Ensino Médio - ÁREA ARTES VISUAIS
Ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz
217
Bidimensional, Tridimensional, Figurativo, Abstrato, Perspectiva, Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e Esculturas... Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda, Indústria Cultural, Arte Engajada Arte Contemporânea, Arte Digital, Arte Latino-Americana
Ensino Médio - ÁREA TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação, Espaço, Roteiro, Encenação, leitura dramática Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia, Representação nas mídias, Caracterização, Cenografia, sonoplastia, Figurino, iluminação, Direção, Produção Teatro Greco-Romano, Teatro Medieval, Teatro Brasileiro, Teatro Paranaense, Teatro Popular, Indústria Cultural, Teatro Engajado, Teatro Dialético Teatro Essencial, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda, Teatro Renascentista, Teatro Latino-Americano, Teatro Realista, Teatro Simbolista.
Ensino Médio - ÁREA DANÇA Movimento Corporal, Tempo, Espaço, Eixo, Dinâmica, Aceleração, Ponto de Apoio, Salto e Queda, Rotação, Níveis, Formação, Deslocamento Improvisação, Coreografia Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea... Pré-história, Greco-Romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica, Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Expressionismo, Indústria Cultural Dança Moderna, Arte Engajada, Vanguardas, Dança Contemporânea.
4. METODOLOGIA
A prática pedagógica em Artes contemplará as Artes visuais, a dança, a música
e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e a
sociedade.
218
Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o valor
educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa conhecer
produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio artístico
cultural presente na comunidade e região.
Lembramos que o reconhecimento da pluralidade cultural é essencial, portanto
abordaremos os temas propostos pelas leis 10.369/05 – História e Cultura Afro-brasileira
e Africana, 11.645/08 – Cultura Indígena, 13.381/01 – História do Paraná e 9.795/99 –
Meio-Ambiente, levando em consideração a necessidade da comunidade.
Os desafios educacionais contemporâneos serão trabalhados concomitantemente
com os conteúdos programados e as datas previstas em calendário, sendo estes:
Inclusão Social e Racial, Respeito às Diversidades, Desmistificação do Corpo,
enfrentamento à violência na escola, prevenção ao uso indevido de drogas, educação
fiscal, educação sexual.
A observação dos processos de criação, conhecer a diversidade da produção
artística, seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas
interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando
seus modos de expressão e comunicação.
Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,
possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus
elementos constitutivos.
Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através
de atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais
utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos de interação
com o mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas,
possibilitando que sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.
Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam ao aluno
compreender os processos de criação e execução de produções de trabalhos artísticos,
nas áreas em que for possível pelas condições de formação do professor e materiais da
219
escola, fazendo uso de materiais alternativos e recicláveis. Utilizando seminários,
pesquisas, produção de textos, apresentações, trabalhos em grupo e individual.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada
pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso
implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada
momento.
Será valorizada a produção artística, respeitando-se as diversidades (étnicas,
culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc) de cada aluno, pois é
necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação com as atividades
desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a superá-los, observando os
trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos, desenhos e
outros).
O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação e
criar formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre arte, reconhecendo a
ação do homem em sociedade através de produções artísticas.
No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal de
todos os alunos é fator fundamental para a aprendizagem em arte, área em que a marca
pessoal é fonte de criação e de desenvolvimento.
A recuperação será feita paralelamente ao andamento do conteúdo trabalhado.
6. REFERÊNCIAS
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo:
Cortez, 2002.
220
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei Diretizes e Bases da Educação
Nacional – LDB. Brasília, 1996.
BUORO, ª B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo,
Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez,
1993.
FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública
de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1996.
RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes
visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003.
VIGOTSKY, L. S. Psicología da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
221
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
222
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares da disciplina de geografia adotaram para objeto de
estudo, o espaço geográfico que é composto pelo lugar, paisagem, região, território,
natureza, sociedade, entre outros. O espaço geográfico é produzido e apropriado pela
sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados.
Cabe à geografia preparar o educando para uma leitura crítica da produção social
do espaço e à escola subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos
saberes para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo
que os cerca. Ao professor cabe a postura investigativa e de pesquisa evitando visão
receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos alunos conhecimentos específicos da
geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as
diversas temáticas geográficas.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo
têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.
O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a
compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que reflita sobre
as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no
espaço geográfico. Considerando que os alunos são agentes da construção do espaço,
por isso, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na
realidade.
A Geopolítica deve possibilitar ao aluno a compreensão do espaço que ele está
inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidos entre os
territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de
forças sociais e políticas. É necessário que os alunos compreendam as relações de poder
que os envolvem e determinam.
Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual período histórico,
atinge outros campos de conhecimento e assim remetem à necessidade de espacializá-
los e especificar o olhar geográfico para o mesmo.
223
A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e sim, compreender
que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à
problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.
É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua
transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do
espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da natureza, mas ambiente pelos
aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do
preconceito e das diferenças culturais.
Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e
culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. As
manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos e são partes do
espaço, registros importantes para a Geografia.
Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa circulação de
informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida.
Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes sociedades,
com as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem novas
territorialidades e com as relações político-econômicas que influenciam essa dinâmica.
2. OBJETIVO
Ler e interpretar criticamente o espaço
Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades
Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a
partir do espaço geográfico
Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo
globalizado
Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os
processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos
contemporâneos, conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em
224
profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço compreendendo e
aplicando no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.
3. CONTEÚDOS
O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o espaço
geográfico.
Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos
estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os
campos de estudos da Geografia.
Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se separam. A partir
dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos.
Dimensão econômica da produção do/no espaço
Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de
transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a
ser dado para os alunos do Ensino Fundamental. Considerando que esses alunos são
agentes da construção do espaço. Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos
estruturantes pode ser considerado como análise para entender como se constituir o
espaço geográfico, possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de
produção capitalistas, para refletir sobre as questões ambientais.
Geopolítica;
Os conteúdos estruturantes na área de Geopolítica têm como proposta a reflexão
dos fatos históricos, para que os alunos ampliem sua compreensão a respeito do mundo
real, em âmbito local, regional e global.
Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma abordagem mais
profunda, visto que o aluno teve noções no Ensino Fundamental. O Trabalho pedagógico
225
deve abordar o local e o global, levando em consideração a interpretação histórica das
relações geopolíticas em estudo.
Dimensão socioambiental
A questão socioambiental não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas a
interdependência das relações entre sociedade, aspectos econômicos, sociais, culturais,
etc. Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.
Dinâmica Cultural e Demográfica
A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os
estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais
contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro,
pessoas e modos de vida. Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a
temática de história e cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio, em qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei
10.639/03.
4. METODOLOGIA
De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino da geografia, os conteúdos
estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de maneira que a teoria,
prática e a realidade estejam interligadas em coerência com os fundamentos teórico-
metodológicos.
Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se necessário
compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio-espaciais
nas diferentes escalas (local, regional e global).
Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.
226
No processo de construção do conhecimento e análise das categorias serão
realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos,
vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros.
Ainda poderão ser utilizadas análise e interpretação de tabelas e gráficos,
produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes, levantamento de
informações e pesquisas em diversas fontes, como recursos para a confirmação da ação
pedagógica.
Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques
Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da
Produção do/no espaço e a Geopolítica.
Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica
e a cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante
com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a
aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou de um
conceito. É necessário que seja contínua e que priorize a qualidade e o processo de
aprendizagem, além de diagnosticar falhas no processo ensino aprendizagem para que a
intervenção pedagógica aconteça.
A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos
visando à contemplação das diversas formas de expressão do aluno como a leitura e
interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas; produção de maquetes,
murais, desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes, apresentação de seminários,
relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e avaliação formal
oral e escrita.
227
Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de
ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de entendimento sócio espacial.
Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações estaremos
atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do
conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para a sua
formação social, crítica, participativa e responsável.
Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na aprendizagem
deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade por não ter
compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações
e notas.
6. REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
CHRISTOFOLETTI, A. (Org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1992.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1986.
MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra livre, nº 16.
AGB Nacional, 2001, p. 113.
MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo:
Hucitec, 1987.
_______ Geografia Crítica – A Valorização do Espaço.São Paulo: Hucitec, 1984.
228
_______ Ideologias Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba:
SEED/DEM, 2006
PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna.
Florianópolis. Editora UFSC, 1989.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. Por uma
geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.
229
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
230
1. APRESENTAÇÃO
A disciplina de História, no Brasil e no Paraná, até a década de 1970 possuía uma
concepção tradicional, factual e linear onde se privilegiava a memorização e a repetição,
características oriundas do final do período imperial no qual predominou a filosofia
Positivista. Tinha como objetivo a legitimação da liderança da aristocracia como sujeitos
da história. A partir de 1990, a adoção, no Paraná, da concepção pedagógica histórico-
crítica, trouxe avanços no estudo da disciplina no sentido de uma melhor compreensão do
devir histórico e seus sujeitos, embora apresentasse contradições na organização
curricular que dificultava um rompimento com a visão eurocêntrica de História.
No final da década de 1990 foram incorporados no Paraná, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) que possuíam uma visão pragmática da História na busca da resolução
de problemas imediatos próximos ao aluno, caracterizada no desenvolvimento de
competências e habilidades. A partir de 2003, inicia-se a construção das Diretrizes
Curriculares e torna-se obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio, o trabalho com os
conteúdos de História do Paraná e de História e Cultura Afro-Brasileira. Assim, o ensino
de História passa a ter como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os
saberes que aproximam e organizam os campos da História em seus objetos. O
referencial teórico que sustenta os campos da investigação da História política,
econômico-social e cultural, é dado pela Nova Esquerda Inglesa e da Nova História
Cultural, além da inserção de conceitos relativos à consciência histórica.
231
Considerando as Diretrizes Curriculares, trata-se de uma concepção de História
em que verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque necessariamente o trabalho
pedagógico nesta disciplina deve dialogar com outras vertentes tanto quanto deve recusar
o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Do mesmo modo,
recusam-se as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível
em História, e consideram todas as afirmativas igualmente válidas.
As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações dos
sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as
estruturas sócio históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem
espaços para escolhas e projetos de futuro. Como objeto de estudo, portanto, devem-se
considerar também as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais
como as condições geográficas, físicas e biológica de uma determinada época e local,
que também se conformam a partir das ações humanas.
Propõe-se estabelecer articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas,
resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por ser um caminho possível
para o ensino de História, uma vez que possibilita os alunos compreender as experiências
e os sentidos que os sujeitos dão às mesmas.
Para efetivar essa articulação na presente abordagem de História, elege-se como
síntese dessa proposição, a ideia de consciência histórica que é inerente à condição
humana em toda a sua diversidade. Essa consciência histórica é a “constituição do
sentido da experiência no tempo” (Jörn Rüsen) através da narrativa histórica. A
consciência histórica pode-se constituir em tradicional, exemplar, crítica e genética.
