elaboracao de projetos de pesquisa aplicados a engenharia de producao ii
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Prof. Carlos Fernando Jung
http://lattes.cnpq.br/9620345505433832
Edição 2010
Material para Fins Didáticos – Distribuição Gratuita www.metodologia.net.br
Elaboração de Projetos de Pesquisa
Aplicados a Engenharia de Produção
1
2
JUNG, Carlos F. Elaboração de projetos de pesquisa aplicados a engenharia
de produção. Taquara: FACCAT, 2010. Disponível em:
<http://www.metodologia.net.br> Acesso em: xx xx xxxx
COMO CITAR ESTE TRABALHO
ANTECEDENTES
Este trabalho é resultado do somatório de experiências em elaboração e formatação de projetos de pesquisa & desenvolvimento
realizados pelo autor que submeteu e aprovou trabalhos em vários órgãos governamentais de fomento à pesquisa como: Programa
de Pólos de Inovação da Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul – SCT/RS, Financiadora de Estudos e
Projetos – FINEP do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil e FAPERGS – Fundação de Amparo à Pesquisa do RGS.
Como funciona um sistema
industrial da pesquisa ao cliente?
Pesquisa Desenvolvimento Engenharia Produção Produto
Resultado = Modelo (Fórmula)
Resultado = ProtótipoDetermina o Processo de Fabricação
P&D
Determina o Layout da Fábrica
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
UNTERLEIDER, Carlos E. A. Aplicação de um método de otimização multivariada para
identificação do ajuste ótimo em uma reação de clorometilação, através do uso de um
Planejamento Composto Central (CCD). Anais. XVII Congresso Brasileiro de Engenharia
Química - COBEQ, 2008, Recife - PE, 2008.
Difusão Científica e Tecnológica
Fonte Figura:
http://www.medtec
nica.com.br/micros
copio.html
Produto Armazenagem Comercialização Distribuição
Logística
Logística
Marketing, Vendas
Comércio Exterior etc..
Matéria-Prima
Produção e P&D
Compras
Clientes
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Feedback para P&D,
Vendas etc..
Fonte Figura:
http://www.elicriso.it/it/piante_medicinali/
PESQUISA & DESENVOLVIMENTO
P&D
Pesquisa Básica
Pesquisa Aplicada
Gerar Conhecimento
Trabalhos Teóricos e Experimentais sobre os
fundamentos de fenômenos e fatos
(Sem Finalidade de Aplicação em Particular)
Desenvolvimento Experimental
Gerar Conhecimento
Trabalhos Teóricos e Experimentais sobre os
fundamentos de fenômenos e fatos
(Com Finalidade de Aplicação em Particular)
Gerar Produtos e Processos
Utiliza o conhecimento científico e prático para o
desenvolvimento de novos materiais, produtos,
processos, dispositivos, sistemas e serviços, ou a
otimização dos existentes.
(Engloba a P&D Formal, Informal ou Ocasional)
OECD. Manual de Frascati: Proposta de práticas exemplares para inquéritos sobre investigação e desenvolvimento experimental. (Trad.) More than Just Words (Portugal). Coimbra: F-Iniciativas, 2007.
O QUE É PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL (P&D)
A pesquisa é utilizada como instrumento ou ferramenta
para a descoberta de novos conhecimentos básicos ou
aplicados
O desenvolvimento é a aplicação destes novos
conhecimentos para se obter resultados práticos.
P&D é utilizado para se obter novos produtos, processos e conhecimentos.
Classificação das Pesquisas
Deve-se optar por um tipo de pesquisa conhecendo-se a
Natureza, o Objetivo a Abordagem e o Procedimento
necessário para a execução da pesquisa.
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PESQUISAS
Quanto a Natureza
Pesquisa Básica Pesquisa Aplicada
ExplicativaDescritiva
Quantitativa
Observação Participante
Pesquisa-Ação
Experimental
Operacional – P.O.
Estudo de Caso Único
Gerar Conhecimento
(Sem Finalidades de Aplicação)
Como? Porque?Descobrir / Inovar
Gerar Conhecimento
(Com Finalidades de Aplicação)
Qualitativa
Quanto as Abordagens
Exploratória
e/ou
Quanto aos Objetivos
Quanto aos Procedimentos
Grupos Focados
Estudo de Casos Múltilplos
Survey
Métodos para Coleta de Dados
Entrevistas ExperimentaçãoQuestionários Observação
Pesquisa Quanto a Natureza
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DESTES TIPOS QUANTO A NATUREZA?
Pesquisa Básica
Objetiva entender, descrever ou explicar os fenômenos naturais;
Não é reservada;
Objetiva a divulgação dos conhecimentos obtidos;
Produz artigos científicos – como e porque.
Pesquisa Aplicada
Objetiva a aplicação do conhecimento básico;
Pode ou não ser reservada;
Gera novos conhecimentos resultantes do processo de pesquisa;
Produz artigos tecnológicos – como fazer.
QUAIS SÃO AS FINALIDADES DA PESQUISA BÁSICA?
(i) descobrir, conhecer e entender fenômenos naturais;
(ii) obter uma explicação ou descrição de um sistema;
(iii) produzir conhecimentos científicos
O conhecimento resultante deste tipo de pesquisa pode em um primeiro
momento apresentar-se desagregado do contexto cotidiano, mas,
posteriormente torna-se vital para a utilização em pesquisas aplicadas.
A pesquisa básica nas áreas tecnológicas é de fundamental importância para
a obtenção de conhecimentos elementares, por exemplo: novas propriedades
de materiais, novas fontes de energia, descoberta de elementos físico-
químicos, reações químicas, efeitos eletro-magnéticos, etc..
Gestão & ProduçãoISSN 0104-530X
Gest. Prod. vol.16 no.2 São Carlos Apr./June 2009
Wilson de Castro Hilsdorf; Roberto Gilioli Rotondaro; Silvio Roberto Ignacio Pires
Integração de processos na cadeia de suprimentos e
desempenho do serviço ao cliente: um estudo na
indústria calçadista de Franca
EXEMPLO
RESUMO
O processo de globalização e a revolução digital têm trazido novos desafios de competitividade às empresas. Uma dessas novas
necessidades é a mudança do foco do escopo gerencial para toda a cadeia de suprimentos. Gerenciar uma cadeia de suprimentos
requer, entre outros aspectos, a integração dos "processos-chave" de negócios ao longo dessa cadeia. Nesse sentido, este
trabalho teve como objetivo identificar como é a relação entre a integração de processos ao longo da cadeia de
suprimentos e o desempenho no serviço prestado ao cliente (customer service). Para tanto, a abordagem exploratória foi
utilizada, tendo como objeto de estudo uma cadeia de suprimentos calçadista localizada na cidade de Franca, a qual se constitui
em um bom exemplo de cadeia consolidada e já inserida no mercado internacional. Os resultados obtidos permitem concluir
que o desempenho do serviço ao cliente na cadeia estudada está relacionado diretamente com a integração dos processos
de atendimento de pedidos, gestão da demanda e desenvolvimento de produtos ao longo da cadeia, envolvendo não apenas
a integração com clientes, mas também com os fornecedores-chave. Pode-se constatar ainda que esse desempenho está
relacionado também com a existência de competências internas nos processos considerados, nas empresas estudadas.
QUAIS SÃO AS FINALIDADES DA PESQUISA APLICADA?
(i) obter conhecimentos para otimizar produtos ou processos;
(ii) obter um modelo para construção de um protótipo;
(iii) produzir conhecimentos tecnológicos
Na pesquisa aplicada o resultado a ser obtido é a solução concreta do
problema estudado, que contribuirá para o desenvolvimento de novos
produtos ou processos
A pesquisa aplicada nas áreas tecnológicas está vinculada diretamente e
um novo desenvolvimento, por exemplo: nova linguagem de
programação = desenvolvimento de novos softwares aplicados
Gestão & Produção ISSN 0104-530X
Gest. Prod. vol.16 no.1 São Carlos Jan./Mar. 2009
Leandro Cantorski da Rosa; Marcos Garrafa
Análise dos modos de falha e efeitos na otimização
dos fatores de produção no cultivo agrícola:
subprocesso colheita da canola
EXEMPLO
RESUMO
O setor agrícola passa por um intenso processo de transformações e moder nização, mas ainda apresenta certo atraso em relação aos
demais segmentos da economia, sobretudo na utilização de novas tecnologias e técnicas administrativas, que reflete em problemas
que devem ser considerados. Este artigo apresenta uma metodologia para priorizar modos de falha e seus efeitos associados,
para a determinação de ações preventivas, visando aperfeiçoar processos no cultivo agrícola de canola, usando a técnica
FMEA, com foco no subprocesso colheita. O setor agrícola possui algumas características próprias, razão pela qual foram feitas
algumas adaptações para análise deste tipo de processo. A aplicação foi ilustrada através de um estudo de caso em uma lavoura de
canola na Escola-Fazenda da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM). A determinação de prioridades dos modos de falha
foi feita de forma comparativa, pelo NPR (número de prioridade de risco) e de um método gráfico.
