em tempo - 6 de abril de 2015

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FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. Dono do bar onde sempre ocor- reu a tradicional “Malhação de Judas”, Francisco Cipriano diz que “perseguição política” o fez desistir da brincadeira. Dia a dia A8 Dono de bar desiste de ‘malhar Judas’ CIPRIANO MÁX.: 33 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS PIM VAI À JUSTIÇA CONTRA GOVERNO EMPRESAS DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS ESTÃO TRAVANDO UMA BATALHA NA JUSTIÇA PARA DEIXAR DE PAGAR UMA TAXA QUE “ENGORDOU” EM MAIS DE R$ 2 BILHÕES OS COFRES DO GOVERNO FEDERAL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS. ÚLTIMA HORA A2 O ex-presidente Lula (foto) quer que Dilma Rousseff mude com urgência a articulação política do Palácio do Planalto. Política A6 Lula cobra mais atitude da presidente PREOCUPADO Campbell na vaga de Barbosa SUPREMO Dívida faz mal à saúde DIVULGAÇÃO Débitos em excesso podem causar ansiedade, angústia e de- pressão. Inflação e desemprego potencializam problema. Contexto A3 O papa Francisco celebrou a missa de Páscoa, que marca a ressurreição de Cristo para os católicos, em meio à violência mundial em nome da religião. O pontífice pediu o fim da perseguição aos cristãos e implorou pela paz na Síria, Iraque, Líbia, Iêmen e em outros lugares que enfrentam conflitos. Mundo B3 PAPA PEDE FIM DA INTOLERÂNCIA OBSERVATÓRIO ROMANO ALBERTO CÉSAR ARAÚJO Apesar da vitória do Naça sobre o Fast, o jogo não empolgou O Nacional bateu o Fast por 1 a 0, pela oitava rodada do Amazonen- se. Com a vitória, o Leão da Vila manteve 100% de aproveitamento e garantiu o título simbólico do 1º turno da competição. Pódio D1 Naça vence o Fast e leva título simbólico AMAZONENSE Bancada religiosa quer Dia do Pastor Plateia B5 Cartas de Frida Kahlo vão a leilão NOVA YORK Manaustrans dá início hoje à fiscalização na Faixa Azul da avenida Mário Ypiranga Montei- ro – antiga Recife. Multa será de R$ 53,20. Dia a dia A7 Faixa Azul rende multa de R$ 53,20 ANTIGA RECIFE ANO XXVII – N.º 8.668 – SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 O papa fez um apelo à paz, ontem, lem- brando vítimas das guerras, do terroris- mo e das persegui- ções religiosas Política A5 Luſthansa omitiu doença do copiloto Mundo B4 Clássico tem protesto e vitória do Fla Pódio D3 Fogão goleia o Madureira Pódio D2 CARIOCA VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO.

Dono do bar onde sempre ocor-reu a tradicional “Malhação de Judas”, Francisco Cipriano diz que “perseguição política” o fez desistir da brincadeira. Dia a dia A8

Dono de bar desiste de ‘malhar Judas’

CIPRIANO

MÁX.: 33 MÍN.: 24TEMPO EM MANAUS

PIM VAI À JUSTIÇA CONTRA GOVERNO

EMPRESAS DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS ESTÃO TRAVANDO UMA BATALHA NA JUSTIÇA PARA DEIXAR DE PAGAR UMA TAXA QUE “ENGORDOU” EM MAIS DE R$ 2 BILHÕES OS COFRES DO GOVERNO FEDERAL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS. ÚLTIMA HORA A2

O ex-presidente Lula (foto) quer que Dilma Rousseff mude com urgência a articulação política do Palácio do Planalto. Política A6

Lula cobra mais atitude da presidente

PREOCUPADO

Campbell na vaga de Barbosa

SUPREMO

Dívida faz mal à saúde

DIV

ULG

AÇÃO

Débitos em excesso podem causar ansiedade, angústia e de-pressão. Infl ação e desemprego potencializam problema.

Contexto A3

O papa Francisco celebrou a missa de Páscoa, que marca a ressurreição de Cristo para os católicos, em meio à violência mundial em nome da religião. O pontífi ce pediu o fi m da perseguição aos cristãos e implorou pela paz na Síria, Iraque, Líbia, Iêmen e em outros lugares que enfrentam confl itos. Mundo B3

PAPA PEDE FIM DA INTOLERÂNCIA

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RIO

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ERTO

CÉS

AR A

RAÚ

JO

Apesar da vitória do Naça sobre o Fast, o jogo não empolgou

O Nacional bateu o Fast por 1 a 0, pela oitava rodada do Amazonen-se. Com a vitória, o Leão da Vila manteve 100% de aproveitamento e garantiu o título simbólico do 1º turno da competição. Pódio D1

Naça vence o Fast e leva título simbólico

AMAZONENSE

Bancada religiosa quer Dia do Pastor

Plateia B5

Cartas de Frida Kahlo vão a leilão

NOVA YORK

Manaustrans dá início hoje à fi scalização na Faixa Azul da avenida Mário Ypiranga Montei-ro – antiga Recife. Multa será de R$ 53,20. Dia a dia A7

Faixa Azul rende multa de R$ 53,20

ANTIGA RECIFE

ANO XXVII – N.º 8.668 – SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116-3529

O papa fez um apelo à paz, ontem, lem-

brando vítimas das guerras, do terroris-

mo e das persegui-ções religiosas

Política A5

Lust hansa omitiu doença do copiloto

Mundo B4

Clássico tem protesto e vitória do Fla

Pódio D3

Fogão goleia o Madureira

Pódio D2

CARIOCA

O Nacional bateu o Fast por 1 a 0, pela oitava rodada do Amazonen-se. Com a vitória, o Leão da Vila manteve 100% de aproveitamento e garantiu o título simbólico do 1º turno da competição. Pódio D1

Naça vence o Fast e leva título simbólico

AMAZONENSE

ANO XXVII – N.º 8.668 – SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116-3529

Clássico tem protesto e vitória do Fla

Pódio D3

Fogão goleia o Madureira

Pódio D2

CARIOCA

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

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Page 2: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Concurso n. 709 (04/04/2015)

Extração nº 04959 (04/04/2015)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 97.984 600.000,00

2º 58.742 37.200,00

3º 03.649 37.000,00

4º 53.749 36.800,00

5º 62.746 36.608,00

Concurso n. 1373 (02/04/2015)

05 15 40 42 47 50

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

06 13 26 33 39 46

Segundo sorteio

Concurso n. 1543 (04/04/2015)

LOTOMANIALOTOMANIA

10 12 13 15 16

17 21 22 27 39

40 61 67 68 72

75 85 88 92 97

Concurso n. 3755 (04/04/2015)

16 41 63 68 78

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

TIMEMANIATIMEMANIA

19 26 28 38 48 65 72

Time do coração

SÃO RAIMUNDO/AM

LOTERIAS

Concurso n. 1692 (04/04/2015)

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

11 13 14 27 44 56

01 02 03 05 07

10 12 13 14 16

17 18 22 24 25

Concurso n. 1191 (04/04/2015)

Empresas do PIM vão à Justiça contra o governoIndústrias procuram reaver judicialmente recursos pagos que deveriam ser aplicados em melhorias no polo fabril local

O dinheiro que pode-ria ser revertido em melhorias de infra-estrutura, como si-

nalização, iluminação e asfal-tamento no Distrito Industrial (DI), na Zona Sul, por exemplo, há algum tempo vem sendo uti-lizado para integrar o superávit primário da União.

O recurso corresponde ao pagamento da Taxa de Ser-viço Administrativo (TAS) re-colhida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), das empresas ins-taladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Porém, o pa-gamento da referida taxa tem sido contestado judicialmente pelas indústrias, que pagam até 1,9% de seus faturamen-tos ao governo federal.

“Quando o dinheiro caía no caixa da Suframa, era mais fácil administrar os recursos, pois era repassado a alguns Estados da região, além de au-xiliar a Prefeitura de Manaus, por exemplo, em melhorias na cidade, o que não vem ocorren-do há algum tempo”, explicou o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Athaydes Mariano Félix.

Segundo ele, com o caixa único criado pelo governo fede-

ral, a contribuição não retorna em forma de benefício não só para o Amazonas, como os de-mais Estados que integram a Amazônia Ocidental e que têm direito aos recursos – Amapá, Roraima e Rondônia -, o que fez com que as empresas ini-ciassem uma batalha judicial, contestando a legalidade da taxa, bem como requerendo a

devolução do pagamento dos últimos cinco anos.

“Não há o que fazer, pois a Suframa está de mãos atadas, e por isso as empresas resolve-ram recorrer à Justiça. Algumas já obtiveram sucesso nessas contestações. O fato é que há pouco mais de cinco anos o dinheiro não retorna como benefícios para a cidade, re-fl etindo nas ruas esburacadas

do Distrito Industrial, para cuja manutenção a Suframa alega não ter dinheiro, a prefeitura diz não ser de sua responsa-bilidade e, eventualmente, o governo estadual presta uma ajuda”, destacou.

A TAS recai sobre a aqui-sição de insumos nacionais e importados, e nos últimos cinco anos teria rendido apro-ximadamente R$ 2 bilhões aos cofres do governo federal. No ano passado, o pagamento foi da ordem de R$ 424 milhões.

Para o presidente do Conse-lho Regional de Economia do Amazonas (Corecon/AM), Mar-cus Evangelista, diante da falta de retorno em melhorias na cidade e, por extensão, no Dis-trito Industrial, os empresários, enquanto cidadãos, sentem-se lesados e têm o direito de requerer o não pagamento e também a devolução da TAS.

“Os empresários instalados na Zona Franca resistem ao pagamento da TAS, por não verem os resultados concre-tos dos investimentos desse imposto no PIM. Talvez essa medida adotada por eles possa fazer com que o governo fede-ral reveja sua gestão e passe a utilizar os recursos arreca-dados na melhoria efetiva do modelo”, avaliou.

BALANÇOConforme a Advocacia Geral da União (AGU), o total de 659 ações contestam a legalida-de da TAS, que recai sobre a aquisição de insumos nacionais e importados, pelas em-presas do PIM

Homem é morto com tiro em Nova Olinda do Norte

Um rapaz identifi cado como Antônio Filho Almeida dos Reis (20) morreu, no fi m da manhã deste domingo (5), em Nova Olinda do Norte (a 135 quilômetros de Manaus), após ser alvejado com um tiro no peito, dentro de uma em-barcação ancorada no porto do município.

O crime ocorreu por volta de 12h30 e a vítima ainda chegou a ser levada para o hospital da cidade, mas, segundo o de-legado Paulo Ferreira, titular da 47ª Delegacia Interativa de Polícia, já chegou em óbito.

Ainda de acordo com o de-legado, Antônio estava en-volvido no homicídio de um adolescente de 17, ocorrido há cerca de uma semana, e o tio do rapaz, identifi cado como Isaías da Silva Freire, 23, o matou por vingança, no momento em que ele tentava fugir para Manaus.

“Segundo o inquérito, o Antô-nio foi quem segurou o adoles-cente para outra pessoa dar a facada”, informou o delegado, ressaltando que o autor do cri-me está foragido e que Antônio estava na embarcação tentan-do fugir também quando foi surpreendido por Isaías.

O delegado Paulo Ferreira contou ainda à reportagem do EM TEMPO Online que Isaías fugiu do local do crime com a ajuda de um moto-taxista, que também seria membro da família do ado-lescente morto à facada.

O comparsa, identifi cado como Reginaldo Assis Viana, 30, foi preso por volta de 14h deste domingo, em sua casa, e as buscas por Isaías continu-am. “O mototaxista foi quem levou Isaías até a embarcação. Ele o esperou matar Antônio e depois o deixou na estrada Fonte Neles, de onde ele fu-giu”, detalhou o delegado.

Ambos os casos seguem sob investigação da polícia.

ASSASSINATO

Porteiro é ferido durante assalto a ônibus no Manoa

O agente de portaria Luiz Eduardo da Silva Ramos, 27, foi atingido com um tiro nas costas e um golpe de terçado, ontem (5), durante um assalto em um ônibus coletivo da linha 034, no bairro Manoa, Zona Norte. Três assaltantes não iden-tifi cados invadiram o cole-tivo por volta das 13h.

De acordo com a mãe da vítima, a professora Eliana da Silva Gomes, 47, o ra-paz teria saído da casa de sua tia, onde lava carros nos dias de folga, quando aconteceu o assalto. “Esta-mos à mercê de bandidos e não encontramos mais se-gurança em nenhum lugar”,

afi rmou a professora.A mãe informou ainda

que o motorista identifi -cado apenas com Euler so-correu o jovem, levando-o ao Serviço de Pronto Aten-dimento (SPA) do Galileia, o mais próximo do local do ocorrido. Em seguida, o jovem foi encaminhado ao hospital e pronto-socorro Platão Araújo, onde passa por procedimentos cirúrgi-cos. O caso foi Registrado no 15º Distrito Integrado de Policia (DIP).

O supervisor de frota Alexandre Nunes dis-se que os assaltos são frequentes, geralmente envolvendo três ou mais assaltantes e sempre le-vam a renda e pertences pessoais da vitimas.

ZONA NORTE

Ônibus da linha 034 sofre ação de bandidos com frequência

Confi rmada reocupação do ‘Alemão’

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), confi rmou neste domin-go (5) que o Complexo do Alemão será reocupado pela Polícia Militar após a morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, 10, por um tiro de fuzil, durante operação policial. Desde a semana passada, policiais do Comando de Operações Especiais (COE) reforçam o patrulhamento na área.

Pezão disse que não será necessário o uso das For-ças Armadas no conjunto de 12 favelas onde atuam quatro UPPs (Unidade de Polícia Pacifi cadora). Essas unidades já contam com 1.230 policiais.

Segundo ele, além da contratação de policiais, os efetivos das UPPs passarão por reciclagem -medida que já havia sido anunciada em março. “Já começamos o treinamento desses poli-ciais pela unidade do Morro São João. Vamos fazer isso em todas as UPPs, além de continuar formando novos policiais.”

A morte de Eduardo, na última quinta-feira (2), foi a quarta em menos de 24 horas no Alemão. Até então, os moradores já haviam enfrentado quase 90 dias ininterruptos com trocas de tiros entre PMs e trafi can-tes. No domingo de Páscoa, não houve incidentes.

A família do garoto viajou ontem para seu Estado na-tal, o Piauí. Ao desembarcar em Teresina, Teresinha Ma-ria de Jesus, 40, negou que seu fi lho estivesse armado quando foi morto.

RIO DE JANEIRO

DIVULGAÇÃO

Dinheiro arrecadado com a TAS poderia ser revertido em melhorias de infraestrutura no PIM

IONE MORENO

Um dos suspeitos de participar da morte de Antônio foi preso

DIVULGAÇÃO

YNDIRA ASSAYAGEquipe EM TEMPO ONLINE

MAIRKON CASTROEquipe EM TEMPO ONLINE

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Page 3: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015 A3Opinião

Para comer, rezar e amar, de acordo com os números que aparecem nos jornais: milhares que en-tram e saem das cidades, implementando a economia do turismo interno e externo. A economia de serviços, entenda-se. Mas aquela outra, que todos sentem paralisada, não tem o que comemorar com essa epidemia de feriados, cada um mais longo do que o outro. Neste 2015, descontados os eventos regionais e os pontos facultativos com que prefeitos e governadores presenteiam seus eleitores, serão 11 feriados nacionais e 32 estaduais que caem em dias úteis.

Isso signifi ca, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, um prejuízo de até R$ 64,6 bilhões. O valor representa cerca de 4,8% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial brasileiro e representa uma alta frente aos 3,6% estimados em 2014. E ao contrário do que parece, o comércio também sente contenção nas vendas (as horas extras dos trabalhadores onera o negócio). Preocupa-dos, representantes da federações de comércio de todo o país pretendem enviar ofício ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicando que todos os feriados sejam transferidos para as segundas-feiras. “O ciclo de trabalho não seria interrompido, e o comércio poderia se planejar melhor”, justifi ca o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, Vitor Augusto Koch.

Feriados em sextas e sábados são considerados os que mais prejudicam o comércio, pois são os dias da semana líderes em movimento. O que se considera um exagero de feriados também incomoda religiosos, cada vez mais desencantados com o público que aproveita o “dia santo” para engatar um Carnaval fora de época. Come-se e bebe-se em doses industriais, reza-se e e ama-se muito pouco. Não bastasse o ajuste fi scal que pretende arrecadar bilhões de um ano sem trabalho.

Contexto3090-1017/98115-1149 [email protected]

Para a movimentação saudável nas manhãs de domingo na praia da Ponta Negra. Gente bonita andando de bicicle-ta, triciclo, correndo, caminhando e se exercitando. É de encher os olhos.

Vida saudável na Ponta Negra

APLAUSOS VAIAS

Novelaça

A novela da nomeação para completar o quadro de ministros do STF já se arrasta há uns dez meses.

Mamãe, eu quero!

Veja quem disputa o cargo com Mauro:

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Fur-tado Coêlho, que tem apoio de Renan Calheiros; o ad-vogado Luiz Edson Fachin, próximo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e que também tem apoio de Sigmaringa Seixas.

Bota o nome do ho-mem

Pelas mãos do ex-deputa-do também chegou à mesa de Dilma o nome de Clèmer-son Clève.

O jurista tem a simpatia dos ministros do STF Gilmar Mendes e Teori Zavascki.

Os dela

O problema é que Dilma também avalia o nome de três ministros do Superior Tribunal de Justiça: Benedi-to Gonçalves, Luis Felipe Sa-lomão e Mauro Campbell.

É ele ou não é?

Aliás, fontes de Brasília garantem que as maiores

apostas hoje estão mesmo em Mauro Campbell

Isto porque o ministro alia o saber jurídico a uma boa convivência com caciques peemedebistas.

O cara do PMDB

Campbell foi secretário de governos do PMDB no Amazonas.

Isso, sem dúvida, deverá facilitar a aprovação do seu nome no Senado, reduto do-minado pelo partido.

Carinho nunca é de-mais!

Já a nomeação para o STJ do desembargador mara-nhense Reynaldo Fonseca, do TRF da 1ª Região, pegou todo mundo de surpresa.

Principalmente os 20 con-correntes anteriores que integravam a lista tríplice para a vaga.

Meu padim

Em Brasília, comenta-se que foi jogada de aliança de Dilma.

Reynaldo sempre foi o candidato do ex-senador José Sarney.

Afago

E a presidente afagou o veterano cacique na tenta-tiva de segurar a fidelidade de seu séquito peemede-bista.

Isto porque Dilma perdeu o apoio de significativa par-te do partido, controlada por Eduardo Cunha e Renan Calheiros.

Ex-favoritos

Muita gente pensava, an-tes da lista tríplice entregue em março, que os favoritos eram Fábio Prieto (TRF 3ª Região), Carlos Thompson (4ª Região) e Paulo Lima (5ª Região).

Briga de foice

A batalha da Justiça con-tinua.

E parece até briga de foice no escuro. Existem ainda três vagas em aberto no STJ.

A decisão de Dilma, no STJ, pode ser sinal de que ela vai avançar nas nome-ações este mês.

Vem aí a bengala

A presidente queer nome-ar todos os ministro de uma só canetada.

Isso antes que a PEC da Bengala seja aprovada em 2º turno e promulgada.

Dilma tem pressa

O leitor sabe o porquê da pressa?

É porque assim que a PEC for promulgada, a presiden-te perderá cinco indicações apenas para o STF.

Para o preço da cesta básica no país. A soma do valor médio dos produtos chega a R$ 326. Agora imagine quanto isso está custando em Manaus, onde tudo é absurdamente mais caro?

Preço da cesta básica

Dilma deve nomear na próxima semana o futuro ministro para a vaga de Joaquim Barbosa no STF.

E está cada vez mais forte o nome do amazonense Mauro Campbell, ministro do STJ, na lista de favoritos da presidente para o STF. Mauro também conta com um padrinho forte. Sabe quem é? Ele mesmo, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

Campbell com um pé no STF

SEMCOM DIVULGAÇÃO

[email protected]

Para que serve feriado

A Nova República (pós-ditadura) está morta! Morreu no dia em que completou 30 anos (1985-2015). A massa rebelada nas ruas (mais de 2 milhões de pes-soas, segundo estimativa das polícias militares) falou em impeachment, fora PT e muito (muito mesmo!) em “fi m da corrupção”. A causa mortis da Nova Re-pública decorre de uma série de compli-cações (econômicas, políticas, sociais, educacionais, eleitorais, “teatrais” etc.), mas a doença de maior efi cácia mor-tífera chama-se cleptocracia, que sig-nifi ca o Estado governado por ladrões pertencentes às classes dominantes ou reinantes, ou seja, as que dominam o poder econômico, fi nanceiro, político e administrativo do país.

