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25/04/2017
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Eliminação urinária e cateterismo vesical
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP
Departamento de Enfermagem Geral e Especializada
Profª. Drª. Fabiana Faleiros
Roteiro de aula
1º momento
Objetivos
Eliminação urinária e Sistema urinário
Intervenções de enfermagem
2º momento
Cateterização
Técnicas de cateterismo: de demora, de alívio e intermitente limpo
ITU
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Objetivos
Capacitar o aluno para a realização da assistência de enfermagem na eliminação urinária.
Conhecer os problemas comuns com a eliminação urinária e as possíveis intervenções de enfermagem
Capacitar o aluno para a execução do cateterismo vesical de demora, de alívio.
Conhecer o cateterismo vesical intermitente, com técnica limpa, na bexiga neurogênica.
Eliminação Urinária
Necessidade humana básica
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Sistema urinárioFunção principal:manter o volume e acomposição químicados líquidos doorganismo dentrodos parâmetros quenão comprometam avida celular
http://www.youtube.com/watch?v=JXbdkqYMU5k
http://www.youtube.com/watch?v=EL3_OqqggDs
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Sistema urinário: rins
Posicionados lateralmente a coluna vertebral, atrás do peritônio ,na porção posterior da cavidade abdominal, entre os níveis da 12ª torácica a 3ª lombar alguns centímetros a D e a E da linha média.
Rim D: 1,5 a 2,0 centímetros mais baixo que o esquerdo (pela presença do fígado)
Sistema urinário: néfron
Néfron: unidade funcional do rim
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Sistema urinário: funções
Manutenção do volume e da composição química dos líquidos corporais (sistema renina-angiotensina-aldosterona, hormônio antidiurético);
Depuração e excreção de resíduos tóxicos (uréia, ácido úrico, creatinina), de fármacos e seus metabólicos;
Degradação e catabolismo de hormônios peptídeos (insulina, glucagon, proteínas de baixo peso molecular, etc)
Regulação da produção de hemácias pela síntese de eritropoitina
Regulação do metabolismo mineral: cálcio, fósforo e magnésio
Urina
Líquido orgânico, produto do sistema urinário, excretado pelos rins, armazenado na bexiga e eliminado para o exterior através da uretra.
Cor natural: amarela âmbar Constituição: 95% água e 5% substâncias diversas
(uréia, ácido úrico, creatinina, sais minerais, cloreto de sódio, fosfatos alcalinos, sulfatos, carbonatos, etc)
Volume médio de eliminação normal diária: 1500ml/dia. Volume aumentado: ingestão abundante de líquidos,
diabetes, entre outros. Volume diminuído: glomerulonefrites agudas,
insuficiência cardíaca e renal, entre outros.
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CARACTERÍSTICA NORMAL CAUSAS COMUNS DAS VARIAÇÕES
COR amarelo pálido a âmbar (dependendo da concentração)
Mais escura – escassa e concentrada
Mais clara- excessiva e diluída
Alguns medicamentos podem alterar
ODOR Odor característico
Sui generis
Amônia- quando parada
Diabetes mellitus: odor doce
Odor fétido- infectada
TURVAÇÃO Clara ou translúcida Turgescência- anormal, pode ser devido apresença de glóbulos vermelho e brancos,bactérias, secreção vaginal, esperma ou líquidoprostático
pH em torno de 6 Ácida- alimentação excessiva de proteínas
Alcalina: frutas cítricas, derivados de leite elegumes
Medicamentos
