empresário acib / cdl / sindilojas - ed. 28

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NATAL: começa a ganhar corpo projeto para transformar a data em um grande evento turístico Ano 3 nº 28 AGOSTO 2009 R$ 8,90 O empresário Emílio Schramm, filho de um dos fundadores da Flamingo, administra a empresa blumenauense Ressocialização Empresas apoiam projeto que dá trabalho e gera renda a detentos Jornada de trabalho Líderes empresariais falam sobre a proposta de redução A EVOLUÇÃO DA FLAMINGO Empresa passou por readequações ao longo de décadas e hoje conta com 10 lojas em Santa Catarina e no Paraná

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Revista empresarial das associações Acib, CDL e Sindilojas. Produzida Pela Mundi Editora. Blumenau / SC

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Page 1: Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 28

natal: começa a ganhar corpo projeto para transformar a data em um grande evento turístico

Ano 3 nº 28AGOSTO2009R$ 8,90

O empresário Emílio Schramm, filho de um dos fundadores da Flamingo, administra a empresa blumenauense

RessocializaçãoEmpresas apoiam projeto que dá trabalho e gera renda a detentos

Jornada de trabalhoLíderes empresariais falam sobre aproposta de redução

a EvOluçãOda FlamingO

Empresa passou por readequações ao longo de décadas e hoje conta com 10 lojas em Santa Catarina e no Paraná

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Quem trabalha com o comércio sabe como o segundo semestre promete. A cada novo ano é a mesma expectativa e sempre surgem novos fatos que acabam comprovando esta previsão. Em 2009, não será diferente e as expectativas não pode-riam ser mais otimistas, com probabilidades positivas nas vendas dos artigos de Inverno, para o Dia dos Pais, Oktoberfest, Dia das Crianças e para o Natal.

Blumenau, no primeiro semestre, além de todo o processo de desenvolvimento, ainda teve o importante incremento nas receitas das famílias com a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) devido às enchentes e desmorona-mentos. Com todos os percalços que surgiram, ainda estamos conseguindo reconstruir a nossa cidade, aos poucos, através de obras públicas e privadas.

Nesta onda de recomeço, notamos que muitos estabelecimentos sofreram reformas além do esperado, do piso ao teto, novas fachadas foram surgindo. O movimento natural da forte economia da cidade proporcionou estes investimentos, o que nos leva a concluir que teremos novamente um bom segundo semestre.

Mas é necessário que todos os lojistas invistam nos preparativos para que este seja um final de ano sem precedentes e o Natal é nosso maior objetivo. Em conjunto com as demais entidades públicas e empresariais, estamos organizando um Natal que pretende repetir as emoções do ano passado com muito mais alegria e sem o peso da destruição em que nos encontrá-vamos.

Por isso, podemos afirmar que é por um conjunto de fatores que os próximos meses prometem ser muito bons, pois temos também a nossa maior festa, a Oktoberfest, fundamental para o desenvolvimento de Blumenau. Estando o País em uma maré de crescimento, certamente seremos novamente agraciados com um ótimo volume de público, gerando para a cidade uma promoção que atraia turistas e visitantes para as lojas. Este movimento nos traz mais alegria e, consequentemente, recur-sos para toda a nossa economia.

Não vamos esperar, vamos fazer deste um ótimo segundo semestre para Blumenau.

Marcelino CamposPresidente da CDL

Eraldo Schnaider / Divulga.ção

Oktoberfest é um dos eventos do segundo semestre que ajudam a incrementar as vendas no comércio varejista local

O segundo semestre

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EDITORIAL

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As lutas e os desafiosdo comércio varejistaem Santa CatarinaPresidente da FCDL, Sérgio Alexandre Medeiros, fala das bandeiras em favor dos lojistas

06Grandes grupos investem na região norte de Blumenau

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Empresas aderem a projeto para ressocializar detentos

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SUMÁRIO

EditOR EXECutivOSidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - [email protected] Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - [email protected] aSSiStEntEGisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - [email protected]ÓRtERESAna Paula Lauth e Kakau Santos (Fotografias); Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional)EditOR dE aRtEGuilherme Faust Moreira - [email protected] dE CaPaIvan SchulzeCOORdEnadOR COmERCialEduardo Bellidio - 47 3035.5500 - [email protected] EXECutivONiclas Mund - [email protected] tiRagEm4.000 exemplares

Trabalho no Presídio Regionalde Blumenau beneficia presosdo sistema semiaberto

Almeida Junior e Wal-Mart estão entre as empresas que confirmaram novos empreendimentos

Fernando Willadino / Divulgação

Divulgação

Kakau Santos

14 SPC garante segurança na hora de vender

16 Natal em Blumenau começa a ganhar força

26 Entidades são contra a redução da jornada

28 Núcleo Setorial de Responsabilidade Social

29 Vitória sedia o Encontro Brasil-Alemanha

30 A obrigatoriedade da contribuição sindical

32 Artigo: Ainda o desperdício...

34 Acib é notícia

36 CDL é notícia

40 Sindilojas é notícia

42 Memória

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ESPECIALISTA EM CAMA, MESA E BANHOApós aproveitar o movimento do turismo de compras, Flamingo focou no setor e passou de três para 10 lojas em poucos anos

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Conselho Editorial acib: Ronaldo Baumgarten Junior, Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Solange Rejane Schröder e Rubens Olbrisch Cdl:Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas:Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau mundi Editora:Sidnei dos Santos e Eduardo Bellidio

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andarCEP: 89010-205Blumenau – SC47 3326.1230www.acib.net

Alameda Rio Branco, 165CEP: 89010-300Blumenau - SC47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br

Alameda Rio Branco, 165CEP: 89010-300Blumenau-SC 47 3221 5750 www.sindilojasblumenau.com.br

Ivan Schulze

Page 6: Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 28

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EntREviSta COm O PRESidEntE da FCdl/SC, SéRgiO alEXandRE mEdEiROS

O líder empresarial completou o primeiro ano do mandato frente à Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), em abril. A entidade conta com 168 CDLs asso-ciadas, que totalizam 26 mil empresas em todo o Estado. Em entrevista à Revista Empresário, o pre-sidente da FCDL/SC faz um balanço deste período e aponta as metas até o final de 2010.

SéRGIO ALExANDREmedeiros

Fernando Willadino / D

ivulgação

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Revista Empresário: O que pre-cisa ser mudado no Cadastro Posi-tivo para que ele seja aprovado no Senado (já foi na Câmara)?

Sérgio alexandre medeiros: O Cadastro Positivo, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, tem ba-sicamente três pontos bastante com-plexos. Na verdade, não foi aprovado um cadastro positivo, e sim a regula-mentação de todo o setor de informa-ção, que inclui o Cadastro Positivo e o Cadastro Restritivo. Essa lei tratou do Cadastro Restritivo atual, que é a par-te de comunicação da pessoa que vai ser registrada, ele coloca como obri-gatório o Aviso de Recebimento (AR). Isso é um ponto que prejudica muito a classe mais baixa, porque o correio

não faz esse serviço nos endereços de interior. Também há problemas nos edifícios, em que a pessoa não está lá para receber e tem que ter o AR com a assinatura dela. Outro problema é que o horário que o correio trabalha é o mesmo em que as pessoas estão trabalhando. Isso praticamente invia-biliza o sistema. Santa Catarina já tem uma legislação aprovada e nós con-seguimos derrubar porque provamos que seria inviável. Temos também um outro problema que é o de não poder colocar, nem positiva, nem ne-gativamente, contas de luz, água e telefone, serviços que são prestados com constância. Isso gera duas outras questões, uma no cadastro restritivo, que, de certa forma, as empresas que

fornecem esses produtos têm que usar dessa ferramenta para poder cobrar das pessoas e poder continuar forne-cendo o serviço. E na parte positiva do cadastro, que nós usaríamos como uma informação em favor das pesso-as que não são devedoras; seria uma grande ferramenta para identificar-mos a capacidade financeira delas. E o outro, que eu acho o maior absurdo, é a proibição de se registrar qualquer dívida abaixo de R$ 60,00. Eu nem imagino de onde tiraram esse número – poderia ser R$ 70,00, R$ 80,00 ou R$ 20,00. E isso vai prejudicar mui-to as pessoas de classes mais baixas, porque não vai ter prestação abaixo de R$ 60,00, as lojas farão prestações maiores.

“há um OtimiSmO nO mERCadO,maS a nOSSa mEta é CRESCER 2%”

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RE: Quais as principais vanta-gens do Cadastro Positivo e como ele se distingue do Cadastro Restri-tivo?

medeiros: Hoje, nós analisamos se uma pessoa está devendo ou não através de uma consulta nas lojas para ver se está cadastrada no banco de dados e, se estiver, provavelmente não terá o crédito oferecido. O ca-dastro positivo tem muitas outras in-formações, por exemplo, se a pessoa tem um financiamento de um veículo e está pagando sempre em dia, cons-ta ali. Se ela tem um financiamento de uma casa própria, também está lá no banco de dados. Essas informações podem ser inseridas ali e vão fazer com que quem está concedendo, não só o lojista, mas um banco que vai conceder um financiamento, possa fazer uma análise melhor. Porque do bom pagador a gente quase não tem informação, mas do mau a gente tem muitos registros. A expectativa é que, com esse Cadastro Positivo, tenhamos um crescimento da oferta de crédito em torno de 19%. Hoje, para quem vai fazer um financiamento, é solici-tado imposto de renda, comprovante de renda mensal, comprovante de re-sidência e assim por diante. No Ca-dastro Positivo, a partir do momento

em que a pessoa autoriza ser inserida no cadastro, ele vai sendo alimentado com essas informações e elas são tidas como verdadeiras.

RE: Quais as principais reivindi-cações com relação à regulamenta-ção dos cartões de crédito?

medeiros: Nossa principal reivin-dicação é que haja um controle do se-tor pelo Banco Central. Que ele possa intervir e tomar as iniciativas quando necessário. Essa regulamentação é um pouco demorada, pois tem que ter muito estudo, ser muito bem feita. Algumas coisas poderiam ser feitas de imediato, então alguns projetos estão no Senado, outros na Câmara. Esta-mos trabalhando junto da confedera-ção e da Frente Parlamentar do Vare-jo. Conseguimos aprovar na Câmara a diferenciação entre o preço à vista e a prazo quando se utiliza um cartão. Sabe-se que o cartão tem 30 dias para repassar o valor para o lojista e tem uma taxa de 5% em média que é co-brada sobre o preço. Então, quando o lojista forma o preço de venda à vista, ele sabe que vai ter que vender com 5% de taxa e 30 dias para receber. Se ele quiser antecipar esses 30 dias, terá que pagar a mais em torno de 5% a 6%. Praticamente, de 10% a 11% ele já sabe que tem que colocar a mais porque ele vai vender e alguém tem que pagar por isso. E o consumidor é que paga. A pessoa que vem com o dinheiro está pagando a mais por conta disso. Entendemos que, com a diferenciação, as pessoas que pagam em dinheiro vão ganhar, aí será fei-ta justiça. Com isso, nossa intenção é que as administradoras sofram uma concorrência com o dinheiro e ve-nham negociar, reduzindo o prazo e as taxas. Outra luta muito grande é em relação às máquinas. No Brasil, o custo desses equipamentos é eleva-díssimo. Em um estabelecimento que precisa de quatro máquinas, elas cus-tam entre R$ 100,00 a R$ 200,00 por mês cada uma. Queremos que seja usada uma única máquina para todos os cartões, o que vai diminuir o custo do lojista e do preço para o consumi-dor. Também tem os juros rotativos. Quando vem a fatura do cartão com o valor total e o mínimo, se for pago somente o mínimo, na outra fatura o que ficou sem pagar vem com 12% de juro, mais alto que o juro do che-que especial, que já é um absurdo.

Isso gera inadimplência no mercado e tira a pessoa dos negócios, pois vira uma bola de neve. A justificativa para esse juro ser tão alto é que existem apenas duas empresas operando no Brasil, a Visa e a Mastercard. Com mais de 90% do mercado, elas fazem o que querem.

