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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3
ELISANGELA DOS SANTOS CONCEIÇÃO
OS DESAFIOS INERENTES A ROTINA DA COORDENADORA PEDAGÓGICA NA ESCOLA MUNICIPAL EDGAR SANTANA
Cruz das Almas 2015
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ELISANGELA DOS SANTOS CONCEIÇÃO
OS DESAFIOS INERENTES A ROTINA DA COORDENADORA PEDAGÓGICA NA ESCOLA MUNICIPAL EDGAR SANTANA
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientador: Prof. Francineide Bárbara Silveira do
Nascimento.
Cruz das Almas 2015
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ELISANGELA DOS SANTOS CONCEIÇÃO
OS DESAFIOS INERENTES A ROTINA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA ESCOLA MUNICIPAL EDGAR SANTANA
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador.____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________
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Dedico esta conquista a meu filho Pedro Manoel, presente de Deus, que enche a
minha vida de sentido e alegria, fonte da minha inspiração e determinação que me
impulsionou a superar todos os obstáculos para concluir esta caminhada; ao meu
esposo Edson, companheiro no amor e na vida, pelo incentivo, por acreditar em mim
por compreender as minhas ausências.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, por me permitir mais esta conquista.
A meus familiares, pelo apoio neste momento. A todos, meu muito obrigado.
A meu orientador, Prof. Francineide Bárbara Silveira do Nascimento, pela paciência
e competência ao me auxiliar nesta jornada.
À Faculdade de Educação da UFBa e ao Programa Escola de Gestores, por levarem
a cabo esta iniciativa que beneficia tantos Coordenadores Pedagógicos como eu.
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Há outra questão a considerar: a amplitude do olhar. Ou seja,
há um olhar imediato de curto alcance, um olhar que nos faz
chegar às pessoas e aos problemas do cotidiano. Mas há outro
olhar, mais amplo, que nos faz projetar o futuro, o que
desejamos construir a médio e a longo prazos. (ALMEIDA,
2010,p; 71)
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CONCEIÇÃO, Elisangela. Os Desafios Inerentes a Rotina do Coordenador
Pedagógico na Escola Municipal Edgar Santana. 2015. Projeto Vivencial
(Especialização) – Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo Refletir acerca dos desafios presentes na rotina da coordenadora pedagógica na Escola Municipal Edgar Santana. Discute-se a rotina da coordenadora nesta unidade de ensino, as mais variadas atribuições que lhe são conferidas assim como elucida o campo de atuação desta profissional, a necessidade de superação das dificuldades encontradas e fragilidades da sua formação. Destaca-se a importância desta profissional promover a formação continuada dos(as) professores(as), assim como investir em sua própria formação para que possa aprimorar a sua prática pedagógica e contribuir para o aperfeiçoamento da prática docente. Utilizando-se do método da pesquisa-ação, foi aplicado um questionário, onde a partir dos resultados obtidos foi apresentada uma proposta de intervenção direcionada a esta unidade de ensino, onde busca-se sanar as necessidades constatadas, tendo como base ações sistematizadas pela coordenadora pedagógica, com a participação e envolvimento do coletivo.
Palavras Chave: Reflexão. Formação. Prática Pedagógica. Superação.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AC Atividade Complementar
CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica
CP Coordenador Pedagógico
UFBA Universidade Federal da Bahia
IBEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 09
1 MEMORIAL................................................................................................. 10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................. 15
3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 20
3.1 METODOLOGIA.......................................................................................... 21
3.2 APRESENTAÇÃO DAS AÇÕES................................................................. 24
3.4 CRONOGRAMA DAS AÇÕES.................................................................... 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 27
REFERÊNCIAS........................................................................................... 28
APÊNDICE.................................................................................................. 29
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Introdução
A proposta aqui apresentada cumpre a solicitação do curso de Especialização em
Coordenação Pedagógica – Programa Nacional Escola de Gestores da Educação
Básica, promovido pela Faculdade de Educação da UFBA – Universidade Federal
da Bahia, como trabalho de conclusão de curso – Projeto Vivencial TCC/PV –
CECOP 3.
O objeto de estudo que direciona este projeto é intitulado: Os Desafios Inerentes à
Rotina da Coordenadora Pedagógica na Escola Municipal Edgar Santana.
Apoiando-se em autores como: Franco, 2010; Clementi, 2010 e Miziara, 2014
busca-se refletir sobre as dificuldades que o Coordenadora Pedagógica encontra
para desenvolver a sua prática, assim como propor estratégias para que esta
profissional possa aperfeiçoar o seu fazer pedagógico.
O método utilizado no desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa-ação, com
aplicação de questionário composto por questões abertas para os professores do
diurno.
A partir da análise dos dados obtidos através do questionário, é apresentado um
projeto de intervenção para ser desenvolvido no interior da escola, com o propósito
de sanar os problemas encontrados.