DENSIDADE 1,010 a 1,025 Na ausência de doença renal:
Alta: desidratação
Baixa: super hidratação
CONSTITUINTES Uréia, ácido úrico, creatinina, ácidohipúrico, pigmentos, nitrogênio, amônia,sódio, cloro, vestígios de ferro, fósforo,enxofre, potássio e cálcio
Sangue, pus, albumina, glicose, corpos cetônicos,bactérias, cilindros e bile
Urina: características macroscópicas
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Eliminação urinária - Micção
Sensação de plenitude vesical (desejo inicial: 150 a 450ml)
Controle (músculo detrusor e esfíncter)
Continência urinária
Frequência da micção
Centro pontino da micção
Centro medular sacral
Micção
Sinergia vesicoesfincteriana
Fase de enchimento Fase de esvaziamento
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Fatores que afetam a micção
Alimentação Variáveis psicológicas (estresse,
constrangimento) Atividade e tônus muscular (exercícios,
imobilidade, SVD, parto e traumatismo Patologias (congênitas, ITU, cálculos, tumores) Medicamentos (antibióticos -
nefrotóxicos, anticoagulantes –hematúria)
Gravidez Envelhecimento
Sistema urinário e Envelhecimento
capacidade dos rins de concentrar a urina; do tônus muscular e da capacidade de
armazenamento frequência Contratilidade - retenção – urina residual - ITU Problemas neuromusculares e alterações nos
processos de pensamento – controle voluntário e na capacidade de chegar ao vaso a tempo
Aumento da próstata e diminuição do estrógeno
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Tipos de alterações na eliminação urinária URGÊNCIA – forte desejo de urinar imediatamente – ITU, hiperatividade da
bexiga, estresse psicológico DISÚRIA – micção dolorosa ao difícil, dor ou ardência ao urinar –
inflamação da bexiga, Itu, inflamação do esfíncter uretral HESITAÇÂO – dificuldade de iniciar a micção – aumento da próstata,
ansiedade GOTEJAMENTO – escape da urina fora de controle voluntário –
incontinência de estresse (esforço) INCONTINÊNCIA – Perda involuntária de urina – dano neurológico (bexiga
neurogênica), perda do tônus muscular pélvico, impactação fecal, bexiga hiperativa
RETENÇÃO – acúmulo de urina na bexiga com incapacidade de esvaziar-se completamente – Obstrução uretral (estreitamento), bexiga neurogênica, aumento da próstata, efeitos pós-anestésicos, efeitos colaterais de medicamentos como anticolinérgicos, narcóticos, opióides)
URINA RESIDUAL – urina que permanece na bexiga após a micção –(>100 ml = risco de infecção)
Terminologia - Urina
ÚRIA –> URINA AN ÚRIA - < 100 ml ou ausência de urina DIS ÚRIA – dor ou ardência ao urinar GLICOS ÚRIA – presença de açúcar na urina NICT ÚRIA – freqüência de micção durante a noite OLIG ÚRIA - diminuição do volume = 100 a 400
ml/24 horas POLI ÚRIA – eliminação de volume excessivo de
urina PROTEIN ÚRIA - albumina na urina PI ÚRIA - presença de pus
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Caso
João Pereira da Silva, 68 anos, hipertenso e diabético, com história de acidente vascular encefálico há 7 meses.
UPP grau III infectada na região do trocanter E, realizado desbridamento cirúrgico. Instalado cateter nasogástrico para nutrição enteral
Sr. João Pereira da Silva 14/05/2015 – Necessidade de
eliminação urinária: Paciente mantêm incontinência urinária, após o AVE, apresenta micção espontânea em fraldas, diurese concentrada, turva, residuosa e com odor fétido. Apresentou retenção urinária após o desbridamento cirúrgico da UPP.
