eg - edição 53 - na ponta do lápis
DESCRIPTION
Setembro 2008TRANSCRIPT
�
MAR
CELO
CAE
TANO
Setembro 2008 • N. 53
Na ponta do lápisEm todos os países o mesmo compromisso: CIDADANIA. Confira as ações de cada unidade da Embraco junto à comunidade.
Voluntária da Embraco Brasil participa da aula de desenho em escola de Joinville
Embraco investe em
O investimento social traz uma visão de co-responsa-bilidade, pois a empresa está dentro de um sistema social e deve contribuir para a sua sustentabilidade.
Quanto mais desenvolvida a região, melhor para todos”, enfatiza a gestora corporativa de Res-
ponsabilidade Social, Rosangela Coelho.A consultora Alaíde Santos, especialista
em Investimento Social, complementa: “As ações assistenciais, que aliviam o sofrimen-to, o frio e a fome, ainda são importantes em face à realidade mundial em que vivemos, mas a tendência é ir além: contribuir para que as populações em risco desenvolvam condições que as tornem protagonistas de
suas histórias e não somente beneficiárias de programas sociais”, afirma.
Para Rosangela Coelho, o investimento social busca a transformação que levará a uma so-
ciedade sustentável, e isto pode acontecer mesmo sem grandes somas de recursos. “A atividade de reforço escolar, por exemplo, é uma iniciativa simples, porém transfor-madora”.
Mar
celo
Cae
tano cidadania
Compartilhar conhecimento é uma boa maneira de ajudar o outro a se desenvolver. Na foto, a funcionária de uma escola em Joinville ensina o estudante a fazer sabão com óleo de cozinha. A reciclagem é uma das formas de dar um destino correto para o produto, que exige cuidados na hora do descarte para não poluir o meio ambiente. A escola é uma das vencedoras do prêmio de educação ambiental promovido pela Embraco Brasil. Saiba mais na pág. 3.
�
Assim como acontece com cada um de nós, as fábricas e escritórios da Embraco fazem parte de uma comunidade e estão envolvidos com a realidade local. Independentemente da
cultura, seus funcionários participam de iniciativas que contribuem para transformar as condições de vida da região. Mas o relacionamento da Embraco com a comunidade
vai além da mobilização dos funcionários: é uma das iniciativas da estratégia de Sustentabilidade e está avançando para a implantação da Política de Investimento Social, já estabelecida no Brasil em 2007, e em discussão em todas as demais unidades para se adaptar à cultura de cada país.
“Quando cada um faz a sua parte e influencia os demais a contribuir, podemos transformar a realidade de uma comunidade, de um país, e seremos capazes de construir um lugar melhor para todos”, analisa o presidente Ernesto Heinzelmann,
enfatizando a importância de se pensar na sustentabilidade não somente do negócio, mas também da sociedade. É o que a Embraco vem buscando. Esta edição do Embraco
Global vai mostrar o que é feito junto às comunidades, o avanço do tema na organização e como as ações contribuem para a cidadania dos funcionários.
��
OPrêmio Embraco de Ecologia, realizado no Bra-sil, é o mais longo programa de relacionamento da Embraco com a comunidade. Todos os anos,
são abertas inscrições para que escolas de Joinville e de Itaiópolis, cidades onde as unidades da Embraco Brasil operam, apresentem projetos de educação ambiental. As escolas vencedoras recebem recursos para colocá-los em prática.
Mais de 70 mil alunos foram envolvi-dos diretamente nas atividades desde 1993, data da primeira edição do programa, que já premiou 56 projetos. Para a escolha dos trabalhos, a Embraco convida especialistas em educação e meio ambiente, sem exer-cer qualquer influência sobre a decisão tomada pelo júri. Uso racional da água, implantação de horta orgânica, pre-servação de mangues e sítios arqueológicos são alguns dos temas já abordados.