Esta última, na medida em que articula a compreensão do processo histórico relativo às
permanências e às transformações temporais dos modelos culturais, bem como
favorecem a compreensão da vida social em toda a sua complexidade, é o que objetiva-
se propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica.
232
2. OBJETIVO
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e
às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída
pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas
por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio históricas, ou seja, são as
formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir,
portanto, de se relacionar social, cultural e
politicamente.
3. CONTEÚDOS
3.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
3.1.2. CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
6º ano
A experiência humana no tempo
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo
As culturas locais e a cultura comum
7º ano
As relações de propriedade
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
As relações entre o campo e a cidade
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
233
8º ano
História das relações da humanidade com o trabalho
O trabalho e a vida em sociedade
O trabalho e as contradições da modernidade
Os trabalhadores e as conquistas de direitos
9º ano
A constituição das instituições sociais
A formação do Estado
Sujeitos, Guerras e Revoluções.
3.2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
3.2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
Tema 1
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
Tema 2
Urbanização e industrialização
Tema 3
O Estado e as relações de poder
234
Tema 4
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Tema 5
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Tema 6
Cultura e religiosidade
4. METODOLOGIA
235
A perspectiva da formação da consciência histórica genética, possibilita ao professor a
exploração de novos métodos de produção do conhecimento histórico e amplia as
possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documento, de sujeitos e suas
experiências, de problematização em relação ao passado. Isso permite ao aluno a
elaboração de conceitos que o façam pensar historicamente, superando a idéia de
História como algo dado, como verdade absoluta.
Para isso, o encaminhamento metodológico proposto é o de que os conteúdos
estruturantes de História sejam abordados através de temas, visto que não é possível
representar o passado em toda sua complexidade. Assim, pode-se utilizar a metodologia
proposta por Ivo Mattozi (2004) que apresenta os seguintes passos:
1. Focalização do acontecimento, processo ou sujeito histórico que se quer representar;
2. Delimitação do tema histórico em um período bem definido, com referências temporais
fixas estabelecendo uma separação entre seu início e seu final;
3. Definição de um espaço ou território de observação do conteúdo tematizado. Esta
delimitação espaço-temporal (categorias de análise) é dada pela historiografia específica
escolhida e pelos documentos históricos disponíveis.
O sentido da relação temática é dado pela problematização.
Dessa forma, o uso de documentos (imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos,
fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas, entre outros) em sala de aula
proporciona a produção de conhecimento histórico, quando utilizados como fonte na qual
buscam-se respostas para as problematizações anteriormente formuladas.
5. AVALIAÇÃO
“Hoje deixei de buscar descobrir apenas como meus alunos aprendem e concentrei
minha atenção no ato de ensinagem. Ou seja, detive-me a refletir sobre como eu
ensino. Assim, pude perceber que os maiores problemas de aprendizagem eram
236
também, de ensinagem. O resultado? Ora, o resultado foi um só: o sentimento de
que VALEU!” (Prof. Sidnei A. Bührer)
Todos nós estamos constantemente sendo avaliados. Todos os dias, todas as horas, por
todas as pessoas. Porém, no ambiente escolar essa avaliação deve transcender o senso
comum, visto que deve ser sistemática e servir a objetivos
237
educativos promovendo o sucesso do aluno e do trabalho do professor. Assim, a
avaliação só terá sentido se estiver a serviço da aprendizagem e da “ensinagem”, para
que se possa detectar necessidades e disfunções podendo intervir metódica e
sistematicamente, visando a superação dos problemas encontrados, sejam eles de
aprendizagem, sejam das incoerências de “ensinagem”.
Nesse sentido a avaliação deixa de constituir elemento de “acerto de contas” ou de
coerção, denotando uma clara postura verticalizada do conhecimento para assumir uma
relação horizontal constituindo-se numa poderosa alavanca para a ampliação do êxito de
todo o processo educativo e, por extensão, de toda a escola.
Portanto, a avaliação é um processo de reflexão diária e processual sobre a prática
pedagógica e que transcende a unilateralidade de referencial, focado somente no aluno
ou somente no professor, deslocando o foco, de forma horizontal, para investigar, ler as
hipóteses dos educandos e refletir sobre a prática pedagógica para, se necessário,
replanejar.
Luckesi (2004, p 4-6) afirma que “o ato de avaliar a aprendizagem implica em
acompanhamento e reorientação permanente da aprendizagem.”
Para Romão (1998), a avaliação “destina-se à emancipação das pessoas e não à sua
punição, à inclusão e não à exclusão...”
Com efeito, a avaliação não deve ter um caráter autoritário e, para que isso ocorra,
Luckesi (1995) alerta que:
“a avaliação terá de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do
avanço, terá de ser o instrumento de identificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o
instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos
caminhos a serem perseguidos.” (p.43)
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO.
Neste sentido, e considerando a especificidade da Disciplina de
238
História, bem como as bases legais (LDB, Deliberações do Conselho Estadual de
Educação, Projeto Político Pedagógico da Escola, o Regimento Escolar), a avaliação será
realizada tendo em vista as seguintes estratégias:
Avaliação objetiva, buscando determinar o quanto o aluno aprendeu sobre dados
singulares do conteúdo;
Avaliação dissertativa, objetivando verificar a capacidade de análise, de
abstração e de formulação de idéias;
Seminários, para desenvolver a transmissão verbal do que foi pesquisado;
Trabalhos em grupo, para possibilitar a colaboração e a socialização entre os
alunos;
Debates, para desenvolver e avaliar a capacidade de defender e fundamentar
pontos de vista;
Auto -avaliação, para que o aluno possa construir a capacidade de perceber suas
aptidões e atitudes;
6. REFERÊNCIAS
ARRUDA, José Jobson de A.; Piletti, Nelson. Toda a história: história geral e do Brasil.
–São Paulo: Editora Ática, 1998.
BARBEIRO, Heródoto et alii. História: volume único para o ensino médio.-São
Paulo:Scipione, 2004.-(Coleção De olho no mundo do trabalho).
FARIA, Enéas; SEBASTIANI, Sylvio. Governadores do Paraná: a história por quem
construiu a história._ Curitiba: Sistani, 1997.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: volume único. Série novo ensino médio. São Paulo:
Editora Ática, 2005.
239
WACHOWICZ, Ruy Christovam. História do Paraná. –Curitiba: Editora Gráfica Vicentina
Ltda. 1995.
BITAR, Hélia de Freitas e outros. Sistemas de avaliação educacional. São Paulo, FDE,
1998 (Série “Idéias”, no. 30).
CHARLOT, B. Projeto Político e Projeto Pedagógico. In: Moll, J(org.).Ciclos na escola,
tempos na vida: criando possibilidades. Porto Alegre: Artemed, 2004.
DEMO, P. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: redação, 2004.
ENGUITA, M. F. Educar em tempos incertos. Trad. Fátima Murad. Porto Alegre,
Artmed, 2004.
ESTEBAN, Maria Tereza. O que sabe quem erra? Reflexões sobre a avaliação e o
fracasso escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2001
240
MAGALHÂES, Marion Brepohl de. Paraná: política e governo.(Coleção história do
Paraná; textos introdutórios) –Curitiba: SEED, 2001.
NADALIN, Sérgio Odilon. Paraná: ocupação do território, população e migrações.
(Coleção história do Paraná; textos introdutórios) –Curitiba: SEED, 2001.
NOBEL SISTEMA DE ENSINO. História do Paraná: coleção grandes pintores. -
Maringá: Liceu Editora.
OLIVEIRA, Dennison de. Urbanização e industrialização no Paraná. (Coleção história
do Paraná; textos introdutórios) –Curitiba: SEED, 2001.
ORDOÑEZ, Marlene; QUEVEDO, Júlio. História: (Coleção Horizontes).-São Paulo: IBEP.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
História para o Ensino Médio. Versão Preliminar, Julho de 2006.
PETTA, Nicolina Luiza; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História: uma abordagem
integrada; volume único. São Paulo: Editora Moderna.
SANTOS, Carlos Roberto Antunes dos. Vida material e econômica. (Coleção história do
Paraná; textos introdutórios) –Curitiba: SEED, 2001.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora M.S. Histórias do cotidiano paranaense. Curitiba:
Letraviva, 1996.
SCHMIDT, Mário Furley. Nova história crítica: ensino médio: volume único. –São Paulo:
Nova Geração, 2005.
FREITAS, Luiz Carlos. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática.
São Paulo, Papirus, 1995.
___________Luiz Carlos. Ciclos, seriação e avaliação: confronto entre duas lógicas.
São Paulo, Moderna, 2003 (Coleção Cotidiano Escolar).
FEIGES, M. M. F. O Projeto Político Pedagógico e eleição de diretores de escola:
limites e possibilidades da gestão democrática. In: Secretaria de Educação de
Maringá. Caderno Temático I. 2003, p.32-37.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.
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PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Trad. Patrícia C. Ramos.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000
PRAIS, M. de L. M. Administração colegiada na escola pública. Campinas: Papirus,
1990.
RIOS, Terezinha A. Compreender e ensinar: por uma docência de melhor qualidade.
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ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo,
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SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores
Associados, 1997.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ, superintendência de ensino;
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SORDI, Mara R.L. Alternativas propositivas no campo da avaliação: por que não? In:
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SORDI, Mara R.L.; MALAVAZZI, M.M.S. As duas faces da avaliação: da realidade à
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Educ@ação: Artigos/; EDUC@ação -Rev. Ped. -UNIPINHAL –Esp. Sto. do Pinhal –SP, v.
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São Paulo, Libertad, 1998.
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https://abceducatio1.locaweb.com.br/index.php?paga=mat3. Acessado em 11/10/2006
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO -Secretaria de Estado da Educação, 2006.
243
PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
244
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso, destinado para as escolas estaduais públicas do Paraná,
atende a LDBEN (9394/96), art. 33, o qual sofreu alteração em redação com a
promulgação da Lei n. 9475/97, conforma segue:
“Art.33- O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas
publica de Educação básica assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do
Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
§ 1 º - Os sistemas de Ensino regulamentarão os procedimentos para definição
dos conteúdos do ensino Religioso e estabelecerão as normas para à habilitação e
admissão dos professores.
§ 2º - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso.
Neste sentido é importe salientar que apenas no ano de 1997, foi elaborado os
PCN’s do ensino Religioso. E em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná
CEE, aprovou a deliberação 03/02 que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas
públicas do Paraná. E a SEED elaborou a instrução conjunta 001/02 do DEEF/ SEED,
que estabeleceu as normas para disciplina na rede pública estadual. Em 10 de fevereiro
de 2006 o Conselho Estadual de Educação aprovou a deliberação n. 01/06, que instituiu
novas normas para o Ensino Religioso.
Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuiu também, para superar a
desigualdade étnico-religiosa, e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e
expressão, conforme artigo V, inciso VI, da constituição brasileira, que por sua vez adere
ao Laicismo, que assegura a liberdade de expressão cultural e religiosa.
Desta forma é importante parafrasear Costella, In: DCE para o Ensino Religioso
(p.21):
245
O primeiro é atribuído à pluralidade social num estado não-confessional, Laico
e que garante por meio da constituição a Liberdade religiosa.
O Segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento,
devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia da
educação da comunicação.
E terceiro fator traço característico da cultura ocidental mostra uma profunda
reviravolta nas concepções, em especial no século XIX.
Assim, o ensino Religioso contribui para superar a desigualdade étnica religiosa e
garante o direito constitucional de liberdade de crença e expressão. Também contribui
para que, no dia a dia da escola, o respeito à diversidade seja construído e consolidado.
Nesse sentido faz-se necessário mudar a prática pedagógica e concepções em
torno da disciplina a qual busca superar as tradicionais aulas de religião, passando a
compreendê-la como processo pedagógico cujo enfoque é “entendimento cultural sobre o
sagrado e a diversidade religiosa”. DCE (p.25).
Para atingir tais transformações é importante que o professor compreenda, que
no ambiente escolar as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado
nas aulas de ensino religioso, por meio dos estudos das manifestações religiosas que
delas decorrem e as constituem. O que sugere que todas as religiões podem ser tratadas
como conteúdo, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano, e faz parte
do modelo de organizações de diferentes sociedades.
2. OBJETIVO
Promover oportunidade para que os educandos se tornem capazes de entender
os movimentos específicos das diversas culturas, e para que o substantivo religioso
represente um elemento de colaboração na constituição do sujeito.
3. CONTEÚDOS
246
6º Ano
História do pensamento religioso.
Formas de manifestação cultural do sentimento religioso na pré-
histórias, idade média, moderna, contemporânea.
Religiosidade e cultura.
Manifestação do sagrado em espaços socioculturais específicas.
(nomenclaturas e ritos).
Métodos utilizados pelas diferentes tradições religiosas no relacionamento com o
transcendente, e com o mundo.
Texto sagrado.
O que são textos sagrados.
Textos sagrados de algumas religiões.
7º Ano
Tempo sagrado e os mitos.
O sagrado e o profano.
A religião e a sociedade: Conflitos, consensos, e a constituição da imagem socio-
cultural.
A experiência religiosa na comunidade escolar.
Religião ética e sociedade.
Jovens e a religião.
4. METODOLOGIA
247
Para atingir os objetivos da disciplina é importante, dinamizar trabalho com textos,
ilustrando com filmes, símbolos, músicas, e contextualizando com a realidade local.
Proporcionar debates, produções individuais e coletivas, elaborações de painéis para
socialização de aulas passeios. As aulas serão conduzidas de maneira desmistificada
para proporcionar análise imparcial e científica das manifestações do sagrado em
diferentes contextos históricos e culturais. Haverá diálogo mediado por instrumentação
teórica e respeito a diversidade de pensamento e comportamento dos diversos
segmentos, cultos e ritos religiosos.
5. AVALIAÇÃO
Os instrumentos de avaliação serão definidos em consonância com a
metodologia, privilegiando a observação da construção cognitiva do aluno e sua produção
oral, escrita e atitudinal. Os critérios serão definidos com a participação do aluno.
6. REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná,
Ensino Religioso, Secretária de estado de Educação, 2006.
FIGUEIREDO, A. P. Ensino Religioso - Perspectivas Pedagógicas. 2ª ed. Petrópolis:
Vozes, 1994.
OLENIKI, M. L. R; DALDEGAN, V. M. Encantar- Uma prática pedagógica no Ensino
Religioso. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
AEC- Associassão de Escolas Católicas (ver site)
248
FONAPER- Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso. (ver site)
ASSINTEC- Associação interconfessional de Curitiba. (ver site)
249
PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
250
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
De acordo com a DCE, é fundamental considerar a evolução do pensamento do
ser humano, pois é a partir dele que a historia da ciência se constrói. Sendo assim a que
se levar em conta a medida que o homem busca satisfazer suas necessidades
automaticamente, passa a observar e à buscar repostas as suas indagações.
A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir daí o
homem assume outras e torna-se ainda mais atento a respeito das dinâmicas da
natureza.
Dentro da escola pública a trajetória do ensino de ciências sempre foi determinada
por um momento histórico, político e social. Momentos estes que influenciaram os
modelos curriculares de cada época e causaram fortes mudanças nas concepções da
ciência.
Uma vez que os conhecimentos são produzidos pela humanidade no decorrer de
sua história a disciplina se constitui num conjunto de conhecimentos científicos
necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências
no meio. Para que isso aconteça são estabelecidas relações entre os diferentes
conhecimentos físicos, químicos e biológicos e o cotidiano do aluno, ou seja, sua prática
social.
A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação à saúde
e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem com fatos, são
elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para saber se posicionar
crítica e construtivamente diante de diferentes questões.
Esta disciplina é importante, no contexto escolar pela necessidade humana de
compreender, sistematizar e desmistificar os mais diversos fenômenos na natureza, nos
seres vivos e no universo. Portanto, a disciplina oportuniza a compreensão dos eventos
que ocorrem com a água, o solo, o ar e a interferência na saúde humana. Propicia a
compreensão das inter-relações entre os seres vivos e o meio ambiente, demonstrando a
251
interdependência que há entre eles. Onde o ser humano é o agente de transformação
consciente daquela.
De forma científica, o educando é levado a conhecer o seu próprio corpo, do seu
semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças existentes entre as mais
diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de preconceitos sexuais, dos raciais, da
xenofobia, bem como daqueles que apresentam necessidades especiais temporárias ou
permanentes.
Assim, o processo de ensino-aprendizagem de ciências valoriza a dúvida, a
contradição, a diversidade, o questionamento, superando o tratamento curricular dos
conteúdos por eles mesmos dando prioridade a sua função social.
2. OBJETIVO
Integrar os conteúdos a partir de cinco conteúdos estruturantes: Astronomia,
Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.
Compreender os conceitos históricos de ciência que tratam das questões
dogmáticas, neutras, infalíveis, prontas e acabadas, bem como buscar explicações
e construir a parte científica que convive com a dúvida, que é falível e intencional,
utilizando-se de métodos que buscam as explicações dos fenômenos naturais:
físicos, químico, biológicos, geológicos, que recebem influências dos fatores:
sociais, econômicos, políticos, etc.
Conduzir o aluno para fazer a investigação científica, redescobrindo assim os
conceitos em ambiente apropriado para a simulação do método investigativo,
acompanhado pelo professor, contextualizando os conteúdos estudados com os
fenômenos da natureza. Sendo um modelo construtivista de educação.
Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos
produtos científicos e tecnológicos com os quais convive reconhecendo o processo
de produção, distribuição e consumo, bem com os problemas decorrentes,
buscando soluções para tais.
Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e
252
culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e / ou tecnológicos
inerentes ao processo de produção, a aplicabilidade dos conhecimentos científicos,
das relações e inter-relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-
aprendizagem.
3. CONTEÚDOS
Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes são entendidos como
saberes fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da
disciplina, essenciais para compreender seu objeto de estudo e suas áreas afins.
Ensino Fundamental
1. Astronomia
Possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do Universo.
2. Matéria
Visa compreender a constituição e propriedade da matéria.
3. Sistema Biológico
Aborda a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos, compreendendo seus
mecanismos e níveis de organização.
4. Energia
Considerar as interações, as transformações, as transferências, as diversas fontes e
formas, os modos como se comportam em determinadas situações, as relações com o
ambiente, assim como os problemas sociais e ambientais relacionados à geração de
energia, consumo e desperdício.
253
5. Biodiversidade
Visa a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos inter-
relacionados, bem como, o sistema complexo de conhecimentos científicos que
interagem num processo dinâmico envolvendo a diversidade de espécies, suas
relações com o meio ambiente e os processos evolutivos por este sofrido.
Esses conteúdos estruturantes foram definidos tendo em vista as relações entre os
campos de estudo, tradicionalmente tratados ao longo do ensino de Ciências, e a sua
relevância no processo de escolarização atual.
Ao desmembrar no currículo os conteúdos estruturantes em conteúdos específicos,
é importante considerar a concepção de ciência adotada nestas Diretrizes, os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos e os elementos do Movimento CTS, os
conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme a lei nº 106
39/2003, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de ciências. Os conteúdos
abordados serão:
Desmistificação das teorias racistas;
Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;
Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da
ciência e da tecnologia.
4. METODOLOGIA
Articular os conteúdos em uma abordagem curricular, e numa perspectiva crítica e
histórica dos conhecimentos. Tratar os conteúdos estruturantes não como conhecimento
acabado, mas cujos conhecimentos científicos sejam passiveis de alterações ao longo do
tempo. Pois os conhecimentos tidos como acabados, podem ser reinterpretados, pois
outras áreas do conhecimento humano podem contribuir significativamente para o estudo,
a explicação e a compreensão de tais conhecimentos científicos.
254
Estabelecer uma contextualização dos conteúdos interdisciplinares programados
de uma série como os demais de ensino fundamental. Tratar os conteúdos, respeitando s
nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, adaptando uma
linguagem coerente a cada faixa etária e nível de conhecimento, buscando
gradativamente o aprofundamento da abordagem dos conteúdos.
Provocar uma reflexão sobre o atual momento histórico, social, científico-
tecnologico, propiciando um entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a
vida do ser humano, dos seres vivos e do ambiente.
Procurar entender os problemas ambientais, que cercam a comunidade escolar,
perceber a rotina dessa comunidade quanto a degradação do meio ambiente, utilização
da água, do ar e do solo.
Atividades:
SALA DE AULA: debates, seminários, entrevistas com profissionais utilizando
pesquisas para ampliar o conhecimento, através do despertar da curiosidade do
aluno;
VISITAS: em parques municipais, laboratórios da universidade, com objetivo de
realizar intercâmbio com outras formas de ambiente;
AULAS PRÁTICAS: serão realizadas no laboratório onde o aluno através da
construção do experimento observará e entenderá os fenômenos da natureza:
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das
atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e
fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a
produção de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e
entre os estudantes e desta com a produção científico-tecnológica, fazendo uso de
recursos oferecidos pelo:
Portal Dia-a-dia Educação
TV Paulo Freire
Laboratório de Informática
255
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, portanto,
precisamos primeiramente nos libertar da ideia de que o senso comum é suficiente para
julgarmos um desempenho, essa libertação permite estabelecer parâmetros para uma
avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento do aluno, pois
a avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto-avaliativa, diagnóstica para
verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos; integral, pois considerar o aluno
como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos analisados, mas igualmente
os comportamentais e a habilidade psicomotora.
Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo
fatores como a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos
conteúdos.
A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do que
é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com posterior
recuperação paralela.
Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como relatórios de
pesquisas, palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo (dramatização, jogos,
músicas e produções coletivas), debates, painéis, exposições, avaliações individuais,
relatórios, análise de trechos de filmes pertinentes ao conteúdo.
A nota bimestral será resultado da somatória de 70% de avaliações diversas e 30%
de trabalhos diversificados. A recuperação acontece de forma paralela através da
retomada de conteúdos trabalhados.
6. REFERÊNCIAS
DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. Ciências, Curitiba, 2008.
256
Lei nº 10.639, de janeiro de 2003.
MEC/SEB – Orientações curriculares nacionais do ensino fundamental - Brasília,
2003.
257
PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA
258
1. Apresentação da Disciplina
Na atual polêmica mundial, acerca dos valores éticos, políticos e epistemológicos,
a filosofia tem um espaço a ocupar e permite compreender idéias fundamentais. A
filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua
história, os quais por sua vez devidamente utilizados geram discussões promissoras e
criativas que desencadeiam ações e transformações. É por essa razão que eles
permanecem atuais.
A Filosofia pode terminar por desencadear, o que não pode ser interpretado como
significando que deve voltar-se de modo exclusivo para o engendramento de ações e
transformações.
Essa linha de argumentação está na Declaração de Paris para a Filosofia,
aprovada nas jornadas internacionais, quando sublinha:
(...) ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às
diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e
prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações
contemporâneas (...)
Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente
nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas,
em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos
outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo (...)
Neste sentido entendemos que, pelo menos, três atitudes caracterizam o
pensamento filosófico:
Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos sagrados,
mitos, tradições ou poder, mas do próprio discurso argumentativo.
Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber criando
259
uma fratura entre o mundo do sujeito res cogitans e o mundo da extensão res
extensa. A epistemologia contemporânea procura religar os saberes, dando uma
noção de totalidade.
O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático. A
racionalidade filosófica se expressa e se desenvolve na capacidade argumentativa.
Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer um suporte fundamental para o
desenvolvimento de pessoas capazes de se auto-determinar, de interpretar a realidade de
maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos
e de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva, possibilitando a formação de
sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.
Baseado nestes apontamentos entende-se a importância do ensino de Filosofia na
Escola é proporcionar aos alunos a possibilidade de compreender a complexidade do
mundo contemporâneo.
Os sujeitos da educação básica devem ter acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade que, na escola, é vinculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. A
escola é o lugar de socialização do conhecimento, dando oportunidade no
desenvolvimento do conhecimento científico, filosófico e artístico.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados de forma contextualizada,
interdisciplinar que contempla de forma clara e objetiva perspectivas dentro da sociedade
contemporânea, propiciando a compreensão da produção científica, a reflexão filosófica e
a criação artísticas dentro do contexto histórico.
Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica, colocando
em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos conhecimentos
historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo escolar. Neste
sentido a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes
metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que
permitam conscientização e transformação libertadora.
260
Um projeto educativo deve atender os sujeitos dentro de sua condição social,
econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais
para a aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como potencialidades
para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para
todos.
2. Conteúdos Estruturante, Básicos e Específicos:
1ª série:
2.1 - Mito e Filosofia:
Relação Mito e Filosofia: - Ordem e desordem; O mito e a Origem de todas
as coisas; O nascimento da Filosofia; A vida cotidiana na sociedade Grega;
A razão filosófica e consciência mítica e perspectiva filosófica – narrativas
míticas Atualidade do Mito e o mito hoje.
Saber Mítico e Saber Filosófico - O deserto do Real:- Das sombras ao
logos: Mito da caverna (república, livro VII); Do senso comum ao senso
filosófico; Racionalização do mito: A questão do conhecimento; Reflexão
filosófica e razão científica; Ciência e senso comum.
O que é filosofia?- Ironia e Maiêutica: - Ironia e Filosofia;; Filosofia como
exercício da Ironia; Missão de Sócrates; Ironia na história da Filosofia;
Ironia Moderna; Ironia na Música; Ironia em Machado de Assis e Alienação
e ironia.
2.2 - Teoria do Conhecimento:
261
A Possibilidade e o Problema do Conhecimento: - “Conhecimento” como
Justificação teórica; Teoria e prática; As fontes do conhecimento; Platão e
Protágoras: relativismo e racionalismos; Filosofia e história; Filosofia e
matemática; As formas de Conhecimento: Conhecer para transformar;
A Questão do Método - Filosofia e Método: - As Críticas de Aristóteles a
Platão; A lógica aristotélica; Descartes e as regras para bem conduzir a
razão; Filosofia e Matemática; História: o contexto de descartes;
Perspectiva do Conhecimento: - Penso, logo existo; Hume e a experiência
no processo de conhecimento; Kant e a crítica da razão; Crítica da Razão
pura; Kant e o iluminismo; Kant e a física.
O Conhecimento e a Lógica: Lógica formar, informal, proposição e os tipos
de lógica.
O problema da verdade.
2ª série:
2.3 – Ética:
Ética e Moral - A virtude em Aristóteles e Sêneca – Ética e felicidade; A
polis e a felicidade; como atingir a felicidade; felicidade e virtude; Sêneca e
a felicidade.
Pluralidade Ética: Contemporânea, Antiga, moderna e medieval, etc.
Razão, desejo e vontade relacionado à dimensão da ética e moral.
Amizade – Amizade como questão para a Ética; A amizade e a justiça; A
amizade é algo humano; O determinante da Amizade; Amizade e
sociedade; O homem: animal racional.
Liberdade – O que é liberdade; Liberdade: a contribuição de Guilherme de
262
Ockham; discussão em torno da liberdade; Liberdade: contribuição de
Etienne de La Boétie; Por que os homens entregam sua liberdade? O
homem e a liberdade; Os limites da liberdade (Brasil 1968).
Liberdade: Autonomia do sujeito e a necessidades das normas - Liberdade
em Satre – Jean-Paul Satre e a liberdade; a existência precede a essência;
O homem e a liberdade; O homem é o que ele faz e senso comum ético e
a responsabilidade.
Ética e Sexualidade no mundo contemporâneo.
Ética e o problema da violência nas suas diversas formas. Como superar?
2.4 – Filosofia Política:
Em busca da essência do Político: - Preconceito contra a política e a
política de fato; O ideal político; os Gregos e a esfera pública; A
democracia e o surgimento; a importância da retórica Ateniense; vida
pública e a autoridade.
Relações entre Comunidade e Poder;
Liberdade e igualdade política;
Esfera Pública e Privada;
Política e Ideologia;
Cidadania formal e/ou participativa;
A Política em Maquiavel – A questão do poder; Ética e política; Virtù e
fortuna; O Estado; Maquiavel e a história como método.
Política e Violência – O Estado como detentor do o monopólio da violência;
263
Origem; O contrato social; Relação entre violência e poder; Desigualdades
sociais e violência no Brasil; Direitos sociais e Violência.
A Democracia em questão – Modernidade e individualismo; A concepção
liberal de política; Propriedade privada (Loke) ; Concepções de liberdade
em Benjamim Costant; A representação política; Liberalismo e socialismo;
A critica de Marx ao liberalismo; Marx e o marxismo X emancipação
humana; Feuerbasch e o conceito de alienação; A essência do
cristianismo; Marx e a liberdade; republicanismo e a liberdade antes do
liberalismo; A lei como garantia da liberdade; Cidadania ativa; Orçamento
participativo e a criação de um novo espaço público.
3ª série:
2.5 - Filosofia da Ciência:
Concepção de Ciência o progresso da ciência – 0 que é ciência?; Filosofia
e ciência, senso comum e ciência; O universo de Ptolomeu; Galileu e o
novo espírito cientifico; Descobertas.
Ciência e Ideologia;
Ciência e Ética;
Contribuições e limites da ciência;
A questão do método Científico;
Pensar a Ciência – Filosofia da Ciência; Diferença entre ciência comum e
revolucionária; Revoluções científicas; Progresso na Ciência; As
conseqüências sociais e políticas de uma nova ciência;
Bioética – Conceito o que é; Bioética Geral, especial, clínica ou de decisão;
264
Tendências na Bioética; Dimensão histórica da Bioética; Aborto e a
Bioética; Educação sexual.
2.6 – Estética:
Pensar a Beleza – Busca da beleza; Necessidade da estética; A estética
entre os gregos: Platão, Sócrates e Aristóteles; A estética no
renascimento, no mundo Moderno, Contemporâneo; surgimento do belo e
as principais idéias dos filósofos a respeito da Estética. Cultura da estética
e o belo hoje.
Filosofia e Arte;
Estética e Sociedade;
Categorias Estéticas – feio, belo, sublime, cômico, grotesco, gosto, etc.;
A Universalidade do gosto – O mercado do gosto; Gosto como um fato
social; o Juízo do gosto na Filosofia, na arte; Deivd Hume, Kant o que
pensam sobre o belo; Universalização e exigência do gosto e do belo; Belo
clássico; Materialismo histórico.
A Arte – A necessidade da Arte; Arte e sociedade; pensamento de Karl
Mannheim e Ernst Fischer; Hegel e o espírito absoluto; A arte e a
manifestação do espírito; As diversas formas de arte para Hegel;
Além desses conteúdos – procurarei dar uma visão de toda a filosofia, suas
correntes, Pensamentos, O principais filósofos, seus métodos, teorias e Idéias, bem como
Questões temáticas atuais, para que o educando possa chegar ao final de cada etapa
consciente de ter obtido uma filosofia de qualidade. Serão contemplados os conteúdos
265
básicos referente aos desafios contemporâneos dentro de cada conteúdo estruturante.
3. Objetivos:
Proporcionar espaço para debates e diálogos sobre a Origem do
pensamento racional, bem como a leitura de textos clássicos da Literatura
e da Filosofia, com o objetivo de despertar a reflexão crítica e a
participação cidadã.
Propiciar aos alunos um contato com a Filosofia naquilo que ela tem de
específico, a partir de seus principais problemas e autores.
Desenvolver um aparato conceitual que os habilitem a trafegar pelos temas
especificamente filosófico, levando-os a terem uma ação filosófica,
formando-lhes espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas
formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribuindo
para a paz e preparando-os para assumir suas responsabilidades face às
grandes interrogações contemporâneas.
Reelaborar conceito e elaborar novos conceitos falado e escrito; de
problematizar situações discursivas; de argumentar filosoficamente;
formular raciocínio lógico, coerente e crítico; de desmistificar a realidade;
de Perceber o que está por trás das ideologia e posicionar-se; Fazer um
elo entre a teoria e a pratica, o abstrato e o empírico.
