encantos deantologias.org/wp-content/uploads/2020/07/antologia...nota: dado o caráter...
TRANSCRIPT
ENCANTOS DE
OUTONO
NOTA: Dado o caráter interdisciplinar desta Antologia, os textos publicados respeitam as normas e técnicas bibliográficas utilizadas por cada autor. A responsabilidade pelo conteúdo dos textos desta obra é dos res-pectivos autores e autoras, isentando os Organizadores e a Editora com as ideias publicadas. © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por siste-mas gráficos. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (art. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).
Gercimar Martins
Organizador
ENCANTOS DE OUTONO
1ª. Edição
Quirinópolis - GO Editora IGM
2020
Copyright © Editora IGM 2020
Todos os direitos reservados
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos. A viola-
ção dos direitos é punível como crime (art. 184 e parágrafos
do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (art. 101 a 110 da Lei
9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).
Capa, Projeto Gráfico e Editoração
Editora IGM
Editor responsável
Gercimar Martins
Impressão eBook/PDF
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Encantos de outono. / Org. Gercimar Martins Ca-
bral Costa. – Quirinópolis, GO: Editora IGM, 2020. 1ª Edi-
ção.
94 p. : il. ; 21 cm
ISBN: 978-65-87038-16-2
1. Literatura Brasileira - Coletânea. 2. Poesia
I. Título.
CDD: B869-1
Índice para catálogo sistemático:
Poesias brasileiras – Literatura B869.1
Literatura brasileira – Coletânea B869.8
© 2020
Proibida a reprodução total ou parcial nos termos da lei.
Impresso no Brasil.
Sumário
AGNES MORGANA SILVA .............................................................. 12
ALISSON DE OLIVEIRA SANTOS ................................................... 14
AMARO FLECHA ............................................................................ 16
BÁRBARA SALVIANO ..................................................................... 18
BETHE BASTOS ............................................................................. 20
CESAR L. THEIS ........................................................................... 22
DJANE DE SOUSA BARROS .......................................................... 24
ERINALDO SILVA OLIVEIRA ......................................................... 28
FERNANDO HENRIQUE FRANCO DE AQUINO .............................. 30
GENUZI DE LIMA ........................................................................... 34
GUSTAVO H ARAÚJO .................................................................... 36
HUDSON HENRIQUE ...................................................................... 38
JANECLAY ...................................................................................... 40
KEILA CAMILA DA SILVA .............................................................. 42
LARISSA NACIF ............................................................................. 44
MARCOS PEREIRA DOS SANTOS .................................................. 46
MARCUS HEMERLY ....................................................................... 48
MASONI .......................................................................................... 50
NANDA ARAÚJO............................................................................. 52
ODY DMITRI CHURKIN ................................................................. 54
P. H. MARTINEZ ........................................................................... 58
QUELMA ARAÚJO .......................................................................... 60
REJANE LUCI SILVA DA COSTA KNOTH ..................................... 62
RONNE CLAYTON DE CASTRO GONÇALVES ................................ 64
ROSA ACASSIA LUIZARI ............................................................... 66
SABRINA......................................................................................... 68
SIL LANDARIM ............................................................................... 72
STEFANIE LIMA ............................................................................. 74
TAUÃ LIMA VERDAN RANGEL ...................................................... 76
SOBRE OS(AS) AUTORES(AS) ................................................... 81
Encantos de Outono
11
Antologia
12
Quando as estações passam
e os sentimentos ficam
Agnes Morgana Silva
Encantos de Outono
13
Você é a lua que aparece nos meus dias mais som-
brios, após uma tarde de um quente verão.
Você é o meu poema favorito, escrito pelo autor da
minha felicidade.
Você é o açúcar que adoça o meu café preto amargo,
preparado com os melhores grãos da colheita.
Você é a raiz que permanece mesmo após as minhas
folhas secas caírem no outono.
Você é o sentimento feliz que floresce na primavera
do meu coração, trazendo novas cores ao meu mundo
cinza.
Você é a lembrança feliz que eu penso quando estou
imersa na tristeza do frio inverno, perdida na solidão
da minha alma.
Você é um possível futuro que eu imagino,
Mas talvez não tenha.
Antologia
14
Não tenho tempo
Alisson de Oliveira Santos
Encantos de Outono
15
Não tenho tempo,
É o que digo pra você. Não tenho tempo,
É o que digo pra mim. Falo constantemente nele,
Na tentativa de fazer, Algo melhor por mim.
Ocupo-o com excessos,
Resultantes de minhas faltas. Me perco nas ocupações,
Me encho de ações, Isso perturba minha alma.
Fico no vazio da presunção, Sinto cada centímetro,
Do peso de me ocupar. Sinto que não me ouvem,
Apenas me escutam falar.
