efeito do flúor no organismo humano_poster
DESCRIPTION
Poster premiado na 10ª JOHACO - Jornada Odontológica do Hospital de Aeronáutica de Canoas - 2010.Referência:EFEITOS DO FLÚOR NO ORGANISMO HUMANO: UMA AVALIAÇÃO, BASEADAEM INDICADORES, NOS USUÁRIOS DE 6 A 14 ANOS DO HOSPITAL DEAERONÁUTICA DE CANOAS - Dissertação de Mestrado em Ciências Aeroespaciais.TRANSCRIPT
![Page 1: Efeito do Flúor no Organismo Humano_Poster](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022073116/54a2bda3ac7959b5318b469c/html5/thumbnails/1.jpg)
Nota: s/F, sem fluorose; c/F, com fluorose. *Indice de Prevalência de Fluorose - IPF = 78,57%.
EFEITOS DO FLEFEITOS DO FLÚÚOR NO ORGANISMO HUMANO: UMA AVALIAOR NO ORGANISMO HUMANO: UMA AVALIAÇÇÃO, ÃO, BASEADA EM INDICADORES, NOS USUBASEADA EM INDICADORES, NOS USUÁÁRIOS DE 6 A 14 ANOS DO RIOS DE 6 A 14 ANOS DO
HOSPITAL DE AERONHOSPITAL DE AERONÁÁUTICA DE CANOAS (HACO)UTICA DE CANOAS (HACO)…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..……………………………………………………………………………………..
AutorAutor: Ten : Ten CelCel Dent Dent JoãoJoão Francisco Francisco FernandesFernandes DomingosDomingos –– Esp. / Me Esp. / Me -- HACOHACOOrientadoraOrientadora: : TâniaTânia Maria Maria DrehmerDrehmer –– ProfProfªª DrDrªª -- UFRGSUFRGS
ColaboradoresColaboradores:: Ten Dent Ten Dent JoseaneJoseane MurlikiMurliki –– Esp. Esp. -- HACOHACOTen Dent Ten Dent KarinaKarina Becker Becker TrTráápagapaga –– Ma Ma -- HACOHACOTen Dent Ten Dent FernandaFernanda TeixeiraTeixeira SilveiraSilveira –– Esp. Esp. -- HACOHACOTen Dent Ten Dent MarianaMariana BoessioBoessio VizzottoVizzotto –– Esp. / Ma Esp. / Ma -- HACOHACO
INTRODUÇÃO
O processo de fluoração da águas, designado fluoretação, iniciado nos EstadosUnidos da América, em 1945, e no Brasil, em 1953, baseou-se na premissa de quea ingestão de Flúor é necessária à saúde bucal (FAGIN, 2008). Focado naprofilaxia da cárie dentária, o rápido advento tecnológico da segunda metade do Século XX permitiu a veiculação do fluoreto por variadas formas, gerando diversasfontes de ingestão (COLQUHOUN, 1998). No entanto, desde os seus primórdios, a ingestão de Flúor sofre acirrada contestação entre os investigadores de SaúdePública (WALDBOTT, 1978), apesar das pesquisas oficiais sempre se mostraremfavoráveis às potencialidades terapêuticas da substância.
A Fluorose foi o primeiro distúsbio diretamente relacionada à ingestão de Flúor(Mackay, 1933). Ela se caracteriza por conduzir a uma destruição dentária, muitosemelhante ao processo da doença que o uso do Flúor pretende combater – a cárie. Foi, justamente, sobre o mecanismo da patologia fluórica, que surgiu a dúvida sobre uma real margem de segurança para a saúde humana, quanto àingestão do fluoreto.
A literatura preconiza dois pricipais indicadores de mensuração para o potencialde intoxicação do Flúor na saúde como um todo: o Índice de Prevalência de Fluorose (IPF), que mede a distribuição de frequência da patologia numapopulação, e o Índice Comunitário de Fluorose (ICF), que mede o ponto crítico de ingestão para a comunidade em questão.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi o de avaliar a prevalência (IPF) e o grau de impacto(ICF) da ingestão de Flúor nos usuários de 6 a 14 anos do HACO, e construir um novo índice, para averiguar possíveis relações sistêmicas com os índiceslevantados. Para tal fim, foi construído o IESF – Índice de Efeito Sistêmico do Flúor.
METODOLOGIA
Estudo-piloto, de corte transversal, realizado na Divisão de Odontologia do HACO, entre os meses de janeiro e junho de 2009, como segmento experimental àdefesa do Mestrado em Ciências Aeroespaciais pela Universidade da Força AéreaBrasileira – UNIFA, 2009.
Do universo de pesquisa de 1516 usuários, para a faixa etária preconizada, foipossível obter, no tempo previsto, uma amostra de 70 casos (Tabela 1).