RE: Quais os benefícios para o comércio e para os associados das Cdls com a capacitação das equi-pes das Cdls pelo Programa de integração e desenvolvimento de gestores?

medeiros: Esse é um programa que se iniciou na nossa federação, no ano passado, e que vem se tornando uma referência nacional. Várias CDLs já vieram ver e as federações do Brasil estão querendo implantar. O objetivo é capacitar os gestores das CDLs para que eles possam atender melhor o as-sociado, esclarecer todas as dúvidas que possam existir, tanto na área fi-nanceira, como na trabalhista, judicial e até na parte da comunicação com o lojista. é um trabalho de aperfeiçoa-mento da entidade para que o lojista possa utilizar nosso sistema na tota-lidade. Porque não é só o SPC, são inúmeros outros serviços, desde o Ca-dastro de Oportunidade de Emprego (COE), até consultas de RG, endereço e automóveis. Através dessa especiali-zação do gestor, tudo pode ser melhor utilizado. Inclusive, nós assinamos um protocolo de intenções com as Facul-dades Senac e queremos aproveitar essas horas/aula já dadas e fazer que, com mais uma complementação, eles possam ter direito a um diploma de curso superior em gestão.

RE: Quais os impactos da medi-da da redução das alíquotas do iPi para produtos da linha branca?

medeiros: Esse é um setor que depende muito do crédito. Como no final do ano passado e início desse ano o crédito ficou reduzido, tivemos dificuldade. Os juros estavam altos e a desconfiança devido à crise econô-mica fez as vendas caíram bastante. A redução de IPI fez com que as vendas voltassem ao patamar que estavam antes. Isso é positivo e agora estamos atuando com o setor de material de construção, pedindo uma redução definitiva da alíquota desses produ-tos, porque esse setor faz girar muito a economia.

Medeiros: crescimento de 2%

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EntREviSta COm O PRESidEntE da FCdl/SC, SéRgiO alEXandRE mEdEiROS

Fernando Willadino / D

ivulgação

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RE: Como deve se comportar o comércio varejista nesse segundo semestre? Já é possível avaliar pers-pectivas e percentuais de crescimen-to para o ano?

medeiros: No primeiro semestre nós tivemos uma queda de 5,5% nas vendas no Estado. Há alguns mercados que podem não ter sentido tanto, mas essa foi a média. Junho já projetou, em função do Dia dos Namorados, uma re-tomada no crescimento. Ficamos prati-camente com os mesmos números de junho do ano passado. Nossa expec-tativa é que, especialmente em agosto e setembro, tenhamos uma retomada mais forte e queremos terminar o ano com um crescimento de 2%. Essa é a nossa meta e expectativa, porque esta-mos vendo uma redução forte dos ju-ros, que é importante para o varejo. O governo está ampliando a redução de IPI e postergando o fim dela. Também há um otimismo no mercado. De certa forma, essa meta é tímida em relação a outros anos, que viemos crescendo 6%, 7% ou 8%.

RE: O senhor completou um ano de gestão à frente da FCdl/SC no primeiro semestre de 2009. Qual a avaliação até aqui e quais são os pla-nos e metas para o restante de seu mandato, no final de 2010?

medeiros: A avaliação foi bastante positiva, com destaque para a grande participação de todo o varejo catari-nense, que culminou na nossa conven-ção estadual em Joinville, no final de maio. Foi a maior convenção já reali-zada no Brasil por um Estado. Foram mais de 2 mil participantes. Para se ter um comparativo, a convenção do Rio Grande do Sul reuniu cerca de 700 pessoas e eles têm 40 mil associados.

Nós temos 26 mil. Tudo isso aconteceu com o apoio de todos Tivemos gran-des vitórias na parte política: junto dos deputados, conseguimos algumas con-quistas de alteração de legislações que prejudicavam os lojistas, como a Lei do Cheque, que foi sancionada pelo go-vernador. Daqui para frente, o desafio é o de criar novos serviços para as CDLs, porque o mercado é muito dinâmico. Criar produtos e serviços diferentes é a meta para nossa equipe e, já nos pró-ximos 60 dias, vamos disponibilizar um novo produto, o Score. Com ele, o lo-jista terá informações mais detalhadas da capacidade de compra do cliente, quando houver o Cadastro Positivo.

Nossa principal reivindicação é que haja um controle dos cartões de crédito pelo Banco Central. Que ele possa intervir e tomar as iniciativas quando necessário

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Ivan Schulze

EMPREENDEDORISMO

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UMA HISTóRIAfeita de visão

Quando a Flamingo foi criada, em 1950, pelos sócios Max Alten-burg, Margarida Kahrbec e Augus-tinho Schramm, era mais uma loja de armarinhos, negócio muito co-mum na época. O que diferencia-va esse dos demais comércios era a visão de mercado de Augustinho Schramm, que ficava à frente da empresa, tocando os negócios no dia a dia.

Hoje, são 10 lojas, nove em Santa Catarina e uma no Paraná. Depois de um longo período voltada para o turismo, a empresa decidiu voltar a fazer aquilo que realmente a destacava. Há cerca de 20 anos, realizaram um trabalho de re-estruturação das lojas e conscientização dos colaboradores para serem os me-lhores em cama, mesa e banho. “Esse foi e ainda é o nosso objetivo constante: não ser o maior, mas o melhor em arti-gos do gênero”, afirma Emílio Schramm,

que junto do irmão Roberto (filhos de Augustinho), administra a empresa atu-almente.

Alguns produtos têm a fabricação terceirizada, mas a busca pela excelên-cia exige fornecedores de qualidade. Há oito anos, uma parceria com comercian-tes de outras regiões criou uma nova marca, a Domani – amanhã em italiano – com lojas em Florianópolis, São Paulo e Brasília. A ideia da marca é mostrar que, mesmo após quase 60 anos de fun-dação, ainda se pensa no amanhã, além de ser uma saída para enfrentar a forte concorrência.

O foco de serem os melhores no ramo deu tão certo que, de três lojas em 1983, a Flamingo passou para 10 nos anos seguintes. A matriz fica em Blume-nau e as filiais em Itapema – a primei-ra delas, estrategicamente instalada na BR-101 e com mais de 30 anos –, três lojas em Florianópolis – uma delas leva o nome da Domani –, Balneário Cam-

boriú, Itajaí, Joinville, Jaraguá e Curitiba. Ao longo dos anos, a importação

também aumentou e, nesse contexto, a China tornou-se uma aliada. “Importa-mos da China, Índia, Espanha e Portugal. Isso é algo irreversível e não há lei que faça mudar”, destaca Emílio. Indepen-dente da oscilação do dólar, a empresa precisa importar para atender à deman-da. Segundo o empresário, existem ar-tigos que não valem a pena a indústria brasileira produzir. “Tanto se reclamou da China, mas hoje a maioria dos gran-des industriais também está importan-do. Quer dizer, se a banda está tocando valsa, não adianta querer dançar tango. É preciso adaptar-se ao mercado”, ava-lia Emílio, que está há mais de 30 anos no negócio. “Aquela fase da China de ter produtos ruins também já acabou, já existem produtos de qualidade, con-fiáveis. A Índia faz coisas têxteis maravi-lhosas, assim como o Paquistão”, cita o empresário.

Foco da empresa é ser a melhor loja no segmento de cama, mesa e banho

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O centro de distribuição sairá da Rua xV deNovembro, onde fica a matriz, e passará para Itapema

turismo em ebuliçãoApós a fundação, os negócios da

Flamingo evoluíram e a década de 1960 trouxe o crescimento do turismo. A em-preitada ainda era insipiente, mas Augus-tinho não demorou a perceber que, com os ônibus cheios de turistas que passavam pela região, vinha também um mercado promissor. A meta do comerciante era vender os produtos feitos aqui, o que le-vou a empresa a se especializar no ramo de cama, mesa e banho.

Com o passar dos anos, o controle acionário da empresa mudou. Augustinho Schramm comprou a parte que pertencia a Margarida e, depois que ele faleceu, os filhos compraram a parte de Max Alten-burg. Com o turismo em alta, a loja agre-gou outros artigos. Vendia cristais – outra referência da região –, artigos em malha e praticamente tornou-se um magazine. “O turismo era tão forte que tudo que se colocava à venda, saía. Era uma loucura. Se colocássemos pneu na vitrine, venderia. Então, aproveitamos o momento”, conta Emílio.

O empresário lembra que, entre 1975 e 1980, filas imensas de ônibus de turismo formavam-se na Rua XV de Novembro. A produção das indústrias era colocada nas grandes capitais, com destaque para Belo

Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Es-ses produtos não eram vistos no interior. Consequentemente, essas pessoas vinham para Blumenau, maravilhavam-se e com-pravam. Porém, com o passar do tempo, a indústria foi aumentando a produção e tinha que colocar em algum lugar. De 1985 para frente, a indústria se pulverizou de tal maneira que as pessoas poderiam ir aos lugares mais remotos e encontrar os produtos feitos em Blumenau. A região deixou de ser uma atração nesse sentido e o turismo caiu vertiginosamente. Outro motivo para a queda do turismo aponta-do pelo empresário foi a popularização do transporte aéreo. As cidades que faziam parte do roteiro rodoviário passaram a fi-car de fora.

Com a queda no turismo, os adminis-tradores perceberam que estavam com uma gama muito grande de produtos. Era preciso mudar e ter o foco em algum produto. “Nessas alturas, nós não éramos bons em nada”, recorda Emílio. Era hora de buscar algo em que a empresa se des-tacasse. “Chegamos à conclusão que, do jeito que estava, nós não iríamos crescer ; na verdade, não teria como sobreviver”, conta. Daí a decisão de tornar a Flamingo na melhor loja de cama, mesa e banho.

Divulgação

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EMPREENDEDORISMO

Efeitos da criseA crise mais recente pela qual o mundo vem passando foi sentida

de várias formas pelas Lojas Flamingo. Em Blumenau, o quadro foi di-ferente das demais lojas em função do montante de dinheiro injetado com a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que aqueceu o comércio. Contudo, segundo Emílio Schramm, as filiais sentiram a freada na economia. Para ele, essa situação é reflexo dos boatos e do receio que a população tem de perder o emprego, o que retrai o consumo.

Por outro lado, o empresário já vislumbra uma recuperação, muito por conta da mudança de estação. “O comércio é muito sensível a vários fatores externos, como temperatura, moda e boatos. Por isso, é fundamental estar atento e pronto para se adaptar a todas essas mu-danças”, enfatiza Emílio. A troca de informações entre as filiais é diária, o que hoje é muito fácil pela tecnologia da comunicação. “Para se ter ideia, quando tínhamos três lojas, nosso escritório tinha 15 funcionários; hoje, com 10 lojas, são apenas quatro”.

Para enfrentar o futuro, a empresa já está fazendo modificações. O centro de distribuição está sendo transferido para Itapema. Hoje, ele fica na Rua XV de Novembro, em Blumenau, para abastecer as 10 lojas, o que tornou-se insustentável. O novo local trará mais agilidade e mais espaço para armazenamento. Das 10 lojas, oito estão na BR-101 e o mais central de todos os endereços é Itapema.

O novo dimensionamento vai diminuir erros na distribuição e o endereço mais longe será o de Curitiba, o que pode ser resolvido em uma hora e meia de viagem. Aproveitando a mudança, a Flamingo irá construir uma nova loja em Itapema, no mesmo endereço, porém mais moderna. A administração também será transferida para lá. A loja deve ficar pronta no final de outubro e o depósito tem previsão para o início de agosto. Os planos de expansão giram em torno das lojas já existen-tes, pois as cidades em que a Flamingo está instalada comportam mais uma loja do grupo, garante o empresário.

PERFIL

Razão Social: Flamingo Ltda.

Fundação: Julho de 1950

Fundadores: Augustinho Schramm, Max Altenburg e Margarida Kahrbeck

Ramo de atividade: Comércio de produtos para cama, mesa e banho

número de lojas: 10

Colaboradores diretos: 65

Emílio Scharamm: empresa se adequou e seguiu em

A marca Domani é uma parceria entre a Flamingo e outras empresas

Fotos Ivan Schulze

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CRéDITO

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O Serviço de Proteção ao Crédi-to (SPC) foi criado com o objetivo de centralizar em um único banco de dados informações de pessoas físicas e jurídicas, auxiliando na tomada de decisão para concessão de crédito pe-las empresas. A entidade, represen-tada pelas Câmaras dos Dirigentes Lojistas (CDLs), foi criada em 1955 por empresários gaúchos que senti-ram a necessidade de uma aprovação de cadastro no momento de efetivar a venda de produtos e serviços. Hoje, a principal finalidade do SPC é for-necer segurança aos empresários e lojistas na hora de aceitar um cheque ou fazer uma venda a prazo.