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Processo de enfermagemColeta de dados - Entrevista
Padrões de micção
Hábitos e dificuldades
História de problemas urinários atuais ou anteriores (sinais e sintomas)
Exame físico
Exame físico dos rins, da bexiga e do meato uretral
Investigação das condições de integridade e hidratação da pele
Sinais de edema
Exame da urina
Manobra de
Giordano
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Diagnósticos de enfermagem ELIMINAÇÃO URINÁRIA PREJUDICADA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA (DE ESFORÇO, DE
URGÊNCIA, FUNCIONAL)
RISCO PARA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
(ASSOCIADO Á INCONTINÊNCIA URINÁRIA E USO DE
DISPOSITIVOS COLETORES DE URINA)
INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA
DÉFICT NO AUTOCUIDADO PARA HIGIENE
DEFICIT DE CONHECIMENTO RELACIONADO
AO AUTOCUIDADO
Planejamento de enfermagem na eliminação urinária - objetivos gerais
Manter a eliminação de urina aproximadamente igual à ingestão de líquido
Manter o equilíbrio de líquidos e eletrólitos
Esvaziar completamente a bexiga em intervalos regulares
Relatar hábito urinário adequado
Manter a integridade da pele
Ter conhecimento sobre autocuidado
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Intervenções de enfermagem gerais para favorecer a eliminação urinária
Oferecer privacidade Postura favorável Manter horários favoráveis Ingestão hídrica adequada Usar estímulos para esvaziamento Higiene adequada Orientar para terapias de
fortalecimento do tônus muscular
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Intervenções de enfermagem: Retenção urináriaAcúmulo de urina na bexiga com incapacidade deesvaziar-se completamente – Obstrução uretral(estreitamento), bexiga neurogênica, aumento da próstata,efeitos pós-anestésicos, efeitos colaterais demedicamentos como anticolinérgicos, narcóticos, opióides)
Oferecer privacidade para a eliminação Realizar estímulos para micção Dar tempo para a bexiga esvaziar Monitorar a distensão da bexiga Auxiliar no uso do vaso sanitário em intervalos regulares Fazer cateterização vesical de alívio se houver prescrição
Intervenções de enfermagem: Infecção do trato urinário - ITU
ITU: Principal causa de morbidade e gastos com cuidadode saúde, Mulheres são mais vulneráveis, Pode afetar oTU inferior (bexiga e uretra) e o superior (rins eureteres), frequentemente devido a Escherichia coli(contaminação e higiene inadequada)
Orientar quanto ao aumento da ingestão hídrica, oferecer água, sucos e chás
Cuidados com higiene perineal, preferir banho de aspersão
Orientar quanto a micção após relação sexual Utilizar roupas íntimas de algodão e não
apertadas, secar ao sol e passar a ferro Adesão à antibioticoterapia prescrita
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Intervenções de enfermagem: incontinência urináriaIncapacidade de reter a urina na bexigaSubdiagnosticadaMaior prevalência em mulheresPrejudica o autoconceito, autoimagem
Orientar a micção programada em intervalos regulares de 4/4 horas
Orientar a não inibição do desejo de micção Facilitar o acesso e uso do sanitário Orientar quanto aos exercícios do assoalho pélvico
(feminino)
Instalar dispositivos urinários
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Realizar a proteção da pele com o uso de absorventes dispositivos urinários, loções e creme barreira, higiene logo após a eliminação e helioterapia
Caso 15/05/2015 – Paciente mantem
incontinência urinária, em uso de fraldas e piora do estado da UPP, mesmo após o desbridamento cirúrgico, devido à umidade excessiva. Indicada o cateterismo vesical de demora.
DIAGNÓSTICO
RISCO PARA INFECÇÃO (RELACIONADA AO USO DA CATETER VESICAL)
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Cateterismo vesical (sondagem vesical)
Introdução de um cateter pela uretra, até abexiga, com o propósito de esvaziar oufazer a drenagem da urina
Necessita de Prescrição médica
Causa comum de infecção hospitalar
Necessita Técnica asséptica rigorosa
Potter, 2009
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Alívio da retenção urinária
Obtenção de amostra de urina estéril
Medição da pós-micção residual vesical
Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgiase exames
Monitoramento de pacientes críticos
Irrigação vesical e administração de medicamentos
Indicações para a cateterização
ITU
Sepse
Trauma uretral
Riscos da cateterização
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Tipos de cateteres Foley: cateterismo de demora
cateter maleável, com mais deum lúmen e balonete
Uretral simples/Nelaton:cateterismo de alívio, catetercom um lúmen
MATERIAIS QUE COMPÕEM OS CATETERES:
• Nelaton: plástico
• Foley: látex ou borracha silicone puro ou teflon, PVC impregnado c/antimicrobiano como prata ou nitrofurazona
CALIBRE: (quanto > o n.º > calibre)
• crianças: 8 a 10
• mulheres: 12 a 14
• homens: 14 ao 18*
•Obs.: recomendado cateteres com calibres menores, os maiores sãoutilizados para cirurgias urológicas passíveis de formação de coágulossanguíneosBALONETE: Conforme recomendações do fabricante• Os mais usados variam de 5 a 30ml• cateter n. 8 a 10- 3 ml no balonete• cateter n. 12 a 16 – 10 ml• cateter n. 18 a 20- 15 a 20ml
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Diferença entre cateter e sonda
CATETER
instrumento tubular que é inserido em um vaso ou em uma cavidade corpórea natural, possibilitando a drenagem de líquidos ou a introdução de sangue, soro, medicamentos.
