egitas - iii edição - outubro 2009
DESCRIPTION
Esta é a terceira e última edição do jornal publicado pela Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde, da Guarda. A todos os leitores, desejamos um momento agradável durante enquanto estiverem perante o nosso periódico. Este jornal remata as actividades que foram desenvolvidas pelos corpos sociais da AE 2008/2009... mas os novos elementos que hoje tomaram posse vão continuar com este projecto. A directora, Susana PiresTRANSCRIPT
EEEEGITASGITASGITASGITAS ---- O O O O TEUTEUTEUTEU JORNALJORNALJORNALJORNAL, , , , ASASASAS TUASTUASTUASTUAS NOTÍCIASNOTÍCIASNOTÍCIASNOTÍCIAS!!!!!!!!!!!!
Não percas a próxima edição...Não percas a próxima edição...Não percas a próxima edição...Não percas a próxima edição...
A s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d aA s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d aA s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d aA s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d a
Álcool Álcool Álcool Álcool Guilhotinas, pelouros e castelos
Resvalam longamente em procissão;
Volteiam-me crepúsculos amarelos,
Mordidos, doentios de rouxidão.
Batem asas d'auréola aos meus ouvidos,
Grifam-me sons de côr e de perfumes,
Ferem-me os olhos turbilhões de gumes,
Desce-me a alma, sangram-me os sentidos.
Respiro-me no ar que ao longe vem,
Da luz que me ilumina participo;
Quero reunir-me, e todo me dissipo -
Luto, estrebucho... Em vão! Silvo pra além...
Corro em volta de mim sem me encontrar...
Tudo oscila e se abate como espuma...
Um disco de ouro surge a voltear...
Fecho os meus olhos com pavor da bruma...
Que droga foi a que me inoculei?
Ópio d'inferno em vez de paraíso?...
Que sortilégio a mim próprio lancei?
Como é que em dor genial eu me eterizo?
Nem ópio nem morfina. O que me ardeu,
Foi alcool mais raro e penetrante:
É só de mim que eu ando delirante -
Manhã tão forte que me anoiteceu.
Mário de Sá-Carneiro, in 'Dispersão'
SABIAS QUE (II)...
Visita o Visita o Visita o Visita o site site site site ou o blog da AEESSG ou o blog da AEESSG ou o blog da AEESSG ou o blog da AEESSG para mais actualizações!!para mais actualizações!!para mais actualizações!!para mais actualizações!!
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Patrocínios:
IMPRESSÃO A CARGO DO
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
28
Sofrer de enxaqueca potenciaSofrer de enxaqueca potenciaSofrer de enxaqueca potenciaSofrer de enxaqueca potencia
dor de cabeça provocadador de cabeça provocadador de cabeça provocadador de cabeça provocada
por "ressaca"por "ressaca"por "ressaca"por "ressaca"
As pessoas que sofrem de enxa-
queca são mais propensas a ter
dor de cabeça induzida pela inges-
tão excessiva de álcool, revela um estudo apre-
sentado na reunião anual da Society for Neuros-
cience, realizada recentemente em Chicago,
EUA.
O estudo, liderado por Michael Oshinsky, da Tho-
mas Jefferson University, comparou os efeitos da
ingestão de álcool em ratinhos manipulados
para sofrerem de enxaqueca e noutros roedores
que não apresentavam a patologia.
Os investigadores constataram que as cobaias
que tinham enxaqueca experi-
mentaram mais dores de
cabeça, entre quatro a seis
horas após a ingestão de
álcool, do que os ratinhos do
grupo de controlo.
De acordo com os autores, citados em comuni-
cado de imprensa publicado no sítio oficial da
universidade, dado que os animais estavam
devidamente hidratados e o álcool administrado
não continha impurezas, o responsável pelo
aumento da dor de cabeça deverá ser o próprio
álcool ou um metabolito. “Esses
dados confirmam a observação
clínica de que as pessoas com
enxaqueca são mais susceptíveis
às dores de cabeça induzidas pelo
álcool”, reforçou o líder da investiga-
ção.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.ALERT Life Sciences Computing, S.A.ALERT Life Sciences Computing, S.A.ALERT Life Sciences Computing, S.A.
(28 de Outubro de 2009)
pág. 4 pág. 5
NESTA EDIÇÃO:
FNAEE 7
Espaço Farmacêutico
16
Especial Feridas Crónicas e Terapia Compressiva
19
21
Entrevista ao Director da ESS - Ezequiel Carrondo
25
Esmiuçando... 6
Ano V, III Edição Outubro, 2009 Distribuição Gratuita (400 exemplares)
pág. 12
pág. 8
2 27
EDITORIAL Caro leitor/a:Caro leitor/a:Caro leitor/a:Caro leitor/a:
Esta é a 3ª e última edição do EGITAS, publica- da pelo Mandato 2008/2009 da Associação de
Estudantes da Escola Superior de Saúde, da
Guarda.
Findo todo este trabalho, realizado com grande
dedicação por todos os colaboradores do jornal,
gostaria mais uma vez de deixar um agradeci-
mento muito especial a todos que, directa ou
indirectamente, participaram neste projecto.
Tivemos a preocupação de desenvolver um tra-
balho baseado na criatividade, rigor, isenção e
responsabilidade social e académica, bem como
o cuidado de dar o nosso melhor, abordando
temas pertinentes a toda a comunidade acadé-
mica e mais especificamente a cada curso.
Esta é uma edição que considero especial uma
vez que apresenta o balanço deste mandato pelo
nosso presidente, Tiago Reis, dois artigos dedica-
dos ao Curso de Licenciatura em Enfermagem,
sendo fruto da colaboração da Sr.ª Enf.ª Cremil-
da Almeida e de das nossas colegas Cristina Fer-
nandes e Raquel Costa, uma entrevista ao Direc-
tor da ESS - IPG, Prof. Ezequiel Carrondo e um
suplemento extra, dedicado ao Curso Bietápico
de Licenciatura em Farmácia da autoria de João
Borges. Publicamos também um resumo dos
acontecimentos mais importantes levados a
cabo pela Associação de Estudantes, para além
de introduzir novas colunas neste periódico.
Para os caloiros que agora fazem parte desta
instituição, deixo uma mensagem de esperança
e confiança no futuro. Aos meus amigos e cole-
gas da AE, um obrigada por tudo; tive muito orgu-
lho de fazer parte deste grupo de trabalho e
agradeço o voto de confiança que depositaram
em mim. Aos novos corpos sociais da AE , desejo
um mandato repleto de sucesso.
Prosperidade, sorte e felicidades para todos.
Saudações Académicas.
Até sempre... A directora
Susana PiresSusana PiresSusana PiresSusana Pires
ESPAÇO DESPORTIVO O desporto está de volta com a tua Associação
de Estudantes para mais um ano repleto de Saú-
de.
A Associação disponibiliza duas horas semanais
para a prática desportiva, incluindo várias moda-
lidades mistas em equipa (futebol, voleibol, bas-
quetebol e andebol).
Toda a comunidade escolar está convidada a
participar.
PAVILHÃOPAVILHÃOPAVILHÃOPAVILHÃO DODODODO SAS (SSAS (SSAS (SSAS (SERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOS DEDEDEDE AAAACÇÃOCÇÃOCÇÃOCÇÃO SSSSOCIALOCIALOCIALOCIAL))))
PPPPRATICARATICARATICARATICA DDDDESPORTOESPORTOESPORTOESPORTO PELAPELAPELAPELA TUATUATUATUA SSSSAÚDEAÚDEAÚDEAÚDE…………
20 h 20 h 20 h 20 h ---- 22 h 22 h 22 h 22 h 21 h 21 h 21 h 21 h ---- 22 h22 h22 h22 h 5ª5ª5ª5ªs s s s FEIRASFEIRASFEIRASFEIRAS
4ª4ª4ª4ªssss FEIRASFEIRASFEIRASFEIRAS
A Associação de Estudantes convida todos os
interessados a aderir à Associação, bem como a
renovar as suas quotas. No acto de adesão será
fornecido um Kit de Sócio composto por: pin pin pin pin + tttt----
shirt da AEshirt da AEshirt da AEshirt da AE, assim como pelo Cartão de SócioCartão de SócioCartão de SócioCartão de Sócio! Os
já sócios da AE, devem actualizar as suas quotas
e requerer o Cartão de Sócio. Para isso basta
dirigirem-se à AE, munidos de uma fotografia tipo
pass e o Cartão de Estudante da ESS, da Guar-
da. Ao te tornares sócio, beneficiarás de inúme-
ras vantagens... Para mais informações, dirige-te
à tua Associação de Estudantes!
TornaTornaTornaTorna----te Sócio!te Sócio!te Sócio!te Sócio!
Kit sócio da ae/ Actualização de Quotas
Os “Culpados”
Directora/ Editora:Directora/ Editora:Directora/ Editora:Directora/ Editora: Susana Pires
Redacção:Redacção:Redacção:Redacção: André Afonso, Cátia Monteiro, César Bor-
ges, Cremilda Almeida, Cristina Fernandes, José Mon-
teiro, João Borges, Nicolas Tenente, Paulo Matos,
Raquel Costa, Sílvia Morais, Susana Pires, Tiago Reis
Fotografia:Fotografia:Fotografia:Fotografia: Hugo Martins, Sílvia Morais, Susana Pires
Montagem e Paginação:Montagem e Paginação:Montagem e Paginação:Montagem e Paginação: Susana Pires
Esquecemo-nos do que já não
está ao alcance, basta de lamentações.
Cabe-nos assumir o controlo do futuro,
Tomar as rédeas das mãos do destino,
Sonhar a vida, e viver os sonhos.
E tu, podes lidar com o desafio
de tornar isto realidade?
Davi KhouriDavi KhouriDavi KhouriDavi Khouri
Não deixes de lutar,Não deixes de lutar,Não deixes de lutar,Não deixes de lutar,
um dia vais conseguir!!um dia vais conseguir!!um dia vais conseguir!!um dia vais conseguir!!
NOVIDADES
EXISTEM SONHOS QUE SE CONTRETIZAM...
Fonte: www.ipg.ptFonte: www.ipg.ptFonte: www.ipg.ptFonte: www.ipg.pt
O Projecto SubtilProjecto SubtilProjecto SubtilProjecto Subtil, nasceu de uma candidatura
realizada pela Caritas Diocesanas da Guarda ao
Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) na
área da Redução de Risco e Minimização de
Danos, junto de consumidores de álcool e de
substâncias psicoactivas nas Freguesias da Sé,
São Vicente e São Miguel da Guarda.
Os principais objectivos do projecto são:
�PPPPromoção de escolhas informadas sobre o
consumo de substâncias licitas e ilícitas, ate-
nuando o respectivo consumo;
�MMMMinimização do binómio entre condução peri-
gosa e consumo de álcool e substâncias psi-
coactivas;
�FFFFomentar o cumprimento da lei;
�RRRRedução de situações de exclusão social;
�EEEEstabilização biopsicossocial do cliente;
�FFFFomento de comportamentos sexuais segu-
ros, prevenindo gravidezes indesejadas e
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
O projecto é composto por cinco acções ligadas
entre si, que são:
�Acção VoltarAcção VoltarAcção VoltarAcção Voltar, que é um Ponto de Contacto e
Informação (Portaria nº 1113/2001) – Unida-
de Móvel que pretende informar e sensibilizar
acerca dos riscos efeitos do consumo de dro-
gas e prevenir comportamentos sexuais de
26 3
tante equipa, fez questão de optimizar e moder-
nizar a imagem e actividades promovidas pela
AE. Que apreciação faz do trabalho realizado?
Que expectativas e conselhos tem para futuros
mandatos? E qual a importância que atribui à
publicação deste jornal?”
Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel: “Entendendo as associações de
estudantes como órgãos complementares da
formação dos estudantes, nomeadamente nas
áreas cultural e humanística, considero o traba-
lho desenvolvido pela Associação, no global,
como um trabalho muito positivo.
Espero que o dinamismo da Associação de Estu-
dantes da Escola Superior de Saúde da Guarda
continue e, se possível, que se reforce. Gostaria
ainda de referir que a necessidade de organiza-
ção dos estudantes da Escola Superior de Saúde
em associação consta dos novos estatutos da
Escola, sendo-lhe dedicado um dos artigos.
O EgitaS é uma publicação muito importante
para a vida da Escola, uma vez que permite a
participação, a partilha e a reflexão sobre assun-
tos de interesse para toda a comunidade acadé-
mica.”
Entrevista e Fotografia por:
Susana PiresSusana PiresSusana PiresSusana Pires Responsável do Sector Cultural
e Divulgação da AEESSG
dantes (AE)?”
Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel: “Muito boa. Uma relação de gran-
de qualidade.”