De olho no meio ambiente
Mar
celo
Cae
tano
A seriedade com que a Embraco Brasil conduz o programa levou o Prêmio Embraco de Ecologia a ser reconhecido em 1997 pelo Ministério da Educação, que considerou a metodologia apropriada para a prá-tica da educação ambiental. Em 2000, conquistou um dos maiores prêmios atribuídos no Brasil a iniciativas
em prol da educação ambien-tal, o Prêmio ECO, da
Câmara Americana de Comércio.
Fernanda Pensky, 14 anos, é aluna da Escola Karin Barkemeyer, em Joinville(BR), e participa do projeto O Jovem Cientista no Micro-Macro Mun-do dos Artrópodes*, vencedor do Prêmio Embraco de Ecologia, em 2006.
* Os artrópodes formam o conjunto mais numeroso de animais. Eles habitam diversos ambientes e podem ser terrestres ou aquáticos. São animais invertebrados que possuem pernas articuladas, como gafanhotos, aranhas, abelhas e formigas.
“Antes eu não dava bola para os artrópodes*, agora entendo o papel destes bichinhos na natureza e ajudo a conscientizar as pessoas
da importância de preservá-los.”
���
Creches e orfanatos de Spišská Nová Ves são as principais entidades com a atuação dos voluntários da Embraco Eslováquia.
A cidade conta com 13 creches que precisam principalmente de pintura, reparos e serviços de manutenção. A planta também procura en-gajar os funcionários em ações nas creches onde os filhos deles estão matriculados. O grupo de voluntários foi formado em novembro do ano passado e conta com 16 participantes.
Uma das creches que recebe apoio da Em-braco é a Komenského. “O suporte da Embraco para a comunidade é essencial, porque todas as creches em Spišská Nová Ves necessitam de ajuda. Nós apreciamos muito o fato da Embraco
De braços dados com a comunidade
Comitê de Relações com a Comunidade da ENA
Arqu
ivo
ENA
estar tentando envolver seus funcionários nestas atividades”, diz a diretora da instituição, Helena Kolar íková.
Mas a planta se dedica também a outras atividades como campanhas de arrecadação de donativos no Natal e auxílio ao hospital da região. O Hospital de Spišská Nová Ves teve a ala pediátrica totalmente reformada pela Embraco em 2006.
A preocupação ambiental também motivou a Embraco Eslováquia a estruturar um projeto de educação ambiental em formato de concurso. A meta é estimular as escolas da região a melhorar o ambiente em que vivem. O programa está em fase de desenvolvimento.
Embraco Eslováquia doa camisetas e brinquedos às creches da região
Parte da vida
Tempo para o bem
Nos Estados Unidos, o espírito de solidariedade é um forte traço cultural.
Marcia Hunermund, membro do Comitê de Relações com a Comunidade da ENA, explica que o auxílio à comunidade faz parte da vida dos america-nos, que participam de ações em prol de organizações com as quais se identificam, como a arrecadação de fundos para encontrar a cura de doenças. Também igrejas, organizações ou pessoas de uma mesma região se unem para auxiliar uma família que está
“Não há nada mais reconfortante do que ajudar a comunidade. Adoro preparar os alimentos e ver o sorriso no rosto das pessoas”. Tacilia Andrews (na foto, a segunda da direita para a esquerda), mais conhecida como TC, é técnica em Sistemas de Informação da Embraco North America (ENA) e faz parte do Comitê de Relações com a Comunidade. Há quase cinco anos, atua como voluntária em sua igreja, preparando refeições para alimentar homens que moram em um abrigo perto do centro de Atlanta. Mais de 300 homens são alimentados a cada mês.
precisando de recursos.Na ENA, o Comitê de Relações com a Comunidade,
renovado a cada ano, é o responsável por organizar ações para arrecadar fundos a instituições. As entida-des que recebem apoio da ENA são a American Cancer Society, que desenvolve projetos de tratamento contra o câncer; a March of Dimes, responsável pelo desenvol-vimento de projetos para tratar crianças prematuras e, ainda, a North Gwinnett Coop, que atende às necessi-dades das famílias na região onde está a ENA.