SONDA
Instrumento que se introduz na cavidade de certos órgãos para reconhecer e investigar o estado destes
Sondagem: Investigação, pesquisa, busca cautelosa
Cateterismo Vesical de DemoraTécnica:
• SEMPRE ESTÉRIL MESMO SE REALIZADA FORA DOHOSPITAL
Potter, 2009
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Cateterismo vesical de demoraO cateter permanece para uma drenagem contínua
Permite a descompressão gradual da bexiga
Indicada para:
Promover o esvaziamento da bexiga,
monitorizar débito urinário,
preparo cirúrgico,
realizar irrigação vesical,
diminuir o contato da urina com lesões depele próximas à região genital
Cateterismo vesical: materiaisMaterial Justificativa
01 Pacote estéril de cateterismo vesical (01 cubarim, 01 pinça Pean, 03 bolas de algodão ou 01pacote de gaze em uma cuba redonda pequena);
Uso do pacote operacionaliza o trabalho daenfermagem e pode reduzir o risco decontaminação durante a realização da técnica
01 Campo fenestrado estéril com fenda O campo fenestrado aumenta a área estéril detrabalho durante a técnica, apesar de ser opcionalem alguns serviços.
01 Cateter uretral (tipo Foley/duas vias)(usualmente de 12Fr a 16Fr);
Selecionar o menor calibre capaz deproporcionar uma drenagem de urina adequada eminimizar as lesões uretrais(6, 9, 11-14).O uso do cateter de silicone é indicado poralguns pesquisadores, para reduzir o risco deincrustações e obstruções do cateter(6).
01 Bolsa coletora A bolsa deve ter uma extensão suficiente parapermitir a mobilidade, não proporcionar tensãono cateter e consequente lesão uretral(9, 15, 16).São recomendados alguns itens na bolsa coletorapara facilitar o cuidado e reduzir o risco deinfecção: válvula antirrefluxo, câmara degotejamento e via de aspiração para coleta deexame(6, 10).
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Cateterismo vesical: materiaisMaterial Justificativa
01 Frasco com solução antisséptica aquosatópica
Os antissépticos mais utilizados nas instituiçõesbrasileiras são a Clorexidina 2% e PVPI tópico10%(9, 16). A Clorexidina é mais indicada paraindivíduos alérgicos ao iodo, se o indivíduodesconhecer alergias questionar sobre alergias afrutos do mar (16). A solução aquosa é indicadapara o uso em mucosas.
01 Agulha calibrosa Para aspiração da água destilada que preencheráo balonete.
01 Seringa de 20 ml com bico luer slip Este bico é indicado para o encaixe no cateterpara testar e preencher o balonete.
Gel anestésico estéril (01 Seringa pré-enchidaspara procedimentos urológicos ou 01 Tubo degel anestésico estéril com 01 Seringa de 20 ml)
Indicada a seringa pré-enchidas, descartávelapós cada procedimento, proporcionando apraticidade e diminuindo o risco decontaminação da técnica(9, 14, 16). Oreaproveitamento do tubo de gel anestésicoestéril não é indicado, devendo ser aberto umnovo tubo a cada procedimento.
Cateterismo vesical: materiaisMaterial Justificativa
01Ampola de 10 ml de água destilada O soro fisiológico e ar não são indicados para opreenchimento do balonete, pois o ar pode seresvaziado espontaneamente e o soro fisiológicopode cristalizar e dificultar a deflação dobalonete(9, 13).Alguns países possuem também a seringa pré-enchida com água destilada(13, 16).
02 Gazes ou bolas de algodão (sendo uma comálcool 70%)
Utilizadas para a desinfecção e abertura daampola de água destilada.
01 Par de luvas de procedimento estéril Indicadas para manter a técnica asséptica.
01 Adesivo ou fita hipoalergênicos Para fixação do cateter e prevenção de lesões depele em indivíduos alérgicos.
01 Etiqueta de identificação da bolsa coletora oucaneta retroprojetora
Para identificar a bolsa coletora.
Biombos Para manter a privacidade do indivíduo(13-15).
