educação: dilemas e desafios · 2017. 10. 16. · escola transformadora? • se os alunos não...
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Educação: Dilemas e Desafios
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Qual a Educação Pública que Desejamos?
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Lições da Finlândia*
• Reformar o sistema educacional exige um processo lento ecomplexo. Apressar esse processo é arruiná-lo. A história datransformação educacional da Finlândia deixa isso claro. Os passosprecisam estar amparados em pesquisas e a implementaçãotambém deve se dar em colaboração com a academia, governo,gestores escolares e professores.
• A importância de participação das comunidades escolares• Valorização do professor, na formação, na remuneração e no
reconhecimento• Arranjos pedagógicos flexíveis e individualizados para diferentes
modos de aprender, currículo criativo e autonomia dos professores
• *SAHLBERG, Pasi. Finnish Lessons. Tradução livre.
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OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela uniãoindissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,constitui-se em Estado Democrático de Direito (...)
• Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da RepúblicaFederativa do Brasil:
• I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;• II - garantir o desenvolvimento nacional;
• III - erradicar a pobreza e a marginalização ereduzir as desigualdades sociais e regionais;
• IV - promover o bem de todos, sempreconceitos de origem, raça, sexo, cor, idadee quaisquer outras formas de discriminação.
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Escola Transformadora?
• Se os alunos não são mais os mesmos, se o mundo não é mais o mesmo,como fazer do mesmo modo? (Cortella, in Educação, Escola e Docência –Cortez, pág. 10)
• “Momentos graves são também momentos grávidos! Afinal de contas,toda situação grave contém uma gravidez, ou seja, a possibilidade de darà luz uma nova situação.” É preciso fugir da nostalgia.
• “O docente velho tem uma característica: passa o tempo todo tentandomostrar que algo não vai dar certo, em vez de usar o mesmo tempo paraque aquilo dê certo. Aliás, o professor velho, de maneira geral, épessimista. E o pessimismo é o refúgio de quem não quer ter muitotrabalho.”
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É PROIBIDO RESMUNGAR
• Regra 34 da Ordem dos Beneditinos, fundada por São Bentono século VI: “É proibido resmungar”. Toda escola deveria teresse lema exposto bem na entrada. Não é proibido reclamar,não é proibido debater, não é proibido discordar, mas éproibido resmungar. Em latim está escrito: “è proibidomurmurar”. Gente que murmura, em vez de fazer, ficaresmungando. Em vez de acender vela, fica amaldiçoando aescuridão. Em vez de partir e fazer o que precisa ser feito,fica dizendo: “Assim não dá”, “Onde já se viu?”, “Alguém temde fazer alguma coisa”.
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Novas Práticas
• “O aluno que entrou este ano nauniversidade, que está com 17, 18 anos, nãochegou a ver um filme “antigo”, chamadoTitanic, que é de 1997.”
• Immanuel Kant : “Avalia-se a inteligência deum indivíduo pela quantidade de incertezasque ele é capaz de suportar”
• Ditado árabe: “Homens são como tapetes, àsvezes precisam ser sacudidos.”
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Sala de Aula entre 1837 e 1901
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Escola Caetano de Campos 1901
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Sala de Aula em São Paulo - 2015
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EDUCAÇÃO: CONSTRUÇÃO COLETIVA
• NÃO HÁ EDUCAÇÃO DE QUALIDADE SEMINVESTIMENTO ADEQUADO E PARTICIPAÇÃODAS COMUNIDADES ESCOLARES
• FORTALECIMENTO DOS PLANOS NACIONAL,ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
• QUALIDADE E REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES
• EDUCAÇÃO INCLUSIVA
• O RECADO DOS SECUNDARISTAS
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FINANCIAMENTO E EMENDA CONSTITUCIONAL 95
• em 2013, somente 4,2 % das escolas de educação básica no Paíspossuíam infraestrutura adequada e a oferta de educação infantilem creches atingia apenas 23,2% das crianças (Inep); em 2014, orendimento médio dos professores de educação básicacorrespondeu a 54,5% do rendimento médio dos demaisprofissionais com mesma escolaridade (IBGE, Pnad); apesar de opiso salarial dos professores da educação básica estar definido emlei, somente 14 estados e 8 capitais cumpriam, em 2016, suasdisposições integralmente (SASE/MEC); em 2012, o gasto anual porestudante primário no Brasil foi de U$ 3.095,00 contra U$ 8.247,00de média para os países integrantes da OCDE (Educatio n at aGlance 2015).
• Custo Aluno Qualidade Inicial e Custo Aluno Qualidade –ampliaçãodos repasses do FUNDEB.
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us$ PPP % Pib/hab
Afghanistan 3,3 157 9,5 13Argentina 5,3 2.857 14,4 15Australia 5,2 8.514 18,4 14Austria 5,5 11.369 23,4 10Bolivia 7,3 1.565 23,5 17Brasil 6,0 3.168 20,0 16Chile 4,9 3.591 14,3 19Colombia 4,5 2.456 17,5 15Cuba 12,8 8.927 49,4 ndFinland 7,2 8.818 21,2 12France 5,5 7.124 18,0 10Germany 5,0 8.430 17,9 11Hungary 4,7 3.741 14,7 9Japan 3,6 8.791 22,5 9Mexico 5,3 2.566 14,9 19Peru 4,0 1.626 12,6 18Portugal 5,1 6.813 23,6 10Rep. Korea 5,1 9.970 24,5 ndSpain 4,3 5.964 17,6 10USA 5,4 10.509 19,9 15
Gasto/aluno primário
% do Gasto total% do PIBPaís%
O Gasto com educa-ção:Com-parandocom outros países..