EgitaS:EgitaS:EgitaS:EgitaS: “São várias as actividades que a AE tem
vindo a promover ao longo deste mandato. Sen-
do as Olimpíadas de Desporto em Enfermagem
uma das grandes bandeiras da AE, mobilizando
centenas de estudantes de todo o país, gostaría-
mos de saber o motivo pelo qual a direcção des-
ta escola não nos apoiou nos mesmos moldes de
edições anteriores?”
Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel: “A Direcção da Escola nunca dei-
xou de apoiar o evento, tendo realizado várias
reuniões com a Direcção da Associação de Estu-
dantes, na procura das melhores condições de
alojamento dos estudantes participantes nas
Olimpíadas. Consideramos que se trata de um
evento importante para a Escola e para a cidade
da Guarda e naturalmente que a Escola continua
e continuará a apoiar a Associação de Estudan-
tes, sempre na procura de condições adequadas
à participação dos estudantes.”
EgitaS:EgitaS:EgitaS:EgitaS: “Sendo a cidade da Guarda reconhecida
pelos seus benefícios na qualidade de vida das
pessoas, a AE tem vindo a fomentar acções de
promoção da saúde junto da academia e da
comunidade, desde rastreios analíticos, sessões
de educação, até à Feira de Saúde. O que pensa
destas iniciativas?”
Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel: “Penso que estas iniciativas são
de enaltecer e se inserem no importante papel
que a Associação de Estudantes desempenha,
em estreita ligação com a Escola, no contributo
para o desenvolvimento da comunidade acadé-
mica e da comunidade em geral, através da orga-
nização de actividades de natureza diversa.”
EgitaS:EgitaS:EgitaS:EgitaS: “O mandato 2008/2009 dos corpos
sociais da AE está a chegar ao fim. O nosso pre-
sidente, Tiago Reis, em colaboração com a res-
VOLUNTARIADO @ GUARDA: PROJECTO SUBTIL risco. Irá funcionar às quintas, sextas e sába-
dos nas Freguesias da Sé, São Vicente e São
Miguel, das 00:00h às 04:00h e sempre que
o serviço seja solicitado para eventos, como
Semana Académica e outros.
�InInInIn----dicas dicas dicas dicas – Pretende consciencializar a comu-
nidade através da distribuição de informação,
tendo como objectivo a Redução de Riscos e
Minimização de Danos associado aos consu-
mos de álcool e substancias psicoactivas.
�(Til) (Til) (Til) (Til) – Dispositivo de Acolhimento Temporário
para indivíduos em situação de sem abrigo,
nomeadamente toxicodependentes, alcoóli-
cos, passantes e migrantes.
�AAAA----CorCorCorCor----Dar Dar Dar Dar – pretende estabelecer um planea-
mento integrado e estratégico no reforço das
medidas de informação e fiscalização sobre a
venda e consumo de bebidas alcoólicas a
menores de 16 anos e a pessoas notoriamen-
te embriagadas em estabelecimentos de
recreação situados nas proximidades das
escolas.
�Contíguo Contíguo Contíguo Contíguo – destina-se a apoiar indivíduos em
situação de exclusão social, nomeadamente
toxicodependentes, alcoólicos, passantes,
entre outros, ao nível do fornecimento de
bens alimentares, produtos de higiene, pres-
tação de primeiros socorros, e acompanha-
mento/encaminhamento psicossocial.
Este projecto é composto por cinco técnicos,
mas é fundamental que hajam voluntários que
nos ajudem a por em prática todas estas
acções. Os voluntários devem gostar de sair à
noite, ter espírito dinâmico, alegre, de entreaju-
da com toda a equipa, serem assertivos e, como
é óbvio, devem ser coerentes nos seus actos.
Sê Solidário !! Ao ajudares os outros, estarás a Sê Solidário !! Ao ajudares os outros, estarás a Sê Solidário !! Ao ajudares os outros, estarás a Sê Solidário !! Ao ajudares os outros, estarás a
contribuir para um mundo melhor !!contribuir para um mundo melhor !!contribuir para um mundo melhor !!contribuir para um mundo melhor !!
Para mais informações dirige-te à AE ou e:
Unidade Móvel do Projecto Subtil
EENTREVISTANTREVISTA AOAO DDIRECTORIRECTOR DADA ESSESS
BoaBoaBoaBoa
Leitura
Leitura
LeituraLeitura
4 25
Cessados mais de seis anos de liderança desta Cessados mais de seis anos de liderança desta Cessados mais de seis anos de liderança desta Cessados mais de seis anos de liderança desta
escola pelo Professor Abílio Figueiredo, o ano de escola pelo Professor Abílio Figueiredo, o ano de escola pelo Professor Abílio Figueiredo, o ano de escola pelo Professor Abílio Figueiredo, o ano de
2009 trouxe uma nova direcção a esta institui-2009 trouxe uma nova direcção a esta institui-2009 trouxe uma nova direcção a esta institui-2009 trouxe uma nova direcção a esta institui-
ção. De seguida, passamos a ção. De seguida, passamos a ção. De seguida, passamos a ção. De seguida, passamos a
apresentar a entrevista do apresentar a entrevista do apresentar a entrevista do apresentar a entrevista do
EgitaS ao Professor Doutor EgitaS ao Professor Doutor EgitaS ao Professor Doutor EgitaS ao Professor Doutor
Ezequiel Martins Carrondo Ezequiel Martins Carrondo Ezequiel Martins Carrondo Ezequiel Martins Carrondo ––––
Director da Escola Superior de Director da Escola Superior de Director da Escola Superior de Director da Escola Superior de
Saúde Saúde Saúde Saúde –––– Instituto Politécnico Instituto Politécnico Instituto Politécnico Instituto Politécnico
da Guarda.da Guarda.da Guarda.da Guarda.
EgitaS: EgitaS: EgitaS: EgitaS: “Caro Professor Ezequiel, agradecemos
desde já a sua disponibilidade em nos conceder
esta entrevista. Como sabemos, o seu anteces-
sor, Professor Abílio Figueiredo, esteve no
comando desta escola durante muitos anos. Que
balanço faz desses sucessivos mandatos?”
Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel: “Sobre esta questão não me pro-
nuncio. Os mandatos são exercidos em determi-
nados contextos, pelo que entendo não ser opor-
tuno pronunciar-me sobre mandatos anteriores.”
EgitaS:EgitaS:EgitaS:EgitaS: “Tendo tomado posse como Director des-
ta escola no passado dia 19 de Fevereiro, quais
são as suas principais prioridades e quais consi-
dera serem exequíveis neste ano lectivo?”
Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel: “Com a publicação do novo regi-
me jurídico das instituições do ensino superior
foi alterado o modelo de gestão nas respectivas
escolas superiores.
De acordo com a nova legislação, foram revistos
e publicados os estatutos do Instituto Politécnico
da Guarda e os estatutos da Escola Superior de
Saúde (a 23 de Abril de 2009). A sua implemen-
tação conduz a alterações profundas no modelo
organizacional que se encontrava em vigor na
Escola Superior de Saúde, que, recordo, ainda se
tratava do modelo subjacente aos estatutos da
Escola Superior de Enfermagem da Guarda,
publicados em 1999, sendo de notar que a Esco-
la Superior de Enfermagem da Guarda foi conver-
EENTREVISTANTREVISTA AOAO DDIRECTORIRECTOR DADA ESSESS tida em Escola Superior de Saúde em 2005.
Com a publicação dos novos estatutos, deixa-
ram de existir alguns dos órgãos da Escola
(Assembleia de Escola, Conselho Directivo, Con-
selho Administrativo) e foram criados novos
órgãos ou definidas novas competências em
órgãos do Instituto Politécnico. Temos estado a
implementar os novos estatutos, mas este é um
processo que ainda não está concluído. As
mudanças na cultura organizacional levam tem-
po a ser implementadas e é este processo de
mudança que vamos continuar a estimular, con-
tando com a colaboração de toda a comunidade
académica. As nossas prioridades são a reorga-
nização, a modernização e o desenvolvimento
da Escola, segundo quatro eixos estratégicos:
ambiente educativo; formação; investigação,
desenvolvimento e inovação; internacionaliza-
ção e cooperação. Em termos de exequibilidade,
no final do ano civil faremos o balanço do que
foi concretizado e iremos definir o que será de
desenvolver em 2010.”
EgitaS:EgitaS:EgitaS:EgitaS: “Após a tomada de posse desta nova
direcção, são notáveis as transformações que
ocorreram na nossa escola, desde a aquisição
de diverso material didáctico até à reforma das
salas de aula. Especula-se que também irão
decorrer mudanças ao nível da orgânica funcio-
nal (extinção do posto de telefonista, a introdu-
ção de mestrados)... O que tem a referir em rela-
ção a estas medidas?”
Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel:Prof. Ezequiel: “Tenho a referir que a implemen-
tação dos novos estatutos conduz a alterações
profundas no modelo organizacional, que passa
por integrar os recursos da instituição numa
perspectiva conjunta de melhoria da gestão,
tendo presentes os eixos estratégicos anterior-
mente mencionados.”
EgitaS: EgitaS: EgitaS: EgitaS: “Como define a relação entre a direcção
da Escola e a direcção da Associação de Estu-
pretendemos distinguir, perante um auditório
cheio, o que demonstra a importância que esta
actividade já tem para todos os elementos desta
comunidade estudantil. Recordamos aqui, para
os mais distraídos, os vencedores em cada cate-
goria: Chato do Ano: Chato do Ano: Chato do Ano: Chato do Ano: Joel Mariano Bêbado do Ano: Bêbado do Ano: Bêbado do Ano: Bêbado do Ano: Natanael Pereira
Bêbada do Ano: Bêbada do Ano: Bêbada do Ano: Bêbada do Ano: Mª João Oliveira
Marrão do Ano: Marrão do Ano: Marrão do Ano: Marrão do Ano: Nelson Figueiredo
Desconhecido do Ano: Desconhecido do Ano: Desconhecido do Ano: Desconhecido do Ano: Joana Teixeira
Desportista do Ano: Desportista do Ano: Desportista do Ano: Desportista do Ano: Idalina Martins
Malabarista do Ano: Malabarista do Ano: Malabarista do Ano: Malabarista do Ano: César Borges
Caloiro do Ano: Caloiro do Ano: Caloiro do Ano: Caloiro do Ano: Sílvia Morais
Tia do Ano: Tia do Ano: Tia do Ano: Tia do Ano: Patrícia Rainha do Adro
Miss do Ano: Miss do Ano: Miss do Ano: Miss do Ano: Marina Santos
Mister do Ano: Mister do Ano: Mister do Ano: Mister do Ano: Telmo Martins
Graxista do Ano: Graxista do Ano: Graxista do Ano: Graxista do Ano: Susana Rodrigues
LançaLançaLançaLança----Roscas do Ano: Roscas do Ano: Roscas do Ano: Roscas do Ano: Fábio Gaspar
Miss Coluna do Ano: Miss Coluna do Ano: Miss Coluna do Ano: Miss Coluna do Ano: Viviana Neto
Mister Coluna do Ano: Mister Coluna do Ano: Mister Coluna do Ano: Mister Coluna do Ano: Tiago Reis
Festa do Ano: Festa do Ano: Festa do Ano: Festa do Ano: Festa do Aniversário das X ODE
Calinada do Ano: Calinada do Ano: Calinada do Ano: Calinada do Ano: “ Aqueles comprimidos azuis
que dão vontade…” by Prof. João Leitão
Crava do Ano: Crava do Ano: Crava do Ano: Crava do Ano: Margarida Pacheco
Veterano do Ano: Veterano do Ano: Veterano do Ano: Veterano do Ano: Marco Carmo
Académico do Ano: Académico do Ano: Académico do Ano: Académico do Ano: Nicolas Monteiro
Pior do Ano: Pior do Ano: Pior do Ano: Pior do Ano: Marrada da Maggy no Hugo
Melhor do Ano: Melhor do Ano: Melhor do Ano: Melhor do Ano: Desfile Académico
A Direcção da AEESSG
A Associação de Estudantes da Escola Superior
de Saúde, da Guarda, organizou no passado dia
23 de Julho mais uma edição da Gala de Saúde,
evento que pretende distinguir as pessoas e
eventos que marcaram o último ano lectivo. No
sentido de tornar estas votações mais justas, de
modo que a vontade real dos estudantes fosse
expressada, realizámos algumas alterações nos
moldes em que se realizavam as nomeações e
votações. Assim, as nomeações para as diferen-
tes categorias deixaram de ser feitas pelos
órgãos sociais da AEESSG e passaram ser feitas
pelos alunos numa votação que decorreu no
mês de Junho. Posteriormente, foram seleccio-
nados desta votação os quatro mais votados em
cada categoria e a votação decorreu nos dias 22
de Julho e na manhã do dia 23, podendo cada
aluno votar uma única vez de modo a tornar
mais fidedignos os resultados. A Gala deste ano
voltou a contar com filmes produzidos pelos ele-
mentos da AEESSG, dando asas à nossa criativi-
dade e não deixando de criticar aquilo que acha-
mos que deve ser melhorado na nossa Escola.