Refletir sobre as questões que permeiam a prática da Coordenadora Pedagógica é
imprescindível, pois a mesma precisa ter clareza e segurança das suas atribuições e
priorizá-las no exercício das funções diárias. Para tanto faz-se necessário também
que consiga identificar os obstáculos que se colocam à frente do seu trabalho para
que possa buscar meios de superá-los. Percebendo-se como um instrumento de
transformação da realidade, resgatando a potência da coletividade, gerando
esperança. Fonseca (2001), Apud Lima e Santos (2007).
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Memorial
O presente memorial é parte integrante do componente curricular TCC-PV e cumpre
a exigência do trabalho de conclusão do curso de Especialização em Coordenação
Pedagógica – CECOP 3- Universidade Federal da Bahia - UFBA.
Tem por função relatar a história da minha vida acadêmica e profissional, os fatos
mais importantes da minha caminhada. Assim como relatar as minhas expectativas
para o futuro.
No segundo semestre de 1998 iniciei o curso de graduação em licenciatura em
Pedagogia na Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS. Após ter ouvido
de um colega que eu não conseguiria neste curso, nesta universidade, por ser
concorrido, eu me sentira duplamente realizada.
Durante o curso participava de todas as atividades intensamente. A cada semestre o
amor pela Pedagogia aumentava, participava dos seminários, congressos, semanas
pedagógicas e grupos de estudo, em fim buscava qualquer possibilidade que me
trouxesse mais conhecimento. Conclui a graduação em 2002. Foi um dos momentos
mais felizes da minha vida, muito embora neste momento já houvesse passado por
algumas desilusões e mesmo amando a área de educação pensava em seguir a
área de Recursos Humanos. A falta de reconhecimento e valorização do profissional
de educação me deixava e ainda deixa muito triste.
Em 2003 ingressei em um curso de especialização em Recursos Humanos – RH,
porém não me identifiquei e decidi não concluir, percebi que o que me motivava era
fazer educação. Neste período fui aprovada em uma seleção e comecei a atuar
como Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental Anos Iniciais, no município
de Cabaceiras do Paraguaçu. Diante das inquietações dos(as) professores(as) e do
que observava nas salas de aula acerca das dificuldades de aprendizagem dos
alunos, senti a necessidade de conhecer mais sobre a questão, para poder propor
intervenções apropriadas aos professores e para fundamentar melhor a minha
prática.
Ingressei então no curso de especialização em Psicopedagogia pelo Instituto do
Conhecimento Latino Americano- ICLA . O curso não foi tudo o que esperei, mas me
ajudou a ter uma melhor compreensão dos problemas de aprendizagem enfrentados
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no cotidiano escolar. De certo contribuiu de maneira significativa para o desempenho
da função de Coordenadora Pedagógica, uma vez que não tinha a intenção de
clinicar.
Paralelo ao curso de especialização fiz um curso de Inglês no Fisk. Frequentava aos
sábados, era maravilhoso, a aprendizagem se dava de forma dinâmica, era uma
terapia. Fiz dois anos de curso que somaram bastante à minha formação.
Por acreditar que o ser humano deve estar em constante processo de formação,
pois não somos seres acabados, busco sempre cursos que possam aperfeiçoar a
minha prática pedagógica. Considerando, ainda que a construção da aprendizagem
não se dá de maneira estática, que é um processo dinâmico, devendo acompanhar
as transformações e novas exigências da sociedade atual, é imprescindível que
Coordenador Pedagógico atualize e fundamente a sua prática em bases teóricas
sólidas e científicas.
Para Helena e Christov ( 1998, P. 9 ) a educação continuada se faz necessária pela
própria natureza do saber e do fazer humanos como práticas que se transformam
constantemente. A realidade muda e o saber que construímos sobre ela precisa ser
revisto e ampliado sempre.
Em 2010 tive uma rica experiência com o Programa de Formação para Gestores-
Progestão. O curso focava em instrumentalizar a equipe gestora nas várias
dimensões que envolvem a administração escolar, a partir da implementação de
uma gestão democrática. O Programa foi idealizado pela Secretaria da Educação do
Estado da Bahia e ofertado nos municípios em parceria com as Secretarias
Municipais de Educação.
Nos anos de 2011 e 2012 participei do curso de formação do Pacto pela
Alfabetização na Idade Certa. Os encontros aconteciam em Salvador ou Santo
Amaro. Visava formar multiplicadores que desenvolviam as formações com os
professores alfabetizadores do 1º Ano, nos municípios. A experiência foi riquíssima.
A formação continuada é um investimento que os sistemas de ensino devem
administrar com seriedade, mas acima de tudo deve ser um compromisso que todo
profissional de educação deve assumir. A motivação por esta busca vem também da
consciência de que minha formação inicial não me proporcionou as habilidades
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necessárias para o exercício da função de Coordenadora Pedagógica e também a
responsabilidade e seriedade com desenvolvo minha profissão.
A minha trajetória na vida profissional deu-se início no ano de 1997, quando iniciei o
estágio do curso de Magistério, aos 17 anos, em uma turma de 4ª série. A
experiência foi desafiadora, pois a classe era lotada, os(as) alunos(as) agitados(as)
e a professora regente praticamente não apareceu na escola durante todo o estágio.
