endeavour brasil municípios empreendedores
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Endeavour Brasil relatorio sobre municipios empreendedores no BrasilTRANSCRIPT
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BRASIL
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POR UMA REVOLUOEMPREENDEDORANAS CIDADESComo toda organizao no governamental, existimos para resolver um problema da sociedade. AEndeavor atua no Brasil desde o ano 2000 com o objetivo de transformar nosso pas em uma das
principais potncias empreendedoras. Passados quase 15 anos, podemos dizer que j chegamos l
e atingimos nossa misso?
Uma perspectiva otimista diria que estamos perto: o interesse do brasileiro por ter seu prprio
negcio e a quantidade de pessoas efetivamente botando pra fazer tem quebrado recordes anu-
almente. Entretanto, ao olhar mais de perto a qualidade do empreendedorismo que se pratica no
pas, percebemos quantas batalhas ainda esto por vir: os brasileiros so pouco inovadores, suasempresas tem baixo potencial de crescimento e poucas so referncias mundiais, e o ambiente de
negcios bastante hostil aos empreendedores.
Isso explica em grande medida porque, em um universo de quase 5 milhes de empresas, apenas 35
mil sejam classificadas como de alto crescimento, sendo responsveis por quase metade da criao
de empregos da economia brasileira. Mas como fazer para pelo menos triplicar o nmero destes
empreendedores de alto impacto?
O comeo da resposta pode estar nas cidades brasileiras. Embora os desafios nacionais sejam enor-mes, a disparidade de realidades regionais e locais no pas to grande que se torna impossvel
falar de um ambiente de negcios brasileiro nico, dado que os problemas e as virtudes podem
ser bem diferentes de cidade para cidade.
O ndice de Cidades Empreendedoras uma contribuio da Endeavor para aprimorar o debate
sobre o fomento ao empreendedorismo no Brasil, a partir de indicadores e boas prticas que podem
ser utilizados por todas as cidades brasileiras e por formuladores de polticas pblicas em nvel fe-
deral, estadual e municipal. Caber sociedade, em especial aos empreendedores e imprensa, opapel de cobrar por melhorias que, com este estudo e suas edies futuras, se tornam mensurveis
e comparveis pas afora.
Boa leitura!
Juliano Seabra
Diretor GeralEndeavor Brasil
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AGRADECIMENTOSEste estudo fruto do trabalho e dedicao de diversas pessoas e organiza-
es. Gostaramos de agradecer ao Conselho e toda equipe da Endeavor Brasil
pelo suporte incondicional em todas as etapas do estudo, assim como nos-
sos parceiros na formulao da metodologia e na obteno de dados: Andr
Leme, Daniel Uno e equipe da Bain&Company (metodologia e revises); Jaime
Troiano, Renata Natacci, Paula Valerio e equipe do Grupo Troiano (ndice de
cultura empreendedora); Edivan Costa e equipe da SEDI (indicadores de tempo
de processos regulatrios); Ricardo Kanitz, Rafael Bassani e equipe da Spectra
Investmentos (indicadores sobre o mercado de capital de risco).
Agradecemos tambm cada um dos mentores que dedicou tempo para rever
e criticar o estudo, levando inmeras melhorias nesta verso final: Luciano
Coutinho e equipe do BNDES; Jorge Gerdau Johannpeter, Carlos Arruda,
Anders Hoffman, Marcos Lisboa, Andrea Minardi, Vincius Licks, Marcelo Moura,
Luiz Calado, Rodrigo Moita, Jos Eduardo Fiates, Marcos Vincius de Souza,Guilherme Soares, Eduardo Zylberstajn, Marcos Hashimoto, Silvio Genesini,
Francisco Saboya, Daniel Ibri, Mario Chady, Cristiano Santos, Denise Yagui,
Miriam Ascenso e Luana Tavares.
Por lltimo, agradecemos s equipes das Prefeituras Municipais de Belm, Belo
Horizonte, Curitiba, Florianpolis, Fortaleza, Goinia, Manaus, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro, Salvador, So Paulo e Vitria; e ao Governo do Distrito
Federal, pela diligncia com que forneceram dados e informaes relevantes.
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SUMRIO
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INTRODUO
Introduo ao Estudo 12
Como ler este relatrio 14
Siglas e seus significados 15
NDICE DE CIDADESEMPREENDEDORAS 2014
16
OS PILARES
Ambiente regulatrio 22
Infraestrutura 26
Mercado 30Acesso a Capital 34
Inovao 38
Capital Humano 42
Cultura 46
PERFIL DAS CIDADES
Florianpolis 54So Paulo 56
Vitria 58
Curitiba 60
Braslia 62
Belo Horizonte 64
Porto Alegre 66
Goinia 68
Rio De Janeiro 70
Manaus 72
Belm 74
Recife 76
Fortaleza 78
Salvador 80
E AGORA? COMO USOESTE RELATRIO? 82
ANEXOS
Anexo 1: Metodologia do ndice 84
Anexo 2: Metodologia Da Pesquisa
De Campo 99
Anexo 3: Pesquisa com prefeituras 102
REFERNCIASBIBLIOGRFICAS
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Apesar de serem1% do total, asempresas dealto crescimentogeram quase50% dos novosempregos do pas
Este relatrio umprimeiro exerccio
para entendero ambiente e osdados que ajudam aretratar a dinmicaempreendedorade 14 capitais
brasileirasNos ltimos anos, o estmulo ao em-preendedorismo ganhou fora em
todas as partes do mundo como
alternativa para a promoo do
desenvolvimento.Por trs de todas
as iniciativas est a crena de que o
empreendedorismo alimenta a ino-
vao e o crescimento. As empresas
ganham escala e, com elas, crescem
tambm as pessoas, o mercado e as
possibilidades de transformao da
sociedade. Um Brasil com mais e me-
lhores empreendedores, conscientes
do seu papel na sociedade, tem gran-
de chance de ser um pas melhor
para todos os que vivem aqui. Mas os
nmeros ainda no correspondem aesse movimento: se 3 em cada 4 bra-
sileiros preferem empreender, ape-
nas 4% de fato possuem empresas
que empregam pessoas1.
Um dos grandes motivos para tama-
nho descompasso o fato de que
INTRODUO
empreender no Brasil ainda tarefa
de super-heri. A dificuldade comea
no processo de abertura da empresa
e s aumenta: encontrar clientes, gerir
o caixa, pagar impostos, formar uma
equipe. No por acaso que apenas
35 mil empresas (1% do total) do pas
conseguem crescer acima de 20% ao
ano por trs anos seguidos. Os em-
preendedores precisam dedicar seus
esforos quilo que produtivo, mas
para isso o ambiente deve oferecer as
condies e recursos capazes de trans-
formar sonhos grandes em negcios de
alto impacto. Se atualmente esse 1%
de empresas brasileiras gera cerca de
50% dos novos empregos2, um am-biente melhor para empreender pode
ampilar ainda mais a quantidade e o
impacto das empresas de alto cresci-
mento no pas.
O desafio de criar um plano local de
desenvolvimento de empreendedo-
rismo gigante, dada a complexida-de e interdependncia do ambiente
brasileiro. Por mais que o Governo
Federal pense a nvel nacional em
iniciativas de fomento ao empreen-
dedorismo, a maioria dos recursos
necessrios est disponvel local ou
regionalmente. Essa realidade trs
para o papel de protagonista o for-mulador de poltica pblica regional
e muitas outras instituies como
bancos, mdia e universidades. Todos
precisam trabalhar em conjunto, no
apenas apoiar.
O ponto de partida est em identi-
ficar as principais foras e gargalos
da regio para que o formulador e as
organizaes de apoio possam agir
de forma precisa. Para isso, todos
precisam conhecer bem os desafios
dos empreendedores e os indicadores
que refletem o ambiente empreende-
dor, assim como entender a relao
entre esses indicadores.
Como ser possvel observar nas pr-
ximas pginas, este relatrio um
primeiro exerccio para entender o
ambiente e os dados que ajudam a
retratar a dinmica empreendedora
de 14 capitais brasileiras. A meto-
dologia robusta recebeu ateno es-
pecial para garantir que as anlisese concluses deste estudo sirvam de
apoio na formulao de polticas p-
blicas e na definio da estratgia de
organizaes que atuam diretamente
no ecossistema empreendedor, e que
acreditam no poder transformador
do empreendedorismo e se dedicam
a esta causa.
1Empreendedores Brasileiros 2013, Endeavor Brasil.2Estatsticas de Empreendedorismo 2011, Endeavor/IBGE.
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Para a construo do ndice e anlise do ambiente empre-
endedor das capitais brasileiras, a Endeavor Brasil elabo-
rou um frameworkadequado realidade das cidades do
pas e em sintonia com as ferramentas utilizadas por orga-
nizaes internacionais, como a OCDE, e consultorias es-
pecializadas. A seleo dos critrios considerou o universo
Esta primeira edio do ndice inclui apenas capitais bra-
sileiras, mais comparveis entre si do que com os demais
municpios do pas. Mas o tamanho das cidades analisadas
varia consideravelmente. Para reduzir a distoro, causa-da pelo tamanho da populao ou da economia das cida-
des, os dados utilizados na anlise foram ajustados para
refletir o desempenho proporcional das capitais em cada
O estudo tem como objetivo analisaro ecossistema empreendedor de umgrupo de capitais brasileiras, paraapontar aquelas que possuem condi-es mais propcias para o desenvol-vimento de empresas e mostrar comoainda podem evoluir.
INTRODUO
AO ESTUDO
DETERMINANTES
AMBIENTEREGULATRIO
INFRAESTRU-TURA
MERCADOACESSO
A CAPITALINOVAO
CAPITALHUMANO
CULTURA
Tempo deProcessos
TransporteInterurbano
Desen-
volvimentoEconmico
Capital
Disponvel viaDvida
Intensidade
de Investi-mentos
Acesso eQualidade daMo de Obra
Bsica
Potencial Em-preendedor
Custo deImpostos
CondiesUrbanas
ClientesPotenciais
Acesso a Capi-tal de Risco
Potencial deGerao de
Ideias
Acesso eQualidade daMo de ObraQualificada
Imagem doEmpreende-
dorismo
indicador. Os indicadores foram calculados de maneira
cuidadosa e em funo da natureza do dado. Em geral,
apresenta-se o desempenho das cidades em cada indica-
dor pelo nmero total de empresas da cidade, populaoou PIB, dentre outros exemplos. Ainda que de maneira im-
perfeita, este ndice compara as cidades descontando a
diferena de tamanho entre elas.
B.PROPORCIONALIDADE E TAMANHO DAS CIDADES
de micro, pequenas e mdias empresas, sem se restringir
a nenhum setor especfico. O frameworkest estruturado
a partir de sete pilares, ou determinantes, que formam os
rankings temticos do relatrio e so a base do ndice final
de capitais. Os detalhes do frameworkso apresentados
na seo metodolgica do relatrio.