O sistema reúne informações do co-mércio nacional desde os pequenos lojis-tas até os grandes magazines, indústrias, serviços e mercado financeiro. “Nós in-formamos se a pessoa que está fazendo a compra já está com alguma inadimplência no mercado”, explica o gerente executivo da CDL de Blumenau, Jorge Luiz Caresia. O SPC oferece um mix de informações com mais de 30 opções de consultas para atender todas as linhas do mercado. “Te-mos consulta específica para as revendas de automóveis, por exemplo, entre tantos outros tipos de estabelecimentos comer-ciais”. Atualmente, em Blumenau, são 1,5 mil associados nos mais diversos ramos.

Para uma empresa ou loja ter acesso ao SPC, é necessário pagar uma taxa de adesão de R$ 50,00 e a mensalidade, que varia entre R$ 25,00 e R$ 65,00. A partir daí, a empresa se torna habilitada, rece-bendo uma senha de acesso ao sistema para fazer consultas pela internet ou pelo telefone. A consulta varia de acordo com a necessidade. As mais completas têm o custo de R$ 1,62 (no caso de pessoa físi-ca) e R$ 7,00 (pessoa jurídica). “O preço é bem acessível, considerando que o SPC não é uma empresa e não visa lucro. A entidade só tem como objetivo cobrir os

custos deste serviço”, diz o gerente exe-cutivo da CDL.

O SPC também oferece pacotes de consultas para setores específicos, como para supermercados, videolocadoras, postos de combustível e instituições de ensino. “Nós temos um convênio com a Universidade Regional de Blumenau (Furb), que oferece a opção de registrar os inadimplentes da instituição. As escolas particulares também têm a possibilidade de registrar o nome do responsável pelo aluno, ressaltando-se que elas não podem deixar de fazer a matrícula por causa do registro negativo”, explica Caresia.

História

O SPC foi implantado em Blumenau em 1963, devido à necessidade de prote-ção aos lojistas e empresários no momen-to de realizar as vendas. “Naquela época, existia uma sala com uma telefonista que ficava recebendo as ligações. Os controles eram feitos através de fichinhas que apre-

sentavam o nome do devedor, a filiação, a data de nascimento, o nome da loja e o valor do débito. Eram registradas menos de 100 consultas por mês. Hoje, a média é de 120 mil consultas ao mês”.

Em 1993, época em que Caresia era presidente da CDL de Blumenau, houve a necessidade de buscar uma solução, já que o volume de fichas era grande e não havia agilidade no serviço. “Nós tínhamos uma sala que acabou virando um arquivo. Era muita gente para procurar os nomes de A a Z, oferecendo informações aos 300 as-sociados que tínhamos”. Outra dificuldade apontada por Caresia é que cada cidade tinha um SPC, mas as informações fica-vam restritas aos municípios. “Uma pessoa podia estar inadimplente em Indaial, mas conseguia comprar em Blumenau porque o nome não estava registrado no SPC da nossa cidade”, explica.

A partir daí, foram criados nove pó-los regionais no Estado que, em seguida, foram integrados através do sistema infor-matizado, lançado em 1994.

Jorge Luiz Caresia: SPC de Blumenau recebe cerca de 120 mil consultas/mês

Kakau Santos

segurançaNA HORA DE VENDER

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Projeto único de informaçãoAos poucos, os lojistas começaram

a perceber que Santa Catarina recebia muitas pessoas de outros estados e que a consulta deveria ser de abrangência na-cional. Em 2001, foi criado o projeto único de informação, com os dados disponíveis aproximadamente uma hora após as infor-mações serem inseridas no sistema.

Porém, antes de inserir um nome no sistema, uma carta precisa ser enviada ao inadimplente, avisando que a pessoa está tendo o nome incluso no banco de dados do SPC. O prazo para quitar a dívida, antes de fazer o registro, é de 10 dias. “Durante estes 10 dias, ninguém tem a informação de que esta pessoa está inadimplente. Se no 11° dia a dívida não for quitada, o

nome passa a fazer parte do banco de dados único do SPC nacional”.

Algumas informações repassadas às lojas e empresas ainda são compradas pelo SPC, que não vende informações de seu banco de dados para qualquer outro serviço cadastral. “A finalidade é qualificar a informação repassada ao associado, for-necendo-lhe dados confiáveis e de proce-dência garantida. Para isto, são utilizadas, inclusive, informações de uma empresa multinacional”, detalha Caresia.

A receita com o valor das consultas do SPC é revertida a favor dos associa-dos. “Estamos trabalhando na busca de uma nova informação, criando um novo produto. Todo o investimento está sendo

bancado pelo SPC”. Caresia diz que ain-da não pode divulgar como funcionará o produto, por ainda estar em fase de de-senvolvimento. Ele deve ser lançado até o final deste ano.

“A ideia é colocar este serviço no mercado antes do Natal para facilitar a avaliação do cliente pelos associados”, afirma. O desenvolvimento deste serviço estadual conta com a participação da CDL Blumenau, que está sendo representada pelo diretor César José Buschermöhle. Além destes tipos de investimento, o SPC tem custos com eventuais compras de in-formações da Serasa e do Banco Central do Brasil (Bacen), manutenção de equipa-mentos, salários e telefonia, entre outros.

Seminário SPCO 45° Seminário Estadual do SPC de

Santa Catarina e o 12° Simpósio Jurídico Estadual da FCDL/SC reuniram 350 pesso-as no Teatro Carlos Gomes, nos dias 17 e 18 de julho. O evento foi promovido pela Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas (FCDL) de Santa Catarina e pelo departamento de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) do Estado.

A abertura do seminário contou com a presença de autoridades e lideranças como o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional de Blumenau, Paulo França, o prefeito de Blu-menau, João Paulo Kleinübing; o presiden-te da FCDL/SC, Sérgio Alexandre Medei-ros e o presidente do Conselho Diretor do SPC/SC, Ivan Roberto Tauffer, entre outros.

Durante dois dias, foram discutidos assuntos relacionados aos serviços presta-dos pelas CDLs de Santa Catarina, entre eles, o Serviço de Proteção ao Crédito. O encontro permitiu que os participantes tivessem acesso a recentes informações sobre crédito, atividades do SPC, ques-tões que envolvem o relacionamento do consumidor com as empresas, legislação vigente e jurisprudência, entre outros. Os temas foram ilustrados com palestras, de-bates, apresentações e o intercâmbio com representantes das diversas CDLs de San-ta Catarina. O governador Luiz Henrique da Silveira participou do seminário em Blumenau

Kakau Santos

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O Natal em Blumenau vai ganhar nova roupagem a partir deste ano, com uma programação para encantar crianças e adultos. O projeto do ano passado, o Natal Alles Blau Blume-nau, vai ganhar novo nome e novos ares. “Lançamos o Alles Blau no ano passado para elevar a autoestima da população depois da tragédia de no-vembro, mas a missão agora é resga-tar o espírito natalino”, explica o pre-sidente da CDL, Marcelino Campos, que é responsável pela gestão opera-cional deste evento.

O projeto será construído por várias mãos. Por isso, deve haver um envolvimen-to de todos os segmentos da sociedade, além das entidades de classe. “Essa não é uma obrigação apenas dos lojistas e da ad-ministração municipal, é uma obrigação de todos. Precisamos buscar construir um Na-tal que envolva toda a cidade”. A ideia inicial é lançar um Natal que se transforme em um grande atrativo turístico, nos moldes do Natal de Gramado (RS).

Na busca de um projeto que encante os blumenauenses e turistas, a CDL solici-tou o planejamento de uma empresa de São Paulo, especializada em grandes even-tos natalinos. “Esses profissionais já conhe-cem Blumenau, a Vila Germânica e os equi-pamentos disponíveis, já que a empresa paulistana fez alguns trabalhos para a Okto-berfest. Trata-se da mesma empresa que faz as campanhas de Natal da Coca Cola”.

Para o Natal deste ano, o Setor 3 da Vila Germânica será decorado a partir de um tema inicial, que é a bola de neve. Um cenário com um circuito lógico irá apresen-tar um mundo de fantasia. “Em pleno mês de dezembro, irá nevar dentro do pavilhão e haverá uma fábrica de chocolate com de-gustação”, adianta Marcelino.

O presidente da CDL conta, também, que dentro da construção do cenário ha-verá a utilização de muita tecnologia en-volvendo a robótica. “Queremos encantar

crianças e adultos em um projeto espeta-cular”. O cenário contará ainda com uma árvore com 15 metros de altura. A partir deste tema, na Vila Germânica, a CDL pre-tende levar a decoração para as ruas do Centro de Blumenau.

“Pretendemos cobrar o ingresso no va-lor aproximado de R$ 8,00 por pessoa para que este evento se torne autossustentável, já que a proposta para o próximo ano é de ampliar o cenário, utilizando também os outros setores da Vila Germânica. Não temos dúvidas de que esse pode se tornar o maior evento de Blumenau, até mesmo maior que a Oktoberfest”, diz em tom de otimismo.

Além do cenário montado na Vila Ger-mânica, que ficará aberto à visitação duran-te 40 dias, o Natal coordenado pela CDL pretende levar muita música e dança para os pontos turísticos da cidade. “A ideia é dividir as responsabilidades com voluntários e diversas outras entidades para que, em um futuro próximo, todos possam come-morar o sucesso deste projeto”.

Outra proposta da CDL é planejar a decoração natalina das principais ruas do Centro da cidade. As árvores da Alame-da Rio Branco, Nereu Ramos, Rua XV de Novembro, da Rua 7 de Setembro e Beira-Rio, entre outras, foram listadas para que seja feita uma decoração padrão. Uma das parceiras neste projeto é a Taschibra, de In-daial, além de eletricistas que irão fazer a manutenção das luzes.

A proposta inicial da CDL é ficar res-ponsável pela instalação, manutenção e desmontagem da iluminação, cobrando dos empresários e lojistas apenas o valor estipulado para a decoração da árvore que contempla os estabelecimentos comerciais. “Cobrando por árvore, nós não estaremos gerando receita, estaremos apenas bancan-do os custos de iluminação e manutenção”, garante Marcelino. Futuramente, este proje-to também será estendido para os bairros, através dos Núcleos de Bairros da CDL, que abrangem as regiões das Itoupavas, Ve-

lha, Garcia e Escola Agrícola.Para o presidente do CDL, a grande

missão é dar outra cara para a programação de Natal, transformando este evento em um grande atrativo turístico, já que a CDL prevê uma visitação de, no mínimo, 200 mil pessoas só no cenário que será criado na Vila Germânica. “Queremos profissionalizar o Natal em Blumenau, que é o que aconte-ce em Gramado. Chegamos no momento ideal para colocar este projeto em prática”, acredita Marcelino. Durante o lançamento oficial (a ser definido), serão apresentados todos os aspectos da programação. Os em-presários são convidados pelas entidades empresariais de Blumenau e contribuirem com R$ 50,00 ao mês durantes seis meses.

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UM NATAL

encantado

Marcelino Campos busca tranformar o Natal de Blumenau em evento turístico

EVENTOS

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Ana Paula [email protected]

Poucas cidades brasileiras cres-ceram com planejamento e Blume-nau não está entre as exceções. De 1850, ano do início da colonização germânica, até a década de 1970, a infraestrutura do município se de-senvolveu basicamente apoiada em necessidades pontuais. O governo municipal busca definir diretrizes e projetos para o desenvolvimen-

to de Blumenau para as próximas décadas. Segundo o Programa de Desenvolvimento Urbano de Blu-menau, batizado de Blumenau 2050, a região norte terá a melhor infraestrutura urbana da cidade nos próximos anos. Por este motivo, os bairros do norte de Blumenau tor-nam-se atraentes para novos em-preendimentos.