Os prémios que dis-
tinguiram os vence-
dores de cada cate-
goria também sofre-
ram uma alteração,
ficando mais atraen-
tes e dignos desta
nossa Gala tão queri-
da. Aproveitámos
também esta Gala como forma de divulgar traba-
lhos extra curriculares de colegas nossos, no
caso o livro – Luz Primordial – do nosso colega
André Afonso. Nesta ocasião, não quisemos tam-
bém de deixar uma palavra de apoio ao nosso
amigo Professor Fragoso, em nome de toda a
comunidade escolar, desejando o seu rápido
regresso ao nosso convívio. Foi sem dúvida mais
um grande momento de despedida de um ano
lectivo recheado de momentos marcantes que
VI GALA DE SAÚDE
24 5
Nos dias 24, 25 e 26 do mês de Julho deste ano,
a tua AE organizou um fim-de-semana de conví-
vio no Parque da Sr.ª dos Verdes em Gouveia,
para comemorar o encerramento de mais um
ano lectivo… e que ano!
Esta actividade veio substituir o conhecido
“Acampamento Primitivo” que, sabe-se lá por-
quê, deixou de constar no plano de actividades
da AE. Reeditámos então este fim-de-semana,
mas com um novo conceito.
No dia 24 saímos da Guarda, ainda um pouco
combalidos da noite anterior, por volta das 16
horas rumo a Gouveia. Foi uma viagem que
durou pouco mais de meia hora, passando rapi-
damente devido à animação, que esteve sempre
presente neste fim-de-semana.
Assim que chegámos, fomos logo montar as ten-
das, estrategicamente, onde íamos dormir.
Depois, demos uma vista de olhos pelo parque
para conhecer as instalações, que por sinal eram
excelentes, tinha piscina, bar, restaurante, par-
que infantil, parque de campismo, torres de sli-
de, pontes suspensas, recinto para paintball, e
muitas outras coisas.
Chegava então a hora do jantar… Comemos no
restaurante do parque uma boa refeição regada
com algum vinho e muito boa disposição. Quanto
à parte nocturna desse primeiro dia, o pessoal
foi todo para o bar do parque conviver e cantar
algumas músicas em karaoke bem como outras
alusivas à nossa Academia. Antes de irmos para
as tendas ainda estivemos a conviver um bom
bocado pela madrugada fora.
O segundo dia começou bem cedo, primeiro por-
que não dava para aguentar o calor dentro das
tendas, segundo porque as actividades iam
começar por volta das 9 horas. E assim foi,
depois de acordar fomos todos equipar-nos devi-
damente, com todo o material necessário para a
nossa segurança. Começámos então nas pontes
suspensas, que se elevavam a uma boa altura
do chão (talvez uns 6-7 metros), algumas com
elevado grau de dificuldade, mas todos conse-
guimos superar a totalidade das pontes. Logo de
seguida fomos fazer slide, que por acaso até
tem um comprimento e altura consideráveis, e
com uma vista espectacular, pois passava por
uma parte do parque onde estava a piscina.
MAS…esta actividade, infelizmente começou
mal!... Houve uma falta de coordenação com o
pessoal da empresa e não estava ninguém para
travar o primeiro que se lançou pelo slide fora,
ou seja, PUMBA!... O João bateu violentamente
com as canelas e mais qualquer coisa na torre
onde acabava o slide!... Felizmente foi só um
susto e continuámos a fazer o slide, agora com
travão. Fomos então almoçar e tomar um café
no restaurante do parque, visto que tinha sido
uma manha excitante e desgastante, comeu-se
tudo o que havia para comer. Depois do almoço
fomos então para o relvado da piscina apanhar
um bronze e dar uns mergulhos. Chegava a hora
mais esperada do dia… a hora em que íamos
praticar Paintball!!! Mais uma vez fomos equipar
-nos para o efeito, com os fatos de macaco,
viseiras e protecções para o pescoço. Dividimos
o grupo em dois para formar duas equipas equi-
libradas. Tenho a dizer que foi espectacular, o
recinto era óptimo, com muitos “spots” para nos
agacharmos, e tudo decorreu sem problemas,
com muitas balas de tinta pelo ar e pelos fatos…
Simplesmente 5 estrelas!
FFIMIM--DEDE--SSEMANAEMANA DADA AE @ GAE @ GOUVEIAOUVEIA
Na véspera do PaintballNa véspera do PaintballNa véspera do PaintballNa véspera do Paintball
CCCONTRAONTRAONTRA AAA PPPAREDEAREDEAREDE
Cátia Monteiro, XIV CLECátia Monteiro, XIV CLECátia Monteiro, XIV CLECátia Monteiro, XIV CLE
6 23
Mas o dia ainda não tinha acabado… Depois do
paintball fomos fazer uma partida de voleibol na
areia, rapazes contra raparigas, só não comunico
o resultado para não humilhar ninguém. Fomos
então tomar um banho para nos prepararmos
para a noite… e que noite!
Depois do jantar, fomos aquecer para o bar do
parque uma vez que depois fomos para as festas
da cidade de Seia. Quando lá chegámos já não
haviam concertos, mas a animação continuava
com muita música proveniente das várias tasqui-
nhas. Estivemos a confraternizar, dançar, can-
tar… enfim, sempre com muito entusiasmo.
Voltámos novamente para o parque para ir dor-
mir, sem antes conviver mais um pouco visto que
era a nossa última noite.
No dia seguinte, não tivemos oportunidade para
praticar mini golfe como era previsto, dado que o
circuito estava em manutenção. Assim, arrumá-
mos as tendas e tudo o que era nosso, almoçá-
mos e despedimo-nos de um ano lectivo que
acabou em cheio.
Foi um fim-de-semana inesquecível, para repetir
sem dúvida… para o ano há mais!
Participem que é para ser ainda melhor!
Saudações Académicas e Associativas
César BorgesCésar BorgesCésar BorgesCésar Borges Vice-Presidente da AEESSG
FFIMIM--DEDE--SSEMANAEMANA DADA AE @ GAE @ GOUVEIAOUVEIA
Profissão: Profissão: Profissão: Profissão: Enfermeiro
Livro: Livro: Livro: Livro: "The Lost World" - Sir Arthur Conan Doyle
Música: Música: Música: Música: "The End" - The Doors
Filme: Filme: Filme: Filme: "O Mito de Uma Geração"
Carro: Carro: Carro: Carro: BMW - M6
Clube de Futebol: Clube de Futebol: Clube de Futebol: Clube de Futebol: SLB, claro!!!
Estação do Ano: Estação do Ano: Estação do Ano: Estação do Ano: Outono
Comida: Comida: Comida: Comida: Uma boa mariscada (feita por mim!)
Bebida: Bebida: Bebida: Bebida: Licor Beirão
Artista: Artista: Artista: Artista: Jim Morrison
Figura Pública: Figura Pública: Figura Pública: Figura Pública: Herman José
Telemóvel, TV, Internet ou Vídeojogos:Telemóvel, TV, Internet ou Vídeojogos:Telemóvel, TV, Internet ou Vídeojogos:Telemóvel, TV, Internet ou Vídeojogos:
GTA San Andreas
Programa de TV: Programa de TV: Programa de TV: Programa de TV: "A Ovelha Choné" - Eh, eh, eh
Frase/ Pensamento:Frase/ Pensamento:Frase/ Pensamento:Frase/ Pensamento:
"Mais valem as lágrimas da derrota que a
vergonha de nunca ter lutado."
Herói/ Heroína: Herói/ Heroína: Herói/ Heroína: Herói/ Heroína: O meu Pai
Hobbies: Hobbies: Hobbies: Hobbies: Futsal
Cidade Nacional: Cidade Nacional: Cidade Nacional: Cidade Nacional: Bragança
Cidade Internacional: Cidade Internacional: Cidade Internacional: Cidade Internacional: Paris
Sonho concretizado: Sonho concretizado: Sonho concretizado: Sonho concretizado: Ser papá
Sonho por concretizar: Sonho por concretizar: Sonho por concretizar: Sonho por concretizar: Já está concretizado
Gosto de: Gosto de: Gosto de: Gosto de: Evoluir
Não gosto de: Não gosto de: Não gosto de: Não gosto de: Hipócritas
ESMIUÇANDO... NNNNAVEGARAVEGARAVEGARAVEGAR NANANANA IIIINTERNETNTERNETNTERNETNTERNET PROTEGEPROTEGEPROTEGEPROTEGE
CÉREBROCÉREBROCÉREBROCÉREBRO DOSDOSDOSDOS IDOSOSIDOSOSIDOSOSIDOSOS Estudo da University of California
Navegar na Internet
ajuda a preservar as
capacidades mentais à
medida que envelhece-
mos, revela um estudo
norte-americano que
confirmou, em pessoas
a partir da meia-idade,
uma melhor função cerebral passados poucos
dias após as primeiras utilizações. O estudo foi
apresentado no encontro anual da Society for
Neuroscience, realizada recentemente em Chica-
go, EUA.
No estudo, realizado por investigadores da Uni-
versity of California, foram avaliados 24 voluntá-
rios, com idades entre os 55 anos e os 78 anos.
Os participantes foram
divididos em dois grupos:
um de iniciados e outro
de experientes em Inter-
net. Enquanto realizavam
as tarefas no computador,
os seus cérebros foram
analisados através de
imagem por ressonância
magnética.
Logo após o primeiro con-
tacto com o computador, os testes de ressonân-
cia magnética mostraram, nos voluntários dos
dois grupos, uma maior actividade nas áreas
cerebrais que controlam a linguagem, a leitura, a
memória e a capacidade visual. Contudo, o grupo
dos experientes em Internet apresentava uma
maior actividade numa área do cérebro muito
mais extensa do que a dos
iniciados.
Após este teste inicial, os
investigadores instruíram os
voluntários para que reali-
realizassem pesquisas na Internet durante uma
hora por dia ao longo de duas semanas. Após
esse período, os voluntários regressaram para
elaborar novos testes. Os resultados das ima-
gens por ressonância magnética foram surpreen-
dentes.
Para além de toda a área que já tinha sido acti-
vada no primeiro contacto
com a Internet, os iniciados
também trabalharam a par-
te frontal do cérebro, uma
região que controla a
memória e a tomada de
decisões. Numa nova com-
paração, os cientistas perceberam que, depois
de duas semanas a navegar na Internet, a dife-
rença entre os cérebros dos iniciados e dos expe-
rientes diminuiu: a extensão da área cerebral
activada era praticamente igual nos dois grupos
de participantes.
A conclusão é que a Internet, se usada diaria-
mente, pode ser um treino para o cérebro, tal
como a realização de palavras cruzadas ou puzz-
les. ALERT Life Sciences Computing, S.A.ALERT Life Sciences Computing, S.A.ALERT Life Sciences Computing, S.A.ALERT Life Sciences Computing, S.A.
(28 de Outubro de 2009)
SSABIASABIAS QUEQUE......
22 7
tipo de feridas de que falamos. Este estudo mos-
tra a eficácia do tratamento.
A Terapia Compressiva tem como objectivo a
cicatrização de úlceras e a não recidiva das mes-
mas, mas acima de tudo o aumento de qualida-
de de vida dos clientes. Com este artigo, preten-
demos incentivar os leitores a abrir novos hori-
zontes ao tratamento das úlceras das pernas e a
incentivar a aplicação deste tipo de tratamento
que já é notória a sua eficácia.
Cremilda AlmeidaCremilda AlmeidaCremilda AlmeidaCremilda Almeida Enfermeira da ULS Guarda, E.P.E.
- Centro de Saúde da Guarda
Cristina Fernandes Cristina Fernandes Cristina Fernandes Cristina Fernandes e Raquel CostaRaquel CostaRaquel CostaRaquel Costa XIV CLEnfermagem
que o que mais valoriza é o encerra-
mento da úlcera, referindo ainda difi-
culdade em aplicar e manter meias
terapêuticas, sendo este o motivo
para ainda manter a Terapia Compres-
siva com ligaduras.
Por fim, foi entrevistado Celestino, cliente de 70
anos com úlceras venosas em ambos os mem-
bros. Quando questionado sobre os anos das
úlceras, respondeu com um sorriso “Já nem me
lembro bem, há dezanove anos! Este tratamento
foi o que me valeu!”. Celestino não acreditava na
cura, tendo muito medo da amputação. Deixou
de ter vida social por ter complexos relativos ao
odor da ferida que incomodava os outros. Toma-
va cerca de vinte comprimidos por dia, tendo
sido internado algumas vezes, apresentando já
multi-resistências a antibióticos. Referiu ainda
que chegou a ter “bichos nas feridas”. Actual-
mente faz tratamento com terapia compressiva
há um ano. Iniciou o tratamento com três visitas
semanais, sendo necessário neste momento,
apenas um tratamento semanal. Com a Terapia
Compressiva abandonou os antibióticos e os
analgésicos. Refere que o que mais valoriza é “o
aspecto da ferida”, a cicatrização e evolução das
úlceras.