A.FRAMEWORKPARA AVALIAO DO AMBIENTE EMPREENDEDOR
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No existe produo de dados sistemticos sobre ambiente empreendedor no Brasil e o acesso a informaes confiveis, prin-
cipalmente a nvel local, foi um dos maiores desafios deste projeto. Para coletar e utilizar um conjunto indito de indicadores
sobre as capitais brasileiras recorremos a diversas fontes e, inevitavelmente, tivemos que lidar com os mais diferentes proble-
mas. As principais fontes de dados so bases pblicas, cuja publicao acontece por vezes com um ou dois anos de defasagem,como, por exemplo, os dados da Demografia de Empresas, publicada pelo IBGE. Ainda, na falta de indicadores municipais para
alguns temas do relatrio foram utilizados dados estaduais como substitutos, como aconteceu com o indicador de patentes
depositadas no INPI. Por fim, para os casos em que no havia indicadores possveis em fontes pblicas, foram produzidos in-
dicadores prprios ou proxies com parceiros institucionais. Isto acontece para os dados sobre cultura empreendedora, cujos
dados so baseados em uma pesquisa de campo feita em parceria com o Grupo Troiano (para mais informaes, veja pg. 95).
O mesmo se passa ao analisar a complexidade burocrtica e o acesso a capital de risco, em que se contou, respectivamente,
com o apoio da SEDI, uma das maiores empresas no setor e h mais de 20 anos no mercado, e da gestora de recursos Spectra
Investments, com estudos na rea publicados em conjunto com o Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. A seo metodolgicacontm informaes completas sobre todos os indicadores, fontes e formas de clculo.
Conforme pode ser observado na metodologia, nesta pri-
meira verso do estudo foram includas apenas as 14 capi-
tais brasileiras que possuem regies metropolitanas com
mais de 1% das empresas de alto crescimento do Brasil,
segundo dados do IBGE3. Ainda que os indicadores inclu-
dos neste relatrio possam ser utilizados na avaliao
de outras cidades brasileiras, so necessrios cuidados e
adaptaes ao transpor a anlise para outros municpios.
O estudo traz um retrato das capitais analisadas em um
momento do tempo e, portanto, no reflete o seu desem-
penho histrico. Dessa forma, uma anlise do ambiente
empreendedor dessas cidades no tempo tambm requer
ajustes e, sobretudo, um esforo de coleta de dados que
ultrapassa os objetivos deste relatrio.
Disponibilidadedo Indicador
Indicador Pblico eDisponvel
Indicador sobdomnio deterceiros
InexistenteObtida por pesquisa*
#Indicadores 33 6 17
Determinantes
MERCADO
CAPITAL HUMANO
INFRAESTRUTURA
INOVAO
ACESSO A CAPITAL
AMBIENTEREGULATRIO
CULTURA
C.ABRANGNCIA GEOGRFICAE TEMPORAL DO ESTUDO
D.INDICADORES E FONTES DE DADOS
3Estatsticas de Empreendedorismo 2011, Endeavor/IBGE.
*Pesquisa realizada em parceria com o Grupo Troiano, com 3.917 pessoas entrevistadas nas 14 capitais deste estudo.13
Salvador
Manaus
VitriaGoinia
Braslia
Rio de Janeiro
So PauloCuritiba
Florianpolis
Porto Alegre
Belo Horizonte
Recife
Fortaleza
Belm
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O relatrio est dividido em trs principais partes:
NDICE DE CIDADES EMPREENDEDORAS ICE 2014
ndice final com principais insights e concluses do estudo
COMO LER ESTE
RELATRIO
Os resultados so compostos pelo:
!"#$% '()(%*"+$+)( ,(%-$./
012.()(%*"+$+)(
'(3(+4/#4"*(+)/
5-/+6*"-/
7#"(+)(3!/)(+-"$"3
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=>AA
B>CB
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C>@F
C>@@
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=>B?GOINIA
95GH,
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica
B2BBusiness to business (empresa paraempresa)
B2CBusiness to consumer (empresa paraconsumidor)
B2GovBusiness to government (empresapara governo)
BDMG Banco de Desenvolvimento de MinasGerais
C&T Cincia & Tecnologia
CBOClassificao Brasileira de Ocu-paes
CERTIFundao Centros de Referncia emTecnologias Inovadoras
CNI Confederao Nacional da Indstria
CNJ Conselho Nacional de Justia
CNPJCadastro Nacional da PessoaJurdica
CNSeg
Confederao Nacional das Empre-sas de Seguros Gerais, PrevidnciaPrivada e Vida, Sade Suplementar e
Capitalizao
DENATRAN Departamento Nacional de Trnsito
DNA cido desoxirribonuclico
DNITDepartamento Nacional de In-fraestrutura de Transportes
EF Ensino Fundamental
EM Ensino Mdio
ENADEExame Nacional de Desempenho deEstudantes
FAPEMIGFundao de Amparo Pesquisa doEstado de Minas Gerais
FAPESP Fundao de Amparo Pesquisa doEstado de So Paulo
FINBRA Finanas do Brasil
SIGLAS E SEUS SIGNIFICADOS
FIPE
Fundao Instituto de Pesquisas
Econmicas
GC Growth Capital
IBGEInstituto Brasileiro de Geografia eEstatstica
ICE ndice de Cidades Empreendedoras
ICMSImposto sobre Circulao de Merca-dorias e Servios
IDEBndice de Desenvolvimento daEducao Bsica
IES Instituio de Ensino Superior
INPIInstituto Nacional de PropriedadeIndustrial
IPTU Imposto sobre a Propriedade Prediale Territorial Urbana
ISS Imposto sobre Servios
ITBIImposto sobre Transmisso de BensImveis
JUCEG Junta Comercial do Estado de Gois
KwH Quilowatt-hora
LOG Logartimo
MCT Ministrio da Cincia e Tecnologia
MDO Mo de Obra
MEC Ministrio da Educao
MGE Mdias e Grandes Empresas
MPE Micro e Pequenas Empresas
MTE Ministrio do Trabalho e Emprego
OCDEOrganizao para a Cooperao eDesenvolvimento Econmico
PAPPE
Programa de Apoio Pesquisa em
Empresas
PE Private Equity
PEA Populao Economicamente Ativa
PIB Produto Interno Bruto
PINTEC Pesquisa de Inovao
PME Pequenas e Mdias Empresas
PNADPesquisa Nacional por Amostra deDomiclios
PROPTECPrograma de Apoio Empresas emParques Tecnolgicos
RAIS Relao Anual de InformaesSociais
SEBRAEServio de Apoio s Micro ePequenas Empresas
STEMScience, Technology, Engineering,and Mathematics (Cincia, Tecnolo-gia, Engenharia e Matemtica)
STN Secretaria do Tesouro Nacional
TECNOVAPrograma Federal de Apoio aInovao Tecnolgica
TJ Tribunal de Justia
UFPA Universidade Federal do Par
UFRGSUniversidade Federal do Rio Grande
do Sul
UFRJUniversidade Federal do Rio deJaneiro
UFSCUniversidade Federal de SantaCatarina
UNB Universidade de Braslia
USP Universidade de So Paulo
VC Venture Capital
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NDICE DE CIDADES
RESULTADO FINAL
EMPREENDEDORAS 2014
=>?B
=>@B
B>hB
B>EE
B>@C
C>h?
C>h@
C>DB
C>EEC>F?
?>DE
?>==
?>CE
=>CEFLORIANPOLIS
0UP !LNGP
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A primeira colocada no ndice geral tem como pontos fortes os pilares de infraestrutura, capital hu-mano e inovao, e ainda apresenta resultados consistentes em grande parte dos outros indicadores.
Por isso, o estudo aponta a cidade como referncia nacional de ambiente de negcios, candidata a ter
cada vez mais empresas de alto crescimento no futuro. O segredo est no planejamento. H 30 anos,
Florianpolis, uma regio com poucas empresas at ento, provavelmente no imaginaria atingir um
resultado to expressivo. Mas a anlise final apresentada mostra que possvel construir uma cidade
com um bom ambiente para empreendedores, e evidencia o papel central do formulador de polticas
pblicas ao arquitetar um futuro promissor para sua comunidade. Uma cidade bem sucedida depende
do alinhamento econmico, governamental e social.
FLORIANPOLIS:UM FUTURO PROMISSOR
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O empreendedor deve entender o perfil e as caractersticas do seu negcio
na hora de avaliar onde abrir sua empresa. Negcios que dependem de mui-
tos investimentos provavelmente se beneficiariam de estar em So Paulo, por
exemplo. O frameworkdesenvolvido neste estudo estimula empreendedores a
pensar nas principais dimenses, evitando que tomem a deciso precipitada de
escolher o local em funo de uma nica varivel. Ele tambm auxilia gestorespblicos e instituies de fomento a refletirem onde mais podem contribuir para
o desenvolvimento econmico e social das capitais.
A fora e o dinamismo da economia da cidade de So Paulo garantem a ela a
segunda posio no ndice final. A cidade com mais primeiros lugares lidera nos
determinantes de mercado, acesso a capital e inovao. Mas o estudo revela
que, em muitos sentidos, os grandes centros nem sempre oferecem as melho-res condies para empreendedores. As grandes propores influenciam ora
a favor, ora contra. Garantir educao de alto nvel para a populao, custos
mais acessveis e boa qualidade de vida so alguns exemplos das reas crticas
dessas cidades.
Cidades como Curitiba e Vitria ocupam as primeiras posies em dois dos
indicadores com mais peso no estudo a capital paranaense em infraestrutura
e a capixaba, em capital humano. Apesar de no serem grandes destaques emmuitos dos indicadores analisados, apresentam resultados slidos na maioria
deles, o que tambm garante a elas os primeiros lugares no ndice final.
O MELHOR AMBIENTE DENEGCIOS PODE NO SER
O MELHOR PARA TODOS.
GRANDES CIDADES,
GRANDES OPORTUNIDADES,GRANDES DESAFIOS.
A IMPORTNCIA DO FOCOEM ASPECTOS CHAVE.
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As cidades menos desenvolvidas e geralmente mais distantes
dos grandes centros so prejudicadas por terem mercados
menores, menos acesso a financiamento e uma infraestru-
tura restrita. Mas essas cidades tm investido na criao de
estruturas de apoio a empreendedores, o que reflete direta-
mente na cultura empreendedora e, consequentemente, na
sua vontade de empreender. O engajamento e otimismo com
empreendedorismo pode ser o combustvel necessrio para
transformar essas regies.
