endeavour brasil municípios empreendedores

108
 2014 BRASIL

Upload: leo-teles

Post on 05-Oct-2015

4 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Endeavour Brasil relatorio sobre municipios empreendedores no Brasil

TRANSCRIPT

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    1/108

    2014

    BRASIL

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    2/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    3/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    4/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    5/108

    POR UMA REVOLUOEMPREENDEDORANAS CIDADESComo toda organizao no governamental, existimos para resolver um problema da sociedade. AEndeavor atua no Brasil desde o ano 2000 com o objetivo de transformar nosso pas em uma das

    principais potncias empreendedoras. Passados quase 15 anos, podemos dizer que j chegamos l

    e atingimos nossa misso?

    Uma perspectiva otimista diria que estamos perto: o interesse do brasileiro por ter seu prprio

    negcio e a quantidade de pessoas efetivamente botando pra fazer tem quebrado recordes anu-

    almente. Entretanto, ao olhar mais de perto a qualidade do empreendedorismo que se pratica no

    pas, percebemos quantas batalhas ainda esto por vir: os brasileiros so pouco inovadores, suasempresas tem baixo potencial de crescimento e poucas so referncias mundiais, e o ambiente de

    negcios bastante hostil aos empreendedores.

    Isso explica em grande medida porque, em um universo de quase 5 milhes de empresas, apenas 35

    mil sejam classificadas como de alto crescimento, sendo responsveis por quase metade da criao

    de empregos da economia brasileira. Mas como fazer para pelo menos triplicar o nmero destes

    empreendedores de alto impacto?

    O comeo da resposta pode estar nas cidades brasileiras. Embora os desafios nacionais sejam enor-mes, a disparidade de realidades regionais e locais no pas to grande que se torna impossvel

    falar de um ambiente de negcios brasileiro nico, dado que os problemas e as virtudes podem

    ser bem diferentes de cidade para cidade.

    O ndice de Cidades Empreendedoras uma contribuio da Endeavor para aprimorar o debate

    sobre o fomento ao empreendedorismo no Brasil, a partir de indicadores e boas prticas que podem

    ser utilizados por todas as cidades brasileiras e por formuladores de polticas pblicas em nvel fe-

    deral, estadual e municipal. Caber sociedade, em especial aos empreendedores e imprensa, opapel de cobrar por melhorias que, com este estudo e suas edies futuras, se tornam mensurveis

    e comparveis pas afora.

    Boa leitura!

    Juliano Seabra

    Diretor GeralEndeavor Brasil

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    6/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    7/108

    AGRADECIMENTOSEste estudo fruto do trabalho e dedicao de diversas pessoas e organiza-

    es. Gostaramos de agradecer ao Conselho e toda equipe da Endeavor Brasil

    pelo suporte incondicional em todas as etapas do estudo, assim como nos-

    sos parceiros na formulao da metodologia e na obteno de dados: Andr

    Leme, Daniel Uno e equipe da Bain&Company (metodologia e revises); Jaime

    Troiano, Renata Natacci, Paula Valerio e equipe do Grupo Troiano (ndice de

    cultura empreendedora); Edivan Costa e equipe da SEDI (indicadores de tempo

    de processos regulatrios); Ricardo Kanitz, Rafael Bassani e equipe da Spectra

    Investmentos (indicadores sobre o mercado de capital de risco).

    Agradecemos tambm cada um dos mentores que dedicou tempo para rever

    e criticar o estudo, levando inmeras melhorias nesta verso final: Luciano

    Coutinho e equipe do BNDES; Jorge Gerdau Johannpeter, Carlos Arruda,

    Anders Hoffman, Marcos Lisboa, Andrea Minardi, Vincius Licks, Marcelo Moura,

    Luiz Calado, Rodrigo Moita, Jos Eduardo Fiates, Marcos Vincius de Souza,Guilherme Soares, Eduardo Zylberstajn, Marcos Hashimoto, Silvio Genesini,

    Francisco Saboya, Daniel Ibri, Mario Chady, Cristiano Santos, Denise Yagui,

    Miriam Ascenso e Luana Tavares.

    Por lltimo, agradecemos s equipes das Prefeituras Municipais de Belm, Belo

    Horizonte, Curitiba, Florianpolis, Fortaleza, Goinia, Manaus, Porto Alegre,

    Recife, Rio de Janeiro, Salvador, So Paulo e Vitria; e ao Governo do Distrito

    Federal, pela diligncia com que forneceram dados e informaes relevantes.

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    8/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    9/108

    SUMRIO

    09

    INTRODUO

    Introduo ao Estudo 12

    Como ler este relatrio 14

    Siglas e seus significados 15

    NDICE DE CIDADESEMPREENDEDORAS 2014

    16

    OS PILARES

    Ambiente regulatrio 22

    Infraestrutura 26

    Mercado 30Acesso a Capital 34

    Inovao 38

    Capital Humano 42

    Cultura 46

    PERFIL DAS CIDADES

    Florianpolis 54So Paulo 56

    Vitria 58

    Curitiba 60

    Braslia 62

    Belo Horizonte 64

    Porto Alegre 66

    Goinia 68

    Rio De Janeiro 70

    Manaus 72

    Belm 74

    Recife 76

    Fortaleza 78

    Salvador 80

    E AGORA? COMO USOESTE RELATRIO? 82

    ANEXOS

    Anexo 1: Metodologia do ndice 84

    Anexo 2: Metodologia Da Pesquisa

    De Campo 99

    Anexo 3: Pesquisa com prefeituras 102

    REFERNCIASBIBLIOGRFICAS

    105

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    10/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    11/108

    Apesar de serem1% do total, asempresas dealto crescimentogeram quase50% dos novosempregos do pas

    Este relatrio umprimeiro exerccio

    para entendero ambiente e osdados que ajudam aretratar a dinmicaempreendedorade 14 capitais

    brasileirasNos ltimos anos, o estmulo ao em-preendedorismo ganhou fora em

    todas as partes do mundo como

    alternativa para a promoo do

    desenvolvimento.Por trs de todas

    as iniciativas est a crena de que o

    empreendedorismo alimenta a ino-

    vao e o crescimento. As empresas

    ganham escala e, com elas, crescem

    tambm as pessoas, o mercado e as

    possibilidades de transformao da

    sociedade. Um Brasil com mais e me-

    lhores empreendedores, conscientes

    do seu papel na sociedade, tem gran-

    de chance de ser um pas melhor

    para todos os que vivem aqui. Mas os

    nmeros ainda no correspondem aesse movimento: se 3 em cada 4 bra-

    sileiros preferem empreender, ape-

    nas 4% de fato possuem empresas

    que empregam pessoas1.

    Um dos grandes motivos para tama-

    nho descompasso o fato de que

    INTRODUO

    empreender no Brasil ainda tarefa

    de super-heri. A dificuldade comea

    no processo de abertura da empresa

    e s aumenta: encontrar clientes, gerir

    o caixa, pagar impostos, formar uma

    equipe. No por acaso que apenas

    35 mil empresas (1% do total) do pas

    conseguem crescer acima de 20% ao

    ano por trs anos seguidos. Os em-

    preendedores precisam dedicar seus

    esforos quilo que produtivo, mas

    para isso o ambiente deve oferecer as

    condies e recursos capazes de trans-

    formar sonhos grandes em negcios de

    alto impacto. Se atualmente esse 1%

    de empresas brasileiras gera cerca de

    50% dos novos empregos2, um am-biente melhor para empreender pode

    ampilar ainda mais a quantidade e o

    impacto das empresas de alto cresci-

    mento no pas.

    O desafio de criar um plano local de

    desenvolvimento de empreendedo-

    rismo gigante, dada a complexida-de e interdependncia do ambiente

    brasileiro. Por mais que o Governo

    Federal pense a nvel nacional em

    iniciativas de fomento ao empreen-

    dedorismo, a maioria dos recursos

    necessrios est disponvel local ou

    regionalmente. Essa realidade trs

    para o papel de protagonista o for-mulador de poltica pblica regional

    e muitas outras instituies como

    bancos, mdia e universidades. Todos

    precisam trabalhar em conjunto, no

    apenas apoiar.

    O ponto de partida est em identi-

    ficar as principais foras e gargalos

    da regio para que o formulador e as

    organizaes de apoio possam agir

    de forma precisa. Para isso, todos

    precisam conhecer bem os desafios

    dos empreendedores e os indicadores

    que refletem o ambiente empreende-

    dor, assim como entender a relao

    entre esses indicadores.

    Como ser possvel observar nas pr-

    ximas pginas, este relatrio um

    primeiro exerccio para entender o

    ambiente e os dados que ajudam a

    retratar a dinmica empreendedora

    de 14 capitais brasileiras. A meto-

    dologia robusta recebeu ateno es-

    pecial para garantir que as anlisese concluses deste estudo sirvam de

    apoio na formulao de polticas p-

    blicas e na definio da estratgia de

    organizaes que atuam diretamente

    no ecossistema empreendedor, e que

    acreditam no poder transformador

    do empreendedorismo e se dedicam

    a esta causa.

    1Empreendedores Brasileiros 2013, Endeavor Brasil.2Estatsticas de Empreendedorismo 2011, Endeavor/IBGE.

    11

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    12/108

    Para a construo do ndice e anlise do ambiente empre-

    endedor das capitais brasileiras, a Endeavor Brasil elabo-

    rou um frameworkadequado realidade das cidades do

    pas e em sintonia com as ferramentas utilizadas por orga-

    nizaes internacionais, como a OCDE, e consultorias es-

    pecializadas. A seleo dos critrios considerou o universo

    Esta primeira edio do ndice inclui apenas capitais bra-

    sileiras, mais comparveis entre si do que com os demais

    municpios do pas. Mas o tamanho das cidades analisadas

    varia consideravelmente. Para reduzir a distoro, causa-da pelo tamanho da populao ou da economia das cida-

    des, os dados utilizados na anlise foram ajustados para

    refletir o desempenho proporcional das capitais em cada

    O estudo tem como objetivo analisaro ecossistema empreendedor de umgrupo de capitais brasileiras, paraapontar aquelas que possuem condi-es mais propcias para o desenvol-vimento de empresas e mostrar comoainda podem evoluir.