Fonte: Unesco (2014)
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Será que R$ não faz diferença?
Nota PISA x Gasto 6-15 anos -2008/9
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
Br ME CHI Rep.
Ch
ESP ITA POR HUG RU DIN FR ALE SUE US POL EST JAP CAN FIN COR
0
100
200
300
400
500
600
Gasto 6-15
Leitura
Maior PISA: Coreia = 539
Menor PISA: Brasil: 412
Diferença: 127 pontos
* 40 pontos (1 ano escolar)
Gasto Coréia= 3 x Brasil
(JP, CAN, SUE, DIN: x 4)
Nota
Gasto
Quanto + pobre e desigual o país pior o desempenho
Fonte: OCDE
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Escola Rede Cidade Mensalidade Nota
OBJETIVO COLÉGIO
INTEGRADOPrivada São Paulo R$ 1.802 737,15
COLÉGIO ELITE VALE DO AÇO Privada Ipatinga R$ 845 718,88
COLÉGIO BERNOULLI -
UNIDADE LOURDESPrivada Belo
Horizonte
R$ 1.188 718,18
VÉRTICE COLÉGIO UNID II Privada São Paulo R$ 3.253 714,99
COLÉGIO ARI DE SÁ
CAVALCANTEPrivada Fortaleza R$ 919 710,54
INST DOM BARRETO Privada Teresina R$ 780 707,07
COL DE APLICACAO DA UFV -
COLUNIFederal Viçosa Gratuito 704,28
Comparando com a rede privada: Mensalidade x ENEM (2011)
Valor/aluno-mês E Médio Fundeb/SP: R$ 280,00 (est. 2015)
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Salário anual p/professor primário em
início de carreira - (US$ PPP)2008
8 331
9 186
12 045
15 612
15 658
24 006
27 951
27 995
29 767
30 522
32 692
34 296
36 502
40 896
46 446
0 10 000 20 000 30 000 40 000 50 000
Brasil
Poland
Hungary
Chile
Mexico
France
Greece
Japan
OCDE
Korea
Finland
Portugal
United States
Spain
Germany
A diferença do dinheiro: o efeito nos insumos salários
Fonte: OCDE
Br (Piso)
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Não haverá PNE com a EC/95
18,0%17,5%
17,0%16,5%
16,0%15,5%
15,1%14,6%
14,2%13,8%
13,4%13,0% 12,6% 12,3% 11,9% 11,6% 11,2% 10,9% 10,6% 10,3%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
20,0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Efeitos da PEC 241 na Vinculação da União (ano 1= 18%)
%
Obs: Supondo crescimento anual da receita de 3%.
EC/95 II Políticas recessivas condenam o futuro do país
(perda do bônus populacional)
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PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
• Art. 9o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípiosdeverão aprovar leis específicas para os seus sistemas deensino, disciplinando a gestão democrática da educaçãopública nos respectivos âmbitos de atuação, no prazo de 2(dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando,quando for o caso, a legislação local já adotada com essafinalidade.
• Art. 13. O poder público deverá instituir, em lei específica,contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o SistemaNacional de Educação, responsável pela articulação entre ossistemas de ensino, em regime de colaboração, paraefetivação das diretrizes, metas e estratégias do PlanoNacional de Educação.
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DECRETO Nº 3.321, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1999.Promulga o Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria deDireitos Econômicos, Sociais e Culturais "Protocolo de São Salvador", concluído em 17 denovembro de 1988, em São Salvador, El Salvador.
• 2. Os Estados-Partes neste Protocolo convêm em que a educação deveráorientar-se para o pleno desenvolvimento da personalidade humana e dosentido de sua dignidade, e deverá fortalecer o respeito pelos direitoshumanos, pelo pluralismo ideológico, pelas liberdades fundamentais, pelajustiça e pela paz. Convêm também em que a educação deve tornar todasas pessoas capazes de participar efetivamente de uma sociedadedemocrática e pluralista e de conseguir uma subsistência digna; bemcomo favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas asnações e todos os grupos raciais, étnicos ou religiosos, e promover asatividades em prol da manutenção da paz.
• De acordo com a legislação interna dos Estados-Partes, os pais terãodireito a escolher o tipo de educação que deverá ser ministrada aos seusfilhos, desde que esteja de acordo com os princípios enunciados acima.
• NÃO HÁ RELAÇÃO DE SUBSIDIARIEDADE ENTRE EDUCAÇÃO ESCOLAR E FAMILIAR
• INCONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS EM SENTIDO CONTRÁRIO
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Escola Sem Partido• MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
5.537 ALAGOAS
• I. Vícios formais da Lei 7.800/2016 do Estado de Alagoas: 1. Violação àcompetência privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases daeducação nacional (CF, art. 22, XXIV): a liberdade de ensinar e opluralismo de ideias são princípios e diretrizes do sistema (CF, art. 206, IIe III); 2. Afronta a dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação:usurpação da competência da União para estabelecer normas geraissobre o tema (CF, art. 24, IX e § 1º); 3. Violação à competência privativada União para legislar sobre direito civil (CF, art. 22, I): a lei impugnadaprevê normas contratuais a serem observadas pelas escolasconfessionais; 4. Violação à iniciativa privativa do Chefe do Executivopara deflagrar o processo legislativo (CF, art. 61, § 1º, “c” e “e”, ao art. 63,I): não é possível, mediante projeto de lei de iniciativa parlamentar,promover a alteração do regime jurídico aplicável aos professores darede escolar pública, a alteração de atribuições de órgão do PoderExecutivo e prever obrigação de oferta de curso que implica aumento degastos.