A coleta compreendeu dados de Fluorose pelo Índice de Thylstrup & Fejerskov(1978), conforme Figura 1, e dados de saúde sistêmica, por meio de entrevistaestruturada (MARCONI; LAKATOS, 2009), abrangendo os principais sistemasorgânicos - um total de 40 (quarenta) investigações sobre a saúde geral.
O Índice de Efeito sistêmico do Flúor (IESF) foi construído com base no ÍndiceComunitário de Fluorose (ICF), estabelecendo-se duas fontes de variáveis parabalizamento: fontes de Flúor, como fator estimulador da Fluorose e tempo de amamentação, como provável fator de proteção contra a patologia (COT, 2003; FAWELL et al., 2006). A análise foi estabelecida sobre dois grupos de confronto: GF (Grupo de usuários com Fluorose) e GNF (Grupo de usuários sem Fluorose).
O estudo, baseado nos indicadores de Fluorose (IPF e ICF), configurou os resultados, no HACO, na ordem de problema de saúde pública. O Índice de Efeito Sistêmico do Flúor (IESF) se mostrou favorecido pelos fatores causadores da Fluorose, e, desfavorecido, pela amamentação(Figura 4; Tabela 3). Neste estudo, a patologia se configurou numa adversidade preocupante, decorrente da ingestão do Flúor, e indicou tendência para outros distúrbios de saúde, emdiversos sistemas orgânicos, dentro de uma margem de erro inferior a 10%.
Embora os resultados estejam suportados sobre um estudo-piloto, com nível de significância(α) ainda inferior a 95%, o forte indício da influência do Flúor, na saúde sistêmica da populaçãoabordada, orienta para que as novas pesquisas, direcionadas a esse problema, obtenham a necessária abrangência para o devido controle da ingestão de Flúor.
COLQUHOUN, J. Why I changed my mind about water fluoridation. Fluoride, v. 21, p. 103-118, 1998.
COT – Committee on Toxicity. Committee on toxicity of chemicals in food, consumer products and the environment: COT Statement on fluorine in the1997 total diet study. COT Statement 2003/03, p. 1-14, september, 2003.
DEAN, H. T; DIXON, R. M; COHEN, C. Mottled enamel in Texas. Public Health Reports, v. 50, n. 13, p. 424-442, 1935.
DEAN, H. T. The investigation of physiological effects by the epidemiological method. American Association for the Advancement of Science, v. 19, p. 23-31, 1942.
FAGIN, D. Controvérsias sobre o Flúor: pesquisas recentes sugerem que o tratamento da cárie com o fluoreto em excesso pode ser perigoso. Scientific American Brasil, v. 6, n. 67, p. 54-61, 2008.
703427736 288Total31102201432201101396603301283215321117761107310157618809753222082000211763123126
Totalc/Fs/FTotalc/Fs/FTotalFemininoMasculino
55(*78,57%)-27--28-c/F
15(21,43%)--7--8s/F
Tabela 1Tabela 1: Amostra estudada de janeiro a junho, em n: Amostra estudada de janeiro a junho, em núúmeros absolutos, meros absolutos, segundo idade, gênero e presensegundo idade, gênero e presençça de fluorose, para um universo de a de fluorose, para um universo de
1516 usu1516 usuáários. Canoas, RS, 2009. rios. Canoas, RS, 2009.
-15,26 ± 6,81**-23,41 ± 2,28*Média - DP
51,76412100,00796Total
62,0736072,86580Permanente
24,075227,14216DecíduaFeminino
-9,32 ± 6,67**-23,50 ± 1,98*Média - DP
30,85261100,00846Total
40,6724270,33595Permanente7,571929,67251Decídua
Masculino-12,24 ± 7,32-23,46 ± 2,12Média - DP
40,99673100,001642Total51,2360271,561175Permanente15,207128,44467Decídua
% n(D)n (F)%n(D)Dentes com FluoroseDentes PresentesDentição
Tabela 2Tabela 2: N: Núúmero de dentes presentes e com fluorose, segundo dentimero de dentes presentes e com fluorose, segundo dentiçção e ão e gênero. Mgênero. Méédia e desviodia e desvio--padrão de dentes presentes e com fluorose, por padrão de dentes presentes e com fluorose, por
grupos dentgrupos dentáários. Canoas, RS, 2009.rios. Canoas, RS, 2009.
Nota *Teste F: p = 0,40; Teste t: p = 0,86. ** Teste F: p = 0,91; Teste t: p = 0,00192.
Figura 1: Escala Analógica Visual da Fluorose. Representação fotográfica dos nove estágios da Fluorose, segundo o Índice Thylstrup & Fejerskov (ITF). Canoas, RS, 2009.