Proporciona ao educando a capacidade de desenvolver sua estrutura
cognitiva exercitando a criatividade para empregá-la coletivamente de
forma consciente de sua cidadania; de reconhecer-se sujeito ético,
autônomo, reconhecendo momentos de realização pessoal, superando as
dificuldades para encontrar o equilíbrio da sua existência enquanto ser
humano e compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-
as, sem apontar uma hierarquia de valores sem apontar uma referência,
266
mas sim dentro do seu próprio contexto.
Conhecer a origem e os conceitos filosóficos, explicando o significado de
Filosofia e como filosofar no contexto atual; Adquirir senso crítico filosófico
perante os desafios históricos e atuais; Conhecer o conceito filosófico dos
primeiros filósofos gregos e as características de suas escolas, procurando
explicar suas idéias principais; Mostrar as principais características, os
métodos, o pensamento e a influência dos principais filósofos em todas as
etapas da história da filosofia; entender o papel da filosofia no processo do
conhecimento, identificando seus elementos básicos e fundamentais;
Apresentar os textos clássicos da mitologia grega de forma a denotar a
importância do mito para o surgimento da filosofia no contexto do
helenismo. Quais as condições que proporcionaram a passagem do mito
ao logos (pensamento racional), bem como suas complicações no mundo
contemporâneo.
Compreender e entender os conteúdos programáticos: Mito e Filosofia,
Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e
Estética. Enfim, Pensar filosoficamente é estabelecer uma amizade com o
pensamento do outro, através do diálogo, procurando os fundamentos da
verdade, da liberdade do ser humano. “Não se ensina filosofia, ensina-se a
filosofar”. (Kant).
4. Metodologia da Disciplina:
A abordagem teórica metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o
estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá
dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte,
história, cultura – a fim de problematizar e investigar os conteúdos estruturantes e seus
267
conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência
os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Quanto a metodologia a ser utilizada na disciplina, seguiremos aqui a sugestão de
Deleuze e Guattari; o método consistirá:
6. Numa SENSIBILIZAÇÃO do aluno para o tema proposto; para tanto serão
utilizados filmes, jornais, revistas, livros ou quaisquer outros meios que possam vir
a ser utilizados; Só pensamos quando somos instigados a isso por problemas.
Pensar é uma necessidade vital motivada pelos problemas; portanto, não basta
que o professor apresente aos estudantes problemas artificiais, mas sim que sejam
vividos pelos alunos. Através da sensibilização acima proposta o aluno possa fazer
o movimento do pensamento e assim possa despertar o interesse por um
determinado tema. Em outras palavras iluminação com recursos gerais.
7. PROBLEMATIZAÇÃO: tornar aquilo que foi sensibilizado num problema,
evidenciar o que há de problema naquela situação levantada pelo filme, quadro,
livro, etc. Também na problematização se verifica o conceito importante envolvidos
no problema; Quanto mais intensa e múltipla for essa problematização, mais
elementos a classe e cada educando terão para produzir sua própria experiência
de pensamento.
8. Recorrendo-se aos clássicos da filosofia (autores e obras), será levada a cabo uma
INVESTIGAÇÃO de como a tradição postulou e tentou resolver esses problemas.
Aqui o professor faz uso da história da filosofia, recorrendo a filósofos que em sua
época e em seu contexto pensaram sobre o tema que está sendo abordado. A
história da filosofia e os filósofos, tomados como ferramentas para compreender
melhor aquele tema ou problema que está sendo investigado, ganham um sentido
e um significado especial, não sendo apenas mais um conteúdo a ser abordado
simplesmente.
9. Como um corolário dos três passos anteriores, o aluno passará para a formulação
268
e/ou ressignificação de conceitos, sob a forma de um texto lógico e
metodologicamente estruturado. Esta etapa também chamada de
CONCEITUAÇÃO consiste no exercício da experiência filosófica propriamente dita.
O Educando recria os conceitos estudando, refazendo ele mesmo o pensamento
que levou à sua criação, desde o problema inicial, ou ainda ele é estimulado a criar
um novo conceito, que ofereça uma outra forma de equacionar o problema
enfrentado. Concluindo: É esse tipo de autonomia e liberdade de pensamento que
as aulas de filosofia no ensino médio de modo especial nestes primeiros anos
podem oportunizar os estudantes ao entendimento e o gosto em filosofar,
formando assim jovens conscientes.
Além destas quatro dimensões utilizarei de uma forma metodológica, Estratégia e
Recursos Materiais que contemple todo o processo filosófico de uma forma coerente:
Será utilizado o livro didático público da Secretaria do Estado da Educação, pois, o
mesmo é completo, prático, objetivo e conteúdo são básicos e fundamentais. A
metodologia utilizada será constituída também de aulas expositivas, leitura, análise e
interpretação de textos clássicos, Laboratório informática, Pesquisas, trabalho individuais
em grupo, apresentações; serão utilizados também música, CD, DVD, TV- Rádio, poesia,
xerox, livros de referência Projeto e Pesquisas. Neste Processo metodológica
contemplarei todos estes aspectos e estarei aberto a novas propostas seja dos alunos,
Equipe Pedagógica, Ensino e Direção.
5. Avaliação:
Na complexidade do mundo contemporânea com suas múltiplas particularidades e
especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar
os conteúdos básicos do conteúdo estruturante diversos elaborando respostas aos
269
problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação o estudante
desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas
respostas quanto toma posição e de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria
conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e
criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e professor
A avaliação deve ser concebida na sua função, isto é, ela não tem finalidade em si
mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no
processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores,
estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. Sendo
assim, apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação
não se resumiria apenas a perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente
na história da filosofia, do texto ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar
sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. A avaliação será harmônica com a
metodologia de trabalho, contínua e dar-se-á por meio da participação nas atividades e
em grupo, apresentações de seminários, testes escritos e orais, relatórios, auto
avaliações, elaboração de textos filosóficos, pesquisas Laboratório informática levando
em conta a capacidade de leitura e interpretação, assim como a produção e o
desenvolvimento de conceitos na ação educacional Portanto, a avaliação estará presente
em todos os momentos no processo ensino-aprendizagem, como processo contínuo,
gradual e permanente que representa um instrumento, eficiente, eficaz, prático,
possibilitando democratizar e auto avaliar os conteúdos educacionais, pois, deverá ser
levada em conta a participação em todos os seus aspectos.
Avaliação Valor
Avaliação descritiva e objetiva 6,0
Pesquisa, apresentação de trabalho e
outras produções
2,0
270
Atividades em sala de aula e extra
classe
2.0
Total 10,0
6. Avaliação Concomitante:
A recuperação concomitante será feita após a retomada de conteúdos que não
foram apropriados pelos alunos Mesmo que os alunos tenham atingido a média, será feita
retomada de conteúdos. Será oportunizado ao aluno a recuperação de 100% do valor
avaliado.
7. Referências:
ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngüe, grego-português. Tradução Antonio C.
Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998.
ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural Ltda,
2000.
BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São
Paulo: Martins Fontes, 1990.
BRASÍLIA, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do Ensino Médio;
Brasília: MEC/SEB, 2004.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p.
(Coleção Trans).
DIRETRIZES Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná – Filosofia – 2008.
HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril Cultural,
1973 (col. Os Pensadores).
271
KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Tradução, apresentação e notas de
Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa: IN/CM,F . C. S. H. da Univ. de
Lisboa, 1985.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad.: Pietro Nassetti. São Paulo: Ed. Martin Claret,
2005.
PLATÃO; República. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes Santos Machado.
4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores).
LIVRO DIDÁTICO PUBLICO – Filosofia – Ensino Médio; Secretaria do Estado da
Educação – Ano 2006 – Paraná.
272
PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA
273
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive,
explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este
aprendizado ocorre através da experimentação, demonstração, observação, confronto,
dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos. Neste processo o
aluno apropriar-se-á da linguagem própria de códigos e símbolos, desenvolvida pela
física, utilizando-a para sua comunicação oral e escrita.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse
conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea.
Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove a articulação
de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do
que nosso entorno material imediato, capaz, portanto, de transcender nossos limites de
tempo e espaço.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos como conteúdos
estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a partir de
desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de forma
abrangente.
Não se podem negar, aos estudantes, condições para que contemplem a beleza, a
elegância das teorias físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo de gravitação, por meio do
modelo de Newton, em que a força aparece variando com o inverso do quadrado da
distância, numa equação que considera a presença da massa, o aluno deveria poder
perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão somente, colocar
alguns dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma
concepção de espaço, matéria e movimento desde que o homem se interessou, movido
pela necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos.
Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino Médio assume o
caráter de terminalidade, os professores de Física da Rede Pública Estadual do Paraná
constroem essas orientações curriculares, ressaltando a importância de um enfoque
274
conceitual que não leve em conta apenas a equação matemática, mas que considere o
pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma construção humana
com significado histórico e social.
Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes
de refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões, é importante
buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e
da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas decorrentes
deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção histórica de
como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo.
2. OBJETIVO
A Física sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos naturais
deve preconizar os seguintes objetivos:
Trabalhar a Física além da matemática aplicada, pois esta é uma linguagem e não
um fim, construindo os conceitos físicos através da compreensão do universo, sua
evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.
Entendemos que precisamos permitir aos estudantes de Física que se apropriem
do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto,
descartar o formalismo matemático.
Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas
experiências de vida em seu contexto social e que na escola, se fazem presentes
no momento em que se inicia o processo. Enfatizando, particularmente, as
concepções alternativas apresentadas pelos estudantes, a respeito de alguns
conceitos, as quais acabam por influenciar a aprendizagem desses conceitos do
ponto de vista científico.
275
Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos,
enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da consciência teórica.
Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado a
Física como ciência em processo de construção.
Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação, por
proporcionar uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos,
contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes, dentro de
um contexto especial que é a escola.
Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que possibilite a
formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de conteúdos
específicos até suas implicações históricas.
Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos
alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e
dimensionando a interação do ser humano com a natureza, como parte da própria
natureza em transformação.
3. CONTEÚDOS
Os três conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E ELETROMAGNETISMO)
foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos de estudo da Física que, a
partir de desdobramentos em conteúdos específicos, possam garantir os objetivos de
estudo da disciplina da forma mais abrangente possível.