Pesquisa Quanto aos Objetivos
TIPOS DE PESQUISA, QUANTO AOS OBJETIVOS
Quanto aos Objetivos
Pesquisa Explicativa
Pesquisa Descritiva
Pesquisa Exploratória
Isso significa que pode haver vários tipos de pesquisa em função dos
objetivos a serem alcançados.
Objetivos teóricos e/ou práticos
O objetivo de uma pesquisa depende do tema do problema a ser estudado, da sua natureza
e situação em que se encontra, área de atuação e nível de conhecimento do pesquisador.
OBJETIVO EXPLORATÓRIO DE UMA PESQUISA
Nas atividades exploratórias concentram-se as importantes descobertas científicas,
muitas originadas pelo acaso quando da constatação de fenômenos ocorridos durante
experimentos em laboratórios.
A pesquisa exploratória visa a descoberta fenômenos, ou, a melhoria
teórico-prática de sistemas, processos e produtos, em síntese visa a
inovação pela proposição de novos modelos.
A pesquisa aplicada exploratória oportuniza a obtenção de patentes nacionais e
internacionais, a geração de riquezas e a redução da dependência tecnológica.
A exploração é feita a partir de impulsos criativos, simulações e
experimentações e pode originar novos modelos destinados a invenções,
inovações e a otimização.
EXEMPLOS – PESQUISA EXPLORATÓRIA
AZAMBUJA, M. C. ; JUNG, C. F. ; CATEN, C. S. T. ; HESSEL, F. P. . A Technological Innovation Applied to the Simulation of
RFID Environments as Used in the Logistics and Supply Chains. Anais. XIV ICIEOM - International Conference on Industrial
Engenieering and Operations Menagement, 2008, Rio de Janeiro. XIV ICIEOM - International Conference on Industrial
Engenieering and Operations Menagement. Rio de Janeiro : ABEPRO, 2008.
OBJETIVO DESCRITIVO DE UMA PESQUISA
A pesquisa pode ser entendida como um estudo de caso, onde após a coleta de dados é
realizada uma análise das relações entre as variáveis para uma posterior determinação
dos efeitos resultantes em uma empresa, sistema de produção ou produto.
A finalidade é observar, registrar e analisar os fenômenos ou sistemas
técnicos, sem, entretanto, entrar no mérito dos conteúdos.
Neste tipo de pesquisa o pesquisador deverá apenas descobrir a freqüência com
que o fenômeno acontece, ou como se estrutura e funciona um sistema, método,
processo ou realidade operacional.
O processo descritivo visa a identificação, registro e análise das
características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou
processo.
Visa descrever “como” funciona ou foi feito.
EXEMPLO – PESQUISA DESCRITIVA
JUNG, C. F. ; RIBEIRO, J. L. D. ; CATEN, C. S. T. . Análise de um Modelo para Pesquisa e Desenvolvimento de Inovações
Tecnológicas Voltado ao Desenvolvimento Regional. Anais. XXVIII ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de
Produção, 2008, Rio de janeiro. XXVIII ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio de janeiro :
ABEPRO, 2008.
OBJETIVO EXPLICATIVO DE UMA PESQUISA
Esta prática visa ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar e definir
modelos teóricos, relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo ou
âmbito produtivo em geral e, gerar hipóteses ou idéias por força de dedução lógica.
A pesquisa explicativa exige maior investimento em síntese, teorização
e reflexão a partir do objeto em estudo,
visa entender o “porque”
Visa identificar os fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos
ou variáveis que afetam o processo.
Visa explicar o “porque” das coisas
EXEMPLO – PESQUISA EXPLICATIVA
JUNG, C. F. ; CARIM JUNIOR, G. C. ;
GUIMARAES, L. B. M. ; RIBEIRO, J. L.
D. ; CATEN, C. S. T. . Casos de Insucesso
em P&D: Análise de um Programa Estadual
de Inovação Tecnológica. Anais. XV
SIMPEP - Simpósio de Engenharia de
Produção, 2008, Bauru. XV SIMPEP -
Simpósio de Engenharia de Produção.
Bauru, SP : UNESP, 2008.
Pesquisa Quanto as Abordagens
Quantitativa
Objetividade
Análise
Números
Pesquisador distante do processo
Hipóteses
Raciocínio lógico e dedutivo
Estabelece relações e causas
Busca generalizações
Preocupa-se com as quantidades
Qualitativa
Subjetividade
Síntese
Sons, imagens e textos
Pesquisador participa do processo
Questões norteadoras
Raciocínio dialético e indutivo
Descreve significados
Busca particularidades
Preocupa-se com a qualidade
CARACTERÍSTICAS DAS ABORDAGENS
Pesquisa Quanto aos Procedimentos
TIPOS DE PESQUISA, QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
Quanto aos
Procedimentos
Pesquisa Expost-Facto
Pesquisa Participante
Pesquisa-Ação
Pesquisa Experimental
Estudo de Casos Múltiplos
Estudo de Caso Único
Pesquisa Operacional
Survey
A execução de uma pesquisa depende dos tipos de procedimentos a serem
adotados para a análise e síntese dos dados, sua natureza e objetivos
requerem formas adequadas para a realização das pesquisas.
Isso significa que existem vários tipos de
pesquisa que podem ser adotadas função
das necessidades práticas de execução.
EXPERIMENTAL
Este tipo de pesquisa viabiliza a descoberta de novos materiais, componentes,
métodos, técnicas, etc...
É normalmente utilizada para a obtenção de novos conhecimentos a partir
de elementos fundamentais, como também, para se obter produtos
(protótipos) tecnológicos.
O procedimento experimental requer uma detalhada, sistemática , a
manipulação de variáveis para a coleta de dados sobre o fenômeno de interesse.
A habilidade e capacidade do pesquisador na identificação, correlação e
tratamento das variáveis envolvidas em um ensaio é de fundamental importância
para uma confiável explicação ou descrição acerca dos resultados obtidos.
Nas áreas tecnológicas a experimentação científica é o procedimento mais
utilizado para a produção de tecnologia, sendo que as inovações são originadas
principalmente a partir de ensaios e estudos dinâmicos em laboratório.
OPERACIONAL – P.O.
Este procedimento de pesquisa tem por princípio a investigação de forma
sistemática e racional dos processos envolvidos na realização de uma atividade
produtiva, com a finalidade de orientar a melhor opção para a tomada de
decisões.
A pesquisa operacional (P.O.) trata através do uso de ferramentas
estatísticas e métodos matemáticos da otimização para a seleção do meio
mais adequado para se obter o melhor resultado.
A pesquisa operacional internacionalmente é conhecida como “operations
research”. Tal denominação expressa melhor o entendimento do que vem a ser
este procedimento, ou seja, “pesquisa sobre operações”.
31
Pesquisa OperacionalISSN 0101-7438
Pesqui. Oper. v.28 n.3 Rio de Janeiro set./dez. 2008
Socorro Rangel; Altamir G. de Figueiredo
O problema de corte de estoque em indústrias de
móveis de pequeno e médio portes
RESUMO
A geração de padrões de corte para cortar painéis retangulares de madeira em itens retangulares menores é uma tarefa rotineira em
indústrias de móveis. Além do objetivo usual de minimizar perdas, as indústrias procuram gerar padrões de corte que facilitem o
processo de corte. Neste trabalho analisamos os padrões de corte adotados por uma fábrica característica do Pólo Moveleiro de
Votuporanga-SP. Propomos uma heurística para a geração de um conjunto de padrões de corte baseados em padrões n-grupos e
usamos na solução do problema de corte de estoque. Comparamos a solução do método heurístico com a solução obtida através do
método em 2-estágios de Gilmore e Gomory e a prática da fábrica. Os resultados obtidos indicam que a heurística proposta é capaz
de gerar padrões de corte similares aos utilizados pela fábrica, com índices de perda iguais ou melhores.