��
Com um nome inspirador, Sun Village (Vila do Sol) é uma entidade não go-vernamental, que abriga 130 crianças
e adolescentes de zero a 15 anos em Bei-jing. São meninos e meninas que não têm para onde ir porque seus pais estão presos. É nesta entidade que reside a principal atuação da Embraco Snowflake com a co-munidade.
Há dois anos, a entidade vinha recebendo doações da empresa e, em março deste ano, as crianças ganharam mais um grande alia-do - os funcionários. “Quando começamos o programa de voluntariado, acreditava que teríamos a participação de cinco ou seis pessoas, mas para minha surpresa temos 26 funcionários atuando em Sun Village”, comemora Jacqueline Liu, voluntária e co-ordenadora de Responsabilidade Social.
Uma das crianças beneficiadas com a atuação dos voluntários da Embraco Snowflake é a pequena Tu Hui, de 9 anos, que participa das aulas de inglês nos finais de semana. “To-dos os dias vou para escola, quero aprender, ter mais conhecimen-to”, afirma. “E as aulas de inglês nos finais de semana me ajudam muito. Estou feliz porque me lem-bro de muitas palavras e frases novas que aprendo nas aulas”, completa.
Um lugar ao Sol
Embr
aco
Snow
flake
Jacqueline e a pequena Tui Hui (no centro, de amarelo) na aula de inglês
“Os jovens podem saber mais sobre a sociedade participando de
atividades sociais. Ser capaz de ajudar outras pessoas dentro de minhas habilidades faz-me feliz”.
Voluntária da Embraco Snowflake, Carol Chu dá aulas de inglês em Sun Village.
“Assim como meus colegas, estou tentando envolver meus parentes nas atividades para se tornar uma ação em família. Eu e minha esposa Vierka trabalhamos na Embraco Eslováquia e decidimos que esta é também uma maneira de dar um bom exemplo para nossas crianças.”Voluntário Milan Kozák auxilia na pintura de uma creche da região.
Foto
s: a
rqui
vo E
mbr
aco
Eslo
váqu
ia
Embraco Eslováquia doa camisetas e brinquedos às creches da região
O investimento social na Embraco não seria possível sem o esforço dos funcionários que, movidos pela solidariedade, renunciam uma parte do tempo para promover a cidadania. Conheça a seguir algumas iniciativas realizadas ao redor do mundo.
���
Mar
celo
Cae
tano
Voluntárias do Prove da Embraco Itaiópolis (BR) participam da preparação de bolos, pães e massas feitos sob encomenda pelos alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). A cozinha é utilizada como uma oficina para estimular a aprendizagem e a interação entre os alunos.
O Círculo de Controle de Qualidade (CCQ) foi o berço da atividade voluntária da Embraco Brasil. Instituído em 1997, organizou as primeiras ini-
ciativas na comunidade e até hoje comanda grandes campanhas de donativos. Um de seus pontos fortes é a capacidade de mobilização. Todos os anos mais de 300 integrantes do CCQ promovem a arrecadação de roupas, alimentos e brinquedos, distribuídos a instituições da comunidade. Da primeira campanha até agora já foram arrecadadas 110 mil toneladas de alimentos e 670 mil peças de roupa.
Os movimentos de solidariedade, nascidos dentro dos grupos de CCQ, acabaram se tornando uma prática cotidiana e atuante em várias frentes,
Mão na massa
o que levou a Embraco a instituir o Programa de Voluntariado Embraco (Prove), lançado em 2003. O programa conta atualmente com 274 voluntários cadastrados. Neste período, contabilizou mais de 4 mil horas de atividades voluntárias e quase 3 mil pessoas beneficiadas.
Para atuar em uma das 14 instituições atendidas pelo programa, os funcionários passam por uma capacitação que envolve uma série de atividades educativas para desenvolver a criatividade, conhe-cimentos, habilidades e abordagem com o público. As ações voluntárias são realizadas fora do horário de trabalho e priorizam as áreas de educação e saúde, e crianças e adolescentes.