CONTEÚDOS
1ª Série
1. Introdução ao estudo da Física
1.1 Evolução da Física
1.2 Partes da Física
276
2. Sistemas de Medidas
2.1 O Sistema Internacional de Unidades
2.2 Medidas de comprimento e de intervalo de tempo
3. Cinemática Escalar
3.1 Conceitos básicos
3.2 Deslocamento escalar
3.3 Velocidade escalar média
3.4 Emprego do conhecimento físico e das fórmulas na resolução
de problemas
4. Movimento Retilíneo Uniforme
4.1 Função Horária
4.2 Encontro entre dois carros
4.3 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas
5. Movimento Retilíneo Uniforme Variado
5.1 Aceleração
5.2 Funções Horárias
5.3 Equação de Torricelli
5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas
5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de fórmulas na
resolução de problemas
5.6 Queda livre
6. Lançamento Oblíquo e Horizontal
6.1 Características do lançamento
6.2 Equações dos lançamentos
6.3 Alcance máximo e trajetórias reais
277
7. Gravitação Universal
7.1 Campo Gravitacional
7.2 Leis de Kepler
7.3 Intensidade do campo gravitacional
8. Força
8.1 Conceito de Força
8.2 Componentes perpendiculares de uma Força
8.3 Força resultante
9. Massa e Peso
9.1 Diferenças entre massa e peso
9.2 Cálculo do peso de um corpo
10. Leis de Newton
10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ª Lei de Newton
10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de Newton
10.4 Aplicações das leis de Newton
11. Movimento Circular Uniforme
11.1 Determinar a posição e a velocidade de um corpo em MCU
11.2 Apresentar as grandezas período, frequência e velocidade
angular.
11.3 Relações entre essas grandezas.
11.4 Aplicações do MCU
12. Energia e trabalho
12.1 Energia mecânica
278
12.2 Trabalho de uma força constante e variável
12.3 Trabalho do peso e da força elástica
12.4 Conservação da energia mecânica;
12.5 Potência e Rendimento;
12.6 Quantidade de movimento e impulso;
12.7 Conservação da quantidade de movimento;
12.8 Colisão frontal.
13. Hidrostática
13.1 Densidade de um corpo
13.2 Pressão média10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton.
13.3 Pressão atmosférica
13.4 Teorema de Stevin
13.5 Experiência de Torricelli
13.6 Princípio de Arquimedes
2ª Série
14. Termometria
14.1 Conceitos básicos
14.2 Equilíbrio térmico
14.3 Escalas de temperatura
14.4 Conversão de temperaturas
14.5 Relação entre as escalas
15. Dilatação dos sólidos
15.1 Dilatação linear
15.2 Dilatação superficial
279
15.3 Dilatação Volumétrica
16. Calorimetria
16.1 Relação entre calor, temperatura e energia
16.2 Capacidade térmica e calor específico dos materiais
16.3 Princípio das trocas de calor
16.4 Mudanças de fase
16.5 Calor latente
16.6 Diagrama de fases
16.7 Cálculo das calorias nos alimentos
16.8 Transmissão de calor
17. Estudo dos gases: Termodinâmica
17.1 Mudanças de estado físico
17.2 Transformações gasosas
17.3 Equação de Clapeyron
17.4 Leis da termodinâmica
17.5 Aplicação das leis da termodinâmica
18. Óptica geométrica
18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica
18.2 Princípios da Óptica geométrica
18.3 Eclipses do sol e da lua
18.4 Espelhos planos e esféricos
18.5 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção
18.6 Construção das imagens nos espelhos
18.7 Óptica da visão – partes do olho
18.8 Defeitos e doenças da visão
280
19. Ondulatória
19.1 Introdução ao estudo das ondas
19.2 Velocidade de propagação das ondas
19.3 Fenômenos ondulatórios
19.4 Ondas estacionários
20. Acústica
20.1 Velocidade de propagação do som
20.2 Qualidade do som
20.3 Fenômenos sonoros
20.4 Efeito Doppler
20.5 Tubos sonoros
3ª Série
21. Eletricidade
21.1 Princípios da eletricidade
21.2 Processos de eletrização
21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb
21.4 Vetor campo elétrico e Potencial Elétrico
21.5 Energia potencial eletrostática
21.6 Capacitância ou capacidade Elétrica
21.7 Corrente elétrica e seus efeitos
21.8 Intensidade da corrente elétrica
21.9 Resistência elétrica e Leis de Ohm
21.10 Associação de resistores
21.11 Potência elétrica e energia elétrica
21.12 Geradores e receptores
21.13 Circuitos elétricos
281
22. Eletromagnetismo
22.1 Imãs – conceituação e propriedades
22.2 Princípios do magnetismo
22.3 Noções de geomagnetismo
22.4 Vetor indução magnética
22.5 Força Magnética
4. METODOLOGIA
O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por apresentar
problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode adotar
procedimentos simples, mas que exijam a participação efetiva do aluno.
O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o objetivo
maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com
qualidade na dinâmica social em que está inserido.
O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição quantitativa dos
fenômenos físicos observados na natureza. Porém, entendemos que o “quantitativo” não
pode ser entendido simplesmente como o repasse ao aluno de fórmulas prontas, com o
devido treino para a resolução de questões numéricas.
A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o aluno a
reconhecer a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo científico mais
interessante e compreensível, além de ajudar os professores na busca da estrutura das
concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor estabelecer um
paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das idéias e suas
relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como parte da
realidade transformando a física em algo compreensível, iniciando uma ruptura, com uma
282
metodologia própria do senso comum, fazendo a ponte entre as idéias espontâneas e o
conhecimento científico.
O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do conhecimento prévio
do estudante, com o objetivo de chegar ao conceito científico.
Sendo o objetivo principal entre professores e estudantes compartilhar a busca da
aprendizagem que ocorre na interação com o conhecimento prévio do sujeito e,
simultaneamente, adicionam, diferenciam, interam, modificam e enriquecem o saber já
existente.
A disciplina de Física contempla os Desafios Educacionais, onde é possível trabalhar o
Meio Ambiente, Lei nº 9.795/99, no conteúdo Ambiente e Temperatura, suas causas e
consequências. Dentro desse contexto, estudar os efeitos causados nas pessoas e nos
ambientes e cuidados que devem ser tomados no inverno e no verão.
Para melhor contextualização dos conteúdos serão proporcionados aos alunos,
cabe ao professor, propiciar ao aluno a apropriação do respectivo conteúdo através de
exposição oral e dialogada, exercícios, questionamentos, demonstrações, seminários,
palestras, textos interdisciplinares, estudo dirigido e aulas práticas em laboratórios,
utilizando-se, quando possível, dos recursos tecnológicos disponíveis.
5. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação visa julgar como e quanto dos objetivos iniciais definidos,
no plano de trabalho do professor, foi cumprido. Necessariamente, deve estar
estreitamente vinculado aos objetivos da aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de
revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modificação por parte
do professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto no julgamento dos resultados
quanto na análise do processo de aprendizado.
A avaliação é um elemento integrador do processo ensino e aprendizagem,
visando o aperfeiçoamento, a confiança e naturalidade do processo, como um
283
instrumento que possibilita identificar avanços e dificuldades, levando-nos a buscar
caminhos para solucioná-los.
O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o
conhecimento empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e
interpretar textos, fazendo uso das representações físicas como tabelas, gráficos,
equações sistemas de unidades, etc.
Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial do aluno foi
modificado (ou não), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí, pode-se gerar
uma discussão bastante vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo tempo em que se
avalia o quanto, como e por que o aprendizado se deu.
Como a avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre
como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo, para que o
professor analise os resultados e o desempenho dos seus alunos.
A avaliação vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um
instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as
estratégias de ensino para que realmente o aluno aprenda.
Após constatar as dificuldades e a falta de compreensão para parte dos
educandos, a recuperação dar-se-a de maneira concomitante. Atendendo-o no ato da
necessidade de aquisição do conhecimento.
Ocorrerá, para evitar falsas interpretações quanto ao resultado final, avaliações
escritas após a retomada dos conteúdos. Tudo isso será registrado no livro de classe,
objetivando a melhoria da nota.
Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está ligada a todas as
ações do aluno, levando-se em conta os pressupostos teórico-metodológicos da
disciplina; deverá também ser diversificada, para contemplar as diferentes habilidades
apresentadas pelos educandos. Para tanto, entre outros instrumentos que possam se
tornar pertinentes no decorrer do processo de aprendizagem serão utilizados os seguintes
instrumentos de avaliação:
- Prova escrita
284
- Trabalhos individuais e em grupo
- Experiências
- Pesquisa bibliográfica
- Testes orais e escritos
- Criatividade observada nos trabalhos
- Produção nas aulas práticas
- Auto-avaliação
- Debates e seminários
6. REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão Preliminar.
Curitiba: SEED/ DEF, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná. Física. Curitiba: SEED/ DEF, 2006.
KINCHELOE, Joe. A formação do professor como compromisso político. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1997.
ARCO-VERDE, Yvelise F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho
coletivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a
reformulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED,
2004, p. 3.
Idem, p. 4.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96.
285
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília:
MEC/SENTEC, 2002.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da
Natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
286
PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
287
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia nasceu das transformações que impeliram a ordem social industrial do
ocidente para longe dos modos de vida, características das sociedades precedentes. O
mundo em mudança é o objeto principal de preocupação da análise sociológica. A
Sociologia a responsabilidade de mapear as transformações que ocorreram no passado e
delinear as linhas mais importantes de desenvolvimento que estão ocorrendo hoje.
As sociedades nunca existiram isoladamente, a ênfase à globalização se relaciona
à interdependência entre as partes envolvidas e as menos desenvolvidas no mundo.
Em virtude das conexões íntimas que agora interconectam as sociedades pelo
mundo, umas com as outras, e o desaparecimento virtual de muitas formas de sistema
social tradicional, a Sociologia e a Antropologia tornam-se cada vez mais indistinguíveis.
A análise histórica faz-se importante na sociologia nos dias de hoje, pois contribui para o
entendimento das instituições do presente.
Finalmente o estudo da questão de gênero, é visto como campo específico na
sociologia como um todo. O pensamento sociológico é uma ajuda vital à compreensão
aprimorada do mundo social. O estudo da Sociologia abre novas perspectivas para os
fundamentos de nosso próprio comportamento e a sua prática sociológica aumenta as
possibilidades da liberdade e promoção humanas.
Com isso, promover a conscientização dos diferentes ambientes culturais, abrir
novas perspectivas para os fundamentos do nosso próprio comportamento e propiciar aos
alunos uma reflexividade social, visto que vivemos na era da informação e do
enfrentamento de desafios, são os nossos objetivos. Como também, ao se descartarem a
neutralidade, a imparcialidade, o descompromisso, o conformismo, a ausência de
historicidade, propõe-se uma sociologia critica que analisa a realidade em sua perspectiva
de prática e de crítica social.
Em síntese trata-se de reconstruir com o aluno os conhecimentos que ele já
dispõe, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às
288
determinações históricas nas quais se situa na capacidade de intervir e transformar as
práticas sociais cristalizadas.
2. OBJETIVO
A finalidade desta disciplina tem como pressuposto teórico contribuir para formação
e o conhecimento sobre os diversos modos que a sociedade está constituída, onde o
educando possa interagir no meio do qual se encontra, possibilitando assim uma
transformação tanto do próprio indivíduo como também da sociedade como um todo.