Entre os novos empreendimentos que despontam na região, às margens da BR-470, está o Vale Auto Shopping. Trata-se de um shopping automotivo, um local onde podem ser encontradas várias lojas de veículos novos, semino-vos e de serviços, como despachantes, corretoras de seguro, agências bancárias, serviços de para-brisas, escapamentos, som automotivo, baterias, autoelétrica e acessórios diversos. A inauguração do Vale Auto Shopping está agendada para setembro. “O empreendimento vai unir tudo que se refere a automóveis, moto-cicletas e náutica num só lugar”, afirma o administrador do empreendimento, Edson Riedel. “Este tipo de empreendi-mento é um processo de cooperativa, o que é uma tendência para o futuro”, prossegue.

Além de espaço para 40 lojas de veí-

culos, 15 salas para prestação de serviço e 13 lojas de auto serviço, o Vale Auto Shopping terá 700 vagas de estaciona-mento e praça de alimentação. Outros 500 metros quadrados foram destinados à realização de exposições de veículos especiais, feiras, promoções e apresen-tações culturais. Segundo Riedel, até o fi-nal de julho, 60% dos espaços já estavam vendidos e o restante em negociação. A expectativa é de que o shopping gere mais de 220 empregos diretos.

A obra, iniciada em julho de 2008, conta com um sistema de captação de água da chuva com capacidade para 200 mil litros.

A escolha da região norte da cidade para o empreendimento de mais de 14 mil metros quadrados foi estratégica. Os proprietários levaram em consideração o Programa Blumenau 2050 para escolher o terreno na Rua Dr. Pedro Zimmer-mann, Bairro Salto do Norte. “O futuro está na região norte, porque é a área de maior desenvolvimento no Município. A cidade deve crescer sistematicamente para esta região”, avalia Riedel.

O lugar tem acesso facilitado para 58 municípios, o que significa um total de 1,5 milhão de habitantes e um Índice de Potencial de Consumo Total (IPC) de 26% em Santa Catarina.

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REGIãO NORTE DESPONTApara o futuro

Edson Rieder administra o empreendimento que terá 40 lojas

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INVESTIMENTOS

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Wal-Mart faznovo investimento

Depois da loja com a bandeira Big, o Wal-Mart garante novo investi-mento em Blumenau. A localização para construção do empreendimento ainda não foi confirmada, mas deve mesmo ser na região norte da cidade. A expansão do Wal-Mart em Santa Catarina – que hoje conta com nove unidades das bandeiras BIG, Nacional e Maxxi Atacado – será marcada especialmente pela ampliação do número de lojas do formato atacadista. Blumenau, com um Hipermercado BIG, e Joinville, que já conta com ou-tras duas unidades da mesma bandeira, estão entre as cidades que serão contempladas com novas unidades da marca Maxxi Atacado.

O Wal-Mart chegou a Santa Catarina em dezembro de 2005, com a aquisição da rede Sonae. O presidente do grupo no Brasil, Héctor Núnez, anunciou em fevereiro o investimento de R$ 132 milhões e geração de 750 novos empregos em Santa Catarina, em 2009. A maior parcela do investimento está sendo destinada à construção de seis novas lojas da rede, em seis diferentes cidades. Mas, parte dessa quantia já foi aplicada em Itajaí, com a reconstrução do Maxxi Atacado, atingido pelas enchentes no ano passado. A rede Wal-Mart possui 75 mil funcionários em todo o Brasil e, em 2008, registrou faturamento de R$ 17 bilhões.

OS NúMEROS

vale auto Shopping40 lojas de veículos15 salas para prestação de serviço13 lojas de auto serviço700 vagas de estacionamento220 empregos diretos

Blumenau norte Shopping185 operaçõesR$ 200 milhões em investimentos52 mil metros quadrados

Wal-martR$ 132 milhões serão investidos em SC, em 2009750 novos empregos previstos no Estado75 mil funcionários no BrasilR$ 17 bilhões de faturamento em 2008

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INVESTIMENTOS

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Grupo Almeida Juniorterá novo shopping

O Grupo Almeida Junior, proprietário do Shopping Neu- markt, confirmou a instalação de um novo shopping na região norte de Blumenau. O Blumenau Norte Shopping será construí-do em uma área de 120 mil metros quadrados, de frente para a BR-470, nas proximidades do Trevo da Mafisa, no cruzamento da rodovia federal com a Rua Pedro Zimmermann.

Segundo o empresário Jaimes Almeida Junior, a localização, próxima aos trevos de acesso a Blumenau, não poderia ser mais estratégica. O empreendimento está na fase de detalhamento do projeto arquitetônico, Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e obtenção das licenças ambientais. A intenção é protocolar o Projeto Legal até o final de agosto na Prefeitura de Blumenau e, em setembro, apresentar o EIV ao Conselho Municipal de De-senvolvimento.

Jaimes Almeida Junior aponta que o Blumenau Norte Shop-ping será um shopping center regional, edificado horizontalmen-te, com uma área construída de 52 mil metros quadrados e 42 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL). O grupo irá investir mais de R$ 100 milhões no novo shopping.

O foco do empreendimento será atender a região norte de Blumenau e as cidades do Vale com grandes ancoragens, como hipermercado, loja de material de construção e vestuário, seis salas de cinemas, operação indoor de entretenimento infantil de 4,5 mil metros quadrados, praça de alimentação, restaurantes, serviços, seis mega-lojas para o segmento de linha branca e mó-veis e 165 lojas satélites. O empreendimento terá corredores largos com iluminação natural e amplo estacionamento externo, coberto e descoberto. Entre lojas âncoras, alimentação, mega-lojas, cinemas, entretenimento, serviços e satélites, irá oferecer 185 operações.

O shopping terá uma arquitetura contemporânea: somente um pavimento, cobertura zenital, três importantes acessos com cobertura em vidro e corredores largos. O projeto arquitetônico está sendo realizado pelo arquiteto carioca Paulo Baruki, respon-sável por grandes shoppings centers no Brasil, como Shopping Vila Olímpia e Shopping Morumbi, em São Paulo, Shopping Park Barigui, em Curitiba, e Shopping Barra Sul, em Porto Alegre.

Fotos divulgação

Movimento na economiaO Blumenau Norte Shopping será o maior investi-

mento na região depois do Shopping Neumarkt Blume-nau. Os investimentos totais do Grupo Almeida Junior, lojas âncoras e lojas satélites serão de mais de R$ 200 milhões. Segundo o presidente do grupo, faz parte da filosofia do Almeida Junior aproveitar empresas, profis-sionais e mão de obra local na construção dos empre-endimentos. “Fizemos isto na construção do Balneário Camboriú Shopping e estamos fazendo com o Joinville Garten Shopping”.

O Grupo Almeida Júnior é a maior empresa do setor em Santa Catarina. No planejamento está ter sete shop-pings centers no Estado, até 2012, e ser a maior empresa regional de shoppings centers do Brasil. “Estamos cres-cendo 35% ao ano desde 2006. A empresa investe toda geração de caixa em novos empreendimentos e possui tradicionais parcerias bem estruturadas com instituições financeiras e com o mercado mobiliário. Nos últimos quatro anos, investimos R$ 350 milhões na construção do Balneário Camboriú Shopping, na aquisição de parti-cipações de fundos de pensão no Shopping Neumarkt e na modernização desse mesmo shopping e na construção do Joinville Garten Shopping”, diz Jaimes Almeida Junior.

Perspectiva do Blumenau Norte Shopping, que terá 52 mil metros quadrados de área construída

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O TRABALHO COMO FERRAMENTA

de ressocialização

RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Michele [email protected]

A situação precária do Presídio Regional de Blumenau e a falta de segurança na cidade são apenas al-guns dos assuntos discutidos pela Comissão Pró-Presídio, liderada pela Subseção de Blumenau da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Se-gundo o presidente da subseção blu-menauense da ordem, José Elvas de Aquino Neves, essa comissão foi cria-da há dois anos quando o juiz da Vara de Execuções Penal e corregedor do Presídio Regional da época, Osmar Tomazoni, baixou uma portaria limi-tando o número de detentos.

“Nesta época, a OAB de Blumenau promoveu uma audiência pública para debater a situação da segurança no Mu-

nicípio com autoridades e entidades asso-ciativas da região”, lembra Aquino Neves. Além da OAB, Polícia Civil e Militar e di-reção do presídio, fazem parte da comis-são entidades associativas como a Acib, a CDL e o Sindilojas. “A Acib foi convidada a participar da comissão que trata do Pre-sídio Regional de Blumenau, dando apoio institucional e colaboração para que as proposições cheguem a alguma conclusão efetiva”, explica o advogado que repre-senta a entidade blumenauense, Adélcio Salvalágio.

Entre os temas destacados, está o tra-balho a favor da Justiça. “O papel da Lei de Execuções Penais é ressocializar os detentos e, através do trabalho dentro do presídio, os detentos estão sendo capa-citados”, explica o advogado da Acib. O presidente da OAB de Blumenau ressalta que o trabalho nos presídios é fundamen-tal para a reintegração social dos presos

e muitos empresários da região podem contribuir para a ressocialização concreta dos detentos. Para participar do programa Caminho Entre a Justiça e o Trabalho, as empresas devem entrar diretamente em contato com a direção do Presídio Regio-nal de Blumenau.

Hoje, são 680 detentos, entre homens e mulheres, distribuídos entre o regime semiaberto e fechado no Presídio de Blu-menau. Um dos problemas apontados pela OAB é que a unidade prisional está fazendo dois papéis distintos. “É impor-tante lembrar que na penitenciária ficam presos que já foram julgados, receberam a sentença e estão cumprindo suas penas. Já no presídio ficam os presos que estão aguardando julgamento, mas, a verdade é que os detentos que já foram julgados permanecem no Presídio de Blumenau porque a região não dispõe de uma peni-tenciária”, diz o presidente Aquino Neves.

Kakau Santos

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Casa de passagemO presidente da OAB em Blume-

nau afirma que o presídio deveria servir apenas como uma casa de passagem enquanto a pessoa que cometeu o delito aguarda a decisão da Justiça. “Se ela for condenada, deve cumprir a pena em uma penitenciária, mas constata-mos, durante as visitas à unidade, que o nosso presídio também está fazendo o papel de penitenciária e, por isso, há su-perlotação”. Segundo Aquino Neves, a ocupação do Presídio Regional de Blu-menau está quase se igualando à capa-cidade da Penitenciária de Curitibanos, no Meio-Oeste catarinense.

Por isso, nas primeiras audiências promovidas pela Comissão Pró-Pre-sídio, as discussões foram dividas em duas. A primeira envolveu as medidas a serem tomadas de imediato e a segun-da envolveu medidas em longo prazo.

Foi discutida a ampliação do pre-sídio, que prontamente foi aprovada

pelo governador do Estado. Uma nova ala será concluída até o fim de agosto, oferecendo 186 vagas para o regime semiaberto. “Mas é importante lembrar que isso não é suficiente. Os empre-sários devem oferecer serviço para que os detentos estejam aprendendo um novo ofício, possam suprir as ne-cessidades para que a família não fique desestruturada e para que ele tenha dinheiro para as suas necessidades bá-sicas”, ressalta Aquino Neves.

Além disso, o trabalho dentro do presídio evita que os detentos fiquem ociosos. “Se eles ficam sem ocupação, muitos detentos começam a se aper-feiçoar no crime. O mesmo acontece com os detentos que são libertados depois de terem cumprido a pena sem passar por um bom programa de res-socialização. Eles vão voltar a praticar o delito se não tiverem uma oportunida-de de trabalho”, afirma. Trabalho para detentos do regime semiaberto

Kakau Santos

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

nini & Bambini aposta no projetoA Nini & Bambini é uma das sete

empresas que já montaram uma unida-de no Presídio Regional de Blumenau, oferecendo 10 vagas na facção. Agora, o empresário Jair Kuhnen pretende in-vestir em maquinário para oferecer mais vagas. “Estamos fazendo um trabalho social porque, se ninguém se preocupar em habilitar essas pessoas, elas voltam para o crime. Eu já avisei para os deten-tos que prestam serviços para a minha empresa que podem me procurar lá fora, quando forem soltos, porque vou dar uma oportunidade de trabalho pra eles, dependendo da conduta de cada um durante a pena. Estou oferecendo trabalho, mas não abro mão do bom comportamento”, diz Kuhnen.