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Escola Sem Partido• II. Inconstitucionalidades materiais da Lei 7.800/2016 do
Estado de Alagoas: 5. Violação do direito à educação com oalcance pleno e emancipatório que lhe confere aConstituição. Supressão de domínios inteiros do saber douniverso escolar. Incompatibilidade entre o suposto dever deneutralidade, previsto na lei, e os princípios constitucionaisda liberdade de ensinar, de aprender e do pluralismo deideias (CF/1988, arts. 205, 206 e 214). 6. Vedações genéricasde conduta que, a pretexto de evitarem a doutrinação dealunos, podem gerar a perseguição de professores que nãocompartilhem das visões dominantes. Risco de aplicaçãoseletiva da lei, para fins persecutórios. Violação ao princípioda proporcionalidade (CF/1988, art. 5º, LIV, c/c art. 1º)
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O PREÇO DA DESIGUALDADE
• enquanto a chance de um filho de paianalfabeto ser também analfabeto é de 32%,essa probabilidade cai para 0,2% se o pai tivero ensino superior; alguém cujo pai éanalfabeto tem apenas 0,6% de chance decompletar o ensino superior contra umaprobabilidade de 60% caso o pai tenha ensinosuperior completo
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O DRAMA DA DESIGUALDADE
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O drama da desigualdade
•80% dos presos nãopossuem o ensinobásico completo
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O DRAMA DA DESIGUALDADE
• 21,9% DAS CRIANÇAS MAIS POBRES FREQUENTAMCRECHES x 52,3% DAS CRIANÇAS MAIS RICAS;
• 65,9% DOS JOVENS DE 16 ANOS CONCLUÍRAMENSINO FUNDAMENTAL NA REGIÃO NORDESTE x83,5% NA REGIÃO SUDESTE
• 71% DOS JOVENS BRANCOS NO ENSINO MÉDIO x56,8% DOS JOVENS PRETOS
• 45,4% DAS CRIANÇAS COM NSE MUITO BAIXOAPRESENTAM PROFICIÊNCIA EM LEITURA NO 3º.ANO DO EF X 98,3% COM NSE MAIS ALTO
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PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO• 20.6) no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PNE, será implantado o
Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi, referenciado no conjunto depadrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujofinanciamento será calculado com base nos respectivos insumosindispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem e seráprogressivamente reajustado até a implementação plena do Custo AlunoQualidade - CAQ;
• 20.7) implementar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro parao financiamento da educação de todas etapas e modalidades daeducação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dosindicadores de gastos educacionais com investimentos em qualificação eremuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educaçãopública, em aquisição, manutenção, construção e conservação deinstalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição dematerial didático-escolar, alimentação e transporte escolar;
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PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO• 20.8) o CAQ será definido no prazo de 3 (três) anos
e será continuamente ajustado, com base emmetodologia formulada pelo Ministério daEducação - MEC, e acompanhado pelo FórumNacional de Educação - FNE, pelo Conselho Nacionalde Educação - CNE e pelas Comissões de Educaçãoda Câmara dos Deputados e de Educação, Cultura eEsportes do Senado Federal;
• Resolução CNE 08/2010 (não homologada) - 1) a necessidade de real valorização da carreira do magistério; 2) a ampliação do financiamento da educação; e 3) uma melhor organização da gestão
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CAQi e CAQ
• 1. Professores qualificados com remuneração adequada e compatível a deoutros profissionais com igual nível de formação no mercado de trabalho,com regime de trabalho de 40 horas em tempo integral numa mesmaescola. No cálculo do CAQi, fixou-se um adicional de 50% para osprofissionais que atuam na escola e que possuem nível superior emrelação aos demais profissionais que possuem nível médio comhabilitação técnica; para aqueles que possuem apenas formação de EnsinoFundamental foi previsto um salário correspondente a 70% em relaçãoàqueles de nível médio.
• 2. A existência de pessoal de apoio técnico e administrativo que assegureo bom funcionamento da escola, como a preparação da merenda,funcionamento da biblioteca, limpeza predial e setor de secretária daescola, por exemplo.
• 3. A existência de Creches e escolas possuindo condições deinfraestrutura e de equipamentos adequados aos seus usuários.
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CAQi e CAQ
• 4. A definição de uma relação adequada entre o número de alunos porturma e por professor, que permita uma aprendizagem de qualidade.Nessa proposta, as seguintes relações aluno/professor por turma foramconsideradas: (a) Creche: 13 crianças, (b) Pré-Escola: 22 alunos, (c) EnsinoFundamental, anos iniciais: 24 alunos, (d) Ensino Fundamental, anosfinais: 30 alunos e (e) Ensino Médio: 30 alunos.
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O valor/aluno mínimo do Fundeb e o CAQi
Fundeb - 2015
(estimativa)
CAQi -2015*
(estimativa)
CAQi/Fundeb
Creche (tempo integral) 3.349,27 10.142,68 3,03
Pré-escola (tempo
parcial)
2.576,36 4.253,09 1,65
Ensino Fundamental
Anos Iniciais urb
2.576,36 3.744,98 1,45
Ensino Fundamental
Anos Finais urbano
2.834,00 3.666,97 1,29
Ensino Fundamental
Anos Iniciais
Rural
2.962,82 6.189,63 2,09
Ensino Fundamental
Anos finais Rural
3.091,64 4.733,25 1,53
Ensino Médio 3.220,46 3.771,00 1,17
EJA EF (anos iniciais
urbano)
2.061,09 3.744,98 1,82
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EDUCAÇÃO –
DIREITO DE TODOSEDUCAÇÃO INCLUSIVA
SUPORTES E ATITUDE
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Novos Desafios – Virar a
Escola do Avesso
Como não se transmite aquilo que se diz, mas aquilo
que se é, os professores inclusos em uma equipe com
projeto promovem inclusão (José Pacheco)
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Vocês de fato acreditam na educação inclusiva?