O estudo mistura indicadores de natureza muito diferente,
alguns mais fceis e rpidos de fortalecer do que outros. No
curto prazo, as cidades provavelmente teriam mais facilidade
em melhorar seu ambiente regulatrio, corrigir volumes deinvestimento e garantir resultados mais efetivos no incentivo
inovao. Por outro lado, aspectos de cultura e capital humano
so mais difceis de transformar e precisam de mais tempo
para serem trabalhados. Embora seja tentador concentrar es-
foros em aspectos que apresentem resultados rpidos, um
bom planejamento requer uma viso de longo prazo.
O NORTE-NORDESTECONTA COM A CULTURAEMPREENDEDORAPARA CRESCER.
O DIFERENCIAL DOFUTURO EST EMINVESTIR NAS PESSOAS.
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OS PILARES
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AMBIENTE REGULATRIO
NDICE FINAL
=>?@
=>AA
B>CB
B>CC
B>?D
B>??
C>=B
C>?C
C>@E
C>@F
C>@@
?>D=
?>?D
=>B?GOINIA
95GH,
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Desde o primeiro momento, quando
resolve abrir uma empresa, o em-
preendedor tem que identificar os
processos necessrios para obter o
registro do negcio. E muitas vezesainda espera semanas para conse-
guir a permisso de operar. Tambm
os que decidem reformar seu neg-
cio devem pedir autorizao e fazer
as vistorias exigidas, o que demora
em mdia mais de 90 dias nas capi-
tais analisadas neste estudo. Alm
disso, o empreendedor tem que li-dar com a complexidade dos siste-
mas jurdico e tributrio brasileiro.
No primeiro caso, muitas vezes so
necessrios meses ou anos para re-
solver uma disputa na justia. J no
sistema tributrio, o imposto pago
pelo empreendedor varia em fun-
o das diferentes alquotas, como
no caso do ICMS, da substituio
tributria e do sublimite do Simplesadotado pelo estado.
Esses processos requerem inves-
timento de tempo e dinheiro do
empreendedor e por isso o ambiente
regulatrio to importante no con-
texto de negcios de cada cidade bra-
sileira. Outros aspectos de responsa-bilidade federal impactam o cotidiano
dos empreendedores, como acontece
com leis trabalhistas e de importao
e exportao. No entanto, por se tra-
tarem de aspectos comuns a todas as
cidades e, portanto, sem variao re-
gional, no esto considerados neste
ndice de empreendedorismo.
Em resumo, foram analisados doiselementos principais: o tempo dos
processos, composto pelo nmero de
dias necessrios para abrir um neg-
cio, aprovar projetos arquitetnicos,
obter registros imobilirios e cone-
xo energia eltrica, somados
taxa de congestionamento dos tribu-
nais regionais, e o custo de impostos,medido pelo imposto efetivo sobre
as pequenas e mdias empresas e o
IPTU mdio efetivo, medido por meio
de simulaes de impostos sobre trs
tipos-padro de empresas.
L,985Q
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ABRIR EMPRESA S O PRIMEIRO PASSO
Nos ltimos meses, grande parte das cidades e estados
brasileiros tm se dedicado a facilitar a abertura de empre-
sas, algo natural, j que esse um dos primeiros passos na
criao de um negcio. Cidades como Goinia e So Paulo,que reduziram e unificaram processos, tm colhido resul-
tados e esto entre as mais eficientes no que diz respeito
aos primeiros passos burocrticos: hoje so necessrios
cerca de 30 dias para abrir um negcio nessas cidades.
E se abrir a empresa legalmente s o primeiro passo,
Goinia detm o primeiro lugar no ndice de ambiente
regulatrio por tambm ser eficiente nos outros pro-cessos avaliados e possuir taxas de impostos abaixo
da mdia das 14 capitais analisadas. Na capital goiana,
os impostos, por exemplo, esto entre os mais baixos
Tempo de Processos
7".$.(ndice
Tempo deProcessos
BF 32 15 60 15 57.98%
9(#\* =>ED 55 5 90 71 51.38%
,$+$13 =>@@51 5 90 36 58.08%
9%$3e#"$ B>?A 75 18 60 90 57.19%
O#/%"$+YW/#"3 B>FE 80 25 90 26 60.53%
71%")"2$ B>@h 60 5 90 65 62.77%
9(#/ R/%"f/+)( B>@B 55 20 90 75 58.64%
I")Y%"$ B>AC 74 8.5 90 70 61.63%
0$#4$./% C>=D 68 30 45 65 65.02%
O/%)$#(f$ C>B= 75 5 90 150 57.07%
K(-"g( C>C= 68 7 120 90 61.27%
0^/ !$1#/ C>Fh 36 30 120 63 63.60%
K"/ .( V$+("%/ ?>?h 100 60 90 52 63.96%
!/%)/ L#(X%( ?>A? 245 17.5 180 53 57.85%
O/+)( 05'8 05'8 05'8 05'8 7QV
L+/ FA@? FA@? FA@? FA@? FA@E
*Dados estaduais
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do pas, tanto a alquota efetiva do
Simples (de 5,5%, em mdia), como
a do IPTU, de no mximo 1,0% do
valor venal de imveis no-residen-
ciais (o que quase 40% menos do
que a mdia das 14 capitais).
J So Paulo tem o desafio de repli-
car o trabalho feito em reduzir o tem-
po de abertura de empresas para ou-
tros processos, principalmente o de
aprovao de projetos arquitetnicos.
Alm disso, a capital paulista, assim
como Salvador, Fortaleza e o Rio deJaneiro, que ocupam as ltimas po-
sies neste pilar, tem um agravante
que a alta taxa efetiva de imposto.
Segundo o estudo do Sebrae e da
CNI, Salvador a que possui a maior
alquota efetiva do Simples, 8,10%,
frente aos 5,2% pr-determinados. A
explicao para isso est na adooda substituio tributria que obri-
ga empreendedores optantes pelo
Simples Nacional a recolher, no s
a alquota do Simples, mas tambm o
ICMS da cadeia produtiva, aumentan-
do o imposto efetivo dessas empre-
sas uma vez que elas no conseguem
compensar o valor pago.
Outro indicador que merece desta-
que o tempo necessrio para abrir
uma empresa legalmente em Porto
Alegre que pode levar mais de oito
meses. Isso ocorre principalmente
em funo do Corpo de Bombeiros
local, que aps o trgico incidente naBoate Kiss, em 2013, est demorando
cerca de 200 dias para fazer as visto-
rias necessrias.
Cidades que reduziram e unificaram pro-cessos tm colhido resultados e esto en-tre as mais eficientes no que diz respeito
aos primeiros passos burocrticos.
Custo de Impostos
8+."-$./%ndice Custode Impostos
L#e`1/)$ ./
"*W/3)/ (g()"4/3/2%( !,53 Zc[
8!C= 5.80% R$ 5,078.33
!/%)/ L#(X%( =>A= 5.30% R$ 14,116.67
T/"d+"$ =>AC 5.50% R$ 12,833.33
9(#\* B>h@ 5.70% R$ 12,833.33
71%")"2$ B>=@ 4.70% R$ 22,306.34
O#/%"$+YW/#"3 B>CC 5.60% R$ 17,416.67
9%$3e#"$ B>C@ 6.30% R$ 12,833.33
,$+$13 C>B@ 7.80% R$ 11,550.00
9(#/ R/%"f/+)( C>?C 7.00% R$ 19,140.00
K"/ .( V$+("%/ C>AE 5.30% R$ 35,933.33
K(-"g( C>A@ 6.80% R$ 25,208.33
O/%)$#(f$ ?>h 7.20% R$ 23,560.67
0^/ !$1#/ ?>D= 7.30% R$ 23,095.05
0$#4$./% ?>=B 8.10% R$ 18,473.46
O/+)( 0(2%$( ( 7Q8 !%(g(")1%$3 *1+"-"W$"3
L+/ FA@E FA@?
*Dados estaduais.
25
-
5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores
26/108
INFRAESTRUTURA
=>CC
=>@C
=>@F
B>EB
B>F@
C>==
C>Ch
C>E@
C>Fh
C>@B
C>AC
C>AE
?>=h
=>BECURITIBA
OGPK8LQJ!PG80
I8
-
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27/108
Em pleno sculo 21, quase lugar-
-comum dizer que a globalizao
est presente na vida das pessoas.
Com os empreendedores no dife-
rente. Uma empresa de e-commercepode, por exemplo, importar seus
produtos de qualquer pas do mun-
do e revender para qualquer canto
do Brasil. Em outro caso hipottico,
uma fbrica pode trazer sua mat-
ria-prima do Sul do pas, fabricar no
Nordeste e distribuir para uma ca-
deia de franquias do Sudeste. Maspara tudo isso acontecer existe um
ingrediente fundamental: infraes-
trutura. O e-commerce precisa ter
bom acesso internet; a fbrica pre-
cisa ter uma grande rea para ins-
talar seu galpo e energia eltrica
a preos baixos; os produtos que
sero revendidos e a matria-pri-
ma fabril precisam chegar, com o
menor tempo e custo possveis, na
porta da empresa e, depois, na docliente. Seja por avio, caminho,
ou qualquer outro meio de trans-
porte. Quanto melhores forem as
condies logsticas, de produo e
das comunicaes de uma cidade,
melhor para os negcios e para a
populao.
So esses alguns dos fatores medi-
dos no pilar de infraestrutura deste
estudo, somados s condies de
vida e dos servios urbanos das
capitais brasileiras. Esses fatores,
mais ligados ao dia a dia interno
das cidades, como o caso da mo-
bilidade urbana, da segurana e do
custo de imveis, impactam os em-
preendedores, seus funcionrios e
clientes. E ainda encarecem o custodos negcios e a produtividade das
empresas.
Aps a anlise dos dados, os indica-
dores selecionados foram divididos
em dois grupos: transporte interurba-
no, que compreende a disposio das
rodovias, aeroportos e a distncia aosportos; e as condies urbanas, que
incluem a segurana, a mobilidade ur-
bana e a conexo via internet, alm
do custo dos servios, representado
pelas condies imobilirias e o gasto
com energia eltrica.
8QOKL50
-
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O EQUILBRIO TRAZ RESULTADO
Os dados mostram que pouco adianta uma cidade ter
timos servios urbanos se tiver uma conexo difcil com
outros centros e vice-versa. Quando o assunto infraes-
trutura, o equilbrio traz resultado.
o que mostra Curitiba, primeira colocada no ndice de infraestru-
tura e que no tem nenhum indicador individual na primeira posi-
o.O segredo de Curitiba no estar mal colocada em nenhum
outro indicador de infraestrutura, ocupando sempre uma das
primeiras posies. A cidade possui um dos melhores ndices de
mobilidade urbana, segurana e acesso internet. Possui uma boa
conexo com as outras cidades do Paran por meio de estradas e
favorecida pela proximidade com o Porto de Paranagu, um dos
melhores do pas, situado a menos de 80 quilmetros da capital.