Ele explica que o salário do deten-to é o mesmo dos funcionários da em-presa, reduzindo apenas os custos dos impostos. “Eles acabam recebendo um pouco menos porque 75% são repas-sados a eles, enquanto 25% do salário é destinado ao Presídio Regional para as despesas com energia, por exemplo”, detalha o empresário. Os detentos não têm Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias ou 13º salário, mas, além do salário, têm a vantagem de remir, pelo trabalho, parte do tempo

de execução da pena. A contagem do tempo é de um dia

de pena por três jornadas de oito horas de trabalho. “O tempo remido é com-putado para a concessão de livramento condicional e indulto, mas, se o conde-nado for punido por falta grave, perderá o direito ao tempo remido, começando o novo período a partir da data da infra-ção disciplinar, de acordo com a lei. Isso contribui para a boa conduta”, explica o diretor do Presídio Regional, Antônio Osmar Alves de Moura.

Pelas normas do Presídio Regional de Blumenau, o detento que está em regime fechado não pode trabalhar den-tro do presídio por questão de segu-rança, mas os detentos do regime se-miaberto podem exercer uma profissão, a fim de reduzir a pena e aprender um ofício. Hoje, dos 680 detentos, apenas 40 trabalham de forma regular. “Dessa forma, não estamos ressocializando os detentos, afinal, o preso precisa estudar e trabalhar. Sabemos que alguns são ir-recuperáveis, mas precisamos tentar”, lembra o presidente da OAB de Blume-nau, José Elvas de Aquino Neves. O ín-dice de reincidência em Blumenau é de 70%. Ou seja, de cada 10 detentos, sete voltam a cometer crimes quando colo-

cados em liberdade. Um dos motivos apontados por Aquino Neves é a falta de ocupação e cursos profissionalizan-tes dentro do presídio. “Por isso mes-mo, devemos reverter esse quadro para que a própria sociedade não sofra com o aumento da criminalidade. A finalida-de da pena é que o detento reconheça que errou, que se conscientize desse erro e volte pra sociedade recuperado”, finaliza o advogado.

Penitenciária industrialDevido a este alto índice de rein-

cidência dos detentos, a comissão Pró-Presídio está analisando a possibilidade de ser implantada uma penitenciária industrial em Blumenau, semelhante a que existe em Joinville. O diretor do Presídio Regional, Antônio Osmar Al-ves de Moura, classifica a situação atual do presídio como precária. Devido à superlotação, muitos detentos acabam dormindo nos corredores e galerias. “A segurança também não é ideal, já que são apenas seis agentes para 680 presos”, diz o diretor.

Segundo o presidente da subseção da OAB, José Elvas de Aquino Neves, a modalidade onde os detentos são obri-

gados a trabalhar em tempo integral oferece maiores condições de reabili-tação dos apenados e deve ser tratada como prioridade. “Os presidiários têm maiores condições de reabilitação em um modelo de prisão eficiente”, afirma o advogado.

Para conhecer melhor este mo-delo de gestão, alguns representantes da comissão visitarão a Penitenciária Industrial de Joinville, implantada em 2005, que é gerenciada por uma em-presa. “Temos que conhecer este perfil de penitenciária terceirizada, observar a distância que fica da cidade, a área necessária. Não adianta o governo agir sem a conscientização da comunidade

para implantação”, diz o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Paulo França.

Segundo ele, o tema foi abordado em reuniões, mas a expectativa é que a penitenciária seja implantada através do Fundo de Segurança do Governo do Estado. O local para instalação da penitenciária industrial é um assunto a ser tratado no futuro, segundo o se-cretário. Hoje, Santa Catarina possui penitenciárias apenas em cinco muni-cípios: Joinville, São Pedro de Alcânta-ra, Criciúma, Curitibanos e Chapecó. A Penitenciária Industrial de Joinville é uma das 11 unidades terceirizadas existentes no Brasil.

O presidente da OAB, Aquino Neves

Kakau Santos

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A Proposta de Emenda Constitu-cional (PEC) que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada de traba-lho no Brasil e aumenta de 50% para 75% a remuneração das horas extras foi aprovada por unanimidade pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O projeto deve entrar na pauta da Câmara Federal ainda em agosto e para ser aprovado deverá ter o apoio de, no mínimo, 308 depu-

tados. Se isto ocorrer, na seqüência a PEC segue para votação no Senado.

As entidades empresariais veem a pro-posta como prejudicial à economia. Se-gundo os líderes empresariais, a redução da jornada de trabalho de 48 horas para 44, garantida pela Constituição de 1988, não foi suficiente para gerar os empregos prometidos e a atual proposta também não será eficaz para estimular a criação de

postos de trabalho e o desenvolvimento econômico.

A Confederação Nacional da Indús-tria (CNI) manifestou-se contrária à PEC através de uma cartilha que traz os mitos e verdades sobre a geração de emprego. No material, a CNI aponta as condições necessárias para a criação de empregos e aponta o que pode ocorrer caso a lei seja aprovada; como os demais países tratam a questão da jornada de trabalho; a livre

LíDERES EMPRESARIAIS SãO

contra a redução

Respeitoàs diferenças

“A instituição de uma lei que reduz a jornada sem o ajuste corres-pondente nos salários trará efeitos negativos para a economia e o desenvolvimento do País. Hoje, os defensores desta medida acreditam que haverá geração de emprego, mas, em outros países isso não deu certo. Leis, por si só, não criam empregos. Novos postos de trabalho são gerados a partir de crescimento econômico, investimentos e educação de qualidade. Os acordos entre trabalhadores e empresas levam em conta as peculiaridades de cada atividade, a rea-lidade de cada setor e de cada região. Por isso, a imposição de uma medida pela via constitucional pode prejudicar o relaciona-mento entre empregadores e empregados, uma vez que não respeitará as diferentes situações. O País já passou pela experiência de redução de jornada de trabalho e não foram criados novos empregos. A Consti-tuição de 1988, que reduziu a jornada de 48 para 44 horas, provocou aumento na taxa de desemprego, que saltou de 5% para 9%. É engano acreditar que esta medida é um indutor de investimentos. Pelo contrário, isso desconsidera o ambiente econômico atual e será um obstáculo ao crescimento da produção, pois acarretará mais custos às empresas e a perda de competitividade em nível de País e de mundo. Assim, perdem os trabalhadores e a sociedade.”

Alcantaro CorrêaPresidente do Sistema Fiesc

JORNADA DE TRABALHO

Negociações coletivas

“A proposta de redução da jornada de trabalho deve elevar o desemprego e a informalidade, já que tende a diminuir a competitividade em-presarial e a reduzir os postos de trabalho e o ganho salarial médio. Se aprovada, a PEC 231/95 vai elevar os custos das empresas, que lançarão medidas compensatórias, como a automatização ou alta dos preços. Por isso, defendemos que a redução da jornada seja discutida em ne-gociações coletivas entre empresários e empregados, considerando os níveis de produção e as eventuais adversidades do mercado.”

Bruno BreithauptPresidente da Federação do Comércio de Santa Catarina(Fecomércio)

Repasse de custos

“A Facisc é contra a redução da jornada. A socie-dade não tem como absorver o impacto que a aprovação desta proposta poderá causar. Estamos passando por uma crise mundial que afetou direta e indiretamente empresas. Convivemos com dificul-dades como a alta carga tributária que nos assola, o alto gasto público, as mudanças climáticas e não podemos arcar com os prejuízos que a aprovação da redução da jornada irá trazer para a nossa economia. Ao contrário do que se vem divulgando, a proposta não criará novos empregos. Não poderemos contratar mais pessoas devido a atual conjuntura, isso, inclusive, poderá acarretar em pos-síveis demissões, queda do poder aquisitivo, redução de produção, além do repasse do aumento de custos das empresas ao consumidor.”

Luiz Carlos Furtado NevesPresidente da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc)

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LíDERES EMPRESARIAIS SãO

contra a redução Pequenas empresas

“De nossos mais de 800 mil pon-tos de vendas ligados ao sistema CNDL, 90% são empresas peque-nas. Como, aliás, é o modelo do varejo no Brasil, empresas que não possuem condições de manejar seu quadro de colaboradores em jornadas diferentes de traba-lho. Por este motivo, irão perder competitividade e fechar suas portas, levando o varejo nacional para as mãos de redes maiores. Será a destruição de um modelo vencedor que garante emprego e distribuição de renda de forma justa. Outro ponto importante a destacar é que tal medida traria somente mais custos, não produzindo sequer uma nova vaga de trabalho. Custos estes que serão repassados aos produtos e que, em última instância, serão pagos pelo consumidor. Aumento de custos com impacto direto no bolso do consumidor. É importante que todos saibam que todo e qualquer custo existente na cadeia produtiva aca-ba sendo embutido no preço de mercadorias e serviços e pagos pelo consumidor, por todos nós, com consequente redução da atividade econômica.”

Roque Pellizzaro JuniorPresidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lo-jistas (CNDL)

Trabalhando no limite

“O que gera emprego no Brasil ou em qualquer lugar do mundo é o crescimento da economia. Querer fazer uma legislação que obriga as empresas a elevar os custos em uma época de crise não vai funcionar. Os estabelecimentos estão trabalhando no limite, com margens pequenas, reduzindo o que é possível em gas-tos mensais. Reduzir o horário sem reduzir o salário vai gerar um problema, porque, se a pessoa for fazer hora extra, sobe para 75% o valor. Tem que contratar mais, mas como fazer isso e gerar mais despesas em um momento em que está todo mundo com dificul-dades? Isso vai gerar desemprego e rotatividade, fazendo com que pessoas que estão há mais tempo em um estabelecimento sejam demitidas para admitir outros. Observando os principais países do mundo, a jornada de trabalho, em média, é de 48 horas semanais. No Brasil, temos 44 horas semanais. Reduzir para 40 horas é ir na contramão do mundo. Existem comentários de que isso geraria 2 milhões de empregos, mas, não é verdade, porque as empresas vão se adaptar de alguma forma para não aumentar os custos. Todos os horários da jornada de trabalho são muito justos nas em-presas. Reduzir quatro horas semanais mexe em toda a estrutura.”

Sérgio Alexandre MedeirosPresidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC)

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Com a missão de promover de-bates, troca de experiências e de-senvolver ações de responsabilidade social com todos os públicos das

empresas e a comunidade em volta delas, o Núcleo de Responsabilidade Social da Acib foi criado em 20 de abril de 2005. Com um grupo mul-tissetorial que reúne 18 empresas, o núcleo mantém a visão de fortale-cer o capital social nas organizações, contribuindo para a construção de alternativas que promovam o desen-volvimento regional sustentável.

Para a coordenadora do núcleo, Jerusa Soares Lopes, a iniciativa pode surgir den-tro de cada empresa, a partir da identifica-ção de uma demanda própria, seja entre os colaboradores ou da comunidade ao redor. As organizações ainda podem lan-çar mão de projetos já existentes e estru-turados, apoiando-os e dando continuida-de. O núcleo busca trazer representantes de algumas empresas que demonstrem exemplos de casos que obtiveram suces-so na implementação de algum projeto. A ideia é incentivar a articulação dos parti-cipantes e levantar bandeiras. Uma das metas agora é atrair também as micro e pequenas empresas, que têm papel funda-mental no desenvolvimento sustentável da sociedade. “Engana-se quem pensa que só as grandes empresas precisam agir em prol da cidade”, afirma Jerusa.

A coordenadora também ressalta que responsabilidade social é pensar nas outras pessoas. “Se cada um arrumar o próprio quintal, o resultado será positivo como um todo”, exemplifica. O núcleo recebe Or-ganizações Não-Governamentais (ONGs) e Organizações da Sociedade Civil de In-teresse Público (Oscips) para apontar as necessidades pelas quais passam, na ten-tativa de incentivar a mobilização em prol das pessoas atendidas por essas entidades. Um ponto fundamental observado pela coordenadora é que as ações do núcleo vão além da filantropia. A questão é es-timular a sustentabilidade, com foco na

cadeia de negócios da empresa, promo-vendo ações de desenvolvimento regional através de parcerias público-privadas para a geração de emprego e renda. “A res-ponsabilidade social trata diretamente dos negócios da empresa e de como ela os conduz”, diz Jerusa.

A busca pela sustentabilidade dos negócios não se dá apenas através do equilíbrio econômico, mas igualmente do equilíbrio social, pela promoção da cidada-nia e inclusão social, geração de emprego e renda, assim como o ambiental, com a preservação de recursos naturais. Na visão do núcleo, “a empresa que desenvolve ati-vidades com um comportamento ético e socialmente responsável ganha o respeito de seus consumidores e da comunidade, o que gera uma boa imagem corporativa. Ao mesmo tempo, contribui para a cons-trução de uma sociedade mais justa e mais próspera”.