Pareço ser incômodo, Algo que não merece atenção.
Sim sou ocupado, Sinto-me um retardado,
Desejando ser acompanhado, Pelo simples fato:
Ser leve sem distinção. Não tenho tempo,
As folhas de outono já caem...
Eu não posso o verão esperar.
Antologia
16
Melancholya
Amaro Flecha
Encantos de Outono
17
Folhas caídas no chão
Da derradeira chuva de verão,
Repousam em profundo sono
Melancólicas na estação do outono.
Não há pássaros a cantarolar
Que nos galhos fitavam o entardecer...
No crepúsculo: o vento hipnotiza ao arejar
A última pétala emurchecer.
Derrama-se folhas caducas...
Cada dia, centelhas de luzes lacônicas
Raízes expendem biucas,
Das manifestas letargias afônicas.
Estrelas lânguidas do luar
Nevoam no céu para destilar,
Essências cintilantes de aljôfar
O tempo autunal a imperar.
Antologia
18
Encontro de almas
Bárbara Salviano
Encantos de Outono
19
Folhas vermelhas no chão
Corações pisados.
Sem direção
Partem no vento,
Já não há tempo
Pra solidão!
Secas, sofridas, mas belas.
Pintam o quadro de outono.
Não as levem daqui!
Deixem que voem por si!
De repente o amor renasce
Entre folhas caídas.
São almas que
Se entregam em pleno chão
Sem temer o frio
Da próxima estação.
Antologia
20
Outono de Toxinas
Bethe Bastos
Encantos de Outono
21
De repente tudo parece nublado...
Folhas caem, tempo muda
Ditos tóxicos ecoam nos ouvidos...
Silêncio...
Previsão de chuvas...
Pode ser uma coisa boa...
Limpar, lavar e hidratar a vida e o cotidiano...
Levando as toxinas exaladas de toda ordem!!
Antologia
22
Jardim
Cesar L. Theis
Encantos de Outono
23
E, de repente no jardim, o vento gélido
convida as folhas caídas para dançar,
e desapegadas de acinzentados galhos
bailam felizes nas voltas do mundo.
E um gato preto desavisado saltitando
trava valente arruaça com o vento minuano.
Talvez inconscientemente desejoso de
voar altivo nas rajadas do vento gira-mundo.
Mas, indiferente aos apelos do felino o vento
forasteiro se dissipa, e acaba a brincadeira.
As folhas desbotadas voltam ao seu descanso
espalhadas quase sem vida em volta da nogueira.
E, melancólica é a cena, enquanto se afasta o
bichano, vira-se esperando por uma provocação.
Mas, as folhas, são conformadas moribundas,
só salpicos amarelos e laranjas colorindo o chão.
E, o vento já não sussurra nenhuma melodia.
E as folhas não ensaiam nenhum rodopio de dança.
E, o gato preto, seguiu na busca de outro divertimento.
E o olhar, espelha a nevoa cinza das tristezas do jardim.
Antologia
24
Sensações
Djane de Sousa Barros
Encantos de Outono
25
Tempo de mudanças,
estações de esperanças.
E com essas alternâncias,
vamos vendo na vizinhança.
Vendo as praias passarem,
o verão cessar.
Logo as folhas das árvores
começam a mudar.
É o outono que chega
com suas belezas,
folhas caindo
surgindo uma nova natureza.
O ar que inspiramos
agora nos prepara,
com distintas sensações
que o paladar nos ampara.
Antologia
26
Novas paisagens
com novas folhagens,
Logo se revelam
frutas e mensagens.
Que sejam de carinho,
de amor ou de atenção.
O que vale é estar pertinho,
um do outro com emoção.
O outono é assim
nos forma a mudar
com belezas e sensações
para sempre nos agradar.
Encantos de Outono
27
Antologia
28
Tempo de transição, re-
colhimento e reflexão
Erinaldo Silva Oliveira
Encantos de Outono
29
Transição de vida, de espírito, de harmonia. Vai-
se o calor, vem a passagem para a terra fria.
Vento para suavizar, leveza tem pra dar. Queda
das folhas para nos adaptar, pois uma nova estação
está a chegar.
É Deus mudando os tempos e as estações. Mu-
danças sempre são necessárias em nossos corações.
A beleza da vida vai se adaptando a uma nova
realidade. Vão-se momentos que deixarão saudades.
Melancolia, diversos sentimentos. pensamentos
reflexivos, necessidade de recolhimento. Preparação
para outros caminhos. Um novo porvir, novo momen-
to.
Mudanças no ambiente, em nosso ser em nossa
mente. A terra seca converte-se em lugar de fontes.
Outros tempos têm pra vir sempre.