Uma pessoa incapaz de mover quaisquer músculos,
que não fala, totalmente dependente para se
locomover, se alimentar, ir ao banheiro, que sequer
movimenta a cabeça, pode frequentar um espaço
educacional regular?
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DEFICIÊNCIA
Stephen Hawking
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Pessoa com deficiência
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO
Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que
tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.
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Pessoas com Deficiência
Mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter
alguma deficiência, segundo dados do Censo
Demográfico 2010
23,9% da população.
10% estimativa em relação à população mundial
Há tantas diferenças entre duas pessoas com
deficiência quanto há entre todas as pessoas
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Educação inclusiva
Sinônimo de universalização da educação
Reconhecimento e valorização da diversidade
humana
Acolhimento a todas as diferenças, tais como étnicas,
de gênero, deficiência, religiosas, de orientação
sexual, culturais e outras
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A ESCOLA DEVE SER INCLUSIVA
O SISTEMA EDUCACIONAL DEVE SER INCLUSIVO
A SOCIEDADE DEVE SER INCLUSIVA
“ALUNO INCLUÍDO”, “ALUNO DE INCLUSÃO” SÃO
EXPRESSÕES QUE NÃO MAIS CORRESPONDEM AO
PRINCÍPIO DE INCLUSÃO SOCIAL
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EDUCAÇÃO PARA TODOS
HOMOGENEIDADE X HETEROGENEIDADE
DIVERSIDADE COMO FATOR IMPORTANTE PARA A
CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO.
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL SUBSTITUTIVA PARA A
EDUCAÇÃO ESPECIAL COMPLEMENTAR OU
SUPLEMENTAR
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DIVERSIDADE
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Educação de todos
Falar sobre educação para todos, portanto, é falar a
respeito da construção de uma nova escola que
acolha e propicie condições de pleno
desenvolvimento para todo e qualquer aluno,
vedadas posturas discriminatórias em razão de etnia,
gênero, deficiência, religião, orientação sexual, etc.
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EDUCAÇÃO PARA TODOS
No que diz respeito à educação das pessoas com
deficiência há que se ter em mente que eventuais
limitações não são exclusivas do indivíduo, mas
decorrem da interação de tais pessoas com
obstáculos e/ou barreiras existentes no ambiente
físico e social
Para garantir o direito de todos à educação,
portanto, faz-se necessário reduzir barreiras físicas e
sociais e disponibilizar eventuais suportes que
permitam aos indivíduos, respeitadas as diferenças, o
pleno desenvolvimento pessoal;
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EDUCAÇÃO PARA TODOS
“O ENSINO INCLUSIVO É A PRÁTICA DA INCLUSÃO DE
TODOS – INDEPENDENTEMENTE DE SEU TALENTO,
DEFICIÊNCIA, ORIGEM SOCIOECONÔMICA OU
ORIGEM CULTURAL – EM ESCOLAS E SALAS DE AULA
PROVEDORAS, ONDE TODAS AS NECESSIDADES DOS
ALUNOS SÃO SATISFEITAS” (Stainback e Stainback,
1999)
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Pesquisa da APAE São Paulo
Do ponto de vista do aluno com Deficiência Intelectual,há evidências de que a convivência apenas emambientes segregados não favorece e não estimula odesenvolvimento integral dos mesmos da mesma formaque os ambientes educacionais inclusivos
Portanto, tanto a vivência na classe comum quanto otrabalho complementar na rede regular de ensinopotencializam o desenvolvimento desses alunos,conforme observado por meio do monitoramento eacompanhamento durante os três anos em visitas àsunidades escolares. Além disso, sabemos que aaquisição e desenvolvimento da linguagem sãoresultados de um processo de interação entre o sujeito eo meio em que está inserido, o que torna a inclusãoescolar algo fundamental e importante, uma vez que énesse contexto que o aluno interage com os seus pares ecom o professor.
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EDUCAÇÃO ESPECIAL
É recente na História do Brasil a consideração da
educação especial ou “educação de deficientes” na
política educacional, fato ocorrido apenas no final
dos anos 1950 e início da década de 1960. (Mazzota,
2011)
Nos anos seguintes ainda prevaleceu o modelo de
atendimento aos alunos com deficiência em escolas
ou instituições especiais, segregadas, exclusivas para
pessoas com deficiência.
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EDUCAÇÃO PARA TODOS
Atualmente, todo o conjunto de Leis vigentes no Brasil
estabelece a necessidade de mudança da história
escolar excludente, com a construção de uma nova
escola que acolha, de fato, toda a diversidade que
existe fora de seus muros.
Além das regras Constitucionais anteriormente
citadas, veja-se, por exemplo, o que determina
também o Estatuto da criança e do Adolescente:
Art. 55 - Os pais ou responsável têm a obrigação de
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de
ensino
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SUPORTE
COMO VIMOS, MAIORES OU MENORES LIMITAÇÕES E
DIFICULDADES ESTÃO RELACIONADAS À INTERAÇÃO
DOS INDIVÍDUOS COM O MEIO MAIS OU MENOS
ACOLHEDOR
QUANTO MAIORES OS OBSTÁCULOS – FÍSICOS,
CULTURAIS, PEDAGÓGICOS, DE ATITUDE, ETC – MAIS
LIMITADORAS SERÃO AS CHAMADAS DEFICIÊNCIAS
-
SUPORTE
PARA QUE SEJA EFETIVA A
INCLUSÃO DE TODOS NO
AMBIENTE E NO PROCESSO
EDUCACIONAL HÁ QUE SE
RETIRAR BARREIRAS E
DISPONIBILIZAR APOIOS,
QUANDO NECESSÁRIOS
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MARCOS LEGAIS
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência – ONU – 2006
Constituição da República Federativa do Brasil
Estatuto da Criança e do Adolescente
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Decreto nº 5.296/2004
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011.