Com apoio do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, as empresas podem avaliar o próprio desem-penho neste campo e ter um diagnóstico de atuação. Jerusa avalia que as organiza-ções evoluíram muito em relação a esse assunto e se entusiasmam vendo na prá-tica projetos que deram certo. Para ela, a fotografia do mundo hoje mostra que é preciso mudar. Essa preocupação deve ser inerente à gestão da empresa e não algo paralelo. Esperar por ações dos governos também não é uma atitude sábia, pois a demanda é sempre maior do que se pode atender. Por a empresa ter uma visão mais próxima do que acontece ao redor dela, tem a possibilidade de reverter quadros em benefício próprio.

Principais ações

O núcleo vem realizando ações com o intuito de mobilizar as empresas, colabo-radores e toda a comunidade em prol do desenvolvimento sustentável. Visitas a em-presas, palestras, oficinas, cafés de ideias e intercâmbio com outros núcleos fazem parte das ações, além do apoio a projetos das empresas.

Esse ano, já foram feitos trabalhos como o intercâmbio de projetos entre as empresas do núcleo, foco para estudo

de mestrado da Furb e o Café de Ideias, que abordou a neutralização de carbono. Segundo Jerusa, as ações do núcleo têm despertado a atenção da comunidade aca-dêmica, sendo tema para três trabalhos de mestrado da Furb.

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ATUANDO COM

responsabilidade

Jerusa Soares Lopes, da Dudalina, coordena o núcleo setorial

NúCLEOS SETORIAIS

Kakau Santos

PARTICIPANTES

Dudalina Cia. Hering Doce Beijo Chocolates Unimed Blumenau Previne Consultoria de Riscos Teka Coteminas Karsten Electro Aço Altona Sesi Altenburg Instituto Evoluir Orplan Assessoria Empresarial Dicarlo Metalúrgica Ecap Semascri Bom Jesus/FAE Senai Ibegeron

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VITóRIA SEDIAo encontro

Esse ano, o Encontro Econômi-co Brasil-Alemanha será realizado em Vitória (ES), de 30 de agosto a 1º de setembro. O evento é anual, sendo realizado alternadamente nos dois países. Entre os temas do evento estão a cooperação econô-mica entre Brasil e Alemanha, in-fraestrutura, energia renovável e petróleo e gás e a Copa do Mundo de 2014. Nos workshops, os parti-cipantes irão debater sobre a in-dústria automobilística, tecnologia e inovação e inserção internacional de pequenas e médias empresas. Em 2007, o encontro foi realizado em Blumenau, único no País fora de uma capital.

De acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Espí-rito Santo (Findes), Sergio Rogério de Castro, a expectativa é de receber mil inscrições, sendo 750 brasileiras e 250 alemãs. Entre os participantes estarão empresários, consultores, pesquisado-res, lideranças empresariais e autorida-des dos dois países. Já estão confirmadas as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha, Karl-Theodor Zu Guttenberg, da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, do ministro dos Esportes, Orlando Silva, do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e do prefeito de Vitória, João Coser.

“O principal objetivo do encontro é a realização de negócios entre empre-sas do Brasil e da Alemanha”, enfatiza Castro. Para isso, foram criados dois mecanismos: o agendamento de roda-das de negócios, que poderá ser feito no momento da inscrição, e as discus-sões e debates nos painéis do evento. O tema do encontro econômico des-se ano é Brasil-Alemanha: Cooperação para o crescimento e emprego – Ideias e resultados.

Para Castro, esse evento é o mais denso nas relações bilaterais do Brasil e da Alemanha e vai estreitar as relações

comerciais entre ambos, propiciando um ambiente favorável para o fecha-mento de negócios. Simultaneamente, acontecerão homenagens a empresários dos dois países que tiveram papel rele-vante na aproximação dessas nações.

Dados apontam que o encontro de 2007, entre os dias 18 a 20 de novem-bro, em Blumenau, foi o maior entre as 25 edições, com 1.858 inscritos. A co-operação em áreas como tecnologia, energia renovável, capacitação tecno-lógica, logística, pesquisa e desenvol-vimento, foi amplamente discutida nos três dias de evento.

Presidente prestigiou o encontro realizado em 2007, em Blumenau

ENCONTRO BRASIL-ALEMANHA Período de inscrições: até 20 de agosto, somente pelo site

www.encontrobrasilalemanha.com.br

local do evento: Centro de Convenções de Vitória

Rua Constante Sodré, 157 - Santa Lúcia, Vitória (ES)

valor do investimento: R$ 100,00

informações: [email protected], com a gerente regional da Câmara Brasil-Alemanha, em Blumenau, Sofhia Elise Harbs

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BRASIL-ALEMANHA

Gilberto viegas

Sergio Rogério de Castro, da Findes

Divlugação

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CONTRIBUIçãO SINDICAL

TRIBUTO é obrigatório

a todosPrevista nos artigos 578 a 591

da Consolidação das Leis Trabalhis-tas (CLT), a contribuição sindical possui natureza tributária e é re-colhida compulsoriamente pelos empregadores no mês de janeiro e pelos trabalhadores no mês de abril de cada ano. De acordo com o advogado trabalhista especializado em Direito Coletivo do Trabalho, Flávio Obino Filho, a contribuição sindical é devida aos sindicatos por todos aqueles que participam de categoria econômica ou profissio-nal ou das profissões liberais repre-sentadas pelas referidas entidades.

Obino esteve em Blumenau em16 de julho para uma palestra promo-vida pela Intersindical Patronal, em uma iniciativa do Sindilojas. Cerca de 150 participantes puderam sa-nar dúvidas em relação ao tema.

Esta é a principal fonte de custeio das atividades sindicais. “A contribuição patronal é partilhada entre o sindicato (60%), federação (15%), confederação (5%) e União (20%)”, explica o espe-cialista. Sindicato, federação e confe-deração têm a mesma participação nas contribuições de empregados, mas o governo fica com apenas 10% do total,

Banco de imagens

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sendo os outros 10% direcionados para as centrais sindicais de trabalhadores.

O tributo é de natureza obrigatória para todas as empresas, independen-temente da condição de associada ao sindicato, tendo ou não empregados, esteja ou não enquadrada no Simples. A contribuição é decorrente da repre-sentação sindical obrigatória exercida pelo sindicato. Segundo o especialista, para as empresas, o mês do pagamen-to é janeiro, ou quando da constituição para aquelas que iniciam a operação após este mês. O valor é proporcional ao capital social e as confederações rea-justam as faixas de capital, obedecendo a índices setoriais. No caso dos empre-gados, a contribuição corresponde a um dia de remuneração e será descontada pelos empregadores dos salários em março e repassada ao sindicato operá-rio em abril.

Obino alerta que o pagamento em atraso da contribuição implica uma mul-ta bastante alta, de 10% no primeiro mês, e que cresce a razão de 2% por mês em atraso, além de juros de 1% ao mês e correção monetária. As empre-sas inadimplentes também cometem infração de dispositivo da legislação trabalhista consolidada e poderão ser autuadas com pagamento de multa ad-ministrativa pelo Ministério do Trabalho.

O advogado ressalta que, por oca-sião da renovação do alvará de funcio-namento da empresa, a comprovação do pagamento da contribuição sindical é documento essencial que deverá ser exigido pela municipalidade na forma do artigo 608 da CLT. “Os sindicatos têm legitimidade para a cobrança da con-tribuição sindical em ação própria que tramitará em âmbito da Justiça do Tra-balho”, aponta o advogado.

Flávio Obino Filho é especialistaem Direito Coletivo do Trabalho

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ARTIGO

O combate ao desperdício se apren-de de forma indireta na infância, quan-do os pais ensinam aos filhos que não se deve colocar no prato mais do que se vai comer (hoje, a lição é dada pelos restaurantes que servem comida a quilo) ou apagar a luz quando deixam o quar-to. Porém, nesses tempos de consumis-mo exacerbado, produtos descartáveis e pais trabalhando fora do lar, os conselhos se perdem e a criança se faz adulto sem saber o quanto perde e o quanto deixa de ganhar com o (bom) combate ao des-perdício.

Ontem e ainda hoje, quem vê um canteiro de obra, percebe o quanto se perde em tijolos, pedra e areia para le-vantar um prédio ou uma casa, sem falar no cimento, sempre preparado além das necessidades da construção. Nas fábricas, ocorre o mesmo, quando o pessoal da limpeza, ao fim do dia, recolhe ao lixo uma infinidade de peças não aproveitadas ou danificadas. Nos escritórios, os cestos de papéis servem de indicador, isso em plena era da informática.

No entanto, sabemos que o desper-dício maior, em qualquer ramo de ativida-de, é invisível. Trata-se do tempo, “maté-ria-prima” jamais recuperada. As reuniões lideram as estatísticas, pois carecem de objetividade. Convoca-se ou convida-se sem informar o porquê da reunião, os objetivos. “Outros assuntos” ocupam um espaço inaceitável em tempos de gestão transparente. Não listam os temas e nem fixam os horários de início e encerra-mento. Fala-se muito, decide-se pouco. E o tempo, que não cobra honorários no

presente, revela sua conta de perdas no futuro.

Desse modo, deve-se estimular per-manentemente a cultura do combate ao desperdício, precedido de estudo mi-nucioso do cotidiano das organizações e da sua atividade-fim, desde o chão da fábrica até a sala do presidente, do pos-to de saúde ao gabinete do ministro. De desperdício, nós brasileiros, somos pós-graduados. Da colheita, no (mal) arma-zenamento, nas rodovias, nos gastos pú-blicos, nas indústrias, nos shoppings, nos escritórios, nas residências...já ouvimos e vivenciamos.

Assim, a orientação deve ser cor-tar todos os gastos que não alterem ou prejudiquem a produção, os serviços, a comercialização, o atendimento, as pes-quisas, a inovação, otimizando as ativida-des, tornando-as mais ágeis. Por exemplo, qualificando o quadro de funcionários para a execução de tarefas sem perda de tempo ou material, reduzindo os meca-nismos de comunicação interna, descen-tralizando a gestão, delegando tarefas e, em alguns casos, terceirizando-as, quando desvinculadas da atividade-fim. Assegurar as 8 horas de trabalho prazerosas, para quem passará 40 e mais anos ativo, e que já chega e vai sobre as rodas da estupidez do sistema de transporte.

Com essas e outras medidas, respei-tando as especificidades de cada empresa e as suas metas, é possível desenvolver o processo de combate ininterrupto ao desperdício. Os resultados, em alguns casos, são imediatos e em outros aparecem em médio ou

longo prazo.Antes que seja tarde demais, é im-

portante localizar o desperdício, com uma grande lupa, e extirpá-lo, moldando as organizações ao mundo globalizado e competitivo, implacável com o mau trato nas organizações, e abandonar a postu-ra mais irresponsável que é do descarte, das demissões, do enxugar os postos de trabalho. O que mais à frente, é óbvio, di-minui o consumo, não como opção, mas pelo desemprego.

Tudo isso, é claro, para quem não tem máquina de fabricar dinheiro ou de cobrar impostos.

Luiz Affonso Romano Presidente do Instituto Brasilei-

ro de Consultores de Organização (IBCO)

AINDA O

desperdício...

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Antes que seja tarde, é importante localizar o desperdício, com uma

grande lupa, e extirpá-lo

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ACIB é NOTíCIA

CâMARA APRESENTA RELATóRIODE COMISSãO DA RECONSTRUçãO

A Câmara de Vereadores de Blumenau promoveu uma audiência pública no dia 24 de julho para apresentar as conclusões dos trabalhos da Comissão Especial Temporária de Acompanhamento e Fiscalização dos Investimentos para a Reconstrução do Município, formada em março deste ano. A Comissão foi composta pelos vereadores Fábio Fiedler (DEM), Zeca Bombeiro (PDT), João José Marçal (PP), Napoleão Bernardes (PSDB) e Vanderlei Paulo de Oliveira (PT).