    INTRODUO

    AO ESTUDO

    DETERMINANTES

    AMBIENTEREGULATRIO

    INFRAESTRU-TURA

    MERCADOACESSO

    A CAPITALINOVAO

    CAPITALHUMANO

    CULTURA

    Tempo deProcessos

    TransporteInterurbano

    Desen-

    volvimentoEconmico

    Capital

    Disponvel viaDvida

    Intensidade

    de Investi-mentos

    Acesso eQualidade daMo de Obra

    Bsica

    Potencial Em-preendedor

    Custo deImpostos

    CondiesUrbanas

    ClientesPotenciais

    Acesso a Capi-tal de Risco

    Potencial deGerao de

    Ideias

    Acesso eQualidade daMo de ObraQualificada

    Imagem doEmpreende-

    dorismo

    indicador. Os indicadores foram calculados de maneira

    cuidadosa e em funo da natureza do dado. Em geral,

    apresenta-se o desempenho das cidades em cada indica-

    dor pelo nmero total de empresas da cidade, populaoou PIB, dentre outros exemplos. Ainda que de maneira im-

    perfeita, este ndice compara as cidades descontando a

    diferena de tamanho entre elas.

    B.PROPORCIONALIDADE E TAMANHO DAS CIDADES

    de micro, pequenas e mdias empresas, sem se restringir

    a nenhum setor especfico. O frameworkest estruturado

    a partir de sete pilares, ou determinantes, que formam os

    rankings temticos do relatrio e so a base do ndice final

    de capitais. Os detalhes do frameworkso apresentados

    na seo metodolgica do relatrio.

    A.FRAMEWORKPARA AVALIAO DO AMBIENTE EMPREENDEDOR

    12

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    13/108

    No existe produo de dados sistemticos sobre ambiente empreendedor no Brasil e o acesso a informaes confiveis, prin-

    cipalmente a nvel local, foi um dos maiores desafios deste projeto. Para coletar e utilizar um conjunto indito de indicadores

    sobre as capitais brasileiras recorremos a diversas fontes e, inevitavelmente, tivemos que lidar com os mais diferentes proble-

    mas. As principais fontes de dados so bases pblicas, cuja publicao acontece por vezes com um ou dois anos de defasagem,como, por exemplo, os dados da Demografia de Empresas, publicada pelo IBGE. Ainda, na falta de indicadores municipais para

    alguns temas do relatrio foram utilizados dados estaduais como substitutos, como aconteceu com o indicador de patentes

    depositadas no INPI. Por fim, para os casos em que no havia indicadores possveis em fontes pblicas, foram produzidos in-

    dicadores prprios ou proxies com parceiros institucionais. Isto acontece para os dados sobre cultura empreendedora, cujos

    dados so baseados em uma pesquisa de campo feita em parceria com o Grupo Troiano (para mais informaes, veja pg. 95).

    O mesmo se passa ao analisar a complexidade burocrtica e o acesso a capital de risco, em que se contou, respectivamente,

    com o apoio da SEDI, uma das maiores empresas no setor e h mais de 20 anos no mercado, e da gestora de recursos Spectra

    Investments, com estudos na rea publicados em conjunto com o Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. A seo metodolgicacontm informaes completas sobre todos os indicadores, fontes e formas de clculo.

    Conforme pode ser observado na metodologia, nesta pri-

    meira verso do estudo foram includas apenas as 14 capi-

    tais brasileiras que possuem regies metropolitanas com

    mais de 1% das empresas de alto crescimento do Brasil,

    segundo dados do IBGE3. Ainda que os indicadores inclu-

    dos neste relatrio possam ser utilizados na avaliao

    de outras cidades brasileiras, so necessrios cuidados e

    adaptaes ao transpor a anlise para outros municpios.

    O estudo traz um retrato das capitais analisadas em um

    momento do tempo e, portanto, no reflete o seu desem-

    penho histrico. Dessa forma, uma anlise do ambiente

    empreendedor dessas cidades no tempo tambm requer

    ajustes e, sobretudo, um esforo de coleta de dados que

    ultrapassa os objetivos deste relatrio.

    Disponibilidadedo Indicador

    Indicador Pblico eDisponvel

    Indicador sobdomnio deterceiros

    InexistenteObtida por pesquisa*

    #Indicadores 33 6 17

    Determinantes

    MERCADO

    CAPITAL HUMANO

    INFRAESTRUTURA

    INOVAO

    ACESSO A CAPITAL

    AMBIENTEREGULATRIO

    CULTURA

    C.ABRANGNCIA GEOGRFICAE TEMPORAL DO ESTUDO

    D.INDICADORES E FONTES DE DADOS

    3Estatsticas de Empreendedorismo 2011, Endeavor/IBGE.

    *Pesquisa realizada em parceria com o Grupo Troiano, com 3.917 pessoas entrevistadas nas 14 capitais deste estudo.13

    Salvador

    Manaus

    VitriaGoinia

    Braslia

    Rio de Janeiro

    So PauloCuritiba

    Florianpolis

    Porto Alegre

    Belo Horizonte

    Recife

    Fortaleza

    Belm

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    14/108

    O relatrio est dividido em trs principais partes:

    NDICE DE CIDADES EMPREENDEDORAS ICE 2014

    ndice final com principais insights e concluses do estudo

    COMO LER ESTE

    RELATRIO

    Os resultados so compostos pelo:

    !"#$% '()(%*"+$+)( ,(%-$./

    012.()(%*"+$+)(

    '(3(+4/#4"*(+)/

    5-/+6*"-/

    7#"(+)(3!/)(+-"$"3

    7%(3-"*(+)/ %($# ./!89

    8+."-$./%(3: 4$%";4("3

    !89 ?@

    =>AA

    B>CB

    B>CC

    B>?D

    B>??

    C>=B

    C>?C

    C>@E

    C>@F

    C>@@

    ?>D=

    ?>?D

    =>B?GOINIA

    95GH,

    I8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    15/108

    ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica

    B2BBusiness to business (empresa paraempresa)

    B2CBusiness to consumer (empresa paraconsumidor)

    B2GovBusiness to government (empresapara governo)

    BDMG Banco de Desenvolvimento de MinasGerais

    C&T Cincia & Tecnologia

    CBOClassificao Brasileira de Ocu-paes

    CERTIFundao Centros de Referncia emTecnologias Inovadoras

    CNI Confederao Nacional da Indstria

    CNJ Conselho Nacional de Justia

    CNPJCadastro Nacional da PessoaJurdica

    CNSeg

    Confederao Nacional das Empre-sas de Seguros Gerais, PrevidnciaPrivada e Vida, Sade Suplementar e

    Capitalizao

    DENATRAN Departamento Nacional de Trnsito

    DNA cido desoxirribonuclico

    DNITDepartamento Nacional de In-fraestrutura de Transportes

    EF Ensino Fundamental

    EM Ensino Mdio

    ENADEExame Nacional de Desempenho deEstudantes

    FAPEMIGFundao de Amparo Pesquisa doEstado de Minas Gerais

    FAPESP Fundao de Amparo Pesquisa doEstado de So Paulo

    FINBRA Finanas do Brasil

    SIGLAS E SEUS SIGNIFICADOS

    FIPE

    Fundao Instituto de Pesquisas

    Econmicas

    GC Growth Capital

    IBGEInstituto Brasileiro de Geografia eEstatstica

    ICE ndice de Cidades Empreendedoras

    ICMSImposto sobre Circulao de Merca-dorias e Servios

    IDEBndice de Desenvolvimento daEducao Bsica

    IES Instituio de Ensino Superior

    INPIInstituto Nacional de PropriedadeIndustrial

    IPTU Imposto sobre a Propriedade Prediale Territorial Urbana

    ISS Imposto sobre Servios

    ITBIImposto sobre Transmisso de BensImveis

    JUCEG Junta Comercial do Estado de Gois

    KwH Quilowatt-hora

    LOG Logartimo

    MCT Ministrio da Cincia e Tecnologia

    MDO Mo de Obra

    MEC Ministrio da Educao

    MGE Mdias e Grandes Empresas

    MPE Micro e Pequenas Empresas

    MTE Ministrio do Trabalho e Emprego

    OCDEOrganizao para a Cooperao eDesenvolvimento Econmico

    PAPPE

    Programa de Apoio Pesquisa em

    Empresas

    PE Private Equity

    PEA Populao Economicamente Ativa

    PIB Produto Interno Bruto

    PINTEC Pesquisa de Inovao

    PME Pequenas e Mdias Empresas

    PNADPesquisa Nacional por Amostra deDomiclios

    PROPTECPrograma de Apoio Empresas emParques Tecnolgicos

    RAIS Relao Anual de InformaesSociais

    SEBRAEServio de Apoio s Micro ePequenas Empresas

    STEMScience, Technology, Engineering,and Mathematics (Cincia, Tecnolo-gia, Engenharia e Matemtica)

    STN Secretaria do Tesouro Nacional

    TECNOVAPrograma Federal de Apoio aInovao Tecnolgica

    TJ Tribunal de Justia

    UFPA Universidade Federal do Par

    UFRGSUniversidade Federal do Rio Grande

    do Sul

    UFRJUniversidade Federal do Rio deJaneiro

    UFSCUniversidade Federal de SantaCatarina

    UNB Universidade de Braslia

    USP Universidade de So Paulo

    VC Venture Capital

    15

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    16/108

    NDICE DE CIDADES

    RESULTADO FINAL

    EMPREENDEDORAS 2014

    =>?B

    =>@B

    B>hB

    B>EE

    B>@C

    C>h?