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MARCOS LEGAIS
Lei nº 7.853/89
LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.
Resolução nº 04/2009 CNE/CEB
Deliberação CEE 149/2016
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 – LEI BRASILEIRA DE
INCLUSÃO
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CONVENÇÃO
Estados Partes assegurarão sistema educacional
inclusivo em todos os níveis
Não exclusão das pessoas com deficiência do
sistema educacional geral
Garantia de apoio necessário às pessoas com
deficiência, no âmbito do sistema educacional geral,
para facilitar sua efetiva educação
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CONSTITUIÇÃO
A República Federativa do Brasil tem como um de
seus fundamentos a dignidade da pessoa humana
(artigo 1º)
Objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil a construção de uma sociedade livre, justa e
solidária e a promoção do bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação (artigo 3º)
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CONSTITUIÇÃO
EDUCAÇÃO, DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO E
DA FAMÍLIA, SERÁ PROMOVIDA E INCENTIVADA COM
A COLABORAÇÃO DA SOCIEDADE, VISANDO AO
PLENO DESENVOLVIMENTO DA PESSOA, SEU PREPARO
PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA E SUA
QUALIFICAÇÃO PARA O TRABALHO. (ARTIGO 205)
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CONSTITUIÇÃO
PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO ENSINO (ARTIGO 206):
IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA O ACESSO E
PERMANÊNCIA NA ESCOLA
GARANTIA DE PADRÃO DE QUALIDADE
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CONSTITUIÇÃO
DEVERES DO ESTADO PARA GARANTIA DO DIREITO À
EDUCAÇÃO:
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AOS
PORTADORES DE DEFICIÊNCIA, PREFERENCIALMENTE
NA REDE REGULAR DE ENSINO
ATENDIMENTO AO EDUCANDO, EM TODAS AS ETAPAS
DA EDUCAÇÃO BÁSICA, POR MEIO DE PROGRAMAS
SUPLEMENTARES DE MATERIAL DIDÁTICO-ESCOLAR,
TRANSPORTE, ALIMENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE
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CONSTITUIÇÃO
O não oferecimento do ensino
obrigatório pelo Poder Público, ou sua
oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade
competente
A iniciativa privada deve cumprir as
normas gerais da educação nacional
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ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
DIZ A CONSTITUIÇÃO QUE O DEVER DO ESTADO COM
A EDUCAÇÃO SERÁ EFETIVADO MEDIANTE A
GARANTIA DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA,
PREFERENCIALMENTE NA REDE REGULAR DE ENSINO
NÃO CONFUNDIR O ATENDIMENTO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
COM EDUCAÇÃO ESPECIAL
SEGREGADORA, SUBSTITUTIVA DA
ESCOLARIZAÇÃO REGULAR
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ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PODE
SER COMPLEMENTAR À FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES
COM DEFICIÊNCIA, TRANSTORNOS GLOBAIS DO
DESENVOLVIMENTO OU SUPLEMENTAR À FORMAÇÃO
DE ESTUDANTES COM ALTAS HABILIDADES E
SUPERDOTAÇÃO
ATENTE-SE, POR TANTO, PARA O FATO DE QUE O AEE –
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - NÃO
SUBSTITUI A EDUCAÇÃO DE TODOS NA REDE REGULAR
DE ENSINO
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ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
MERECE LEITURA ATENTA A RESOLUÇÃO Nº 04/09 DOCONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SOBRE O AEE.DESTACAMOS:
Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala derecursos multifuncionais da própria escola ou emoutra escola de ensino regular, no turno inverso daescolarização, não sendo substitutivo às classescomuns, podendo ser realizado, também, em centrode Atendimento Educacional Especializado da redepública ou de instituições comunitárias, confessionaisou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas coma Secretaria de Educação ou órgão equivalente dosEstados, Distrito Federal ou dos Municípios.
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ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
Art. 6º - Em casos de Atendimento EducacionalEspecializado em ambiente hospitalar ou domiciliar,será ofertada aos alunos, pelo respectivo sistema deensino, a Educação Especial de forma complementarou suplementar.
Art. 7º - Os alunos com altashabilidades/superdotação terão suas atividades deenriquecimento curricular desenvolvidas no âmbitode escolas públicas de ensino regular em interfacecom os núcleos de atividades para altashabilidades/superdotação e com as instituições deensino superior e institutos voltados aodesenvolvimento e promoção da pesquisa, das artese dos esportes.
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L D B – ARTIGOS 58 A 60
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio
especializado, na escola regular, para atender às
peculiaridades da clientela de educação especial.
Parágrafo único. O poder público adotará, como
alternativa preferencial, a ampliação do
atendimento aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação na própria rede pública
regular de ensino, independentemente do apoio às
instituições previstas neste artigo.
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DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE
NOVEMBRO DE 2011.
Art. 1o O dever do Estado com a educação das pessoas
público-alvo da educação especial será efetivado de
acordo com as seguintes diretrizes:
I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os
níveis, sem discriminação e com base na igualdade de
oportunidades;
II - aprendizado ao longo de toda a vida;
III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação
de deficiência;
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Decreto nº 6711/11
IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais;
V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;
VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena;
VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; e
VIII - apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial.