E tambm apresenta o segundo menor custo de imveis do sul e
sudeste, atrs apenas de Vitria. Esses so os fatores que ajudam
a levar a capital paranaense para o topo do ndice de infraestrutura.
O mesmo equilbrio de Curitiba pode ser encontrado em
Florianpolis e Vitria, segunda e terceira colocadas em in-
fraestrutura. Assim como a capital paranaense, as capitais
de Santa Catarina e Esprito Santo esto entre as melhores
Condies Urbanas
7".$.(
ndiceCondies
Urbanas
L-(33/ .$W/W1#$]^/
j "+)(%+()
!%(]/ *\."/./ *F
713)/ .$(+(%X"$ (#\a)%"-$
ZW/% klR[
EB 70.93% R$ 5,067 R$ 0.26355 38.18% 88.43
I")Y%"$ =>FC 74.46% R$ 4,494 R$ 0.29884 37.74% 88.01
T/"d+"$ B>DB 61.14% R$ 2,857 R$ 0.29350 37.63% 110.95
9%$3e#"$ B>@D 70.93% R$ 8,670 R$ 0.25647 51.09% 107.31
,$+$13 B>@= 57.45% R$ 3,520 R$ 0.27685 56.90% 98.60
!/%)/ L#(X%( C>DE 68.48% R$ 4,843 R$ 0.31257 44.64% 178.93
9(#\* C>BA 52.76% R$ 3,538 R$ 0.35747 43.07% 91.71
9(#/ R/%"f/+)( C>?= 65.76% R$ 5,426 R$ 0.34700 54.39% 100.44
K(-"g( C>?F 50.25% R$ 5,804 R$ 0.29877 52.36% 89.53
0$#4$./% C>FC 62.15% R$ 4,408 R$ 0.29327 55.25% 208.48
0^/ !$1#/ C>FE 67.72% R$ 7,815 R$ 0.23844 60.46% 216.56
O/%)$#(f$ C>@C 51.43% R$ 5,421 R$ 0.30821 42.91% 171.17
K"/ .( V$+("%/ ?>EB 64.93% R$ 9,937 R$ 0.32874 64.46% 112.40
O/+)( ,"-%/.$./3 .$
!QL' Z89T5[ O8!5 L+((#
,"-%/.$./3 .$!QL' Z89T5[
'(+$)%$+Z7Q0(X[ :'(+$)%$+
L+/ FA@E FA@E FA@? FA@F FA@E
28
avaliadas em cinco indicadores: mobili- do pas mas apresenta grandes desafios uma das melhores malhas rodovirias do
-
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avaliadas em cinco indicadores: mobili
dade urbana, acesso internet, segu-
rana e densidade das estradas.
Para entender o valor do equilbrio
importante observar o Rio de Janeiro.A capital fluminense ocupa o quinto lugar
no ndice de infraestrutura, principalmente
por ser um dos centros mais conectados
Quanto melhores forem as condies logsticas e a qualidade de
vida de uma cidade, melhor para os negcios e para a populao.
Transporte Interurbano
7".$.(ndice Transporte
Interurbano
'(+3".$.( ./)%$+3W/%)( %/a./4";%"/ Zc[
Qn .( 4//3 ."%(a)/3 W/% $+/
'"3)d+-"$ $/ W/%a)/ *$"3 W%Yb"*/Z(* k*[
K"/ .( V$+("%/ D>A@ 0.158 270,573 0
0^/ !$1#/ =>hE 0.118 493,739 72.6
71%")"2$ B>E? 0.097 82,455 78
K(-"g( B>@? 0.069 81,824 0
9%$3e#"$ B>A? 0.143 179,656 1076
I")Y%"$ C>hC 0.075 58,504 0
!/%)/ L#(X%( C>hE 0.039 94,409 0
0$#4$./% C>D= 0.024 107,977 0
O/%)$#(f$ C>D? 0.055 66,814 0
9(#/ R/%"f/+)( C>=h0.039 174,744 437
O#/%"$+YW/#"3 C>=B 0.073 54,216 83.3
9(#\* C>@E 0.004 54,008 0
,$+$13 C>@@ 0.001 55,141 0
T/"d+"$ ?>@C 0.033 61,847 997
O/+)( 'Q8< : 89T5 8+g%$(%/ ( -/+-(3a3"/+;%"$3 K(-(")$ O(.(%$# (T//X#(L+/ FA@F FA@E FA@E
do pas, mas apresenta grandes desafios
no que diz respeito s condies inter-
nas. Os empreendedores cariocas podem
aproveitar o fato de ter sua disposio
dois dos maiores aeroportos do pas (que
representam 10% de todos os passageirosdas 14 capitais), um grande porto na prpria
capital e alguns outros nas cidades prxi-
mas, que por sua vez esto conectados por
uma das melhores malhas rodovirias do
Brasil, em valores proporcionais. Por outro
lado, apesar de ocupar a primeira posio
em transporte interurbano, a capital flumi-
nense est na ltima posio no que diz
respeito s condies internas. Apresentaa pior mobilidade urbana, o m2mais caro
do pas e taxas ruins de segurana, custo
da energia eltrica e acesso internet.
*Dados estaduais.
29
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MERCADO
=>CC
=>FC
=>A?
B>@A
B>A?
C>hh
C>DE
C>EC
C>EF
C>E@
C>@=
?>h@
?>CE
=>BASO PAULO
9KL0MG8L
K8P '5 VLQ58KP
,LQLN0
I8
-
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31/108
Imagine uma cidade com os me-
lhores empreendedores e a melhor
mo de obra disposio, produ-
zindo os produtos ou servios mais
inovadores, e ainda pagando os me-nores impostos da maneira mais f-
cil possvel. Se esse empreendedor
no tiver para quem vender, tudo
isso adianta pouco. Mesmo consi-
derando a tendncia das empresas
de avaliar o mercado de forma glo-
bal e, assim, expandir sua rede de
vendas, isso ainda no verdadepara a maioria das empresas brasi-
leiras dado que apenas 22 mil so
consideradas exportadoras4, menos
de 1% do total. Tambm em funo
das diferenas na infraestrutura
das regies brasileiras, empreen-
dedores que atuam em mercadoscom maior poder de compra tm
vantagens na hora de expandir seus
negcios, sem se preocupar com as
questes logsticas inerentes a eles.
Por isso, este determinante se dis-
pe a analisar justamente essa di-
menso: o mercado local. Para isso,o primeiro conjunto de indicadores
considera o PIB total das capitais
para dimensionar o tamanho do
mercado e tambm o crescimento
econmico, que impacta as empre-
sas locais e aponta o horizonte do
desenvolvimento da cidade. J osegundo grupo reflete os clientes
potenciais das empresas: o consu-
midor final (B2C) atravs da renda
per capita , as empresas (B2B) me-
dindo a produo do setor de servi-
os e o gasto pblico direcionado
aos investimentos e compras dos
Governos municipais e estaduais(B2Gov) afinal, o Governo tambm
pode ser um grande consumidor.
,5K7L'P
DesenvolvimentoEconmico
Clientes Potenciais
7%(3-"*(+)/%($# ./ !89
!89 )/)$# T$3)/ Wo2#"-/
W/% (*W%(3$K(+.$ W(%-$W)$
I$#/% $."a-"/+$./ ./33(%4"]/3
31
4Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC)
Clientes Potenciais
-
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GRANDES CIDADES,
GRANDES OPORTUNIDADES.
A cidade de So Paulo tem o 10 maior PIB do mundo ,
quase meio trilho de reais, e representa sozinha mais de
um dcimo de toda a produo do Brasil. O que j seria
quase suficiente para garantir capital paulista o primeiro
lugar no ndice de mercado. Logo atrs esto Braslia, com
o terceiro maior PIB do pas e um crescimento mdio re-
cente de cerca de 4,0%, alm de uma alta renda per capita,
e o Rio de Janeiro, com o 2 maior PIB, grandes empresas
e um governo com altos investimentos.
Manaus lidera os ndices de clientes potenciais por conta
da Zona Franca, fato que garante cidade muitas grandes
empresas e potenciais clientes no mercado B2B, alm de
ter o governo local que mais investe proporcionalmente.
Por outro lado, Recife se destaca principalmente pelo
crescimento acelerado do PIB, que superou 6% de cres-
cimento mdio real entre 2009 e 2011.
No outro extremo aparecem cidades menores e que
7".$.(ndice Clientes
Potenciais K(+.$ W(% -$W")$
I$#/% $."-"/+$./*\."/ ./3 3(%4"]/3
7/*W%$3 Wo2#"-$3)/)$"3 ZW/%
(*W%(3$[
,$+$13 =>CD R$ 870.39 R$ 1,156,736.64 R$ 263,943.25
I")Y%"$ =>C? R$ 1,959.55 R$ 1,227,039.87 R$ 122,463.76
K"/ .( V$+("%/ =>@A R$ 1,459.71 R$ 1,219,010.98 R$ 146,973.13
9%$3e#"$ B>DE R$ 1,781.11 R$ 1,172,565.39 R$ 95,702.43
0^/ !$1#/ B>=C R$ 1,488.53 R$ 1,260,454.27 R$ 104,871.51
!/%)/ L#(X%( B>@@ R$ 1,941.71 R$ 798,437.61 R$ 70,372.15
71%")"2$ B>AB R$ 1,725.30 R$ 747,068.79 R$ 74,170.41
O#/%"$+YW/#"3 C>CA R$ 1,719.37 R$ 591,265.07 R$ 42,958.81
9(#\* C>?B R$ 747.15 R$ 955,610.13 R$ 108,641.23
9(#/ R/%"f/+)( C>ED R$ 1,640.43 R$ 579,870.34 R$ 71,863.29
K(-"g( C>A= R$ 846.04 R$ 706,259.74 R$ 122,387.17
0$#4$./% C>A= R$ 1,142.67 R$ 678,399.57 R$ 88,279.30
T/"d+"$ ?>=D R$ 1,334.93 R$ 502,490.73 R$ 54,559.16
O/%)$#(f$ ?>== R$ 813.62 R$ 658,031.15 R$ 91,458.94
O/+)( ,"-%/.$./3 .$ !QL'
Z89T5[ 89T5 O8Q9KL Z0
-
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33/108
to recente, como Belm e Salvador.
Essas cidades apresentam ainda bai-
xo potencial de consumo, especial-
mente naquele direcionado ao consu-
midor final (B2C). Seu maior desafio aumentar a renda local para acom-
panhar o alto crescimento de outras
Empreendedores precisam de clientespara vender, seja a populao, outras em-
presas ou o governo.