Fiedler apresentou um relatório dos recursos investidos para reer-guer o município no qual constam os seguintes valores: R$ 7.776.740,00 oriundos da iniciativa privada, R$ 21.347.441,00 do Estado, R$ 28.253.588,28 da Prefeitura e R$ 90.084.956,31 da União. O prefeito de Blumenau e o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional fizeram o detalhamento das ações que cada administração realizou.

O presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, destacou a pre-ocupação da associação com a qualidade das obras que estão sendo feitas no Vale do Itajaí, por representarem um marco na reconstrução. “A grande reivindicação da iniciativa privada é tornar público o que a iniciativa pública faz com os recursos, pois é um dinheiro do povo e tem que ser bem gasto”, observou.

Autoridades participaram da audiência públicaque marcou o fim dos trabalhos da comissão

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COBRANçAS DESCONHECIDASSãO ENVIADAS A EMPRESAS DE BLUMENAU

Um boleto bancário da Caixa Eco-nômica Federal emitido pela Associação Comercial e Empresarial do Brasil está chegando a várias empresas de Blume-nau. A Acib esclarece que a tal entidade não possui vínculo com a Confederação

das Associações Empresariais do Brasil (CACB) nem com a Facisc.

O presidente da Facisc, inclusive, se pronunciou alertando os empresários para não realizarem qualquer pagamento sem falar com a associação empresarial da qual

fazem parte. “Todos os pagamentos pro-venientes das ACIs filiadas ao Sistema Fa-cisc e CACB são previamente aprovados pelos presidentes, diretorias e executivos das entidades”, explica o presidente da Fa-cisc, Luiz Carlos Furtado Neves.

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MAIS BOMBEIROS PARA O AEROPORTO DE NAVEGANTES Aproveitando a visita do governador

Luiz Henrique da Silveira a Blumenau, no dia 17 de julho, o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, intercedeu pelo aumen-to do efetivo do Corpo de Bombeiros em Navegantes. Ele entregou documento ao se-cretário de Desenvolvimento Regional, Paulo França, que o fez chegar às mãos do gover-nador. No ofício, Baumgarten alega que o Aeroporto Internacional de Navegantes está pequeno para a demanda de passageiros. “Mas o que freia e inibe a entrada de novas rotas no terminal, por enquanto, é a falta de efetivo do Corpo de Bombeiros. Hoje, o efe-

tivo é de cinco soldados, quando são exigidos nove pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de acordo com o porte das aerona-ves. O aeroporto teve o nível de segurança rebaixado em março, o que não permite a entrada de mais vôos na escala até a sua ade-quação”, aponta o documento.

Ainda segundo o ofício, o acordo assina-do com o Estado de Santa Catarina através de convênio com a Infraero previa a presença diária de nove profissionais. Com o efetivo de cinco soldados, o aeroporto deixou de con-templar o plano de segurança para pouso e decolagem das aeronaves que atualmente uti-

lizam o espaço. “Corremos o risco de termos os vôos transferidos para outros aeroportos por falta da adição de mais quatro profissio-nais no efetivo do Corpo de Bombeiros. Esta situação é extremamente preocupante, pois as empresas que já operam no Aeroporto de Navegantes estudam inclusive transferir os voos para Florianópolis, prejudicando todas as cidades do Vale do Itajaí”, aponta o presiden-te da Acib.

Diante desses motivos, ele solicitou ao governador a garantia de alocação de mais quatro bombeiros, objetivando adequação às exigências da Anac.

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NOVOS ASSOCIADOS

Br OfficerFone: 47 3328-0438

Berlim AmbientesFone: 47 3323 2111

BlusistemFone: 47 3035-3110

Teddy BearFone: 47 3222-2131www.teddybear.com.br

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Comando EletricidadeFone: 47 3330-0903

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AGENDA ACIB

2º City Tour – Veja Blumenau com Outros OlhosQuando: 12 de agostoPromoção: Núcleo de Turismo Receptivo da AcibInvestimento: R$ 25,00 para almoço típico no Clube de Caça e Tiro BlumenauenseInformações: (47) 3326-1230 ou email [email protected], com Carla

4º Ciclo de Palestras: Gestão de Segurança SustentávelQuando: 19 de agostoLocal: Sede da AcibHorário 19hPromoção: Núcleo de Consultoria e Treinamento da AcibInvestimento: gratuito para associados Acib e R$ 5,00 para não associadosInformações (47) 3326-1230 ou email [email protected], com Alexandra

AMARAL É RECONDUZIDOà REGIONAL DA FACISC

No dia 15 de julho, o vice-presidente da Acib, Carlos Tavares D’Amaral, foi reconduzi-do por mais dois anos ao cargo de vice-pre-sidente regional da Facisc no Vale do Itajaí. Amaral representa a região desde 2007.

No encontro, realizado em Itajaí, tam-

bém foram discutidos assuntos de interesse da região e do Sistema Facisc. Entre eles, a realização de uma missão à Alemanha e o Congresso Empresarial, programado para ocorrer em Florianópolis entre os dias 4 e 6 de novembro.

O vice-presidente da Acib e representante da região na Facisc, Carlos Tavares D’Amaral (E) e o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves

ACIB É CONTRAO MÍNIMO REGIONAL

A Federação das Associações Em-presariais de Santa Catarina (Facisc) e as 145 associações empresariais no Estado, que representam cerca de 24 mil empresas, estão engajadas contra o projeto de lei que pretende criar em Santa Catarina o salário mínimo regional. O tema foi tratado na última reunião regional da Facisc, com a par-ticipação do presidente da entidade blumenauense Ronaldo Baumgarten Junior, do diretor executivo da Acib Charles Schwanke, do diretor finan-ceiro Manfredo Krieck e do vice-pre-sidente da Acib e também da regional da Facisc, Carlos Tavares D’Amaral. O assunto também foi levado à reunião da diretoria da Acib.

A Facisc encaminhou ofício ao governador Luiz Henrique da Silveira

solicitando a retirada do Projeto de Lei que cria o piso regional. A Acib, por sua vez, enviou ofício aos 40 deputados da Assembleia Legislativa solicitando a vo-tação contrária ao projeto ou a retirada do mesmo, alegando que as negocia-ções devem ser restritas aos patrões e empregados, sem interferência ex-terna. “Esta interferência acaba com a livre negociação entre sindicatos patro-nais e laborais”, aponta o documento, assinado por Ronaldo Baumgarten Junior. “Consideramos um entrave ao desenvolvimento econômico do nos-so Estado. Não é o momento de se pensar na criação do mínimo regional. Estamos enfrentando uma crise mun-dial e perderemos competitividade”, diz o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves.

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CDL é NOTíCIA

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CONSUMIDOR ESTÁ MAIS CONFIANTE, APONTA SPC/SC

Em junho, o consumidor catarinense mostrou-se menos temeroso com as turbulências econômicas e voltou às compras, comportamento que animou o comércio. Com a população mais confiante, o setor varejista, que amargou nú-meros negativos nos primeiros meses do ano, aposta na recuperação nos pró-ximos meses.

Segundo o balanço do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), divulgado pela Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC), em junho, o número de consultas caiu 0,62% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, o resultado é considerado positivo pela entidade se comparado a maio, quando as consultas à base de dados do SPC tiveram queda de 8,51% frente a 2008. “É uma diferença bastante considerável e sinaliza que, apesar de o número de con-sultas ter sido 0,62% menor em junho, ainda assim foi melhor que maio. Mostra que o comércio está se recuperando do primeiro semestre e ensaia a retomada do crescimento, esperada a partir de agosto”, enfatiza Ivan Roberto Tauffer, vice-presidente de Serviços da FCDL/SC. Ele completa que o efeito da crise já passou e com isso o comércio ganha força para os próximos seis meses. “Os dias mais frios também têm contribuído para estimular as vendas”, destaca.

A recuperação do crédito ao longo de junho registrou alta de 8,16% em relação ao mesmo mês de 2008. Do total de cerca de R$ 54,1 milhões em dívi-das contabilizados no mês anterior, foram recuperados R$ 36,4 milhões, 67,22% do total. “Esta reabilitação mostra que as pessoas estão voltando a comprar no crediário, além de mais conscientes e pés no chão no momento da compra. E os lojistas também estão mais cautelosos”, conclui Tauffer.

CALENDÁRIO CEVSetembro atendimento e telemarketing

Dias 8, 9 e 10O curso aborda temas como atendimento com qualidade, o uso do telefone como ferramenta de vendas, pós-vendas e pesquisa de satisfação.

Oratória e Comunicação PersuasivaDias 15, 16, 17, 21 e 22Como vender idéias, produtos e serviços de maneira con-vincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal.

atendimento e Recepção a ClientesDias 23, 24 e 25Orienta o participante na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional da loja com a clientela, além de dispor de informações de como atender os clientes.

aperfeiçoamento em vendasDias 28, 29, 30/09 e 1º, 5, 6, 7, 8, 9 e 13/10Desenvolvimento de novas competências para uma eficaz atuação do consultor em vendas, recuperando clientes ina-tivos, corrigindo vícios e deficiências técnico-comportamen-tais para vender mais e melhor.

técnicas de EntrevistaDias 1º, 3 e 4Capacita os participantes nos novos conceitos de Recruta-mento e Seleção para conduzir entrevistas, identificar e ana-lisar posturas pessoais frequentes na seleção de pessoas.

Orçamento Empresarial para 2010Dias 8, 9, 10 e 11Um curso prático para entender como preparar, controlar e interpretar corretamente o orçamento empresarial para os próximos anos.

Planejamento Estratégico para 2010Dias 22, 23, 24 e 25Apresentação de metodologias de elaboração, implantação e acompanhamento de planejamento estratégico para reali-zar ações e adaptações com base em análises e na leitura dos possíveis cenários político e econômico em 2010.

negociação EmpresarialDias 14, 15 e 16Instrumentaliza os participantes com técnicas de negociação e estratégias vencedoras que permitam a obtenção de me-lhores acordos, bem como desenvolver, ampliar e aperfeiço-ar habilidades de negociação.

Cobrança por telefoneDias 17, 18 e 21Apresenta procedimentos de cobrança por telefone e corri-gi erros habituais, para aumentar a arrecadação, dando um tom profissional à atividade de cobrança telefônica.

Horário: das 19h às 22hLocal: Casa do ComércioInclui certificado, apostila e cofee break

Informações e Inscrições(47) 3321-5715 e (47) [email protected]

NOVOS CURSOSDO CEV EM SETEMBRO

O Centro Educacional Varejista (CEV), dentro de um intenso trabalho de revisão e readequação do portfólio de cursos, lança neste segundo semes-tre uma série de novos treinamentos. Em agosto, já entram na grade os cur-sos de Fluxo de Caixa e Promoção e Propaganda no Varejo, mas, a partir de setembro, novos temas farão parte do quadro, como Técnicas de Entrevista; Orçamento Empresarial para 2010; Planejamento Estratégico para 2010; Negociação Empresarial e Cobrança por Telefone.

O objetivo desta ação é manter a programação sempre atualizada e atrativa aos lojistas, fazendo com que o CEV firme-se como a escola do varejo de Blumenau. O CEV também está distribuindo, a partir desse mês, um novo calendário de cursos impresso, com uma nova programação visual e informações mais completas aos interessados. Até o final do ano, serão in-tegrados ao portfólio de treinamentos outros cursos. Mais informações pelo telefone (47) 3221-5724 ou pelo e-mail [email protected].

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A CDL e o Sindilojas realizam campa-nha promocional de Dia dos Pais, que será comemorado dia 9 de agosto. A ação tem como objetivo destacar uma das datas mais importantes do calendário varejista, buscan-do valorizar sempre o comércio de Blume-

nau como uma ótima opção em compras. Com o tema Dia do Super Pai, a campanha procura explorar o fato de todo pai ser como um herói para seus filhos, merecen-do então um presente especial nesta data.

A previsão de incremento nas vendas é

otimista, cerca de 3% com relação ao ano passado, até pela importância da data, mas também pelo início da temporada de liqui-dações de Inverno, que devem movimentar ainda mais o comércio neste início de se-gundo semestre.