Recolhe-se, mais lembra-te do teu Criador du-
rante o outono, antes que venha o inverno. Reflete
sobre Ele agora, pois o frio está chegando lá fora.
Antologia
30
Buquê de flores do outono
Fernando Henrique Franco de Aquino
Encantos de Outono
31
Orquídeas, Margaridas, Gérberas,
Rosas, Cravos, Astromélias,
Lírios do campo.
Flores.
Como formar um buquê com flores do outono?
Flores descalças que andam com pés no chão,
por vezes revestido com grama.
E que por serem flores
podem ser rosas.
Rosas rosas
Rosas amarelas
Amarelas rosas.
Amarelas amarelas
Amarelas horas.
Como formar um buquê de flores do outono que só
são do outono por que nessa época florescem?
Como seriam flores do outono -metropolitanas- em
minhas mãos?
Antologia
32
Formo meu buquê com flores do outono.
Mas formo sempre em qualquer deles.
O que importa é que são flores no sentido vivo de se-
rem.
Não importa se são rosas nem muito menos se são
rosas (as) rosas.
Simplesmente és
e só és porque és
simplesmente.
E simplesmente fazes-te uma bela flor do outono
Que se multiplica em meu buquê.
Não importa
se Orquídeas, se Margaridas, se Gérberas.
Não importa
se Rosas, se Cravos, se Astromélias,
se Lírios do outono.
Não importa se
nomes.
Porque nomes já os têm.
Deixa ser
simplesmente
Flores do outono.
Encantos de Outono
33
Antologia
34
Sazão no Agreste
Genuzi de Lima
Encantos de Outono
35
Chegando o outono
Nada é monótono
Canta alegre o passarinho
Na construção de seu ninho
No agreste, não só ilusão
Enamorados, milho, feijão
Outono, fartura e beleza
Festival da natureza
Beleza, sorriso e cores
Chuva, fruto e até flores
No agreste, na floresta
Há outono, há orquestra
Não é só expressão
Quentura e sedução
Dualidade que não dá sono
Chuvas de outono
Antologia
36
Águas de outono
Gustavo H Araújo
Encantos de Outono
37
Reúne o sol à minha face perolada Anteontem luz a que te vi partir
Posto que em delírio sou a dama desolada Flora nua do amor podado ao meu sentir
De cetim amante cá ando exposta
Aromada de oleandros tão corteses
Pois que de arabescos primaveris me sou composta Ante a cruz afã do seio esvanecido à reveses
Em veraneio nascem flores, no lábio carícias à florir
Se me sou pétala de lança venenosa dantes à sorrir Não espera a invernada, me logo desfolhe no beijo
Toma o caule ao teu afeto, que aquele caí como a mim
Posto que no coração sou sempre pluma e nunca mais marfim
À penumbra da cortina, me sou a poetisa à lagrimar o abandono
A folha de oleandro. A poda. A primeira. Deixada às
águas de outono.
Antologia
38
Olha pro horizonte, pequena
Hudson Henrique
Encantos de Outono
39
Há tantas casas e casos que há quem veja.
Há tantas luzes na vertical que há quem acenda.
Olha pra cá e me abraça.
Há tanta tristeza aqui que só quero ficar
quieto, no meu lugar.
Esse frio no outono
me lembra dias muito bem vividos.
Esses gatilhos apertam e desabafam
o que ficou tanto tempo retido.
Olha, olha mesmo pra cá.
Guarda teu sono.
Solta tua angústia.
Libera seu tempero.
Pode ser que não tenho tanto tempo assim
pra perder com você.
Pode ser que corri tanto atrás,
agora é a sua vez de me perder.
Só um pouco mais.
Antologia
40
Ô dia na densidade à noite
Janeclay
Encantos de Outono
41
Ô outono na emoção
A estação do acolhimento
Do diálogo com os grupos em si
Ô ciclo da verdadeira reflexão
Ô início de recolhimento
Dos parentes e amigos na paixão
A simplicidade da beleza em si
Ô brilho eloquente da natureza
A ênfase de simples época
A liberdade pela socialização
A complexidade do dia com a noite
Da interação dos irmãos na brincadeira
Da gentileza do sentimento
Do crescimento estrutural
Da plenitude do renascimento
A igualdade dos momentos
A transição do fuso-horário
Ô cair das folhas ao chão
A abundância da colheita
Nos campos do nosso sertão
A sutileza dos pés no chão
Sentindo o ar purificante
Para o fortalecimento do nosso amor.
Antologia
42
Flores que voam…
Keila Camila da Silva
Encantos de Outono
43
Elas estavam em todo lugar
Durante o dia
Durante a noite
Viajando pelo ar.
E eu sempre quis as alcançar,
Voar,
Encontra-las entre as flores,
Ou então ao amanhecer,
Ou ao anoitecer.