Segundo um estudo
realizado no Centro
de Saúde da Guar-
da, após a imple-
mentação da Tera-
pia Compressiva
houve uma redução de custos em pensos tera-
pêuticos de 51% de 2007 para 2008. Ainda de
referir do mesmo estudo, numa amostra de 42
indivíduos, com uma idade média da ferida de
26,99 meses, em 88,1% dos casos, houve cica-
trização da ferida, registando-se um único aban-
dono do tratamento. Houve ainda três casos de
recidivas, número reduzido tendo em conta o
Todos os estudantes
de Enfermagem em
Portugal deveriam
saber que além de
estarem representa-
dos por uma Associa-
ção de Estudantes ou
por um Núcleo, existe ainda um órgão máximo
no Associativismo em Enfermagem que é a Fede-
ração Nacional de Associações de Estudantes de
Enfermagem (FNAEE).
A FNAEE existe há cerca de 18 anos, com Estatu-
tos aprovados em 1991 em Diário da República.
Representa todos os estudantes de Enfermagem
num universo de cerca de 13000 estudantes
num total de cerca de 53 cursos divididos entre
Universidades, Institutos Politécnicos e Escolas
Superiores do Sistema Público e Privado.
A FNAEE tem como objectivos defender os direi-
tos dos estudantes de Enfermagem a nível cen-
tral, Governo e Instituições de representação
nacional, junto das Associações e Núcleos de
Estudantes por todo o país, sendo que promove
igualmente ao longo do ano actividades de modo
a reunir estudantes para o debate, confronto e
interacção de ideias, tendo em conta as diferen-
tes escolas que acolhem e ministram o curso de
Enfermagem, actividades como o Encontro
Nacional de Estudantes de Enfermagem (ENEE),
o Fórum Nacional de Estudantes de Enfermagem
(FNEE) e Assembleias Gerais da FNAEE
(AGFNAEE) conjuntamente com todas as Asso-
ciações de Estudantes, espalhadas por todo o
país.
A nossa Associação de Estudantes está há vários
anos federada na FNAEE e é uma das poucas
que participa na maior parte das AGFNAEE. Nes-
te mandato estivemos presentes em todas as
que foram realizadas, nomeadamente em Lisboa
(dias 16 e 17 de Janeiro), em Vieira de Leiria
(dias 18 e 19 de Abril), em Pedrógão - no ENEE
(dia 27 de Maio), em Vila Real (dias 27 e 28 de
FNAEE – FEDERAÇÃO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Junho), em Coimbra (dias 25 e 26 de Julho) e na
última que se realizou nos passados dias 3 e 4
de Outubro em Vila Nova de Famalicão.
Os corpos sociais da FNAEE são constituídos por
estudantes de Enfermagem que pertençam a
uma Associação de Estudantes ou a um Núcleo.
As eleições para o novo mandato decorreram na
AGFNAEE de Coimbra, tendo os novos corpos
sociais tomado posse nessa mesma AGFNAEE,
dos quais fazem parte dois estudantes da nossa
Associação, o nosso Presidente Tiago Reis é o
novo Presidente do Conselho Fiscal Judicial da
FNAEE e a Marina Vaz é pelo segundo ano con-
secutivo a primeira secretária da Mesa da
Assembleia-Geral da FNAEE.
É objectivo da nossa Associação dar-vos a
conhecer a importância da existência deste
órgão que tanto luta pelos nossos direitos como
alunos de Enfermagem. Deixamos desde já a
promessa que as próximas edições do EgitaS
integrarão sempre um artigo onde se fará um
apanhado geral dos assuntos tratados e das
actividades da FNAEE.
Nicolas TenenteNicolas TenenteNicolas TenenteNicolas Tenente Tesoureiro da Direcção da AEESSG
EESPECIALSPECIAL:: TTERAPIAERAPIA CCOMPRESSIVAOMPRESSIVA
Intervêm na
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tua AEtua AEtua AEtua AE
Se achas que tens perfil de jornalista/redactor/
poeta (...), escreve um artigo/texto ao teu gosto e
pode ser que este venha a ser publicado numa das
próximas edições do EGITAS .
Por outro lado, se achas que tens jeito para a ilus-
tração/ cartoons/ caricaturas, mostra-nos do que
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Privilegiamos o talento e a criatividade...
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8 21
As feridas crónicas
são um problema
de saúde pública
que envolve eleva-
dos custos para o
S.N.S e para o
cliente. De entre as
feridas crónicas, as úlceras da perna são as que
apresentam maior prevalência, e com base num
estudo nacional esse valor é de 1,41 para cada
1000 habitantes (Pina e colegas, 2004).
As úlceras da perna têm um enorme impacto em
vários aspectos da vida do cliente: físicas, psico-
lógicas e sociais realçando a dor, e o isolamento
social pelo odor. A não evolução tanto do proces-
so cicatricial como do impacto desejado na quali-
dade de vida dos clientes, conduzia frequente-
mente ao abandono dos tratamentos, tornando-
se uma situação crónica.
Em 2001, a Terapia Compressiva foi considerada
por Cullum “essencial para melhorar as taxas de
cicatrização nas úlceras de perna de origem
venosa”. A Terapia Compressiva é aplicada para
que a pressão sub-ligadura seja mais elevada no
tornozelo e menor no joelho, de forma a empur-
rar o sangue das pernas no sentido ascendente
para o coração. Tem como efeitos a compressão
das veias e torna as válvulas mais capazes de
fechar; aumenta a velocidade do fluxo venoso
reduzindo a congestão capilar. Esta redução sig-
nifica que mais fluidos podem ser comprimidos
dos tecidos para as veias reduzindo o edema; a
diminuição da pressão venosa e o aumento da
velocidade do sangue assegura que mais
nutrientes cheguem aos tecidos (há uma redu-
ção da secura e a elasticidade da pele é restau-
rada).
Foram entrevistados alguns clientes que se
econtram a fazer tratamento com a Terapia Com-
pressiva na ULS da Guarda, E.P.E – Centro de
Saúde da Guarda. Segue-se agora o relato des-
EESPECIALSPECIAL:: TTERAPIAERAPIA CCOMPRESSIVAOMPRESSIVA sas opiniões.
Júlio tem 48 anos e lesões em ambos os mem-
bros inferiores resultantes de lesões traumáti-
cas de há dez anos. Foi onze vezes intervencio-
nado no bloco operatório e por se sentir desmo-
tivado pela estagnação do seu estado faltava
regularmente às marcações para tratamento em
Centro de Saúde, fazendo ele próprio o trata-
mento em casa. Júlio já se tinha mentalizado
que a única solução seria a amputação de
ambos os membros. Sentia vergonha de sair
pois o cheiro incomodava as outras pessoas,
interferindo com a sua vida social. Iniciou trata-
mento através da Terapia Compressiva há cerca
de três meses apresentando inicialmente uma
lesão com vinte e dois centímetros (cm) de com-
primento e cinco cm de lar-
gura; ao fim de dois meses
e meio de tratamento, a
lesão diminuiu para sete
cm de comprimento e um
cm de largura. Faz um único tratamento sema-
nal, sendo um cliente assíduo. Quando questio-
nado sobre o que valoriza mais no tratamento
responde: “As melhoras são visíveis de semana
para semana, dado à eficácia do tratamento e
do acolhimento. As minhas pernas estão menos
inchadas, as feridas muito mais limpas e mais
pequenas.” Júlio faz o tratamento sempre com a
mesma Enfermeira, permitindo uma total conti-
nuidade de cuidados. Actualmente, está confian-
te quanto à sua recuperação total.
Joaquim, 72 anos, apresentava uma úlcera
venosa há cerca de um ano e meio. Segundo o
cliente: “Se não tivesse a fazer este tratamento
ainda tinha a ferida”. Antes de iniciar tratamento
com Terapia Compressiva tentou vários trata-
mentos e consultou um cirurgião. Iniciou terapia
compressiva há seis meses encontrando-se a
úlcera encerrada a cerca de dois meses. Man-
tem visitas semanais ao Centro de Saúde unica-
mente para controlar o edema. Joaquim refere
Quando no passado dia
30 de Outubro de 2008
nos apresentámos às
eleições para os órgãos
sociais da Associação de
Estudantes da Escola
Superior de Saúde da
Guarda (AEESSG), e saí-
mos vencedores, acredi-
támos que podíamos
mudar a cara desta
Associação, torná-la
mais próxima dos Estudantes e da Cidade.
Os projectos que apresentámos eram dos mais
ambiciosos que conheci a uma Associação des-
de que me encontro na nossa Escola, pois eu e a
equipa que me acompanhou não nos revemos
num projecto que não tenha sonhos, que não
seja capaz de querer cada vez mais e melhor
para esta comunidade escolar.
Tivemos um mandato difícil, recheado de obstá-
culos que soubemos ultrapassar com coragem,
com confiança mas acima de tudo com o espíri-
to de união e de combatividade que eu sabia
que ia ter desta equipa. É óbvio que nem tudo foi
concretizado, mas olhando, neste momento que
vos escrevo, para os compromissos eleitorais
com que nos apresentámos vejo que os cumpri-
mos em mais de 90% e deixamos as bases para
que os projectos, que por um motivo ou outro
não foram concretizáveis, o sejam num futuro
bastante próximo.
Creio que se não tivéssemos sonhado alto para
esta Associação, teríamos tido mais um manda-
to de continuidade, sem rasgos de criatividade e
menos próximo dos estudantes. O sonho coman-
da a vida e foi com esse objectivo que a nossa
actuação se pautou ao longo deste quase um
ano de trabalho.
O projecto que mais me orgulha ter visto concre-
tizado foi o processo de adequação do nome da
Associação ao nome da Escola, para os mais
distraídos desde 2005 que a Escola é Superior
de Saúde e a Associação continuava a ser Asso-
ciação de Estudantes da Escola Superior de
Enfermagem da Guarda. Na prática, éramos
uma Associação de uma Escola que já nem exis-
tia. Com dedicação, conduzimos o processo de
revisão estatutária e assinámos a escritura que
nos permite agora, volvidos uns quatro longos
anos, ostentar oficialmente o nome de Associa-
ção de Estudantes da Escola Superior de Saúde,
da Guarda.
É igualmente gratificante olhar para trás e ver
uma Associação com uma cara lavada, fruto do
nosso trabalho e de umas férias de Natal passa-
das a dar um aspecto mais acolhedor à casa
que é de todos nós, como se nos tratássemos de
uma família.
É com orgulho que vejo neste momento os
sócios desta Associação com um cartão que os
identifica, depois de anos com promessas não
concretizadas e que podem usufruir de vários
protocolos com empresas a nível nacional.
Demos, já na recta final deste mandato mais um
passo importante para dar aos sócios mais
benefícios e aderimos por isso à rede UniverCi-
dade (consultar em www.univercidade.net), que
vai trazer benefícios a nível regional e nacional,
que julgamos serem mais um motivo para não
deixarem de se fazer sócios desta Associação.
Façam-se sócios e ajudem a AEESSG a ser cada
vez maior! Demos um cunho inovador a todas as
actividades que realizámos, desde o Multichal-
lenge, Semana da Associação (Aniversário, Tar-
de Cultural, Conversas de Café, Corrida à Loira,
Torneio Relâmpago, Noite de Tunas), X Olimpía-
das de Desporto em Enfermagem, III Feira da
Saúde e Fim-de-Semana da Associação.
Adquirimos mais equipamento para a Associa-
ção, nomeadamente micro-ondas, impressoras,
um novo equipamento desportivo, disponibiliza-
mos internet wireless no espaço da AEESSG e
televisão por cabo.
BALANÇO DO MANDATO 2008/2009
T iago ReisT iago ReisT iago ReisT iago Reis
20 9
um produto com funções muito diferentes e, por
vezes, até opostas.
Existem no mercado produtos diversificados, que
reunidos às condições físicas do indivíduo, pare-
cem fazer autênticos “milagres”. Posto isto, as
características de um penso ideal, defendidas
por muitos autores, incluem: assegurar a humi-
dade ideal, manter a temperatura corporal, ser
impermeável à água, permitir
as trocas gasosas, e
que não traumatizar a
pele circundante.
Perante a quantidade e variedade de produtos
disponíveis para tratamento de feridas, a opção
terapêutica terá que obedecer a múltiplos facto-
res, que devem ser considerados no momento
de decisão, como o: estádio da ferida, tipo de
tecido presente, objectivo do tratamento, quanti-
dade e características do exsudado, localização,
dor, odor, tempo de permanência do penso, pele
circundante, o custo entre outros.