ESTUDO DE CASO
Através de um estudo de caso é possível explicar ou descrever um sistema
de produção ou sistema técnico no âmbito particular ou coletivo, assim, este
procedimento é considerado uma importante ferramenta para os
pesquisadores que tem por finalidade entender “como” e “por que”
funcionam as “coisas”.
Tanto nas engenharias como na computação são necessários estudos anteriores
para que se possa determinar como está funcionando o processo ou, como é o
processo, para que posteriormente seja recomendado, desenvolvido e implantado
um novo sistema, produto, ou técnica de otimização.
Pode-se definir um estudo de caso como sendo um procedimento de pesquisa
que investiga um fenômeno dentro do contexto local, real e especialmente
quando os limites entre fenômeno e o contexto não estão claramente definidos.
33
Gestão & ProduçãoISSN 0104-530X
Gest. Prod. vol.16 no.1 São Carlos Jan./Mar. 2009
José Gilberto Spasiani Rinaldi; Reinaldo Morabito; Vilma Mayumi Tachibana
A importância da rapidez de atendimento em
supermercados: um estudo de caso
RESUMO
Neste trabalho, analisam-se algumas causas pelas quais clientes frequentam um supermercado, tais como: preço de produtos,
localização do estabelecimento, rapidez de atendimento, qualidade de atendimento, variedade de produtos, estacionamento e
outras. Por meio de análise estatística multivariada, foi verificada a relevância de cada causa em contraste com as outras, ou seja, a
importância relativa de cada uma. Assim, pôde-se observar que a rapidez de atendimento desempenha um papel importante em
relação às demais para o nível de serviço dos clientes. Utilizando-se análise de agrupamentos hierárquicos de variáveis e análise de
correspondência, associaram-se causas em grupos e relacionaram-se causas a alguns fatores, como, por exemplo, escolaridade dos
clientes, sendo esta uma observação interessante por existir, no Brasil, uma relação significativa entre renda e escolaridade. A
coleta de dados foi realizada em um supermercado no interior de São Paulo e, desta forma, os resultados baseiam-se em um estudo
de caso, tendo limitações inferenciais.
Tipos de Estudos
Transversal e Longitudinal
ESTUDO TRANSVERSAL
0
5
10
15
20
25
30
35
24 h 48 h 72 h
Produtividade
Indica o comportamento do sistema em um recorte de tempo
ESTUDO LONGITUDINAL
0
5
10
15
20
25
30
35
40
30 d 40 d 50 d 60 d 70 d 80 d 90 d
Produtividade
Indica o comportamento do sistema ao longo do tempo
TIPOS DE ESTUDO – VANTAGENS E DESVANTAGENS
Estudo TransversalRealizado em um curto período
Estudo LongitudinalRealizado ao longo do tempo
É relativamente rápido
Consome poucos recursos
É menos suscetível a variáveis de
controle (ruído)
Fornece apenas uma indicação da
dinâmica e não a dinâmica
completa do processo
É relativamente lento
Consome mais recursos
É mais suscetível a variáveis de
controle (ruído)
Avalia toda a dinâmica do processo
Bibliográfico e Documental
ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
O estudo bibliográfico tem por finalidade conhecer as
diferentes formas de contribuição científica que existem
sobre determinado assunto ou fenômeno.
Normalmente o levantamento bibliográfico é realizado em bibliotecas,
bases de dados, periódicos científicos (artigos) e livros com acesso de
forma física ou virtual (Internet)
ESTUDO DOCUMENTAL
Tem por finalidade conhecer os diversos tipos de documentos
e provas existentes sobre fatos.
Estes documentos normalmente não receberam tratamento prévio analítico,
encontram-se muitas vezes nos seus locais de origem.
É efetuada essencialmente em centros de pesquisa, museus, acervos
particulares e centros de documentação e registro.
42
Gestão & ProduçãoISSN 0104-530X
Gest. Prod. vol.16 no.2 São Carlos Apr./June 2009
Moacir Godinho Filho; Flávio César Faria Fernandes; Andrey Domingues de Lima
Pesquisa em gestão da produção na indústria de
calçados: revisão, classificação e análise
RESUMO
Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica que pretende ser completa (209 trabalhos) sobre Gestão da Produção na indústria
calçadista a partir do ano 1980, revisão esta não encontrada até agora na literatura de Gestão da Produção. A partir de tal revisão
propôs-se um sistema de classificação baseado em 5 categorias: origem do trabalho; grande área da Engenharia de Produção focada
no trabalho; subárea da Engenharia de Produção focada no trabalho; procedimento de pesquisa utilizado; e fonte do trabalho, que
serviu para classificar e estruturar os artigos da revisão. Uma vez classificada e estruturada, a revisão bibliográfica sobre Gestão da
Produção na indústria calçadista serviu de base para uma ampla análise do tema. Essa análise se baseou em dois pontos
fundamentais: i) um estudo quantitativo das grandes áreas da Engenharia de Produção focadas nos trabalhos, assim como da
origem, fonte e procedimentos de pesquisa utilizados nos trabalhos; e ii) um estudo qualitativo dos principais assuntos e objetivos
alcançados por esses trabalhos. As principais contribuições deste trabalho são: servir de base para um maior conhecimento da
literatura atualmente sobre Gestão da Produção na indústria de calçados e propor sugestões de pesquisas futuras na área.
O que é um Projeto?
43
O QUE É UM PROJETO?
Um projeto consiste em um conjunto de etapas
sistematicamente ordenadas que têm por finalidade detalhar
um conjunto de ações a serem executadas para se atingir a
finalidade requerida.
44
ESTRUTURA DE UM PROJETO 45
1 TÍTULO
2 PROBLEMA DE PESQUISA
4 JUSTIFICATIVA
5 OBJETIVOS
6 METAS
7 RESULTADOS ESPERADOS
8 METODOLOGIA
9 ORÇAMENTO
10 CRONOGRAMA
11 REFERÊNCIAS
5.1 OBJETIVO GERAL
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
9.1 MATERIAIS PERMANENTES
9.2 DESPESAS E MAT DE CONSUMO
9.3 SERVIÇOS DE TERCEIROS
9.4 DESPESAS COM PESSOAL
9.5 QUADRO RESUMO DO ORÇAMENTO
3 REVISÃO DE LITERATURA
46
CONDIÇÃO PARA O SUCESSO ECONÔMICO DO PROJETO: ESCOLHA A SOLUÇÃO ADEQUADA
O sucesso do projeto está relacionado à
determinação da solução adequada para
atender a necessidade
Necessidade = Apagar a vela
Fonte Figura: http://misteri0s.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_12.html
Fonte Figura:
http://hsstcefdavid.blogspot.com/
Fonte Figura:
http://deborakikuti.blogspot.com/2007/
03/um-presente-pro-meu-irmo.html
Fonte Figura: http://www.pi.gov.br/materia.php?id=19329
47
CONDIÇÃO PARA O SUCESSO DO PESQUISADOR: CONTRIBUIR PARA O SOCIAL
O insucesso de um projeto ocorre quando um projeto é extremamente
eficiente, porém, pouco eficaz
Muita Energia e
Tesão na
Atividade Meio
Pouco Resultado na Atividade Fim
Os Resultados de um Projeto devem Oportunizar uma
Maior Geração de Riqueza, Emprego e Renda
(Mais Qualidade de Vida)
Fonte Figura: http://br.geocities.com/verjulgaragir/comentnd.htm
48
Características de um Projeto
49
CARACTERÍSTICAS DE UM PROJETO
(i) Ter Objetivo Definido;
(ii) Possuir Metas Exeqüíveis;
(iii) Possuir Viabilidade Financeira;
(iv) Ser Limitado no Tempo;
(v) Propor Algo Novo;
(vi) Prever Resultados Esperados
MAXIMIANO, A. C. A. Gestão de projetos. São Paulo: Atlas, 1997.
50
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
Objetivo Resultado
Metas
Tempo
Algo Novo
Execução
Ser Viável Financeiramente
Prever
Formular
Especificar
Determinar
Exeqüíveis em função do Tempo,
Conhecimento, Recursos
Materiais e Humanos
51
52
PROBLEMAS POSSÍVEIS
Objetivo
Resultado
Metas
Tempo
Restrições
Execução
Aparentemente Viável
Financeiramente
Parcial
Estipuladas
Especificado no Projeto
Falta de Conhecimento
Terminaram os
Recursos Previstos
Recursos AdicionaisAnalisar Custo x Benefício
Tempo
Real
Resultado Questionável
Necessidade de +
Equipamentos da
Empresa / Instituição
53
Tipos de Projetos
54
TIPOS DE PROJETOS
(i) Projeto de Pesquisa
(ii) Projeto de Desenvolvimento
(iii) Projeto de Engenharia
(iv) Projetos Mistos
Projeto de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento)
Projeto de D&E (Desenvolvimento e Engenharia)
Projeto de P,D&E (Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia)
VALERIANO, D. L. Gerência em projetos: pesquisa, desenvolvimento e engenharia. São Paulo: Makron Book’s, 1998.