A cleptocracia, como se vê, não sig-nifi ca qualquer tipo de corrupção ou de roubalheira (que é uma experiên-cia nacional antiga). Trata-se da alta corrupção, da corrupção praticada por quem tem o poder de comandar gran-de parcela do orçamento público (do Estado brasileiro). Todos os governos da Nova República (governos de Sar-ney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma) ostentam a imagem de cleptocratas, ou seja, de ladrões.

Praticamente todos os grandes parti-dos políticos estão envolvidos com essa mais nefasta corrupção, que é praticada por quem tem o domínio da nação. Só com base na delação premiada do delator-geral da República (cleptocra-ta), que é o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa, já são sete os partidos dos políticos investigados: PP, PMDB, PT, PTB, PSDB, SD e PSB. Consi-dere-se, no entanto, que, até o momen-to, já foram 15 delações. Nas outras 14, feitas por subdelatores-gerais da República (cleptocrata), muitos outros políticos e partidos estão fartamente citados (já incluindo-se corrupção em outros setores, como o da energia).

Qual a grande farsa que a cleptocra-cia derrubou? A de que haveria ruptura entre a economia (ciência econômica) e a política (ciência política). A tese é do

fi nal do século 19 e foi defendida por William Stanley Jevons, León Walras, An-ton Menger e Antoine Augustin Cournot, na onda da revolução marginalista (veja Jaime Osorio, “El Estado en el centro de la mundialización”: 128-129). Para a economia política clássica, que se cristaliza na segunda metade do século 18 e primeira do século 19, com François Quesnay, Adam Smith e David Ricardo, a refl exão econômica era inseparável da política, das classes sociais, das formas de apropriação da riqueza social. O que essa farsa tem a ver com a roubalheira na pátria mãe gentil?

Enquanto prosperou a velha tese da separação entre economia e política (entre o mercado e a democracia) só eram visíveis os corrompidos (funcio-nários públicos e políticos), não os corruptores (os donos do dinheiro e, em consequência, do poder econômi-co e fi nanceiro). Com a cleptocracia abundantemente evidenciada nos men-salões (do PT e do PSDB) e, agora, no petrolão, passaram a ganhar imensa visibilidade também os corruptores de alto calibre do mundo econômico e fi nanceiro, que se unem com o poder político e administrativo para, juntos, numa parceria público/privada entre poderosos promover a pilhagem do patrimônio público.

Trata-se da criminalidade organiza-da P7 (Parceria Público/Privada entre Poderosos para a Pilhagem do Pa-trimônio Público), cujos protagonistas ladrões sempre foram benefi ciários do silêncio obsequioso de todos os criminosos do grupo. Esse silêncio ma-fi oso foi rompido pela primeira vez de forma sistemática pelos membros da criminalidade organizada P7. O resul-tado (ainda preliminar) já começou a aparecer. Sabe-se agora que o mundo da corrupção é muito mais imundo e profundo do que o povo brasileiro poderia imaginar.

P. S. Participe do movimento fi mdopoliticoprofi ssional.com.br

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Cientista criminal, diretor-presidente

do Instituto Avante Brasil

O que matou a Nova República

[email protected]

Regi

Enquanto prosperou a velha tese da separa-ção entre economia e política (entre o mercado e a democra-cia) só eram visíveis os corrompidos (funcionários públicos e políticos), não os corruptores (os donos do dinheiro e, em consequên-cia, do poder econômico e fi nanceiro)”

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Page 4: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

Pesquisas internas do PT revelaram que a crise do segundo mandato de Dilma Rousseff provocou um “derretimento da base social” do governo, nas palavras de um cacique da sigla. Trabalhadores e famílias benefi ciadas por políticas de inclusão de gestões petistas dizem não tolerar mais a corrupção e recla-mam que as medidas recentes do Planalto não condizem com as bandeiras defendidas na campanha. “Perplexos”, dirigentes dizem que o novo cenário “difi culta a reação” do partido.

Sem palavras A cúpula do PT tem feito reuniões periódicas em busca de um discurso para reconquistar os grupos tradicio-nalmente vinculados ao partido. Até agora, não conseguiram ne-nhuma fórmula mágica.

Prognóstico Em conversa recente com aliados, o ex-presidente Lula avaliou que a crise de popularidade de Dilma é “recuperável”, mas destacou que o governo pre-cisa de mais “atitude”.

Surfando A cúpula do PSDB vai defi nir na quarta-feira os moldes de uma campanha nacio-nal de fi liações ao partido para aproveitar a crise e a onda de manifestações contra o governo Dilma.Tucanos dizem ter enco-mendado pesquisas que apon-tam até um milhão de jovens com perfi l alinhado à legenda.

Em reforma Na mesma reunião, o partido de Aécio Neves deve determinar uma intervenção em “dezenas” de diretórios do PSDB, em muni-cípios em que o mineiro teve desempenho fraco na eleição presidencial. A ideia é trocar o comando do partido nesses locais e fortalecê-los antes da

disputa municipal de 2016.

Fico? Vinicius Lages (Turis-mo) reuniu a cúpula do minis-tério na última quinta-feira e disse ter recebido determina-ções para continuar tocando as atividades da pasta, apesar das articulações de parte do PMDB para que Henrique Alves assuma o posto.

Médio prazo A reunião durou toda a tarde. A equipe traçou um cronograma de ações do ministério para os próximos três meses.

Recursos humanos Em dois eventos na semana passada, Lages teve que responder a autoridades e empresários que continuava no cargo --ao menos por enquanto.

Réquiem A executiva do DEM se reúne em Brasília na terça-feira para discutir a proposta de fusão do partido com o PTB. Dirigentes contrários à união se encontraram na última semana para tentar “enterrar” o projeto antes que ele ganhe corpo.

Na fi la Aprovado há um mês, o depoimento de Alberto Yous-sef na CPI da Petrobras não

tem data marcada. Deputados deixam o assunto de lado por temer que ele entregue nego-ciatas com os políticos em sua própria casa.

Em dobro Eduardo Paes (PMDB) chamou de “farsa”, mas auxiliares fi caram tensos com a demissão de funcionários da Queiroz Galvão em obras da Olimpíada do Rio. Secretários temem que as empreiteiras aumentem a pressão sobre a prefeitura até o início de 2016, ano eleitoral.

Classe Procuradores goianos fi caram furiosos com o artigo de Demóstenes Torres que diz que eles “têm padrão de vida supe-rior ao meu”. Acusado de enri-quecimento ilícito, o ex-senador teria recebido uma geladeira, um iPad e outros presentes de Carlinhos Cachoeira.

Foro Tucanos do Paraná de-cidiram reagir aos petistas que aventam a possibilidade de im-peachment do governador Beto Richa (PSDB). “Eles têm motivos de preocupação: é do Paraná que saem as acusações de que o PT é o maior benefi ciário do desvio da Petrobras”, provoca o deputado Valdir Rossoni (PSDB-PR).

Tremendo na base

Contraponto

O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) foi à Câmara em março para apresentar os projetos tocados pelo governo para expandir a infraestrutura do setor:– Com os projetos em andamento, o Brasil está entre os grandes players da aviação civil – justificou.Opositor ferrenho do PT, José Carlos Aleluia (DEM-BA), que estava do lado esquerdo do plenário, brincou:– Projeto é coisa importante. Por exemplo: fizeram uma reforma aqui no plenário da Câmara e um erro de projeto fez com que eu tenha que vir para a esquerda. Se eu estivesse do lado de lá, V.Exa. não me veria!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Questões arquitetônicas

Tiroteio

DE CÂNDIDO VACCAREZZA, ex-deputado pelo PT-SP, sobre críticas feitas por petistas aos manifestantes e à imprensa em meio à crise do governo Dilma.

Não acho que os protestos sejam coisa de ‘coxinha’ ou da mídia. Já existia mídia no governo Lula e ele tinha 85% de aprovação”

A classe política está apavora-da. Recebe tiros de muitos lados. Do Lava Jato da Petrobras e das ruas. Os estarrecedores índices de desaprovação dos atores políticos os deixam confi nados na UTI do Parlamento. Como sair dali? Como resgatar parcela da boa imagem? Difícil tarefa no curto prazo. Não resta outra coisa aos representantes do povo e dos Estados (deputados e senadores), neste momento de rebu-liço e mobilização social, que uma imersão profunda no terreno ético e uma aprendizagem rápida sobre o estado social do país. A análise sobre as razões que os jogam no fundo do poço da descrença poderá se trans-formar na chave para reencontrar o tempo perdido. Eis um breve roteiro para uma sobre credibilidade.

Mais ação, menos discurso – O verbo de palanque está saturado. A sociedade, como um todo, quer ver ação. Decisão. Avanços. Reformas.

Identidade – Nesse momento, os espaços de vazio se expandem. Hora de ocupá-los com uma forte identidade. Discurso com persona-lidade. Hora da verdade. A imagem do político não pode ser diferente de seu conceito.

Representação – Representar o povo signifi ca escolher as melhores alternativas para o bem estar cole-tivo. Um político sério se preocupa com rumos permanentes e medidas condizentes com as possibilidades das administrações (federal, esta-dual e municipal). Povo distingue demagogia de sinceridade.

Sabedoria – Sabedoria é mes-cla de aprendizagem, compromisso, equilíbrio, administração de confl i-tos, busca de conhecimentos, capa-cidade de convivência e racionali-dade. A vivacidade é a máscara do fi siologismo.

O cheiro do povo – O cheiro do povo invade as ruas, os ônibus, os escritórios, as fábricas, até as peque-nas cidades. Importa ir ao encontro do povo. Democracia participativa dá as caras. O povo deixa o silêncio e abre a locução. As tarefas de Brasília

não impedem que o representante respire os ares das vielas escuras dos centros e fundões do país.

Proximidade – As pessoas querem sentir os políticos mais próximos. Capazes de falar uma linguagem que expresse suas demandas, an-gústias e expectativas; para ganhar credibilidade, o representante deve se mostrar, aparecer, conversar olho no olho com suas bases.

Combate à corrupção – A cor-rupção está no alvo dos órgãos de controle. Que decidiram ir fundo para descobrir o rastro do dinheiro desviado. Denúncias sobre negocia-tas e trocas de favores ilícitos vão continuar a ser o prato da mídia.

Propostas concretas – Os mode-los da velha política e da economia se esgotam. Estão saturados. O povo quer ver propostas concretas, viá-veis. A população dispõe de entidades que a representam em diversos foros, algumas delas com atuação política tão densa quanto o Congresso. Resta ao político atentar para os novos polos de poder que se multiplicam no arquipélago político.

Simplicidade e modéstia – Ser simples não é balançar crianças no colo, comer cachorro quente na es-quina ou gesticular para famílias nas calçadas. A simplicidade é o ato de pensar, dizer e agir com naturalidade. Sem artimanhas e maquiagens.

Celeridade – A sociedade está na frente da política. Anda mais rápida. Está cansada de patinação política, o fato de a velha política continuar a puxar o país para o passado.

Estado e nação – A nação é a pátria, que acolhe; que orgulha o povo; é o território onde os cida-dãos se sentem bem e gostam de viver e constituir um lar. O Estado é a entidade técnico-jurídico-insti-tucional, comprimida por interesses e dividida por conflitos, que pessoas de diversas classes estão sempre a criticar. Aproximar o Estado da nação constitui a missão basilar da política.

Twitter: @gaudtorquato

Gaudêncio [email protected]

Gaudêncio Torquato

Gaudêncio Torquato

Jornalista, pro-fessor da USP,

consultor político e de comunicação

Os modelos da velha política e da economia se esgotam. Estão sa-turados. O povo quer ver propostas concretas, viáveis. A população dispõe de en-tidades que a representam em diversos foros, algu-mas delas com atuação política tão densa quanto o Congresso”

Breve aula sobre credibilidade

Olho da [email protected]

Recrudesceu a onda de assaltos à mão armada nos conjuntos Dom Pedro 1º e Dom Pedro 2º. Deve ser por isso – medida de segurança – que a sucursal da Secretaria Municipal (Semsa) de Coari, muito bem instalada na rua Pedro Álvares Cabral, não abre as portas nem para dizer aos vizinhos o que está fazendo tão longe de casa. Ó vida, ó sorte, ó sina de Coari!

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

A paralisia econômica de 2014 e o risco iminente de recessão em 2015 agrava a situação da clas-se média. Infelizmente, hoje, todo mundo conhece

alguém que recebia em janeiro do ano passado um salário fi xo de R$ 4 mil e, agora, vive de serviços

esporádicos que não chegam a R$ 1,2 mil ao mês. E isso pode ser uma tendência

Marcus Evangelista, presidente do Corecon/AM, avalia que o Produto Interno Bruto (PIB) em declínio e a infl ação perto dos 7% anuais podem levar a camada da população que “ascendeu” à classe média a retroceder na pirâmide

social, se não apertar o cinto nos próximos meses.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Page 5: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015 A5Política

Leis buscam criar Dia do Pastor e Círculo de OraçãoBancada religiosa ganha força na casa legislativa e vem apresentando cada vez mais projetos de questões religiosas

Durante a atual le-gislatura, pelo me-nos cinco projetos de lei com caráter

cristão foram apresentados pela bancada religiosa da Câ-mara Municipal de Manaus (CMM). São propostas que tratam desde a criação do Dia do Pastor, passando por projetos que homenageiam os membros dos “Círculos de Oração”, conhecidos como intercessores espirituais.

A mais nova integrante da bancada evangélica da Câ-mara, a vereadora Pastora Luciana (PP), apresentou em seu primeiro projeto de lei (PL) uma homenageia aos membros dos “Círculos de Oração”, conhecidos como intercessores espirituais. De acordo com a vereadora, o PL 057/2015, que institui o Dia do Círculo de Oração na cidade de Manaus, tem como objetivo reconhecer os tra-balhos desenvolvidos pelas igrejas do município, bem como ser uma plataforma de sustentação para a igreja com oração e ajuda espi-ritual. O Círculo de Oração também atua em outras ati-vidades para o reino de Deus, tais como: aconselhamentos; visitas a hospitais e lares de enfermos; doações de bíblias; auxílio na área social com arrecadação e distribuição de roupas e alimentos, etc.

“O Círculo de Oração é um ministério de intercessão composto majoritariamen-te por mulheres cristãs que

acreditam que Deus ouve e responde as orações feitas em nome do seu filho Je-sus. Hoje, este trabalho está oficializado não somente em todas as igrejas evangélicas, como também nas demais denominações do Brasil e do mundo. E, para mim, é uma honra poder homenagear esse lindo trabalho destes servos de Deus”, disse.

No ano passado, o vere-ador Amauri Colares (Pros) defendeu a Emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias do Município (número 092/2014)

que prevê a inclusão de even-tos gospel na elaboração do orçamento de Manaus. O parlamentar declarou que a emenda tem objetivo de proporcionar à grande comu-nidade gospel de Manaus a possibilidade de desenvolver eventos culturais na cidade e que seja colocada na progra-mação e também no calen-dário do município, baseada na lei federal número 12.590, de 9 de janeiro de 2012, mas conhecida como Lei Rouanet – para reconhecer a música gospel e os eventos a ela

relacionados como manifes-tação cultural.

O parlamentar esclareceu, ainda, que a emenda em nada se confunde com privilégios ou benefícios de qualquer or-dem ou instituição religiosa, mas sim da população cristã que aprecia a boa música gospel. “Considero a pro-moção e difusão da cultura, um conjunto de costumes, atividades e instruções de um povo”, destacou o autor da proposta.

Em novembro do ano pas-sado, o parlamentar também apresentou um projeto em ho-menagem ao Dia da Bíblia. O vereador também organizou uma sessão solene em home-nagem ao fato. O propositor da homenagem destacou a importância da realização da solenidade na casa legislati-va. “É uma alegria celebrar um dia tão importante como o Dia da Bíblia”, destacou.

O atual deputado estadual Carlos Alberto (PRB), quando era vereador, destacou no plenário da casa legislativa O Dia do Pastor, comemo-rado no mês de junho em todo país. Em seu discurso, Carlos Alberto falou do im-portante trabalho realizado pelos pastores. “Podemos ver diversas igrejas que desem-penham um trabalho social com projetos que levam hu-manização e melhorias de vida a diversas pessoas ne-cessitadas, e tudo isso graças à missão do pastor, que tem a visão diferenciada, voltada para ajudar muitas famílias que se encontram na vida sem direção”.

REFORÇO Com a chegada da Pastora Luciana, a bancada da Câma-ra ganhou mais um reforço evangélico. Em seu primeiro projeto, a nova vereadora propõe homenagear os Círcu-los de Orações

ISABELLA SIQUEIRA Equipe EM TEMPO

O parlamentar destacou que o pastor é um homem comum, mas com um co-ração voltado para salvar vidas e, na maioria das ve-zes, é um pai, psicólogo, professor. “É aquele que é vocacionado para lide-rar, ensinar, amar, corrigir, motivar, governar, valorizar pessoas e muito mais. É um agente social do bem visando promover o bem co-letivo no meio da sociedade e de suas mazelas”, frisou o vereador, lembrando que só um chamado especial e divino explicaria o que é ser um pastor.

Antes de deixar a casa legislativa municipal, o par-lamentar também apresen-tou uma matéria onde pedia a criação de um Conse-

lho Municipal de Pastores Evangélicos na cidade de Manaus. O projeto sugere ao prefeito Arthur Virgilio Neto (PSDB) a criação do conselho com o objetivo, segundo o parlamentar, de “engrandecer um dos seg-mentos da sociedade que mais tem contribuindo de forma significativa para o bem estar social”.

Já no fim do ano passado, a casa legislativa também realizou uma sessão solene em homenagem ao Dia do Teólogo. No evento foram entregues placas e diplo-mas em comemoração aos profissionais da área e em reconhecimento de seus méritos em prol do reino de Deus e propagação do evangelho. A ação foi de ini-

ciativa do vereador Amauri Colares (Pros).

Aleam Na Assembleia Legis-

lativa do Amazonas (Ale-am), apesar da bancada evangélica ser um pouco menor, com apenas quatro. As ações de homenagens também ganham cada vez mais espaço. De proposi-tura do deputado estadual Wanderley Dallas (PMDB), a pastora Ana Lúcia Câ-mara recebeu em agosto do ano passado o títutlo de Cidadã do Amazonas. O parlamentar evangé-lico também protolizou um pedido para realiza-ção de uma sessão sole-ne em homenagem ao Dia do Pastor.

Sessão solene como homenagem

Deputado Carlos Alberto, quando vereador, apresentou projeto para criar Dia do Pastor

ARTHUR CASTRO

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Page 6: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

‘Bolsa-empreiteira’ do BNDES custa R$ 20 bilhões O BNDES pagou R$ 20,7

bilhões pelo “privilégio” de fi nanciar obras no exterior, em 2014, tocadas por em-presas como a Odebrecht, acusada na Lava Jato de subornar agentes públicos. O “bolsa-empreiteira” do BNDES capta dinheiro emi-tindo títulos públicos, com base na taxa Selic (11% ao ano), e empresta a 6%, ar-cando com os outros 5%. Por isso, dos R$ 414 bilhões fi nanciados 2014, bancou R$ 20,7 bilhões.

Sangria desatadaEmpréstimos do Tesouro

ao BNDES totalizavam R$ 9,9 bilhões (0,3% do PIB) em 2006. Chegam atualmen-te a R$ 414 bilhões (8,5% do PIB).

Bolsa-Louis VuittonO BNDES fi nanciou mais

de 2 mil projetos no exterior para empreiteiras constru-írem portos, rodovias, hi-drelétricas e aeroportos no exterior.

País das bolsasO valor gasto pelo governo

Dilma, no “bolsa-empreitei-ro” do BNDES, só é com-parável aos R$ 27 bilhões aplicados no programa Bol-sa-Família.

PistaIgnoram-se os critérios

para o BNDES fi nanciar obras no exterior. As mais favorecidas foram fi sgadas na Lava Jato – talvez seja uma pista.

Sem verba para censo, IBGE detona nos cartões

O IBGE alega falta de di-nheiro para suspender a con-tagem populacional de 2016, ainda que o orçamento do

instituto só tenha crescido desde 2004. O IBGE está no pódio dos maiores gastado-res dos cartões corporativos. Torrou, só em 2015, quase R$ 900 mil. O gasto é maior que 22 dos 23 ministérios regis-trados no Portal da Transpa-rência, fi cando atrás apenas do Ministério da Justiça.