No entanto, o principal interveniente no trata-
mento é o indivíduo portador da ferida crónica.
Para além dos dados objectivos e subjectivos
(linguagem, gestos) manifestados pelo indivíduo,
o enfermeiro(a) tem que ter a capacidade de
compreender a mensagem que a própria ferida
transmite. Assim,
este pode abordar o
indivíduo de uma
forma eficaz, e
estabelecer em
simultâneo um
equilíbrio no que
concerne à utilização eficiente dos recursos dis-
poníveis.
“Não há pensos inteligentes. Inteligentes são os
profissionais que os utilizam eficazmente!”
Cremilda AlmeidaCremilda AlmeidaCremilda AlmeidaCremilda Almeida Enfermeira da ULS Guarda, E.P.E.
- CS da Guarda
Compreender os motivos pelos quais a ferida
não cicatriza, é talvez a parte mais importante
da intervenção de Enfermagem. Avaliar os limi-
tes da nossa capacidade de intervenção e solici-
tar a colaboração a outros profissionais de saú-
de (de modo a criar condições para a resolução
de problemas relacionados com a cicatrização
daquela ferida), constituem, com certeza, passos
decisivos. As equipas multidisciplinares são de
primordial importância para o tratamento de feri-
das. O médico assistente desempenha um papel
fundamental neste processo, não tanto para
prescrever o produto a aplicar naquela ferida,
mas também para se realizar uma abordagem
global da saúde do indivíduo. Por sua vez, sabe-
se que o estado clínico do indivíduo, quando não
avaliado correctamente, pode estar comprometi-
do a vários níveis, podendo influenciar negativa-
mente a cicatrização de uma ferida (até meses e
por vezes até anos).
Outras das principais causas da demora na cica-
trização de feridas
ou na sua não cica-
trização englobam o
trauma permanen-
te, desnutrição, dia-
betes, hipertensão,
uso de medicamentos, comportamentos aditi-
vos, anemias, infecção e doença crónica subja-
cente (diabetes, hiptertensão). A abordagem das
feridas crónicas, como já foi referido, necessita
de ser multidisciplinar no sentido de serem cria-
das condições para que o organismo tenha capa-
cidade de reparar os danos sofridos.
Julgo que a prescrição de pensos terapêuticos é
desnecessária, apresentando algumas limita-
ções, na medida em que condiciona uma abor-
dagem eficaz. Logo, o produto indicado no
momento da prescrição pode não o ser o melhor
na abordagem seguinte, pois se a intervenção
anterior foi a correcta, e houver evolução positi-
va, a abordagem posterior poderá necessitar de
Demos voz aos representantes de turma no Con-
selho Associativo, convocado pela primeira vez
dando cumprimento aos estatutos, tendo este
emitido diversos pareceres em assuntos de inte-
resse. Marcámos uma representatividade forte
perante todas as entidades, nomeadamente
ESS, IPG, Câmara Municipal e não descurámos a
presença nas Assembleias Gerais da Federação
Nacional de Associações de Estudantes de
Enfermagem, marcando presença em todas e
conseguindo para a nossa Associação a organi-
zação da próxima Assembleia Geral, a realizar
no dia 19 e 20 de Dezembro na nossa Escola.
Prova do nosso dinamismo na FNAEE, é que eu e
a nossa colega Marina Santos fomos eleitos
para os seus órgãos sociais (no meu caso como
presidente do Conselho Fiscal e ela como Secre-
tária da Mesa da Assembleia) e na última AG
FNAEE, realizada em Famalicão nos dias 3 e 4
de Outubro, eu e o colega Nicolas Monteiro
fomos eleitos para a comissão de avaliação
externa do XXXI ENEE, a realizar de 23 a 28 de
Maio de 2010. Demos uma nova imagem a este
Jornal EgitaS, promovemos a realização de novo
material de divulgação para os Kits de Sócio,
promovemos a prática desportiva nas horas da
Associação e a participação em torneios do IPG
e de outras Associações. Neste âmbito, conse-
guimos que o Curso Bietápico de Licenciatura
em Farmácia estivesse representado pela pri-
meira vez com uma equipa no torneio do IPG e
proporcionámos a participação de colegas nos
campeonatos nacionais universitários.
Operacionalizamos a sala de informática, dispo-
n i b i l i z amos o b l o g da AEESSG
(www.aeessg.blogspot.com) com toda a informa-
ção relativa às actividades, horários e calendá-
rios de exames. Colaborámos na divulgação do
XXX ENEE, organizámos a viagem para este, criá-
mos o email dos núcleos para permitir um con-
tacto mais directo, colaborámos e patrocinámos
os carros alegóricos, apoiámos as Comissões de
Finalistas, as Comissões de Praxe e Conselho
de Veteranos com cedência de espaços para as
suas actividades.
Em suma, só posso considerar este mandato
extremamente positivo, onde demos muito de
nós para conseguir atingir os objectivos a que
nos propusemos. Tenho a convicção de que fize-
mos tudo o que estava ao nosso alcance e que
deixei gente preparada no que ao Associativis-
mo diz respeito para que, caso o entendam, dar
continuidade ao bom trabalho que esta Associa-
ção desenvolveu.
Obtivemos uma grande vitória nesta última AG
FNAEE de conseguir a organização do X Fórum
Nacional de Estudantes de Enfermagem, que
iremos organizar na nossa cidade em Feverei-
ro/Março do próximo ano. Esta é a prova que a
nossa Associação é reconhecida a nível nacio-
nal e que nos é confiada a organização deste
evento tão importante na nossa área. Deixo
este cargo com um sentimento de dever cumpri-
do, mas também imensamente valorizado pela
experiência que adquiri ao longo de muitas
horas de trabalho por todos nós, abdicando de
outros interesses e de outras realizações pes-
soais e profissionais porque acredito no Asso-
ciativismo e naquilo que ele deve representar.
Deixo por isso um apelo a todos para que se
interessem pela AEESSG, que participem em
todas as actividades, que contribuam com as
suas opiniões e que tornem a AEESSG a sua voz
dentro da Escola, na Cidade e a nível Nacional.
Não podia deixar de agradecer à bela equipa
que me acompanhou, sem individualizar nin-
guém, porque todos foram importantes em
diversos momentos deste ano e sem vocês
estou certo que nada teria corrido desta forma.
Despeço-me de todos, com um enorme senti-
mento de orgulho por me terem dado a oportu-
nidade de vos representar e de ter trabalho em
prol de todos nós. Levarei comigo todos os
momentos que vivemos ao longo deste ano e
BALANÇO DO MANDATO 2008/2009 EESPECIALSPECIAL:: FFERIDASERIDAS CCRÓNICASRÓNICAS
10 19
O tratamento de feridas é tão velho
como a Humanidade. Infusões,
resinas, mel, preparados secretos,
religiosamente guardados por
curandeiros, e só revelados aos
seus fiéis sucessores, quando
lhes era assegurado a guarda
do segredo, eram alguns dos pro-
dutos utilizados para tratar feri-
das.
Quem ainda não ouviu falar de tantas feridas
tratadas com sucesso com “água de malvas”, ou
com qualquer outra infusão, feita com folhas de
plantas, que para se obter o resultado pretendi-
do, o número de folhas a utilizar na preparação,
teria que ser obrigatoriamente em “pernão”.
Grande parte das feridas cicatrizam sem qual-
quer intervenção, quer do portador da lesão quer
de técnicos de saúde, dependendo apenas da
capacidade de defesa do próprio indivíduo às
agressões, reparando assim os danos. Dado a
esta capacidade de defesa do indivíduo, a inter-
venção dos enfermeiros, no que se relaciona
com a abordagem à ferida, é quase desnecessá-
ria. Existem no entanto, feridas que insistem em
não encerrar, transformando-se num desafio
para os profissionais mais dedicados e que,
inconformados, lutam contra a teimosia do não
encerramento de uma lesão.
As feridas cirúrgicas suturadas, para além da
manutenção da limpeza e remoção do material
de sutura, necessitam de poucos cuidados locais
de Enfermagem de modo a obter uma cicatriza-
ção sem complicações.
Porém existem outras feridas, representam um
grande desafio para os Profissionais de Saúde.
Não me refiro unicamente aos enfermeiros, que
são os que mais tratam de feridas. As feridas
crónicas, na maioria das vezes precisam de uma
ou várias intervenções que transpõem a simples
abordagem local. Não estou a desvalorizar os
EESPECIALSPECIAL:: FFERIDASERIDAS CCRÓNICASRÓNICAS conhecimentos técnico-científicos dos enfermei-
ros (as), nem tão pouco colocar em causa a sua
autonomia, ou capacidade de diagnóstico, pla-
neamento, execução ou avaliação dos cuidados
prestados.
O desafio de tratar as feridas que teimam em
não cicatrizar, não é um desafio somente dos
Enfermeiros. Existe um universo que compreen-
de este desafio que, para além do cliente, englo-
ba o foro cirúrgico, a medicina familiar, medicina
interna, dermatologia, pneumologia, nutrição,
assistência social, o próprio capelão, família,
vizinhos, junta de freguesia entre outros.
A existência de uma vasta variedade de produ-
tos para o tratamento de feridas não é, por si só,
suficiente para resolver todos os tipos de feri-
das. Alguns representantes de laboratórios sur-
gem como uma espécie de revolucionários ou
detentores da mais avançada engenharia, quan-
do apresentam vários produtos que, hipotetica-
mente, solucio-
nam até os
casos mais com-
plicados. Assim,
os enfermeiros
(as), cheios de
esperança, partem para a abordagem à ferida,
focalizando a sua atenção à meia dúzia de centí-
metros quadrados que necessitam de tratamen-
to, esquecendo muitas vezes a abordagem glo-
bal e individual da pessoa humana. O preço dos
produtos pouco importa, o que importa é o
benefício do cliente. Porém, passado algum tem-
po e em alguns casos, surge um sentimento de
que fomos enganados. “Aquilo não é nada do
que nos disseram”, “E tão caro que é!”. Deste
modo, voltamos aos velhos solutos, ou “porque
não, água e sabão?”
Questionamos maioritariamente os produtos
que utilizamos do que a nossa própria aborda-
gem, menosprezando uma vez mais a visão
holística do indivíduo.
deixo já aqui a minha disponibilidade para conti-
nuar a colaborar com a Associação, à qual dedi-
quei tantas e tantas horas da minha vida.
A todos, muito obrigado e um até já!
Saudações Académicas
Tiago Reis Tiago Reis Tiago Reis Tiago Reis Presidente da
Direcção da AEESSG
BALANÇO DO MANDATO 2008/2009
PARECE QUE ESTÁ NA MODA...
CLASSIFICADOS
Chegou a tua vez!!!Chegou a tua vez!!!Chegou a tua vez!!!Chegou a tua vez!!! Queres publicar um anúncio de Compra, Venda, Doação ou Aluguer?? Agora o teu EgitaS pode publicar a tua comunica-ção, basta escreveres um texto até 50 palavras para [email protected]@[email protected]@hotmail.com. Estamos ao dispor de todos os estudantes.
Esperamos por Ti!!
Fonte: http://thinklikepman.wordpress.comFonte: http://thinklikepman.wordpress.comFonte: http://thinklikepman.wordpress.comFonte: http://thinklikepman.wordpress.com
18 11
SUDOKU - NÍVEL II
Como posso utilizar? Como posso utilizar? Como posso utilizar? Como posso utilizar? A partir do momento em
que os documentos sejam entregues, a empresa
de transportes emitirá o teu cartão
[email protected], por metade do preço nor-
mal.
Se já tiveres um cartão de transporte válido
poderás trocá-lo, gratuitamente, por um cartão
[email protected], no teu operador de trans-
porte.
Para teres acesso ao passe mensal sub23 terás
que adquirir o respectivo título, através de vinhe-
tas sub23 ou de carregamentos no cartão
Que vantagens tens em adquirir o Que vantagens tens em adquirir o Que vantagens tens em adquirir o Que vantagens tens em adquirir o
[email protected][email protected][email protected][email protected]?
Podes efectuar viagens sem qualquer limite de
quantidade e em qualquer dia da semana, des-
de que te mantenhas dentro da área geográfica,
ou do percurso, para o qual o teu
[email protected] é válido;
Podes utilizar o teu passe [email protected]
durante 12 meses, com início em Setembro;
Tudo isto por metade do
preço correspondente normal.
A PAREDE [email protected]@[email protected]@Superior.TP
É o novo passe para estudantes do ensino supe-
rior. Agora já podes ter um passe de transporte
público e beneficiar de um desconto de 50%
sobre a tarifa normal.
Vais ter 50% de desconto: Vais ter 50% de desconto: Vais ter 50% de desconto: Vais ter 50% de desconto: na aquisição do cartão
identificativo do [email protected] e na compra
do título mensal que sirva para as tuas desloca-
ções entre a casa e a instituição de ensino supe-
rior, nos operadores de transporte público da tua
zona.