    C>h@

    C>DB

    C>EEC>F?

    ?>DE

    ?>==

    ?>CE

    =>CEFLORIANPOLIS

    0UP !LNGP

    I8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    17/108

    17

    A primeira colocada no ndice geral tem como pontos fortes os pilares de infraestrutura, capital hu-mano e inovao, e ainda apresenta resultados consistentes em grande parte dos outros indicadores.

    Por isso, o estudo aponta a cidade como referncia nacional de ambiente de negcios, candidata a ter

    cada vez mais empresas de alto crescimento no futuro. O segredo est no planejamento. H 30 anos,

    Florianpolis, uma regio com poucas empresas at ento, provavelmente no imaginaria atingir um

    resultado to expressivo. Mas a anlise final apresentada mostra que possvel construir uma cidade

    com um bom ambiente para empreendedores, e evidencia o papel central do formulador de polticas

    pblicas ao arquitetar um futuro promissor para sua comunidade. Uma cidade bem sucedida depende

    do alinhamento econmico, governamental e social.

    FLORIANPOLIS:UM FUTURO PROMISSOR

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    18/108

    18

    O empreendedor deve entender o perfil e as caractersticas do seu negcio

    na hora de avaliar onde abrir sua empresa. Negcios que dependem de mui-

    tos investimentos provavelmente se beneficiariam de estar em So Paulo, por

    exemplo. O frameworkdesenvolvido neste estudo estimula empreendedores a

    pensar nas principais dimenses, evitando que tomem a deciso precipitada de

    escolher o local em funo de uma nica varivel. Ele tambm auxilia gestorespblicos e instituies de fomento a refletirem onde mais podem contribuir para

    o desenvolvimento econmico e social das capitais.

    A fora e o dinamismo da economia da cidade de So Paulo garantem a ela a

    segunda posio no ndice final. A cidade com mais primeiros lugares lidera nos

    determinantes de mercado, acesso a capital e inovao. Mas o estudo revela

    que, em muitos sentidos, os grandes centros nem sempre oferecem as melho-res condies para empreendedores. As grandes propores influenciam ora

    a favor, ora contra. Garantir educao de alto nvel para a populao, custos

    mais acessveis e boa qualidade de vida so alguns exemplos das reas crticas

    dessas cidades.

    Cidades como Curitiba e Vitria ocupam as primeiras posies em dois dos

    indicadores com mais peso no estudo a capital paranaense em infraestrutura

    e a capixaba, em capital humano. Apesar de no serem grandes destaques emmuitos dos indicadores analisados, apresentam resultados slidos na maioria

    deles, o que tambm garante a elas os primeiros lugares no ndice final.

    O MELHOR AMBIENTE DENEGCIOS PODE NO SER

    O MELHOR PARA TODOS.

    GRANDES CIDADES,

    GRANDES OPORTUNIDADES,GRANDES DESAFIOS.

    A IMPORTNCIA DO FOCOEM ASPECTOS CHAVE.

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    19/108

    19

    As cidades menos desenvolvidas e geralmente mais distantes

    dos grandes centros so prejudicadas por terem mercados

    menores, menos acesso a financiamento e uma infraestru-

    tura restrita. Mas essas cidades tm investido na criao de

    estruturas de apoio a empreendedores, o que reflete direta-

    mente na cultura empreendedora e, consequentemente, na

    sua vontade de empreender. O engajamento e otimismo com

    empreendedorismo pode ser o combustvel necessrio para

    transformar essas regies.

    O estudo mistura indicadores de natureza muito diferente,

    alguns mais fceis e rpidos de fortalecer do que outros. No

    curto prazo, as cidades provavelmente teriam mais facilidade

    em melhorar seu ambiente regulatrio, corrigir volumes deinvestimento e garantir resultados mais efetivos no incentivo

    inovao. Por outro lado, aspectos de cultura e capital humano

    so mais difceis de transformar e precisam de mais tempo

    para serem trabalhados. Embora seja tentador concentrar es-

    foros em aspectos que apresentem resultados rpidos, um

    bom planejamento requer uma viso de longo prazo.

    O NORTE-NORDESTECONTA COM A CULTURAEMPREENDEDORAPARA CRESCER.

    O DIFERENCIAL DOFUTURO EST EMINVESTIR NAS PESSOAS.

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    20/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    21/108

    OS PILARES

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    22/108

    AMBIENTE REGULATRIO

    NDICE FINAL

    =>?@

    =>AA

    B>CB

    B>CC

    B>?D

    B>??

    C>=B

    C>?C

    C>@E

    C>@F

    C>@@

    ?>D=

    ?>?D

    =>B?GOINIA

    95GH,

    I8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    23/108

    Desde o primeiro momento, quando

    resolve abrir uma empresa, o em-

    preendedor tem que identificar os

    processos necessrios para obter o

    registro do negcio. E muitas vezesainda espera semanas para conse-

    guir a permisso de operar. Tambm

    os que decidem reformar seu neg-

    cio devem pedir autorizao e fazer

    as vistorias exigidas, o que demora

    em mdia mais de 90 dias nas capi-

    tais analisadas neste estudo. Alm

    disso, o empreendedor tem que li-dar com a complexidade dos siste-

    mas jurdico e tributrio brasileiro.

    No primeiro caso, muitas vezes so

    necessrios meses ou anos para re-

    solver uma disputa na justia. J no

    sistema tributrio, o imposto pago

    pelo empreendedor varia em fun-

    o das diferentes alquotas, como

    no caso do ICMS, da substituio

    tributria e do sublimite do Simplesadotado pelo estado.

    Esses processos requerem inves-

    timento de tempo e dinheiro do

    empreendedor e por isso o ambiente

    regulatrio to importante no con-

    texto de negcios de cada cidade bra-

    sileira. Outros aspectos de responsa-bilidade federal impactam o cotidiano

    dos empreendedores, como acontece

    com leis trabalhistas e de importao

    e exportao. No entanto, por se tra-

    tarem de aspectos comuns a todas as

    cidades e, portanto, sem variao re-

    gional, no esto considerados neste

    ndice de empreendedorismo.

    Em resumo, foram analisados doiselementos principais: o tempo dos

    processos, composto pelo nmero de

    dias necessrios para abrir um neg-

    cio, aprovar projetos arquitetnicos,

    obter registros imobilirios e cone-

    xo energia eltrica, somados

    taxa de congestionamento dos tribu-

    nais regionais, e o custo de impostos,medido pelo imposto efetivo sobre

    as pequenas e mdias empresas e o

    IPTU mdio efetivo, medido por meio

    de simulaes de impostos sobre trs

    tipos-padro de empresas.

    L,985Q

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    24/108

    ABRIR EMPRESA S O PRIMEIRO PASSO

    Nos ltimos meses, grande parte das cidades e estados

    brasileiros tm se dedicado a facilitar a abertura de empre-

    sas, algo natural, j que esse um dos primeiros passos na

    criao de um negcio. Cidades como Goinia e So Paulo,que reduziram e unificaram processos, tm colhido resul-

    tados e esto entre as mais eficientes no que diz respeito

    aos primeiros passos burocrticos: hoje so necessrios

    cerca de 30 dias para abrir um negcio nessas cidades.

    E se abrir a empresa legalmente s o primeiro passo,

    Goinia detm o primeiro lugar no ndice de ambiente

    regulatrio por tambm ser eficiente nos outros pro-cessos avaliados e possuir taxas de impostos abaixo

    da mdia das 14 capitais analisadas. Na capital goiana,

    os impostos, por exemplo, esto entre os mais baixos

    Tempo de Processos

    7".$.(ndice

    Tempo deProcessos

    BF 32 15 60 15 57.98%

    9(#\* =>ED 55 5 90 71 51.38%

    ,$+$13 =>@@51 5 90 36 58.08%

    9%$3e#"$ B>?A 75 18 60 90 57.19%

    O#/%"$+YW/#"3 B>FE 80 25 90 26 60.53%

    71%")"2$ B>@h 60 5 90 65 62.77%

    9(#/ R/%"f/+)( B>@B 55 20 90 75 58.64%

    I")Y%"$ B>AC 74 8.5 90 70 61.63%

    0$#4$./% C>=D 68 30 45 65 65.02%

    O/%)$#(f$ C>B= 75 5 90 150 57.07%

    K(-"g( C>C= 68 7 120 90 61.27%

    0^/ !$1#/ C>Fh 36 30 120 63 63.60%

    K"/ .( V$+("%/ ?>?h 100 60 90 52 63.96%

    !/%)/ L#(X%( ?>A? 245 17.5 180 53 57.85%

    O/+)( 05'8 05'8 05'8 05'8 7QV

    L+/ FA@? FA@? FA@? FA@? FA@E

    *Dados estaduais

    24

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    25/108

    do pas, tanto a alquota efetiva do

    Simples (de 5,5%, em mdia), como

    a do IPTU, de no mximo 1,0% do

    valor venal de imveis no-residen-

    ciais (o que quase 40% menos do

    que a mdia das 14 capitais).

    J So Paulo tem o desafio de repli-

    car o trabalho feito em reduzir o tem-

    po de abertura de empresas para ou-

    tros processos, principalmente o de

    aprovao de projetos arquitetnicos.

    Alm disso, a capital paulista, assim

    como Salvador, Fortaleza e o Rio deJaneiro, que ocupam as ltimas po-

    sies neste pilar, tem um agravante

    que a alta taxa efetiva de imposto.

    Segundo o estudo do Sebrae e da

    CNI, Salvador a que possui a maior

    alquota efetiva do Simples, 8,10%,

    frente aos 5,2% pr-determinados. A

    explicao para isso est na adooda substituio tributria que obri-

    ga empreendedores optantes pelo

    Simples Nacional a recolher, no s

    a alquota do Simples, mas tambm o

    ICMS da cadeia produtiva, aumentan-

    do o imposto efetivo dessas empre-

    sas uma vez que elas no conseguem

    compensar o valor pago.