Desenvolvimento Econmico
7".$.(
ndice Desen-volvimento
Econmico
!89 E= R$ 164,482,129.00 4.08%
K(-"g( =>AA R$ 33,149,385.00 6.04%
O/%)$#(f$ =>AA R$ 42,010,111.00 5.62%
K"/ .( V$+("%/ B>B= R$ 209,366,429.00 2.06%
T/"d+"$ B>FC R$ 27,668,222.00 4.66%
71%")"2$ C>h? R$ 58,082,416.00 2.66%
,$+$13 C>Dh R$ 51,025,146.00 2.78%
O#/%"$+YW/#"3 C>C? R$ 11,429,916.00 4.61%
9(#/ R/%"f/+)( C>?C R$ 54,996,326.00 1.65%
0$#4$./% C>ED R$ 38,819,520.00 2.12%
!/%)/ L#(X%( ?>hB R$ 45,506,017.00 0.88%
I")Y%"$ ?>BA R$ 28,357,258.00 0.90%
9(#\* ?>?CR$ 19,666,725.00 1.21%
O/+)( 89T5 89T5
L+/ FA@@ FAAhaFA@@
Manaus e Recife.
J Porto Alegre, na 9 posio, apa-
rece com possibilidades de melhorar
suas condies de mercado j nocurto prazo. Isso porque a capital
gacha tem uma renda per capita
PIB alto, mas, por outro lado, cresceu
pouco nos ltimos anos e o governo
fez baixos investimentos em relao
ao tamanho do mercado. Se alterar
esses fatores a tendncia que PortoAlegre melhore muito sua posio no
pilar de mercado.
33
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ACESSO A CAPITAL
B>DE
B>Bh
B>C=
B>C@
C>h?
C>hF
C>=C
C>B=
C>CA
C>EA
C>FA
C>@B
?>?A
D>C?SO PAULO
95GP RPK8SPQ
-
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Quando um empreendedor decide
abrir ou expandir uma empresa,
uma das primeiras perguntas que
ele se faz vai dar dinheiro?
Dinheiro preciso para pagar osfuncionrios e os impostos, com-
prar matria-prima, aumentar uma
fbrica, investir em marketing,
entre vrias outras coisas. Mas
quando a empresa est comeando
ou crescendo de forma acelerada, o
empreendedor nem sempre tem o
capital necessrio para investir embusca do retorno futuro. Por isso, a
cidade que oferece melhores con-
dies de acesso ao capital muito
melhor para os empreendedores.
E quais so as formas de um empre-
endedor obter financiamento? Em
primeiro lugar, h os emprstimos e
o crdito via contrao de dvidas por
parte do empreendedor,hoje a manei-ra mais comum no Brasil: um banco,
seja privado ou pblico ou at de fo-
mento, empresta dinheiro empresa
mediante o pagamento de juros. A
outra opo vender para um fundo
de investimentos ou uma pessoa qual-
quer uma parte (aes) da sua empre-
sa em troca de recursos, que ento setorna scio da empresa.
Em funo da dificuldade de esti-
mar o capital disponvel, o nvel de
desenvolvimento do setor foi avalia-
do utilizando os dados de operaes
realizadas em dois grandes tipos de
investimentos: o capital disponvel
via dvida, feita atravs do total mo-vimentado por operaes de crdi-
to, e o chamado capital de risco, de
Venture Capitale Private Equitye de
pessoas fsicas ou jurdicas, sendo
estes ltimos medidos atravs da
poupana mdia local e dos depsi-
tos de longo prazo. importante dizer
tambm que no foram consideradosos investimentos especficos para
Pesquisa e Desenvolvimento, uma
vez que estes j foram consideradas
na anlise do pilar de Inovao.
L7500P L 7L!8
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A CAPITAL FINANCEIRA DO PAS
A imponente Avenida Faria Lima reflete a predisposiode So Paulo para atrair investimentos: entre 2009
e 2014, mais de 60% de todos os investimentos de
Venture Capital e Private Equityque ocorreram no pas
se concentraram na regio. Outros 15% foram para o
Rio de Janeiro, que aparece em segundo lugar no aspec-
to Capital de Risco. Apesar de serem cidades com muitas
empresas e centros de negcios do pas, os investimen-
tos realizados foram proporcionalmente tambm muitosuperiores aos de outras regies. Alm de reunir muito
do capital de risco investido no pas nos ltimos anos, a
capital paulista tambm se destaca pela presena dos ban-cos como financiadores de dvidas para empreendedores.
Em 2013, So Paulo movimentou em operaes de crdito
20 vezes mais que o valor total de seu PIB, ou seja, quase
R$ 10 trilhes 50% a mais do que em todas as outras 13
capitais juntas.
Em seguida, mas bastante atrs de So Paulo, aparecem
capitais com um bom equilbrio entre capital de risco eacesso a dvida, como Belo Horizonte e Curitiba. As duas
movimentaram juntas quase R$ 2 trilhes em operaes
7".$.(ndice Acesso aCapital de Risco
!/%-(+)$X(*%(#$)"4$ .( VentureCapital Zc[
!/%-(+)$X(*%(#$)"4$ .(Private EquityZc[
7$W")$#!/1W$./ W(%7$W")$
0^/ !$1#/ D>EA 187% 164.33% R$ 28,566.20
K"/ .( V$+("%/ =>?D 102% 207.42% R$ 17,971.00
9(#/ R/%"f/+)( B>Bh 112% 69.51% R$ 19,611.71
I")Y%"$ B>BA 58% 37.81% R$ 32,363.37
!/%)/ L#(X%( B>@B 34% 0.00% R$ 32,554.74
71%")"2$ C>h? 36% 46.09% R$ 19,760.61
O#/%"$+YW/#"3 C>hF 58% 15.30% R$ 20,186.20
9%$3e#"$ C>DD 9% 39.89% R$ 24,191.23
O/%)$#(f$ C>BA 42% 48.89% R$ 10,309.48
K(-"g( C>?= 35% 22.34% R$ 12,535.49
T/"d+"$ C>@@ 5% 26.93% R$ 8,987.04
9(#\* C>@A 9% 39.20% R$ 6,230.44
0$#4$./% C>A= 15% 17.35% R$ 7,681.12
,$+$13 ?>BD 0% 0.00% R$ 4,040.22
O/+)( 0W(-)%$ 8+4(3)*(+)3: KL80 Z,
-
5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores
37/108
de crdito, o que cerca de 15 ve-zes os PIBs locais. Alm disso, Minas
se destaca por ter aproximadamente
13% de todos os investimentos de
Venture Capitalno Brasil, a segunda
com mais investimentos desse tipo.
Enquanto o capital de risco ainda se
concentra nos grandes centros algo
esperado, dado que esse tipo de inves-
timento relativamente recente no
Brasil as cidades que obtiveram as
ltimas colocaes neste determinante
poderiam melhorar os nveis de inves-
timentos aumentando o montante de
crdito para as empresas locais. Alm
dos tradicionais bancos mltiplos, as
agncias de fomento e os bancos de
desenvolvimento que no foram con-
siderados por apresentarem montan-
tes pouco representativos para a an-
lise - poderiam ser estratgicos para
ajudar a desenvolver os mercados de
crdito locais. Fortaleza e Belm, que
ocupam a 11 e a 13 posies do pilar de
acesso a capital, por exemplo, no tm
um banco de fomento pblico regional.
Instituies como essas poderiam atu-
ar no espao no ocupado pelos fundos
de investimento, que fizeram s 11 apor-
tes na regio nos ltimos cinco anos, o
equivalente a 2% do total paulista.
Quando a empresa est comeando oucrescendo de forma acelerada, o em-
preendedor nem sempre tem o capitalnecessrio para investir em busca doretorno futuro.
Capital Disponvel via Dvida
7".$.(
ndice CapitalDisponvel via
Dvida
PW(%$]p(3 .(-%\.")/ W/%*1+"-eW"/ Z(*%(#$]^/ $/ !89[
0^/ !$1#/ D>@D 20.51
71%")"2$ =>FD 15.93
!/%)/ L#(X%( B>DC 13.77
9(#/ R/%"f/+)( B>=D 13.43
K(-"g( B>Ah 9.93
T/"d+"$ B>A@ 9.49
9%$3e#"$ C>hh 9.39
O#/%"$+YW/#"3 C>hD 9.34
0$#4$./% C>CF 7.03
K"/ .( V$+("%/ C>?F 6.53
9(#\* C>?F6.51
O/%)$#(f$ C>@= 5.24
I")Y%"$ ?>DF 3.48
,$+$13 ?>CA 1.84
O/+)( 9$+-/ 7(+)%$# : KL80
Z,
-
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38/108
INOVAO
=>CC
B>hA
B>=F
B>EF
B>AE
C>D=
C>=D
C>=D
C>=A
C>@=
?>hB
?>h@
?>?F
=>DDSO PAULO
OGPK8LQJ!PG80
95GH,
95GP RPK8SPQ
-
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Da luz eltrica ao post-it, dos
smartphones aos sofisticados apa-
relhos mdicos, a inovao est
constantemente transformando a
forma como trabalhamos, nos co-municamos e vivemos. Por trs das
invenes esto lderes e empresas
que trabalham para que essas boas
ideias cheguem a todos, e que tam-
bm dependem delas, cada vez
mais, para se manterem competi-
tivas no mercado.
Com esse desafio, muitas empre-
sas tm investido dinheiro em
ambientes internos que estimulem
a criatividade, que sejam descon-
trados e encorajem a convivncia
e a troca de ideias entre as pes-
soas. Mas inovar no dependeapenas do empreendedor e da sua
equipe, uma vez que um fenme-
no que acontece em rede e, como
tal, tem uma grande influncia do
seu entorno. Por isso, os empreen-
dedores precisam de um ambiente
que favorea a criao e a multi-
plicao das novas ideias: pesqui-sadores e engenheiros altamente
capacitados, que interajam com as
universidades locais, uma boa infra-
estrutura de laboratrios e centros
de pesquisa, alm de dinheiro para
tirar as ideias do papel.
Com esse contexto em mente, fo-
ram analisadas diversas fontes de
dados disponveis e o resultado fi-
nal so sete indicadores, divididos
em dois grandes grupos: capaci-
dade de investimentos, pblicos e
privados, em cincia e tecnologia
(C&T) e potencial de gerao de
ideias, especialmente o produzido
no ecossistema universitrio.