3. CONTEÚDOS:
O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
O surgimento da Sociologia
As teorias sociológicas na compreensão do presente
A produção sociológica brasileira
Instituições sociais
A instituição escolar
A instituição religiosa
A instituição familiar
Cultura e Indústria Cultural
Cultura ou Culturas: uma contribuição antropológica
Diversidade Cultural Brasileira
Cultura: criação ou apropriação
Trabalho, Produção e Classes Sociais
O processo de trabalho e desigualdade social
Globalização
289
Poder, Política e Ideologia
Ideologia
Formação do Estado Moderno
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
Movimentos Sociais
Movimentos Agrários no Brasil
Movimento Estudantil
4. METODOLOGIA
Recursos audiovisuais (DVDs, filmes, vídeos, CDs); esses recursos devem ser
entendidos também como textos. Como tal, deve ser passível de leitura pelo aluno,
pois o cinema e a TV são dotados de linguagem próprios, e compreendê-los não
significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o professor proponha uma
interpretação analítica, contextual.
Pesquisa de campo (Reserva Indígena, Assentamentos, Favelas, Comunidade
Quilombola, etc.). A pesquisa de campo deve ser iniciada a partir da discussão com o
grupo de alunos sobre o tema a ser pesquisado e o seu enfoque. Em seguida, deverá
ser elaborado um pré-projeto de pesquisa a partir de referências bibliográficas, da
confecção de um roteiro de observação e/ ou de entrevistas, ida a campo para
levantamento dos dados, organização dos dados coletados, confecção de tabela ou
gráficos e, se necessário, a respectiva interpretação e, finalmente, a análise e a
articulação com a teoria.
Leituras (suportes teóricos), debates, análises de filmes, definições de conceitos
(produção de texto, pesquisa de dicionário).
Sistematização por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão –
visual musical ou literária.
290
5. AVALIAÇÃO
A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática
social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a
coerência na exposição das idéias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a serem
verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas
sociais, a iniciativa e autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, para
reverter práticas de acomodação, e sair do senso comum, são ações que indicam aos
professores o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias práticas
de ensino e aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que
acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a
produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática,
enfim várias podem ser as formas desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las
a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e
reflexão dos conteúdos pelo aluno.
6. REFERÊNCIAS
APLLE, Michael, Educação e Poder, Porto Alegre, Artes Médicas, 1989.
ARON, Ramond. As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo, Martins Fontes,
2002.
CARVALHO, Leyue Mato Grosso. Ijuí, Unijuí, 2004.
GASINO, Wilson J. Histórias Sobre Corrupção e Ganância. Curitiba, 2006.
291
GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre, Artemd, 2005.
IACOCCA, Liliana e Michele. De Onde Você Veio? Discutindo Preconceitos. São
Paulo, Ática, 2005.
NAZARI, Rosana Kátia. Sociologia Política e Construção da Cidadania no Paraná.
Cascavel, Edunioste, 2002.
PERIS, Alfredo Fonseca. Estratégias de Desenvolvimento Regional. Região Oeste do
Paraná. Cascavel, Edunioste, 2003.
RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civilização. São Paulo, Companhia das letras, 1996.
ROLIM, Rivail, Carvaslho. O Policiamento e a Ordem. História da Polícia em Londrina.
Londrina, UEL, 1999.
SILVA BENTO, Maria Aparecida. Cidadania em Preto e Branco. São Paulo, Ed. Ática,
2005.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado,
2008.
292
PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
293
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Sobre a ciência, cabe destacar que o conhecimento químico não é algo pronto,
acabado e inquestionável, mas em constante transformação. A ciência não é mais
considerada objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos
que por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são
provisórios.
A Química é a ciência natural que visa o estudo das substâncias, da sua
composição, estrutura e propriedades.
Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos professores e
abordados durante os séculos conforme as necessidades dos alunos e da população.
Atualmente o ensino da Química é norteado pela construção/reconstrução de significados
dos conceitos científicos, vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos,
sociais e culturais.
A apropriação desta ciência e de conhecimentos químicos deve acontecer por meio
do contato do aluno com a matéria e suas transformações. Os conceitos científicos devem
contribuir para a formação de indivíduos que compreendam e questionem a ciência atual.
A experimentação, por exemplo, favorece a apropriação efetiva dos conceitos
químicos, pois tem caráter investigativo e auxilia o aluno na explicitação, problematização
e discussão da significação destes conceitos.
O professor deve criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense
criticamente, reflita sobre as razões das problemáticas atuais e relacione conhecimentos
cotidianos aos científicos.
Portanto, baseado nas DCEs, as tendências desta disciplina visam uma formação
mais abrangente do estudante, com a inclusão, nos currículos institucionais, de temas que
propiciem a reflexão sobre caráter, ética, solidariedade, responsabilidade e cidadania,
pregando-se conceitos de “matéria” e “interdisciplinaridade”
294
2. OBJETIVO
Aplicar conceitos teóricos químicos básicos;
Observar mudanças que ocorrem ao seu redor descrevendo essas transformações em
linguagens discursivas e traduzi-las para outras formas de linguagem como: gráficos,
tabelas, etc.;
Identificar produtos naturais utilizados no cotidiano;
Resgatar conceitos base de aplicações e benefícios da Química;
Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
Analisar a abundância e desperdícios de materiais primordiais da natureza;
Auxiliar na construção de uma visão de mundo articulada que contribua para que o
indivíduo se veja como agente de transformação;
Aprimorar os conceitos e respeitar à periculosidade de manuseio de materiais.
3. CONTEÚDOS:
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e devem estar articulados à
especificidade regional de cada escola. Para a disciplina de química, são propostos os
seguintes conteúdos estruturantes:
Matéria e sua natureza;
Biogeoquímica
Química sintética
Matéria e sua natureza
É o conteúdo estruturante que identifica a disciplina de química, por se tratar da
essência da matéria. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais
conteúdos estruturantes.
295
Biogeoquímica
Esse conteúdo estruturante é caracterizado pelas interações existentes entre a
hidrosfera, litosfera e atmosfera.
O conteúdo estruturante biogeoquímica pode ser desdobrado nos seguintes
conteúdos específicos:
Química sintética
Este conteúdo estruturante foi consolidado a partir da apropriação da Química na
síntese de novos produtos e novos materiais, e permite o estudo que envolve os produtos
farmacêuticos e indústria alimentícia.
Os conteúdos específicos relacionados abaixo estão inseridos nos conteúdos
estruturantes:
- Estrutura da matéria; substância;
- Misturas; métodos de separação;
- Fenômenos físicos e químicos;
- Estrutura atômica;
- Distribuição eletrônica;
- Tabela periódica;
- Ligações químicas, funções químicas;
- Radioatividade.
- Soluções;
- Termoquímica;
- Cinética química;
- Equilíbrio químico;
- Química do carbono;
- Funções oxigenadas;
- Polímeros;
- Funções nitrogenadas;
296
- Isomeria.
4. METODOLOGIA
Partindo do princípio de que as aulas de química devem oportunizar ao aluno o
desenvolvimento do conhecimento científico, a apropriação dos conceitos da química e
sensibilizá-lo para um comprometimento com a vida no planeta, abordar-se-á assuntos
relevantes ao cotidiano relacionando-os aos conteúdos teóricos propostos na disciplina.
Utilizar-se de equipamentos com vídeo, TV, computador, natureza, laboratório, etc.,
possibilitará a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre os
alunos.
Propor aos alunos leituras que os auxiliem na construção de pensamento científico
crítico, enriquecendo-os com argumentos positivos e negativos frente às problemáticas
atuais, para em um próximo momento realizar debates em sala sobre temas cotidianos de
grande importância.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob condicionantes
do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre e interações recíprocas, no dia-a-
dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual; portanto, está sujeita a
alterações no seu desenvolvimento.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a avaliação formativa
e processual, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em
busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola.
Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica
297
incluente dos conhecimentos anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos
fenômenos naturais por meio de conceitos químicos.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar
instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos,
como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da
Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,
apresentação de seminários, exercícios avaliativos, avaliações com consulta, entre
outras. Estes instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros
também para os alunos, como direito de apropriação efetiva de conhecimentos que
contribuam para transformar a própria realidade, o mundo em que vivem,havendo a
recuperação concomitante com os conteúdos trabalhados.
6. REFERÊNCIAS
ALLINGER, Norman L. Química Orgânica: volume único; 2ª edição; Editora LTD; Rio de
Janeiro; 1976;
COVRE, Geraldo José. Química TotalVolume único; Editora FTD; São Paulo; 2001;
RUSSEL, Jhon B. Química Geral; 2ª Edição; Volume 2; Editora Makron Books; São Paulo;
1994;
PERUZZO, Tito Miragaia. Química; 2ª Edição; Volume único; Editora Moderna; São
Paulo, 2003;
SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil; Editora Ática; 2004;
298
UTIMURA, Teruko Y; LINGUANOTO, Maria. Química Fundamental; Volume único; Editora
FTD; São Paulo; 1998;
USBERCO, João e SALVADOR, Edgard. Química Volume Único São Paulo Saraiva 1999;
Orientações Curriculares: Departamento de Ensino Médio. Semana Pedagógica –
Química - Fevereiro 2006;
Diretrizes Curriculares Nacionais: Ensino Médio Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Média e Tecnológica. Brasília MEC 2002;
FELTRE, R. Fundamentos de Químico Volume Única Editora Moderna 1996;
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química professor
pesquisador 2ª Ed. Ijuí Editora Unijuí 2003 p.120;
CARVALHO, G. C. e SOUZA, C.L. Química (Coleção de olho no mundo do trabalho)
Volume Único - Editora Scipione São Paulo 2003;
SILVA, E.R. NOBREGA, O.S. e SILVA, R.H. Química Volume 1, 2 e 3 Editora Ática São
Paulo 2001;
Livro Didático Público de Química;
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná 2008.
299
PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA
300
1. APRESENTAÇÃO
Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidades de
conhecimento vinham de modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde a curiosidade
e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram a observação dos diferentes tipos de
seres vivos, que eram encarados unicamente como alimento.
Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seres
vivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentes
concepções de vida.
É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vida
sofreram a influência do contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas,
políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais, resultando no surgimento
da ciência biológica e de todos os seus ramos.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas em
modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam o esforço de
entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua
diversidade de manifestações. Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a
reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursos
naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no
ambiente, levando-se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.
É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade social e
o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimento
biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar esses conhecimentos de
forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos e em que época.
É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacando
os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o a conceitos
301
oriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio
num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do significado dos conteúdos
para a formação do aluno neste nível de ensino.
JUSTIFICATIVA
A disciplina de biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA.