01 Toalha ou tecido impermeável Para proteger a cama, evitando molhá-la duranteo procedimento(9).
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Descrição do Procedimento
Procedimento Justificativa
1. Revisar os registros do paciente: Identificar a indicação do procedimento, alterações geniturinárias, intercorrências e alergias;
Segurança do paciente: excluir possíveis alergias (látex, iodo e esparadrapo) e complicações em procedimentos anteriores (8, 13, 16, 17).
2. Avaliar as condições do paciente: mobilidade, limitações físicas, idade, gênero e padrão urinário (última eliminação);
Determinar o tamanho do cateter , verificar quão cheia pode estar a bexiga (13, 15, 17)
3. Explicar o procedimento e afinalidade do mesmo ao paciente;
Manter o direito do paciente àorientação, consentimento e acooperação do mesmo (8, 11, 13, 15)
4. Encaminhar o paciente parahigienização íntima prévia, caso opaciente esteja acamado oprofissional deve realizar ahigienização;
Reduzir a microbiota e o risco de infecção (13, 15, 17)
Procedimento Justificativa
5. Realizar higienização das mãos; Reduzir a microbiota e o risco deinfecção (8, 11, 13, 15,17)
6. Reunir todo o material na bandeja ecolocar sobre a mesa de cabeceira;
Promover a organização e o usoeficiente do tempo (13, 16)
7. Proteger a unidade do paciente combiombos;
Manter privacidade e dignidade dopaciente (8, 11, 13, 16)
8. Posicionar o (a) paciente emdecúbito dorsal;Masculino: afastar ligeiramente aspernas;Feminino: posição ginecológica
Facilitar o acesso à genitália e arealização do procedimento (16).
9. Colocar uma toalha ou tecidoimpermeável abaixo das nádegas ecoxas do paciente
Evitar molhar a cama(16)
10. Utilizando técnica asséptica abrir opacote de cateterismo entre as pernasdo paciente, próximo à genitália;
Oferecer acesso fácil aos materiais durante a realização da técnica(17) .
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Procedimento Justificativa11. Umedecer as gazes da cuba redonda,com solução antisséptica,
Iniciar com esse passo evitando que os outros materiais impeçam o acesso à cuba redonda para colocar a solução antisséptica.
12. Abrir a todo material que é estérilcolocando-os no campo do pacote decateterismo: campo fenestrado, o cateter, abolsa coletora, as seringa, da agulha, e daseringa com gel anestésico estéril ou 01seringa de 20 ml,
Organizar e oferecer fácil acesso aos materiais para a realização da técnica (15)
13. Abrir o pacote de luvas estéril e calçá-las;
Facilitar o manuseio do material estéril sem contaminá-los e evitar a infecção cruzada (8,
11,16)
14. Conectar a agulha à seringa, solicitar aoauxiliar que desinfecte e abra a ampola deágua destilada e posicione-a paraaspiração. Retirar o ar da seringa,desconectar a agulha e conectar a seringaà via do balonete do cateter (válvula deinflação);do conteúdo.
Afastar-se do campo para retirar o ar da seringa, evitando molhar o campo.
Procedimento Justificativa
15. Efetuar o teste do balonete docateter injetando volume de águadestilada indicado pelo fabricante.Após realizar o teste, esvaziar obalonete e manter a seringaconectada ao cateter;
Confirmar a integridade do balonete,evitando o deslocamento, saídaacidental do cateter e novacateterização (16)
Volumes altos de água para insuflar obalonete devem ser evitados, podemimpedir o total esvaziamento dabexiga, mantendo urina residual epropiciando a proliferação demicroorganismos e a aumentandoprobabilidade de infecção(8)
16. Em seguida, retirar o êmbolo daseringa de 20 ml e solicitar ao auxiliarque despeje o gel dentro da mesma.Após, recolocar o êmbolo da seringa eretirar o ar;
O gel facilita inserção do cateter, evitalesões da uretra minimiza a dor(6, 8, 2016)
Gel estéril evita inserção de soluçãocontaminada no meato uretral;afastar-se do campo para retirar o arda seringa, evitando molhar o campo(6)
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Procedimento Justificativa
17. Conectar o cateter à bolsacoletora, mantendo o sistema dedrenagem fechado;
A conexão prévia da bolsa ao cateterfacilita a execução da técnica, mantémo sistema estéril e anula apossibilidade de contaminação doprofissional com urina durante oprocedimento(8).O sistema dedrenagem urinário fechado reforça ocontrole de infecções(15)
18. Posicionar o campo fenestradocom a fenda para baixo sobre operíneo do paciente, expondo agenitália;
O campo fenestrado aumenta a áreaestéril de trabalho durante a técnica(8)
a fenda para baixo facilita a retirada docampo após o término doprocedimento.