8QPILsUP
Intensidadede Investimentos
Potencial de Gerao deIdeias
T$3)/3Wo2#"-/3(* 7tBB 279 2.77% 2.01% 7.25%
I")Y%"$ B>EE 136 1.70% 2.07% 7.13%
9(#/ R/%"f/+)( B>Fh 969 2.52% 1.85% 5.51%
9%$3e#"$ B>FC 195 6.12% 1.97% 6.04%
K"/ .( V$+("%/ B>FE 765 4.69% 1.60% 5.66%
71%")"2$ C>DB 779 2.31% 1.87% 4.63%
!/%)/ L#(X%( C>DF 914 3.51% 1.30% 5.20%
K(-"g( C>AA 148 2.37% 1.57% 4.54%
T/"d+"$ ?>=@ 169 2.02% 1.30% 4.21%
,$+$13 ?>BE 78 5.05% 1.00% 4.74%
O/%)$#(f$ ?>CA 142 8.05% 1.04% 3.32%
O/+)( 8Q!8'$./3 %(X"/+$"3.$ !8Q
-
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41/108
Cerca de 1 em cada 28 mestres e dou-
tores nas reas de tecnologia da cidade
trabalham nas empresas locais, mais do
que o dobro da mdia das outras capi-tais. Alm disso, a capital catarinense
est acima da mdia em todos os outros
indicadores, com destaque tambm para
a proporo de profissionais de cincia e
tecnologia, que representam quase 7%
de todo o contingente de trabalhadores.
Empreendedoresprecisam de umambiente que fa-vorea a criaoe a multiplicao
das novas ideias.
Intensidade de Investimentos
7".$.(
ndiceIntensidade
deInvestimentos
T$3)/3Wo2#"-/3 (*7t< Zc[
!%/W/%]^/ .("+4(3)"*(+)/3W%"4$./3 Z(*%(#$]^/ j3%(-(")$3[Zc[
0^/ !$1#/ D>FB 4.51% 2.63%
9(#/ R/%"f/+)( B>h? 1.12% 3.57%
9(#\* B>=@ 1.33% 3.20%
O#/%"$+YW/#"3 B>Bh 2.39% 2.47%
71%")"2$ B>Bh 2.73% 2.24%
O/%)$#(f$ B>AD 1.61% 2.38%
!/%)/ L#(X%( C>hB 0.92% 2.72%
9%$3e#"$ C>DA 0.97% 2.53%(**)
,$+$13 C>BA 1.00% 2.30%
T/"d+"$ C>?? 0.87% 2.22%
K"/ .( V$+("%/ C>?A 1.33% 1.89%
I")Y%"$ C>@C 1.06% 1.82%
0$#4$./% ?>h= 1.92% 1.06%
K(-"g( ?>EA 0.77% 1.15%
O/+)( ,7Eh 74.98% 4.4 60.19% 3.8 8.06%
0^/ !$1#/ B>EF 75.52% 4.2 59.16% 4.1 5.86%
!/%)/ L#(X%( B>@D 75.93% 3.5 62.95% 3.9 8.44%
9%$3e#"$ B>@B 76.10% 3.9 63.76% 4.0 3.51%
,$+$13 C>?75.66% 3.7 60.49% 3.2 4.16%
K(-"g( C>E 68.56% 3.5 54.51% 3.8 7.76%
O/%)$#(f$ ?>h@ 69.19% 3.8 52.29% 3.6 2.71%
0$#4$./% ?>?? 72.65% 2.9 58.64% 3.0 1.94%
9(#\* ?>ED 73.05% 3.1 54.69% 2.9 2.62%
O/+)( ,"-%/.$./3.$ !QL'Z89T5[
8'59 Z,57[ ,"-%/.$./3.$ !QL'Z89T5[
8'59 Z,57[ 7(+3/ (3-/#$%Z,57[ : 89T5
L+/ FA@E FA@E FA@E FA@E FA@F
*Dados estaduais.45
-
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46/108
CULTURA
=>@h
=>@D
B>?A
B>@C
B>AB
B>AA
C>DB
C>BD
C>CB
C>@@
C>AC
C>A@
?>CC
D>F@MANAUS
95GH,
TP8iQ8L
I8
-
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47/108
Uma das caractersticas dos em-
preendedores a postura frente
aos riscos, a atitude de desafiar
seus medos e a disposio para
bancar o sonho de construir uma
grande empresa. Mas isso no
simples. Incentivar o empreen-
dedor frente aos desafios requer
apoio externo da famlia, dos ami-
gos, da mdia e da sociedade, to-
dos importantes nos momentos
difceis e quando o potencial do
negcio est em xeque.
Por isso a cultura empreendedora
ou seja, os comportamentos e
as atitudes das pessoas e da so-
ciedade sobre a forma como enca-
ram o empreendedorismo um
dos sete determinantes analisados
neste estudo. Para obter o grau de
desenvolvimento local dessa cultura,
a Endeavor entrevistou, em par-
ceria com o Grupo Troiano, 3.917
pessoas, com abertura estatstica
para cada uma das 14 capitais anali-
sadas e cuja metodologia completa
apresentada no final deste relatrio.
O ndice de Cultura Empreendedora
das capitais brasileiras medido pelo
potencial empreendedor dos cidados
e a imagem do empreendedorismo na
cidade. O primeiro obtido com base em
uma anlise do perfil da populao e sua
proporo para o empreendedorismo. J
a imagem do empreendedorismo avalia
o quanto a sociedade favorvel e reco-
nhece seus empreendedores e leva em
conta a mdia e a opinio de familiares.
7NG
-
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A BASE PARA COMEAR
Em geral, as capitais das regies Norte e Nordeste
apresentam as condies menos favorveis ao em-
preendedorismo. Elas detm as ltimas posies
em grande parte dos ndices especficos. Mas, se
existem desafios em outras reas, a base para co-
mear um trabalho de fomento ao empreendedoris-
mo muito boa: a cultura empreendedora da regio
atinge os maiores nveis do pas. No s as capitais
tm as maiores propores de perfis mais empre-
endedores, como a percepo da populao frente
ao empreendedorismo mais positiva que a mdia.
Especialmente dois fatores chamam a ateno.
Primeiro, a populao dessas regies, principalmente
em Belm, a que mais credita o desenvolvimen-
to do pas aos empreendedores, prximo a 70%. Os
meios de comunicao parecem ter um papel impor-
tante nesse cenrio, em que cerca de 60% da popu-
lao relata ver matrias e entrevistas na mdia em
geral um exemplo de como isso ocorre apresen-
tado na nossa anlise sobre Manaus, na pgina 68.
No extremo oposto, habitantes das capitais onde o
PROPENSO A EMPREENDER DOS 6 DIFERENTES PERFIS
SEGMENTAO EM 6 PERFIS
34% 31% 27%34% 29% 18%
NATO
NATO
HERDEIRO
HERDEIRO
IDEALISTA
IDEALISTA
SITUACIONISTA
SITUACIONISTA
MEUJEITO
MEUJEITO
BUSCADO MILHO
BUSCADO MILHO
X
48
setor pblico especialmente presente, como Braslia,
ou aquelas com concentrao de grandes empresas,
como So Paulo e Rio de Janeiro, tendem a enxergar
d d l t
Em alguns casos, como Braslia, 15% consideram que
empreendedores so pessoas que exploram seus fun-
cionrios. Nesse sentido, campanhas na mdia (que
t b t b i ) li d
-
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Parte da cultura empreendedora so oscomportamentos e as atitudes das pes-soas e da sociedade sobre a forma como
encaram o empreendedorismo.
Potencial Empreendedor
!(%g"3 W/%-$W")$#
ndicePotencial
Empreende-dor
QL
-
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Imagem do Empreendedorismo
w1(3)p(3!(3`1"3$.$3
ndiceImagem
do Empre-
endedoris-mo
Q$ 31$ 4"3^/x `1$# $ *(#m/% .(g"+"]^/ .( (*W%((+.(./%y
51 $-%(.")/ `1((*W%((+.(./a%(3 3^/ W(33/$3`1( (bW#/%$*
3(13 g1+-"/+;a%"/3
!$%$ 3(% (*W%(a(+.(./%x +^/W%(-"3$ )(% 1*+(XY-"/ W%YW%"/x2$3)$ W(+3$% ($X"% .( g/%*$"+/4$./%$
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5*W%((+.(./% \
`1(* )%$+3g/%*$1*$ ".("$ (*+(XY-"/ ( X(%$(*W%(X/ W$%$ $W/W1#$]^/
,$+$13 =>D 38.2% 7.9% 53.9% 9.9%
9(#\* =>FB 32.7% 9.9% 57.4% 7.9%
T/"d+"$ B>=E 38.5% 6.0% 55.5% 12.0%
I")Y%"$ B>=E 39.2% 9.8% 51.0% 9.2%
O#/%"$+YW/#"3 B>@h 40.8% 10.0% 49.3% 9.5%
O/%)$#(f$ B>@h 41.5% 7.3% 51.2% 14.0%
K(-"g( B>@h36.0% 9.0% 55.0% 9.7%
0$#4$./% B>@h 33.3% 8.7% 58.0% 14.7%
9(#/ R/%"f/+)( C>BB 43.3% 9.8% 47.0% 9.3%
71%")"2$ C>BB 42.2% 9.0% 48.8% 7.6%
!/%)/ L#(X%( C>BB 48.6% 8.2% 43.1% 12.2%
0^/ !$1#/ C>@F 38.8% 8.2% 53.0% 10.0%
K"/ .( V$+("%/ ?>CD 34.5% 10.4% 55.1% 10.7%
9%$3e#"$ ?>AC 35.1% 9.9% 55.0% 15.6%
50
-
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51 $-%(a.")/ `1( (*aW%((+.(%x+$ *"+m$
-".$.(x \2$3)$+)(-/*W#"-$./
51 $-%(.")/ `1(3( $#X1\* *1")/W%Yb"*/ $ *"*a W$"3x "%*^/3x(3W/3/ Z$[ a `1"a3(33( (*W%((+a
.(%x (1 $-m$%"$
."ge-"# $W/"$%xW(#$ "+3(X1%$+a]$ g"+$+-("%$
51 )(+m/ 4"3)/*1")$3 *$)\%"$33/2%( (*W%(a
(+.(./%(3 +$*e."$ (* X(%$#
w1(* *$"3 -/+)%"21" W$%$ / .(3(+4/#4"*(+a)/ ./ 9%$3"#
51 $-%(.")/`1( / .(3(+a4/#4"*(+)/./ 9%$3"# .(aW(+.( *1")/
.$ "+"-"$)"4$
.( (*W%((+a
.(./%(3
Q/4/3(*W%(a(+.(./a%(3
T/4(%+/
5*aW%(3$3"+)(%+$a-"/+$"3"+3)$#$a.$3 +/9%$3"#
T%$+.(3(*aW%(3$32%$3"#("a%$3
27.0% 25.7% 67.8% 69.3% 5.0% 10.9% 14.9% 55.9%
34.7% 24.8% 58.4% 53.8% 4.3% 18.8% 23.3% 63.4%
32.5% 20.0% 68.5% 53.0% 8.3% 11.3% 27.5% 58.5%
34.0% 26.8% 69.9% 53.8% 3.0% 18.3% 24.9% 52.9%
25.9% 21.4% 50.2% 54.2% 6.5% 14.4% 24.9% 58.7%
29.6% 25.6% 55.8% 56.1% 8.3% 15.0% 20.6% 54.8%
31.3% 26.7% 56.7% 55.0% 8.5% 14.0% 22.5% 56.3%
41.3% 26.0% 59.7% 57.9% 1.3% 15.8% 25.0% 54.0%
27.3% 24.0% 55.8% 57.6% 4.2% 11.5% 26.7% 51.8%
26.6% 24.3% 51.2% 57.3% 6.0% 12.7% 24.0% 50.5%
28.9% 25.9% 54.1% 48.6% 5.7% 20.6% 25.1% 55.6%
37.6% 26.6% 56.5% 54.0% 5.0% 14.3% 26.7% 51.0%
36.0% 25.8% 52.6% 51.2% 2.0% 23.6% 23.1% 57.8%
33.1% 28.5% 53.6% 57.5% 7.2% 12.4% 22.9% 53.6%
51
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PERFIL DAS CIDADES
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FLORIANPOLIS
O POTENCIAL DE FLORIANPOLIS
Entre os sete pilares que compem o
ndice de Cidades Empreendedoras
2014, a capital catarinense est
entre as duas melhores cidades em
trs casos: infraestrutura, inova-
o e capital humano. Esses ndices,
somados aos resultados equilibrados
em outros pilares, garantem a ela o
primeiro lugar no ndice final.