Em tantas formas,
Tantas cores,
Tantas vezes,
Sem querer,
Apenas voam,
Com suas asas...
É o mágico para quem quer ver
Flores que voam
Antologia
44
Lágrimas de outono
Larissa Nacif
Encantos de Outono
45
Lembro-me das lágrimas escorrendo pelo seu rosto
Da bebida descendo pela minha garganta
Do samba que tocava ao fundo
Do mar
Fui embora e deitei-me em uma cama vazia
Lentamente, eu senti a minha morte
O Sol não brilhava mais tão forte
Perdi-me em meus próprios pensamentos
O outono foi trazido pelos ventos
Antologia
46
Retratos Outoninos
Marcos Pereira dos Santos
Encantos de Outono
47
As quatro estações climáticas são especiais.
Mas, o outono tem muitíssimos encantos ...
Período de mudanças sem iguais.
Época de transições em seus recantos.
Queda gradual de temperatura.
Dias e noites têm a mesma duração.
Diminuição de chuvas na terra em secura.
Troca de folhas das árvores: demarcação!
Espetáculos de cores por toda parte:
Matizes, tonalidades e nuances (...).
Amarelado! Avermelhado! Pura obra de arte!!!
Colírio aos olhos em todos os instantes.
É preciso ver, olhar e enxergar.
E muito mais do que isto:
Sentir, observar, admirar, contemplar.
Show de cores e luzes. Quanta vida há nisto!
Antologia
48
Outonal
Marcus Hemerly
Encantos de Outono
49
Sopra vento frio; início de estação,
Sente-se o arrepio, tenra sensação,
Embala aquele doce frescor matreiro,
Que envolve-nos o corpo por inteiro.
Adeus calor do sol, quase que insano,
Resta-nos agora, apenas o humano,
Ó brisa densa, em tom de promessa,
Traga esperança àquele que tem pressa.
Enquanto se aguarda as folhas caírem,
Quiçá, pérfidos presságios se esvaírem,
Para noveis feições então se abrirem.
Antologia
50
Sucessões
Masoni
Encantos de Outono
51
É a estação que sucede o verão e antecede o inverno
Agradando até os que andam de terno
Mostrando sua graça e beleza
Com um ambiente da mais bela pureza.
Podendo ser chamado de boreal
Ou simplesmente de austral
O Outono é tão belo quanto o carnaval
Que carrega consigo a alegria e o canto de um belo
pardal.
Deixando as folhas laranjas
Não há quem se constranja
Ainda mais numa época tão bela
Que da gosto de olhar pela janela.
São muitas as sensações que o Outono nos da,
Principalmente a sensação de que nós temos um lar
Cheio de riquezas e prosperidades
Independente da nossa idade.
Antologia
52
Manhãs de Outono
Nanda Araújo
Encantos de Outono
53
Manhãs de Outono
Em tons de cinza, Triste e cálido
Amanhece o dia Em total desalento.
Avista-se ao longe,
Para muito além do horizonte
E do tempo que urge, Pássaros cansados
À procura de aconchego.
No céu cinzento, Uma luz fraca e tímida
Ensaia aparecer entre as nuvens, Quebrando o gelo do clima frio.
O assobiar do vento Traz-me à memória,
Antigas melodias De um período disperso.
Entre folhas secas e novas,
É chegada a hora de florescer. É preciso deixar a velha bagagem
Para trás,
Pois é tempo de renascer.
Antologia
54
Em um canto de jardim,
os encantos de outono
Ody Dmitri Churkin
Encantos de Outono
55
Vivaldi o grande o músico e compositor barroco
veneziano compôs As Quatro Estações, sempre pen-
sei o porquê? Há de se dizer que são concertos magis-
trais para representar e distinguir as estações do
ano, violino e orquestra ecoam de forma distinta e
encantadora para brindar melodicamente cada perí-
odo, em minha opinião, o especial som inesquecível
do violino a nos convidar e lembrar do outono, com
seus sonidos descrevendo as folhas a cair . Imagino
que o compositor quis homenagear a natureza em
festa com sua música. Outono um encanto em qual-
quer lugar do mundo, época do desnudar dos galhos,
para tornar visíveis os frutos, eis a época da colheita.
Vivaldi foi muito inspirado ao produzir esta sinfonia.