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Procedimento Justificativa
19. Expor o meato uretral com a nãomão dominante. Esta mão deve ficarexpondo a região até o término dainserção do cateter;Masculino: segurar o pênisposicionando-o perpendicularmente eretrair o prepúcio;Feminino: Com os dedos indicador epolegar abrir os pequenos lábios;
Facilitar a visualização do meatouretral e evitar o potencial decontaminação do cateter durante ainserção(15, 16).Considerar contaminada a mão nãodominante que está expondo omeato(16)
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Procedimento Justificativa
20. Usando uma pinça estéril na mãodominante, pegar uma gaze/ umedecidacom solução antisséptica e proceder aantissepsia do meato uretral:Masculino: em movimento único ecircular limpar o meato uretral até a baseda glande, repetir o mesmo movimentoaté o prepúcio.
Feminino: com movimento circular nomeato, deslizando sempre no sentidoântero-posterior. Repetir o movimentorealizando a antissepsia do meato uretraldeslizando pelo pequeno lábio direitocom a segunda gaze e, em seguida,deslizando pelo pequeno lábio esquerdocom a terceira gaze. Sucessivamente omesmo movimento deslizando pelogrande lábio D e E.
Iniciar a antissepsia sempre partindo daárea menos contaminada para a maiscontaminada, visando reduzir o número demicroorganismos, e evitar trazê-los aomeato uretral, considerando que o o meatoé estéril(15, 17,19 )
Ressalta-se que a antissepsia não substituia higienização da genitália pré-cateterização (8, 19,20)
Iniciar pelo meato uretral, no sentidoanteroposterior na mulher e em direção àbase da glande no homem(8, 21,22)
Procedimento Justificativa21. Após a antissepsia, desprezar a pinça; Fixar a pinça na borda inferior do campo ou
em um local para itens contaminados
22. Pegar a seringa com gel anestésicoestéril;Masculino: injetar lentamente pelo meatouretral, cerca de 5 a 10ml de gel;Feminino: lubrificar o cateter e acomodá-losob uma gaze dentro da cuba rim ou injetardiretamente no meato uretral;
Para potencializar o efeito anestésico dogel é recomendado esperar de 3 a 5minutos para a inserção do cateter (20,23,24)
O gel anestésico lubrifica e facilita aintrodução do cateter pelo meato uretral eminimiza o desconforto do procedimento.(8,13,14)
23. Introduzir o cateter;Masculino: Mantendo o pênis posicionadoem 90°, introduzir o cateter pelo meatouretral, até a bifurcação do mesmo;Feminino: introduzir o cateter pelo meatouretral, cerca de 5,0 cm após a urina fluir
A posição masculina de 90° retifica acurvatura da uretra e minimiza o risco detrauma (8, 17,18,19)
Introduzir o cateter até a sua bifurcação nohomem e mais cerca 5cm após a urina fluirna mulher, assegura a seu posicionamentona bexiga e reduz o risco de insuflar obalonete no meato uretral(13,15,16)
21. Após a antissepsia, desprezar a pinça; Fixar a pinça na borda inferior do campo ou em um local para itens contaminados
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Procedimento Justificativa24. Injetar a água destilada que está naseringa na via do balonete;
Injetar o volume indicado pelo fabricante. Osoro fisiológico e ar não são indicados parao preenchimento do balonete, pois o arpode ser esvaziado espontaneamente e osoro fisiológico pode cristalizar e dificultar adeflação do balonete(8, 15)
25. Tracionar o cateter delicadamente atéobter resistência;
Posicionar o balonete na base da bexiga egarantir a drenagem da urina (8, 15)
26. Masculino: Reposicionar o prepúcio; Evitar a retração e constrição do prepúciona base da glande e prevenir a parafimose(edema da glande) (11,15,20)