��
Apoio à culturaAcultura também é mui-
to valorizada na Itália. Assim, um dos focos
do investimento social da planta italiana não poderia ser outro. “A valorização e a preservação da herança ar-tística, cultural e ambiental são muito importantes para a Embraco Itália, que visa estabelecer uma forte e profunda ligação especial-mente com Riva di Chieri e vizinhança”, afirma Lainor Driessen, diretor de Operações Europa.
Uma das iniciativas de destaque é o apoio ao Prê-mio Nacional de Poesia Palazzo Grosso. Desde 1996, a planta da Itália patrocina este prêmio, dedicado a composições em língua italiana e em dialetos. A ini-ciativa tem como objetivo valorizar os novos talentos. Participam do Prêmio estudantes do ensino médio e superior.
A Embraco Itália também patrocinou um livro que registrou as obras de reparo do Palazzo Grosso, iniciadas em 2005 e concluídas em maio deste ano. Localizado em Riva, o palácio foi construído no ano de 1738 e preserva decorações e pinturas do século 18, sendo um dos mais famosos monumentos locais.
Sensibilização – A planta da Itália organiza todos os anos, na primeira semana de junho, um evento para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente cha-mado Giornata Embraco per l’Ambiente. Realizado no clube esportivo de Riva de Chieri, tem como objetivo sensibilizar a opinião pública para os problemas am-bientais. O evento é aberto para toda a comunidade de Riva e oferece diferentes atividades como shows, jogos, competições, sempre relacionados à proteção do meio ambiente.
“Através da poesia, encontrei uma maneira de me expressar com liberdade e ver o mundo e a vida com outros olhos. Ela me ensinou a sonhar e a usar palavras que eu não podia imaginar antes. Acredito que é uma de nossas mais importantes heranças: nesta era tecnológica, voltada ao materialismo, ao dinheiro, a poesia mostra uma maneira de resgatar importantes valores morais”. Cristina Cavaglia, 17 anos, vencedora da 20ª edição do Prêmio Nacional de Poesia Palazzo Grosso 2007, categoria ensino superior, realizado na Itália.
Arqu
ivo
Embr
aco
Itália
Palazzo GrossoUtilizando incentivos fiscais, a Embraco Brasil é uma das patrocinadoras da única Escola do Teatro Bolshoi no mundo, instalada em Joinville. Pela primeira vez,
o Balé Bolshoi, da Rússia, transfere a outro país o método de ensino que o tornou respeitado mundialmente.
Sem fins lucrativos, a escola tem como missão formar artistas-cidadãos e é mantida pelos chamados “Amigos do Bolshoi”, empresas e pessoas físicas que apóiam o projeto, a exemplo da Embraco.
O complexo escolar é formado por salas para aulas de balé, estúdios de música, ateliê, núcleo de saúde, bibliote-ca, cantina, espaços culturais e dois laboratórios cênicos. Neste espaço, formam-se artistas da dança dentro da metodologia do Teatro Bolshoi.
Com apenas oito anos de implantação no Brasil, a primeira Escola do Teatro Bolshoi educa 234 alunos, dos quais 96% bolsistas. Muitos alunos são provenientes de famílias simples que recebem gratuitamente benefícios
como estudo, alimentação, uniformes, figuri-nos, materiais didáticos, transporte, orientação
pedagógica, assistência médica e odontológica, entre outros.
Embraco: amiga do Bolshoi
Nils
on B
astia
n / D
ivul
gaçã
o Es
cola
do
Teat
ro B
olsh
oi
Escola do Teatro Bolshoi no Brasil – unindo arte e educação
��
Embr
aco
Glob
al: jo
rnal
corp
orati
vo d
os fu
ncio
nário
s da E
mbr
aco.
Pub
licaç
ão d
a Ass
esso
ria C
orpo
rativ
a de C
omun
icaçã
o e R
espo
nsab
ilida
de S
ocial
. Coo
rden
ação
ger
al e e
dito
rial:
Jocia
ne d
o Na
scim
ento
e Ro
sang
ela S
anto
s Coe
lho.