Para quem? Para quem? Para quem? Para quem? Estudantes até aos 23 anos
(inclusive) que frequentam o ensino superior.
O que tens que fazer? O que tens que fazer? O que tens que fazer? O que tens que fazer? Obter uma declaração
emitida pelo estabelecimento de ensino que
estás a frequentar, que comprove a tua inscri-
ção; preencher uma requisição, devidamente
assinada, a solicitar o cartão do
[email protected]. (o impresso está disponível
nas empresas de transporte ou nesta página).
Estes dois documentos devem ser entregues nas
empresas de transporte, que te venderão o car-
tão e o passe com descontos de 50%. O cartão
será válido por períodos máximos de 4 anos, até
ao final do mês em que completes 24 anos.
Anualmente, a partir do início do novo ano lecti-
vo, terás de apresentar no operador de transpor-
te público uma nova declaração do teu estabele-
cimento de ensino para voltares a teres direito à
redução de 50% proporcionada pelo
[email protected], por mais 12 meses.
Onde podes utilizar? Onde podes utilizar? Onde podes utilizar? Onde podes utilizar? Todos os transportes públi-
cos colectivos de passageiros, rodoviários, ferro-
viários e fluviais, a nível nacional e, ainda, os
transportes urbanos dos municípios que vierem
a aderir ao [email protected].
ACTUALIZA-TE! danos celulares, poderá estar a inibir as enzi-
mas que interferem com a capacidade do orga-
nismo de utilizar a insulina no início do desen-
volvimento da diabetes. Por outro lado, os auto-
res referem que os antioxidantes anulam este
mecanismo protector. No entanto, Tony Tiganis
ressalva que este estudo foi realizado em rati-
nhos e que são necessários mais estudos em
humanos para comprovar estes resultados.
ALERT Life Sciences Computing, S.AALERT Life Sciences Computing, S.AALERT Life Sciences Computing, S.AALERT Life Sciences Computing, S.A. (9 de Outubro de 2009)
MMMMEDICAMENTOSEDICAMENTOSEDICAMENTOSEDICAMENTOS: C: C: C: CENTISTASENTISTASENTISTASENTISTAS DDDDESENVOLVEMESENVOLVEMESENVOLVEMESENVOLVEM
CCCCOMPRIMIDOOMPRIMIDOOMPRIMIDOOMPRIMIDO CCCCONTRAONTRAONTRAONTRA AAAA OOOOBESIDADEBESIDADEBESIDADEBESIDADE IIIINFANTILNFANTILNFANTILNFANTIL
Com o objectivo de combater a obesidade infan-
til, uma equipa do laboratório "Clore", da Univer-
sidade britânica de Buckingham está a desen-
volver o primeiro comprimido para emagrecer
destinado bebés, de forma a fortalecer os recém
-nascidos para que, anos mais tarde, possam
comer tudo aquilo que quiserem sem engordar.
"Se agirmos antecipadamente, talvez sejamos
capazes de programar o metabolismo dos
bebés, tornando-os mais resistentes ao excesso
de peso" defende Michael Cawthorne, director
do laboratório que, preocupado com o crescente
fenómeno resolveu estudar uma forma de inver-
ter esta situação. A hormona leptina estimula
uma glândula, localizada no cérebro, que supri-
me a fome e estimula a queima de calorias. Esta
acção acontece desde tenra idade, dai que os
investigadores acreditem que este comprimido
pode activar a hormona tornando-a capaz de
estimular a tendência, a longo-prazo, do corpo
para usar as calorias em vez de transformá-las
em gordura. No entanto, a segurança do trata-
mento com a hormona leptina não está ainda
garantida, bem como não foi ainda estipulada a
quantidade e a hora de cada dose ou a avalia-
ção a longo prazo dos seus efeitos.
Inês de Matos Inês de Matos Inês de Matos Inês de Matos in www.portalfarmacia.com
mas diários e para ajudar a controlar o stress. No
entanto, Martinez-Gonzalez não recomenda às
pessoas que sofrem de depressão a tratá-la com
a adopção desta dieta. O líder do estudo alerta
para o facto de a adopção desta dieta poder ter
um papel importante na prevenção, mas não no
tratamento da depressão.
ALERT Life Sciences Computing, S.A. ALERT Life Sciences Computing, S.A. ALERT Life Sciences Computing, S.A. ALERT Life Sciences Computing, S.A.
(9 de Outubro de 2009)
AAAANTIOXIDANTESNTIOXIDANTESNTIOXIDANTESNTIOXIDANTES AAAAUMENTAMUMENTAMUMENTAMUMENTAM RRRRISCOISCOISCOISCO
DEDEDEDE DDDDESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTO DEDEDEDE DDDDIABETESIABETESIABETESIABETES TTTTTTTTPOPOPOPO IIIIIIII Ao contrário do que seria esperado, os antioxi-
dantes aumentam o risco de desenvolvimento de
diabetes, pelos menos nos estágios iniciais, reve-
la um estudo publicado no “Cell Metabolism”. Os
antioxidantes são compostos que podem ser
encontrados em alguns alimentos, nomeada-
mente nos vegetais, e que protegem contra os
danos celulares provocados pelas espécies reac-
tivas de oxigénio. Estudos anteriores já haviam
revelado que o stress oxidativo parece ter um
papel importante na progressão de várias doen-
ças, incluindo a diabetes tipo 2. Para este estu-
do, os investigadores da Monash University, na
Austrália, analisaram o efeito do stress oxidativo
num grupo de ratinhos que não expressavam a
enzima Gpxl, a qual está envolvida no combate
ao stress oxidativo, e num grupo de ratinhos de
controlo. Todos os ratinhos foram submetidos a
uma dieta rica em gordura durante doze sema-
nas. Os investigadores, liderados por Tony Tiga-
nis, verificaram que, em comparação com os rati-
nhos do grupo de controlo, os ratinhos que não
expressavam a Gpxl apresentavam uma menor
probabilidade de desenvolverem resistência à
insulina, um sinal precoce de diabetes. No entan-
to, quando administraram um antioxidante aos
ratinhos que não expressavam a enzima, estes
perderam a vantagem sobre os ratinhos de con-
trolo. De acordo com os autores do estudo, o
stress oxidativo, em vez de estar a provocar
12 17
Uma nova etapa estava prestes a começar para
os novos caloiros da Escola Superior de Saúde –
Instituto Politécnico da Guarda, e mal sabiam
eles o que estavam prestes a encontrar de 21 a
24 de Setembro.
E assim foi caros Egitanienses, mais uma sema-
na de praxe preparada minuciosamente pela
Comissão de Praxe de Outubro 2009/2010.
Tudo isto para que toda a Academia e os caloi-
ros se divertissem, sem nunca esquecerem o
motivo que nos leva a manter esta mui nobre
tradição, isto é, a importância da igualdade e do
respeito para com todos aqueles que nos são
Superiores.
Desta forma,
para que a
praxe decor-
resse da
m e l h o r
maneira pos-
sível, além
das activida-
des clássicas,
foram introdu-
zidas duas
inovações por
parte desta
C o m i s s ã o .
Assim, o pri-
meiro dia começou com a habitual Aula Fantas-
ma seguida do Campo de Treino, que para além
das diversas etapas que apresentava, possuía
um mega escorrega considerado bastante inova-
dor pela sua proporção. A noite começou com o
tradicional Grito Académico realizado pelos Vete-
ranos, acabando no bar Bacalhau com o Arraial
Pimba.
A Batalha Campal estreou o segundo dia, porém,
devido a questões de timing, foi impossível a
realização de uma das actividades programadas,
o Stand-Up Comedy. À noite, após o Grito Acadé-
mico, deu-se início a mais edição do famoso um
Rally das Tascas, que reuniu várias equipas com
espírito pautado pela diversão e determinação
em vencer. Contudo, apenas uma equipa pode-
ria levar o primeiro prémio para casa, e após
muitas loucuras cometidas na troca de pontos, a
equipa “Tropa
de Elite” acabou
por conquistar o
grande prémio
na festa da
Catedral – o
ponto fulcral da
noite. E a noite correu pela madrugada fora com
a entrega dos prémios pelas restantes equipas,
mas não se desanimem, há sempre uma oportu-
nidade de participar.
No dia 23, quarta-feira, decorreram actividades
inéditas como o Piquenique e o Caloiral Persuit,
em que, tendo como finalidade última a gratifica-
ção, foi notória a diversão e empenho dos caloi-
ros. À noite, fomos todos tomar café no Rui Cos-
ta, aguardando, com grande expectativa, para o
Striptease dos caloiros na Catedral. Este, apesar
de alguns percalços, decorreu de forma bastan-
te positiva. Apesar da difícil escolha dos vence-
dores, a Comissão de Praxe nomeou como ven-
cedores: a caloira Raquel Costa do Curso de
Licenciatura em Enfermagem, e o caloiro Fábio
Santos do Curso Bietápico de Licenciatura em
Farmácia.
Chegávamos então ao último dia da semana que
foi aguardada com anseio tanto por parte da
Comissão de Praxe e Comunidade Académica
envolvente, como pelos próprios caloiros. Assim,
uma vez que o Julgamento passou a ser realiza-
do noutra data, a Missa acabou por constituir a
actividade principal no início da tarde, como tal,
os caloiros
passaram à
Escolha dos
P a d r i n h o s ,
caminhando
Tratamento:Tratamento:Tratamento:Tratamento:
A maioria dos casos de Gripe
A recupera-se completamen-
te da doença sem a necessi-
dade de suporte hospitalar
ou de antivirais. Alguns
casos ocorridos nos Estados
Unidos de Gripe A em huma-
nos foram sensíveis ao uso
de Oseltamivir (Tamiflu) e
Zanamivir (Relenza), mas,
resistentes à Amantadina e
Remantadina. Ou seja, estes
últimos não foram eficazes.
Entretanto, ainda não exis-
tem informações suficientes
que recomendem o uso roti-
neiro de antivirais nos casos
de Gripe A. No entanto, no
momento o uso do Oseltami-
vir em tempo hábil (dentro
de 48 horas após início dos
sintomas), mesmo em casos
graves, é o antiviral mais
indicado para o vírus H1N1. O
doente deve ficar em casa,
afastado do trabalho ou
escola e evitar locais com
acumulação de pessoas
durante a doença. Devendo
repousar e manter uma boa
hidratação para uma mais
rápida recuperação.
João BorgesJoão BorgesJoão BorgesJoão Borges (23 de Julho de 2009)
Presidente do Núcleo de
Farmácia da AEESSG
EEEESPAÇOSPAÇOSPAÇOSPAÇO FFFFARMACÊUTICOARMACÊUTICOARMACÊUTICOARMACÊUTICO
ACTUALIZA-TE! DDDDIETAIETAIETAIETA MMMMEDITERRÂNICAEDITERRÂNICAEDITERRÂNICAEDITERRÂNICA AAAAJUDAJUDAJUDAJUDA
NANANANA PPPPREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃOREVENÇÃO DADADADA DDDDEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃOEPRESSÃO A dieta mediterrânica, um regime alimentar rico
em frutas, legumes, cereais integrais, peixes e
nozes, e que se sabe estar relacionado com a
redução do risco de desenvolvimento do cancro
e de doenças cardiovasculares, poderá também
ajudar na prevenção da depressão, sugere um
artigo publicado nos “Archives of General Psy-
chiatry”. Os investigadores da Universidad de Las
Palmas e da Universidad de Navarra, em Espa-
nha, contaram com a participação de mais de 10
mil adultos saudáveis, aos quais foi solicitado o
preenchimento de um questionário sobre a sua
dieta. A adesão à dieta mediterrânica foi medida
tendo em conta nove parâmetros, nomeadamen-
te uma baixa ingestão de carne, uma ingestão
moderada de álcool e de produtos lácteos e uma
elevada ingestão de frutas, cereais, legumes e
peixes. Após terem acompanhado os participan-
tes durante cerca de quatro anos, os investigado-
res identificaram 480 casos de depressão, 156
em homens e 324 em mulheres. Em compara-
ção com os indivíduos que não adoptaram a die-
ta mediterrânica, os que a adoptaram apresenta-
ram um risco 30% menor de desenvolver depres-
são. Foi também verificado que a inclusão de
determinados alimentos na dieta, nomeadamen-
te frutas, legumes e azeite, estava associada a
uma menor taxa de depressão. Segundo o líder
do estudo, Martinez-Gonzalez, existem várias
explicações para este efeito protector da dieta
mediterrânica. Um deles prende-se com o facto
de o azeite promover a ligação da serotonina, um
neurotransmissor que tem um papel-chave na
depressão, aos seus receptores. Por outro lado,
os ácidos gordos ómega-3 que se encontram em
alguns peixes podem também ajudar no funcio-
namento do sistema nervoso central. Todos
estes mecanismos podem melhorar o funciona-
mento cerebral e contribuir para que ele tenha
uma maior resistência para enfrentar os proble-
16 13
posteriormente no tradicional Desfile dos Caloi-
ros pela cidade.