Outono é a época da moderação, não há o calor in-
tenso, não há o frio que corta, é uma época de transi-
ção, de preparação. Vejo que chegou mais um abril ,
logo é maio, eis mais um outono , mais um encanto e
me ponho a pensar, gostaria de ser como os outonos ,
já que também me encontro no outono de minha
própria vida, meus cabelos já sinalizam o passar das
estações, percebo o convite da natureza, devo ser
Antologia
56
moderado, brando, calmo e temperado, não há mais
razão para os extremos. Mais um outono, me encan-
to, vejo em meu jardim em um canto, o velho Liqui-
dambar a me sinalizar, eis que o verão se foi, o meu
também, as verdes folhas se avermelham e se ama-
relam, de cima para baixo, eis o toque do criador,
dono da aquarela divinal, para mim e a todos lem-
brar, além de encenar, encantar.... Reflito, te agra-
deço, e como em uma prece, Eis que te prometo di-
ante da querida árvore, companheira de tantos anos,
que minhas atitudes, de agora em diante, sejam co-
mo as manhãs deste abril, serenas, sempre enfeita-
das com céu azul e límpido, com um aroma indescri-
tível de frutos no ar , e o que dizer das jabuticabas,
como pérolas negras, encrustadas nos lindos caules e
galhos, como os olhos de meu neto; inconfundíveis,
sabor e aroma que simboliza o meu encanto pelo
outono, eis um perfume inexplicável, apenas simboli-
zado pelas notas inconfundíveis do violino do filho do
barbeiro veneziano. Eu não sou compositor, não sou
músico, embora ouça a sinfonia da natureza, e dos
talentosos, não sei ler notas ou fazer arranjos em
partituras musicais, sei apenas a me encantar, en-
contrar, juntar e escolher e acumular palavras, e
como uma mina inesgotável em minha mente conti-
nuam a brotar como as jabuticabas de brasileiros
quintais.
Encantos de Outono
57
Antologia
58
OUTONO
(por quem nunca viu um)
P. H. Martinez
Encantos de Outono
59
Nunca vi outono
Nem as folhas caírem Girarem ao chão
Leves e desbotadas E anunciarem meus passos
Conforme caminho
Nunca usei cachecol
Casacos e luvas de pano Nem senti o ar esfriar
E tornar-se da cor das nuvens
Nunca saí da cidade Das chuvas fortes e fracas
Mas de todo coração Desejo ir com a dama das mechas coloridas
Andaremos de mãos dadas
O vento em nossos cabelos Ela vai rir
E eu também
Nunca vi um outono sequer Apenas diferentes tons
De verão e inverno Mas um dia espero
Sentir as folhas
Com a dama de cabelos coloridos Ao meu lado
Antologia
60
Encantos de outono
Quelma Araújo
Encantos de Outono
61
A melhor das quatro estações
Tenho certeza, é o outono.
Que traz no ar as recordações
E um friozinho que dá sono.
É tempo de vento gelado,
Tardes para contemplação,
De noites com o céu estrelado,
Manhãs com frio e cerração.
Tudo isso gera nostalgia,
O tempo parece parar.
Pelo encanto dessa magia
A mente se põe a divagar.
Esse período assim tão terno
E de muita inspiração
Deixa-nos prontos para o inverno,
Para a primavera e o verão.
Antologia
62
Tempo de renovação
Rejane Luci Silva da Costa Knoth
Encantos de Outono
63
É fase de transição. É outono!
Diminui a umidade do ar... o vento é o dono
Vai reduzindo a temperatura... o sol não é mais o pa-
trono
Das árvores caem as folhas... parece abandono.
Mas é época de mudança. É outono!
Pode trazer melancolia... mas é um abono
A noite é mais longa e boa para o sono
A beleza eleva-se ao trono.
É ciclo de transformação. É outono!
Vamos olhar mais para o outro? Questiono.
Egoísmo ou raiva? Destrono.
Vamos ser felizes. Menciono.
É tempo de renovação! Sanciono!
Porque a estação agora é o OUTONO.
Antologia
64
Itinerância de outono
Ronne Clayton de Castro Gonçalves
Encantos de Outono
65
No movimento das estações Talvez, sem perceber, mudamos novamente
Nem o tempo possui padrões Nossa! Com é surpreendente!
Características peculiares... Com a chegada do outono,
De fato são outros ares, novos ares
O clima quente se despede Mas não é um adeus,
É um simples até breve. Ao caminhar pela praça,
Ou olhando pela vidraça, Avistamos mudanças no cenário,
Folhas caindo e o chão colorindo,
Enquanto isso registro em meu diário Crianças brincando, correndo...
Roupa suja de lama e um sorriso pleno Adultos caminhando
As folhas se espalhando. Mudanças que emergem no outono
Ao final do dia Depois de contemplar a vivência que varia
Na mudança da estação
O vento acalenta e embala a minha inspiração.
Antologia
66
Romance de outono
Rosa Acassia Luizari
Encantos de Outono
67
Sou um amanuense
Em bela noite irreverente
Que pensa naquele doce beijo
Guardado em coração benfazejo.
Tua imagem rutilante
A inebriar-me num instante;
Preciso apenas de tua anuência
Pra desvendar-lhe nobre essência.