27. Fixar o cateter com a fitahipoalergênica, deixando uma folga,permitindo livre movimentação dosmembros inferiores;Masculino: fixar na região supra-púbica ouna face anterior da coxa;Feminino: fixar na região da face interna dacoxa;
A ficção correta impede a tração do catetere minimiza o risco de traumas uretrais e nocolo vesical(8, 13,15)
28. Colocar a bolsa coletora na parteinferior da cama do mesmo lado em que foifixado o cateter, abaixo do nível da bexiga;
Garantir a drenagem por gravidade(16).Evitar a tração do cateter e o refluxo deurina(8, 13,15)
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Técnica Fixar o cateter, Homens: na região supra-púbica ou na porção
superior da coxa, Mulheres: face interna da coxa deixando uma folga
Colocar a bolsa coletora na parte inferior da cama da cliente do mesmo lado em que foi fixada o cateter vesical, abaixo do nível da bexiga, e observar o volume drenado e as características da diurese
Procedimento Justificativa
29. Observar o volume drenado e ascaracterísticas da urina;
Monitorar a drenagem adequada deurina(8,15)
30. Recolher o material usado ecolocá-lo na bandeja;
Manter o ambiente organizado (8)
31. Retirar as luvas; Reduzir disseminação demicroorganismos(13,15)
32. Identificar a bolsa coletora comdata, hora, nº do cateter utilizado,volume injetado no balonete, nome doexecutor da técnica;
Promover a segurança do paciente.
33. Reposicionar confortavelmente apaciente e certificar-se que a pele e acama do paciente estão secos;
Evitar lesões de pele(8),restaurar oconforto e a segurança(16)
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Coletor de perna
15/10/12.15horas – Realizado cateterismo vesical dedemora, sem intercorrências, utilizado cateter foley duasvias,nº14, insuflado balão com 10ml de água destilada. Nomomento da cateterização drenado 200ml de urina semalterações macroscópicas, com odor característico,transparente e sem sedimentos (Fabiana – Enf.a COREN 00)
16/10/12 – 10horas – Desprezados 500ml de urina semalterações macroscópicas (Fabiana – Enf.a COREN 0000).
16/10/12- 12horas – Desprezados 600ml de urinaconcentrada, odor amoniacal e com sedimentos. Orientadoaumento da ingestão hídrica (Fabiana – Enf.a COREN 0000).
Anotação de Enfermagem
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Não existe recomendação embasada em pesquisa depadronização de tempo para troca rotineira do cateter. A troca deve considerar a avaliação do paciente e ofuncionamento do cateter. Fatores que influenciam o tempode permanência do cateter: ingestão hídrica e alimentar, pHda urina, histórico de incrustações, ITU.
Critérios adicionais (WOCN, 2009): categoria 1 – sem depósitos de sedimentos, sem ITU,sem dificuldade para cateterização – avaliação a cada 2semanas e troca entre 8 a 12 semanas ( 2-3 meses) categoria 2 – depósitos de sedimentos (arenosos), ITU éfrequente, dor ou dificuldade na cateterização, remoçãocom dificuldade: troca mensal ou mais frequente senecessário.
Troca do cateter vesical de demora
CVD: troca recomendada quando houver:
obstrução do cateter ou tubo coletor
sempre que houver violação do sistema fechado (trocartodo o sistema para diminuir a chance de infecção)
mal funcionamento do cateter
extravasamentos e vigência de febre de origemindeterminada
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Retirada do Cateter Vesical de Demora
Usar as precauções padrão
Esvaziar a bolsa coletora
Anotar as características da urina no coletor
Usar seringa com bico ou agulha p/ esvaziar o balão.