De forma a concluir em grande a Semana de
Praxe, teve lugar mais Jantar de Curso
(Enfermagem e Farmácia) que desta vez decor-
reu no Pavilhão do Parque Municipal da cidade
para que todos os interessados tivessem a opor-
tunidade de participar.
No fim,
algumas pessoas sentiram a necessidade de se
refrescar (sendo que os danos colaterais desta
acção não foram da responsabilidade da Comis-
são de Praxe). Depois da festa no bar Bacalhau
e na Catedral, encerrámos mais uma Semana de
Praxe na ESS, ficam as histórias, os contratem-
pos, o convívio, a inovação, amizade e diversão.
Em suma, é passando por momentos como
estes que se pode dizer que:
A Praxe não se Vive, Sente-se!!
Sílvia MoraisSílvia MoraisSílvia MoraisSílvia Morais Vice-Presidente da Comissão de Praxe de Outubro 2009/2010
No mandato 2008/2009 da AEESSG, o Sector
Informático sofreu uma pequena revolução na
medida em que todo a este foi reestruturado
(computadores, cabos e a sala de informática
em si).
A Sala de Informática é constituída por seis com-
putadores com Windows XP e Office 2003, qua-
tro impressoras (três a tinta, e uma a laser) e
também por um scanner.
Neste mandato, o Sector Informático disponibili-
zou para os seus sócios a impressão gratuita de
documentos, sendo unicamente necessário tra-
zerem as suas próprias folhas (até 50 impres-
sões/sócio); seleccionando a impressora preten-
dida da Sala de Informática, é possível imprimir
documentos via wireless.
Foi também disponibilizada ligação à internet
em todos os computadores e acesso ao video-
projector, colunas e livros.
Actualmente, todos os sócios da AE, têm acesso
à internet via wireless EDUROAM dado que ante-
riormente esta se processava pelo serviço Tele-
pac requerido pela Associação.
Na Sala do Associativismo, existe uma televisão
os mais variados com canais Meo. Relativamen-
te à aquisição de equipamentos, adquirimos um
microondas para o bar, um router para a Sala de
Informática.
Foi também criado um blogue que está disponí-
vel 24 horas/dia em www.aeessg.blogspot.com.
É de recordar que também existe um site da AE
em www.aeessg.ipg.pt.
O Sector Informático e de Equipamentos está
virado para o futuro e para a inovação, assim
como a tua Associação!
José MonteiroJosé MonteiroJosé MonteiroJosé Monteiro Sector Informático e de Equipamentos
SECTOR INFORMÁTICO E DE EQUIPAMENTOS ESPAÇO FARMACÊUTICO países vacinam rotineiramente as populações
suínas contra este vírus. Para os humanos ainda
não há vacina e também não se sabe se a vaci-
na da gripe sazonal pode ou não ajudar a dimi-
nuir o risco. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) reitera que a vacina estará disponível em
Outubro, mas só para os grupos considerados
grupos de risco. Não há problemas em ingerir
carne de porco ou produtos derivados dela
(fiambre, por exemplo). Para as pessoas que
lidam diariamente com porcos, recomenda-se a
prática de uma boa higiene, essencial sempre
em todo contacto com animais, especialmente
durante abate, pós-abate e manuseio para pre-
venir exposição a estes agentes de doença. Para
protecção pessoal devem ser utilizadas algumas
medidas preventivas como: Evitar contacto ínti-
mo com pessoas que não estejam bem e que
tenham febre ou tosse; Lavar as mãos com água
e sabão frequentemente e quando necessário;
Manter hábitos saudáveis como se alimentar
correctamente, realizar actividades físicas e
manter sono adequado. Se houver uma pessoa
doente na mesma casa, deve-se: Deixar um
quarto separado para o doente. Se isso não for
possível, este deve manter-se a uma distância
de 1 metro pelo menos dos outros; Deve-se
cobrir boca e nariz ao entrar em contacto com o
doente. Máscaras podem ser usadas com esta
finalidade e depois dispensadas; Lavagem de
mãos após contacto com o doente; Não compar-
tilhar utensílios como copos, toalhas, alimentos
ou objecto de uso pessoal; Deixar o local onde o
doente está bem arejado. Deixar portas e janelas
abertas para circular o ar; Manter os utensílios
domésticos limpos; O doente deve também
cobrir a boca e nariz com lenço ao tossir e espir-
rar. A lavagem de mãos deve ser frequente e,
principalmente, após tossir ou espirrar será
importante para prevenir o contágio de outras
pessoas. Por essa mesma razão, durante a
doença, recomende familiares e amigos para
GGGGRIPERIPERIPERIPE A A A A
É uma doença causada por uma das mutações
(geralmente H1N1) do vírus Influenza A. É uma
doença respiratória aguda altamente contagiosa,
com morbilidade alta, contudo, com mortalidade
baixa (1-4% segundo dados da OMS) até agora.
A maioria dos casos, por enquanto, ocorreram no
México, mas, vários casos estão ocorrendo ao
redor do mundo. Já no caso dos porcos, a doen-
ça é considerada endémica nos Estados Unidos,
e surtos ocorreram na América do Norte e do
Sul, Europa, África e partes do leste da Ásia. A
Gripe A dissemina-se entre os porcos por aeros-
sóis da secreção respiratória destes pelo contac-
to directo ou indirecto. Eles podem ser infecta-
dos por vírus Influenza das aves, de humanos
bem como de Influenza suíno. Os porcos podem
ser infectados ao mesmo tempo por mais de um
tipo de vírus, o que vai permitir que estes se mis-
turem e haja uma recombinação genética
(formação de um novo vírus). A infecção em
humanos por Influenza suíno pode ocorrer em
casos isolados ou surtos. Esta doença pode sur-
gir após contacto da pessoa saudável com porco
infectado ou de pessoa saudável com pessoa
infectada. No entanto, neste momento não há
qualquer confirmação de transmissão entre por-
cos e humanos. Assim, como na gripe comum, o
contágio entre as pessoas dá-se através de gotí-
culas de saliva ao falar, espirrar ou tossir, entre
outros. Os sintomas são parecidos aos da gripe
sazonal. O indivíduo afectado pode ter inicio
abrupto de febre alta associado à tosse, dores
musculares e nas articulações, dor de cabeça,
garganta inflamada, calafrios e, às vezes, vómi-
tos e diarreia. A doença pode evoluir para falta
de ar e insuficiência respiratória, mas estes só
em casos mais avançados. Estes casos de Gripe
A podem ocorrer em qualquer época do ano.
Contudo, tem incidência maior no Outono-
Inverno nas zonas temperadas do globo. Muitos
14 15
quem sabe um dia dará aulas a quem quer ser
Enfermeiro. Peço a quem ainda agora começou,
que reflicta desde já “O que importa mais: Como
quero que as pessoas me vejam?... ou … Que
tipo de Enfermeiro quero ser?” O mesmo princí-
pio deve reger as nossas escolhas na vida, na
vida académica também. “Que posso fazer para
viver a Academia sem lhe dar nada em troca?..
ou … Que posso fazer para manter a Academia e
vive-la ao máximo?”
Esta é a única lição que espero deixar nesta
escola, penso não estar sozinho, pois também
alguns dos Veteranos com quem partilho o cargo
com todo o orgulho, ajudaram a mudar para
melhor (mesmo que alguns discordem) e a man-
ter a Academia viva.
Por vezes, há necessidade de cortar velhos
vícios, adoptar práticas mais saudáveis e mesmo
amputar certos membros. Mas… os resultados
estão à vista, a Praxe mantém-se contra a vonta-
de de governo e direcções várias, mesmo contra
“Tachos de Massa Bolonhesa” que por serem
tão polémicos, ninguém quer falar deles, a últi-
ma praxe mostrou todo o espírito que caracteri-
zou a nossa escola durante muitos anos.
Como última mensagem dos Veteranos, deixa-
mos três palavras para a vossa Vida Académica:
CoragemCoragemCoragemCoragem – é preciso que tenham muita, para
enfrentar os Superiores quando são Caloiros,
para enfrentar as injustiças pedagógicas que
Tocam os sinos para muitos de nós nesta Acade-
mia, chega a hora de chorar ainda mais na Sere-
nata e deixar o Traje no armário para assumir a
farda como elemento identificador da profissão.
Em breve a colher de pau não passará de uma
reminiscência de um caminho árduo, desde a
Praxe até à missa com o Sr. Bispo, que nos dará
a bênção, a honra que tantos outros, tantos que
foram os grandes enfermeiros que saíram da
nossa velha escola, e irei sentir-me brioso de
entrar académico e sair enfermeiro.
Ao longo destes anos não descobri só amizade e
alegria, conheci também suplícios e provações
ao meu espírito. Haverá sempre pessoas que
tentam destruir a arte do cuidar para criar cientí-
ficos da terapia tarefeira. As guitarras não fazem
sorrir, quando são tocadas com alma, trazem
lágrimas.
A Praxe não faz só chorar, quando é boa Praxe,
faz crescer. Os copos, podem alegrar por
momentos, mas podem levar o melhor de quem
gostamos e nunca mais trazer de volta. As noita-
das só são boas quando as passamos a cantar e
a rir, caso contrário, cada uma que passamos a
velar, a decorar palavras ocas, a martirizar-nos
sobre os erros do passado, cada uma dessas
noites em branco, é tempo de vida que se perde
e não volta.
No final do curso, tenho por lição que muitos
entram nesta escola para se formarem como
Enfermeiros, outros para terem o Curso de
Enfermagem…
É com uma certa dor que verifico sempre que os
primeiros são postos de parte e os seguintes são
louvados por forças maiores. O verdadeiro Enfer-
meiro sempre foi e sempre será irreverente às
instituições ultrapassadas e à própria condição
humana.
O verdadeiro Enfermeiro não se cala ao ver a dor
dos outros. O profissional de enfermagem, cala-
se perante tudo, limita-se às competências escri-
tas, nada faz a mais do que lhe dão para fazer e
OS REPIQUES NOS SINOS
não ensinam mais nada que a amargura e mais
que tudo, para enfrentar um mundo incerto com
a convicção de que se segue uma vocação.
RespeitoRespeitoRespeitoRespeito – é algo que não se impõe, nem por
medo, nem por canudo, apenas se obtêm atra-
vés da conquista, conquistando uma pessoa de
cada vez com actos valorosos, com responsabili-
dade, com opinião fundada e informada e acima
de tudo, têm-se respeito dando-se ao respeito.
IdeaisIdeaisIdeaisIdeais – estes, não posso dizer como os podem
obter, descubram a cada dia os ideais que vos
levaram mais longe, aqueles que vos trarão a
felicidade ou aqueles que vos parecerem mais
correctos, formem-nos como se de uma casa se
tratasse, sólidos desde a base até ao topo,
defendam-nos e nunca os deixem cair no chão.
Os Veteranos tiveram coragem de acreditar nas
novas gerações, obtiveram o respeito de muitos
(nem de todos) pelo seu percurso académico e
atitudes, e acima de tudo, defenderam um ideal,
que é a Academia e tudo de bom que ela tem.
Dura Praxis Sed PraxisDura Praxis Sed PraxisDura Praxis Sed PraxisDura Praxis Sed Praxis, a Praxe é dura mas é da
Praxe!
A Academia já não se faz só na colher do Vetera-
no, mas nas vozes, nas caras e no espírito de
todos os académicos que a acompanham.
Sejam bons Académicos, sempre!
Por uma Academia cada vez mais forte!
Magister Veteranum do Magnum
Consilium Senatorum da ESS Guarda
André Afonso André Afonso André Afonso André Afonso (por vezes Obscuramente Poeta)
DA CATEDRAL
A Assembleia-Geral de Alunos (AGA), como refe-
rem os estatutos da AEESSG, é o “órgão delibe-
rativo máximo”. Esta é composta por todos os
alunos da ESS, onde cada um, atendendo aos
princípios fundamentais da democraticidade,
independência e autonomia, também consagra-
dos nos mesmos estatutos, pode de forma livre e
consciente apresentar a sua opinião sobre todos
os assuntos referentes à Associação.
Também todos os “documentos estratégicos”
para a Associação como orçamentos e Plano de
actividades, são estatutariamente aprovados
obrigatoriamente em AGA.
Para além de todas as competências que lhe
estão consagradas pelos estatutos, a AGA pode
criar um espaço de debate privilegiado, sendo
possível aos estudantes apresentar assuntos
para serem discutidos, do âmbito associativo e
escolar, podendo deste confronto de ideias sau-
dável sair um documento/parecer reivindicativo,
relativamente as preocupações apresentadas
pelos alunos.