Permita-me admiração
Em meu texto escrito à mão
A descrever romance sazonal
Em triste época de amor outonal.
Em sedas outonais
Ou romances atemporais
Presto-te minha homenagem
Com pudor e sem libertinagem.
Antologia
68
Só mais um outono
Sabrina
Encantos de Outono
69
Estava na janela
Deslumbrando aquele vil momento
Sonhando acordada como se nunca
Tivesse sentido o sopro do vento
Era tempo de recomeçar
De sentir o vislumbre do outono no ar
Admirar as folhas ao vento
Deixando o destino me levar
Tão vivo quanto a natureza
Tão simples quanto o movimento
Sintia a leveza dos pássaros como
Uma lembrança que me traz àquele momento
É só mais um outono
Um período de transição
No fundo, sei que transforma
Mas é só mais uma estação
Antologia
70
Era apenas um sonho
Um sonho prestes a terminar
Quando vi o tempo fugindo
Corri até no infinito chegar
Foi o outono à beira do remate
Que me fez a janela fechar
Mas ainda restava-me uma esperança
Que aquele frio incessante parecia congelar
Encantos de Outono
71
Antologia
72
As folhas de Outono
Sil Landarim
Encantos de Outono
73
Um imenso chão Forrado de folhas
Em seus tons alaranjados Anunciam ares outonais
É tempo da dança do vento
As folhas feito bailarinas
Convidadas a bailar Num espetáculo da estação
O sol já nasce tímido
As vezes nostálgicos Fazem reluzir entre as frestas
Das folhas, agora já caídas, a luz
Tardes mornas me inspiram
E por instantes fecho os olhos Saboreio o toque fresco da brisa
A acariciar meu rosto
E buscar no íntimo as palavras Delicadezas da alma
De um profundo sentir
Na sutileza da Poesia!
Antologia
74
Estações
Stefanie Lima
Encantos de Outono
75
Sou árvore que resiste á chuva e ao vento Frágil em muitos momentos
Mas, forte me sinto ao lembrar: Já resisti á muitos tormentos
E, em meio ao temporal, aprendi a dançar.
Sou pássaro triste a voar
Lançando-me na noite escura e fria Ousado me ponho a cantar
E, obstinado acredito em minha cantoria O verão há de voltar.
Sou árvore que perde as folhas
E, inevitavelmente vem a bela despedida
Nas perdas, me ponho a ganhar. No outono a alma insiste em se mostrar
Intensa, grande e despida.
Sou pássaro que floresceu Suportou a chuva, perdeu as folhas, mas, cresceu.
E enquanto as estações vão mudando Eu sou a cada dia...
Mais eu!
Antologia
76
Lamento outonal
Tauã Lima Verdan Rangel
Encantos de Outono
77
Aproximo-me da janela e sinto o vento outonal
Um sussurro na brisa, uma confissão tão irreal
As folhas marrons caem numa dança ritmada
Elas estão a tombar em uma cadência pensada
O meu coração sente a ausência mui pesarosa
O espaço vazio, sensação de perda tão odiosa
Lamento a mim mesmo uma covardia indolente
Um medo insano a me preencher funestamente
O céu está coberto por nuvens, fitar nebuloso
Um açoite de vento num gemido assombroso
As lágrimas rolam em uma colossal profusão
Questiono-me sobre o meu pesado lamento
Não há qualquer resposta nem mesmo alento
Inquieto com o frio cenário, padece o coração
Antologia
78
Encantos de Outono
79
Antologia
80
Encantos de Outono
Sobre os(as) Autores(as)
Antologia
AGNES MORGANA SILVA Juazeiro do Norte - CE
Nascida em 3 de julho de 1997, Agnes
Morgana Silva é poetisa, leitora, escrito-ra, amante de livros, séries e filmes. É
bacharela em Direito, pós-graduanda em
Direito Constitucional e após isso só o destino dirá. Por ora, você pode encon-
trá-la sonhando sobre as infinitas possi-
bilidades da vida e escrevendo sobre tudo
que sente e observa.
ALISSON DE OLIVEIRA SANTOS Parnamirim - RN
Psicólogo e psicoterapeuta. Professor de
psicologia em escolas técnicas de enfer-magem. Autor do livro Rimas Imperfeitas:
para além da simetria, autor dos livros:
poemas de bolso: uma leitura para qual-quer momento, (org.) Antologia Líquida: a
liquidez da poesia que se expressa em
várias nuances e o Livro das Afetações.
Encantos de Outono
AMARO FLECHA Belo Horizonte - MG
Cecileny Cecília Silva
Natural de Dourados (MS), atualmente reside em Belo Horizonte (MG). Dedica
este poema aos seus amados pais Amaro
& Cecília. Pratica prazerosamente como entusiasta a arte da poesia e foto amado-
rismo no site http://www.clickinview.cf
BÁRBARA SALVIANO
Abaiara - CE Autora do texto Musa do mato, publicado
pela editora IGM, estudante de Filosofia.