    Outro indicador que merece desta-

    que o tempo necessrio para abrir

    uma empresa legalmente em Porto

    Alegre que pode levar mais de oito

    meses. Isso ocorre principalmente

    em funo do Corpo de Bombeiros

    local, que aps o trgico incidente naBoate Kiss, em 2013, est demorando

    cerca de 200 dias para fazer as visto-

    rias necessrias.

    Cidades que reduziram e unificaram pro-cessos tm colhido resultados e esto en-tre as mais eficientes no que diz respeito

    aos primeiros passos burocrticos.

    Custo de Impostos

    8+."-$./%ndice Custode Impostos

    L#e`1/)$ ./

    "*W/3)/ (g()"4/3/2%( !,53 Zc[

    8!C= 5.80% R$ 5,078.33

    !/%)/ L#(X%( =>A= 5.30% R$ 14,116.67

    T/"d+"$ =>AC 5.50% R$ 12,833.33

    9(#\* B>h@ 5.70% R$ 12,833.33

    71%")"2$ B>=@ 4.70% R$ 22,306.34

    O#/%"$+YW/#"3 B>CC 5.60% R$ 17,416.67

    9%$3e#"$ B>C@ 6.30% R$ 12,833.33

    ,$+$13 C>B@ 7.80% R$ 11,550.00

    9(#/ R/%"f/+)( C>?C 7.00% R$ 19,140.00

    K"/ .( V$+("%/ C>AE 5.30% R$ 35,933.33

    K(-"g( C>A@ 6.80% R$ 25,208.33

    O/%)$#(f$ ?>h 7.20% R$ 23,560.67

    0^/ !$1#/ ?>D= 7.30% R$ 23,095.05

    0$#4$./% ?>=B 8.10% R$ 18,473.46

    O/+)( 0(2%$( ( 7Q8 !%(g(")1%$3 *1+"-"W$"3

    L+/ FA@E FA@?

    *Dados estaduais.

    25

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    26/108

    INFRAESTRUTURA

    =>CC

    =>@C

    =>@F

    B>EB

    B>F@

    C>==

    C>Ch

    C>E@

    C>Fh

    C>@B

    C>AC

    C>AE

    ?>=h

    =>BECURITIBA

    OGPK8LQJ!PG80

    I8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    27/108

    Em pleno sculo 21, quase lugar-

    -comum dizer que a globalizao

    est presente na vida das pessoas.

    Com os empreendedores no dife-

    rente. Uma empresa de e-commercepode, por exemplo, importar seus

    produtos de qualquer pas do mun-

    do e revender para qualquer canto

    do Brasil. Em outro caso hipottico,

    uma fbrica pode trazer sua mat-

    ria-prima do Sul do pas, fabricar no

    Nordeste e distribuir para uma ca-

    deia de franquias do Sudeste. Maspara tudo isso acontecer existe um

    ingrediente fundamental: infraes-

    trutura. O e-commerce precisa ter

    bom acesso internet; a fbrica pre-

    cisa ter uma grande rea para ins-

    talar seu galpo e energia eltrica

    a preos baixos; os produtos que

    sero revendidos e a matria-pri-

    ma fabril precisam chegar, com o

    menor tempo e custo possveis, na

    porta da empresa e, depois, na docliente. Seja por avio, caminho,

    ou qualquer outro meio de trans-

    porte. Quanto melhores forem as

    condies logsticas, de produo e

    das comunicaes de uma cidade,

    melhor para os negcios e para a

    populao.

    So esses alguns dos fatores medi-

    dos no pilar de infraestrutura deste

    estudo, somados s condies de

    vida e dos servios urbanos das

    capitais brasileiras. Esses fatores,

    mais ligados ao dia a dia interno

    das cidades, como o caso da mo-

    bilidade urbana, da segurana e do

    custo de imveis, impactam os em-

    preendedores, seus funcionrios e

    clientes. E ainda encarecem o custodos negcios e a produtividade das

    empresas.

    Aps a anlise dos dados, os indica-

    dores selecionados foram divididos

    em dois grupos: transporte interurba-

    no, que compreende a disposio das

    rodovias, aeroportos e a distncia aosportos; e as condies urbanas, que

    incluem a segurana, a mobilidade ur-

    bana e a conexo via internet, alm

    do custo dos servios, representado

    pelas condies imobilirias e o gasto

    com energia eltrica.

    8QOKL50

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    28/108

    O EQUILBRIO TRAZ RESULTADO

    Os dados mostram que pouco adianta uma cidade ter

    timos servios urbanos se tiver uma conexo difcil com

    outros centros e vice-versa. Quando o assunto infraes-

    trutura, o equilbrio traz resultado.

    o que mostra Curitiba, primeira colocada no ndice de infraestru-

    tura e que no tem nenhum indicador individual na primeira posi-

    o.O segredo de Curitiba no estar mal colocada em nenhum

    outro indicador de infraestrutura, ocupando sempre uma das

    primeiras posies. A cidade possui um dos melhores ndices de

    mobilidade urbana, segurana e acesso internet. Possui uma boa

    conexo com as outras cidades do Paran por meio de estradas e

    favorecida pela proximidade com o Porto de Paranagu, um dos

    melhores do pas, situado a menos de 80 quilmetros da capital.

    E tambm apresenta o segundo menor custo de imveis do sul e

    sudeste, atrs apenas de Vitria. Esses so os fatores que ajudam

    a levar a capital paranaense para o topo do ndice de infraestrutura.

    O mesmo equilbrio de Curitiba pode ser encontrado em

    Florianpolis e Vitria, segunda e terceira colocadas em in-

    fraestrutura. Assim como a capital paranaense, as capitais

    de Santa Catarina e Esprito Santo esto entre as melhores

    Condies Urbanas

    7".$.(

    ndiceCondies

    Urbanas

    L-(33/ .$W/W1#$]^/

    j "+)(%+()

    !%(]/ *\."/./ *F

    713)/ .$(+(%X"$ (#\a)%"-$

    ZW/% klR[

    EB 70.93% R$ 5,067 R$ 0.26355 38.18% 88.43

    I")Y%"$ =>FC 74.46% R$ 4,494 R$ 0.29884 37.74% 88.01

    T/"d+"$ B>DB 61.14% R$ 2,857 R$ 0.29350 37.63% 110.95

    9%$3e#"$ B>@D 70.93% R$ 8,670 R$ 0.25647 51.09% 107.31

    ,$+$13 B>@= 57.45% R$ 3,520 R$ 0.27685 56.90% 98.60

    !/%)/ L#(X%( C>DE 68.48% R$ 4,843 R$ 0.31257 44.64% 178.93

    9(#\* C>BA 52.76% R$ 3,538 R$ 0.35747 43.07% 91.71

    9(#/ R/%"f/+)( C>?= 65.76% R$ 5,426 R$ 0.34700 54.39% 100.44

    K(-"g( C>?F 50.25% R$ 5,804 R$ 0.29877 52.36% 89.53

    0$#4$./% C>FC 62.15% R$ 4,408 R$ 0.29327 55.25% 208.48

    0^/ !$1#/ C>FE 67.72% R$ 7,815 R$ 0.23844 60.46% 216.56

    O/%)$#(f$ C>@C 51.43% R$ 5,421 R$ 0.30821 42.91% 171.17

    K"/ .( V$+("%/ ?>EB 64.93% R$ 9,937 R$ 0.32874 64.46% 112.40

    O/+)( ,"-%/.$./3 .$

    !QL' Z89T5[ O8!5 L+((#

    ,"-%/.$./3 .$!QL' Z89T5[

    '(+$)%$+Z7Q0(X[ :'(+$)%$+

    L+/ FA@E FA@E FA@? FA@F FA@E

    28

    avaliadas em cinco indicadores: mobili- do pas mas apresenta grandes desafios uma das melhores malhas rodovirias do

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    29/108

    avaliadas em cinco indicadores: mobili

    dade urbana, acesso internet, segu-

    rana e densidade das estradas.

    Para entender o valor do equilbrio

    importante observar o Rio de Janeiro.A capital fluminense ocupa o quinto lugar

    no ndice de infraestrutura, principalmente

    por ser um dos centros mais conectados

    Quanto melhores forem as condies logsticas e a qualidade de

    vida de uma cidade, melhor para os negcios e para a populao.

    Transporte Interurbano

    7".$.(ndice Transporte

    Interurbano

    '(+3".$.( ./)%$+3W/%)( %/a./4";%"/ Zc[

    Qn .( 4//3 ."%(a)/3 W/% $+/

    '"3)d+-"$ $/ W/%a)/ *$"3 W%Yb"*/Z(* k*[

    K"/ .( V$+("%/ D>A@ 0.158 270,573 0

    0^/ !$1#/ =>hE 0.118 493,739 72.6

    71%")"2$ B>E? 0.097 82,455 78

    K(-"g( B>@? 0.069 81,824 0

    9%$3e#"$ B>A? 0.143 179,656 1076

    I")Y%"$ C>hC 0.075 58,504 0

    !/%)/ L#(X%( C>hE 0.039 94,409 0

    0$#4$./% C>D= 0.024 107,977 0

    O/%)$#(f$ C>D? 0.055 66,814 0

    9(#/ R/%"f/+)( C>=h0.039 174,744 437

    O#/%"$+YW/#"3 C>=B 0.073 54,216 83.3

    9(#\* C>@E 0.004 54,008 0

    ,$+$13 C>@@ 0.001 55,141 0

    T/"d+"$ ?>@C 0.033 61,847 997

    O/+)( 'Q8< : 89T5 8+g%$(%/ ( -/+-(3a3"/+;%"$3 K(-(")$ O(.(%$# (T//X#(L+/ FA@F FA@E FA@E

    do pas, mas apresenta grandes desafios

    no que diz respeito s condies inter-

    nas. Os empreendedores cariocas podem

    aproveitar o fato de ter sua disposio

    dois dos maiores aeroportos do pas (que

    representam 10% de todos os passageirosdas 14 capitais), um grande porto na prpria

    capital e alguns outros nas cidades prxi-

    mas, que por sua vez esto conectados por

    uma das melhores malhas rodovirias do

    Brasil, em valores proporcionais. Por outro

    lado, apesar de ocupar a primeira posio

    em transporte interurbano, a capital flumi-

    nense est na ltima posio no que diz

    respeito s condies internas. Apresentaa pior mobilidade urbana, o m2mais caro

    do pas e taxas ruins de segurana, custo

    da energia eltrica e acesso internet.