§ 1o Para fins deste Decreto, considera-se público-alvo da educação especial as pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação.
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RESOLUÇÃO CNE/CEB 04/09
Diretrizes Operacionais do AEE
Os sistemas de ensino devem matricular os alunos
com deficiência, TGD e altas habilidades nas classes
comuns do ensino regular e no AEE
AEE é complementar ou suplementar (não
substitutivo) e deve ser realizado prioritariamente na
sala de recursos multifuncionais da própria escola, no
turno inverso ao da escolarização
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Resolução 04/09
Elaboração e execução do AEE são de competência
dos professores da sala de recursos em articulação
com os professores da sala regular, participação da
família e demais serviços necessários ao atendimento
(saúde, assistência social, etc)
Plano do AEE – identificação das necessidades
educacionais específicas dos alunos, definição dos
recursos necessários e das atividades a serem
desenvolvidas
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Professor de AEE
I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços,
recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias
considerando as necessidades específicas dos alunos
público-alvo da Educação Especial;
II – elaborar e executar plano de Atendimento
Educacional Especializado, avaliando a
funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos
alunos na sala de recursos multifuncionais;
IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade
dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala
de aula comum do ensino regular, bem como em
outros ambientes da escola;
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Professor de AEE
V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais
na elaboração de estratégias e na disponibilização
de recursos de acessibilidade;
VI – orientar professores e famílias sobre os recursos
pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a
ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo autonomia e participação;
VIII – estabelecer articulação com os professores da
sala de aula comum, visando à disponibilização dos
serviços, dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade e das estratégias que promovem a
participação dos alunos nas atividades escolares.
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DELIBERAÇÃO CEE 149/16
Art. 1º A educação especial é modalidade que integra aeducação regular em todos os níveis, etapas emodalidades de ensino e deverá assegurar recursos eserviços educacionais, organizados institucionalmentepara apoiar, complementar e suplementar o ensinoregular, com o objetivo de garantir a educação escolare promover o desenvolvimento das potencialidades doseducandos com deficiência física, intelectual, sensorialou múltipla, transtornos globais do desenvolvimentoe altas habilidades ou superdotação.
Art. 5º Para atender às disposições da presenteDeliberação, as escolas que integram o sistema estadualde ensino não poderão realizar cobrança de valoresadicionais como estabelecido no art. 28, § 1º da LeiFederal 13.146, de 6 de julho de 2015.
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Lei brasileira de inclusão
DO DIREITO À EDUCAÇÃO
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com
deficiência, assegurados sistema educacional
inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo
de toda a vida, de forma a alcançar o máximo
desenvolvimento possível de seus talentos e
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais,
segundo suas características, interesses enecessidades de aprendizagem.
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Lei brasileira de inclusão
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis emodalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda avida;
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantircondições de acesso, permanência, participação eaprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos deacessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusãoplena;
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimentoeducacional especializado, assim como os demais serviços eadaptações razoáveis, para atender às características dosestudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso aocurrículo em condições de igualdade, promovendo a conquistae o exercício de sua autonomia;
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Lei brasileira de inclusão
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração
de plano de atendimento educacional especializado,
de organização de recursos e serviços de
acessibilidade e de disponibilização e usabilidade
pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;
VIII - participação dos estudantes com deficiência e
de suas famílias nas diversas instâncias de atuaçãoda comunidade escolar;
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos
programas de formação inicial e continuada de
professores e oferta de formação continuada para o
atendimento educacional especializado;
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Lei brasileira de inclusão
XV - acesso da pessoa com deficiência, em
igualdade de condições, a jogos e a atividades
recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
XVI - acessibilidade para todos os estudantes,
trabalhadores da educação e demais integrantes da
comunidade escolar às edificações, aos ambientes e
às atividades concernentes a todas as modalidades,etapas e níveis de ensino;
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
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O PAPEL DA ESCOLA NA
SUPERAÇÃO DA LÓGICA DA
EXCLUSÃO “Se uma pessoa não pode aprender da
maneira que é ensinada, é melhor ensiná-lada maneira que pode aprender.” (MarionWelchmann)
Na sociedade inclusiva ninguém ébonzinho. Ao contrário. Somos apenas – eisto é o suficiente – cidadãos responsáveispela qualidade de vida do nossosemelhante, por mais diferente que ele sejaou nos pareça ser. Inclusão é,primordialmente, uma questão de ética.
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CONCLUSÕES
A LEGISLAÇÃO VIGENTE GARANTE A TODOS O
ACESSO E PERMANÊNCIA NO SISTEMA GERAL DE
ENSINO E ESTE DEVE GARANTIR A CADA UM O PLENO
DESENVOLVIMENTO DE SEU POTENCIAL
“NA PERSPECTIVA INCLUSIVA E DE UMA ESCOLA DE
QUALIDADE, OS PROFESSORES NÃO PODEM DUVIDAR
DAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS,
NEM PREVER QUANDO ESSES ALUNOS IRÃO
APRENDER.” (MACHADO, 2012)
-
CONCLUSÕES
“A DEFICIÊNCIA DE UM ALUNO TAMBÉM NÃO É
MOTIVO PARA QUE O PROFESSOR DEIXE DE LHE
PROPORCIONAR O MELHOR DAS PRÁTICAS DE ENSINO
E, TAMBÉM, NÃO JUSTIFICA UM ENSINO À PARTE,
INDIVIDUALIZADO, COM ATIVIDADES QUE
DISCRIMINAM E QUE SE DIZEM ‘ADAPTADAS’ ÀS
POSSIBILIDADE DE ENTENDIMENTO DE ALGUNS.”