55
O projeto de pesquisa destina-se a detalhar as ações a
serem empreendidas desde a identificação da
necessidade ou demanda até a descrição de como será
elaborado o modelo científico que representará os
resultados obtidos.
PROJETO DE PESQUISA 56
PROJETO DE PESQUISA
Pesquisa Desenvolvimento Engenharia Produção Produto
Resultado = Modelo
Resultado = Protótipo
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura:
http://www.medtec
nica.com.br/micros
copio.html
Estabelece as etapas para a obtenção do
modelo que determina as especificações
para o Desenvolvimento Experimental
do Protótipo
57
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO
O projeto de desenvolvimento visa estabelecer os
procedimentos para a materialização do modelo
científico em forma de protótipo ou instalação piloto.
O resultado do projeto de desenvolvimento é a
representação do processo necessário à obtenção de um
protótipo.
58
Pesquisa Desenvolvimento Engenharia Produção Produto
Resultado = Modelo
Resultado = Protótipo
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura:
http://www.medtec
nica.com.br/micros
copio.html
Estabelece os procedimentos para
montagem, teste e otimização do
protótipo e fixa as especificações para a
instalação piloto.
Determina as especificações para os
Projetos de Engenharia.
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO 59
PROJETO DE ENGENHARIA
Por sua vez, o projeto de engenharia tem por finalidade
fornecer um conjunto de informações destinadas ao
planejamento e implantação de sistemas de produção.
Esse tipo de projeto visa planejar o processo de fabricação
ou sistemática para execução de uma obra.
60
PROJETO DE ENGENHARIA
Pesquisa Desenvolvimento Engenharia Produção Produto
Resultado = Modelo
Resultado = Protótipo
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura: http://www.pirisa.ind.br
Fonte Figura:
http://www.medtec
nica.com.br/micros
copio.html Estabelece os procedimentos e as
especificações para os processos de
produção e implantação da
infraestrutura
Layout de Fábrica
Automação
Sistema Elétrico
Construção Civil
Qualidade
Fabricação
Mecânica
61
Os projetos mistos envolvem uma ou mais dessas
peculiaridades, concomitantemente, e têm por finalidade
reduzir operações minimizando o tempo para a obtenção de
resultados.
Quando existe a possibilidade de ser obtida uma patente,
deve-se utilizar procedimentos integrados e reservados
desde a identificação da necessidade até a construção do
protótipo.
PROJETOS MISTOS (P&D / D&E / P,D&E) 62
Como iniciar um Projeto ?
63
O QUE DESEJO OU POSSO FAZER? QUAL A EXPECTATIVA? 64
Apenas Aplicar um Método, Metodologia ou Ferramenta
Existente
Descobrir ou Desenvolver Algo Novo com Diferencial, Alguma Inovação
Identificar uma necessidade ou
demanda
65
PENSAR EM OTIMIZAÇÃO
Pensar em Aumentar ou Reduzir Variáveis
Tempo
Peso
Matéria Prima
Resíduos
Retrabalho
Energia
Paradas
Produtividade
Rentabilidade
QualidadePonto Ótimo de
Operação
Ponto Ótimo de
Operação
Tempo
Ponto Ótimo
de Operação
+
-
66
IDENTIFICAR NECESSIDADES NO CONTEXTO LOCAL
O que está errado nas operações que são realizadas no setor onde trabalho?
Quais tarefas poderiam ser suprimidas ou melhoradas?
O que poderia ser melhorado em determinados setores da empresa para
agilizar os processos?
Quais setores representam um obstáculo ao aumento da produtividade da
empresa?
Que máquinas poderiam ser melhoradas?
Que componentes poderiam ser otimizados ou modificados para uma
melhoria do sistema ou máquina?
67
68
REALIZAR UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO E DOCUMENTAL
As publicações existentes tornam-se essenciais para verificar-se a existência ou
não de trabalhos similares, evitando-se a repetição;
O amplo conhecimento daquilo que está publicado aumenta significativamente a
capacidade de visão sobre o assunto a ser abordado e, principalmente o vocabulário;
As referências existentes auxiliam na elaboração dos argumentos a serem formulados
para a defesa e complementação das novas idéias propostas;
O ponto de vista de outros autores pode salientar a importância da nova pesquisa
(projeto) que está sendo proposta;
A comprovação da inexistência de publicações sobre o assunto proposto justifica a
relevância do novo tema.
69
REALIZAR UM ESTUDO EM BASES DE DADOS
Consultar a base de dados do INPI é fundamental:
http://www.inpi.gov.br
Consultar as bases de dados de periódicos, teses e bibliotecas virtuais, veja
algumas indicações:
BANCOS DE TESES E DISSERTAÇÕES
Banco de Teses da CAPES
Banco de Teses e Dissertações - USP
Banco de Teses e Dissertações - PPGEP/UFRGS
BIBLIOTECAS DIGITAIS
Biblioteca - Domínio Publico
Biblioteca Digital - UNICAMP
Biblioteca Virtual FAPESP
Biblioteca Digital da OEI
Biblioteca - British Library
Biblioteca da UNESCO
BASES DE DADOS
Google - Acadêmico
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CONSULTE
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70
Projeto de Pesquisa
71
Elaboração Formatação
Processo Criativo, Crítico e
Reflexivo
Processo Formal,
Disciplinar e Normativo
2 FASES
72
Elaboração do Projeto
73
RESPONDER AS QUESTÕES
O que?
Por que?
Como?
Quando?
Com que?
74
O QUE ?
Qual o problema a ser solucionado?
Qual o sistema ou subsistema a ser melhorado?
Qual o produto a ser obtido?
Qual o processo que se pretende otimizar?
Qual o conhecimento que se deseja obter?
Isto requer uma delimitação...
75
COMO DELIMITAR A PESQUISA?
A partir da Necessidade ou Problema
Delimitar a Pesquisa
76
Fome Alimento
Onde Comer No Restaurante
NECESSIDADE TEMA PROBLEMA SOLUÇÃO
O que Comer Bolacha
Filé
Torrada
A partir de uma necessidade
podem surgir diversos tipos de
problemas e, existirem várias
soluções que podem suprir a
necessidade.
Na cozinha
PROBLEMA
77
DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
Idéia Inicial
Melhoria da Produtividade do Setor Calçadista (internacional, Nacional, Estadual, Regional ou Municipal?)
1ª Delimitação:
Melhoria da Produtividade do Setor Calçadista da Região do
Vale do Paranhana
2ª Delimitação – Objetivo da Pesquisa (O que?)
(Um) Sistema de Controle e Monitoramento On-line Aplicado a
Otimização de Linhas de Produção do Setor Calçadista da
Região do Vale do Paranhana
78
POR QUE ?
Qual a importância daquilo que se pretende fazer?
Qual o grau de inovação que isto representa?
Que diferencial competitivo irá representar?
O produto ou solução possuirá um valor agregado?
Isto requer mostrar principalmente os diferenciais do novo
produto ou processo proposto...
79
DIFERENCIAIS DO NOVO PRODUTO
1. Mais Economia de Energia;
2. Menor Emissão de Calor;
3. Mais Rendimento;
4. Simula a Iluminação Natural;
5. Maior Durabilidade;
6. Contribui para a Sustentabilidade
Produto Anterior
Novo Produto
80
COMO ?
Como se pretende chegar à solução?
Qual a população e amostra da pesquisa?
Quais os procedimentos que serão utilizados?
Como serão obtidas as informações ou dados?
Como serão analisados os dados?
Qual a metodologia que será utilizada?
Isto requer definir a metodologia, procedimentos e amostra...