    *Dados estaduais.

    29

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    30/108

    MERCADO

    =>CC

    =>FC

    =>A?

    B>@A

    B>A?

    C>hh

    C>DE

    C>EC

    C>EF

    C>E@

    C>@=

    ?>h@

    ?>CE

    =>BASO PAULO

    9KL0MG8L

    K8P '5 VLQ58KP

    ,LQLN0

    I8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    31/108

    Imagine uma cidade com os me-

    lhores empreendedores e a melhor

    mo de obra disposio, produ-

    zindo os produtos ou servios mais

    inovadores, e ainda pagando os me-nores impostos da maneira mais f-

    cil possvel. Se esse empreendedor

    no tiver para quem vender, tudo

    isso adianta pouco. Mesmo consi-

    derando a tendncia das empresas

    de avaliar o mercado de forma glo-

    bal e, assim, expandir sua rede de

    vendas, isso ainda no verdadepara a maioria das empresas brasi-

    leiras dado que apenas 22 mil so

    consideradas exportadoras4, menos

    de 1% do total. Tambm em funo

    das diferenas na infraestrutura

    das regies brasileiras, empreen-

    dedores que atuam em mercadoscom maior poder de compra tm

    vantagens na hora de expandir seus

    negcios, sem se preocupar com as

    questes logsticas inerentes a eles.

    Por isso, este determinante se dis-

    pe a analisar justamente essa di-

    menso: o mercado local. Para isso,o primeiro conjunto de indicadores

    considera o PIB total das capitais

    para dimensionar o tamanho do

    mercado e tambm o crescimento

    econmico, que impacta as empre-

    sas locais e aponta o horizonte do

    desenvolvimento da cidade. J osegundo grupo reflete os clientes

    potenciais das empresas: o consu-

    midor final (B2C) atravs da renda

    per capita , as empresas (B2B) me-

    dindo a produo do setor de servi-

    os e o gasto pblico direcionado

    aos investimentos e compras dos

    Governos municipais e estaduais(B2Gov) afinal, o Governo tambm

    pode ser um grande consumidor.

    ,5K7L'P

    DesenvolvimentoEconmico

    Clientes Potenciais

    7%(3-"*(+)/%($# ./ !89

    !89 )/)$# T$3)/ Wo2#"-/

    W/% (*W%(3$K(+.$ W(%-$W)$

    I$#/% $."a-"/+$./ ./33(%4"]/3

    31

    4Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC)

    Clientes Potenciais

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    32/108

    GRANDES CIDADES,

    GRANDES OPORTUNIDADES.

    A cidade de So Paulo tem o 10 maior PIB do mundo ,

    quase meio trilho de reais, e representa sozinha mais de

    um dcimo de toda a produo do Brasil. O que j seria

    quase suficiente para garantir capital paulista o primeiro

    lugar no ndice de mercado. Logo atrs esto Braslia, com

    o terceiro maior PIB do pas e um crescimento mdio re-

    cente de cerca de 4,0%, alm de uma alta renda per capita,

    e o Rio de Janeiro, com o 2 maior PIB, grandes empresas

    e um governo com altos investimentos.

    Manaus lidera os ndices de clientes potenciais por conta

    da Zona Franca, fato que garante cidade muitas grandes

    empresas e potenciais clientes no mercado B2B, alm de

    ter o governo local que mais investe proporcionalmente.

    Por outro lado, Recife se destaca principalmente pelo

    crescimento acelerado do PIB, que superou 6% de cres-

    cimento mdio real entre 2009 e 2011.

    No outro extremo aparecem cidades menores e que

    7".$.(ndice Clientes

    Potenciais K(+.$ W(% -$W")$

    I$#/% $."-"/+$./*\."/ ./3 3(%4"]/3

    7/*W%$3 Wo2#"-$3)/)$"3 ZW/%

    (*W%(3$[

    ,$+$13 =>CD R$ 870.39 R$ 1,156,736.64 R$ 263,943.25

    I")Y%"$ =>C? R$ 1,959.55 R$ 1,227,039.87 R$ 122,463.76

    K"/ .( V$+("%/ =>@A R$ 1,459.71 R$ 1,219,010.98 R$ 146,973.13

    9%$3e#"$ B>DE R$ 1,781.11 R$ 1,172,565.39 R$ 95,702.43

    0^/ !$1#/ B>=C R$ 1,488.53 R$ 1,260,454.27 R$ 104,871.51

    !/%)/ L#(X%( B>@@ R$ 1,941.71 R$ 798,437.61 R$ 70,372.15

    71%")"2$ B>AB R$ 1,725.30 R$ 747,068.79 R$ 74,170.41

    O#/%"$+YW/#"3 C>CA R$ 1,719.37 R$ 591,265.07 R$ 42,958.81

    9(#\* C>?B R$ 747.15 R$ 955,610.13 R$ 108,641.23

    9(#/ R/%"f/+)( C>ED R$ 1,640.43 R$ 579,870.34 R$ 71,863.29

    K(-"g( C>A= R$ 846.04 R$ 706,259.74 R$ 122,387.17

    0$#4$./% C>A= R$ 1,142.67 R$ 678,399.57 R$ 88,279.30

    T/"d+"$ ?>=D R$ 1,334.93 R$ 502,490.73 R$ 54,559.16

    O/%)$#(f$ ?>== R$ 813.62 R$ 658,031.15 R$ 91,458.94

    O/+)( ,"-%/.$./3 .$ !QL'

    Z89T5[ 89T5 O8Q9KL Z0

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    33/108

    to recente, como Belm e Salvador.

    Essas cidades apresentam ainda bai-

    xo potencial de consumo, especial-

    mente naquele direcionado ao consu-

    midor final (B2C). Seu maior desafio aumentar a renda local para acom-

    panhar o alto crescimento de outras

    Empreendedores precisam de clientespara vender, seja a populao, outras em-

    presas ou o governo.

    Desenvolvimento Econmico

    7".$.(

    ndice Desen-volvimento

    Econmico

    !89 E= R$ 164,482,129.00 4.08%

    K(-"g( =>AA R$ 33,149,385.00 6.04%

    O/%)$#(f$ =>AA R$ 42,010,111.00 5.62%

    K"/ .( V$+("%/ B>B= R$ 209,366,429.00 2.06%

    T/"d+"$ B>FC R$ 27,668,222.00 4.66%

    71%")"2$ C>h? R$ 58,082,416.00 2.66%

    ,$+$13 C>Dh R$ 51,025,146.00 2.78%

    O#/%"$+YW/#"3 C>C? R$ 11,429,916.00 4.61%

    9(#/ R/%"f/+)( C>?C R$ 54,996,326.00 1.65%

    0$#4$./% C>ED R$ 38,819,520.00 2.12%

    !/%)/ L#(X%( ?>hB R$ 45,506,017.00 0.88%

    I")Y%"$ ?>BA R$ 28,357,258.00 0.90%

    9(#\* ?>?CR$ 19,666,725.00 1.21%

    O/+)( 89T5 89T5

    L+/ FA@@ FAAhaFA@@

    Manaus e Recife.

    J Porto Alegre, na 9 posio, apa-

    rece com possibilidades de melhorar

    suas condies de mercado j nocurto prazo. Isso porque a capital

    gacha tem uma renda per capita

    PIB alto, mas, por outro lado, cresceu

    pouco nos ltimos anos e o governo

    fez baixos investimentos em relao

    ao tamanho do mercado. Se alterar

    esses fatores a tendncia que PortoAlegre melhore muito sua posio no

    pilar de mercado.

    33

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    34/108

    ACESSO A CAPITAL

    B>DE

    B>Bh

    B>C=

    B>C@

    C>h?

    C>hF

    C>=C

    C>B=

    C>CA

    C>EA

    C>FA

    C>@B

    ?>?A

    D>C?SO PAULO

    95GP RPK8SPQ

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    35/108

    Quando um empreendedor decide

    abrir ou expandir uma empresa,

    uma das primeiras perguntas que

    ele se faz vai dar dinheiro?

    Dinheiro preciso para pagar osfuncionrios e os impostos, com-

    prar matria-prima, aumentar uma

    fbrica, investir em marketing,

    entre vrias outras coisas. Mas

    quando a empresa est comeando

    ou crescendo de forma acelerada, o

    empreendedor nem sempre tem o

    capital necessrio para investir embusca do retorno futuro. Por isso, a

    cidade que oferece melhores con-

    dies de acesso ao capital muito

    melhor para os empreendedores.

    E quais so as formas de um empre-

    endedor obter financiamento? Em

    primeiro lugar, h os emprstimos e

    o crdito via contrao de dvidas por

    parte do empreendedor,hoje a manei-ra mais comum no Brasil: um banco,

    seja privado ou pblico ou at de fo-

    mento, empresta dinheiro empresa

    mediante o pagamento de juros. A

    outra opo vender para um fundo

    de investimentos ou uma pessoa qual-

    quer uma parte (aes) da sua empre-

    sa em troca de recursos, que ento setorna scio da empresa.