Florianpolis lder em capital huma-
no por reunir amplo acesso e qualida-
de em suas escolas e universidades.
A cidade pode ser considerada um
polo com mo de obra capacitada,
com mais de 30% da populaocom diploma de graduao. No s
a educao acessvel, mas os cursos
tambm so de qualidade, com quase
60% dos universitrios estudam em
instituies com notas mximas (4
e 5) no ENADE trs vezes acima da
mdia das outras 13 capitais.
As consequncias de existirem boas
universidades, que esto conectadass empresas, tm efeito na rea de
inovao: a cidade tem a maior pro-
poro de pesquisadores trabalhan-
do em empresas 1 para cada 28
empresas, duas vezes a mdia das
14 capitais e que, por sua vez, apre-
sentam bom relacionamento com as
instituies de ensino locais 8,07%das empresas inovadoras dizem se
relacionarcom elas. Outro benefcio
para os empreendedores so os sa-
lrios. Mesmo com uma grande pro-
poro de mo de obra qualificada
e uma alta renda per capita, a remu-
nerao est abaixo da mdia das
cidades analisadas: dirigentes em
Florianpolis tm um salrio mdio
aproximadamente igual a 45% dos
praticados em So Paulo.
Por fim, Florianpolis tambm apre-
senta uma infraestrutura equilibrada,
com fcil mobilidade, boa segurana
e custos de imveis e energia eltrica
abaixo da mdia. tambm a capital
analisada com a populao mais li-gada internet, com quase 80% das
pessoas conectadas.
54
O EXEMPLOQUE VEM DE L
I$#/% !/3"]^/
AmbienteRegulatrio
6,48 Bn
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OS DESAFIOS DA CAPITALOs empreendedores de l, se qui-
serem criar grandes negcios, pro-
vavelmente tero de expandir suas
empresas para alm dos limites da
capital. O potencial de consumo em
Florianpolis alto, mas o mercado
restrito, com o menor PIB das 14capitais analisadas. Outro desafio
de desenvolver grandes empresas
na cidade est ligado necessidade
de buscar investimentos ao longo do
tempo. Florianpolis est abaixo da
mdia em relao movimentao
de crdito a partir de investimentos
dos bancos mltiplos. Alm disso, foi
realizado apenas um nico grandeinvestimento de Private Equitynos
ltimos cinco anos, o que seria mais
um indcio da necessidade das empre-
sas em expandir nacionalmente.
Soma-se a esses desafios um ambien-
te regulatrio em certos casos moro-
so, especialmente no que diz respeito a
abrir empresas: so quase trs meses,em mdia, para regularizar todos os
procedimentos necessrios.
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g(33/% 7$%#/3 L#2(%)/ 0-m+(".(% g1+./1 $ O1+.$]^/
75K '( #; W%$ -;x $ 75K
-
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56/108
O POTENCIAL PAULISTANO
O que no falta em So Paulo dinhei-
ro. A cidade o centro do investimentonacional, concentrando mais de 60%
de todas as operaes de Venture
Capitale Private Equity observadas
nas 14 capitais. Tambm responsvel
por movimentar quase R$ 10 trilhes
em operaes de crdito, o que repre-
senta 20 vezes o PIB paulistano ou 50%
a mais do que o total movimentado em
todas as outras 13 capitais analisadas.Alm disso, o Governo do Estado in-
veste quase 4,5% do seu oramento
no fomento inovao, o maior mon-
tante proporcional e absoluto.
So Paulo tambm o maior centro eco-
nmico do Brasil, com o 10 maior PIB
do mundo5e o 3 maior do pas (atrs,
naturalmente, do PIB do estado e donacional). Tem ainda a facilidade em se
conectar com qualquer lugar do Brasil e
do Mundo: possui os maiores aeroportos
do pas; a 3 melhor malha rodoviria en-
tre as capitais analisadas e est a menos
de 80 quilmetros do porto de Santos, o
maior da Amrica Latina.
OS DESAFIOS DA CAPITAL
Se, por um lado, a capital paulista tem
algumas universidades entre as melho-
res do pas, em termos proporcionais
ainda h o desafio de difundir o acesso
educao para uma fatia maior da
SO PAULO
populao hoje, s 24% dos pau-
listanos tm ensino superior. ndices
que parecem baixos, se comparados
aos dos lderes, Vitria e Florianpolis,
com mais de 32%. Ao mesmo tempo,
a presena de grandes empresas e
multinacionais instaladas na cidade
aumenta a demanda por profissio-
nais qualificados. Consequentemente,
o empreendedor local tem muita
56
5Fonte: PwC (2008), disponvel em http://pwc.blogs.com/files/global-city-gdp-rankings-2008-2025.pdf
I$#/% !/3"]^/
AmbienteRegulatrio
4,87 @En
L*2"(+)( K(X1#$)Y%"/
71#)1%$ 8+g%$(3)%1)1%$8
-
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57/108
Q/ "+e-"/ .( FA@Ex g/" -%"$.$ $ 0! Q(XY-"/3x (*W%(3$ .( (-/a
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2$+-/3 .( .$./3 ./3 Y%X^/3 (+4/#4"./3 +(33(3 W%/-(33/3>
concorrncia na hora de contratar
mo de obra qualificada, o que au-menta os salrios gerais e dificulta
o acesso de empreendedores a essa
mo de obra.
Embora hoje seja mais fcil abrir
uma empresa em So Paulo do que
h alguns anos (atualmente so ne-
cessrios, em mdia, 36 dias), ain-da so muitos os desafios em seu
ambiente regulatrio. Por exemplo,
so quase quatro meses para aprovar
um projeto arquitetnico na cidade,
taxa inferior somente a Porto Alegre(180 dias). Alm disso, os impostos
efetivos tambm so expressivos:
a cidade tem o quarto IPTU mais
alto entre as analisadas atrs de
Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro e
um imposto efetivo mdio de 7,3%
acima da taxa de 5,2% pr-determi-
nada. Isto acontece, principalmente,porque o Estado de So Paulo adota
a substituio tributria em diver-
sos setores do comrcio, como de
farmcias, com um imposto mdio de
21,58%, prejudicando o imposto efeti-vo de empresas optantes pelo regime
tributrio do Simples Nacional.
Infraestrutura 7,11 ?n
Mercado 7,59 @n
Acesso acapital
8,53 @n
Inovao 7,87 @n
CapitalHumano
6,06 =n
Cultura 5,04 @Fn
71#)1%$
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57
5
4
6
7
Mais de 60% de to-das as operaesde Venture Capital
e Private Equity doBrasil aconteceramem So Paulo.
-
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58/108
O POTENCIAL DE VITRIAVitria, junto com Florianpolis e Curitiba,
anica cidade em que mais de 80%
da populao tm ao menos ensino
fundamental, 16% dos jovens esto ins-
critos no ensino profissionalizante mais
de 3 vezes a mdia das demais capitais
e 34% dos adultos possuem diplomade graduao entre os universitrios,
inclusive, um tero deles estuda em ins-
tituies com notas 4 e 5 no ENADE, as
maiores possveis.
A capital capixaba tira proveito
de seu tamanho e tambm ofere-
ce boas condies urbanas: tem asegunda melhor mobilidade urbana
entre as 14 capitais analisadas, 74%
da populao est conectada inter-
net (a mdia 64%), uma baixa taxa
de roubos e o custo de imveis est
abaixo da mdia.
J o mercado local parece dinmi-
co, apesar de ser menor que o dosgrandes centros. Conta inclusive
com altos investimentos feitos pelos
Governos municipais e estaduais, que
impactam no potencial de consumo
(B2Gov) da cidade. No mesmo senti-
do, os outros clientes dos empreen-
dedores locais a populao (B2C)
e as empresas (B2B) tambm pos-suem alto poder de compra, com uma
das mais altas rendas per capita e a
presena de grandes empresas locais.
Apesar de no ser to rpido abrir uma
empresa na cidade, outros processos,
em geral, so realizados com com certa
eficincia, especialmente a obteno de
energia eltrica, feita em uma semana.Tampouco os impostos cobrados so
altos, fato demonstrado pelo ITPU (que
no ultrapassa 0,4% do valor venal de um
edifcio) e o imposto efetivo sobre empre-
sas. Neste ltimo caso, entre as causas est
o fato de o Estado do Esprito Santo no
adotar o sublimite na aplicao do Simples
Nacional, ainda que pudesse, legalmente, li-mitar o teto do Simples para empresas com
receitas de at R$ 1,8 milho.
VITRIA
58
P .(3$g"/ .$ "+/4$]^/ (* I")Y%"$ (3); W%"+-"W$#*(+)(
O EXEMPLOQUE VEM DE L Para melhorar seu nvel de inovao a cidade deve investir
mais e tambm estreitar o relacionamento entre empresas e
universidades. Apesar de ser referncia em educao, Vitria
-
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59/108
OS DESAFIOS DA CAPITAL
A capital capixaba, como j foi dito, pequena e seu
mercado local tambm, apesar de ter o maior PIB per
capita das capitais anali sadas. E ainda preocupa o fato
de a cidade praticamente no ter crescido nos ltimos
anos: entre 2009 e 2011, o crescimento mdio real foiigual a 0,9% ao ano, o segundo pior ndice.
Esses fatores macroeconmicos impactam em outro de-
safio da cidade: os baixos nveis de financiamento. Tanto
os investimentos via dvida como os feitos especifica-
mente em inovao poderiam aumentar: o Governo do
Estado aplica aproximadamente 1% do seu ora-
mento em Cincia & Tecnologiae as empresas locaiss investem em inovao, em mdia, mais do que as de
Recife e Salvador.