Nos primeiros dias ficava apavorada cada vez que tinha de iniciar a aula, mas a
convicção daquilo que queria me fez vencer os medos e superar aqueles primeiro
desafios, contei com a ajuda dos colegas, dos professores da escola e é claro de
Deus. Descobri que se quisesse ser uma boa professora teria que estudar muito.
Ao concluir o curso de Magistério ingressei no Pré-vestibular, pois já havia decidido
fazer Pedagogia. Ingressei na Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS
em 1998, no ano seguinte comecei a lecionar na Escola Básica Desta Universidade
em uma turma de 2ª série. Tratava-se de uma escola modelo, contava com uma
equipe escolar completa e preparada e um ambiente propício para a construção do
conhecimento. Os alunos eram filhos dos funcionários da Universidade. A turma
tinha um nível de desenvolvimento cognitivo muito bom. Havia alguns problemas de
comportamento, mas de aprendizagem nenhum. Jamais me esqueci dessa
experiência, porque foi muito positiva, me realizava com aqueles alunos.
Em dezembro de 2002 conclui a Licenciatura em Pedagogia e em 2003 fui chamada
para lecionar em algumas escolas da Rede Particular de Feira de Santana. Optei
pela Escola O Pequeno Príncipe. Comecei a trabalhar na Educação Infantil, no
grupo de cinco anos. Era maravilhoso constatar em sala de aula aquilo que acabara
de aprender na Universidade, como se dava a construção do conhecimento na
criança. Foi mágico quando meu primeiro aluno começou a ler, fui tomada por uma
grande emoção. Entretanto a escola não adotava livros, todas as atividades eram
elaboradas por mim, mas deveriam ser aprovadas pela diretora que não poupava
esforços na hora de humilhar e mandar refazer. O detalhe é que a mesma havia
concluído o curso de normalista há aproximadamente quarenta anos. A escola não
permitia que o professor trabalhasse dois turnos, exigia dedicação exclusiva, mas
pagava muito mal. Neste momento estava muito desiludida com a profissão, depois
de tanta dedicação a um curso, não conseguia aceitar ganhar um salário mínimo
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trabalhando um turno na escola e dois em casa, para dar conta das exigências da
diretora. Acabei adoecendo e tendo que pedir demissão, voltando para minha cidade
natal Cruz das Almas.
Após me recuperar dos problemas de saúde, já em 2004, fui aprovada em uma
entrevista no município vizinho, Cabaceiras do Paraguaçu, Para trabalhar como
Líder Local do Programa de Regularização do Fluxo escolar, programa do Governo
do Estado em parceria com os municípios, hoje extinto. Foi a minha primeira
experiência em coordenação. A secretária da época gostou dos resultados do meu
trabalho e me contratou para também compor a equipe de coordenação pedagógica
dos Anos Iniciais do município. Aprendi muito com as colegas que ali já estavam,
com os professores que acompanhava e também com os alunos.
Outro ponto positivo dessa experiência é que conseguia desempenhar as minhas
funções sem perder de foco os resultados esperados, as minhas atribuições não
eram desviadas. Estava ali para coordenar e era isto que fazia.
A partir dessa experiência fiz as pazes novamente com a Pedagogia. A questão
salarial havia melhorado, apesar de ainda insatisfatória e injusta, porém me sentia
mais feliz trabalhando como Coordenadora Pedagógica. Trabalhei por seis anos
neste município, neste período também coordenei programas de alfabetização de
jovens e adultos, a saber, AJA Bahia e Alfabetização Solidária.
No ano de 2006 fui aprovada em dois concursos públicos para Coordenação um em
Cruz das Almas e o outro da Secretaria de Educação do Estado, este segundo foi
uma decepção, poucos candidatos foram convocados, minha convocação aconteceu
em 2013, porém a nomeação não aconteceu até o presente momento.
Fui convocada em Cruz das Almas em setembro de 2007 quando comecei a
trabalhar inicialmente em uma escola que ofertava Ensino Fundamental- anos finais,
depois fui chamada para compor o quadro da Secretaria Municipal de Educação
deste município, onde juntamente com outra colega de trabalho coordenava o
Ensino Fundamental - anos iniciais.
A equipe que compunha a Secretaria, especialmente o Departamento de Ensino era
maravilhosa, ali fiz verdadeiras amizades, além de ter sido uma grande escola.
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Em 2013, após mudança de gestão, fui encaminhada para uma escola de Anos
finais, mas pedi remoção para Escola Municipal Comendador Temístocles que
atende a alunos dos anos iniciais e Educação de Jovens e Adultos -EJA, onde
trabalho atualmente.
De todos os espaços onde trabalhei nesta unidade de ensino é onde tenho mais
dificuldade para desenvolver o meu trabalho. Outro desafio é a forma de gestão que
não comunga com as ideias do corpo docente e coordenação, além de ter que
assumir a função de outros funcionários que a escola não possui como digitador e
instrutor de disciplina.
Apesar do contexto apresentado, dos desafios a serem superados, alguns já estão
sendo, amo o meu trabalho. E é justamente pensando em melhorar a qualidade da
educação produzida e ofertada nesta escola que me disponho a desenvolver um
projeto de intervenção neste espaço.