Em suma, todos e demais competências que
uma Assembleia-Geral possa ter, não tem valor
se os seus membros, ou seja, todos os alunos,
não participarem nela. Parece claro, que todos
teremos de participar com mais assiduidade,
para que não sejam os outros a defender os nos-
sos interesses, mas sim nós.
A MAGAMAGAMAGAMAGA (Mesa da Assembleia Geral de Alunos)
A. G. A. Assembleia Geral de alunos
A s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d aA s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d aA s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d aA s s o c i a ç ã o d e E s t u d a n t e s d a E s c o l a S u p e r i o r d e S a ú d e , d a G u a r d a
Sobre a Designação do Curso
A designação do Curso esteve durante algum A designação do Curso esteve durante algum A designação do Curso esteve durante algum A designação do Curso esteve durante algum
tempo conotada à designação profissional:tempo conotada à designação profissional:tempo conotada à designação profissional:tempo conotada à designação profissional:
i) i) i) i) Preparador de Laboratório Farmacêutico, Des-
pacho do Secretário de Estado da Saúde de 16
de Fevereiro de 1983;
ii) ii) ii) ii) Técnico de Farmácia, Decreto-Lei n.º 384-
B/85, de 30 de Setembro, Portaria n.º 256-A/86,
de 28 de Maio. Com a revisão de 1990 publica-
da por Despacho do Secretário de Estado n.º
18/90, de 8 de Setembro, foi então homologado
o plano de estudos do Curso de Farmácia para
as ETSS de Coimbra, Lisboa e Porto, passando a
designação do Curso a “Curso de Farmácia”, que
viria a confirmar-se em 1994, após a integração
das ETSS no sistema de ensino nacional, ao nível
do ensino superior politécnico (Decreto-Lei n.º
415/93, de 23 de Dezembro), através da Porta-
ria 791/94 de 5 de Setembro.
João BorgesJoão BorgesJoão BorgesJoão Borges
Presidente do Núcleo de Farmácia da AEESSG
Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra -Extra - Extra - Extra - Extra
Em 1990 são publicados novos planos de estudo
que constituem a base de implementação de um
inovador modelo pedagógico, centrado na inter-
disciplinaridade e no aprofundamento dos sabe-
res próprios das profissões das Tecnologias da
Saúde (Despacho n.º 18/90, de 8 de Setembro).
Tratou-se do resultado de um trabalho profundo
levado a efeito por elementos do Departamento
de Recursos Humanos da Saúde e das ETSS de
Coimbra, Lisboa e Porto e da Escola de Reabilita-
ção de Alcoitão.
3º 3º 3º 3º –––– Período de refundação como Escolas Supe-Período de refundação como Escolas Supe-Período de refundação como Escolas Supe-Período de refundação como Escolas Supe-
riores de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Lis-riores de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Lis-riores de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Lis-riores de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Lis-
boa e Porto (1993 ...)boa e Porto (1993 ...)boa e Porto (1993 ...)boa e Porto (1993 ...)
Dá-se a integração da formação nestas áreas no
sistema educativo nacional, ao nível do Ensino
Superior Politécnico, passando as escolas a
designar-se por Escola Superior de Tecnologia da
Saúde (ESTS), ficando sob dupla tutela dos
Ministérios da Educação e Saúde (Decreto-Lei
n.º415/93, de 23 de Dezembro) e passando os
cursos ministrados a conferirem o grau de
bacharel.
Em 1999, resultante da aplicação da Portaria
n.º505-D/99 de 15 de Julho, iniciam-se as licen-
ciaturas bietápicas constituídas por um primeiro
ciclo com a duração de três anos e um 2º ciclo
com a duração de um ano (Portaria n.º20/2001,
de 10 de Janeiro). A licenciatura bietápica em
Farmácia funcionou desde 1999/2000.
Ano V, III Edição Outubro, 2009 Distribuição Gratuita (200 exemplares)
Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra
Farmácia - Enquadramento Histórico
Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra -Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra -Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra - Extra
1ª – Antes da publicação da Portaria n.º 18523,
de 12 de Junho de 1961, Portaria esta onde se
constituiu o primeiro enquadramento legal dos
Cursos de Preparação de Técnicos e Auxiliares
dos Serviços Clínicos do Ministério da Saúde e
Assistência;
2ª – A época dos Técnicos e Auxiliares dos Servi-
ços Clínicos (1961-1977), que termina precisa-
mente com a publicação do Decreto Regulamen-
tar n.º87/77 de 30 de Dezembro, que instituiu
as carreiras dos Técnico Auxiliares dos Serviços
Complementares de Diagnóstico e Terapêutica;
3ª – A época dos Técnicos Auxiliares dos Servi-
ços Complementares de Diagnóstico e Terapêuti-
ca (1978- 1985), que culmina com a publicação
do Decreto – Lei n.º384-B/85, de 30 de Setem-
bro, que criou a carreira dos Técnicos de Diag-
nóstico e Terapêutica;
4ª – A época dos Técnicos de Diagnóstico e Tera-
pêutica, antes da integração das Escolas Técni-
cas dos Serviços de Saúde (ETSS) no sistema
educativo nacional (1985- 1993), que termina
com a integração da formação nestas áreas, no
sistema educativo nacional, ao nível do ensino
superior politécnico, passando as ETSS a desig-
nar-se Escolas Superiores de Tecnologia da Saú-
de (Dec-Lei n.º415/93, de 23 de Dezembro);
5ª – A época actual, depois da integração da for-
mação dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêuti-
ca no sistema educativo nacional (1993 – actua-
lidade), que possibilita que os cursos ministra-
dos nas ESTES confiram o grau de bacharel e a
partir de 1999 o grau de licenciado.
Em alternativa a esta divisão, Dinis (2000), ten-
do presente o histórico do aparecimento das pro-
fissões integradas na carreira de diagnóstico e
terapêutica (actualmente com a designação
abrangente de tecnologias da saúde) e abarcan-
do, conjuntamente, a evolução do seu ensino e
respectivos enquadramentos jurídicos para Por-
tugal continental, identifica três períodos a
seguir enumerados e nos quais se identificam os
“A Farmácia sempre foi e será
um espaço onde, a par da
ciência, se informa, se tranquili-
za, se esclarece e se orienta quem
tem problemas de saúde.”
Ao longo dos tempos, os profissionais ligados ao
exercício da arte de preparar e dispensar medi-
camentos foram apelidados por várias denomi-
nações, de acordo com a evolução histórica da
formação e das actividades/ profissões, das
quais se destacam (Mendes, 1997) a título
exemplificativo, na Grécia os pharmakopoloi
(vendedores de medicamentos) e os pharmako-
poeoi (preparadores de medicamentos) e em
Roma os pharmacopoli e os pharmacopoei
(preparadores e vendedores de medicamentos,
drogas e cosméticos) e os medicamentarii
(apenas preparadores de medicamentos).
Posicionada no vértice emergente de um proces-
so de formação que se pretende dinâmico e evo-
lutivo, destinado a dotar os actualmente desig-
nados Técnicos de Farmácia de uma formação
robusta mas simultaneamente flexível, as Esco-
las Superiores de Tecnologia pretendem que a
formação proporcionada resulte na aquisição de
um perfil de competências que reflicta a obten-
ção do saber, do saber fazer, bem como na aqui-
sição de atitudes e formas de comportamento
capazes de fazer a diferença cada vez mais exi-
gente do mercado de trabalho. Todavia, nem
sempre a transmissão/aquisição de conheci-
mentos assentou e se realizou num quadro aca-
démico institucionalizado.
Lobato Faria (In Dinis,
2000) considera cinco eta-
pas no processo cronológi-
co de evolução da forma-
ção dos Técnicos de Diag-
nóstico e Terapêutica (onde
se inserem os Técnicos de
Farmácia) e das instituições
sede dessa formação:
F a r m á c i a - E n q u a d r a m e n t o H i s t ó r i c o principais processos evolutivos do ensino da Far-
mácia nas Tecnologias da Saúde:
1º 1º 1º 1º –––– Período histórico do aparecimento das pro-Período histórico do aparecimento das pro-Período histórico do aparecimento das pro-Período histórico do aparecimento das pro-
fissões e do respectivo ensino fissões e do respectivo ensino fissões e do respectivo ensino fissões e do respectivo ensino –––– aprendizagem aprendizagem aprendizagem aprendizagem
(1901(1901(1901(1901––––1980).1980).1980).1980).
“Foi uma longa e fecunda fase histórica e primor-
dial, que se prolongou por 80 anos, caracteriza-
da pelo sentido do pragmatismo, por extraordiná-
ria expansão geográfica e institucional e por uma
crescente diversificação tecnológica de dominân-
cia profissionalizante. (...) É uma fase em que
predomina a dimensão saúde, através dos servi-
ços que servem de incubação e de campo de
treino e de aprendizagens.” (Dinis, 2000). Neste
período há a assinalar, em 1901, a existência de
lugares de Farmacêuticos e Ajudantes de Farma-
cêuticos, Aspirantes e Praticantes, no Quadro do
Pessoal dos Serviços Farmacêuticos do Hospital
Real de S. José, em Lisboa, dos quais só os pri-
meiros possuíam curso oficial (Mendes, 1997).
Existindo ainda referência, na Portaria n.º5120
de 8 de Maio de 1943, a enfermeiros com práti-
ca de serviço de farmácia, que em 1938, após
prestação de provas de conhecimento, poderiam
ser recrutados como Ajudantes de Farmacêuti-
cos, desde que possuíssem a instrução primária.
A partir de 1943, passaram a ser criadas Escolas
Técnicas dos Serviços de Saúde e Assistência do
Ultramar (ETSSAU), face à necessidade de
aumentar a qualidade dos serviços prestados no
que respeita à defesa e protecção da saúde e à
melhoria das condições de vida da população,
através da formação de indivíduos naturais ou
residentes em cada Província Ultramarina, sendo
o Curso de Ajudante Técnico de Farmácia um dos
que funcionou (Mendes, 1997; Lobato, 2001).
2º 2º 2º 2º –––– Período de fundação como Escolas Técni-Período de fundação como Escolas Técni-Período de fundação como Escolas Técni-Período de fundação como Escolas Técni-
cas, correspondendo à fase de identidade e de cas, correspondendo à fase de identidade e de cas, correspondendo à fase de identidade e de cas, correspondendo à fase de identidade e de
autonomia progressiva do ensino e das respecti-autonomia progressiva do ensino e das respecti-autonomia progressiva do ensino e das respecti-autonomia progressiva do ensino e das respecti-
vas profissões (1980vas profissões (1980vas profissões (1980vas profissões (1980----1993).1993).1993).1993).
“É um período assinalado pelas dinâmicas e
perspectivas pedagógicas decorrentes de ser,
pela primeira vez, uma Escola, embora as deter-
minantes do sistema da saúde ainda sejam pre-
valentes” (Dinis, 2000). Os exemplos e experiên-
cias da criação das diferentes ETSSAU vieram
também contribuir para a criação das ETSS de
Coimbra, Lisboa e Porto em 1982 (Decreto- Lei
n.º371/82, de 10 de Setembro) e que sucede-
ram aos Centros de Formação de Técnicos Auxi-
liares dos Serviços Complementares de Diagnós-
tico e Terapêutica criados e regulamentados
pelas Portarias n.º18523/61, de 12 de Junho e
n.º19397/62, de 20 de Setembro, e reestrutura-
dos pela Portaria n.º709/80, de 23 de Setem-
bro.
O acesso aos cursos obrigava à posse do 9º ano
como habilitações literárias mínimas, preferen-
cialmente o 11º ano e a realização de provas
eliminatórias de selecção, que na ETSS Porto
consistiam numa prova eliminatória de Língua
Portuguasa e numa de avaliação de conheci-
mentos científicos e de cultura geral. A partir de
1986 (Portaria n.º549/86 de 24 de Setembro)
passa a ser obrigatório o 12º ano para o acesso.
O modelo curricular dos cursos tem a duração
de 3000 horas, correspondentes a três anos,
desenvolvidos em três períodos: um período ini-
cial, básico, subdividido em duas fases, a fase
genérica (constituída por disciplinas comuns a
todos os cursos) e a fase sectorial (comum a
cursos afins, no caso do Curso de Farmácia, aos
Cursos de Anatomia Patológica Citológica e
Tanatológica, Análises Clínicas e Saúde Pública
e Dietética), um período de fase técnica e um
período de estágio. Trata-se de cursos não con-
ferentes de grau (nível médio). Na ETSS Porto o
Curso de Farmácia iniciou o seu funcionamento
no ano de 1983, pertencendo os Preparadores
de Laboratório Farmacêutico (designação dada
aos profissionais com o Curso de Farmácia) ao
Ramo Laboratorial dos Técnicos Auxiliares dos
Serviços Complementares de Diagnóstico e
Terapêutica.