Vale nightNo ano passado, José Ade-

mar Araújo, funcionário do IBGE, pagou com cartão corporativo conta de R$ 83,51 no motel Oasis, em Macaíba (RN)

PNADNão é a primeira polêmica

com os dados do IBGE. Em 2014, perto das eleições, cancelou pesquisa que in-dicava aumento do desem-prego.

Caixa cheioEm 2014, o instituto re-

cebeu verbas bilionárias. A dinheirama ultrapassou a cifra de R$ 1,9 bilhão.

Diz aí, ministroRenato Janine Ribeiro toma

posse nesta segunda, às 11h. Se repetir na solenidade o que disse dias atrás sobre Dilma, Eduardo Cunha e Re-nan Calheiros, em palestra no Quintal Amendola, em São Paulo, o novo ministro terá passagem-relâmpago pelo Ministério da Educação.

Latão negroAs notícias ruins não pa-

ram de chegar na Petrobras: o petróleo é tão abundante no mercado que os Estados Unidos já armazenam bar-ris até em navios-tanque. É o petróleo do pré-sal indo pro beleléu.

De olho no RioO prefeito do Rio, Eduar-

do Paes, prepara candidatura

à presidência da República pelo PMDB, em 2018. Mas acha que o primeiro passo será eleger o sucessor, Pedro Paulo ou Leonardo Picciani, do PMDB.

Banquete no AlvoradaAves de criação e peixinhos

ornamentais passam bem nas residências ofi ciais de dona Dilma. A Presidência abriu licitação para gastar R$ 121 mil na compra de ração para esses animais.

Animais domésticosNa ânsia por agradar a opo-

sição, Eduardo Cunha pro-meteu ao deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) pautar o projeto que aumenta penas para agressores de animais domésticos. Irá à votação na terça.

Nunca viuO projeto do estaciona-

mento subterrâneo na Espla-nada, em Brasília, prometido por Agnelo Queiroz (PT), foi abandonado. O atual gover-no do Distrito Federal não tem informações sobre ele.

AeronautasRelatora do projeto de re-

gulamentação dos aeronau-tas, Clarissa Garotinho (PR-RJ) mandou que sindicatos e empresas se entendam. Com ou sem consenso, seu relatório fi ca pronto em 6 de maio.

Sem palhaçadaO deputado Tiririca (PR-

SP) aderiu às redes sociais. Ele tinha vários perfi s, mas nenhum ofi cial. Agora resol-veu levar a internet a sério.

Pensando bem......em tempo de petróleo

em águas ultraprofundas, Dilma logo encontrará o fundo do poço da queda de sua popularidade.

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Ajuste fiscal é pré-condição para o de-senvolvimento”

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DE SÃO PAULO, considerando o arrocho necessário

PODER SEM PUDOR

Um bispo vivia falando mal do inter-ventor no Rio Grande do Sul, Flores da Cunha. Acusava-o de ser boêmio e elitista esnobe, que não dava intimidades nem mesmo aos seus próprios aliados.

Quando soube disso, o general re-solveu calar o bispo de uma forma curio-sa: chamou-o para uma conversa às 6h da manhã, recebendo-o nos seus aposentos, ainda na cama. Vestia apenas cuecas:

- Vossa Reverendíssima desculpe, mas como é de minha total intimidade, posso recebê-lo a qualquer hora, em qualquer lugar e de qualquer jeito.

Membros do conselho preparam um ato público em frente à casa legislativa municipal, hoje

O Conselho Estadu-al dos Direitos da Mulher (Cedim) vai à Câmara Municipal

de Manaus na manhã desta segunda-feira, dia 6, entregar um documento para o presi-dente da casa, vereador Wilker Barreto (PHS), pedindo a não extinção da Secretaria Muni-cipal de Mulheres. O conselho também prepara um ato públi-co para chamar a atenção da sociedade para a importância da secretaria.

O Cedim tem estimulado e acompanhado a criação de conselhos e secretarias em todo o Estado e considera que a prefeitura marcha na con-tramão do Plano Nacional de

Políticas para as Mulheres, ao justifi car corte de gastos para acabar com a secretaria.

“Entendemos que não se justifi ca a extinção das se-cretarias pelo argumento da contenção de despesas. Somos sabedoras que essas secretarias – cuja demanda é da metade da população - funcionam com o mínimo de recursos e que suas ações para se efetivarem precisam de articulação com outras se-cretarias, entidades e organi-zações”, afi rma Isis Tavares, presidente do Cedim.

No Amazonas, segundo da-dos da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), até agosto de 2014 foram

registrados 1.580 casos de violência doméstica e familiar. Em Manaus, de janeiro até início de agosto, 1.954 casos de agressões contra mulheres foram registrados na cidade.

O documento do Cedim afi r-ma que “os dados evidenciam claramente que a extinção das Secretarias de Mulheres ou sua subvalorização, é um ataque e um descaso destes governantes que ferem de morte a implementação e efe-tivação das políticas para as mulheres, apunhalando pelas costas as milhares de mulhe-res que confi aram em suas promessas e depositaram o voto para que fossem repre-sentadas por eles”.

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Lula pede para mudar articulação

APELO A DILMA

Preocupado com os no-vos protestos previstos para o dia 12, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensifi cou as cobranças sobre o governo e quer que Dilma Rousseff mude com urgência a articulação polí-tica do Palácio do Planalto, sob pena de trilhar um ca-minho sem volta. Para ele, a presidente não pode mais esperar e precisa mexer nos interlocutores com o Con-gresso, que se transformou em uma trincheira contra o governo após a operação Lava Jato.

“Mercadante vive falando de rating para cá, rating para

lá. Que rating que nada! A cri-se é política e o governo tem que resgatar a confi ança. O resto acontece naturalmen-te”, disse Lula, em recente conversa com um senador do PT, numa referência ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Nos últimos dias, tanto Mercadante como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afi rmaram que o ajuste fi s-cal é necessário para manter o grau de investimento no país, com uma nota de cré-dito (rating) elevada. Lula, porém, escolheu Mercadan-te como alvo das críticas. O ex-presidente não esconde

a contrariedade com o fato de Dilma manter o chefe da Casa Civil no comando da ar-ticulação com o Congresso. No varejo das negociações com os parlamentares está Pepe Vargas, titular da Se-cretaria de Relações Institu-cionais, mas é Mercadante quem dá a linha política.

Em mais de uma ocasião, Lula aconselhou Dilma a transferir essa função para Jaques Wagner, hoje ministro da Defesa, e pôr no lugar de Pepe um nome do PMDB, como o ministro da Aviação Civil, Eliseu Pa-dilha, ligado ao vice-presi-dente Michel Temer.

Ex-presidente está preocupado com as novas manifestações populares do dia 12 de abril

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ULG

AÇÃO

Entidades de apoio às mulheres deverão realizar um ato na Câmara reivindicando o fi m da Secretaria das Mulheres

Movimento social pede a não extinção de secretaria

Intimidade provada

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Page 7: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Multa na Faixa Azul iniciahoje na Mário YpirangaA infração, considerada leve, pode gerar três pontos na carteira de habilitação e o pagamento no valor de R$ 53,20

O Instituto Munici-pal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaus-

trans) começa hoje (6) a fisca-lizar a circulação de veículos na faixa exclusiva (Faixa Azul) destinada à circulação de ôni-bus do sistema de transporte coletivo e táxis com passagei-ros, na avenida Mário Ypiran-ga Monteiro (antiga Recife), Zona Centro-Sul.

Após um mês da implanta-ção da Faixa Azul na avenida Mário Ypiranga, os agentes do Manaustrans iniciam a fiscali-zação na área. Segundo infor-

mações da assessoria, a faixa é destinada exclusivamente ao tráfego dos ônibus de trans-porte coletivo e táxis com pas-sageiros. O condutor que for flagrado transitando na faixa será autuado com base no artigo 184, inciso primeiro do Código de Trânsito Brasileiro, que estabelece “transitar com o veículo na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto para acesso a imóveis lindeiros (vizinhos) ou conver-sões à direita”. A infração é leve que gera três pontos na carteira de habilitação e a multa é de R$ 53,20.

O valor da multa e o peso da

infração é diferente da regra usada na avenida Constan-tino Nery, pois usam incisos diferentes do mesmo artigo, em virtude de um corredor está instalado na faixa da esquerda (Constantino) e o outro na faixa da direita (Mário Ypiranga).

O corredor exclusivo não está instalado em toda a ex-tensão da avenida, mas so-mente entre o Viaduto Miguel Arraes e a rua Teresina, no bairro Adrianópolis.

Em entrevista a uma rádio local na manhã de ontem, o diretor presidente do órgão de trânsito, Paulo Henrique Martins, esclareceu que o condutor que tiver a inten-

ção de converter à direita ou de acessar algum esta-belecimento à direita, não precisa fazê-lo bruscamente, pois cerca de 100 metros ou até 200 metros antes ele já pode começar a se posicio-nar para executar a manobra, porém se for constatado que o motorista não vai realizar conversão alguma ou acesso a lote, o agente de trânsito lavrará o auto de infração.

O Manaustrans informa que além dos ônibus de transporte coletivo, também estão auto-rizados a circular no corredor exclusivo os táxis, ambulân-cias, viaturas de polícia e de operações de trânsito devida-mente identificadas.

Fiscalização eletrônica O diretor-presidente do

Manaustrans, Paulo Henrique Martins, falou em entrevista a uma rádio local sobre os rada-res de fiscalização eletrônica que não estão funcionando em Manaus, em virtude do término do contrato com a empresa Consladel. Ele afir-mou que um novo processo de licitação está tramitando e que até o final do mês de abril estará definido qual empresa deve ser contratada.

A previsão é que em maio a vencedora da licitação co-mece a operar e que novos equipamentos sejam ins-talados, visto que os que estão instalados na cidade

serão removidos por serem alugados. Paulo Henrique destacou que durante esse período de escolha da nova empresa a assumir, agentes de trânsito estarão fiscali-zando a velocidade nas vias da cidade com o uso de radares portáteis móveis. Ele alertou que qualquer via que esteja devidamen-te sinalizada com placas de limite de velocidade pode ser fiscalizada.

“A orientação aos conduto-res da cidade é que respeitem os limites de velocidade, res-peitem a vida ou podem ser multados, ou até mesmo cau-sar acidentes e transtornos mais graves”, ressaltou.

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A partir de hoje, na Faixa Azul, no lado direito da avenida Mário Ypiranga, os veículos particulares estão proibidos de trafegar, exceto para acesso a imóveis ou para dobrar à direita

Motoristas ganharam um bônus de R$ 1 mil para converterem seus carros para uso do GNV

HELTON DE LIMAEquipe EM TEMPO

Bônus para quem usar o GNV Começa hoje a campanha

“GNV fazendo mais por você”, da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), que vai conceder um bônus de R$ 1 mil aos motoristas que converterem o veículo para abastecer com Gás Natural Veicular (GNV).

O benefício é concedido pelo governo do Estado e será válido aos 250 primeiros condutores que adaptarem o combustível nos próximos seis meses.

Com cinco postos já ope-rando com gás natural em Manaus, dois dos quais inau-gurados no final de março pelo governador José Melo, a campanha tem como obje-tivo consolidar o GNV como uma alternativa mais eco-nômica, segura e ambiental-mente adequada de combus-tível. Ao custo de R$ 2,30 o metro cúbico, o gás natural é até 50% mais econômico que os demais combustíveis, não entra em contato com o ar ao abastecer e possui queima limpa.

Nas cinco oficinas creden-ciadas pelo Instituto Nacio-

nal de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) da capital amazonense, a con-versão custa, em média, R$ 4.500. Para ter ainda mais facilidades de pagamento, o motorista tem opções de linha de crédito junto à Agên-cia de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) ou pelo banco Bradesco.

EconomiaNo último dia 25 de março,

ao inaugurar o fornecimento do GNV no posto BR Ponta Negra, na avenida Coronel Teixeira, Zona Oeste, o go-vernador José Melo ressaltou o diferencial econômico do uso do combustível e desta-cou a ampliação da linha de financiamento para conver-são veicular para o uso do gás, crédito antes restrito aos taxistas.

“O Amazonas tem três grandes bacias de gás e vamos ter em abundância durante bastante tempo. Esse gás veicular vem em um momento importante em que a gasolina está muito cara. O importante é continuar

expandindo o fornecimento e as linhas de financiamento para transformar o veículo para usar o gás veicular. Es-tamos empenhados nisso”, frisou o governador.

José Melo também infor-mou que o governo está em tratativas para aumentar a rede de fornecimento da Cigás em todo o Estado. Para este ano, a companhia projeta investimentos da ordem de R$ 70 milhões. De acordo com balanço apre-sentado pelo presidente da Cigás, Lino Chíxaro, somen-te neste primeiro semestre R$ 30 milhões estão sen-do aplicados na expansão da rede de abastecimento de gás natural para as in-dústrias e na abertura de novos postos com o GNV. Ano que vem, a Compa-nhia inicia o processo para levar o gás ao consu- midor residencial.

O regulamento completo estará disponível no site www.cigas-am.com.br. Para mais informações ou agen-damento o contato é por meio do 0800-723-3201.

COMBUSTÍVEL

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AÇÃO

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Page 8: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

De acordo com Francisco Cipriano, este foi o quinto ano que a tradição deixou de existir, pois ele demons-trou está se sentido coagi-do. “Nossa malhação era uma forma de mostrar para a sociedade os principais problemas, principalmen-te em relação à política”, disse. Ele contou que nos

anos anteriores teve pro-blemas com o artista que confecionava os bonecos de políticos locais.

“Mas este ano, que eu estava disposto a voltar, acredito que a multa foi proposital para evitar que fizéssemos. Acho que nem retorne nos próximos anos. Agora preciso me dedicar

para pagar os R$ 20 mil e evitar que o meu próprio bar seja fechado”, explicou.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) informou que irá verficar a forma como foi realizada a fiscalização e, somente hoje, irá se pronunciar so-bre o caso.

O proprietário, Francisco Cipriano, alega que está sendo coagido a não “malhar” mais as versões dos políticos locais no tradicional Sábado de Aleluia

Bar do Cipriano desisteda ‘malhação de Judas’

Há cinco anos, a tra-dicional “malhação de Judas”, do bar do Cipriano, localiza-

do na esquina da rua Ferreira Pena e avenida Ayrão, Zona Centro-Sul, não é realiza-da. Segundo o proprietário, Francisco Cipriano, há uma certa “perseguição política” com o estabelecimento que, inclusive,foi multado este ano uma semana antes do feriado de Páscoa.

De acordo com Cipriano, an-tes do início da Semana Santa, alguns fiscais da Prefeitura da Manaus apareceram no esta-belecimento e levaram uma pequena caixa de som e um violão. “O que mais me aba-lou foi a abordagem, parecia que éramos criminosos, pois chegaram com metralhado-ras, como se tivesse em uma guerra, mas tínhamos apenas uma caixa de som”.

O proprietário do bar che-gou a citar que o retorno da “malhação de Judas” foi cancelado após receber uma multa de mais de R$ 20 mil. “Não tivemos nenhum aviso que estava algo errado para receber essa multa, então nem tive clima de continuar com esse prejuízo”, disse.

Há cinco anos, o bar do Cipriano deixou de fazer sua tradicional “malhação de Judas”

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Críticas à política amazonense

Mais de mil quilos do peixe foram apreendidos, sábado

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AÇÃO

Polícia apreende pirarucuirregular em Novo Airão

Policiais Militares do Ba-talhão Ambiental, em ação conjunta com agentes do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), apreenderam mil quilos de pirarucu de origem irregu-lar em uma embarcação no município de Novo Airão (a 115 quilômetros de Ma-naus em linha reta).

A apreensão ocorreu no último sábado e o condutor da embarcação, que estava sem habilitação, foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia da Polícia Civil em Novo Airão.

De acordo com policiais do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amazonas

(PMAM), todo o pirarucu apreendido foi entregue à Prefeitura de Novo Airão para ser distribuído para comunidades carentes.

A embarcação foi condu-zida para Manaus e entre-gue à responsabilidade da Capitania Fluvial da Ama-zônia Ocidental (CFAOC). A apreensão foi realizada após patrulhamento de ro-tina na região.

As denúncias sobre cri-mes ambientais podem ser feitas ao Batalhão Ambien-tal da Polícia Militar do Amazonas por meio dos seguintes telefones: 190, (92)98842-1547 e (92) 98802-3699.

FISCALIZAÇÃO

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015 (92) 3090-1042 País B2

STF discutirá sobre o ensino religioso

DIVULGAÇÃO

Morte de menino gera protestosA ONG Rio de Paz fez um

protesto contra morte do menino Eduardo Oliveira, 10, ontem (5), na praia de Copa-cabana. Cerca de 20 pessoas caminharam pela orla.

Os manifestantes vestiam camisas pretas e carregavam um caixão branco simbolizan-do o corpo do menino, morto no último dia 9, no Complexo do Alemão. Eduardo brincava no celular quando foi atingido por um tiro de fuzil. A família acusa a polícia de ter efetu-ado do disparo.

A família de Eduardo em-barcou no fi nal da manhã deste domingo para Teresina, no Piauí. O menino será sepul-tado na cidade de Correntes,

a 800 quilômetros da capital, na próxima segunda.

O traslado do corpo e as passagens de avião e de ônibus para a mãe, o pai e duas irmãs da criança foram custeadas pelo governo do Estado do Rio.

A morte do menino causou comoção no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio, que viveu uma onda de violência desde quarta-feira passada. Quatro pessoas morreram devido à sequência de con-frontos entre polícia e trafi -cantes nas comunidade.

Na quarta, três pessoas morreram, entre elas, a mora-dora local Elizabeth de Moura

Francisco, 41, baleada dentro de casa. O menino morreu na quinta, depois que a PM refor-çou o efetivo no Alemão.

Na última sexta-feira (3), a PM dispersou manifestantes que pediam paz na entrada do Complexo do Alemão. Os moradores reagiram atiran-do pedras e garrafas na polí-cia militar. No último sábado (4), aproximadamente 200 moradores fi zeram mais um protesto para pedir o fi m da violência na comunidade.

A PM informou que pre-tende ampliar sua presença no Alemão. O complexo tem quatro bases da UPP (Uni-dade de Polícia Pacifi cadora) desde de 2012. Mesmo com a

presença ostensiva da polícia da área, trafi cantes continu-am a dominar as favelas e os tiroteios são constantes.

A Secretaria Estadual de Segurança informou que au-mentará o número de bases e do efetivo policial no Com-plexo do Alemão.

Bala perdidaUm homem de 50 anos

foi atingido por uma bala perdida, por volta das 19h do último sábado (4), na Penha, na Zona Norte do Rio de Ja-neiro. Segundo a Polícia Civil, ele estava em um ponto de ônibus próximo ao supermer-cado Guanabara, quando foi atingido na cabeça.Moradores fazem ato contra a violência da polícia no Rio

TOMAZ SILVA/ABR

RIO DE JANEIRO

Câmara vai analisar PEC sobre a maioridade penal Proposta de Emenda Constitucional que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal será analisada no próximo dia 8

Proposta para a redução da maioridade penal no país tem gerado várias manifestações a favor e contra a PEC que será analisada na próxima quarta-feira (8) pela Câmara dos Deputados

EBC

Quase 23 anos após a apresentação da Proposta de Emen-da à Constituição

(PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, a Câmara dos Deputados ini-ciará nesta quarta-feira (8) a análise do mérito do texto.

A comissão especial criada pelo presidente da casa, Edu-ardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir a PEC será instala-da na quarta, quando serão eleitos o presidente e os vice-presidentes e escolhido o relator da matéria. A co-missão será formada por 27 deputados titulares e igual número de suplentes.

Caberá ao colegiado de-bater o mérito da PEC, re-alizar audiências públicas para discutir a mudança da imputabilidade penal, com a

redução da maioridade penal e elaborar um parecer sobre a proposta, o qual será votado pela comissão.

Se aprovada pela comissão, a matéria será encaminhada à apreciação do plenário da Câmara, em dois turnos de votação. Parada há mais de 22 anos na Comissão de Cons-tituição e Justiça, a PEC teve sua admissibilidade aprovada na semana passada e agora terá o mérito apreciado pela comissão especial.

DepoimentoOutro tema que movimenta-

rá o Congresso Nacional nesta semana é o depoimento do secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, na Comis-são Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, na quinta-feira (9), às 9h30. Ele é um dos

acusados de receber recursos desviados da Petrobras. Ama-nhã, às 14h30, a CPI tomará o depoimeto do diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior.