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Fundamentação Teórica
Este projeto vivencial discute a rotina da Coordenadora Pedagógica no interior da
Escola Municipal Edgar Santana, e os desafios enfrentados pela mesma na
execução do seu trabalho.
Os obstáculos enfrentados pela coordenação pedagógica não se restringe apenas a
realidade desta unidade de ensino, ou apenas às escolas deste município – Cruz
das Almas, mas é sabido que infelizmente é uma realidade nacional. (Guimarães,
2007. Apud, Miziara; Ribeiro ; Bezerra, 2014) destaca o “desatino” dos
coordenadores que são esmagados pelas mais diversas obrigações, como
improvisação de horários, controle na entrada e saída dos alunos, atividades
burocráticas, dentre outros. O coordenador transforma-se, então em um faz tudo,
com um sentimento de que nada faz, ou pelo menos quase nada de pedagógico.
Mesmo este profissional tendo consciência do seu papel, acaba por assumir outras
funções, que são emergenciais e que comprometem o funcionamento da escola, até
mesmo porque ao se recusar a fazê-las, poderia provocar situações conflituosas.
(Alves, 2007, p.39. Apud. Miziara; Ribeiro; Bezerra, 2014), afirma ser a função
precípua do Coordenador Pedagógico, planejar, executar e validar as ações que
viabilizem uma transformação efetiva da prática pedagógica no ambiente escolar. Os
desvios de função, impostos pela carência de recursos humanos da instituição, gera
um sentimento de impotência, pelo fato da Coordenadora não conseguir priorizar as
suas atribuições, comprometendo assim o seu desempenho.
Tal situação gera descontentamento à própria coordenadora e a equipe,
especialmente ao corpo docente, que cria expectativas a partir da chegada da
mesma na unidade escolar. Uma vez que é fundamental ao coordenador
proporcionar a articulação crítica entre o professor e o seu contexto; entre teoria
educacional e prática educativa. (FRANCO, 2008, p. 120) .
Outro fator que também dificulta a atuação deste profissional da educação é a sua
formação inicial que na maioria dos casos é deficiente, não desenvolve as
habilidades necessárias para o exercício da profissão, quando muito prepara o
Pedagogo para a sala de aula, o que é de suma importância. Porém no universo de
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uma escola a educação não se faz apenas em sala de aula, muito menos com
apenas duas pessoas envolvidas no processo. Os cursos de Pedagogia são
ineficazes e limitados, quando não atendem às necessidades que a sociedade hoje
cobra do professor e do coordenador. Muitos cursos sequer oferecem disciplinas
voltadas para coordenação, supervisão ou orientação pedagógica.
FRANCO (2008, p.120) assinala que:
Para trabalhar com a dinâmica dos processos de coordenação
pedagógica na escola, um profissional precisa ter, antes de tudo, a
convicção de que qualquer situação educativa é complexa,
permeada por conflitos valores e perspectivas, carregando um forte
componente axiológico e ético, o que demanda um trabalho
integrado, integrador, com clareza de objetivos e propósitos e com
um espaço construído de autonomia profissional.
A falta de conhecimento técnico acerca do seu papel, de suas responsabilidades,
também impossibilita a coordenadora de se auto afirmar, de se impor no ambiente
de trabalho e de superar os desafios que se colocam em seu caminho.
As escolas necessitam da presença e intervenções desta profissional. Cabe à
mesma a função de organizar e acompanhar as questões pedagógicas, incentivar o
trabalho coletivo de maneira crítica e reflexiva, motivando e propondo as mudanças
necessárias, a partir da tomada de consciência dos(as) envolvidos(as) no processo,
para que a escola ensine cada vez melhor e os alunos e alunas aprendam de forma
prazerosa e significativa.
Mas, para que isto aconteça, é preciso que a coordenadora busque investir em sua
formação compreendendo-a como um processo contínuo e inacabado, pois a
sociedade requer do educador, a todo o momento, novos conhecimento e
habilidades para serem ensinados aos(as) alunos(as) a lidarem com as novas
exigências deste novo tempo, a era do conhecimento e da tecnologia. A busca pela
qualificação profissional é imprescindível, par que a coordenadora possa continuar
no exercício de sua função, uma vez que vários estudiosos, inclusive Miziara;
Ribeiro; Bezerra (2014), apontam ser a tarefa primordial da Coordenadora
Pedagógica a formação continuada dos professores .
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Precisa empreender esforços para desenvolver um trabalho planejado, objetivo e
sistemático, priorizando as tarefas inerentes as suas atribuições, visando o
cumprimento daquilo que planejou baseado nas necessidades da realidade a qual
está inserida, evitando assim ser direcionada por ações emergenciais e isoladas.
Atualmente muito tem-se discutido acerca do papel da coordenadora pedagógica.
Diante das exigências sociais, das rápidas transformações nas diversas esferas do
conhecimento e considerando que a escola está inserida neste contexto, exige-se
dos(as) profissionais de educação, especialmente da coordenadora um processo de
formação contínua, no sentido de contribuir efetivamente para que a educação que
se produz na escola acompanhem tais mudanças e exigências.