81
DETERMINAR O MÉTODO
Natureza, Objetivo, Abordagem,
Procedimentos
Determinar o Método
82
EXEMPLO DE MÉTODO (ESTUDO DE CASO)
Estabelecer ObjetivoA partir da necessidade / demanda / problema
Determinar CenárioAmbiente(s) de Estudo
Determinar AmostraTipo e Número de Indivíduos
Pesquisar Referências(pré-existentes)
Elaborar Instrumento / Coleta de DadosElaboração e Forma de Aplicação
Coletar DadosAplicação do Instrumento na
Amostra
Dados Coletados Dados Bibliográficos e Documentais
Realizar Síntese / Resultados
Tratar DadosClassificação / Estratificação
Analisar Dados
83
DETERMINAR A AMOSTRA
População ou Sistemas
Determinar a Amostra
84
População
(N) ou universo da pesquisa é a totalidade de
indivíduos,objetos ou sistemas que possuem as mesmas
características definidas para um determinado estudo.
Amostra
(n) é uma parte da população ou sistema selecionada e
pesquisada com o objetivo de fazer generalizações a respeito
das características.
85
Amostragem:
Processo de seleção de uma amostra
Há duas grandes divisões no processo de
amostragem:
Amostragem probabilística e a
não probabilística
86
Amostragem Probabilística
Seleção da amostra aleatoriamente, ao acaso.
Podem ser submetidas a análise estatística tendo a confiança
de que a amostra é representativa do universo pesquisado.
Compensa erros amostrais e outros aspectos relevantes para
a significância da amostra.
87
EXEMPLO
Amostra Aleatória Simples
Cada indivíduo/objeto da população tem a mesma probabilidade de ser escolhido.
Pode-se utilizar um tabela de números aleatórios ou sorteio.
Fonte Figuras: http://ms.quebarato.com.br/classificados/processador-sempron-le-1200-amd-cod-61528__bp_56218030.html
88
EXEMPLO
Amostra Sistemática
Variação da aleatória simples, na qual o indivíduo/objeto deve ser identificado pela
posição que ocupa em uma relação
1a 2a 3a 4a 5a 6a
1b 2b 3b 4b 5b 6b
Fonte Figuras: http://ms.quebarato.com.br/classificados/processador-sempron-le-1200-amd-cod-61528__bp_56218030.html
89
EXEMPLO
Amostra Aleatória de Múltiplo Estágio
Dois ou mais estágios, com emprego de amostragem aleatória simples ou sistemática
em cada um
Setor de Produção 1
Setor de Produção 2
Filial A
Filial B
Filial C
Setor de Produção 1
Setor de Produção 2
Setor de Produção 3
Setor de Produção 1
500 unidades/dia
800 unidades/dia
500 unidades/dia
400 unidades/dia
300 unidades/dia
900 unidades/dia
90
Amostra por Área
Amostragem estabelecida a partir de mapas cartográficos ou fotos aéreas
EXEMPLO 91
Amostra por Conglomerados ou Grupos
Seleção a partir de grupos pertencentes a população; O indivíduo/objeto deve pertencer
a somente um conglomerado; Os conglomerados são sorteados de forma aleatória.
Conglomerado B
Indivíduos que atuam no
setor de acabamento
Conglomerado A
Indivíduos que atuam no
setor de montagem
Conglomerado C
Indivíduos que atuam no
setor de controle de
qualidade
Entrada
Saída
Conglomerado D
Indivíduos que atuam no setor
de armazenagem
92
Amostra Estratificada
Os estratos, ao contrário dos conglomerados, são formados pelo pesquisador.
Ex: formar estratos por sexo, idade, etnia, renda e/ou características técnicas.
Atentar para o número de indivíduos em cada estrato.
Estrato A
Indivíduos que atuam na
produção e possuem entre
20 e 25 anos
Entrada
Estrato B
Indivíduos que atuam na
produção e possuem entre
30 e 35 anos
Estrato C
Indivíduos que atuam na
produção e possuem entre
40 e 45 anos
Saída
93
Amostragem Não-Probabilística
Esta amostragem não visa o controle da representatividade
da população.
Pode levar a equívocos amostrais.
O pesquisador necessita ter experiência para utilizar este tipo
de amostragem.
94
EXEMPLO
Amostra Intencional
Em geral obtida pela indicação de pessoas ou objetos que
se enquadrem nas características da amostra.
Apesar de oficialmente não possibilitar a generalização
dos dados, a maior ou menor possibilidade de
generalização ocorrerá em função do número de casos
estudados.
Amostra por “Juris”
Pela seleção de pessoas que se comprometem a desenvolver
alguma atividade em função da pesquisa.
Equipe de Montagem: 05 Indivíduos
Todos do sexo feminino;
Todos com 20 anos de idade;
Todos residentes na mesma cidade.
Saída
A equipe pesquisada atua no setor de
Controle da Qualidade da empresa
pesquisada e implantará um método
proposto na pesquisa para otimizar o
próprio processo
Entrada
Saída
Entrada
95
EXEMPLO
Amostra por tipicidade
Quando é impossível a eleição de uma amostra probabilística se
utiliza um grupo considerado “típico”.
Ex: uma equipe de produção ou uma equipe de programadores
Amostra por quotas
Semelhante a estratificada, mas sendo o
pesquisador o responsável pela seleção dos
participantes.
Equipe de Montagem C
Equipe de Montagem
Entrada
Entrada
Saída
Saída
96
QUANDO ?
De quanto tempo se dispõe?
Quando serão realizadas as atividades?
Quanto tempo é necessário à execução?
Qual o tempo limite que a empresa fixou?
Quanto tempo é destinado a cada uma das etapas?
Como se distribui as ações no tempo?
97
COM QUE ?
Com que recursos se pretende realizar a pesquisa?
Quais os recursos humanos que serão utilizados?
Quais os recursos financeiros serão necessários?
Que materiais serão necessários?
Será necessária uma fonte de financiamento?
Qual fonte de financiamento existe?
98
A Pesquisa e o Desenvolvimento são viáveis?
O Projeto é viável?
SIMNÃO
Retornar e gerar uma nova idéia
Fazer a formatação do projeto
99
Formatação do Projeto
100
ESTRUTURA DE UM PROJETO 101
1 TÍTULO
2 PROBLEMA DE PESQUISA
4 JUSTIFICATIVA
5 OBJETIVOS
6 METAS
7 RESULTADOS ESPERADOS
8 METODOLOGIA
9 ORÇAMENTO
10 CRONOGRAMA
11 REFERÊNCIAS
5.1 OBJETIVO GERAL
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
9.1 MATERIAIS PERMANENTES
9.2 DESPESAS E MAT DE CONSUMO
9.3 SERVIÇOS DE TERCEIROS
9.4 DESPESAS COM PESSOAL
9.5 QUADRO RESUMO DO ORÇAMENTO
3 REISÃO DE LITERATURA
SEQUÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE UM PROJETO BÁSICO 102
Desenvolvimento doProjeto (seqüência única)
Sumário
Folha de Rosto
Como elaborar as seções de um
projeto?
103
Tema e Título
104
O QUE É TEMA E TÍTULO?
Tema:
Melhoria da Produtividade do Setor Calçadista
da Região do Vale do Paranhana
Título:
Sistema de Controle e Monitoramento On-line
Aplicado a Otimização de Linhas de
Produção do Setor Calçadista
105
O QUE É UM TEMA ?
Melhoria da Produtividade do Setor Calçadista
da Região do Vale do Paranhana
Um tema expressa a idéia central da pesquisa, aquilo
que irá identificar o objeto de estudo da pesquisa ou a
intenção do autor
106
O QUE É UM TÍTULO?
Um título é uma forma textual sintética e clara, que deve
expressar em poucas palavras aquilo que será realizado para
resolver o problema originado a partir do tema
Sistema de Controle e Monitoramento On-line
Aplicado a Otimização de Linhas de Produção do
Setor Calçadista
107
Problema de Pesquisa
108
PROBLEMATIZAÇÃO
Que dificuldades estão sendo enfrentadas pela não
satisfação da necessidade identificada?
Deve-se ter em mente que o leitor pode não conhecer todos os
aspectos que envolvem o problema
Há necessidade de ser contextualizado e caracterizado o problema (com base
em dados) e na seqüência demonstrar-se a necessidade de ser solucionado
Escrever sobre
109
Revisão de Literatura
110
111ESTADO DA ARTE
Para a elaboração da Revisão deve-se proceder a um levantamento
bibliográfico e documental que pode ser realizado em bibliotecas, bases de
dados, periódicos científicos (artigos), livros etc..
O acesso a estes materiais pode ser feito de forma física ou virtual (Internet).
Esta seção pode ter outras denominações como: Referencial Teórico, Revisão
Bibliográfica, Revisão Teórica, Teoria de Fundamento,Teoria de Foco etc..