Também nesta semana as recém-criadas CPIs do Sis-tema Carcerário Brasileiro e a destinada a investigar a

morte e o desaparecimento de jovens negros e pobres vão se reunir para defi nir o roteiro de trabalhos e votação de requerimentos.

A comissão especial que analisa as propostas de refor-ma política ouvirá amanhã , em audiência pública, o presiden-te do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, sobre sistemas eleitorais e fi nanciamento de campanhas. Dirigentes de outros partidos políticos serão ouvidos pela comissão no mesmo dia.

Na quinta-feira (9), às 14h, a Comissão de Direitos Hu-manos e Minorias da Câmara promoverá audiência pública sobre “os cem dias de direitos humanos” em alusão aos cem dias do atual governo, que se completados na próxima sexta-feira, dia 10.

O presidente do PMDB e vice-presidente da Repúbli-ca, Michel Temer, participa, amanhã (7), às 14h30, na Comissão Especial da Re-forma Política da Câmara, de audiência pública sobre um novo sistema político a ser votado pelo Congres-so. Temer foi convidado pela comissão e confi rmou presença para falar de sis-temas eleitorais e fi nancia-mento de campanhas.

Também na terça-feira pela manhã, os deputados da comissão debaterão o tema com os presidentes do PRB, Marcos Pereira;

do PPS, Roberto Freire; do Psol, Luiz Araújo; e do PHS, Eduardo Machado.

De acordo com o relator da reforma política na co-missão, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), autor do requerimento para audiên-cia, os debates têm como objetivo o fortalecimento dos partidos políticos.

Segundo ele, não seria razoável deliberar sobre um novo sistema político-partidário “sem ouvir os dirigentes nacionais dos partidos políticos com re-presentação no Congres-so Nacional”.

Reforma política em debate

PROMESSAO presidente da Câ-mara, deputado Edu-ardo Cunha (PMDB-RJ), adiantou que, ainda no primeiro semestre, pretende fazer uma semana de esforço concentrado para votar a reforma política

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Defesa Civil traça plano de evacuação em Santos

Apesar de os bombei-ros terem descartado o risco de nova explosão nos toneis de combustível do depósito da empresa Ultracargo, em Santos, a Defesa Civil do Esta-do já tem um plano para retirada de famílias que estão nas redondezas do incêndio, que, na tarde deste domingo (5), chegou a mais de 77 horas.

Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, José Roberto Rodrigues de Oliveira, há um plano para retirar de 400 a 5 mil pessoas de suas casas das proximidades do incêndio caso o cenário piore. Ele afirmou, porém, que não há necessidade de pôr o plano em prática.

Escolas da região já foram selecionadas para abrigar as pes-

soas e o Exército está preparado para agir, conforme Oliveira.

AvançosApesar do plano de

retirada, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), disse à reportagem que está des-cartada, diante do cenário atual, a possibilidade de evacuação de pessoas da vizinhança “em virtude da evolução positiva da con-tenção do incêndio”.

Dentre os avanços ob-tidos no combate, ele ressaltou o trabalho de inertização de tanques onde havia compostos químicos que causavam maior preocupação e a retirada desses produ-tos do local. Três tan-ques estão em chamas neste domingo.

Fuga é frustrada em PedrinhasOito bandidos atacaram o

Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA), com tiros de fuzis e pistolas, na madrugada deste domingo (5). A ação foi combinada para facilitar a fuga de detentos.

Segundo nota da Sejap (Se-cretaria de Estado da Adminis-tração Penitenciária) e da Se-cretaria de Segurança Pública do Maranhão, a ação ocorreu por volta das 4h. Quatro pre-sos chegaram a fugir, mas foram recapturados depois.

Segundo o governo, vários veículos - o número exato não foi divulgado - foram parados em frente ao complexo e os bandidos atiraram contra o prédio, havendo troca de tiros com policiais. Quatro presos do Centro de Detenção Provi-sória tentaram fugir durante o tiroteio, mas foram captura-dos. Eles foram identificados pela Sejap como Adeilton Al-ves Nunes, Ilton Carlos Mar-tins, John Lennon da Silva Lima e John Carlos Campos Silva.

Um dos veículos utilizados pelos bandidos foi localizado meia hora depois da ação e

apreendido pela Polícia Mili-tar. Outros dois foram encon-trados em Santa Cruz, próximo à cidade de Morros.

Essa é a terceira fuga no Complexo de Pedrinhas ape-nas em 2015. Em março, qua-tro escaparam do conjunto de penitenciárias do Maranhão.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou que segue com as investigações.

Violência O Complexo Penitenciário

de Pedrinhas é palco de di-versas rebeliões e tentativas de fuga desde 2013. Desde então, foram registradas 79 mortes de detentos.

A violência no sistema pri-sional gerou uma crise de se-gurança na gestão da então governadora Roseana Sarney (PMDB), que deixou o cargo no fim de 2014, e críticas de organizações internacionais.

Logo após ter sido eleito, o atual governador do Mara-nhão, Flávio Dino (PC do B), disse que iria tentar resolver os problemas das prisões no Maranhão.

STF discute sobre ensino religioso na rede escolarInscrições para participar da audiência pública que vai debater sobre o assunto terminam no próximo dia 15 de abril

As inscrições para a audiência pública so-bre ensino religioso, no Supremo Tribunal

Federal (STF), terminam no próximo dia 15 deste mês.

A audiência foi convocada pelo ministro Roberto Bar-roso para o dia 15 de junho, relator da ação direta de in-constitucionalidade (Adin), na qual a Procuradoria Geral da República pede que a corte reconheça que o ensino reli-gioso é de natureza não con-fessional, com a proibição de admissão de professores que atuem como “representantes de confissões religiosas”.

Para participar da audiência, os interessados devem enviar e-mail para o endereço ele-trônico [email protected] até o próximo dia 15.

Na mensagem, deve constar a qualificação da entidade ou especialista, currículo resumi-do e um sumário das posições que serão defendidas no even-to. Os critérios de seleção dos participantes serão conforme representatividade da entida-de, qualificação do expositor e distribuição de pluralidade.

Além das inscrições de par-ticipantes, o ministro decidiu convidar diretamente 12 enti-dades envolvidas no assunto,

como a Confederação Israelita do Brasil (Conib); Conferência Nacional dos Bispos do Bra-sil (CNBB); Convenção Batis-ta Brasileira (CBB); Federação Brasileira de Umbanda (FBU); Federação Espírita Brasileira (FEB); Federação das Asso-ciações Muçulmanas do Brasil (Fambras); Igreja Assembleia de Deus, Liga Humanista Se-cular do Brasil (Lhis); Socieda-de Budista do Brasil (SBB) e Testemunhas de Jeová.

A ação da Procuradoria da República foi proposta pela então vice-procuradora Dé-bora Duprat em 2010. Segun-do a procuradoria, o ensino religioso só pode ser ofere-cido se o conteúdo progra-mático da disciplina consistir na exposição “das doutrinas, das práticas, das histórias e da dimensão social das dife-rentes religiões”, sem que o professor tome partido.

Segundo a procuradora, o ensino religioso no país aponta para a adoção do “ensino da religião católica” e de outros credos, que afronta o princípio constitucional da laicidade. O ensino religioso está na Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional e no Decreto (7.107/2010), acordo assina-do entre o Brasil e Vaticano. Supremo Tribunal Federal (STF) realizará audiência, no dia 15 de junho, para debater sobre o ensino religioso nas escolas do país

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AÇÃO

Presídio de Pedrinhas soma 79 mortes de detentos desde 2013

INCÊNDIO MARANHÃO

Fogo consome depósito de combustível da Ultracargo

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Obama volta a defender acordo nuclear com o IrãEm entrevista publicada ontem pelo “New York Times”, pacto é a melhor forma de evitar uma bomba atômica iraniana

O presidente dos Es-tados Unidos, Bara-ck Obama, voltou a dizer que o acordo

nuclear com o Irã é a me-lhor forma de prevenir que o país persa tenha a bomba atômica, apesar das críticas de Israel e das ameaças dos adversários republicanos.

Em entrevista publicada neste domingo (5) pelo jornal “The New York Times”, o man-datário afirmou que entende o temor dos israelenses em relação aos iranianos, mas garantiu a proteção do Estado judaico em relação a qualquer ataque. “O que eu diria ao povo israelense é que não há forma, não há opção, mais efetiva de evitar que o Irã tenha uma bomba nuclear que a iniciativa diplomática e o plano de ação

que propusemos”, disse.Sobre o acordo, ele disse

que os Estados Unidos são su-ficientemente poderosos para enfrentar os riscos do acordo e comparou a situação do Irã com a de Cuba, com quem re-tomou relações diplomáticas em dezembro.

“Não é um país que ameaça nossa segurança, então não há motivo para não testar a proposição. Se notarmos que isso não teve o melhor re-sultado, nós podemos ajustar nossas políticas”, disse.

“O orçamento de defesa do Irã é de US$ 30 bilhões. O nosso é perto de US$ 600 bilhões. O Irã entende que eles não podem nos enfren-tar. (...) A doutrina Obama é: nós vamos nos envolver, mas preservando todas as

nossas capacidades”.Para o mandatário, a solução

diplomática para o programa nuclear iraniano é a forma mais garantida de manter a segurança e a proteção de seus aliados, embora não des-carte as opções militares.

“De fato, você pode argu-mentar que eles são oposi-tores ferrenhos nossos, mais uma razão para nós queremos um acordo em que saberemos o que eles estão fazendo e que, por um longo período, possa impedir que eles tenham uma arma nuclear.”

Críticas Na entrevista, ele disse se

preocupar com a retórica de políticos israelenses, organi-zações judaicas americanas e republicanos, que o acusam de

ser contra Israel por ter assi-nado o acordo com o Irã.

“Tem sido pessoalmente di-fícil ouvir expressões de que este governo não fez tudo o que poderia para cuidar dos interesses de Israel e a insinu-ação de que não consideramos o contexto da amizade e as ameaças que o povo israelen-

se continua a enfrentar”.Sobre a ameaça dos repu-

blicanos de tentar derrubar o acordo e as mudanças nas sanções no Congresso, ele voltou a dizer que preser-vará seu poder de definir os acordos por ordem executiva (decreto-lei).

CompromissoO presidente do Irã, Hasan

Rowhani, disse que o país honrará com os compromis-sos acertados no plano de ação para o acordo sobre o programa nuclear desde que as potências cumpram sua parte. Pelo cronograma, o Irã se compromete a fechar três de suas cinco usinas de combustível nuclear e limita o enriquecimento de urânio em 3,67%, suficiente para gera-

ção de energia. Em troca, EUA e UE começarão a retirar as sanções ao país.

Em cadeia nacional de rá-dio e televisão, ele chamou o acordo de histórico, mas os países do grupo P5+1 -Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alema-nha- devem se comprometer com suas obrigações. “Nós não trapaceamos. Não temos duas caras. Se nos compro-metemos com alguma coisa, agiremos de acordo com o que foi determinado. Claro que depende também que o outro lado cumpra suas promessas”, disse Rowhani.

O chefe de governo conside-ra que o acordo nuclear é sinal de que as potências aceitaram que o Irã poderá enriquecer petróleo em seu solo.

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Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama afirmou que o acordo fechado com o Irã na semana passada é a melhor forma de prevenir o avanço do programa nuclear iraniano no momento

Papa Francisco fez um apelo contra a intolerância no mundo durante o discurso da Páscoa

Papa pede fim da violência no mundoO papa Francisco recordou

ontem (5) os cristãos per-seguidos por causa de sua fé e as vítimas de todos os conflitos, pedindo o fim da violência, em mensagem no domingo da Páscoa.

“Pedimos a Jesus vitorioso que alivie o sofrimento de tantos irmãos nossos per-seguidos por causa do seu nome, bem como de todos os que sofrem injustamente as consequências dos conflitos e das violências de hoje”, disse o papa.

Depois de presidir a ce-lebração da Missa da Res-surreição, debaixo de chuva, Francisco foi à varanda da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa e para a tradicional bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo).

Na mensagem, o pontífice voltou a pedir paz em todo o mundo, referindo-se a todos os que perderam a vida em conflitos, aos que foram se-

questrados e aos que tiveram de deixar suas casas. Francis-co recordou especialmente “os jovens assassinados na Universidade de Garissa, no Quênia”, onde um ataque exe-cutado pelo grupo somali Al-Shabab causou 148 mortos.

O papa enumerou os confli-tos existentes em todo o mun-do e citou a Síria e o Iraque, pedindo “que pare o fragor das armas e se restabeleça a boa convivência entre di-ferentes grupos que consti-tuem esses amados países”. Ele reiterou o apelo para que a comunidade internacional não “fique indiferente peran-te a imensa tragédia humana nestes países e o drama de tantos refugiados”.

Francisco referiu-se à situ-ação na Terra Santa e pediu que “cresça entre israelitas e palestinos a cultura do encon-tro e se retome o processo de paz, para por fim a anos de sofrimentos e divisões”.

O pontífice pediu também paz para a Líbia e que se conclua “o absurdo derrama-mento de sangue pelo qual o país está passando, bem como toda a bárbara violên-cia”, à semelhança do Iêmen, onde apelou para que “pre-valeça uma vontade comum de pacificação, para o bem de toda a população”.

Francisco referiu-se ainda ao acordo sobre o programa nuclear iraniano fechado na semana passada em Lausan-ne, na Suíça, fazendo votos de que “seja um passo definitivo em direção a um mundo mais seguro e fraterno”. Por fim, o papa pediu paz na “Nigéria, no Sudão e no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo”; reiterou o desejo de paz na Ucrânia; e implorou que as pessoas “não cedam ao orgulho que fomenta a violência e as guerras” e que “tenham o valor humilde do perdão e da paz”.

MENSAGEM DE PÁSCOA

FESTAO acordo foi recebido com festa pela maio-ria dos iranianos, que saíram aos milhares pelas ruas de Teerã com bandeiras do país, fizeram um buzinaço e gritaram palavras de apoio ao presidente

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Líderes definem nova luta

Os dirigentes da África Ocidental e da África Central vão se reunir na quarta-feira (8) em uma cúpula em Malabo, capital da Guiné Equatorial, para decidir uma “estratégia comum de luta” contra o grupo radical nigeriano Boko Haram, anunciou ontem (5) a Comunidade Eco-nômica dos Estados da África Ocidental.

“Perante os ataques cada vez mais nume-rosos e sangrentos dos fundamentalistas con-tra a Nigéria, o Níger, os Camarões e o Chade, com as suas graves con-sequências para esses países e risco de deses-tabilização para a África Ocidental e a Central, as duas comunidades econômicas regionais decidiram analisar a questão”, informou um comunicado. O texto adianta que, no dia 8, os chefes de Estado da região vão discutir “uma estratégia comum de luta contra o grupo ter-rorista Boko Haram”.

A Nigéria lançou, no início de fevereiro, uma ofensiva militar de gran-de envergadura contra o Boko Haram, com a aju-da dos vizinhos Chade, Níger e Camarões.

A operação regional permitiu expulsar o grupo da maioria das localidades que ocupa-va há vários meses no Nordeste da Nigéria.

BOKO HARAMMissão brasileira presencia uma mini-intifada em Gaza

Integrantes da Missão Hu-manitária a Gaza presencia-ram, na última sexta-feira (3), uma mini-intifada em que jovens palestinos joga-ram pedras de um lado e sol-dados israelenses atiraram bombas de gás lacrimogênio e balas revestidas de borra-cha de outro.

As intifadas fazem parte da história do conflito entre Israel e Palestina. Em 1987, a primeira intifada foi um le-vante popular em que jovens palestinos se defenderam com paus e pedras contra os militares israelenses que adotam a política de ocupa-ção do território palestino.

O pequeno vilarejo de Sua-lid fica próximo da cidade de Ramalah, na Cisjordânia, ter-ritório ocupado por Israel.

Já na entrada da vila, e mesmo de dentro de carros com janelas fechadas, era possível sentir o cheiro do gás lacrimogênio que, de tempos em tempos, era lan-çado para tentar conter os protestos dos palestinos. Na

rua onde ocorria o confronto, jovens com rostos cobertos e munidos com uma espécie de boleadeira respondiam com pedras aos ataques dos sol-dados israelenses, que fica-vam na outra ponta da rua, equipados com capacetes, fuzis e escudos.

ViolaçãoSegundo o Acordo de Paz

de Oslo, assinado entre Israel e Palestina, o vilarejo está localizado em região sob responsabilidade exclusiva da Autoridade Nacional Pa-lestina. No entanto, afirmam moradores do local, não é isso que acontece.

Os relatos são de que tanto as forças de segurança de Israel quanto colonos inter-ferem no território local. O embate testemunhado pelos brasileiros tem origem nesse tipo de interferência.

Há dois anos, um agricultor que tinha mais de 75 anos e vivia no local sofreu um traumatismo craniano e foi para o hospital em coma.

PALESTINA

Prédios em Gaza continuam destruídos após ataques de Israel

AP

A Organização das Na-ções Unidas (ONU) esti-ma em 519 o número de pessoas que foram mortas em quase duas semanas de ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita e seus aliados contra o Iêmen. A maioria dos mortos são ci-vis, dos quais 90 deles são crianças, segundo a ONU.

Desde o último dia 25 de março, a Arábia Saudita e seus aliados - a maioria formada pelas monarquias ditatoriais do Golfo -, de-ram início a uma campanha militar aérea na tentattiva de defender o presidente Abd Rabo Mansour Hadi (aliado dos sauditas) dos grupos de oposição lide-

rados pelos combatentes huthis (aliados do Irã).

A sub-secretária-geral para Assuntos Humanitá-rios da ONU, Valerie Amos, expressou preocupação com a “segurança dos ci-vis”, no Iêmen. Além de 519 mortos, ela disse que 1,7 mil pessoas ficaram feridas nos ataques aéreos.

Liderados pelos huthis, combatentes que se opõem ao presidente Abd Rabo Hadi assumiram ontem o controle da estratégica cidade portuária do Iêmen

Oposição iemenita ocupa sede do governo em Áden

Os rebeldes huthis assumiram o con-trole neste domin-go (5) da sede do

governo em Áden, segunda maior cidade do Iêmen, país do Oriente Médio que enfrenta uma guerra civil. Áden abriga o principal porto do país, que fica próximo à entrada para o mar Vermelho, rota por onde passam até 4 milhões de barris de petróleo por dia. O porto está fechado desde o fim de março devido ao conflito.

Os huthis e seus aliados, mi-litares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, avançaram durante a noite e tomaram “a sede da administração pro-vincial, incluindo o escritório do governador”, relatou uma autoridade local.

Em seu avanço, eles ataca-ram áreas residenciais, incen-diaram e danificaram casas, de acordo com testemunhas, que relataram mortos e fe-ridos e a fuga de dezenas de famílias. Na manhã des-te domingo, os rebeldes se encontravam perto do porto, defendido pelos “comitês po-pulares” leais ao presidente Abd Rabo Hadi, exilado na Arábia Saudita. O local era de-fendido por militantes leais ao presidente Hadi, posicionados com armas em cima no topo de prédios da região.

Agressões aéreas lideradas pela Arábia Saudita causaram a morte de inocentes no Iêmen

APSauditas assassinam 519 civis

Lubitz é acusado de derrubar o avião da Germanwings

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Lusthansa não informou sobre doença de copiloto

A empresa aérea Luf-thansa não informou as autoridades alemãs de tráfego aéreo sobre os transtornos psiquiátricos sofridos por Andreas Lu-bitz, o copiloto acusado de ter derrubado de propósito o avião da Germanwings que levava 150 pessoas a bordo, informou o jornal alemão “Die Welt”.

Sob condição de anoni-mato, um funcionário do LBA (Departamento de tráfego aéreo da Alema-nha) revelou ao periódico que as informações sobre a saúde mental de Lubitz chegaram ao órgão três dias após o acidente, em 27 de março. A Lusthansa, dona da Germanwings, ti-nha a obrigação de infor-mar as autoridades sobre

problemas graves de saúde de seus pilotos, como uma depressão, devido a uma norma criada em 2013.

Lubitz obteve licença para pilotar em 2009, após fazer tratamento contra tendências suici-das. Ele foi aprovado em seis avaliações de rotina e seguiu trabalhando. Após o acidente, investigadores descobriram que Lubitz estava em tratamento e que tinha um atestado para não ir trabalhar no dia da queda do avião.

EstudoO “Bild”, outro jornal ale-

mão, publicou os resultados de um estudo que aponta que a maioria dos pilotos que sofrem de depressão oculta o problema.