Miziara; Bezerra; Ribeiro(2014, p. 12), são enfáticos: A coordenação é reconhecida
como principal instância formadora de professores, caracterizada em suas
possibilidades e dificuldades na organização das mais diversas dinâmicas
formativas.
Entretanto o que se percebe é um descompasso entre as atribuições que são
delegadas à coordenadora e as condições estruturais que a escola lhe oferece.
Então além de dar conta de suas responsabilidades, precisa fazê-lo em um contexto
“organizado” para que este fazer pedagógico não aconteça ou seja seriamente
comprometido. Segundo Clementi (2010) lhe são atribuídas tantas funções,
burocráticas, acadêmicas e disciplinares que acabam lhe tirando o foco,
comprometendo a sua dedicação e reforçando um sentimento de frustação por não
conseguir fazer aquilo que tem consciência ser essencial.
O Sistema Municipal de Ensino ao qual a Escola Edgar Santana está inserida, não
dialoga com a coordenação nem sinaliza o que espera da mesma no que se refere à
condução do trabalho pedagógico. Não existem metas propostas, um plano de ação
que contemple as escolas de séries iniciais, ou que se faça conhecer. Não existe um
planejamento ou orientações específicas advindas da Secretaria Municipal de
Educação. Trabalha-se de maneira “autônoma”; outro obstáculo a ser superado é a
falta de um ambiente de trabalho organizado e equipado para que a coordenação
possa refletir e organizar as atividades a serem desenvolvidas. Não existe o aparato
mínimo para que se possa atender às demandas. A identidade da coordenadora fica
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seriamente comprometida. Em um contexto como o que se apresenta sem
integração entre a Secretaria Municipal de Educação ou outras unidades de ensino e
em um espaço onde não se oferece as condições mínimas, o desempenho desta
profissional sem dúvida fica limitado.
Constata-se, assim que a contradição interna de certas estruturas
escolares é um fator que intervém na atuação do coordenador, já que
incentiva a construção de práticas isoladas, não contribuindo para
uma cultura de intercâmbio – de experiências, de saberes, de teorias
– entre educadores de uma mesma escola e de escolas diferentes.
CLEMENTI (2010, p. 62.).
Porém, vale ressaltar que tais questões estão sendo pontuadas não para que haja
uma resignação diante delas, as circunstâncias não podem engessar o trabalho da
coordenadora. A mesma pode escolher entre se apegar aos obstáculos, e
estabelecer um abismo entre o que acredita e o que pode fazer ou pode
redimensionar os seus objetivos, a partir de um processo de reflexão-ação-reflexão,
considerando a realidade existente, suas crenças e valores, assim como as
necessidades da escola onde atua. Dessa forma poderá ressignificar a sua prática e
conquistar o respeito e a credibilidade da equipe.
A rotina escolar se configura em um processo dinâmico e intenso, para assumir uma
função como esta se faz necessário que a coordenadora tenha algumas habilidades
como liderança, organização, poder de argumentação, conhecimento técnico,
embasamento teórico, uma prática alicerçada em convicções sólidas. Porém é fato
que enquanto as instituições ou órgãos reguladores conceberem esta profissional
como um faz tudo dentro da escola, a melhoria do processo ensino aprendizagem
ficará comprometida. Por mais que a coordenadora tenha consciência da
importância do seu papel e venha tentando desempenhá-lo em meio a esta
realidade um tanto perversa, é difícil focar na essência da profissão e visualizar os
resultados do seu trabalho. Clementi, (2010), assinala que muitas estruturas de
ensino não legitimam o papel do coordenador, garantindo-lhe espaço e status dentro
da escola e que essa diferença de tratamento dada pelas instituições a tais questões
influencia a qualidade do trabalho educacional.
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A falta de integração entre Sistema Municipal de Ensino, a falta de um ambiente
minimamente favorável ao desenvolvimento do trabalho pedagógico, o excesso de
atribuições e deficiência no processo de formação da coordenadora pedagógica, são
apontados aqui como principais fatores que interferem na qualidade das ações
desenvolvidas por esta profissional. O contexto de uma escola é e deve ser
dinâmico, pois o local de construção de saberes não pode ser estático. Porém, este
ambiente deve favorecer a atuação dos profissionais nele inseridos. Do contrário a
coordenadora sofre o que Franco (2008) chama de desprestígio social da profissão
e descaracterização da identidade coletiva da classe.
Franco (2008, p.128), ressalta ainda que um coordenador
pedagógico sozinho, por mais competente que seja, não conseguirá
imprimir as marcas de uma dinâmica pedagógica se a instituição e
seus contornos administrativos/políticos não tiverem totalmente
comprometidos, envolvidos e conscientes dos princípios pedagógicos
que o grupo elegeu para conduzi-los.