Observar o volume de água que retorna na seringa
Desprezar sistema coletor e cateter
Pedir para o paciente ingerir líquidos se não houver
restrição e avisar quando urinar
Observar as características da diurese espontânea após
a retirada do cateter e registrar no prontuário
Utilizado para drenar a urina presente na bexiga antes de procedimentos oupara alívio imediato
Clientes com bexiga neurogênica
Obtenção de amostra estéril de urina
Exame de urina residual após esvaziamento espontâneo da bexiga
Cateterismo vesical de alívio
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OS PASSOS DOS PROCEDIMENTOS SÃO OS MESMOSCOM EXCEÇÃO AOS ITENS :
Enchimento do balão – cateter não será permanente – nãohá balão
Uso de coletor fechado – não irá usar. A diurese édesprezada na cuba rim ou em frasco graduado para mediro volume
O cateter é retirado após o esvaziamento da bexiga
Cateterismo vesical de alívio
Alta incidência (35 a 45%)
Aumento do custo da assistência
Aumento do tempo de internação (0,6 a 5,1 dias)
Cerca de 80% das ITU - relacionadas ao uso de catetervesical
Fatores de risco: tempo de cateterismo longo, sexofeminino, idosos, DM, politraumatizados, insuficiênciarenal, internação em UTI
Etiologia- Germes prevalentes: bacilos gram negativose Enterococos da flora fecal (E.coli)
ITU associada ao uso do cateter vesical de demora
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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
PORTAS DE ENTRADA
CAUSAS DA ITU RELACIONADA AO CATETER VESICAL
Inadequada preparação da área peri-uretral antes dainserção do cateter
Técnica inadequada na instalação do cateter
Trauma ou necrose na uretra por pressão do meato(cateter calibroso)
Contaminação na região de conexão do tubo decateter (desconexão- irrigação)
Sistema coletor aberto, contaminação das bolsascoletoras e refluxo para a bexiga
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
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Manter o CVD o menor tempo possível
Nunca abrir o sistema fechado
Manipular o sistema com técnica asséptica
Coletar urina para exame por aspiração – desinfecção com álcoolno local apropriado
Desinfecção da válvula de esvaziamento antes e depois doprocedimento
Não esvaziar bolsas de diversos pacientes ao mesmo tempo semusar as precauções padrão
Utilizar um frasco coletor para cada paciente
RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS PARA PREVENÇÃO DAS ITUs
Intervenções de enfermagem Monitorar a eliminação urinária (frequência,
características) – para ter base para comparação Questionar possíveis dificuldades de eliminação urinária Treinar o paciente para eliminação urinária em repouso
antes de procedimentos cirúrgicos Orientar o paciente a esvaziar a bexiga com frequência Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da
bexiga Clampar a extensão do coletor quando transportar o
paciente para maca, troca de leito. Desclampar a seguir Fixar o cateter sempre assegurando posição anatômica
no homem e mulher Higiene íntima frequente e inspeção do cateter
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Cateter suprapúbicoProcedimento médico
Colocação cirúrgica de um cateteratravés da parede abdominal,acima da sínfise púbica p/ dentroda bexiga
Tem a finalidade de desviar aurina da uretra
O cateter é fixado c/ sutura oupelo seu dispositivo (balão oudispositivo próprio na ponta docateter)
Esvaziamento é feito no coletor
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Cateterismo intermitente – técnica limpa Utilizado para pacientes com bexiga neurogênica para esvaziar
a bexiga em intervalos regulares (4 a 6x/dia)
Bexiga Neurogênica
Refluxo,
Hidronefrose
Infecção urinária
Diurese residual,
Distúrbio do fluxo
urinário/ Incontinência
Lesão Medular
Deterioração da função renal
AS
BH
, 2009
AS
BH
, 2009
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Cateterismo vesical intermitente
Autocateterismo: realizado pelo próprio paciente.
Cateterismo assistido: realizado por outra pessoa (profissional de enfermagem, cuidador, familiar, etc)
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Referências Bibliográficas PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e
competências de enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 640p.
POTTER, PA; PERRY, AG. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro, Editora MOSBY, 2009.
TAYLOR, C; LILLIS, C; LEMONE, P. Fundamentos de Enfermagem: A arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 3ª ed, ARTMED, 2007.
McCLOSKEY, JC; BULECHEK, GM. Classificação das Intervenções de Enfermagem. (NIC). 3ª ed. São Paulo:Artmed, 2004.
NEWMAN, D. K., WILLSON, M. M. Review of intermittent catheterization and current best practices. Urologic nursing, 31(1), 12-28, 48, 2011.
Vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=LqCTFSow_bw&feature=related
http://www.medicalvideos.us/play.php?vid=1289