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Cartas de Frida Kahlo vão a leilãoSÃO PAULO, SP (FOLHA-

PRESS) – “Não sei escrever cartas de amor. Mas queria dizer que todo o meu ser se abriu a você. Desde que me apaixonei, tudo se transfor-mou e está cheio de beleza... Amor é como um aroma, como uma corrente, como chuva. Você sabe, meu céu, você chove em mim e eu, como a terra, recebo você”.

A carta acima, enviada pela artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) em outubro de 1946 para seu amante em Nova York, o artista refugiado espanhol José Bartoli (1910-1995), é uma das várias que ela escreveu durante seu ca-samento com o pintor Diego

Rivera (1886-1957) e que per-manecem inéditas.

No próximo dia 15, esta e outras 24 missivas, todas com algo entre 2 e 12 pági-nas, serão negociadas em um leilão de livros raros, mapas e autógrafos na Doyle, em Nova York. Num momento em que a produção da artista está em grandes mostras em Detroit e em Nova York, o conjunto promete se tornar o principal atrativo do leilão, chegando a alcançar US$ 120 mil (cerca de 380 mil), na estimativa dos leiloeiros.

Kahlo conheceu Bartoli em Nova York, em 1946, quando tinha 39 anos e foi à cidade para uma cirurgia – decor-

rência do acidente de ônibus que sofreu aos 18 anos e que a deixou parcialmente parali-sada e com dores pelo resto da vida. Até 1949, já de volta à Cidade do México e casada com Rivera, ela escreveu cerca de cem páginas de correspon-dência poética para Bartoli.

Com desenhos e fotogra-fias, as cartas trazem novas informações sobre a paixão de Kahlo por Bartoli, uma gravi-dez desconhecida, sua relação com Rivera e seus anseios pessoais e profissionais. Tam-bém jogam luz sobre uma das pinturas mais conhecidas de Kahlo, “Árvore da Esperança”, um autorretrato duplo com-pletado em 1946.

INÉDITAS

O artista José Bartoli manteve a correspondência com Kahlo em segredo até morrer, em 1995

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AÇÃO

Elba Ramalho lança álbum que vai do reggae ao fadoNo CD “Do Meu Olhar pra Fora”, a artista paraibana busca fugir de rótulos e mostra que pode cantar qualquer ritmo

SÃO PAULO, SP (FO-LHAPRESS) – Com músicas que falam de liberdade, paz e

natureza, Elba Ramalho lan-ça o disco “Do Meu Olhar pra Fora”. Eclético em sons e ritmos, é o resultado moder-no da parceria que fez com o filho, Luã Mattar, e com o coprodutor Yuri Queiroga. Embora a canção de aber-tura seja um forró, gênero musical com o qual costu-ma ser associada, o novo álbum é contemplado com composições em estilos que variam do reggae ao fado. “Quis fazer um disco com assuntos que trouxessem a tranquilidade e a serenidade do contexto em que vivo hoje”, introduz a cantora.

A liberdade de que falam algumas das canções do ál-bum, como a mais autorrefe-rente “Ser Livre”, ultrapassa a barreira de servir de tema.

“Tem muito a ver com o mo-mento que vivo, que é o de liberdade de escolha. Hoje, o trabalho de muita gente está muito atrelado ao mercado. O meu não. Sempre fui muito verdadeira no que faço”, alfi-

neta a cantora, ao explicar o conceito do disco.

Foi Elba quem, em parceria com a dupla de produtores da qual faz parte o filho, de-finiu o repertório. “Quis fugir

de rótulos, mostrar que Elba pode cantar qualquer coisa. Assim, mostro o quão amplo é o universo da música”, diz.

Além disso, foi na própria casa da artista, no Rio de Janeiro, que tudo foi gravado. “Foi um processo indepen-dente. Moro no meio da natu-reza, com vista para a Pedra Bonita. Foi tudo muito gosto-so”, comenta a cantora.

O álbum “Do Meu Olhar pra Fora” chega às lojas dois anos após “Vambora Lá Dan-çar”, seu último lançamento. “Mas sinto que, com esse novo trabalho, consigo con-cretizar um conceito musical que iniciei em ‘Qual o Assunto que Mais lhe Interessa?’”, diz a cantora, referindo-se ao seu disco de 2007. “É um conceito musical que englo-ba novas sonoridades, que sugere o pop e o contemporâ-neo. Agora sinto que alcancei maturidade”, conclui. O cantor e compositor Chico César participa do novo disco de Elba com a música “Patchuli”

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Assinadas por composi-tores como Dominguinhos (1941-2013), Chico Cé-sar, Lenine, Chico Science (1966-1997), Zélia Duncan, Arlindo Cruz e Zeca Pagodi-nho, as canções de “Do Meu Olhar pra Fora”, novo disco de Elba Ramalho, formam um repertório surpreen-dente. A composição “Ser Livre”, de Zeca e Arlindo, é uma das surpresas – e de samba não tem nada.

“Essa música o Zeca me

deu há 30 anos, e só agora gravei. Mas a ideia que eles tinham para ela era muito diferente do resul-tado final. Luã fez arranjos novos, gravou guitarras, e ela ficou etérea, uma coisa viajante”, diz Elba.

Já Chico César criou a di-vertida faixa “Patchuli”. “Pedi a ele uma música puxada para o ritmo coco, e ele me mandou duas. Uma era mais densa, e achei que já tinha esse peso no disco. Então,

eu o convidei para gravar comigo essa outra, que é uma alegre brincadeira”.

Com Zélia Duncan a his-tória foi parecida. “Ela me mostrou ‘Só Pra Lembrar’, e gostei, pois fala de amor, fé e esperança.” Elba divide o vocal com a cantora por-tuguesa Carminho, ainda, em um fado inédito de Do-minguinhos. Na francesa “La Noyée”, Marcelo Jeneci a acompanha. “Foi tudo muito harmonioso.”

Resultado alegre e harmonioso

LIBERDADEElba Ramalho optou por lançar um traba-lho que não estivesse atrelado ao mercado musical de hoje. “Tem muito a ver com o momento que vivo, que é o de liberdade de escolha”, diz

O lançamento do disco “Do Meu Olhar pra Fora” tem valor afetivo para Elba Ramalho. Esse é o primeiro trabalho dela em parceria com o filho, Luã Mattar – fru-to de seu relacionamento com Maurício Mattar.

“Nunca planejamos fazer nada juntos”, ri a cantora. “Luã morou quatro anos nos EUA, onde frequentou uma escola de música, e eu nem sabia se ele voltaria. Mas ele se formou e veio para cá cheio de ideias

e de conhecimento”.Desse entusiasmo sur-

giu o projeto em família. “Reformamos o estúdio de casa por dois anos, moder-nizamos os equipamentos e, então, passamos seis meses compilando as músicas para o CD”, explica Elba.

Em parceria com Yuri Quei-roga, coprodutor do álbum, Luã deu o tom jovial do traba-lho, agregando tecnologia e sonoridade contemporânea. Há batidas eletrônicas, gui-

tarras e efeitos de sinte-tizadores. “Desconstruímos as músicas e demos a elas novo formato”.

Disco possui valor sentimental

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B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

ÁRIES - 21/3 a 19/4 A sorte lhe favorece nos assuntos mais íntimos e pessoais. No mais, bastante cautela, pois tomado por emoções inebriantes pode tomar partido de modo inconsequente.

TOURO - 20/4 a 20/5 Marte e Vênus em aspecto tenso indicam a tendência a forçar a realidade material e a boa vontade do mundo à sua volta para você caminhar nas direções que lhe interessam.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 As pessoas podem lhe parecer agressivas e ousadas, chegando mesmo a provocar sua auto-ridade. É preciso ponderar e aparar as arestas, se não quiser cultivar um confronto.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 A intenção de se aproximar de algumas pes-soas importantes pode sofrer a intervenção negativa de obstáculos estranhos. Veja se não há alguma confusão nessa história.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Seus relacionamentos mostram tensões acentu-adas, inclusive afetivas. Nem tudo o que planeja irá sair como gostaria. Atenção, pois você pode estar mirando em alvo errado.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Atenção àquilo que fala ou as ideias que defende, pois pode envolver-se mesmo que sem perceber em contradições, falseamen-tos ou enganos; em especial, nas relações afetivas.

LIBRA - 23/9 a 22/10 O casamento e associações estão em momen-to tenso, intenso e delicado. Tenha calma e ponderação diante de preocupações. Procure agir sem se confundir ou causar confusão.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 A vida amorosa ou os fi lhos propiciam situa-ções instáveis. Cuidado para não se enganar quanto aos sentimentos que os outros têm de você, ou você dos outros.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Marte e Vênus em aspecto tenso com Netuno atraem mal estar e desconfiança para as relações amorosas, o ambiente doméstico e as parcerias e associações. Seja prudente.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Você se envolve em casa ou com os amigos com um certo mal estar associado a algu-ma confusão ou instabilidade emocional. As ações voluntariosas aceleram os enganos.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Cuidado para não ser vítima de enganos dos quais possa se arrepender. Para isso, o conselho é o de ponderar bem antes de agir. Os erros podem ser evitados a tempo.

PEIXES - 19/2 a 20/3 A indecisão ou indefi nição pode irritar as pessoas, ainda mais no trato com negócios. Mas não vale forçar decisões precipitadas, ou pode tomar direções equivocadas.

Programação de TV

CruzadinhasHoróscopo Cinema

CONTINUAÇÕES

PRÉ-ESTREIA

O Garoto da Casa ao Lado: EUA. 16 anos. Cinépolis Millen-nium 2 – 19h45, 22h15 (leg/diariamente), Cinépolis Plaza 8 – 18h30 (leg/diariamente); Ci-népolis Ponta Negra 6 – 19h30 (leg/diariamente).

Cinderela: EUA. Livre. Cinemark 2 – 14h, 16h20, 18h40, 21h (dub/diariamen-te), 23h20 (dub/somente sá-bado), Cinemark 8 – 12h30, 14h50, 17h30, 19h50, 22h10 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 5 – 14h15, 19h25 (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 6 – 15h45, 18h15 (dub/diariamente), 20h45, 22h30 (leg/diariamente), Ci-népolis Millennium 7 – 13h45, 16h15, 18h45, 21h15 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 5 – 13h50, 16h15, 18h45,

21h15 (dub/diariamente), Ci-népolis Plaza 6 – 14h15, 16h45, 19h15, 21h45 (dub/diariamen-te); Cinépolis Ponta Negra 3 – 15h10 (dub/diariamente), 18h10, 21h10 (leg/diariamen-te), Cinépolis Ponta Negra 8 – 13h40 (dub/somente sex-ta-feira, sábado e domingo), 16h20, 18h50, 21h50 (dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 14h10, 19h40 (dub/diariamente), 16h50, 22h20 (leg/diariamente); Kinoplex 1 – 13h50, 16h20, 18h50, 21h20 (dub/diariamente), Kinoplex 2 – 15h50, 18h30, 20h50 (dub/diariamente); Playarte 3 – 12h50, 15h15, 17h40, 20h05 (dub/diariamente), 22h25 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 4 – 12h51, 15h16, 17h41, 20h06 (dub/diariamente), 22h26 (dub/

somente quinta-feira, sexta-feira e sábado); Playarte 7 – 13h50, 16h20, 18h50, 21h20 (leg/diariamente), 23h40 (leg/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado).

A Série Divergente - Insur-gente: EUA. 14 anos. Cinema-rk 3 – 13h30 (3D/dub/exceto domingo), 18h50 (3D/dub/so-mente sábado), 16h, 21h30 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 4 – 17h50, 20h30 (3D/leg/diariamente), Ciné-polis Millennium 5 – 16h45, 21h45 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 4 – 13h45, 16h25, 19h30, 22h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 7 – 17h45, 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 19h10, 22h10 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta

Negra 7 – 14h50, 20h30 (dub/diariamente), 17h40 (leg/dia-riamente); Kinoplex 4 – 13h35, 16h05, 18h35, 21h10 (dub/diariamente).

O Sétimo Filho: EUA. 12 anos. Cinépolis Ponta Negra 9 – 20h10, 22h30 (dub/diariamente).

Golpe Duplo: EUA. 14 anos. Cinemark 5 – 15h40 (dub/dia-riamente), 20h40 (dub/exceto quarta-feira); Cinépolis Ponta Negra 6 – 21h40 (leg/diaria-mente); Playarte 10 – 13h15, 15h30, 17h45, 20h (dub/dia-riamente), 22h15 (leg/somen-te quinta-feira, sexta-feira e sábado).

Kingsman – Serviço Se-creto: RUS. 16 anos. Playarte 9 – 18h, 20h30 (dub/diariamen-

te), 23h (dub/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado).

Simplesmente Acontece: RUS/ALE. 14 anos. Playarte 2 – 13h30, 15h45, 18h, 20h15 (dub/diariamente), 22h30 (dub/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado).

Renascida do Inferno: EUA. 14 anos. Cinépolis Plaza 8 – 20h45 (dub/diariamente).

Bob Esponja – Um Herói Fora D’água: EUA. 12 anos. Playarte 8 – 12h40, 14h40, 16h40 (dub/diariamente).

Cinquenta Tons de Cinza: EUA. 18 anos. Playarte 8 – 18h40, 21h10 (dub/diariamente), 23h40 (dub/somente quinta-feira, sex-ta-feira e sábado).

A comédia romântica “E Se Fosse Verdade”, na Rede Globo

GLOBOSBT

6h30 Manhã no Ar7h30 Fala Brasil9h Hoje Em Dia11h Magazine12h Alô Amazonas13h30 Programa da Tarde16h Cidade Alerta18h45 A Crítica na TV19h30 Novela: Os Dez Mandamentos20h30 Jornal da Record21h30 Série: Todo Mundo Odeia o Chris22h30 Repórter Record Investigação23h30 Série: Grimm1h15 Programação IURD

5h Café com Jornal SP6h30 Nosso Tempo7h Café com Jornal – Edição Brasil8h30 Dia Dia10h Jogo Aberto11h30 Nosso Tempo11h35 Exija Seus Direitos12h15 Câmera 1313h15 Cidade Urgente13h55 Igreja Universal14h Nosso Tempo15h Os Simpsons16h15 Brasil Urgente – Edição Regional17h15 Brasil Urgente – Edição Nacional18h50 Band Cidade19h20 Jornal da Band20h25 Mil e Uma Noites21h25 Show da Fé22h20 Os Simpsons22h45 CQC – Custe o Que Custar

5h Desenho Pré-escola 6h Igreja Universal 7h Notícias da Manhã 8h Bom Dia & Cia.10h Waisser 10h50 Programa Agora 12h25 Programa Livre 13h15 Casos de Família14h15 Maria Esperança 15h15 Coração Indomável 16h A Feia Mais Bela 17h Chaves 18h20 Jornal EM TEMPO 18h45 SBT Brasil 19h30 Chiquititas 20h15 Carrossel 21h15 Seriado 22h Programa do Ratinho 23h Máquina da Fama0h The Noite com Danilo Gentili1h Jornal do SBT1h45 Okay Pessoal2h45 Segurança Agora3h15 Programa Big Bang4h Igreja Universal

RECORD

5h Hora Um6h Bom Dia Amazônia7h30 Bom Dia Brasil9h Mais Você10h20 Bem Estar10h55 Encontro com Fátima Ber-nardes12h Amazonas TV12h47 Globo Esporte13h20 Jornal Hoje13h59 Vídeo Show14h48 Sessão da Tarde. Filme: E Se Fosse Verdade16h25 Vale a Pena Ver de Novo: O Rei do Gado17h49 Malhação18h27 Novela: Sete Vidas19h13 Jornal do Amazonas19h30 Jornal Nacional20h07 Novela: Alto Astral21h Novela: Babilônia 22h12 Big Brother Brasil22h36 Tela Quente. Filme: Mo-toqueiro Fantasma - Espírito de Vingança0h15 Jornal da Globo0h46 Programa do Jô

BAND

Cada Um na Sua Casa: EUA. Livre. Quando a Terra é invadida pelos confi antes Boov todos os humanos são prontamente deslocados, enquanto os Boov se ocupam de organizar o planeta. Cinemark 1 – 14h15, 16h30 (dub/somente quarta-feira), Cinemark 5 – 13h10, 18h20 (dub/somente quarta); Cinépolis Millennium 2 – 15h15, 17h30 (dub/somente quarta), Cinépolis Mil-lennium 3 – 14h30 (3D/dub/somente quarta), Cinépolis Millennium 4 – 13h15, 15h45 (3D/dub/somente quarta); Cinépolis Plaza 3 – 14h30 (3D/dub/somente quarta), Cinépolis Plaza 7 – 13h15, 15h30 (dub/somente quarta); Cinépolis Ponta Negra 2 – 13h10, 16h10 (dub/somente quarta), Cinépolis Ponta Negra 6 – 12h20, 14h40, 17h10 (dub/somente quarta), Cinépolis Ponta Negra 9 – 15h20, 17h50 (dub/somente quarta); Kinoplex 2 – 13h40 (dub/somente quarta); Playarte 9 – 13h40, 15h50 (dub/somente quarta).

ESTREIAS

Velozes e Furiosos 7: EUA. 14 anos. Dando continuidade às aventuras globais da franquia construída à base de velocidade, Vin Diesel, Paul Walker e Dwayne Johnson lideram o elenco de “Velozes e Furiosos 7”. O novo capítulo da série de sucesso conta com direção de James Wan e ainda traz de volta os atores Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Chris Brigdes “Ludacris”, Elsa Pataky e Lucas Black. A franquia ainda traz novos astros internacionais ao elenco, dentre eles Jason Statham, Djimon Hounsou, Tony Jaa, Ronda Rousey e Kurt Russell. Neal H. Moritz, Vin Diesel e Michael Fottrell voltam a produzir o fi lme que conta com roteiro de Chris Morgan. Cinemark 1 – 19h, 22h (dub/diaria-mente), Cinemark 4 – 11h (3D/dub/somente sábado e domingo), 14h10, 17h05, 20h (3D/dub/diariamente), 23h (3D/dub/somente sábado), Cinemark 7 – 12h, 15h10, 18h10, 21h10 (3D/dub/diariamente), 0h10 (3D/dub/somente sábado); Cinépolis Millennium 1 – 12h (3D/dub/somente sábado e domingo), 15h, 18h, 21h (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 3 – 17h, 20h (3D/leg/diariamente), 23h (3D/leg/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado), Cinépolis Millennium 8 – 13h, 16h, 19h, 22h (3D/leg/diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 13h, 16h, 19h, 22h (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 2 – 12h (3D/dub/somente sexta-fei-ra, sábado e domingo), 15h, 18h, 21h (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 3 – 17h, 20h (3D/dub/diariamente), 23h (3D/dub/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado), Cinépolis Plaza 8 – 14h, 16h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 14h, 17h, 20h (3D/leg/diariamente), 23h (3D/leg/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado), Cinépolis Ponta Negra 4 – 12h (3D/dub/somente sexta-feira, sábado e domingo), 18h (3D/dub/diariamente), 15h, 18h, 21h (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 13h (3D/dub/somente sexta-feira, sábado e domingo), 19h (3D/dub/diariamente), 16h, 22h (3D/leg/diariamente); Kinoplex 3 – 13h, 15h50, 18h470, 21h30 (3D/dub/diariamente), 15h20, 18h10, 21h (3D/dub/diariamente), Kinoplex 5 – 14h50, 17h40 (3D/dub/somente se-gunda-feira, terça-feira e quarta-feira), 20h30 (3D/leg/somente segunda-feira, terça-feira e quarta-feira), 13h30, 16h20, 19h10 (3D/dub/diariamente), 22h (3D/leg/diariamente); Playarte 1 – 12h30, 15h15, 18h, 20h45 (3D/dub/diaria-mente), 23h30 (3D/leg/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado), Playarte 5 – 14h, 17h, 20h (dub/diariamente), 22h50 (dub/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado), Playarte 6 – 12h50, 15h35, 18h20, 21h05 (leg/diariamente), 23h50 (leg/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado).