Faz-se necessário, entretanto, que a coordenadora pedagógica reflita sobre a sua
prática. Não paralise diante das constatações dos desafios que lhes são postos, mas
sim busque meios de revertê-los. O seu processo de busca e investigação precisa
ser diário, para que possa também delinear suas possibilidades pessoais e
profissionais. Precisa encontrar em meio à estrutura escolar a qual está inserida, as
possibilidades de superação que existem.
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Proposta de Intervenção
A presente Proposta de Intervenção tem como objetivo promover ações que
possibilitem a reflexão e tomada de decisão da Coordenadora Pedagógica, gestora
e docentes, no sentido de possibilitar maior organicidade e aperfeiçoamento das
práticas pedagógicas desenvolvidas na escola. Para isto busca-se construir o plano
de ação da coordenadora pedagógica, articulado com o plano de ação da escola;
realizar oficina sobre a importância do diálogo no ambiente de trabalho; promover
momentos para o estudo coletivo do Estatuto do Magistério e realizar o AC na
escola sob orientação da Coordenadora Pedagógica.
Caracterização da unidade escolar
A Escola Municipal Edgar Santana está situada a Av. Getúlio Vargas, no Centro da
cidade de Cruz das Almas –Bahia. Atende a alunos e alunas do Ensino Fundamental
– anos iniciais e na modalidade de Educação de Jovens e Adultos - EJA no turno
noturno. Atende a um total de 347 (trezentos e quarenta e sete) alunos. A instituição
conta com 06 (seis) salas de aulas, sendo 10 (dez) turmas de Séries Iniciais e 02
(duas) turmas de Eja; uma sala onde funcionavam as oficinas do Programa Mais
Educação, uma secretaria, onde funciona também a reprografia, sala da Direção que
também é a sala dos professores, 02 (dois) banheiros para funcionários, cozinha,
depósito que serve para guardar a merenda e matérias escolares, sanitário feminino
e masculino, pátio pequeno que não comporta todos os alunos, por isso o intervalo é
dividido. O corpo de funcionários conta com diretora, vice-diretora, 01 agente
administrativo, 01 agente de portaria, 02(dois) profissionais de limpeza, duas
merendeiras, 09(nove) professoras e uma coordenadora pedagógica. A escola
necessita ainda de outros profissionais como digitador, mais um agente de portaria,
secretário escolar e um auxiliar de disciplina. A falta destes profissionais dificulta
bastante o andamento das atividades, pois desvia alguns profissionais das suas
atribuições e sobrecarrega outros.
Os pais, mães e responsáveis de modo geral são presentes na escola e participam
da vida escolar dos filhos. Apesar de a escola necessitar ainda de alguns ajustes,
possui O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB é de 5.1, o melhor
da cidade para este nível de ensino na Rede Pública.
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Metodologia
A partir do objeto de estudo apresentado, os desafios inerentes à rotina da
Coordenadora Pedagógica na Escola Municipal Edgar Santana, busca-se refletir
sobre os desafios enfrentados pela coordenadora pedagógica na referida escola,
assim como propor estratégias de superação visando o aperfeiçoamento da prática
pedagógica desta profissional.
Para tanto o método de pesquisa utilizada será de pesquisa-ação, pois a mesma
permite uma maior interação entre o pesquisador e o objeto de pesquisa, sem
perder seu rigor científico. Para Thiollent (1996, p. 3) Os temas e problemas
metodológicos apresentados a partir da pesquisa-ação são limitados no contexto da
pesquisa com base empírica, isto é, da pesquisa a descrição de situações concretas
e para a intervenção ou ação orientada em função da resolução de problemas
efetivamente detectados na coletividade considerada.
Considerando a natureza de um projeto de intervenção é importante ressaltar a
coerência com o método da pesquisa-ação. Thiollent (1996, p. 10) assinala ainda
que neste método existem objetivos práticos de natureza bastante imediata: propor
soluções quando for possível e acompanhar ações correspondentes, ou, pelo
menos, fazer progredir a consciência dos participantes no que diz respeito à
existência de soluções e de obstáculos.
Para esta investigação foram realizados num primeiro momento, estudos teóricos a
partir de livros e artigos acadêmicos, a fim de conhecer melhor o problema e buscar
suporte teórico para a condução da pesquisa.
Num segundo momento foi apresentado o Projeto de Intervenção à Direção e em
seguida aos professores, pra que todos conhecessem os objetivos do trabalho. Na
ocasião também foi solicitada autorização para a aplicação do questionário com os
docentes do diurno da escola Edgar Santana.
Para Markoni e Lakatos (2003, p. 200) o questionário é um instrumento de coleta de
dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser
respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Para os autores este
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instrumento também possui algumas vantagens, que justificam a sua escolha nesta
pesquisa: atinge maior número de pessoas simultaneamente; Há maior liberdade
nas respostas, em razão do anonimato; Há mais segurança, pelo fato de as
respostas não serem identificadas; Há menos risco de distorção, pela não influência
do pesquisador Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza
impessoal do instrumento. Marconi e Lakatos (2003, p. 202).