    Em funo da dificuldade de esti-

    mar o capital disponvel, o nvel de

    desenvolvimento do setor foi avalia-

    do utilizando os dados de operaes

    realizadas em dois grandes tipos de

    investimentos: o capital disponvel

    via dvida, feita atravs do total mo-vimentado por operaes de crdi-

    to, e o chamado capital de risco, de

    Venture Capitale Private Equitye de

    pessoas fsicas ou jurdicas, sendo

    estes ltimos medidos atravs da

    poupana mdia local e dos depsi-

    tos de longo prazo. importante dizer

    tambm que no foram consideradosos investimentos especficos para

    Pesquisa e Desenvolvimento, uma

    vez que estes j foram consideradas

    na anlise do pilar de Inovao.

    L7500P L 7L!8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    36/108

    A CAPITAL FINANCEIRA DO PAS

    A imponente Avenida Faria Lima reflete a predisposiode So Paulo para atrair investimentos: entre 2009

    e 2014, mais de 60% de todos os investimentos de

    Venture Capital e Private Equityque ocorreram no pas

    se concentraram na regio. Outros 15% foram para o

    Rio de Janeiro, que aparece em segundo lugar no aspec-

    to Capital de Risco. Apesar de serem cidades com muitas

    empresas e centros de negcios do pas, os investimen-

    tos realizados foram proporcionalmente tambm muitosuperiores aos de outras regies. Alm de reunir muito

    do capital de risco investido no pas nos ltimos anos, a

    capital paulista tambm se destaca pela presena dos ban-cos como financiadores de dvidas para empreendedores.

    Em 2013, So Paulo movimentou em operaes de crdito

    20 vezes mais que o valor total de seu PIB, ou seja, quase

    R$ 10 trilhes 50% a mais do que em todas as outras 13

    capitais juntas.

    Em seguida, mas bastante atrs de So Paulo, aparecem

    capitais com um bom equilbrio entre capital de risco eacesso a dvida, como Belo Horizonte e Curitiba. As duas

    movimentaram juntas quase R$ 2 trilhes em operaes

    7".$.(ndice Acesso aCapital de Risco

    !/%-(+)$X(*%(#$)"4$ .( VentureCapital Zc[

    !/%-(+)$X(*%(#$)"4$ .(Private EquityZc[

    7$W")$#!/1W$./ W(%7$W")$

    0^/ !$1#/ D>EA 187% 164.33% R$ 28,566.20

    K"/ .( V$+("%/ =>?D 102% 207.42% R$ 17,971.00

    9(#/ R/%"f/+)( B>Bh 112% 69.51% R$ 19,611.71

    I")Y%"$ B>BA 58% 37.81% R$ 32,363.37

    !/%)/ L#(X%( B>@B 34% 0.00% R$ 32,554.74

    71%")"2$ C>h? 36% 46.09% R$ 19,760.61

    O#/%"$+YW/#"3 C>hF 58% 15.30% R$ 20,186.20

    9%$3e#"$ C>DD 9% 39.89% R$ 24,191.23

    O/%)$#(f$ C>BA 42% 48.89% R$ 10,309.48

    K(-"g( C>?= 35% 22.34% R$ 12,535.49

    T/"d+"$ C>@@ 5% 26.93% R$ 8,987.04

    9(#\* C>@A 9% 39.20% R$ 6,230.44

    0$#4$./% C>A= 15% 17.35% R$ 7,681.12

    ,$+$13 ?>BD 0% 0.00% R$ 4,040.22

    O/+)( 0W(-)%$ 8+4(3)*(+)3: KL80 Z,

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    37/108

    de crdito, o que cerca de 15 ve-zes os PIBs locais. Alm disso, Minas

    se destaca por ter aproximadamente

    13% de todos os investimentos de

    Venture Capitalno Brasil, a segunda

    com mais investimentos desse tipo.

    Enquanto o capital de risco ainda se

    concentra nos grandes centros algo

    esperado, dado que esse tipo de inves-

    timento relativamente recente no

    Brasil as cidades que obtiveram as

    ltimas colocaes neste determinante

    poderiam melhorar os nveis de inves-

    timentos aumentando o montante de

    crdito para as empresas locais. Alm

    dos tradicionais bancos mltiplos, as

    agncias de fomento e os bancos de

    desenvolvimento que no foram con-

    siderados por apresentarem montan-

    tes pouco representativos para a an-

    lise - poderiam ser estratgicos para

    ajudar a desenvolver os mercados de

    crdito locais. Fortaleza e Belm, que

    ocupam a 11 e a 13 posies do pilar de

    acesso a capital, por exemplo, no tm

    um banco de fomento pblico regional.

    Instituies como essas poderiam atu-

    ar no espao no ocupado pelos fundos

    de investimento, que fizeram s 11 apor-

    tes na regio nos ltimos cinco anos, o

    equivalente a 2% do total paulista.

    Quando a empresa est comeando oucrescendo de forma acelerada, o em-

    preendedor nem sempre tem o capitalnecessrio para investir em busca doretorno futuro.

    Capital Disponvel via Dvida

    7".$.(

    ndice CapitalDisponvel via

    Dvida

    PW(%$]p(3 .(-%\.")/ W/%*1+"-eW"/ Z(*%(#$]^/ $/ !89[

    0^/ !$1#/ D>@D 20.51

    71%")"2$ =>FD 15.93

    !/%)/ L#(X%( B>DC 13.77

    9(#/ R/%"f/+)( B>=D 13.43

    K(-"g( B>Ah 9.93

    T/"d+"$ B>A@ 9.49

    9%$3e#"$ C>hh 9.39

    O#/%"$+YW/#"3 C>hD 9.34

    0$#4$./% C>CF 7.03

    K"/ .( V$+("%/ C>?F 6.53

    9(#\* C>?F6.51

    O/%)$#(f$ C>@= 5.24

    I")Y%"$ ?>DF 3.48

    ,$+$13 ?>CA 1.84

    O/+)( 9$+-/ 7(+)%$# : KL80

    Z,

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    38/108

    INOVAO

    =>CC

    B>hA

    B>=F

    B>EF

    B>AE

    C>D=

    C>=D

    C>=D

    C>=A

    C>@=

    ?>hB

    ?>h@

    ?>?F

    =>DDSO PAULO

    OGPK8LQJ!PG80

    95GH,

    95GP RPK8SPQ

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    39/108

    Da luz eltrica ao post-it, dos

    smartphones aos sofisticados apa-

    relhos mdicos, a inovao est

    constantemente transformando a

    forma como trabalhamos, nos co-municamos e vivemos. Por trs das

    invenes esto lderes e empresas

    que trabalham para que essas boas

    ideias cheguem a todos, e que tam-

    bm dependem delas, cada vez

    mais, para se manterem competi-

    tivas no mercado.

    Com esse desafio, muitas empre-

    sas tm investido dinheiro em

    ambientes internos que estimulem

    a criatividade, que sejam descon-

    trados e encorajem a convivncia

    e a troca de ideias entre as pes-

    soas. Mas inovar no dependeapenas do empreendedor e da sua

    equipe, uma vez que um fenme-

    no que acontece em rede e, como

    tal, tem uma grande influncia do

    seu entorno. Por isso, os empreen-

    dedores precisam de um ambiente

    que favorea a criao e a multi-

    plicao das novas ideias: pesqui-sadores e engenheiros altamente

    capacitados, que interajam com as

    universidades locais, uma boa infra-

    estrutura de laboratrios e centros

    de pesquisa, alm de dinheiro para

    tirar as ideias do papel.

    Com esse contexto em mente, fo-

    ram analisadas diversas fontes de

    dados disponveis e o resultado fi-

    nal so sete indicadores, divididos

    em dois grandes grupos: capaci-

    dade de investimentos, pblicos e

    privados, em cincia e tecnologia

    (C&T) e potencial de gerao de

    ideias, especialmente o produzido

    no ecossistema universitrio.

    8QPILsUP

    Intensidadede Investimentos

    Potencial de Gerao deIdeias

    T$3)/3Wo2#"-/3(* 7tBB 279 2.77% 2.01% 7.25%

    I")Y%"$ B>EE 136 1.70% 2.07% 7.13%

    9(#/ R/%"f/+)( B>Fh 969 2.52% 1.85% 5.51%

    9%$3e#"$ B>FC 195 6.12% 1.97% 6.04%

    K"/ .( V$+("%/ B>FE 765 4.69% 1.60% 5.66%

    71%")"2$ C>DB 779 2.31% 1.87% 4.63%

    !/%)/ L#(X%( C>DF 914 3.51% 1.30% 5.20%

    K(-"g( C>AA 148 2.37% 1.57% 4.54%

    T/"d+"$ ?>=@ 169 2.02% 1.30% 4.21%

    ,$+$13 ?>BE 78 5.05% 1.00% 4.74%

    O/%)$#(f$ ?>CA 142 8.05% 1.04% 3.32%

    O/+)( 8Q!8'$./3 %(X"/+$"3.$ !8Q

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    41/108

    Cerca de 1 em cada 28 mestres e dou-

    tores nas reas de tecnologia da cidade

    trabalham nas empresas locais, mais do

    que o dobro da mdia das outras capi-tais. Alm disso, a capital catarinense

    est acima da mdia em todos os outros

    indicadores, com destaque tambm para

    a proporo de profissionais de cincia e

    tecnologia, que representam quase 7%

    de todo o contingente de trabalhadores.

    Empreendedoresprecisam de umambiente que fa-vorea a criaoe a multiplicao

    das novas ideias.