DIVULGAÇÃO 1h25 Agentes da S.h.i.e.l.d. – Central2h09 Corujão. Filme: Quando Você Viu Seu Pai Pela Última Vez?3h37 Mentes Criminosas

0h45 Jornal da Noite1h35 Que Fim Levou? – Boletim1h40 Bandeira Verde – Boletim1h45 Futurama2h30 Igreja Universal

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Page 15: EM TEMPO - 6 de abril de 2015

A primeira-dama de Ma-naus, Goreth Garcia Ri-beiro, e a vereadora Pro-fessora Terezinha Ruiz coordenaram a solenida-de de homenagem à ins-tituições que desenvolvem projetos sociais e aten-dem crianças e adultos portadores de autismo em Manaus. Todas receberam o certifi cado “Amigos do Autista”. A solenidade con-tou com a presença da vereadora Socorro Sam-paio, secretário municipal de Saúde Homero de Miranda Leão, demais vereadores e convidados das instituições. A solenidade foi realizada na Câmara Municipal de Manaus

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

MIL FAMÍLIAS DO AMAZONAS, a maioria produtores rurais, receberam os títulos defi nitivos de terra em 15 municípios amazonenses. Entregues pelo governador José Melo, os documentos garantem uma série de benefícios e a segurança jurídica para os proprie-tários. A ação é uma parceria do governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Regularização é promovida pela Secretaria de Política Fundiária, que tem à frente o secretário Ivanhoé Mendes e o MDA, por meio do programa Terra Legal. O secretário de Regularização Fundiária do governo federal, Sérgio Lopes, participou da cerimônia de entrega de títulos, que também contou com a presença de diretores de entidades ligadas ao setor, prefeitos do interior e secretários de Estado

HERICK PEREIRA/AGECOM ALEX PAZZUELO/SEMCOM

PREFEITO DE MANAUS, ARTHUR VIRGÍLIO NETO esteve reunido com a cúpula da segurança do Estado do Amazonas, para tratar da questão de reforço da iluminação pública na capital. O encontro serviu para mapear os pontos de maior incidência criminal, que serão priorizados no cronograma de melhoria da iluminação pú-blica. Arthur Neto disse que mais de dois mil pontos de luz já foram substituídos pelas novas lâmpadas em LED, que proporcionam maior visibilidade contribuindo para inibir ação de bandidos, diminuindo as ocorrências de roubos e outros crimes, além de serem mais econô-micas e possuírem maior durabilidade. Na foto: delegado-geral da Polícia Civil, Orlando Amaral, prefeito Arthur Virgílio Neto, secretário de Segurança Pública Sérgio Fontes e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Gilberto Gouvêia

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

O lançamento do programa de microcrédito do governo estadual, denominado Banco do Povo, na cidade de Manicoré, na segunda (30), pelo governador José Melo, foi destaque no pronunciamento do presidente da Aleam, deputado Josué Neto, durante o Pequeno Ex-pediente da Aleam, na terça (31)

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO ALEAM

VICE-GOVERNADOR HENRIQUE OLIVEIRA participou, na quarta (1º), da chegada do Navio Hidroceanográfi co Fluvial Rio Branco da Marinha do Brasil. A cerimônia foi realizada no cais da Estação Naval do rio Negro. Na foto: vice-almirante Domingos Sávio Nogueira, vice-governador Henrique Oliveira, ministro da Defesa Jaques Wagner e comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra, Eduardo Bacellar Leal Ferreira e o deputado estadual Adjuto Afonso, entre outras autoridades

JOEL ARTHUS/AGECOM

COM A MISSÃO de aprofundar a integração entre as secretarias e melhorar a articulação do Executivo com os demais poderes, tomou posse na terça (31), o secretário extraordinário de Relações Institu-cionais, Francisco Cruz. Durante a cerimônia de posse o governador do Amazonas, José Melo, afi rmou que a nova função ocupará papel fundamental na união do governo no desenvolvimento dos novos programas, e deve ajudar a avançar a relação com as prefeituras para otimizar a aplicação de investimentos

HERICK PEREIRA/AGECOM

A Prefeitura de Manaus e a Fucapi assinaram, na terça (31), acor-do de cooperação técnica para alavancar recursos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que tem, entre outras metas, a criação de um centro de controle operacional

O acordo foi assinado pelo pre-feito Arthur Virgílio Neto e a diretora presidente da Fucapi, Isa Assef dos Santos. Também par-ticiparam da cerimônia o secre-tário chefe da Casa Civil, Márcio Noronha, o procurador-geral do município, Marco Cavalcanti, e representantes da fundação

ALTEMAR ALCÂNTARA/SEMCOM

O ortodontista Mauricio Ferreira, o doctor Invisalign em Manaus. Responsável pelo mais moderno e avançado tratamento ortodônti-co, onde só o seu sorriso aparece. Maiores informações pelos fones: 3877 7469/99189 1220

DIVULGAÇÃO

Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto enviou, na quarta (1º), o projeto de lei com a re-forma administrativa, para apreciação dos 41 parlamentares da Câmara dos Vereadores de Manaus. O documento, que propõe a redução da estrutura administrativa, foi entregue pelo secretário chefe da Casa Civil, Marcio Noronha, ao presidente da Câmara, vereador Wilker Barreto. Na foto Marcio Noronha, secretário chefe da Casa Civil, líder do prefeito, vereador Elias Emanuel e o presidente da Câmara, vereador Wilker Barreto

ALEX PAZZUELO/SEMCOM

PREFEITURA DE MANAUS, em parceria com o Tribunal de Jus-tiça do Estado do Amazonas, lançou, na segunda (30), o programa De Bem Com a Vida. A cerimônia foi realizada na sede do TJAM. A proposta é capacitar presos e ingressos do sistema penitenciário com cursos profi ssionalizantes. O prefeito Arthur Virgílio Neto e a presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo, assinaram o Termo de Cooperação Técnica para viabilizar o programa, criado ainda em 2010, pela Lei Municipal número 1.428, mas que só foi regulamentada no ano passado

ALEX PAZZUELO/SEMCOM

DEPUTADA FEDERAL CONCEIÇÃO SAMPAIO foi indicada pelo presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico, deputado Júlio César de Carvalho Lima, como relatora para o projeto de lei da deputada Erika Kokay que pretende com-bater a exploração sexual de menores em postos de gasolina por todo o país. A deputada disse se sentir honrada com a indicação, por não ser membro efetiva da CDEIC, mais sim suplente, o que não é tão comum

DIVULGAÇÃO

THIAGO CORREA

O presidente da Aleam, depu-tado Josué Neto, convida para a sessão especial a realizar-se às 11h do dia 7 no plenário Rui Araújo, de Entrega do Título de Cidadão do Amazonas, ao mé-dico cirurgião geral e professor Raymison Monteiro de Souza. Projeto de Lei nº 120/2014, de autoria do deputado Sinésio Campos.

Homenagem ContasCom 17 volumes e um total de 7.120 páginas, a pres-

tação de contas da Prefeitura de Manaus foi entregue ao TCE/AM na segunda (30), pela equipe da Semef. O prazo para prestação de contas dos municípios do Amazonas terminou na terça (31). “Mais uma vez a Prefeitura de Manaus se mostra comprometida com as leis federais e prioriza a prestação de suas contas de forma transparente. Cumprimos com o prazo e com as determinações emanadas pelo TCE no que se refere à entrega do balanço das contas municipais de 2014”, declarou o secretário da Semef, Ulisses Tapajós.

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B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoDesempenhoO “Hora 1”, da Globo e

da Monalisa Perrone, com-pletou quatro meses no ar. Comparando com o mesmo período anterior à estreia, o share, participação na audi-ência, cresceu 15 pontos.

Faro confi rmadoRodrigo Faro estará nas

gravações do Troféu Im-prensa, quinta agora, no SBT. Vai receber o seu prê-mio, mais um, de melhor apresentador, das mãos de Silvio Santos.

Vai indo...Na semana passada, libe-

rado pelo artístico, enten-da-se Marcelo Silva e Paulo Franco, Eduardo Guedes deixou a Record. Ainda no decorrer desta semana, ele deve formalizar seu acordo com a Rede TV!. O que ainda está na palavra vai para o papel.

...que eu já vouCelso Zucatelli, por sua

vez, ainda não tem defi nida a sua saída da Record. O seu caso está nas mãos do Jornalismo, entenda-se Douglas Tavolaro, e a sua liberação, pelo menos até agora, não aconteceu.

TV FechadaO E!, especialista em red

Bate-rebate• Parece um combinado en-

tre os donos das emissoras. Aquela fase de pagar grandes salários aos apresentadores fi cou no passado...

• ...a realidade hoje é com-pletamente outra. São raros os casos de alguma loucura...

• Todas estão preferindo trabalhar em um outro pa-tamar.

• Roberto Justus vai vol-tar ao SBT, na condição de convidado do Raul Gil, para gravar o programa dele nesta terça-feira...

• ...depois será a vez do Raul gravar o “Justus Mais” na Record. Uma mão lava a outra.

• Humberto Martins, Ailton Graça e Thaila Ayala estão fe-chando participação em “Vale Tudo”...

• ...É o fi lme que vai contar a vida do lutador José Aldo...

• ...José Loreto fará o pro-tagonista.

O grande acerto do ‘Vídeo Show’

Um dos maiores acertos da Globo nesses últimos tempos foi juntar Mônica Iozzi com Otaviano Costa na apresentação do “Vídeo Show”. A Mônica é descolada e soube se utilizar muito bem da sua passagem pelo “CQC” para acu-mular experiência, muito embora nunca escondesse de ninguém o desejo de fazer alguma coisa como atriz. Começa hoje.

Voltando ao assunto do começo, a definição pelo nome da Mônica Iozzi para apresentar o “Vídeo Show” não foi simplesmente pin-çada pela Globo. Foi o re-sultado de uma pesquisa. Ela teve a concorrência de outras grandes atri-zes. O seu lado “CQC”, no fim de tudo, foi decisivo na escolha.

C’est fi ni

Novo quadroEstá confi rmada para o dia 11 a estreia do quadro

“Sobre as Asas”, de Max Fercondini e Amanda Richter no programa “Como Será?”, da Sandra Annenberg, na Globo. Durante quatro meses, o casal atravessou o país, em um avião pilotado pelo próprio Max, para conhecer projetos que transformam a vida das pessoas.

carpets mais glamourosos da moda, cinema, televisão e música, gravou o segundo Prêmio Geração Glamour, dia 26, em São Paulo. Vai ao ar amanhã, 23 horas.

Na esperaEnquanto isso, a direção da

Rede TV!, Amilcare Dallevo, Marcelo de Carvalho e Ale-xandre Raposo, aguarda para tomar decisões sobre o pro-grama deles. Uma pesquisa, que será realizada depois de todos os contratos assinados, irá defi nir o horário do progra-ma: se de manhã ou à tarde.

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AÇÃO

Laura pede ajuda a Gustavo para se ver livre das chan-tagens de Marcos. Ricardo recebe o atestado de óbito de Aparecida dos Santos. Fer-nando revela a Scarlett que a reconheceu mesmo em seu disfarce de Cidinha. Gaby conta a Manuel que Bélgica cortou seu cabelo e ameaçou entregar Suzana à polícia. Fernando avi-sa a Scarlett que Adriana quer fi car com sua herança. Manuel comunica a Scarlett que Bélgi-ca fará a faxina em seu lugar. Kitty, sem perceber, deixa cair no chão o brinco de rubi que roubou de Samantha. Ricardo diz a Scarlett que sabe que seu nome não é Aparecida.

Vinícius apresenta o projeto de Irene em seu lugar. Marina mostra uma foto antiga de Miguel para ele. Irene descobre o golpe de Vinícius e o expulsa de sua casa. Júlia discute com Edgard para jantar com seus irmãos. Marina combina de sair com Taís e Pedro, e João/Miguel tenta disfarçar seu in-cômodo. Irene conta para Lígia por que terminou seu roman-ce com Vinícius. Bernardo vê Durval gastar o dinheiro de Marlene com apostas. João/Miguel descobre que seu pai faleceu e decide ir para o Rio de Janeiro. Laila incentiva Elisa a aceitar a proposta de viajar para Tóquio.

Resumo das novelas

Vinícius pede que Regina o deixe se explicar. Rafael en-contra o endereço de Lauro e Teresa fi ca apreensiva. Paula decide alugar um apartamen-to no Leme. Karen convoca Luís Fernando para voltar para casa e Norberto come-mora. Helô vê Guto insultar Rafael e Ivan. Aderbal tem uma ideia para construir uma nova rodoviária em Jatobá. Inês descobre que Evandro trai Beatriz. Diogo reclama da implicância de Dora com sua profi ssão. Rafael conta para Teresa e Estela que jantará com a família de Laís. Consue-lo pensa em como humilhar Rafael durante o jantar.

Duca explica para Karina que esta à procura de pro-vas contra Lobão. Henrique decide não esperar Jade, e Lucrécia se desculpa com os convidados. Duca fotografa documentos da Khan. Jade confessa para Lucrécia que estava com Cobra, e é dura-mente repreendida pela mãe. Heideguer afi rma a Henrique que irá lhe revelar os verda-deiros negócios da família. Karina discute com Nat. Hen-rique dispensa Jade. João tem uma crise de pânico ao gra-var seu comercial para TV e René o apoia. Edgard consola Jade. Nat e Duca conseguem provas sobre o esquema de apostas de Lobão no cam-peonato Warriors.

Otávio diz a “Maria Ales-sandra” que se sente atraído por ela e pensa que é Mari-cruz. Carol diz a Raiza que a “Mendonça” é muito perigosa como espiã de Alessandro e comenta que Otávio está hipnotizado por ela. Eduar-do diz a Otávio que decidiu procurar Aracely. Otávio diz para si mesmo que vê Mari-cruz em “Maria Alessandra” e fi caria muito feliz se real-mente fosse ela. Por e-mail, Maricruz informa Alessandro que os balanços entregues por Carol não estão corretos. Carol comunica a Raiza que vai chegar à Ilha Dourada, o Sultão Karim e que ela deve ser a primeira mulher a se aproximar dele.

Junior diz que não confi a em Fernando e quer que Andreia refaça os exames com outro médico e outro laboratório. An-dreia diz que não quer fazer tudo isso novamente. Junior acha estranho, mas responde que ela não possui opção. Mos-ca diz que possui certeza que foi Grazielle que roubou seu dinheiro. Pata diz que apoiará o irmão. Mosca conta que pos-suem motivos sufi cientes para voltarem a morar no orfanato. Marian fi nge ter tido um pesa-delo e pede para Gabriela, que pensa ser mãe da garota, não adotar Mili. Gabriela, que está preocupada com Marian, diz que não adotará mais Mili, mas que precisa conversar com ela para explicar a situação.

Promessa de cenas divertidasSÃO PAULO, SP (FO-

LHAPRESS) – “O feio que acredita ser lindo”. Assim o engraçado personagem Tom Cruzes, de Paulo Ver-lings, é descrito no site de “Babilônia” (Globo). O moto-taxista galanteador se der-rete pela mocinha Regina (Camila Pitanga). “Ele não perde uma oportunidade de externar o que sente! Acre-dito que Tom lutará por sua paixão. Ele promete muitas cenas hilárias e descontra-ídas”, adianta o ator.

Nascido e criado na comu-nidade Vila Ruth, complexo de favelas de São João do Meriti (RJ), o caçula de cinco irmãos Verlings comemora o seu primeiro personagem fi xo em um folhetim, desde a sua estreia na TV, em 2010. “Esse foi o primeiro teste

que fi z para uma novela! Quando recebi o texto e as informações do papel fi quei entusiasmado”, anima-se.

Verlings já trabalhou em uma madeireira e foi bal-conista, além de ter atuado como auxiliar de padeiro e na área de processamento de dados. “Aos 11 anos, já tinha em mim um forte interesse

por teatro. Com 15 anos, fi z cursos e espetáculos amado-res. Aos 18, formei-me ator e fundei minha companhia, a Teatro Independente.”

No ano passado, ele pôde ser visto na Globo em par-ticipações simultâneas nas novelas “Joia Rara” e “Em Família”. “Mas minha estreia na TV foi na segunda tem-porada do seriado ‘Força Tarefa’, em 2010”, lembra. Ainda na Globo, fez nova participação em “Suburbia”, dois anos depois. “Logo em seguida, fui convidado para o seriado ‘Copa Hotel’, no GNT, que foi um divisor de águas na minha carreira na TV.”

Verlings assume ser também um telespectador atento. “Sou maníaco por séries. Acompanho umas 15 de uma vez só!”

O ator Paulo Verlings vive o seu primeiro personagem fi xo em um folhetim desde 2010

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‘BABILÔNIA’

CONQUISTANa novela “Babilônia”, da Globo, Paulo Verlings interpreta o mototaxista Tom Cruzes, que vai lutar para conquistar Regina, personagem da atriz Camila Pitanga

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015 (92) 3090-1045

Descubra se a aposentadoriavai durar

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Dívida faz mal à saúdeDébitos em excesso podem causar ansiedade, angústia e depressão; infl ação e desemprego potencializam problema

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No dia em que o mi-croempresário notou um zumbido insisten-te no ouvido a ca-

minho do banco para tentar negociar parte de uma dívida de R$ 40 mil, decidiu procurar um médico. “Achei que fosse o motor do ônibus em que estava. Desde então, o barulho não sai da minha cabeça”.

O empresário, que não quis ser identifi cado, fi cou surpreso com o diagnóstico: estresse causado pelos débitos aparen-

temente sem solução.Casos assim são mais co-

muns do que se imagina e tendem a aumentar em cenário de preocupação com infl ação e desemprego.

No ambulatório do Hospital das Clínicas, em São Paulo, a psicóloga Tatiana Filomensky, coordenadora do grupo de compradores compulsivos, afi rma que, hoje, três novas pessoas procuram o consul-tório por semana com quei-xas de ansiedade, angústia e depressão relacionadas a problemas fi nanceiros.

Nos últimos cinco anos, afi r-ma, o número de atendimentos mais que dobrou. “Quase todos os meus pacientes estão com dívidas que não conseguem

pagar, e a consequência é o impacto na vida pessoal”.

SeparaçãoEntre os efeitos comuns,

estão brigas em casa, sepa-rações, descontrole emocional e problemas no trabalho. “Com o estímulo ao consumo e a oferta de crédito dos últimos anos, o cenário se tornou pro-pício ao endividamento, sem que houvesse uma educação fi nanceira da população”, diz Hermano Tavares, professor do Departamento de Psiquia-tria da USP.

O consultor fi nanceiro Mauro Calil diz que os mecanismos de cobrança também estão mais pesados: ligações no trabalho e em casa diariamente, e-mails e

mensagens no celular, além do antigo hábito dos cobradores na porta. “E parcelas de dívidas que até poderiam ser pequenas fi caram mais pesadas pela in-fl ação e pelo desemprego”.

Para Hermano, da USP, as pessoas que desenvolvem pro-blemas de saúde estão “em uma situação-limite”.

DesintoxicaçãoO consultório médico não é

o único caminho para consu-midores superendividados em busca de ajuda.

Há grupos de ajuda no estilo do A. A. (Alcoólicos Anônimios), como o D. A. (Devedores Anô-nimos), nas cidades de São Paulo, do Rio, de Londrina, no Paraná, de Fortaleza, no

Ceará, e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Aumenta falênciaOs pedidos de falência em

todo o Brasil somaram 140 em março. O número de pedidos representa alta de 57,3% do total registrado em fevereiro, quando 89 requerimentos fo-ram processados. Os dados são do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 6,1%.

Dos pedidos feitos, 69 referem-se a micro e pequenas empresas; 32 a fi rmas de médio porte e 39 a grandes companhias.

Os economistas da Serasa Experian justifi caram a alta

como sendo “refl exo tanto do maior número de dias úteis em relação a fevereiro [o carnaval deste ano caiu no segundo mês do ano], quanto das cres-centes difi culdades fi nanceiras das empresas, tendo em vista o atual quadro econômico re-cessivo, combinado com altas da infl ação, dos juros e da taxa de câmbio”.

Também aumentaram as so-licitações de recuperação judi-cial, que totalizaram 75 reque-rimentos – resultado 78,6% maior que o de fevereiro, quan-do foram feitos 42 pedidos. A maior parte dos pedidos veio de micro e pequenas empresas (50). As médias empresas apre-sentaram 18 requerimentos e as grandes, 7.

Feriado deve gerar R$ 3,6 bilhões

As viagens dentro do país deverão movimentar R$ 3,68 bilhões durante a Semana Santa, com as festas religio-sas e as reuniões familiares que deverão impulsionar os gastos nesses dias, informou o Ministério do Turismo. A pasta estima a realização de 2,15 milhões de viagens internas, cada uma com cus-to médio de R$ 1.712,87, incluindo deslocamento, ali-mentação e turismo.

“A Semana Santa é um fe-riado mais intenso que outros. As pessoas aproveitam para usufruir de estruturas de la-zer ou para visitar parentes e amigos, além da estrutura religiosa”, explicou o diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco de Salles Lopes.