As professoras não demonstraram nenhuma resistência para respondê-lo. A
aplicação do mesmo foi de suma importância, pois forneceu subsídios para a
elaboração das intervenções naquela unidade de ensino. Ao passo em que
possibilitou um amadurecimento das ideias e impressões do professor acerca da
atuação da coordenadora pedagógica e dos desafios que a mesma enfrenta na
execução do seu trabalho.
De posse dos questionários respondidos, seguiu-se para a análise dos mesmos. Foi
possível verificar que:
Na questão 1 quando questionados sobre os fatores que interferem no
desenvolvimento do trabalho da coordenadora pedagógica as respostas apontaram
para o fato da coordenação exercer várias funções, a interferência da Secretaria
Municipal de Educação, e a falta de material didático, como as questões que mais
interferem. No entanto para a maioria dos professores o principal fator é a falta de
diálogo entre a direção e a coordenação.
A partir da análise das respostas das professoras é notório a necessidade de gestão
e coordenação investirem no diálogo e no respeito à diversidade de ideias e pontos
de vista, tendo maturidade profissional suficiente para que o consenso prevaleça,
considerando o que for melhor para a coletividade. Pensando na escola enquanto
instituição que tem a tarefa de promover o diálogo, a humanização do humano e sua
emancipação. Adorno(1998), Apud Souza (2009, p. 3).
Na questão 2, onde se trata das funções da coordenadora pedagógica as
entrevistadas demonstraram saber quais as funções desta profissional, respostas
como orientar e dar suporte ao professor, desenvolver projetos e outras atividades,
23
dinamizar o trabalho docente dentro e fora da sala de aula, coordenar a parte
pedagógica da escola, orientar os alunos e dar suporte na convivência escolar foram
sinalizadas por estas. Entretanto as respostas dadas não sinalizam enquanto função
da coordenadora pedagógica promover a formação continuada dos professores e
professoras. Miziara(2014) traz alguns autores como Antunes (2010),Cassalete
(2007) e Horta (2007) que apontam a formação continuada como a função
essencial do coordenador. Percebe-se a necessidade de fazer com a cultura da
formação continuada seja uma constate na escola, cabendo à coordenadora a
responsabilidade de promover esses momentos no interior da própria escola,
buscando juntamente com o grupo aporte teórico para o aperfeiçoamento da prática
docente.
Quando questionados de que maneira o trabalho da coordenadora pedagógica pode
colaborar para melhoria da atuação docente, os professores responderam: através
da troca de experiência, orientando e dialogando com os professores, articulando os
projetos pedagógicos da escola, ajudando com os estudantes, auxiliando com
problemas em sala de aula, viabilizando recursos, sendo facilitador de
relacionamentos. Mediante a análise das respostas obtidas, constata-se que há
coerência um entre as respostas das questões 2 e 3. Ou seja, o corpo docente tem
clareza das atribuições da coordenadora e de como a mesma pode auxiliá-los.
O questionário foi concluído com a seguinte pergunta: na escola é realizada
Atividade Complementar – AC, com foco no planejamento? A maioria respondeu que
o AC é realizado em casa, pois por serem regentes de turmas do Ensino
Fundamental -Anos Iniciais eles não dispõem de tempo para desenvolverem esta
atividade em horário de trabalho, uma vez que acompanham diretamente os alunos
4 (quatro) horas por turno. Os mesmos ainda salientam que se reúnem com a
coordenadora na escola e que as atividades desenvolvidas em casa são orientadas
pela mesma. Entretanto percebe-se a necessidade de desenvolver ações no sentido
da equipe se organizar de modo que possam disponibilizar de mais tempo para os
encontros de AC na escola. Atividades de suma importância, pois possibilita ao
professor e à coordenação momentos de reflexão e tomada de decisões diante dos
problemas observados.
24
Ficou claro que os docentes, conseguem perceber quais as necessidades na
dimensão pedagógica, a escola tem. Soram seguros e coesos em suas respostas. O
grupo tem consciência dos desafios enfrentados pela coordenadora pedagógica,
sinalizando inclusive que a própria equipe, em alguns momentos, dificulta o trabalho
da mesma.
A aplicação do questionário e análise dos dados foi de suma importância para a
coordenadora, pois favoreceu o processo de reflexão ao tempo em que possibilita
um redirecionamento da sua prática. Neste sentido o processo de mudança é
contínuo, uma vez que, ao olhar para a própria prática, descobre-se novas
possibilidades, não imaginadas anteriormente. Clementi (2010, p. 58).
Apresentação das Ações- Proposta de Intervenção
Baseada nos estudos teóricos e da análise dos dados obtidos através do
questionário aplicado aos professores foram traçadas algumas ações com o objetivo
de intervir diretamente sobre a realidade da Escola Municipal Edgar Santos, no
sentido de possibilitar à coordenação pedagógica a superação dos desafios
estruturais apresentados.