A seção de Revisão de Literatura tem por finalidade
demonstrar as contribuições científicas já existentes sobre o
assunto, fenômeno ou tecnologia que estão relacionados
diretamente ao tema do projeto proposto.
EXEMPLO
O grande desafio da cadeia logística para as empresas tem sido cada vez mais otimizar os processos para disponibilizar seus
produtos em menor tempo e no local certo e desejado pelos clientes[1]. Atualmente, a variedade de produtos existentes no
mercado aumentaram a complexidade para a gestão do fluxo de informações ao longo da cadeia de suprimentos exigindo das
empresas a adoção de novas tecnologias para facilitar as operações logísticas[2] . A tecnologia de Identificação por
radiofreqüência (RFID) tem ganhado foco e interesse de industriais e comerciantes devido ao potencial que apresenta para
simplificar e tornar eficaz a identificação automática de produtos[3].
Brock[4] afirma que o principal componente da tecnologia RFID é a etiqueta inteligente ou “tag”. Esse dispositivo funciona a
partir de um campo eletromagnético, onde uma determinada freqüência (portadora) transmite as informações contidas na
etiqueta, via ar (wireless) sem necessidade de fios a um receptor (leitor) que interpreta e registra essas informações[5].
Um sistema RFID possui uma configuração básica composta por três componentes, que são: as etiquetas, os leitores e um
conjunto de softwares. o funcionamento do sistema RFID existe a necessidade de ser colocada uma etiqueta eletrônica em cada
produto, que está associada a uma identidade digital. Essa identidade é o código do produto ou EPC – Electronic Product Code.
Quando a etiqueta é interrogada por um leitor eletrônico externo os dados gravados em sua memória são transmitidos e
recuperados. Para que isto seja possível nessa etiqueta existe um circuito integrado (microchip) onde se podem armazenar as
informações como: (i) código eletrônico do produto, (ii) número de referência do produto, (iii) dados da produção, (iv) data da
expedição, (v) prazo de validade, e (vi) informações do fornecedor, entre outras.[6]
São inúmeras as possibilidades de utilização da tecnologia RFID e o campo de aplicação tem crescido de forma exponencial[7].
Dentre as melhorias proporcionadas pelo uso do sistema RFID em operações logísticas destaca-se a: (i) maior disponibilidade de
produtos, (ii) maior margem de lucro devido à redução dos custos, (iii) maior eficiência operacional do trabalho humano, (iv)
redução de perdas de inventário, (v) redução dos níveis de estoque, (vi) redução dos custos de assistência técnica, e (vii) melhoria
no layout das instalações industriais ou comerciais. Ao se comparar os processos convencionais de negócios com os processos
que integram a tecnologia RFID pode-se notar claramente que os impactos produzidos pela adoção desta tecnologia,
principalmente ao nível estratégico, têm implicado no desenvolvimento de novos modelos de negócios, na integração de
atividades, e na reengenharia e automação dos processos[8].
[1] ROSA, L.A. Aplicação do RFID na cadeia logística. Monografia. MBA em Tecnologia da Informação. Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, 2006.[2] NGAI, E.W.T.; GHENG, T.C.E; AU, S. & LAI, K. Mobile commerce integrated whit RFID technology in a container depot. Decision Suport, In Press, 2005.[3] PRADO, N.R.S.A; PEREIRA, N.A. & POLITANO, P.R. Dificuldades para a adoção de RFID nas operações de uma cadeia de suprimentos. Anais. XXVI ENEGEP – Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Fortaleza, 2006.[4] BROCK, D.L. The electronic product code (EPC): a naming scheme for physical objects. Disponível em: <http:www.autoidlabs.org/whitepapers/MIT-AUTOID-WH-002.pdf> Acesso em: 05 Mar 2008.[5] YGAL, B.; CASTRO, L.; LEFEBVRE, L.A.; & LEFEBRE, E. Explorando los impactos de la RFID em los procesos de negócios de una cadena de suministro. Journal of Technology Management & Innovation, v. 1, n. 4, 2006.[6] ATKINSON, W. Tagged: the risks and rewards of RFID technology. Risk Manegement, v. 51, n. 7, 2004.7 BROCK, D.L. The electronic product code (EPC): a naming scheme for physical objects. Disponível em: <http:www.autoidlabs.org/whitepapers/MIT-AUTOID-WH-002.pdf> Acesso em: 05 Mar 2008.8YGAL, B.; CASTRO, L.; LEFEBVRE, L.A.; & LEFEBRE, E. Explorando los impactos de la RFID em los procesos de negócios de una cadena de suministro. Journal of Technology Management & Innovation, v. 1, n. 4, 2006
112
Justificativa
113
JUSTIFICATIVA
Na justificativa é que se “vende o projeto”, ou seja,
nesta seção que deve ser explicado “Por que Fazer”
“Por que é importante o que estou propondo fazer”
114
DIFERENCIAIS DE UM NOVO SISTEMA 115
1. Maior velocidade de aquisição de dados;
2. Mais rapidez na geração de informações;
3. Menor erro de medida;
4. Controle em Tempo Real (Real Time);
5. Otimização do tempo de tomada de decisão;
6. Redução dos “gargalos de produção.
Sistema AnteriorFonte Figura:
http://entaoffc.blogspot.com
/2008_11_01_archive.html
Fonte Figura: http://www.cartagena99.com/
Novo Sistema
Supervisor
Gestor
Ambiente WEB
Chão-de-Fábrica
Leitor RFID
Sensor
Servidor
EXEMPLO
No planejamento estratégico, as organizações buscam cada vez mais recursos tecnológicos para apoiar os processos de
decisão. As ferramentas para gestão on-line em tempo real de processos são atualmente um importante campo para a Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D).
Um dos principais fatores que podem determinar o sucesso da indústria brasileira é o sistema nacional de P&D. São
muitos os desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento, na tentativa de acompanhar a fronteira do conhecimento
científico, fortalecer seus sistemas regionais ou setoriais de Ciência Tecnologia e Inovação (CT&I) e aproveitar as oportunidades
geradas pelo avanço do conhecimento para o desenvolvimento socioeconômico, visando à melhoria da qualidade de vida.
A introdução de ações de política de desenvolvimento tecnológico que proporcionem uma produção industrial eficaz e
ágil deve impulsionar a demanda por PD&I nos mais diferentes setores produtivos. A PD&I terá papel relevante no processo de
racionalização e diversificação do processo operacional na indústria permitindo agregação de valor aos mesmos. Contribuirá para
redução de custos, identificando novas utilizações de produtos já existentes e novos produtos com potencial de absorção nos
mercados externos.
Vem se observando tendência de aumento da pressão pela geração de tecnologias que atendam, de modo eqüitativo, aos
requisitos de agilização e eficiência de processos de produção, e que promova a justiça social e a qualidade de vida. A tendência é
de se trabalhar, principalmente, com tecnologia que possa racionalizar processos operacionais, informando em tempo real sobre
acontecimentos em diferentes postos de trabalho.
O projeto tem finalidade pesquisar, desenvolver, implementar e difundir um sistema inteligente capaz de detectar gargalos
nas linhas de produção, combinando os métodos e técnicas da engenharia de controle de processos e de desenvolvimento de
produtos com os da computação em desenvolvimento de software e algoritmos capazes de supervisionar e gerar informações para
a tomada de decisões em real-time.
O sistema inteligente para controle e monitoramento de gargalos em linhas de produção do setor calçadista
proposto tem por justificativa possibilitar a identificação e análise no chão de fábrica dos tempos e do lead time dos
processos de fabricação, visando otimizar a produtividade destes processos através um maior controle pela geração rápida
de informações destinada a tomada de decisões, tornado a empresa mais rentável e com menos perdas.
116
Objetivos
117
OBJETIVOS
O objetivo geral deverá delimitar e expressar a finalidade principal da
pesquisa (projeto)
Os objetivos específicos podem ser elaborados a partir do objetivo geral,
devem ser atingidos durante a execução da pesquisa.