(MACHADO, 2012)
-
CONCLUSÕES
CABE AO PODER PÚBLICO GARANTIR OS SUPORTES
NECESSÁRIOS AOS ALUNOS QUE DELES NECESSITEM
(material em braille para cegos, intérpretes de Libras
para surdos, prédios fisicamente acessíveis,
profissionais que auxiliem alunos sem autonomia para
cuidados da vida diária, alimentação, higiene, etc)
-
CONCLUSÕES
TÃO OU MAIS IMPORTANTE DO QUE A GARANTIA DE
SUPORTES É O ROMPIMENTO DA BARREIRA ATITUDINAL,
DECORRENTE DE PRECONCEITOS E MITOS
RELACINOADOS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA DEVE
ABARCAR DE FATO A INCLUSÃO COMO
COMPROMISSO DE TODA A COMUNIDADE ESCOLAR
-
CONCLUSÕES
“AS PESSOAS COM DETERMINADO TIPO DE
DEFICIÊNCIA NÃO SÃO IGUAIS ENTRE SI, TANTO
QUANTO AS PESSOAS SEM DEFICIÊNCIA.” (BOTELHO, J.
et al, 2012)
“TODO ALUNO É CAPAZ DE APRENDER. NO ENTANTO,
OS ALUNOS NÃO TÊM, TODOS, O MESMO TEMPO DE
APRENDIZAGEM E TRAÇAM DIFERENTES CAMINHOS
PARA APRENDER.” (MACHADO, 2012)
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CONCLUSÕES
“MITOS: A DEFICIÊNCIA DETERMINARIA AS
CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE DAPESSOA: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SERIAMMAIS SENSÍVEIS, MAIS TRISTES, MAIS REVOLTADAS,AGRESSIVAS, NERVOSAS E/OU INFANTIS
AS PESSOAS COMPENSARIAM A DEFICIÊNCIACOM O SUPERDESENVOLVIMENTO DE OUTRASHABILIDADES (...)
PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NÃOCONSEGUE APRENDER.
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CONCLUSÕES
REALIDADE:HÁ TANTAS DIFERENÇAS ENTRE DUAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIAQUANTO HÁ ENTRE TODAS ASPESSOAS, O QUE FAZ DADIVERSIDADE UM COMPONENTE DASOCIEDADE E,CONSEQUENTEMENTE, DAEDUCAÇÃO, QUE DEVE ABRAÇAR ATODOS.” (BOTELHO, J. et al, 2012)
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CONCLUSÕES
ESTUDOS DEMONSTRAM QUE TODOS GANHAM COM A
EDUCAÇÃO EM SALAS DE AULAS ONDE CONVIVAM E
SEJAM ACOLHIDAS E VALORIZADAS AS DIFERENÇAS
HÁ GANHOS NA QUALIDADE DA SOCIALIZAÇÃO, NA
CONQUISTA DE HABILIDADES SOCIAIS E NA
OPORTUNIDADE DE APRENDIZADO DAS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES, UNS COM OS OUTROS.
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CONCLUSÕES
GANHA A SOCIEDADE COM A FORMAÇÃO DEPESSOAS MAIS COMPREENSIVAS, RESPEITOSAS ECAPAZES DE CONVIVER DE FORMA SOLIDÁRIA ECONFORTÁVEL COM SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
HÁ, POR FIM, EVIDENTES BENEFÍCIOS AOSPROFESSORES, SEJA PORQUE SÃO DESAFIADOS ADESENVOLVER NOVAS HABILIDADES E A FAZER USO DEVARIADOS RECURSOS DIDÁTICOS, SEJA PORQUEPASSAM A CONTAR VERDADEIRAMENTE COM AOPORTUNIDADE DE PLANEJAR E ATUAR EM EQUIPE,COOPERANDO E RECEBENDO O AUXÍLIO DE OUTROSPROFISSIONAIS NA CONSTRUÇÃO DE UM PROCESSOEDUCACIONAL EFETIVAMENTE PARA TODOS
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INCLUSÃO: UMA QUESTÃO
ÉTICA
Inclusão social – Cláudia Wernek – A sociedade para todos,consciente da diversidade da raça humana, estaria estruturadapara atender às necessidades de cada cidadão, das maioriasàs minorias, dos privilegiados aos marginalizados. Crianças,jovens e adultos com deficiência seriam naturalmenteincorporados à sociedade inclusiva, definida pelo princípio:todas as pessoas têm o mesmo valor. E assim trabalhariam juntas,com papéis diferenciados, dividindo igual responsabilidade pormudanças desejadas para atingir o bem comum. Torço pelasociedade inclusiva porque nela não há lugar para atitudescomo ‘abrir espaço para o deficiente’ ou ‘aceitá-lo’, num gestode solidariedade, e depois bater no peito ou mesmo ir dormircom a sensação de ter sido muito bonzinho. Na sociedadeinclusiva ninguém é bonzinho. Ao contrário. Somos apenas – eisto é o suficiente – cidadãos responsáveis pela qualidade devida do nosso semelhante, por mais diferente que ele seja ounos pareça ser. Inclusão, primordialmente, uma questão deética.