    Intensidade de Investimentos

    7".$.(

    ndiceIntensidade

    deInvestimentos

    T$3)/3Wo2#"-/3 (*7t< Zc[

    !%/W/%]^/ .("+4(3)"*(+)/3W%"4$./3 Z(*%(#$]^/ j3%(-(")$3[Zc[

    0^/ !$1#/ D>FB 4.51% 2.63%

    9(#/ R/%"f/+)( B>h? 1.12% 3.57%

    9(#\* B>=@ 1.33% 3.20%

    O#/%"$+YW/#"3 B>Bh 2.39% 2.47%

    71%")"2$ B>Bh 2.73% 2.24%

    O/%)$#(f$ B>AD 1.61% 2.38%

    !/%)/ L#(X%( C>hB 0.92% 2.72%

    9%$3e#"$ C>DA 0.97% 2.53%(**)

    ,$+$13 C>BA 1.00% 2.30%

    T/"d+"$ C>?? 0.87% 2.22%

    K"/ .( V$+("%/ C>?A 1.33% 1.89%

    I")Y%"$ C>@C 1.06% 1.82%

    0$#4$./% ?>h= 1.92% 1.06%

    K(-"g( ?>EA 0.77% 1.15%

    O/+)( ,7Eh 74.98% 4.4 60.19% 3.8 8.06%

    0^/ !$1#/ B>EF 75.52% 4.2 59.16% 4.1 5.86%

    !/%)/ L#(X%( B>@D 75.93% 3.5 62.95% 3.9 8.44%

    9%$3e#"$ B>@B 76.10% 3.9 63.76% 4.0 3.51%

    ,$+$13 C>?75.66% 3.7 60.49% 3.2 4.16%

    K(-"g( C>E 68.56% 3.5 54.51% 3.8 7.76%

    O/%)$#(f$ ?>h@ 69.19% 3.8 52.29% 3.6 2.71%

    0$#4$./% ?>?? 72.65% 2.9 58.64% 3.0 1.94%

    9(#\* ?>ED 73.05% 3.1 54.69% 2.9 2.62%

    O/+)( ,"-%/.$./3.$ !QL'Z89T5[

    8'59 Z,57[ ,"-%/.$./3.$ !QL'Z89T5[

    8'59 Z,57[ 7(+3/ (3-/#$%Z,57[ : 89T5

    L+/ FA@E FA@E FA@E FA@E FA@F

    *Dados estaduais.45

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    46/108

    CULTURA

    =>@h

    =>@D

    B>?A

    B>@C

    B>AB

    B>AA

    C>DB

    C>BD

    C>CB

    C>@@

    C>AC

    C>A@

    ?>CC

    D>F@MANAUS

    95GH,

    TP8iQ8L

    I8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    47/108

    Uma das caractersticas dos em-

    preendedores a postura frente

    aos riscos, a atitude de desafiar

    seus medos e a disposio para

    bancar o sonho de construir uma

    grande empresa. Mas isso no

    simples. Incentivar o empreen-

    dedor frente aos desafios requer

    apoio externo da famlia, dos ami-

    gos, da mdia e da sociedade, to-

    dos importantes nos momentos

    difceis e quando o potencial do

    negcio est em xeque.

    Por isso a cultura empreendedora

    ou seja, os comportamentos e

    as atitudes das pessoas e da so-

    ciedade sobre a forma como enca-

    ram o empreendedorismo um

    dos sete determinantes analisados

    neste estudo. Para obter o grau de

    desenvolvimento local dessa cultura,

    a Endeavor entrevistou, em par-

    ceria com o Grupo Troiano, 3.917

    pessoas, com abertura estatstica

    para cada uma das 14 capitais anali-

    sadas e cuja metodologia completa

    apresentada no final deste relatrio.

    O ndice de Cultura Empreendedora

    das capitais brasileiras medido pelo

    potencial empreendedor dos cidados

    e a imagem do empreendedorismo na

    cidade. O primeiro obtido com base em

    uma anlise do perfil da populao e sua

    proporo para o empreendedorismo. J

    a imagem do empreendedorismo avalia

    o quanto a sociedade favorvel e reco-

    nhece seus empreendedores e leva em

    conta a mdia e a opinio de familiares.

    7NG

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    48/108

    A BASE PARA COMEAR

    Em geral, as capitais das regies Norte e Nordeste

    apresentam as condies menos favorveis ao em-

    preendedorismo. Elas detm as ltimas posies

    em grande parte dos ndices especficos. Mas, se

    existem desafios em outras reas, a base para co-

    mear um trabalho de fomento ao empreendedoris-

    mo muito boa: a cultura empreendedora da regio

    atinge os maiores nveis do pas. No s as capitais

    tm as maiores propores de perfis mais empre-

    endedores, como a percepo da populao frente

    ao empreendedorismo mais positiva que a mdia.

    Especialmente dois fatores chamam a ateno.

    Primeiro, a populao dessas regies, principalmente

    em Belm, a que mais credita o desenvolvimen-

    to do pas aos empreendedores, prximo a 70%. Os

    meios de comunicao parecem ter um papel impor-

    tante nesse cenrio, em que cerca de 60% da popu-

    lao relata ver matrias e entrevistas na mdia em

    geral um exemplo de como isso ocorre apresen-

    tado na nossa anlise sobre Manaus, na pgina 68.

    No extremo oposto, habitantes das capitais onde o

    PROPENSO A EMPREENDER DOS 6 DIFERENTES PERFIS

    SEGMENTAO EM 6 PERFIS

    34% 31% 27%34% 29% 18%

    NATO

    NATO

    HERDEIRO

    HERDEIRO

    IDEALISTA

    IDEALISTA

    SITUACIONISTA

    SITUACIONISTA

    MEUJEITO

    MEUJEITO

    BUSCADO MILHO

    BUSCADO MILHO

    X

    48

    setor pblico especialmente presente, como Braslia,

    ou aquelas com concentrao de grandes empresas,

    como So Paulo e Rio de Janeiro, tendem a enxergar

    d d l t

    Em alguns casos, como Braslia, 15% consideram que

    empreendedores so pessoas que exploram seus fun-

    cionrios. Nesse sentido, campanhas na mdia (que

    t b t b i ) li d

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    49/108

    Parte da cultura empreendedora so oscomportamentos e as atitudes das pes-soas e da sociedade sobre a forma como

    encaram o empreendedorismo.

    Potencial Empreendedor

    !(%g"3 W/%-$W")$#

    ndicePotencial

    Empreende-dor

    QL

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    50/108

    Imagem do Empreendedorismo

    w1(3)p(3!(3`1"3$.$3

    ndiceImagem

    do Empre-

    endedoris-mo

    Q$ 31$ 4"3^/x `1$# $ *(#m/% .(g"+"]^/ .( (*W%((+.(./%y

    51 $-%(.")/ `1((*W%((+.(./a%(3 3^/ W(33/$3`1( (bW#/%$*

    3(13 g1+-"/+;a%"/3

    !$%$ 3(% (*W%(a(+.(./%x +^/W%(-"3$ )(% 1*+(XY-"/ W%YW%"/x2$3)$ W(+3$% ($X"% .( g/%*$"+/4$./%$

    P (*W%((+.(./% \/ (*W%(3;%"/> L#aX1\* `1( )(* 1*+(XY-"/ W%YW%"/x1*$ (*W%(3$> P`1( (#( 213-$x +$4(%.$.(x \ -/+a`1"3)$% 1* $#)/W$.%^/ .( 4".$

    5*W%((+.(./% \

    `1(* )%$+3g/%*$1*$ ".("$ (*+(XY-"/ ( X(%$(*W%(X/ W$%$ $W/W1#$]^/

    ,$+$13 =>D 38.2% 7.9% 53.9% 9.9%

    9(#\* =>FB 32.7% 9.9% 57.4% 7.9%

    T/"d+"$ B>=E 38.5% 6.0% 55.5% 12.0%

    I")Y%"$ B>=E 39.2% 9.8% 51.0% 9.2%

    O#/%"$+YW/#"3 B>@h 40.8% 10.0% 49.3% 9.5%

    O/%)$#(f$ B>@h 41.5% 7.3% 51.2% 14.0%

    K(-"g( B>@h36.0% 9.0% 55.0% 9.7%

    0$#4$./% B>@h 33.3% 8.7% 58.0% 14.7%

    9(#/ R/%"f/+)( C>BB 43.3% 9.8% 47.0% 9.3%

    71%")"2$ C>BB 42.2% 9.0% 48.8% 7.6%

    !/%)/ L#(X%( C>BB 48.6% 8.2% 43.1% 12.2%

    0^/ !$1#/ C>@F 38.8% 8.2% 53.0% 10.0%

    K"/ .( V$+("%/ ?>CD 34.5% 10.4% 55.1% 10.7%

    9%$3e#"$ ?>AC 35.1% 9.9% 55.0% 15.6%

    50

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    51/108

    51 $-%(a.")/ `1( (*aW%((+.(%x+$ *"+m$

    -".$.(x \2$3)$+)(-/*W#"-$./

    51 $-%(.")/ `1(3( $#X1\* *1")/W%Yb"*/ $ *"*a W$"3x "%*^/3x(3W/3/ Z$[ a `1"a3(33( (*W%((+a