Pelas estimativas da pas-ta, São Paulo concentrará o maior número de viagens, com 407.346. Também será o esta-do com o maior gasto, R$ 570,1 milhões. O Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar em relação ao valor movimentado, calculado em R$ 489,4 milhões para 136.482 viagens.

Em relação ao número de viagens, o Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com 174.277 e gasto estimado de R$ 292 milhões. Estados do Nordeste também têm peso signifi cativo: juntos serão os responsáveis pela movimen-tação de aproximadamente R$ 1 bilhão. Somente a Bahia movimentará R$ 310,2 mi-lhões em 163.778 viagens.

O consultor Diogo Duarte D’Alessandro, de 34 anos, é um dos que estão com via-gem marcada no período. Ele mora em São Paulo com a esposa. Juntos, vão a Brasília

para a Páscoa. “Além de a própria Páscoa ser um data familiar, vamos comemorar o aniversário da minha esposa e o do meu pai”, conta disse D’Alessandro. O principal gasto que se prepara para ter é com alimentação. “Vou sair, encon-trar os amigos”.

A projeção do Ministério do Turismo é com base no gasto médio e na frequência de via-gens em feriados nacionais. Foram usados os últimos da-dos anuais, de 2011, somados à infl ação no período, que foi de cerca de 27%. Lopes explica serem dados inerciais, ou seja, sem infl uência de ne-nhum fator específi co, e que podem variar.

De acordo com a pasta, os feriados impulsionam a econo-mia turística e geram impacto em diversos setores, como a indústria de automóveis, o se-tor aéreo, bares e restaurantes, hotelaria e serviços.

EM VIAGENS

A Bahia deve movimentar R$ 310 milhões, principalmente no aeroporto internacinal de Salvador

DAVID CAMPBELL/PORTAL DA COPA

Grupo de apoioa devedores emLondrina (PR)

MARIANA TOKARNIADA AGÊNCIA BRASIL

THAIS FASCINADANIELLE BRANTDE SÃO PAULO

MARLI MOREIRADA AGÊNCIA BRASIL

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Diversifi car investimentosexige critério e bom sensoPara evitar perdas com grande volume de capital é prudente investir em várias atividades ao mesmo tempo, mas sempre com avaliação profi ssional

Na Páscoa, além do simbolismo carac-terístico da cele-bração religiosa

para cristãos, muitos presen-tearam e foram presentea-dos com ovos de chocolate.

Assim como não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta – ou dar to-dos a uma só pessoa –, não precisamos colocar todos os nossos investimentos no mesmo lugar.

A diversificação é uma lei para quem tem certo volu-me financeiro destinado a investimentos.

A diversificação não diz respeito apenas a investi-mentos financeiros, mas a qualquer espécie de inves-timento que tenhamos.

Também é verdade que pulverizar os investimentos, como tudo, tem limites. Por exemplo, diversificar R$ 1 mil pode não fazer muito sentido certo, mas com R$ 100 mil ou R$1 milhão a necessidade é mais clara, pois o processo de diversi-ficação nesses casos é bem mais prudente.

AtençãoDiversifi cação também exi-

ge acompanhamento. Caso o investidor diversifi que demasiadamente talvez o desempenho da carteira de investimentos (fi nanceiros e/ou físicos) fi que bem abaixo da própria média de retornos dos títulos considerados de risco quase zero, como os títulos públicos federais.

Fique atento. Não basta diversificar, mas saber fazê-lo. O custo de oportunidade pode ser alto caso o inves-tidor não tenha parâmetros comparativos. Os cenários alteram-se ao longo do tempo e os investimentos, mesmo considerando uma carteira ampla e diversa, devem ser atualizados.

A proporção em cada tipo de investimento merece ser reavaliada de acordo com a realidade, por exemplo, de elevadas ou baixas taxas de juros, de câmbio pressionado ou não etc. A metodologia do tipo investir e esquecer não é adequada, pois a vida é muito mais complexa, exigindo mo-nitoramento constante por parte do investidor ou do pro-fi ssional assessorando-o.

FocoO mercado imobiliário teve

em anos recentes uma evolu-ção signifi cativa, com vários lançamentos. Muitos foca-ram seu dinheiro somente nesta modalidade de investi-mento. Alguns, mais informa-dos, também se benefi ciaram de lançamentos de Fundos de Investimentos Imobiliários.

Porém, hoje, o mar não está para peixe nesse ramo e algumas pessoas que com-praram imóveis no boom do mercado imobiliário e agora querem vender suas unida-des não conseguem ofertas razoáveis.

Parece óbvio, portanto, no nosso exemplo, que eventu-al concentração de investi-mentos em imóveis deveria ter iniciado um processo de desconcentração há algum tempo. Tal movimento se-ria para minimizar o risco de investimento à medida que era visível uma menor atratividade do setor.

JurosEsse mesmo investidor po-

deria atualmente, ou desde o ano passado, estar otimizan-do sua carteira com inves-

timentos atrelados à taxa de juros de mercado, atual-mente em torno de 12,6% ao ano (DI), ou em alguns títulos públicos federais, cujas ta-xas são negociadas acima de 13% ao ano.

CritérioDiversificar sim e é uma

lei, quando se trata de inves-timentos, mas com critério. A razoabilidade e bom senso sempre são aliados. A paixão por um ativo específico, seja imóvel ou ações de uma de-terminada companhia, nor-malmente só dá dissabores ao investidor.

Para saber mais sobre o as-sunto envie uma mensagem para o endereço de e-mail [email protected].

*Co-fundador e sócio do D&L Investimentos, escri-tório Ágora-Bradesco em Manaus.

DÊNNIS A. LOBO*

Mesmo em épocas lucrativas para o mercado imobiliá-rio é aconselhável investir também em outras aplicações

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Renegociar dívida é opçãopara ‘exterminar’ contasConsumidor deve colocar juros na ponta do lápis para saber se oferta da instituição fi nanceira para renegociar é vantajosa

Se contrair uma dívida é relativamente fácil, reorganizar as fi nan-ças pode ser uma ta-

refa das mais difíceis.Além de ser um esforço que

envolve equilibrar gastos, re-ceitas e dívidas, renegociar os débitos com os credores exige uma dose de paciência e fl exibilidade para aceitar condições que não eram as desejadas inicialmente, avalia o planejador fi nanceiro Jansen Costa Silva.

“O consumidor não deve ir ao banco em condição de inferioridade, aceitando qualquer proposta que for oferecida. Também não pode só analisar se a parcela cabe no bolso”, afi rma. “É preciso colocar os juros na ponta do lápis e saber se a oferta é vantajosa ou não”.

“Há uma desinformação ge-neralizada por parte do con-sumidor de como funcionam os produtos de juros, qual o impacto da taxa na dívida que ele tem”, conta Diógenes Donizete, coordenador do Pro-grama de Apoio ao Superen-dividado do Procon-SP.

De acordo com ele, o cartão de crédito é uma das princi-pais portas de entrada para o endividamento.

“É o consumidor que es-toura o limite do cartão de crédito, pega um emprésti-mo do banco para cobrir a dívida e começa a gastar de novo”, afi rma.

A renegociação, nessas si-tuações, aparece como solu-ção para trocar uma dívida cara por uma barata, como no crédito pessoal e no consig-nado – modalidade em que o desconto é feito diretamente na folha de pagamento do trabalhador.

MigraçãoSe o banco não ofere-

cer condições vantajosas, afi rma o planejador Jansen Costa, vale a pena tentar migrar a dívida para outra instituição fi nanceira.

Alguns cuidados devem ser tomados pelo consumidor, no entanto. O primeiro é olhar o custo efetivo total do crédito, e não apenas os juros ofere-cidos ou a parcela.

Além disso, os bancos não podem condicionar a por-tabilidade à contratação de algum produto ou serviço, ressalta o planejador.

Além de trocar a dívida por uma mais barata, o consumi-dor deve ajustar seu orçamen-to doméstico de maneira que não volte a cair em dívidas no futuro.

“O cartão de crédito e o cheque especial não fazem parte da renda. Se for preciso, reduza o limite, para evitar dívidas”, diz Costa.

TesteCerca de 54 milhões de

pessoas começaram 2015 inadimplentes, o que repre-senta aproximadamente 40% da população adulta, segundo a Serasa Experian, empresa de informações fi nanceiras.

Nem toda dívida é des-controlada, mas é preciso fi car atento e se fazer algu-mas perguntas: você gasta mais do que ganha? Já fi cou nervoso e começou brigas em casas por saber que não conseguirá pagar?

O teste acima foi criado para avaliar o sofrimento psicoló-gico provocado pelo endivida-mento excessivo e ajudar as pessoas a identifi cá-lo.

Desenvolvido pela Serasa em parceria com o Ambulató-rio de Transtornos do Impulso, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, apresenta perguntas que causam refl exão sobre os danos gerados pela falta de controle nas fi nanças.

As questões foram criadas a partir de estudo da Or-ganização Mundial da Saúde adaptado ao Brasil.

DE SÃO PAULO

Se juro da renegociação for desfavorável, a opção é tentar migrar débito para outro banco

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Fim de desoneração deveelevar preços, diz indústriaCom projeto de PL que prevê alta de contribuição previdenciária, empresas estimam reajustes escalonado de até 10%

Quatro em cada dez produtos fabricados pela indústria de transformação estão

no programa desoneração da folha e devem sofrer o impacto do aumento da contribuição previsto no projeto de lei en-caminhado pelo governo.

A alta da alíquota de 1% para 2,5%, proposta no PL, atinge 40 segmentos da indústria e parte deles já estuda o repas-se desse custo para o preço. Juntos, o grupo de desonerados representa 36% do total que a indústria faturou e 54% do total de empregos em 2014.

Indústrias têxteis, de vestuá-rio, calçados, plásticos, alimen-tos e móveis estimam que o repasse deve ser de 2% a 10% no preço fi nal.

“Ou a empresa aumenta o preço, o que afeta diretamente a infl ação, em um momento em que o consumo está fraco, ou absorve esse custo, o que tem efeito direto no corte de investimentos”, diz José Ricar-do Roriz Coelho, diretor do departamento de competiti-vidade da Fiesp.

Empresas têxteis e confec-ções, as primeiras a entrar no programa de desoneração em 2011, preveem difi culdades

para fazer o repasse.“A desoneração representa

10% do preço fi nal do produto. Com aumento de energia, com-bustível, do dólar (que encarece o insumo importado) e alta de juros, será difícil absorver mais esse custo”, diz Ronald Masihah, do Sindivestuário.

Nas empresas de pequeno a grande porte, a avaliação é a mesma. Antonio Trombeta, dono de uma confecção com 70 empregados, diz que, com a concorrência dos importa-dos, a desoneração da folha foi importante para baixar os preços em até 4%. “Em março, as vendas caíram até 20%. Sem o incentivo, o repasse terá de ser acima de 5%”.

No grupo Marisol, o repasse também é estudado. “Não é uma decisão simples. O con-sumidor se acostumou à es-tabilidade de preços. Para se habituar a um novo patamar, será um choque”, diz Giuliano Donini, presidente do grupo, com 2.772 empregados.

Para Flavio Rocha, presidente da Riachuelo, não é o mo-mento de aumentar imposto. “Se o Brasil não for reinserido no jogo competitivo, todas as conquistas, da estabilidade da moeda à inserção de milhões de consumidores, fi cam ame-açadas”.

No grupo Guararapes (dono da Riachuelo e de outras empre-

sas), a alta na alíquota “custa” R$ 60 milhões ao ano.

Fiesp e associações das in-dústrias têxteis (Abit), de móveis (Abimóveis) e calçados (Abical-çados) defendem a extinção do projeto. “No mínimo, a alíquota de 1% tem de ser mantida para os setores empregadores e que

sofrem concorrência direta dos importados”, diz Fernando Pi-mentel, da Abit.

Novo mínimoEnquanto o consumidor vê

uma escalada de preços em todos os setores, seu salário não acompanha a evolução da infl ação. O salário mínimo, por exemplo, seria hoje R$ 16 mais alto se a nova metodologia de cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) estivesse em vigor desde o início do governo Dilma.

A nova conta, adotada neste ano pelo IBGE (Instituto Brasi-

leiro de Geografi a e estatística), resultou em valores mais ele-vados do PIB, cujo crescimento serve de base para o reajuste do mínimo.

Se adotados os números re-calculados, como reivindicam centrais sindicais, o salário mí-nimo passaria dos atuais R$ 788 para R$ 804 mensais, com um ganho de 2% em seu poder de compra.

Se a variação parece peque-na, o impacto no Orçamento federal seria uma despesa adi-cional de R$ 6 bilhões anuais em benefícios como aposen-tadorias, pensões, seguro-de-semprego e abono salarial.

O gasto extra tornaria ainda mais difícil o cumprimento da meta de poupar R$ 66,3 bilhões neste ano para o abatimento da dívida pública.

Segundo lei aprovada em 2011, no início do primeiro man-

dato de Dilma, o piso salarial é elevado, a cada 1º de janeiro, de acordo com a variação da infl ação nos 12 meses ante-riores e a expansão do PIB de dois anos antes.

Com base nessa regra, o sa-lário mínimo, de R$ 510 ao fi nal de 2010, teve uma alta nominal de 54,5%. Para esse aumento foram consideradas as taxas de crescimento econômico entre 2009 e 2013.

Método antigoPela metodologia anterior

do IBGE, o PIB acumulou alta de 14% nesse período, numa média de 2,6% ao ano. Com a mudança de critérios, os valores do PIB e as taxas de expansão anteriores foram recalculadas, e a alta média anual passou a 3,1%.

O salário mínimo já era re-ajustado pela variação do PIB

desde o segundo governo Lula, mas a fórmula só se tornou lei há quatro anos. Logo, o pleito sindical de correção dos valores deve se concentrar nesse período.

Ainda assim, a lei aprova-da não parece dar margem a um questionamento na Justiça para a aplicação das novas taxas do PIB.

Pelo texto, “será utilizada a taxa de crescimento real do PIB para o ano de referência, divulgada pelo IBGE até o último dia útil do ano imediatamente anterior ao de aplicação do res-pectivo aumento real”. Ou seja, não se considera a hipótese de revisão posterior da taxa.

Ainda assim, as centrais sindicais contam com o argu-mento político de que os avan-ços da economia não foram incorporados como deveriam ao piso salarial.

REPASSEA alta da alíquota de 1% para 2,5% atinge 40 segmentos da indústria e parte deles estuda o repasse do custo para o preço. O grupo de deso-nerados representa 36% do total que a indústria faturou em 2014.

Indústrias têxteis, de vestuário e alimentos e móveis estimam que o

repasse deve ser de 2% a 10% no preço fi nal

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CLAUDIA ROLLIGUSTAVO PATUDE SÃO PAULO

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Avanço desigualPesquisa aponta que a quantidade denegros empreendedores supera o debrancos, mas renda continua menor

Pela primeira vez, o número de empreendedores ne-gros superou o de brancos no Brasil. Pesquisa feita

pelo Sebrae aponta que, entre 2002 e 2012, o percentual de micro e pequenos empresários que se autodeclaram pretos ou pardos subiu de 44% para 50%.

A mudança refl ete transfor-mações econômicas e culturais. A ascensão da chamada nova classe C – 80% negra, segundo estudo da Secretaria de Assun-tos Estratégicos da Presidência – signifi cou tanto a expansão do mercado consumidor como do empresariado negro.

Culturalmente, essa ascensão traduziu-se em demandas por produtos e serviços específi cos para esse público. “Eu acho que tem muita relação com as ações afi rmativas. Isso se refl ete na economia, porque [o negro] vai atrás de produtos que reafi rmem essa identidade”, avalia Adriana Barbosa, 37. Ela é a idealizadora da Feira Preta, evento anual que reúne empreendedores negros. “Para além do contexto históri-co, a feira foi uma oportunidade de empreender em um mer-cado no qual víamos potencial para crescer”.

Para Luiz Barretto, presidente do Sebrae, a segmentação é uma aposta acertada. “Nós devemos explorar as oportunidades [que vêm] dessas diferenças”, afi rma. Foi a participação na Feira Preta que convenceu Cristina Mendon-ça, 57, e Ana Paula Xongani, 27, de que existia mercado para o negócio de roupas com estética

afrobrasileira. Mãe e fi lha são donas da Xon-

gani, loja que vende peças produ-zidas com tecidos importados de Moçambique. “Vimos que havia carência no mercado para essa população que quer um referen-cial de negritude”, diz Xongani, que vê seu trabalho como forma de militância.

Longo caminhoEmbora maioria, os empreen-

dedores negros concentram-se em negócios pequenos e em ramos de menor lucratividade, como agrícola e construção, en-quanto os brancos predominam em indústria de máquinas e ser-viços de saúde (veja abaixo).

A renda média dos negros empreendedores melhorou, mas a dos brancos continua 116% maior (em 2002, a diferença era de 134%) e, dizem os pró-prios empreendedores, o acesso a crédito bancário ainda é um desafi o. Xongani conta que ela e a mãe economizaram por dois anos para conseguir fi nanciar a importação dos tecidos, porque não conseguiram fi nanciamento em bancos. “As pessoas não acre-ditam no nosso negócio porque não conhecem, não veem o valor que nosso trabalho tem. É um racismo institucional”.

Patrícia de Jesus, 35, também tem problemas de acesso a cré-dito. Ela é dona da empresa de recursos humanos Empreguea-fro, que tem entre os clientes empresas de grande porte, como o Carrefour.

A empresária faz parte do Proje-to Brasil Afroempreendedor, para capacitar 1.200 empreendedores negros no Brasil.

FERNANDA PERRINDE SÃO PAULO

O aumento do poder de consumo da população ne-gra tem sido utilizado tam-bém como uma ferramenta de fortalecimento da comu-nidade e, em alguns casos, de boicote a empresas.

A proposta do chamado “black money”, conceito com origem nos Estados Unidos, é fazer o dinheiro circular entre consumidores e empreendedores negros e, paralelamente, boicotar negócios que não contra-tem ou publicidade que não represente negros.

A Feira Preta, evento que acontece em São Paulo des-de 2002, é uma das que apli-cam o “black money” no país. “Contratamos uma mão de obra prioritariamente negra, justamente para fazer circu-lar dinheiro entre os negros.

Não por militância exclusi-vamente, mas por inclusão social, cultural e econômica”, afi rma Adriana Barbosa, ide-alizadora do evento.

“Se eu entro em uma loja e não há negros [trabalhando], eu não compro. A empresa tem que tomar consciência de que ela tem que atingir todos os públicos. Isso é fun-damental para a sobrevivên-cia de qualquer negócio”, diz Patrícia de Jesus, fundadora da empresa de recursos hu-manos Empregueafro.

Em oito anos de trabalho, a empresária diz que nunca teve uma empresa brasileira como cliente. Para ela, a pre-ocupação com a diversidade é mais presente em multi-nacionais, infl uenciadas por uma cultura corporativa americana de inclusão.

Boicote a empresas sem negros

Ana Xongani, dona de loja de roupas de estéti-ca afrobrasileira

ADRIANO VIZONI/FOLHAPRESS

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C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

Dinheiro da aposentadoria podeacabar antes do fim da vida

Marcia DessenFinanças Pessoais

Elisa foi demitida da empre-sa em que trabalhou por mais de 20 anos. De acordo com a política da empresa, todos os funcionários que completam 65 anos de idade são desligados para dar espaço a uma nova geração de talentos.

Embora tenha uma forma-ção acadêmica invejável e muita experiência, acumulada durante sua vida profi ssional, Elisa sabe que terá difi culdade de se recolocar no mercado de trabalho. Como não pretende se desfazer do imóvel onde mora, sua preocupação agora é descobrir se o dinheiro que tem, acumulado durante sua vida ativa mais o que rece-beu da empresa, é sufi ciente para bancar suas despesas enquanto viver.

Renda mensalO primeiro passo de Elisa é

defi nir o montante de dinheiro que precisa para manter seu padrão de vida atual. Sabe que a pensão por aposentadoria que receberá da Previdência Social não será sufi ciente e calculou que precisa de uma renda mensal complementar de R$ 5.000 por mês, ou R$ 60 mil por ano.

TempoÉ muito difícil estimar quanto

tempo vamos viver. Para redu-zir o risco de uma estimativa inadequada e considerando o histórico familiar de vidas longevas, Elisa estimou que viverá até os 95 anos. Assim, ela precisa que o dinheiro seja sufi ciente para bancar seus pró-ximos 30 anos de vida, dos 65 aos 95 anos.