O resultado da pesquisa é medido pelo cumprimento do objetivo
geral, ele deve expressar a finalidade
118
COMO INICIAR UM OBJETIVO
Quando se tem o objetivo de conhecer:
Apontar, Citar, Classificar, Conhecer, Definir, Descrever, Identificar, Reconhecer
Quando se tem o objetivo de compreender:
Compreender, Concluir, Deduzir, Demonstrar, Determinar, Diferenciar, Discutir
Quando se tem o objetivo de aplicar:
Desenvolver, Empregar, Estruturar, Operar, Organizar, Praticar, Selecionar, Otimizar
Quando se tem o objetivo de analisar:
Comparar, Criticar, Debater, Discriminar, Examinar, Investigar, Provar, Ensaiar, Medir
Quando se tem o objetivo de sintetizar:
Compor, Construir, Especificar, Esquematizar, Formular, Produzir, Propor, Reunir
119
EXEMPLO DE OBJETIVO GERAL
Desenvolver um sistema para controle e monitoramento, apoiado por
um software e uso da tecnologia RFID - Radio Frequency
Identification, capaz de identificar, localizar e analisar em tempo real
gargalos em linhas de produção industriais do setor calçadista, com a
finalidade de otimizar o processo de produção, tornando as empresas
mais produtivas e rentáveis.
Utilizar: Efetuar, Estudar, Analisar, Prever, Dimensionar etc...
120
DERIVAR O OBJETIVO GERAL
Desenvolver um sistema para controle e monitoramento, apoiado por um
software e uso da tecnologia RFID - Radio Frequency Identification, capaz de
identificar, localizar e analisar em tempo real gargalos em linhas de produção
industriais do setor calçadista, com a finalidade de otimizar o processo de
produção, tornando as empresas mais produtivas e rentáveis.
Implementar o sistema / detectar gargalos na linha de produção / combinar
métodos e técnicas da engenharia em controle de processos, métodos de
desenvolvimento de produtos, métodos da computação / supervisionar e gerar
informações / tomar de decisões em real-time / viabilizar acesso as informações
em tempo real / viabilizar acesso onde o usuário estiver
121
EXEMPLO DE OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A partir deste objetivo geral se pode elaborar os seguintes
objetivos específicos:
a) implementar no chão-de-fábrica um sistema inteligente capaz de detectar
gargalos na linha de produção, combinando os métodos e técnicas da engenharia
em controle de processos e de desenvolvimento de produtos com os da
computação em desenvolvimento de software e algoritmos capazes de
supervisionar e gerar informações para a tomada de decisões em real-time;
b) possibilitar a utilização do sistema desenvolvido via plataforma web,
viabilizando o acesso as informações em tempo real de qualquer parte onde o
usuário estiver localizado;
c) fornecer em tempo real informações sobre os tempos de produção nos setores
de fabricação e lead time do processo, em duas vias, ou seja, para o gestor e
pessoal dos setores de fabricação.
122
Metas
123
As metas são formuladas com base nos objetivos
propostos e, se diz que uma meta é a quantificação de
um objetivo geral e/ou específicos.
124
EXEMPLOS
META 1:
Implantar um Laboratório de Simulação e Controle da Produção.
Neste laboratório será desenvolvido, simulado e testado o sistema anteriormente a implantação na empresa
piloto. Posteriormente serão ministrados o treinamento através de cursos aos industriários e industriais que
utilizarão o sistema em suas linhas de produção.
1. Indicador do cumprimento da meta:
Demonstração do ambiente implantado a comissão técnica da SCT/RS, in-loco.
2. Prazo máximo para cumprimento da meta: 6 meses
META 2:
Construir um sistema de controle e monitoramento a partir de sensoriamento eletrônico por meio de RFID
que permita a leitura dos componentes da produção estabelecendo um padrão para sua identificação e análise.
A partir da construção deste sistema, poderá ser analisado o comportamento do processo de fabricação em
diferentes setores da linha de produção em relação aos tempos de fabricação e lead time do processo global,
em tempo real (on-line).
1. Indicador do cumprimento da meta:
Entrega do sistema desenvolvido por meio de um software para controle e monitoramento on-line.
2. Prazo máximo para cumprimento da meta: 36 meses
125
EXEMPLOS
META 3
Realizar uma palestra para apresentação e demonstração da tecnologia e sistema desenvolvido.
Público Alvo: empresários, técnicos e comunidade em geral do Vale do Paranhana
Local: Auditório das Faculdades Integradas de Taquara
1. Indicador do cumprimento da meta:
Material a ser anexado no relatório trimestral da SCT/RS: Lista de participantes do evento, e material
publicitário utilizado na divulgação do evento.
2. Prazo máximo para cumprimento da meta: 24 meses
META 4:
Realizar um Curso de Extensão sobre a operação do sistema e tecnologia desenvolvida.
Público Alvo: Empresários, técnicos e comunidade em geral do Vale do Paranhana/Encosta da Serra.
Duração: 20 horas
1 Indicador do cumprimento da meta:
Anexar da lista de participantes ao relatório trimestral a SCT/RS e material publicitário de divulgação do
evento.
2. Prazo máximo para cumprimento da meta: 36 meses
126
Resultados Esperados
127
RESULTADOS ESPERADOS
Não existe um modelo pré-determinado de enunciado
para a elaboração da seção de resultados esperados,
porém, a idéia central consiste em o pesquisador
prognosticar os efeitos, sempre visando à obtenção de
melhorias em relação à situação anterior a pesquisa.
128
EXEMPLO
Com o término da execução do projeto espera-se que ocorra a:
a) melhoria na qualidade dos processos de produção em nível de “chão-de-fábrica”
através da otimização do processo de controle e tomada de decisão por parte dos
gestores e pessoas diretamente envolvidas na produção;
b) redução do tempo de produção e redução de custos na obtenção dos produtos;
c) redução do tempo de produção nos diversos setores envolvidos no processo de
fabricação e, no lead time da produção global;
d) possibilidade de melhoria do processo de informação da produção para que o
gerente e/ou supervisor de produção possa tomar decisões mais rápido e de melhor
forma visando corrigir e otimizar as operações de fabricação.
129
Metodologia
130
METODOLOGIA
A metodologia é um conjunto de métodos, técnicas e
procedimentos que tem por finalidade viabilizar a
execução da pesquisa, obtendo-se como resultado um
novo produto, processo ou conhecimento.
131
METODOLOGIA
Na seção de metodologia deve ser descrito como se pretende
chegar ao resultado da pesquisa.
A descrição deve ser detalhada passo a passo (etapa por etapa)
Deve ser indicado o método se pré-existente, a forma de coleta,
análise e interpretação dos dados (síntese)
132
As etapas de pesquisa & desenvolvimento do sistema serão realizadas em
três fases sendo:
(i) pré-desenvolvimento: fase em que será realizado o planejamento
estratégico do sistema, a geração do conceito a partir das idéias internas,
externas, layout e demandas da empresa piloto escolhida;
(ii) desenvolvimento: fase em que serão determinadas as especificações do
projeto, do processo de desenvolvimento de software, de manutenção, de
distribuição, assistência técnica e difusão tecnológica, e executado o
projeto;
(iii) pós-desenvolvimento: fase que será realizado o acompanhamento do
sistema na empresa para fins de otimização.
EXEMPLO 133
EXEMPLO DA DESCRIÇÃO DO MÉTODO UTILIZADO EM UMA PESQUISA
O método de pesquisa utilizado foi qualitativo. A abordagem qualitativa prioriza uma visão interpretativa da realidade do ponto de vista dos
indivíduos ou contexto pesquisado (SILVA, GOBBI e SIMÃO, 2005). Nesse estudo, foram utilizados dados resultantes de uma análise realizada no ano de
2006 pela equipe da Divisão de Pólos de Inovação Tecnológica da Secretaria da Ciência e Tecnologia do RS que teve a finalidade de evidenciar os
problemas relacionados a casos de insucesso em P&D ocorridos no período de 1989 a 2005.
Os procedimentos realizados em campo para a coleta de dados consistiram na aplicação de dez entrevistas individuais realizadas com
pesquisadores de diferentes Pólos de Inovação. Foi elaborada uma entrevista que apresentava uma questão aberta. Essa entrevista foi enviada por e-mail aos
pesquisadores. A questão aberta possuía a seguinte redação: “Quais os problemas que podem afetar seu desempenho profissional e gerar casos de insucesso
em P&D no Programa de Pólos de Inovação Tecnológica da SCT/RS?”.
Os dados coletados foram relacionados, interpretados, categorizados e são apresentados da seguinte forma: (i) quadro com os problemas relatados
pela equipe da Divisão de Pólos de Inovação Tecnológica da SCT/RS; (ii) quadro com a categorização dos problemas relatados pela equipe da Divisão; (iii)
quadro com os problemas relatados pelos pesquisadores entrevistados dos Pólos de Inovação Tecnológica; (iv) quadro com a categorização dos problemas
relatados pelos pesquisadores relacionados aos subsistemas: ambiente externo, social, organização e técnico.
