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Encontro de Coordenadores da Iniciação Cristã (2010)
INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ Um Processo de Inspiração
Catecumenal Estudos da CNBB (97)
PERGUNTASO Documento propõe as
seguintes perguntas: Iniciação à vida cristã...
... por quê? ... o que é? ... como? ... para quem? ... Com quem contamos? Onde?
O TEMA DA INICIAÇÃO vem desde as origens do Cristianismo foi retomado pelo Concílio Vaticano II é um desdobramento do Diretório Nacional de
Catequese (2005) uma resposta ao Documento de Aparecida (2007) atende a um pedido da 46ª e da 47ª Assembléia
Geral dos Bispos do Brasil (2008 e 2009) é uma recomendação das Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora no Brasil (2008 – 2010) uma prioridade no 11º PPC
UMA URGÊNCIA Como levar as pessoas a um contato vivo
e pessoal com Jesus Cristo? Como fazê-las mergulhar nas riquezas do evangelho? Como iniciá-las verdadeira e eficazmente na vida da
comunidade cristã? Como fazê-las participar da vida divina por meio dos
sacramentos? Como realizar uma iniciação que leve os fiéis a
perseverarem? Como formar verdadeiros discípulos missionários de
Jesus Cristo?
PARA COMEÇAR
É preciso uma mudança de foco. Iniciação Cristã passa de
“preparação para receber sacramentos” para “o processo de
quem quer tornar-se cristão”.
O SER HUMANO TEM SEDE DE DEUS
É necessário um mergulho no mistério. Não se trata, portanto, de “aprender coisas”, mas de aderir a um projeto de vida. A iniciação cristã é um processo:
que é engloba passos sucessivos de aproximação. A pessoa se deixa envolver pelo mistério.
que mescla vivência, conhecimento e celebração. que sempre acontece quando alguém assume o
projeto cristão de vida.
FOI ASSIM NO COMEÇO1º - Tudo começa com uma BUSCA:
“Que procurais?” (cf. Jo 1,38)
2º - Essa busca gera um ENCONTRO: “Mestre, onde moras?... Vinde e vede.” (cf. Jo 1,38-39)
3º - O encontro produz CONVERSÃO4º - A conversão leva à COMUNHÃO, ou seja, a
compartilhar tudo5º - A comunhão impele à MISSÃO, a buscar que outros
também façam a mesma experiência6º - A Missão leva à TRANSFORMAÇÃO da sociedade
(cf. At 4, 32-34)
AUGE E DECLÍNIO DO CATECUMENATO
AUGE (sec III a V) – A Iniciação bem feita sustenta a fé dos mártires
CRISTANDADE
DECLÍNIO – A Igreja não pode se acomodar
UM NOVO TEMPO
Somos chamados a um trabalho exigente e emocionante! Um novo KAIRÓS.
As comunidades precisarão se transformar, criando estruturas que possibilitam um real processo de iniciação.
DESCOBRIR O MISTÉRIO
No nosso imaginário o mistério é algo de fascinante. Para ter acesso aos divinos mistérios a pessoa precisa ser iniciada às novas experiências que marcam profundamente e levam à transformação pessoal e ao envolvimento pela ação do Espírito Santo. Ser cristão é participar desse mistério e comprometer-se com ele.
CATECUMENATO É CAMINHO
Surgiu em um momento em que a Igreja não podia contar com o apoio de uma cultura cristã. Ele traz as etapas indispensáveis para mergulhar no mistério de Cristo Cada etapa traz ritos de passagem que o ajudam a amadurecer.
É preciso revalorizar esse caminho. O objetivo final é que o iniciado morra para o pecado e comece uma nova existência amadurecida na fé. Essa resposta se dá por meio de um itinerário, de um processo gradual.
UM PERIGOFazer da celebração dos sacra-
mentos “festa de despedida”. O sacramento é conseqüência de uma fé assumida e, ao mesmo tempo, é o que realimenta a fé. A catequese deve, portanto, levar ao sacramento. Mas só um bom processo de iniciação pode dar ao sacramento o lugar que lhe cabe
SUA NATUREZA
A iniciação cristã é graça que nos cumula com os dons divinos em Cristo: o Batismo nos torna filhos do Pai, a Eucaristia nos alimenta com o Corpo do Filho e a Confirmação nos unge com a força do Espírito.
Essa obra de amor se realiza na Igreja e pela Igreja, mas requer a decisão livre da pessoa.
A MATURIDADE DA VIDA CRISTÃ
Para atingi-la propomos quatro meios fundamentais:
Percepção do mistério da salvação, pelo ano litúrgico e celebrações da Palavra
Todos devem acompanhar todo o processo Inserção gradativa na liturgia Estimular o testemunho de vida e a
profissão de fé dos caminhantes
OS DESTINATÁRIOSSão interlocutores. Ouvindo-os perceberemos
melhor o que precisam e a partir das inquietações que poderemos despertar sua curiosidade. Afinal, por que as pessoas procuram a Igreja? Talvez pelos sacramentos ou alguma graça... Só têm uma vaga lembrança do que aprenderam na infância sem real compreensão do que é ter uma identidade cristã. Isso deve nos levar a repensar o processo de evangelização.
CONSIDERAR CADA REALIDADE
- Catecumenato pré-batismal
- Catecumenato pós-batismal
O modelo tradicional precisa ir mudando aos poucos para assumir
um ROSTO CATECUMENAL.
OS ANIMADORES 1- Os introdutores 2- Os padrinhos 3- A família 4- O catequista 5- A equipe de coordenação 6- A comunidade 7- Os ministros ordenados
OS LUGARES
A iniciação à vida cristã não se reduz a um espaço geográfico ou
estrutura pastoral: deve estar presente e atuante em diversas situações e ambientes. Assim, a
Igreja vive sua natureza missionária.
AS PROPOSTASSão um horizonte que nos
incita a transformarmos o modo como educamos as pessoas na fé. A catequese de inspiração catecumenal não é um projeto fechado, mas abre um leque de possibilidades.
O que já conseguimos de bom precisa ser valorizado e aprofundado, mas não podemos nos esquecer da nossa missão de formar discípulos e não “dar um cursinho”.