JurosOutra estimativa difícil, mas

necessária para o cálculo que Elisa precisa fazer, é defi nir qual será a taxa média de ju-ros dos próximos 30 anos. A recomendação é trabalhar com uma taxa de juros baixa, porque ela deve ser: 1) real, acima da infl ação; e 2) líquida, depois de descontar custos e impostos. Assim, decidiu utilizar uma taxa de 2% ao ano.

Se a taxa surpreender posi-tivamente e for maior, tanto melhor; Elisa terá mais dinheiro do que esperava. O inverso não pode acontecer – esperar por uma rentabilidade que não virá,

comprometendo a qualidade de vida, ou, pior, o dinheiro acabar antes do tempo.

DuraçãoDefi nidas as três premissas

essenciais, valor de sua renda complementar, o prazo e a taxa de juros, ela pode calcular se o dinheiro que tem vai durar o tempo que precisa. Matemáti-ca nunca foi o ponto forte de Elisa, então vamos ajudá-la com os números.

Se a taxa de juros real fosse zero, o cálculo seria uma sim-ples operação de multiplicação: 30 anos x R$ 60 mil/ano = R$ 1,8 milhão.

Felizmente, para Elisa e para todos os que precisam acu-mular dinheiro para a aposen-tadoria, é razoável supor que haverá taxa de juros real na economia brasileira nos próxi-mos anos, como historicamente tem havido. Assim, o dinheiro vai trabalhar e pagar juros, aumentando o valor da renda anual disponível e o tempo de duração do dinheiro.

CálculoPara calcular o capital que Eli-

sa deveria ter hoje para conse-guir uma renda anual de R$ 60 mil, durante 30 anos, faremos a seguinte entrada de dados

em uma calculadora fi nanceira: prazo (n) 30 anos; juros (i) 2%; saques anuais (PMT) R$ 60 mil. Ao pressionar a teclar PV (valor presente), a calculado-ra indicará o montante de R$ 1.343.787,00.

Essa simulação considera que o capital se esgota em 30 anos, quando Elisa completar 95 anos de idade. O risco dessa estraté-gia é errar na premissa do tempo e o dinheiro acabar com Elisa ainda viva. Além disso, não ha-verá excedente fi nanceiro para transferir a herdeiros.

Se essa for a vontade de Elisa, sacar somente os juros e preservar o capital, os números

mudam consideravelmente. O capital necessário para gerar renda de R$ 60 mil/ano, durante 30 anos, e ser preservado para os herdeiros, é R$ 3.000.000 (60 mil/0,02).

Existe uma maneira de evitar a possibilidade de uma sobre-vida longa sem ter dinheiro: comprar um seguro de renda futura e transferir o risco para uma seguradora. Não é barato, mas é a melhor alternativa para quem não deseja correr esse risco e, principalmente, para as pessoas indisciplinadas, que representam risco para si mes-mas e podem gastar o dinheiro indiscriminadamente.

Consumidor evita sacola reciclável em supermercado e leva compra solta

Neste domingo (5), primeiro dia de obrigatoriedade das sacolinhas recicláveis nos mercados da capital paulis-ta, muitos clientes preferiram levar as compras em caixas de papelão, sacolas retornáveis trazidas de casa, na mão e até soltas no carrinho.

Isso porque as novas sacoli-nhas plásticas, que substituem as não recicláveis, são cobra-das do consumidor na maioria dos casos.

De cinco redes de supermer-cados da cidade visitadas pela Folha – Minimercado Extra, Pão de Açúcar, Sonda, Carrefour e Sacolão –, apenas esta última oferecia a sacola sem custo. Nas demais, o valor ia de R$ 0,08 a R$ 0,10.

A dona de casa Jéssica Vas-concelos, 24, usou o carrinho de bebê da fi lha para levar os produtos. “Achei o preço um absurdo. Na próxima vez trago sacolas de casa”.

Já a aposentada Claudia San-ti, 53, estava precavida. “Uso há dois anos as sacolas retorná-veis e pego as caixas de papelão de graça no mercado”, disse.

Mas também havia consumi-dores a favor das novas sacolas, ainda que com custo.

“Em vez de comprar sacos

de lixo, compro essas agora e utilizo para reciclagem em casa”, disse professora Felícia Kierpel, 68. O preço de uma sacolinha é menor que o de um saco de lixo equivalente (de 15 litros), como mostrou reportagem da Folha.

Algumas redes estipularam um “período de adaptação”, distribuindo os itens gratui-tamente durante um ou dois dias. “A regra é ‘segurarmos’ a sacolinha nesses dias. Esta-mos entregando só algumas ao cliente”, disse uma funcio-nária do caixa que não quis ser identifi cada.

Mudança de hábitoAs novas sacolas são de dois

tipos: as verdes, que servem para descarte de material re-ciclável seco, como metal e vidro, e as cinzas, destinadas ao lixo comum, como restos de comida.

Com a separação, as em-balagens verdes devem ser recolhidas pelo programa de coleta seletiva. O consumidor que descumprir a regra poderá receber advertência e, em caso de reincidência, sofrerá multa entre R$ 50 e R$ 500.

Os cidadãos serão fi scaliza-dos por amostragem e a partir de denúncias, de acordo com a prefeitura.

As cinzas serão retiradas pela

coleta convencional. O cidadão poderá continuar usando outros sacos para descartar seu lixo. As regras valem apenas para o descarte que for feito por meio das novas embalagens.

Para os comerciantes que não respeitarem as medidas, oferecendo sacos plásticos antigos, a multa será de até R$ 2 milhões.

RegrasO que pode ou não jogar

na sacola verde?Pode jogar o lixo que é recolhi-

do pela coleta seletiva: reciclá-

veis como plástico, metal, papel e vidro. Não pode jogar restos de comida e papel higiênico.

O que acontece se eu jogar lixo orgânico na sa-cola verde?

Receber advertência e, se reincidir, receber multa de R$ 50 a R$ 500. A fi scalização será feita por amostragem e a partir de denúncias.

O que pode ou não jogar na sacola cinza?

A cinza também traz instru-ções sobre o descarte, mas seu uso incorreto não será punido.

Apesar disso, recomenda-se que o cidadão colabore com a reciclagem. A cinza foi feita para receber resíduos comuns, como restos de comida e pa-péis sujos.

O supermercado pode co-brar pela sacola?

Segundo a prefeitura, a de-cisão de cobrar ou doar ao consumidor é do próprio su-permercado. Redes como Ex-tra, Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour anunciaram que vão cobrar R$ 0,08; outras darão de graça.

Posso usar outros tipos de sacola e sacos de lixo?

Sim. É permitido usar outros sacos de lixo ou mesmos as antigas sacolinhas plásticas brancas, tanto para a coleta seletiva de recicláveis quanto para a coleta convencional, des-de que separe os materiais da forma adequada.

Qual é a diferença entre a nova sacola e a antiga?

A nova suporta carregar até dez quilos e é 40% maior. É mais resistente e pode carregar três garrafas PET cheias.

R$ 0,10

A aposentada Claudia Santi usa sacolas re-tornáveis e caixas para carregar as compras

ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

THAIS FASCINADE SÃO PAULO

FERNANDO DE ALMEIDA

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C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

CARO DINHEIRO Mande sua pergunta para a coluna [email protected]

Qual a melhor aplicação para comprar imóvel de R$ 300 mil?Na sua pergunta completa,

você menciona ter R$ 70 mil para a entrada e que deseja realizar a compra do imóvel daqui a um ano e sete meses. Além disso, informa que o valor está na poupança.

Independentemente da compra do apartamento, permanecer na poupança não é uma boa ideia. Nos últimos 12 meses, a infl ação ofi cial foi de 7,7% e a poupança remunerou 7,02%. Ou seja, a apli-cação nem manteve o poder de compra do investidor.

Para quem deseja sair desse investimento, há possibilidades como títulos públicos, CDBs (Cer-tifi cados de Crédito Bancário) e LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio).

Todos eles são ferramentas de risco relativamente baixo. Nos títulos públicos, o risco é apenas o de calote do governo. E os de-mais mencionados têm garantia

do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) de até R$ 250 mil por CPF e podem atingir rentabilidade superior a 0,8% ao mês.

Mas é preciso considerar que você tem um prazo curto até a compra do imóvel e pode ser difícil encontrar opções com esse prazo.

Nesse caso, o título público Tesouro Selic pode ser a melhor alternativa. Ele remunera a taxa Selic entre a data do aporte e a do resgate. Dado o seu horizonte de investimento, é interessante que você compre o título com vencimento em 07/3/2017 e faça o resgate antecipado.

Recomenda-se a escolha de uma corretora que não cobra taxa de corretagem. Assim, você terá que pagar apenas a taxa de custódia de 0,3% ao ano e o Imposto de Renda sobre os juros, que, para 17 meses, tem alíquota fi xa de 17,5%. Dessa forma, teria

A. F., DE SANTO ANDRÉ - SP uma remuneração em torno de 0,8% ao mês.

FinanciamentoTambém é preciso levar em

conta se você vai precisar recor-rer a empréstimo para comprar o imóvel.

Em caso afi rmativo, considere que as taxas de fi nanciamento imobiliário não estão entre as mais altas do mercado e, nor-malmente, permanecem próxi-mas à taxa Selic. Ainda assim, em alguns casos os custos são maiores que o resultado líquido de um investimento.Caso essa taxa seja negociada hoje em 10% ao ano e, no futuro, a situação econômica melhore (e a Selic caia para 7% ao ano), os dispêndios estarão bem mais altos do que o desejável! Além disso, verifi que o valor da taxa de aluguel para defi nir se a compra é de fato interessante, pois a aquisição

do imóvel implicará a economia mensal dos aluguéis. Vamos considerar a entrada do imóvel como investimento (R$ 70 mil). Imobilizar R$ 70 mil na compra de um imóvel é deixar de ganhar R$ 560 de rendimento mensal em uma opção de risco baixo. Você poderia optar por permanecer no aluguel por mais um tempo e aplicar em um investimento fi nanceiro a diferença entre o valor do aluguel e a parcela de um eventual fi nanciamento.

Essa estratégia serviria para aumentar o valor que você te-ria disponível para comprar um imóvel no futuro e, consequen-temente, reduzir o tempo de um fi nanciamento.

SAMY DANA é economista com PhD em business e pro-fessor da EAESP-FGV. Twitter: @samydana. Facebook: face-book.com/carodinheiro

Samy Dana

Como investir R$ 43 mil em imóvel?RESPOSTA DE MAURO

CALIL, DIRETOR DO BAN-CO OURINVEST E ESPE-CIALISTA EM FINANÇAS PESSOAIS - Caro leitor, hoje você tem R$ 43 mil na poupança e faz aportes men-sais de R$ 1.500. No ritmo da caderneta, você atingirá cerca de R$ 87 mil em dois anos – o equivalente a 21% do valor do imóvel desejado, que é de R$ 400 mil.

Como seu prazo é curto, não recomendo investir em renda variável.

Por outro lado, você pode encontrar com facilidade, nos bancos comerciais, apli-cações com rentabilidade de 0,8% ao mês já livre de Impos-to de Renda. No mesmo prazo e com os mesmos aportes, a aplicação resultaria em cerca de R$ 91 mil.

Se procurar um pouco mais, encontrará nos bancos de investimento e nas corre-toras aplicações em renda fi xa cobertas pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) da or-dem de 1% ao mês livre de IR. Com essa rentabilidade e os

mesmos aportes, conseguirá chegar a R$ 95 mil – quase 24% do valor.

É mais que o dobro do que você tem agora. Juntando com o seu FGTS, mais juros e novos aportes, o total deverá passar dos 30% do imóvel.

Concluindo, não será pos-sível chegar com segurança a valores mais elevados. Por-tanto, o restante deverá ser fi nanciado ou, se puder espe-rar, entre em um consórcio e dê lances com o dinheiro pou-pado. Dessa forma, evitará os juros do fi nanciamento.

DÚVIDA

R. S. D., DE SANTOS - SP

André Perfeito, da Gradual Investimentos, fala na TV Folha sobre infl ação, dia 9, às 14h30

JOEL

SIL

VA -

29.

05.2

013/

FOLH

APRE

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Mais fundos processam a Petrobras

Após uma onda de ações co-letivas de investidores contra a Petrobras na Justiça dos EUA, a estatal brasileira sofre agora com um novo problema: fundos americanos e europeus estão optando por deixar o processo coletivo e entrar com ações individuais contra a empresa.

Nas últimas duas semanas, surgiram três novos processos contra a companhia na Corte de Nova York, todos com o pro-pósito de recuperar as perdas de investidores que aplicaram em ADRs (recibos de ações na Bolsa de NY) e títulos da dívida da empresa.

O primeiro deles é movi-do pela gestora de fundos Skagen, da Noruega, o grupo Danske, com subsidiárias na Dinamarca e em Luxemburgo, e a também gestora Oppe-nheimer, dos EUA. As outras duas ações são de autoria do grupo de fundos norte-ame-ricano Dimensional e de seis fundos de pensão da cidade de Nova York.

De acordo com o “Financial Times”, mais investidores ins-titucionais pretendem fazer o mesmo nas próximas semanas. O fundo de pensão do governo da Suécia AP1, que administra US$ 30 bilhões (R$ 94 bilhões), confi rmou à publicação que tomará medidas legais contra a estatal brasileira.

DA SUÉCIA

GIULIANA VALLONEDE NOVA YORK

Outros fundos que operam no mercado europeu tam-bém estudam opções para ressarcir os investidores.

No último ano, a ADR or-dinária da Petrobras – a mais negociada no merca-do norte-americano – teve desvalorização de 48,6%, vendida agora a US$ 6,76 (R$ 21,28).

A opção por trocar a ação coletiva pela individu-

al mostra, segundo advo-gados ouvidos pelo “FT”, a confi ança dos investidores no potencial de ganho dos processos. Individualmente, eles podem aumentar o va-lor recebido – o que também representaria maior dano fi -nanceiro para a Petrobras.

Desde dezembro, cinco ações coletivas foram re-gistradas nos EUA contra a companhia. Elas foram

unidas em um só processo, li-derado pelo fundo de pensão britânico USS (Universities Superannuation Scheme).

Na semana passada, o juiz responsável pelo pro-cesso, Jed Rakoff , autorizou a entrada de dois queixosos adicionais na liderança da ação: a gestora Union In-vestment, da Alemanha, e o fundo de pensão do Estado do Havaí.

Pedido de indenização maiorLU

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Corrupção na estatal brasileira Petrobras vira tema de “malhação do Judas” na Vila Cristina, zona norte de São José dos Campos, no interior de São Paulo

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C8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015

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RESSALINE OLIVEIRA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desafios da belezaVarejistas tentam driblar aumento do IPI dos produtos de beleza para não perder clientes em ano difícil por alta dodólar, subida da infl ação e economia fraca. Proprietários de salões de beleza já sentem baixa de procura por serviços

Empresas de moda buscam talentos

Uma parceria firmada en-tre a Abit (Associação Bra-sileira da Indústria Têxtil e Confecção) e a USP Leste colocará alunos do curso de têxtil e moda em contato com desafios de empre-sas do setor de confecção brasileiro.

Na última quarta-feira (25), sete empresas expor-tadoras do setor visitaram a universidade para contar suas histórias e propor de-safi os aos alunos do último ano do curso.

A ideia é que a aproxima-ção gere pesquisas em que os estudantes coloquem em prática o conteúdo teórico, diz a professora Francisca Mendes.

Segundo ela, um obstáculo comum para que estudantes façam estudos de casos de empresas é a difi culdade de obter informações e traba-

lhar em conjunto com elas.Segundo Rafael Cervone,

presidente da Abit, a parceria busca diminuir a distância entre a indústria e a acade-mia. “As universidades pro-duzem muito conhecimento,

mas ele nem sempre chega na ponta da indústria. E ino-vação e design dependem menos de equipamento do que de capital humano”.

A empresa Moovexx, es-pecializada na confecção de roupas masculinas, veio bus-

car na universidade novas op-ções de materiais para peças como calças com elástico.

O objetivo é descobrir no-vas formas de unir conforto e bom design, diz a empresária Renata Iwamizu, 33.

A parceria pode render também vagas de trabalho para os alunos.

Wesley Loureiro, 34, dire-tor comercial da empresa carioca Sapeca, que vende lingeries e fantasias sensu-ais, diz buscar novos talentos em design e modelagem.

A produção da empresa, que possui cem funcionários, fi ca em Nova Friburgo (RJ), importante centro de produ-ção de lingerie no país.

Segundo Loureiro, é difícil encontrar inovações em um mercado em que os profi ssio-nais estão voltados apenas a um setor e, muitas vezes, com vícios no modo de produzir.

A empresa tem difi culdade de encontrar mão de obra qualifi cada, diz Loureiro.

NA USP

FILIPE OLIVEIRADE SÃO PAULO

PARCERIASete empresas expor-tadoras do setor visita-ram a USP para contar suas histórias e propor desafi os aos alunos do último ano do curso. A ideia é gerar pesquisas onde estudantes vivam o conteúdo teórico.

A cobrança do IPI (Im-posto Sobre Produtos Industrializados) sobre a venda de produtos

de beleza no atacado começa em 1º de maio, mas já causa impacto no varejo.

Muitos empresários do ramo adotam estratégias para driblar a alta da tributação e não perder consumidores em um ano já afetado pelo crescimento fraco e dólar alto.

Ao notar a diminuição da frequência de suas clientes, a proprietária da esmalteria Feito à Mão, em São Paulo, Va-nessa Scici, passou a oferecer outros serviços. “A manicure é para ser consumida toda semana, mas desde o fi m de janeiro, muitas clientes passa-ram a vir a cada 15 dias. Por isso, resolvi oferecer escova e hidratação”, diz a empresária, que irá embutir o acréscimo do tributo nos novos produtos.

“Não posso aumentar o valor de um serviço que é meu carro-chefe”, explica.

Sofrerão a cobrança os pro-dutos considerados supérfl uos pelo governo, como maquiagem e esmaltes. Ficarão de fora xam-pu e sabonete. O governo alega que a cobrança do IPI resolve uma brecha que permitia que as empresas pagassem menos do que deveriam.

As indústrias, que já pagam o imposto sobre suas vendas, comercializam seus produtos a preços mais baixos para a empresa atacadista do mesmo grupo, diminuindo a base de cálculo do IPI. Com a mudança, o governo quer arrecadar R$ 653 milhões por ano.

A Associação Brasileira da In-dústria de Higiene Pessoal, Per-fumaria e Cosméticos (Abihpec) estima mais que o dobro: R$ 1,5 bilhão por ano. “O governo preci-sa arrecadar dinheiro de alguma forma e nós estamos pagando o preço pelo nosso crescimento”, diz o presidente da associação, João Carlos Basilio.

O setor de higiene e beleza brasileiro cresce a taxas de dois dígitos, na média, há quase duas décadas. No ano passado, foi menor, de 4%.

Preço de cosméticos vai aumentarMarcelo Schulman, presi-

dente da Vita Derm Cosmé-ticos, tem negociado com fornecedores para tentar minimizar o impacto da alta de preços para os clientes.

“Estamos buscando pro-dutos similares para não repassar todo o aumento, mas os ajustes são inevi-táveis e devemos aumentar o preço de alguns itens,

como a coloração, em 7% a 8%”, conta.

Basilio, da Abihpec, calcula que o IPI aumentará os pre-ços do setor, em média, em 12% acima da infl ação.

A cobrança do tributo deve afetar também os investi-mentos em inovação.

“O setor estava entre os três que mais investiam em inovação. Como a ven-

da de produtos de maior valor agregado deverá fi-car estagnada, não haverá recursos para ficar inves-tindo”, alerta o presidente da Abihpec.

A alta do dólar antecipou a crise já que muitos dos insumos e produtos adquiri-dos no ramo são importados, diz o diretor da Beauty Fair, Cezar Tsukuda.

Scici notou um acrésci-mo de 40% a 50% nos itens que adquire. “Tenho evitado comprar esmaltes importados com as cores da moda porque sei que as clientes vão usar uma vez, coisa que antes eu não fazia”, diz a empresária.

Para os especialistas, a melhor estratégia é investir na efi cácia do atendimento e

na gestão do negócio.“O comerciante terá que

saber gerir seu estoque para evitar perdas”, acon-selha o professor da FGV, Claudio Goldberg.

Já Marcelo Simões, dire-tor da TaxWeb Compliance Fiscal, diz que “é preciso fi delizar os clientes e man-ter atendimento e qualidade dos serviços em alta”.

Vanessa Scici, de esmalteria na Mooca, diz que as clientes vão menos vezes ao salão

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