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MARCOS LEGAIS
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm
LEI FEDERAL Nº 7853/1989 - Dispõe sobre o apoio àspessoas portadoras de deficiência, sua integraçãosocial, sobre a Coordenadoria Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência -Corde, institui a tutela jurisdicional de interessescoletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina aatuação do Ministério Público, define crimes, e dáoutras providências.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm
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MARCOS LEGAIS
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
Lei de Diretrizes e Bases da Educação -http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Decreto nº 3.298/1999 - Regulamenta a Lei no 7.853, de24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacionalpara a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,consolida as normas de proteção, e dá outrasprovidências.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm
Resolução nº 02/2001 do Conselho Nacional deEducação – Institui Diretrizes Nacionais para a EducaçãoEspecial na Educação Básica.http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htmhttp://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf
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MARCOS LEGAIS
Lei nº 10.172/2001 – Aprova o Plano Nacional de Educação e dá OutrasProvidências -http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm
Lei nº 10.436/02 – Língua Brasileira de Sinais -http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
Lei Federal nº 10.845/2004 - Institui o Programa de Complementação aoAtendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras deDeficiência, e dá outras providências -http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei10845.pdf
Decreto nº 5296/04 -
Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dáprioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 dedezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos paraa promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência oucom mobilidade reduzida, e dá outras providências.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htmhttp://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei10845.pdfhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm
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MARCOS LEGAIS
Decreto nº 5.626/05 - Regulamenta a Lei no 10.436, de 24de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira deSinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 dedezembro de 2000 -http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
Lei Federal nº 11.494/2007 - Regulamenta o Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica ede Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB,de que trata o art. 60 do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junhode 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outrasprovidências.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11494.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11494.htm
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MARCOS LEGAIS
Decreto 6.949/2009 - Promulga a Convenção Internacional sobreos Direitos das Pessoas com Deficiência e seu ProtocoloFacultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm
Parecer nº 13/2009 do Conselho Nacional de Educação -Diretrizes Operacionais para o atendimento educacionalespecializado na Educação Básica, modalidade EducaçãoEspecial -http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pceb013_09_homolog.pdf
Resolução nº 04/2009 do Conselho Nacional de Educação -Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento EducacionalEspecializado na Educação Básica, modalidade EducaçãoEspecial -http://peei.mec.gov.br/arquivos/Resol_4_2009_CNE_CEB.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htmhttp://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pceb013_09_homolog.pdfhttp://peei.mec.gov.br/arquivos/Resol_4_2009_CNE_CEB.pdf
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MARCOS LEGAIS
DECRETO Nº 7.611/2011 - Dispõe sobre aeducação especial, o atendimentoeducacional especializado e dá outrasprovidências -http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm
DECRETO 7.612/2011 - Institui o PlanoNacional dos Direitos da Pessoa comDeficiência - Plano Viver sem Limite.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm
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Marcos Legais
Lei Brasileira de Inclusão – Lei nº 13.146/2015
Plano Nacional de Educação – Lei nº 13.005/2014
LEI Nº 16.279, DE 08 DE JULHO DE 2016 – Plano Estadual
de Educação de São Paulo
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FILMES
VERMELHO COMO O CÉU – (Rosso come il cielo) –
Direção de Cristiano Bortone
MEU PÉ ESQUERDO – (My Left Foot: The Story of Christy
Brown) Direção de Jim Sheridam
PERFUME DE MULHER – (Scent of a Woman) – Direção
de Martin Brest
UMA MENTE BRILHANTE – (A Beautiful Mind) – Direção
de Ron Howard
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FILMES
NENHUM A MENOS (Not One Less) –
GÊNIO INDOMÁVEL – (Good Will Hunting) –
PRO DIA NASCER FELIZ
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BIBLIOGRAFIA
PRIOSTE, Cláudia; RAIÇA, Darcy; MACHADO, Maria
Luiza Gomes. 10 Questões sobre a educação inclusiva
da pessoa com deficiência mental.São Paulo:
Avercamp, 2006
TEIXEIRA, Josele; NUNES, Liliane. Avaliação inclusiva –
A diversidade reconhecida e valorizada. Rio de
Janeiro: Wak Editora, 2010
CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão –
psicopedagogia e práticas educativas na escola e na
família. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2010
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BIBLIOGRAFIA
AQUINO, Julio Groppa (Org.). Diferenças e
preconceito na escola – alternativas teóricas e
práticas. 9ª. Ed. São Paulo: Summus Editorial, 1998
RAMOS, Rossana. Inclusão na prática – estratégias
eficazes para a educação inclusiva. São Paulo:
Summus Editorial, 2010
RAMOS, Rossana. Passos para a inclusão – algumas
orientações para o trabalho em classes regulares com
crianças com necessidades especiais. 5ª. Ed. SãoPaulo: Cortez, 2010
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BIBLIOGRAFIA
BOTELHO, Júlio César et al. Guia prático: o direito de
todos à educação – diálogo com os Promotores deJustiça do Estado de São Paulo. São Paulo: MP-SP,
2011
BOSA, Cleonice Alves (Org.). Inclusão: o direito de ser
e participar. Piracicaba,SP: Biscalchin Editor, 2012
RAMOS, Aura Helena. O lugar da diferença no
currículo de educação em direitos humanos. Rio deJaneiro: Quartet: Faperj, 2011
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STAINBACK, Susan; STAINBACK, Willian. Inclusão, um
guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999.
MAGALHÃES, Rita de Cássia Barbosa Paiva (Org.).
Educação Inclusiva: escolarização, política eformação docente. Brasília: Liber Livro, 2011
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da
educação e da pedagogia – Geral e Brasil. 3ª. Ed. SãoPaulo: Moderna, 2006
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CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os
pingos nos “is”. 7ª. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2010
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indagações e ações nas áreas da educação e dasaúde. São Paulo: Avercamp, 2010
MAZZOTTA, Marcos J.S. Educação especial no Brasil –
História e políticas públicas. 6ª. Ed. São Paulo: Cortez,2011
MANTOAN, Maria Teresa Eglér (Org.). O desafio das
diferenças nas escolas. 3ª. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2011