OBJETIVO
Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando
para problemas existentes e incitando à responsabilidade.
Estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações de seu
cotidiano.
Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e
apresente o conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem
atemporal.
Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em
outros contextos relevantes para sua vida.
Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá-las a situações
diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
4. CONTEÚDOS
São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os conteúdos
biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.
Tomando por base as DCEs - Diretrizes Curriculares de Ensino, foram
definidos como tais os seguintes:
Organização dos seres vivos ;
Mecanismos biológicos;
302
Biodiversidade ;
Manipulação genética.
Organização dos Seres Vivos.
Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão geral
de noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os seres
vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.
Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco, ancestrais
comuns.
Mostrar para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes
zoológicas e botânicas.
1ª série
Biologia: definição e áreas de estudo; Citologia: componentes celulares, composição química da célula. Divisão celular.
2ª série
Principais sistemas do corpo humano: anatomia e fisiologia; Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
3ª série
Ecologia: principais conceitos; Dinâmica dos ecossistemas, relações entre os seres vivos e com o ambiente.
Mecanismos Biológicos.
Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas
orgânicos tanto do ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o
estudo da bioquímica celular, molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de
303
complexidade, aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no organismo
como um todo.
1ª série
Respiração celular, fermentação, fotossíntese e quimiossíntese;
2ª série
Reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
3ª série
Genética: conceitos e histórico.
Biodiversidade.
Todos os seres independentemente de sua organização e
complexidade, estão inseridos dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo
tanto de forma simbiótica como de forma deletéria.
As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem
para os processos de seleção, evolução e adaptações.
As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento de
reservas, uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais
precisam ser bem apropriados e entendidos como condição fundamental para a
preservação das espécies, principalmente a humana.
1ª série
Histologia: tipos de tecidos e suas funções.
2ª série
Vírus, principais viroses.
3ª série
1ª Lei de Mendel 2ª Lei de Mendel 3ª Lei de Mendel.
304
Manipulação genética.
Este conteúdo refere-se ao conteúdo estruturante das aplicações dos
conhecimentos de biologia.
Transmissão das carcterísticas hereditárias;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com
o ambiente;
Organismos geneticamente modificados.
A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das
ciências, sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados, conseqüências não
previstas a curto e médio prazo.
Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e eutanásia, o
embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais vigentes.
1ª série
Origem da vida; Teoria evolutivas; Organismos geneticamente modificados.
2ª série
Clonagem.
3ª série
Desequilíbrios ecológicos: aquecimento global, efeito estufa, entre outros.
5. METODOLOGIA
Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. Assim, a
uma idéia atribui-se valor quando ela pode ser freqüentemente usada como resposta a
questões postas.
305
Essa idéia, entretanto, se mantida de maneira a impedir novas questões
formativas, pode construir um obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico
bem como a aprendizagem científica.
Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os
conhecimentos humanos sofreram interferências e transformações do momento histórico
social, dos valores e ideologias, das necessidades
materiais do ser humano em cada momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a
sua interferência, neles interferiu. A metodologia de ensino de Biologia não poderá ser
como se estivesse ensinando um conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.
É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada
novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de outro já
conhecido. Assim o método experimental não pode ser abandonado, seja apenas para
demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo.
O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os conceitos
produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e os
resultados obtidos.
Trabalhar a questão da cultura afro-brasileira, quanto a herança genética. Dar
ênfase à conservação ambiental, sustentabilidade no que diz respeito à cultura indígena.
Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções
anteriores e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve-se propiciar um
entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a vida dos seres vivos e do
ambiente, provocando uma reflexão sobre o atual momento histórico social – científico –
tecnológico.
Utilizando-se do laboratório de biologia, para aulas práticas/experimentais, debates
em sala de aula, aulas expositivas através da TV pen drive etc.
6.AVALIAÇÃO
306
A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias, sobre
o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada
de conteúdos sempre que necessário e a recuperação simultânea.
A avaliação na Disciplina de Biologia, será continua e constante, seja ela de forma
escrita, oral, ou qualquer tipo de manifestação apresentada pelo educando, que
caracterize uma apreensão do conhecimento. Pois a interação diária entre professor e
aluno permite ao educador notar e perceber o desenvolvimento do conhecimento
cognitivo, apresentado pelo educando, que caracterize uma apreensão. Será considerada
a capacidade cognitiva gradativa por série, conforme a faixa etária, que o educando
apresenta na compreensão das relações dos conhecimentos, envolvido em cada
fenômeno, cada fato ou cada ato.
Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno,
considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários,
bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele
não sistematizado, etc.
Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais
diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços
na aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar produzir
textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos
de vista e se posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a avaliação levará
em consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e
formalizar o seu conhecimento.
Com relação à recuperação. Será feita no final de cada bimestre, tendo em vista
que é de direito do aluno.
307
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília, 2002.
CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
( Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDES,
2001.
CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhorar nossa Curitiba.
Departamento de Tecnologia e divisão Educacional. Departamento de Educação. Curitiba,
1998.
CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único.
LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova
Geração 2002.
LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3.
LOPES, Sônia. Biologia. Volume único.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macrorregional da Agenda 21
Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba.
2002.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão
preliminar. Curitiba. 2004.
PÉREZ, Maria Paz. Como Detectar lãs Necessidades de Intervicion – Sócio- educativo.
Narcea, Madrid, 1991.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Volume único.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores
Associados, 1997.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. BIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação –
SEED BIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba SEED - PR, 2008.
308
PROPOSTA CURRICULAR DA SALA DE APOIO DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
309
1. APRESENTAÇÃO
Considerando o homem um ser social e histórico que necessita de pré-requisitos
para seu desenvolvimento social e profissional e que possibilite ao mesmo tornar-se um
cidadão critico e capaz de solucionar problemas e desafios que venham surgir em sua
vida familiar ou profissional, é necessário que o mesmo tenha um aprendizado escolar de
qualidade.
A Secretaria Estadual de Educação tendo este fato como referência e levando em
consideração que os alunos estão ingressando na 5ª série do Ensino Fundamental, com
defasagem em Língua Portuguesa, foi criada em 2004 a sala de apoio ao ensino e
aprendizagem com o objetivo de sanar as mesmas.
2. OBJETIVO O objetivo da sala de apoio é atingir os alunos de 5ª série com defasagens de
aprendizagem em conteúdos referentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental em
Língua Portuguesa. Diagnosticar as dificuldades de oralidade, leitura e escrita.
3. CONTEÚDOS
Conteúdos Básicos
Leitura:
Reconhecer a ideia central do texto;
Localizar informações explícitas no texto;
Reconhecer os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada;
Identificar quando o texto foi produzido, por quem, para quem entre outros.
Escrita:
Escrever com clareza, sendo coeso e coerente;
Produzir textos de acordo com a situação exigida (opinião, informação, poesia, etc.)
Reestruturar os textos.
310
Oralidade:
Participar de debates, expondo ideias com clareza, atendendo aos objetivos do
texto e do interlocutor.
4. METODOLOGIA
Os conteúdos serão desenvolvidos conforme a necessidade de aprendizado do
aluno, usando recursos diversos como: jornais, revistas, gibis, caderno individualizado,
materiais impressos, jogos diversos( tabuleiros, online), material concreto, resolução de
problemas, etc..
A frequência dos alunos será acompanhada pelo professor e equipe pedagógica
para fazer a movimentação necessária e também providenciar a substituição quando
houver a superação das dificuldades apresentadas, oportunizando o atendimento de
alunos novos.
Os alunos terão atendimento individualizado conforme sua necessidade e
dificuldade para garantir o ensino aprendizado.
Os pais ou responsáveis receberão informações sobre a importância dos alunos
frequentarem a sala de apoio, para sanar as dificuldades se responsabilizando pela
frequência nas aulas em contraturno.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é contínua e individual, esta é feita em conjunto pelo professor da sala
de apoio e professor regente da classe, através de observações e desenvolvimento das
atividades propostas, levando em consideração o progresso no aprendizado do aluno e se
a defasagem e dificuldade apresentadas inicialmente foram superadas.
6. REFERÊNCIAS
311
DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. Língua Portuguesa, Curitiba, 2008.
312
PROPOSTA CURRICULAR DA SALA DE APOIO DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
313
1. APRESENTAÇÃO
Considerando o homem um ser social e histórico que necessita de pré-requisitos
para seu desenvolvimento social e profissional e que possibilite ao mesmo tornar-se um
cidadão critico e capaz de solucionar problemas e desafios que venham surgir em sua
vida familiar ou profissional, é necessário que o mesmo tenha um aprendizado escolar de
qualidade.
A Secretaria Estadual de Educação tendo este fato como referência e levando em
consideração que os alunos estão ingressando na 5ª série do Ensino Fundamental, com
defasagem em Língua Portuguesa, foi criada em 2004 a sala de apoio ao ensino e
aprendizagem com o objetivo de sanar as mesmas.
2. OBJETIVO O objetivo da sala de apoio é atingir os alunos de 5ª série com defasagens de
aprendizagem em conteúdos referentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental em
Língua Portuguesa. Na matemática, resolver operações básicas e elementares, formas
planas e espaciais, leitura e interpretação das situações problema, referentes aos
conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, apresentadas pelos alunos.
3. CONTEÚDOS:
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Sistema de Numeração decimal;
Classificação e Seriação;
Operações básicas dos números naturais;
Números fracionários;
Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento;
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Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de Volume;
Medidas de tempo;
Medidas de ângulos;
Sistema monetário.
GEOMETRIAS
Geometria plana;
Geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Leitura de tabelas e gráficos;
Porcentagem.
4. METODOLOGIA
Os conteúdos serão desenvolvidos conforme a necessidade de aprendizado do
aluno, usando recursos diversos como: jornais, revistas, gibis, caderno individualizado,
materiais impressos, jogos diversos( tabuleiros, online), material concreto, resolução de
problemas, etc..
A frequência dos alunos será acompanhada pelo professor e equipe pedagógica
para fazer a movimentação necessária e também providenciar a substituição quando
houver a superação das dificuldades apresentadas, oportunizando o atendimento de
alunos novos.
Os alunos terão atendimento individualizado conforme sua necessidade e
dificuldade para garantir o ensino aprendizado.
Os pais ou responsáveis receberão informações sobre a importância dos alunos
frequentarem a sala de apoio, para sanar as dificuldades se responsabilizando pela
frequência nas aulas em contraturno.
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5. AVALIAÇÃO
A avaliação é contínua e individual, esta é feita em conjunto pelo professor da sala
de apoio e professor regente da classe, através de observações e desenvolvimento das
atividades propostas, levando em consideração o progresso no aprendizado do aluno e se
a defasagem e dificuldade apresentadas inicialmente foram superadas.
6. REFERÊNCIAS
DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Matemática, Curitiba, 2008.