1. Construção do plano de trabalho da coordenadora pedagógica, articulado
com o plano de ação da escola. Pretende-se aqui que a coordenadora trace
seus objetivos, metas e estratégias para o ano letivo de 2016. De posse deste
documento a coordenação deverá focar nas ações definidas, dando
prioridade à execução das mesmas;
2. Realização de oficina sobre a importância do diálogo no ambiente de trabalho
envolvendo a equipe escolar. A atividade tem por objetivo provocar a reflexão
e mudança de atitude em todos os envolvidos, especialmente gestão e
coordenação;
25
3. Estudo coletivo do Estatuto do Magistério, observando às orientações para a
realização do AC na escola, para os professores do Ensino Fundamental –
Anos Iniciais;
4. Reunião com gestão escolar para que juntamente com coordenação e
professores se estabeleça horário para a realização da Atividade
Complementar na escola sem prejuízo para os alunos; Realização de Ac na
escola sob orientação da coordenadora pedagógica;
Cronograma das Ações
Descrição de ações e grupos
participantes
Meses
Outubro Novembro Dezembro Fevereiro Março Abril
2015 2016
Pedido de Autorização
para a aplicação do questionário
X
Aplicação do Questionário
X
Tabulação dos dados
X
Construção do Projeto
Vivencial
X
Apresentação do Projeto Vivencial à gestão e
professores
X
Construção do plano de
trabalho da coordenadora pedagógica,
X
26
Estudo coletivo do estatuto do
magistério, observando às
orientações para a
realização da Atividade
Complementar – AC na escola.
X
Reunião com gestão escolar
para que juntamente
com coordenação e professores se
estabeleça horário para a realização da
Atividade Complementar
na escola
X
Realização de oficina sobre a importância do
diálogo no ambiente de
trabalho
X
27
Considerações Finais
A partir do desenvolvimento deste trabalho, que teve como objetivo refletir acerca
dos desafios que o coordenador pedagógico enfrenta para desenvolver o seu papel,
foi possível verificar quais os fatores que limitam a atuação do mesmo. Mas foi
possível perceber também que a Escola Municipal Edgar Santana é passível de
mudanças.
Percebe-se ainda algumas fragilidades da escola pública em questão, como o
direcionamento da coordenação pedagógica para desvios de função, deixando em
segundo plano a sua função primeira que é promover a formação continuada dos
professores e acompanhar as atividades pedagógicas da escola.
Foi possível perceber também, a partir da análise dos dados obtidos através da
aplicação de um questionário, que coordenação pedagógica e gestão precisam
conscientizarem-se que possuem papel de liderança na escola, sendo assim
precisam alinhar o diálogo, desenvolverem um trabalho de parceria , visando uma
educação de qualidade para a instituição a qual fazem parte.
Nesse sentido foram pensadas algumas ações para este projeto vivencial como:
Construção do plano de trabalho da coordenadora pedagógica; Realização de
oficina sobre a importância do diálogo no ambiente de trabalho envolvendo a equipe
escolar e implantação da Atividade Complementar, sob orientação da coordenadora
pedagógica, na escola.
Espera-se a aplicação do projeto minimizem os desafios apontados e tenha um
impacto positivo sobre a prática da coordenadora pedagógica trazendo resultados
satisfatórios para a escola como um todo.
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Referência Bibliográfica
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. 7ª ed. Editora Cortez. São Paulo, 1996.
GUIMARÃES, Archangelo Ana et al. O Coordenador Pedagógico e a Educação Continuada. Edições Loyola, São Paulo. 10ª Edição, 1998.
ALARCÃO, Isabel. Org. Escola Reflexiva e Nova Racionalidade. Artmed Editora, Porto Alegre, 2001.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da Metodologia Científica. 5ª ed., Editora Atlas S.A., São Paulo, 2003.
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Coordenação Pedagógica: Uma Práxis em Busca de Sua Identidade. Revista Múltiplas Leituras, v.1, n.1, p. 117-131, jan/jun. 2008. LIMA, Gomes Paulo; SANTOS, Sandra Mendes Santos. O Coordenador Pedagógico na Educação Básica: Desafios e Perspectivas. Educere Et Educere Revista de Educação. Vol.2, nº 4, jul/dez. p. 77-90, 2007. CLEMENTI, Nilba. A Voz dos Outros e a Nossa Voz. Alguns Fatores que Intervêm na Atuação do Coordenador. In: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza (Orgs). O Coordenador Pedagógico e o Espaço de Mudança. São Paulo, Edições Loyola, 2010. ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. O Relacionamento Interpessoal na Coordenação Peadgógica. In: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza (Orgs). O Coordenador Pedagógico e o Espaço de Mudança. São Paulo, Edições Loyola, 2010. MIZIARA, Leni Aparecida Souto; RIBEIRO, Ricardo; BEZERRA, Giovani Ferreira. O que Revelam as Pesquisas Sobre a Atuação do Coordenador Pedagógico. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.95, nº 241, p. 609-635, set-dez, 2014.
APÊNDICE A – modelo do questionário aplicado
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1.Na sua opinião existem fatores que interferem no desenvolvimento do trabalho da
coordenadora pedagógica? Cite alguns.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2.Você sabe quais as funções da coordenadora pedagógica?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. De que maneira o trabalho da coordenadora pedagógica pode contribuir melhor para a
atuação docente?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4. Na escola é realizada Atividade Complementar – AC, com foco no planejamento?
Justifique sua resposta.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________