Segundo ela fugir da arte seria como fu-gir de si mesma.
Atualmente publica poemas na comuni-
dade literária meuladopoetico.com.
BETHE BASTOS
Feira de Santana - BA
Mulher, negra, professora e mãe de Malu. Nascida no interior da Bahia, em Feira de Santana, a Prin-cesa do Sertão, nessa terra reside e desenvolve as atividades profissionais. Assume o nome de Bethe Bastos, mas chama-se
Elizabete Bastos da Silva e afirma que poetizar enriquece seu cotidiano, bem como a mobiliza para as questões sobre o "eu" e suas relações individuais
e coletivas.
Antologia
CESAR L. THEIS Guarujá do Sul - SC
Professor-pesquisador, licenciado em
História/Informática, escritor, fotografo amador e cineasta entusiasta, apaixona-
do por viajar e café, reside em Guarujá
do Sul/SC. Atualmente discente no Mes-trado em Educação pela Universidade
Federal da Fronteira Sul (UFFS). E-mail:
DJANE DE SOUSA BARROS
Itaituba - PA Itaitubense, filha de Maranhenses, espo-
sa do Helton David, sempre busca forta-
lecer a base Familiar. Mestra em Letras procura demonstrar em seus escritos a
essência de suas vivências e cidade de
origem.
Encantos de Outono
ERINALDO SILVA OLIVEIRA Itaituba - PA
Doutorando em Educação na Universidade
Luterana do Brasil. Administrador da Univer-
sidade Federal do Oeste do Pará - Campus
Itaituba. Esposo apaixonado da Sandra e Pai coruja da Eloah. Nasceu e vive em Itaituba no
interior do Pará. Filho de garimpeiro e des-
cendente de nordestinos com orgulho.
FERNANDO HENRIQUE FRANCO DE AQUINO
Recife - PE
Autor e Poeta
GENUZI DE LIMA Palmeira dos Índios - AL
Nasceu em Osasco, São Paulo, mas, seu cora-
ção é natural de Palmeira dos Índios, Alagoas,
Nordeste. A junção de letras, sons, silêncio, tinta e ou-
tros lirismos manifestaram-se em versos que
a tornou poetisa.
Antologia
GUSTAVO H ARAÚJO São Paulo - SP
Gustavo H Araújo, nascido em São Pau-
lo, onde reside atualmente, 19 anos, é
estudante de Design e técnico em Comu-nicação Visual. Desenha, ilustra e escre-
ve contos, poemas e resenhas sobre arte.
HUDSON HENRIQUE Curitiba - PR
Escritor e músico brasileiro. Tem a escrita como rota de fuga para projetar seus senti-
mentos e sonhos. Sonha, um dia, em ser es-
critor.
"Sou brutal, cru, nu e sincero, por que o oti-
mismo e pessimismo andam juntos e são vizinhos. E nem todos os vizinhos gostam um
do outro".
JANECLAY Iati - PE
27 anos, cursando Bacharel em Farmá-cia, amante por leituras, poemas, poesi-
as, contos, história popular e nossa cul-
tura popular.
Encantos de Outono
KEILA CAMILA DA SILVA Jaú - SP
Nascida em Jaú, interior de São Paulo, Brasil,
ingressou cedo no estudo do meio ambiente,
ao mesmo tempo em que teve a oportunidade
de conhecer e conviver em diversas localida-des. Desde criança escreve poesias em temá-
ticas relacionadas à natureza, à simplicidade
e à existência. Acredita que a poesia sempre
estará presente nos pequenos detalhes.
LARISSA NACIF
Niterói - RJ Graduanda em Letras/inglês na UFF.
MARCOS PEREIRA DOS SANTOS
Ponta Grossa - PR Brasileiro. Natural da cidade de Ponta Gros-
sa/PR. Pós-Doutor (PhD) em Ensino Religioso
pelo Seminário Internacional de Teologia
Gospel (SITG) - Ituiutaba/MG. Pesquisador
em Educação. Literato profissional. Professor universitário em Ponta Grossa/PR, onde resi-
de atualmente.
E-mail: [email protected]
Antologia
MARCUS HEMERLY Cachoeiro de Itapemirim - ES
Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim/ES, em
1989. Autor da obra “Verso e Prosa: Excertos
de Acertos" e coautor em antologias poéticas e
de contos. Membro da Academia Luminescen-ce da devoção às Artes e Letras de Cheverny,
A.M.B.A – Academia Mineira de Belas Artes e
da ACILBRAS – Academia de Artes, Ciências e
Letras do Brasil.