Con
tato
: acc
s@em
brac
o.co
m.b
r Co
nselh
o Ed
itoria
l: Er
nesto
Hein
zelm
ann,
John
i Rich
ter, M
ário
Uss
yk, L
aérc
io H
ardt
, Lain
or D
riess
en, R
ober
to C
ampo
s, He
nriq
ue H
adda
d e L
uis F
igue
iredo
(Com
itê E
xecu
tivo)
; Sco
tt Sa
unde
rs (E
mbr
aco
North
Am
erica
); Jo
ão L
emos
e Ca
rlos X
avier
(Eslo
váqu
ia).
Corre
spon
dent
es: K
atarin
a Drzi
kova
e Ti
ziana
Bec
haz (
Embr
aco
Euro
pa);
Már
cia H
uner
mun
d (E
mbr
aco
North
Am
erica
); Zh
ang
Zong
feng
(Em
brac
o Sn
owfla
ke).
Prod
ução
: CDN
Com
unica
ção
Corp
orati
va. J
orna
lista
resp
onsá
vel:
Lúcia
Cae
tano
(MTb
819
9).
Edito
ra: I
sabe
l Lop
es. R
epor
tagem
e pr
oduç
ão: C
laudi
ne N
unes
. Arte
: Ren
ato Y
akab
e. Im
pres
são:
Grá
fica I
pira
nga.
Circ
ulaç
ão tr
imes
tral.
Tira
gem
: 10.
000
exem
plar
es. F
iliad
o à A
berje
.
A emoção de ser
Ovoluntariado é uma mistura de muitas virtudes: paixão, preparo, solidarie-dade e determinação. É o que en-
contramos em Jorge Boegershausen, que há décadas dedica parte de seu tempo em favor do outro. Conheça a seguir a sua história. Ela poderá ser útil a quem está pensando em se engajar nesta prática.
Jorge era adolescente quando tor-nou-se voluntário em Joinville (BR). Já atuou em hospitais, creches, igrejas, asilos, mas atualmente as atividades envolvem principalmente crianças. Par-ticipante do CCQ e também do Prove (leia mais na pág 6), aos 43 anos diz que trabalhar como voluntário “está no sangue”.
Personagens – Quando se transforma no Palhaço Gravatinha ou no Doutor Pisca-Pisca - nome alusivo à roupa repleta de luzes - engana-se quem pensa que suas brincadeiras são mero improviso. Por trás do riso, existe o preparo. Jorge fez curso de mágica, de palhaço e de re-creação. Além do conhecimento adquirido nos cursos, leva consigo uma grande experiência de seus longos anos de voluntariado.
Jorge está acostumado a emoções, porém, nenhuma foi tão forte quanto a que sentiu em um episódio alguns anos atrás:
– Uma vez, no Hospital São José (hospital da cidade), entrei em um quarto para entreter as crianças que ali estavam, passando de cama em cama como de costume. Em uma delas, uma me-nina de três anos estava em coma havia alguns dias. Ainda assim, parei em frente à sua cama e fiz algumas mágicas, mesmo ela estando imóvel e indiferente. Quando terminei e já caminhava em direção à próxima cama, ela falou de repente: “Tio, brinca mais comigo” e nesse instante voltou a se mexer. Fatos como este me fortalecem e me estimulam a continuar.
Em ambientes como o de um hospital, onde a dor e o sofrimento são parte do cotidiano, Jorge aprendeu algumas lições, como a de não entrar na intimidade do paciente, fazendo-o recordar de seus sofrimentos, pois isto só aumentaria a dor. Com o tempo, também conseguiu diferen-ciar sua vida dentro e fora do hospital. “Lá dentro sou o doutor Pisca-Pisca, do lado de fora, volto a ser o Jorge e esqueço o que aconteceu. No come-ço sofria bastante, mas aprendi a separar”.
Mar
celo
Cae
tano
voluntário
Doutor Pisca-Pisca em ação