RESULTADOS
O cálculo de precisão da amostra (YAMANE, 1974) foi de 0,0932, evidenciando umamargem de erro inferior a 10%. Na amostra estudada, foi encontrado indícios de Fluorose (IPF) em 78,57% dos participantes (Tabela 1), e, em 40,99% do total de dentes presentes(Tabela 2). Por meio de uma abordagem modificada do Índice Comunitário (ICF), ficouevidenciado o valor de 1,83 de impacto na saúde geral, para a amostra, e de 0,88, para osdentes presentes (Figura 2). Os valores de referência para a normalidade são máximos de 20% para o IPF e 0,4 para o ICF (DEAN; DIXON; COHEN, 1935; DEAN, 1942), a variaçãosuperior indica probabilidade de Problema de Saúde Pública. O IESF foi mais representativono gênero feminino (Figura 3), e sofreu maior interferência da amamentação no gêneromasculino (Figura 4; Tabela 3).
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Masculino
Feminino
Grupo
Masculino
Feminino
Grupo
GF
GN
F
MP Fontes (15) 4,45 4,54 4,51 4,13 3,75 3,95
Mm Amamentação 10,02 6,8 8,53 8,75 17,57 12,87
IESF 28,51 35,46 31,96 28,82 22,9 26,09
Masculino Feminino Grupo Masculino Feminino Grupo
GF GNF
IESFIESFIESFIESFIESFIESFIESFIESF
++++
++--
--
--Figura 4: Distribuição dos valores do IESF, Amamentação e
Fontes de Flúor. Canoas, RS, 2009.
02468
101214161820222426283032343638
IESF GF 28,51 35,46 31,96
IESF GNF 28,82 22,9 26,09
Razão GF/GNF 0,99 1,55 1,22
Masculino Feminino Grupo
Figura 3: Índice de Efeito Sistêmico do Flúor (IESF) e suas respectivas razões entre GF e GNF. Razão GF/GNF > 1 = indica associação
positiva (+). Canoas, RS, 2009.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
GRUPO 0,37 1,08 0,88
MASCULINO 0,18 0,82 0,63
FEMININO 0,59 1,34 1,14
Decíduos Permanentes Agrupados
ICF
?
Figura 2: Distribuição do ICF por gênero e grupos dentários. Canoas, RS, 2009. Nota: O símbolo aponta ICF acima do limiar de segurança
para a ingestão do Flúor – “Problema de Saúde Pública”.
3,955,001,931,7312,87 ± 10,11Grupo
3,754,712,001,5717,57 ± 12,66Feminino
4,135,251,881,888,75 ± 5,04Masculino
Fontes-F (15)
Alimentos (10)
Higiene (3)
Água (2)Amamentação
Média ponderada
Valores médios das frequências de consumo das fontes de Flúor
Média de Amamentação
Grupo Não Fluorose (GNF)4,515,772,041,888,53 ± 9,64Grupo
4,545,812,071,896,8 ± 7,41Feminino
4,455,712,001,8610,2 ± 11,27Masculino
Fontes-F (15)
Alimentos (10)
Higiene (3)Água (2)
Amamentação
Média ponderada
Valores médios das frequências de consumo das fontes de Flúor
Média (m) e (DP)
Grupo Fluorose (GF)
Tabela 3: Distribuição das médias e desvios-padrão do tempo de amamentação, e dos valores médios e médias ponderadas das
frequências de consumo das fontes de Flúor. Canoas, RS, 2009.
FAWELL, J; et al. Fluoride in drinking-water. World Health Organization (WHO). London: IWA – Publishing, 2006. 134 p.
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 315p.
McKay, F. S. Mottled enamel: the prevention of its further production through a change of the water supply at Oakley, IDA. J Am Dent Assoc (JADA), v. 20, p. 1137-1149, 1933.
THYLSTRUP, A; FEJERSKOV, O. Clinical appearance of dental fluorosis in permanent teeth in relation to histologic changes. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 6, p. 315-328, 1978.
WALDBOTT, G. L. et al. Fluoriation: the great dilemma. Lawrence – Kansas (US): Coronado Press, 1978. 423p.
YAMANE, T. Estadística: un análisis introductorio 3 ed. México: Harla S. A; Harper & Row Latinoamericana. 1974. 573 p. Tabela 6, p. 545.
BIBLIOGRAFIA
0,881,080,371,141,340,590,630,820,18
TotalPermDecTotalPermDecTotalPermDec
1,831,971,69GrupoFemininoMasculino
ICF
CONCLUSÃO
Gêner
o
Idade
Nota: Média ponderada = [2 x (Água) + 3 x (Higiene) + 10 x (Alimentos)] / 15Comparação entre gêneros para amamentação em GF: Teste F: p = 0,04; Teste t: p = 0,20Comparação entre gêneros para amamentação em GNF: Teste F: p = 0,03 ; Teste t: p = 0,12