MASONI
São Paulo - SP Nascido em São Paulo, São Paulo, estu-
dante de psicologia com grande apreço
por poemas e poesias, tendo participa-ções em diversas antologias.
NANDA ARAÚJO
Lavras - MG Natural de Belo Horizonte. Formada em Ad-
ministração Pública pela Universidade Fede-
ral de Lavras (UFLA). Desde criança é apaixo-
nada pela arte escrita. Participa das antologi-
as: “O jardim da manhã 1, 2 e 3”, “Bem vin-dos ao jardim 2 e 3”, “Eu jardineiro - poesias”,
“Semeando o pólen da vida 2”, “Encantos de
Inverno” e “Encantos de Primavera”.
Encantos de Outono
ODY DMITRI CHURKIN Campina Grande do Sul - PR
Neto de imigrantes russos da região de
Moscou. Escritor, palestrante, poeta, professor, cidadão, filho,esposo, pai,
irmão e amigo, Mestre em tecnologias na
educação, Especialista em EaD, Ciências da Religião e Psicopedagogia. Graduado
em Filosofia pela UFPR. Pesquisador em
BYOD, aplicativos, metodologias ativas e
mobile learning.
P. H. MARTINEZ Belém - PA
Editora Lendari: Creepypasta Volume 2 e
3 (como Pedro González) Cartola Editora: Possessão, Contos de
Fadas Sombrios, Ilha Esmeralda (como
Pedro Martinez); Superpoderosas e As-sassinatos no Brasil Colonial (como P. H.
Martinez)
Sem Tinta: Campos Santos (como Pedro Martinez)
Antologia Insólito (como Pedro Martinez)
Antologia
QUELMA ARAÚJO São João Del-Rei - MG
Natural da cidade de Barbacena, Minas
Gerais, formada em Administração Públi-ca e atua profissionalmente como servi-
dora pública.
REJANE LUCI SILVA DA COSTA KNOTH
Valença - BA Baiana de Inhambupe, residente em Va-
lença-BA, professora e escritora;
Graduada em Letras Vernáculas com Inglês e Especialista em Educação Infan-
til – UNEB; Pós-Graduada em Metodolo-
gias do Ensino da Língua Portuguesa – UGF e Mestre em Letras – UNEB. (e-mail:
RONNE CLAYTON DE CASTRO GONÇALVES
Belém - PA Natural de Belém do Pará. Atualmente é
Bibliotecário-Documentalista da Univer-
sidade Federal do Oeste do Pará. Mestre em Ensino. Especialista em Formação de
Leitores. Bacharel em Biblioteconomia.
Apreciador da arte e cultura.
Encantos de Outono
ROSA ACASSIA LUIZARI Rio Claro - SP
Nasceu em São Paulo. Membro da Academia
de Ciências, Letras e Artes do Brasil (ACIL-
BRAS), ocupa a cadeira 525 e tem como pa-
trono o maestro Armando Caaraura. Participa de antologias e coletâneas de poemas e contos
no Brasil e em Portugal. Publica textos poéti-
cos mensalmente no Caderno Literário da
Editora Pragmatha.
Sabrina Fortaleza - CE
18 anos. Estudante de Engenharia.
SIL LANDARIM
Curitiba - PR Nascida em 29 de setembro de 1969, na cida-
de de Curitiba-Pr, onde resido até hoje.
Casada, mãe de duas filhas
Sou Canhota e uma libriana sensível apaixo-
nada por poesias. Amo escrever tudo que sai da alma!
Participação na coletânea Vozes femininas III.
Antologia
STEFANIE LIMA Belo Horizonte - MG
Mineira de Belo Horizonte, Stefanie Lima
viveu sua primeira infância em Zona Ru-ral, e seu sonho era aprender a ler. Hoje,
é estudante de Teologia, autora dos li-
vros: O Amor e a Carta, e Liberdade entre Correntes. Escreve poemas, músicas e
peças de teatro e segue a vida encantada
pela beleza das palavras.
TAUÃ LIMA VERDAN RANGEL
Mimoso do Sul - ES Mestre e Doutor em Ciências Jurídicas e
Sociais pela UFF. Autor de: "Fome: Se-
gurança Alimentar & Nutricional em pauta" (2018); "Segurança Alimentar &
Nutricional na região sudeste" (2019);
"Versos, Inversos & Outros Escritos" (2019); “Indrisos em Versos” (2019);
"Efemeridade em Versos" (2019) (poe-
mas); "Aldravias em Versos" (2020) (no prelo).
Encantos de Outono
Antologia
www.editoraigm.com.br
+55 (11) 94205-8079
Este livro foi elaborado pela Editora
IGM de Quirinópolis, GO, em eBook,
fonte Bookman Old Style.