CDL é NOTíCIA

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NOVOS ASSOCIADOS Vasconcelos Motors Bebidas Zarling Anna Moda íntima SKMA Jeanswear Viva Casa Allury Moda Intercine Vídeo Locadora Bassani Prestadora de Serviços Bazar Krueger Farmácia Econômica Loja Marly

Ouro Fino Auto Escola Santa Rosa Soma Cursos Contrel Contabilidade Donna Jo Quizer Malhas Telesom Anabella Modas Feel Free English Club Mini Mercado Quero-Quero Kleyser Modas

Odontologia Andrade Anga Alimentos K Auto Peças Auto Escola Almeida Iris Calçados Kleis Mat. Construção HDS Pneus Floss Cosméticos Construtora Bolinha Art’Hauss Cozinhas e Dormi-

tórios Supermercado Fortaleza - Filial

Papelaria 0473

Saram Confecções

Fifty Fifty Confecções

Empório Girassol

Advancetex

Mais Intercâmbio Viagens

Kiddo Escola de Idiomas

Soc. Bras. Cultura Inglesa

BR Officer

CDL E SINDILOJAS PROMOVEM CAMPANHA DE DIA DOS PAIS

CNDL x PROCESSADORAS DE CARTõES DE CRéDITONa briga contra as processadoras de

cartão de crédito, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estuda acio-nar judicialmente a Visanet e Redecard por abuso de poder econômico. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, informa que o processo administrativo aberto pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) contra a Redecard pode servir de base para uma ação da entidade e mostra a necessi-dade urgente de uma regulamentação do

setor. Segundo Pellizzaro, “o duopólio que existe hoje no Brasil está impedindo a con-corrência e obrigando os lojistas a aceitarem as condições impostas pelas empresas. Es-tamos dispostos a tomar medidas judiciais”, disse.

No final de julho, a SDE abriu processo contra a Redecard por entender que a em-presa está cometendo abuso de poder ao limitar o trabalho dos chamados facilitado-res, que operam nas transações comerciais

realizadas pela internet. A Redecard negou a irregularidade e disse que as mudanças pre-tendidas nos contratos com os facilitadores são necessárias porque essas empresas representam um risco ao sistema de paga-mento. “Por terem um volume de fraudes elevado, elas oferecem um ponto de fragili-dade ao sistema”, disse o diretor executivo de Emissores e Produtos da Redecard, Ro-naldo Varela.

Fonte: FCDL/SC

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SINDILOJAS é NOTíCIA

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VESTUÁRIO LIDERA PREFERêNCIA PARA O DIA DOS PAISRoupas, calçados, perfumes, livros e celulares têm preferência

na lista de presentes para o Dia dos Pais, segundo uma pesquisa realizada pela Fecomércio/SC. O levantamento foi feito em julho e revela que 42% dos consumidores gastarão até R$ 50 com as compras para a data. Sobre o valor do presente, outros 29% es-timam gastos entre R$ 51 e R$ 100 e 11% gastarão de R$ 101 a R$ 200.

A pesquisa confirma a preferência do consumidor pelo paga-mento à vista. De acordo com o estudo, 65% pagarão à vista, 22% preferem o cartão de crédito, 4% o cartão de débito e 2% usam cheque. Para o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, ape-sar do comportamento prudente do consumidor, a expectativa é boa para a data.

Entre as opções de compra, o vestuário lidera a escolha (50%), seguido de perfumes (11%) e calçados (9%). Além do co-mércio varejista, os setores de serviços e turismo também devem ter incremento na data, já que alguns consumidores apostam em almoços e jantares, viagens e passeios em família.

Segundo o presidente do Sindilojas de Blumenau e Região, Alexandre Ranieri Peters, “estas previsões devem se concretizar aqui na nossa região. Esperamos um crescimento nas vendas de aproximadamente 3%”. De acordo com a pesquisa, a semana que antecede à data deve ser a de maior movimento – 72% dos entre-vistados responderam ir às compras neste período.

Fonte: Fecomércio/SC Roupas estão entre as preferências para presentear os pais

SEGURANçA PúBLICA EM DEBATE

As diretorias das entidades empresariais de Blu-menau – Sindilojas, CDL e Acib – estiveram reunidas no dia 20 de julho com os diretores dos meios de comunicação locais para tratar da segurança pública. O objetivo foi, através de uma conversa informal, pas-sar a tratar esta situação de forma prática para que a comunidade esteja protegida e cobre ações das au-toridades.

Foram abordados assuntos como as blitze para tirar de circulação todas as pessoas irregulares peran-te a lei. No entendimento das entidades, é preciso que o entendimento e a divulgação destes resulta-dos resultem numa imagem que de certa forma iniba as contínuas situações desagradáveis nesta área. São necessárias medidas disciplinares e principalmente de educação para que os resultados para a cidade e para os cidadãos reflitam em uma situação de controle e segurança.

A reunião teve uma avaliação positiva das entida-des. Elas entendem que só com mudanças enérgicas se afastará a insegurança nos diversos setores.

Divulgação

PRêMIO CONCEITO VAREJISTA 2009

O Prêmio Conceito Varejista 2009, segunda edição do evento lançado com sucesso em 2008 pelo Sindilojas e CDL de Blumenau, acontecerá no dia 26 de novembro. A data já está confirmada pe-los organizadores e a pesquisa que apon-tará os estabelecimentos comerciais com maior reconhecimento entre a comunidade em diversos setores será realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Furb em setembro.

A premiação, classificada em cerca de 30 categorias por ramo de atividade, será entregue aos grandes destaques do comércio varejista de Blumenau, segundo a opinião popular. De acordo com o presiden-te do Sindilojas, Alexandre Ranieri Peters, “esta iniciativa foi, felizmente, muito bem aceita entre os lojistas que hoje utilizam este reconhecimen-to como uma oportunidade de desenvolvimento dos seus negócios e fidelização de clientes”.

Além da entrega dos prêmios, as entidades farão novamente este ano homenagens a personalidades e destaques que serão conhecidos somente na noite da festa. O evento será realizado no Moinho do Vale. Informações sobre a pesquisa realizada em 2008 estão disponíveis no site do Sindilojas (www.sindilojasblumenau.com.br).

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DESEMPREGO TEMMENOR TAXA DO ANO

A taxa de desemprego nas principais regiões do País ficou em 8,1% em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE, re-gistrando o menor patamar desde dezem-bro de 2008, quando a taxa de 6,8% foi a menor da série histórica. Para os técnicos da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a queda de 0,7% foi surpreendente, mas não deve se repetir nos meses seguintes.

“Os setores produtivos estão recupe-rando boa parte dos postos de trabalho perdidos com os efeitos da crise econô-mica mundial”, afirma o economista Fábio Bentes. Segundo a Pesquisa Mensal de Em-prego (PME), o comércio registrou queda de 0,7% na oferta de empregos em junho frente a maio e de 1,8% em relação a ju-

nho de 2008. Já a indústria registrou alta de 1,7% no número de postos em junho ante a maio e queda de 5% em relação a junho do ano passado.

Segundo o economista, é preciso cuidado com os efeitos sazonais nas com-parações intrassetoriais. “Para o comércio, a temporada de contratações para o final do ano tem início em agosto e o primeiro semestre, em geral, registra menor de-sempenho. Na indústria, as contratações começam com dois ou três meses antes e estes números refletem isto”, afirma Ben-tes. “Na comparação com 2008, a queda da indústria ainda é de 5% e, no comércio, de 1,8%. Esses números são consistentes com o nível de atividade na indústria e no comércio”, complementa.

NOVOS ASSOCIADOS Moto Café Ltda.

Embalagens Blumenau Ltda.

Compublu Produtos para Informática Ltda.

Alameda Fashion Comércio do Vestuário

Alessandra Luchini ME

COLUNAJURÍDICA

Está sendo analisado pela Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4.196/08, do Deputado Federal Silvinho Peccioli (DEM/SP), que põe fim ao desconto de 6% sobre salá-rio básico do trabalhador, correspondente ao recebimento do vale-transporte. Segundo o projeto, o vale-transporte passará a ser custe-ado integralmente pelo empregador, devendo ser em valor suficiente para cobrir do custos de todos os deslocamentos do trabalhador no tra-jeto residência e local de trabalho, e vice-versa. Segundo o autor, o projeto objetiva estimular o trabalhador a usar o transporte coletivo ao invés de veículo próprio.

VALE-TRANSPORTE

No dia 29 de junho, a Comissão Especial que analisa a redução semanal de trabalho, de 44 para 40 horas semanais, aprovou por unani-midade o relatório apresentado pelo Deputa-do Vicentinho (PT/SP) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95. Segundo o depu-tado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), presiden-te da Força Sindical, a expectativa é de que a PEC seja votada pelo plenário em princípio de agosto. Além da redução da duração semanal de trabalho, a PEC, que tramita no Congresso nacional há 14 anos, aumenta para 75% o adi-cional de horas extras.

(Fonte: Jornal Trabalhista – Consulex)

JORNADADE TRABALHO

Div

ulga

ção

Comércio deve reagir com as contratações de fim de ano

ASSEMBLEIA GERALEXTRAORDINÁRIA

O Sindilojas realizou, em 14 de ju-lho, uma Assembleia Geral Extraordinária que teve como objetivo discutir, propor e deliberar sobre as cláusulas econômicas e condições citadas na proposta de Con-venção Coletiva de Trabalho para 2009 e 2010, formulada pelo Sindicato dos Empregados do Comércio de Blumenau. Quarenta empresários associados debate-ram e aprovaram as propostas na assem-bleia. A análise, deliberação e negociação das cláusulas econômicas, bem como a

pertinência quanto à aceitação ou não das cláusulas propostas, passam a ser de com-petência dos negociadores.

Foi constituída uma comissão formada por empresários e assessores do comércio que terá plenos poderes para negociar a Convenção Coletiva 2009/2010, promo-ver atos necessários à defesa dos interes-ses da classe empresarial perante o Minis-tério do Trabalho e Emprego, Procuradoria Regional do Trabalho/Justiça de Trabalho, inclusive, de constituir advogado.

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MEMóRIA

a declaração da Segunda guerra trouxe muitas experiências novas para o povo brasileiro. a dificuldade de se importar petróleo tornou o transpor-te rodoviário cada vez mais precário. O racionamento de alimentos criou filas enormes, enfrentada pelas donas de casa que não podiam comprar pro-dutos no mercado negro. as famílias ainda eram incentivadas pelo gover-no a se alimentarem de pratos frios, tal era a necessidade de economizar o gás, voltado prioritariamente para as indústrias de guerra.

Blumenau viveu períodos de sofrimen-to com o conflito. A crise econômica e de abastecimento levou a população a enfren-tar racionamento de alimentos, luz e com-bustíveis. Mas, não foi este o maior preço

pago pelos blumenauenses. As chagas mais profundas produzidas pela guerra foram as da perseguição e da supressão de sua cul-tura.

É compreensível que uma cidade co-lonizada por alemães e italianos sofresse represálias de um governo que estava em guerra com os dois países de onde haviam vindo estes imigrantes.Em dezembro de 1939, Blumenau abrigava 472 estrangeiros, sendo 385 deles de nacionalidade alemã. Mas a grande maioria de seus habitantes era descendente direto de germânicos e italianos.

Compreensível, portanto, que o idioma corrente na cidade não fosse o português. Como a comunidade alemã era a mais nu-merosa e detinha maior poder econômico, o idioma imperava na cidade. As escolas en-sinavam em alemão. As peças teatrais eram

em alemão. Nos clubes de Caça e Tiro só se falava alemão. Os jornais publicavam no-tícias em alemão. O português era a segun-da língua da cidade.

A campanha de “nacionalização” das colônias alemãs no Brasil começou em 1937. O governo de Getúlio Vargas enviou a Blumenau o capitão Adacto Mello, da Co-missão de Nacionalização Federal. Seu prin-cipal objetivo era a rápida alfabetização das pessoas em português.

As diretrizes oficiais proibiam a circu-lação de jornais publicados em alemão. As escolas que insistiam em ensinar suas crian-ças em outros idiomas eram fechadas. A mesma regra valia para clubes, sociedades e até igrejas. Foram encerradas aas ativida-des de partidos estrangeiros e os imigrantes que tentassem dificultar a ação nacionalista seriam expulsos do país.

Professores de escolas alemãs tiveram que aprender Português rapidamente, sob o risco de sofrer punições durante a campanha de nacionalização

Arquivo H

istórico / Divulgação

A CAMPANHA DE

nacionalização

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CINCO MOTIVOS PARA VOCÊ ESTAR CONOSCO

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