Foram considerados como subsistemas neste estudo: (i) o Programa de Pólos de Inovação Tecnológica da SCT/RS como subsistema organização;
(ii) as instituições (unidades executoras) dos Pólos de Inovação e as Associações, Sindicatos, Clubes, Prefeituras Municipais, Conselhos Regionais de
Desenvolvimento (COREDES), Partidos Políticos e empresas como subsistema ambiente externo; (iii) a comunidade em geral, membros da família e
colegas de trabalho dos pesquisadores, fornecedores e clientes dos Pólos de Inovação Tecnológica como subsistema social; e (iv) os equipamentos,
instrumentos, máquinas e infra-estrutura física (laboratórios etc.) como subsistema técnico.
Para a análise dos dados resultantes das entrevistas dos pesquisadores e das informações disponibilizadas pela equipe da Divisão de Pólos de
Inovação Tecnológica da SCT/RS, foram utilizados os princípios do método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2002). Este método baseia-se em
operações de desmembramento do texto em unidades, envolvendo descobrir os diferentes núcleos de sentido que constituem a comunicação para
posteriormente realizar o seu reagrupamento em categorias. No recorte de conteúdos, tem-se a etapa da codificação, na qual são feitos recortes em unidades
de contexto e de registro; e a fase da categorização, onde os requisitos para uma categoria são a exclusão mútua, homogeneidade, pertinência, objetividade e
fidelidade e produtividade (SILVA, GOBBI e SIMÃO, 2005).
Por fim, foi proposto um mapa conceitual que apresenta uma síntese que relaciona e inter-relaciona as competências dos pesquisadores e o
desempenho do Programa de Pólos de Inovação com os problemas relatados pelos pesquisadores associados aos subsistemas social, técnico, organização e
ambiente externo. O método para elaboração dos mapas conceituais foi baseado em Heimlich e Pittelman (1990), Cossette e Audet (1992), Fiol e Huff
(1992). Para a construção dos mapas, foi utilizado o software CMap Tool, que é uma ferramenta distribuída gratuitamente pela University of West Florida.
JUNG, C. F. ; CARIM JUNIOR, G. C. ; GUIMARAES, L. B. M. ; RIBEIRO, J. L. D. ; CATEN, C. S. T. . Casos de Insucesso em P&D:
Análise de um Programa Estadual de Inovação Tecnológica. Anais. XV SIMPEP - Simpósio de Engenharia de Produção, 2008, Bauru.
XV SIMPEP - Simpósio de Engenharia de Produção. Bauru, SP : UNESP, 2008.
134
EXEMPLO DE MÉTODO (PROJETO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO OU PROCESSO)
Projeto Conceitual
Projeto Detalhado
Problema
Solução Modelo
Necessidade
Processo
ProtótipoAvaliação
Otimização
Desenvolvimento do Sistema Aplicação de Técnicas
Ensaios e Testes
135
EXEMPLO DE MÉTODO (ESTUDO DE CASO)
Estabelecer ObjetivoA partir da necessidade / demanda / problema
Determinar CenárioAmbiente(s) de Estudo
Determinar AmostraTipo e Número de Indivíduos
Pesquisar Referências(pré-existentes)
Elaborar Instrumento / Coleta de DadosElaboração e Forma de Aplicação
Coletar DadosAplicação do Instrumento na
Amostra
Dados Coletados Dados Bibliográficos e Documentais
Realizar Síntese / Resultados
Tratar DadosClassificação / Estratificação
Analisar Dados
136
Orçamento
137
ORÇAMENTO NA TEORIA E PRÁTICA
Projeto Execução Resultado
Elaborado por uma
pessoa ou um grupo
Fatores
Previsto Imprevisto
Pode depender do desempenho de outras pessoas
Internos Externos
Podem afetar o
resultado
A princípio estão
controlados
Na teoria Na prática
138
MATERIAL PERMANENTE
MATERIAIS PERMANENTES
Discriminação
Materiais Existentes Materiais a Adquirir
Quantidade
CUSTO UNITÁRI
O
Quantidade
Custo Unitário
Microcomputador PCMod. P-IV, Marca: HH
01 2.500,00 04 2.500,00
Impressora LaserMod. GIII, Marca: EPS
01 1.000,00
ANALISADOR DE ESPECTRO
MOD. AS-1800 MARCA: WB
01 10.000,00
Câmera DigitalMod. SS-99, Marca:
FUJITS01 3.000,00
Sub Total 1: R$ 2.500,00
Sub Total 2: R$ 24.000,00
(Sub Total 1 + Sub Total 2) = Total: R$ 26.500,00
139
DESPESAS E MATERIAL DE CONSUMO
DESPESAS E MATERIAIS DE CONSUMO
Discriminação
Diárias de RH Materiais a Adquirir
QuantidadeCUSTO
UNITÁRIOQuantidad
eCusto Unitário
Cartucho de Tinta PretaMod. 777, Marca: EPS
04 150,00
Cartucho de Tinta ColorMod. 779, Marca: EPS
04 100,00
PACOTE COM 500 FOLHASTIPO: A4, MARCA: RR
05 50,00
Caneta Colorida 10 10,00
CombustívelTipo: Gasolina Comum
1.000 litros 3,00
Hospedagem em Hotel 10 100,00
Sub Total 1: R$ 1.000,00 Sub Total 2: R$ 4.060,00
(Sub Total 1 + Sub Total 2) = Total: R$ 5.060,00
140
SERVIÇOS DE TERCEIROS
SERVIÇOS DE TERCEIROS
Discriminação
Serviços para
Cursos e Consultorias
Serviços para
Obras e Instalações
QuantidadeCUSTO
UNITÁRIOQuantidad
eCusto Unitário
Mão-de-Obra para Instalação Hidráulica
40 h 30,00
Mão-de-Obra para Instalação Elétrica
40 h 30,00
MÃO-DE-OBRA PARA INSTALAÇÃO DE GÁS
40 h 20,00
Consultoria para
Operação do Bioreator 10 h 100,00
Curso de Aperfeiçoamento em Operação Remota de
Bioreator
60 h 100,00
Mão-de-Obra para Instalação de Climatizador
20 h 10,00
Sub Total 1: R$ 7.000,00 Sub Total 2: R$ 3.200,00
(Sub Total 1 + Sub Total 2) = Total: R$ 10.200,00
141
DESPESAS COM PESSOAL
DESPESAS COM PESSOAL
Nome do Profissional Função na Pesquisa
QUANTIDADE DE
HORAS NA PESQUISA
Custo/hora
Xxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxx Coordenador/Pesq. 1.000 100,00
Xxxxxxxxx xxxxxx Pesquisador 1.000 80,00
Total: R$ 18.000,00
142
QUADRO RESUMO DO ORÇAMENTO
QUADRO RESUMO DO ORÇAMENTO
Orçamentos Especificação dos Valores
MATERIAIS PERMANENTESMateriais Existentes Materiais a Adquirir
R$ 2.500,00 R$ 24.000,00
DESPESAS E MATERIAIS DE CONSUMO
Diárias a Pagar Materiais a Adquirir
R$ 1.000,00 R$ 4.060,00
SERVIÇOS DE TERCEIROS
Serviços a Pagar para Cursos e Consultorias
Serviços a Pagar para Obras e Instalações
R$ 7.000,00 R$ 3.200,00
DESPESAS COM PESSOALTotal de Horas a Pagar
R$ 18.000,000
Valor Total do Orçamento da Pesquisa: R$ 59.760,00
143
Cronograma
144
CRONOGRAMA
Mês /
Atividade
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Projeto X X X
Coleta de
DadosX X X X X
Análise de
DadosX X X
Relatório
Técnico-
Científico
X X
Envio para
Registro de
Patentes
X
Difusão dos
ResultadosX
145
Referências
146
Relacionar a bibliografia utilizada para citações realizadas no
projeto de pesquisa.
Formatação com base na norma NBR 6023 da ABNT
Para efetuar as citações no texto utilizar a norma
NBR 10520 da ABNT
Para facilitar esta formatação utilizar o
Manual de Elaboração e Formatação de Projetos de Pesquisa e TCC da
FACCAT
JUNG, Carlos Fernando. Metodologia para pesquisa & desenvolvimento: aplicada a novas
tecnologias, produtos e processos. Rio de janeiro: Axcel Books, 2004.
147