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Ambiente
Regulatrio 7,00 En
Infraestrutura 7,15 En
Mercado 6,10 Cn
Acesso acapital
5,67 hn
Inovao 5,70 @An
CapitalHumano
7,47 Fn
Cultura 6,40 ?n
Vitria tem alguns dos melhoresindicadores de acesso ao ensi-no, um bom sinal da existnciade mo de obra qualificada.
tem o pior indicador sobre a interface universidade-indstria:
apenas 1,7% das empresas que inovam afirmam terfeito isso em parceria com universidades, quatro vezes
menos que a mdia das outras cidades.
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5
4
6
7
8
9
8+g%$(3)%1)1%$
59
-
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60/108
O POTENCIAL CURITIBANO
Curitiba um dos maiores exemplos
de mobilidade urbana do mundo, com
seu sistema integrado de nibus, im-
plantado h quase 40 anos. Mas no
s a rede de transporte pblico
que explica seu destaque no deter-minante de infraestrutura. Na capital
paranaense h um nvel razovel de
segurana, os imveis tm custos
abaixo da mdiae grande parte da
populao conectada internet.
Alm disso, Curitiba tem um aeropor-
to grande, diversas rodovias ligam a
capital com outras cidades do estado tambm conectando o Sul e Sudeste
brasileiro e o Porto de Paranagu,
um dos mais movimentados do pas,
est a menos de 80 quilmetros do
centro curitibano.
As empresas que desejam inovar e
crescer tambm encontram boas pos-sibilidades de investimento. Depois
de So Paulo, o Governo do Paran
o que mais investe em Cincia &
Tecnologiae os bancos de l movimen-
taram quase R$ 1 trilho (o que mais
de 15 vezes o PIB local). H tambm a
Fomento Paran, agncia de desenvol-
vimento local, que financiou quase R$700 milhes diretamente para empre-
endedores da regio em 2013.
CURITIBA
Por fim, em Curitiba no s a burocra-
cia menor que a mdia, mas os impos-
tos tambm. J na largada, o empreen-
dedor leva 15 dias a menos que a mdia
das capitais para abrir uma empresa, e
o curitibano tambm sai na frente nahora de obter energia eltrica. Mas a
maior vantagem para as empresas
paranaenses encontrada na carga
tributria, com uma alquota efetiva
de 4,7%, ainda menor que o estipula-
do pelo Simples (de 5,2%) l, os pe-
quenos empreendedores que faturam
at R$ 540 mil anuais tm iseno deICMS, o mais amplo benefcio de isen-
o oferecido por um estado.
60
OS DESAFIOS DA CAPITAL
Se a populao tem um alto poder de consumo, o que ga-
rante um bom mercado B2C, outras empresas que operem
d l B2G B2B d t difi ld d iL O/*(+)/ !$%$+;x -/* 3(.( (* 71%")"2$x g"+$+a
O EXEMPLOQUE VEM DE L
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5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores
61/108
no modelo B2Gov e B2B podem ter dificuldades: proporcio-
nalmente, os governos municipais e estaduais investiram30% menos que a mdia das 14 capitais e as empresas
locais tambm so 15% menores que a mdia. Esses fato-
res, aliados ao baixo crescimento recente, levam Curitiba a ter
somente o 7 melhor mercado entre as capitais analisadas.
Apesar de oferecer boas opes de investimento para ino-
vao, as empresas podem encontrar desafios na hora de
gerar novas ideias. So relativamente poucos os funcio-nrios ligados rea de inovao nas empresas e poucas
as empresas que procuram instituies de ensino para
inovar(cerca de 1 em cada 40). Embora o acesso educa-
o em Curitiba se encontre em nveis acima da mdia, o
desafio est na qualidade da educao. Especialmente no
ensino superior, em que as boas universidades so propor-
cionalmente poucas: apenas 12% dos universitrios esto
inscritos em cursos notas 4 e 5 no ENADE , enquanto amdia das capitais de 26% e nas capitais lderes esse
ndice ultrapassa 50%. Por fim, o empreendedor tambm
ter que investir mais do que em outras cidades para for-
mar um bom time, j que os salrios, em mdia, s so
inferiores aos do eixo Rio-So Paulo.
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I$#/% !/3"]^/
AmbienteRegulatrio
6,55 Cn
Infraestrutura 7,63 @n
Mercado 5,99
=nAcesso acapital
6,69 En
Inovao 6,32 Cn
CapitalHumano
6,03 hn
Cultura 5,56 @An
Os empreendedores de Curitibapagam os menores impostosdo pas.
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71#)1%$
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L-(33/ $ 7$W")$#
71%")"2$
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R1*$+/
8+g%$(3)%1)1%$
5
4
6
7
8
9
61
-
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O POTENCIAL BRASILIENSEPara o empreendedor local, Braslia re-
presenta o segundo melhor mercado
do pas. Alm de ter o terceiro maior
PIB do Brasil, a populao local tem
alto poder de compra(apesar da alta
desigualdade), com renda per capita
mdia de quase R$ 1.800,00 por ms.As empresas da capital tm ainda alto
poder para compras intermedirias
(B2B), com um valor adicionado 30%
maior que a mdiadas capitais brasi-
leiras. Ou seja, a cidade est isolada
no centro do Brasil, mas tem um gran-
de mercado por l.
Por existir apenas um governo em
Braslia, o Governo Distrital, de certa
forma mais simples gerenciar os pro-
cessos burocrticos da regio. A conse-
quncia que, com exceo do tempo
para obter registros imobilirios, todos
os processos analisados no ambiente
regulatrio so efetuados em prazosinferiores mdiadas capitais.
OS DESAFIOS DA CAPITAL FEDERAL
Em Braslia esto nossos deputa-
dos federais, senadores, ministrose a Presidente, onde vivem e tra-
balham milhares de funcionrios
BRASLIA
pblicos. A cidade criada por Oscar
Niemeyer gira em torno do governo.No surpresa, ento, saber que a
imagem do empreendedorismo no
um grande destaque, um dos mo-
tivos pelo qual a cidade ocupa a l-tima posio em relao Cultura
Empreendedora. Soma-se a isso o
62
O EXEMPLOQUE VEM DE L
I$#/% !/3"]^/
AmbienteRegulatrio
6,56 ?n
Infraestr t ra 6 21 Bn
-
5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores
63/108
tm o desafio de encontrar investi-
dores e meios para financiar suas
ideias. Se comparado ao tamanho
do mercado local, os bancos fizeram
poucos investimentos e emprsti-mos na capital federal: foram cer-
ca de R$ 1,5 trilhes, um montante
inferior a 10 vezes o PIB local pro-
porcionalmente menos que Porto
Alegre, Belo Horizonte e Curitiba,
por exemplo. Nos ltimos cinco anos
tambm foram feitos apenas dois in-vestimentos de capital de risco, me-
nos de 1% do total nacional.
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Alm de ter o terceiro maior PIBdo pas, a populao de Braslia
tem alto poder de consumo
fato de 15% dos brasilienses consi-
derarem que empreendedores so
pessoas que exploram seus funcio-
nrios, enquanto a mdia das capi-
tais estudadas de 10%.
Os empreendedores locais tambm
Infraestrutura 6,21 Bn
Mercado 7,55 Fn
Acesso acapital
5,92 =n
Inovao 6,03 Bn
CapitalHumano
6,26 Bn
Cultura 4,55 @?n
L*2"(+)( K(X1#$)Y%"/
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R1*$+/
8+g%$(3)%1)1%$
5
4
6
7
8
9
63
-
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O POTENCIAL DE BELO HORIZONTE
Depois de So Paulo, o principal
centro financeiro do pas, Belo
Horizonte a capital onde os
empreendedores encontram mais
alternativas de i nvestimentos. Os
bancos locais movimentaram
mais de R$ 700 bilhes em ope-
raes de crdito e outros R$
4 bilhes foram investidos direta-
mente em empreendedores atra-
vs do Banco de Desenvolvimento
de Minas Gerais, o maior desse
tipo no Brasil. As empresas da
regio tambm receberam mais
de 80 investimentos de Venture
Capitale Private Equitynos lti-
mos cinco anos, o que representa
12% do total nacional, somente
atrs de So Paulo e no mes-
mo patamar do Rio de Janeiro.
Provavelmente como resultado
disso, as empresas locais so as
que mais investem em inovao
em termos percentuais um in-
dcio de que a cultura em torno
do chamado San Pedro Valley,
o Vale do Silcio mineiro, favo-
rece de fato a i novao.
O empreendedor tambm encontra
com mais facilidade mo de obra
qualificada na cidade. Alm de sal-
rios bastante abaixo das mdias das
regies Sul e Sudeste, a cidade tem
muitas universidades com qualida-
de e isso permite que cerca de 1 em
cada 3 universitrios esteja ma-
triculado em cursos de alta quali-
dade. Belo Horizonte tem ainda a 3
maior taxa de jovens matriculados
no ensino profissionalizante, o
que garante ao empreendedor mais
chances de formar uma boa equipe.
OS DESAFIOS DA CAPITAL
Belo Horizonte est a mais de 400
quilmetros do porto mais prximoe, apesar de Minas Gerais ter quase
23.000 quilmetros de rodovia, a
BELO HORIZONTE
segunda maior malha rodoviria do
pas em termos absolutos, o tama-nho do estado requer muito mais.
Alm dos gargalos do transporte
interurbano, internamente Belo
Horizonte tambm tem os desafiosdas grandes cidades, como custos
altos de imveis e energia eltrica,
64
P 9$+-/ .( '(3(+4/#4"*(+)/ .( ,"+$3 T(%$"3
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O EXEMPLOQUE VEM DE L
I$#/% !/3"]^/
AmbienteRegulatrio
5,75 Dn
Infraestrutura 5,29 @An
-
5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores
65/108
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Os bancos em Belo Horizontemovimentaram mais de R$ 700bilhes em operaes de crdi-to, um dos maiores montantes,proporcionalmente
e uma mobilidade urbana complexa,
em que quase 55% da populao
demora ao menos 30 minutos no
deslocamento casa-trabalho.
A capital mineira, ainda que possua
o 5 PIB do pas, teve um cresci-mento real modesto entre 2009
e 2011 (ltimos anos com dados
disponveis), igual a 1,65% ao ano,
a menor taxa da regio Sudeste e
quase metade da mdia de 3,08%
das outras 13 capitais analisadas
neste estudo. Isso afeta as condi-
es de mercado, especialmente
para as pequenas empresas, em ge-ral muito atreladas ao crescimento
local, como as do setor de comrcio
e servios. A causa do baixo cres-
cimento do PIB da cidade tambm
p