    .(%x (1 $-m$%"$

    ."ge-"# $W/"$%xW(#$ "+3(X1%$+a]$ g"+$+-("%$

    51 )(+m/ 4"3)/*1")$3 *$)\%"$33/2%( (*W%(a

    (+.(./%(3 +$*e."$ (* X(%$#

    w1(* *$"3 -/+)%"21" W$%$ / .(3(+4/#4"*(+a)/ ./ 9%$3"#

    51 $-%(.")/`1( / .(3(+a4/#4"*(+)/./ 9%$3"# .(aW(+.( *1")/

    .$ "+"-"$)"4$

    .( (*W%((+a

    .(./%(3

    Q/4/3(*W%(a(+.(./a%(3

    T/4(%+/

    5*aW%(3$3"+)(%+$a-"/+$"3"+3)$#$a.$3 +/9%$3"#

    T%$+.(3(*aW%(3$32%$3"#("a%$3

    27.0% 25.7% 67.8% 69.3% 5.0% 10.9% 14.9% 55.9%

    34.7% 24.8% 58.4% 53.8% 4.3% 18.8% 23.3% 63.4%

    32.5% 20.0% 68.5% 53.0% 8.3% 11.3% 27.5% 58.5%

    34.0% 26.8% 69.9% 53.8% 3.0% 18.3% 24.9% 52.9%

    25.9% 21.4% 50.2% 54.2% 6.5% 14.4% 24.9% 58.7%

    29.6% 25.6% 55.8% 56.1% 8.3% 15.0% 20.6% 54.8%

    31.3% 26.7% 56.7% 55.0% 8.5% 14.0% 22.5% 56.3%

    41.3% 26.0% 59.7% 57.9% 1.3% 15.8% 25.0% 54.0%

    27.3% 24.0% 55.8% 57.6% 4.2% 11.5% 26.7% 51.8%

    26.6% 24.3% 51.2% 57.3% 6.0% 12.7% 24.0% 50.5%

    28.9% 25.9% 54.1% 48.6% 5.7% 20.6% 25.1% 55.6%

    37.6% 26.6% 56.5% 54.0% 5.0% 14.3% 26.7% 51.0%

    36.0% 25.8% 52.6% 51.2% 2.0% 23.6% 23.1% 57.8%

    33.1% 28.5% 53.6% 57.5% 7.2% 12.4% 22.9% 53.6%

    51

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    52/108

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    53/108

    PERFIL DAS CIDADES

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    54/108

    FLORIANPOLIS

    O POTENCIAL DE FLORIANPOLIS

    Entre os sete pilares que compem o

    ndice de Cidades Empreendedoras

    2014, a capital catarinense est

    entre as duas melhores cidades em

    trs casos: infraestrutura, inova-

    o e capital humano. Esses ndices,

    somados aos resultados equilibrados

    em outros pilares, garantem a ela o

    primeiro lugar no ndice final.

    Florianpolis lder em capital huma-

    no por reunir amplo acesso e qualida-

    de em suas escolas e universidades.

    A cidade pode ser considerada um

    polo com mo de obra capacitada,

    com mais de 30% da populaocom diploma de graduao. No s

    a educao acessvel, mas os cursos

    tambm so de qualidade, com quase

    60% dos universitrios estudam em

    instituies com notas mximas (4

    e 5) no ENADE trs vezes acima da

    mdia das outras 13 capitais.

    As consequncias de existirem boas

    universidades, que esto conectadass empresas, tm efeito na rea de

    inovao: a cidade tem a maior pro-

    poro de pesquisadores trabalhan-

    do em empresas 1 para cada 28

    empresas, duas vezes a mdia das

    14 capitais e que, por sua vez, apre-

    sentam bom relacionamento com as

    instituies de ensino locais 8,07%das empresas inovadoras dizem se

    relacionarcom elas. Outro benefcio

    para os empreendedores so os sa-

    lrios. Mesmo com uma grande pro-

    poro de mo de obra qualificada

    e uma alta renda per capita, a remu-

    nerao est abaixo da mdia das

    cidades analisadas: dirigentes em

    Florianpolis tm um salrio mdio

    aproximadamente igual a 45% dos

    praticados em So Paulo.

    Por fim, Florianpolis tambm apre-

    senta uma infraestrutura equilibrada,

    com fcil mobilidade, boa segurana

    e custos de imveis e energia eltrica

    abaixo da mdia. tambm a capital

    analisada com a populao mais li-gada internet, com quase 80% das

    pessoas conectadas.

    54

    O EXEMPLOQUE VEM DE L

    I$#/% !/3"]^/

    AmbienteRegulatrio

    6,48 Bn

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    55/108

    OS DESAFIOS DA CAPITALOs empreendedores de l, se qui-

    serem criar grandes negcios, pro-

    vavelmente tero de expandir suas

    empresas para alm dos limites da

    capital. O potencial de consumo em

    Florianpolis alto, mas o mercado

    restrito, com o menor PIB das 14capitais analisadas. Outro desafio

    de desenvolver grandes empresas

    na cidade est ligado necessidade

    de buscar investimentos ao longo do

    tempo. Florianpolis est abaixo da

    mdia em relao movimentao

    de crdito a partir de investimentos

    dos bancos mltiplos. Alm disso, foi

    realizado apenas um nico grandeinvestimento de Private Equitynos

    ltimos cinco anos, o que seria mais

    um indcio da necessidade das empre-

    sas em expandir nacionalmente.

    Soma-se a esses desafios um ambien-

    te regulatrio em certos casos moro-

    so, especialmente no que diz respeito a

    abrir empresas: so quase trs meses,em mdia, para regularizar todos os

    procedimentos necessrios.

    L m"3)Y%"$ .( O#/%"$+YW/#"3 -/* / (*W%((+.(./%"3*/

    ( $ "+/4$]^/ -/*(]/1 m; *$"3 .( CA $+/3x `1$+./ $

    -".$.( (%$ $W(+$3 / -(+)%/ $.*"+"3)%$)"4/ ./ (3)$./>

    5* @hBFx g/" g1+.$.$ $ N+"4(%3".$.( O(.(%$# .( 0$+)$

    7$)$%"+$ ZNO07[x 1(x W(#$ g$#)$ .( W%/g(33/%(3 +$ %(a

    X"^/x W%(-"3/1 z"*W/%)$%{ ./1)/%(3 .( /1)%/3 W$e3(3>

    5x .( 1(2%$x (#(3 )%/1b(%$* (bW(%"u+-"$3 ( "+/4$]p(3

    W$%$ $3 3$#$3 .( $1#$ ( -/+4u+"/3 -/* "+3)")1"]p(3 "+a

    )(%+$-"/+$"3> ,$3 g/" 3Y (* @hD?x .(W/"3 .( 4/#)$% ./

    ./1)/%$./ +$ L#(*$+m$ -m("/ .( ".("$3x `1( / W%/a

    g(33/% 7$%#/3 L#2(%)/ 0-m+(".(% g1+./1 $ O1+.$]^/

    75K '( #; W%$ -;x $ 75K

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    56/108

    O POTENCIAL PAULISTANO

    O que no falta em So Paulo dinhei-

    ro. A cidade o centro do investimentonacional, concentrando mais de 60%

    de todas as operaes de Venture

    Capitale Private Equity observadas

    nas 14 capitais. Tambm responsvel

    por movimentar quase R$ 10 trilhes

    em operaes de crdito, o que repre-

    senta 20 vezes o PIB paulistano ou 50%

    a mais do que o total movimentado em

    todas as outras 13 capitais analisadas.Alm disso, o Governo do Estado in-

    veste quase 4,5% do seu oramento

    no fomento inovao, o maior mon-

    tante proporcional e absoluto.

    So Paulo tambm o maior centro eco-

    nmico do Brasil, com o 10 maior PIB

    do mundo5e o 3 maior do pas (atrs,

    naturalmente, do PIB do estado e donacional). Tem ainda a facilidade em se

    conectar com qualquer lugar do Brasil e

    do Mundo: possui os maiores aeroportos

    do pas; a 3 melhor malha rodoviria en-

    tre as capitais analisadas e est a menos

    de 80 quilmetros do porto de Santos, o

    maior da Amrica Latina.

    OS DESAFIOS DA CAPITAL

    Se, por um lado, a capital paulista tem

    algumas universidades entre as melho-

    res do pas, em termos proporcionais

    ainda h o desafio de difundir o acesso

    educao para uma fatia maior da

    SO PAULO

    populao hoje, s 24% dos pau-

    listanos tm ensino superior. ndices

    que parecem baixos, se comparados

    aos dos lderes, Vitria e Florianpolis,

    com mais de 32%. Ao mesmo tempo,

    a presena de grandes empresas e

    multinacionais instaladas na cidade

    aumenta a demanda por profissio-

    nais qualificados. Consequentemente,

    o empreendedor local tem muita

    56

    5Fonte: PwC (2008), disponvel em http://pwc.blogs.com/files/global-city-gdp-rankings-2008-2025.pdf

    I$#/% !/3"]^/

    AmbienteRegulatrio

    4,87 @En

    L*2"(+)( K(X1#$)Y%"/

    71#)1%$ 8+g%$(3)%1)1%$8

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    57/108

    Q/ "+e-"/ .( FA@Ex g/" -%"$.$ $ 0! Q(XY-"/3x (*W%(3$ .( (-/a

    +/*"$ *"3)$x 4"+-1#$.$ j 0(-%()$%"$ ,1+"-"W$# .( O"+$+]$3 (

    '(3(+4/#4"*(+)/ 5-/+6*"-/> 0(1 /2_()"4/ \ W%/*/4(% "+4(3a

    )"*(+)/3 ( *(#m/%$% / $*2"(+)( .( +(XY-"/3 +$ -".$.(> N*$

    .$3 W%"*("%$3 "+"-"$)"4$3 -/+.1f".$3 W(#$ 0! Q(XY-"/3 g/" $

    "*W#$+)$]^/ .( #(X"3#$]^/ -/* "+-(+)"4/3x 4"$ 8! !$%$ "33/ $-/+)(-(%x / /2_()"4/ \

    %(.1f"% / +o*(%/ )/)$# .( W%/-(33/3x $)1$#*(+)( .( @Ex W$%$

    $W(+$3 ?x W/33"2"#")$+./ /3 %(X"3)%/3 )$*2\* 4"$ "+)(%+() |/ `1( %(`1(% $ 1+"^/ .( 3"3)(*$3 ( / -/*W$%)"#m$*(+)/ .(

    2$+-/3 .( .$./3 ./3 Y%X^/3 (+4/#4"./3 +(33(3 W%/-(33/3>

    concorrncia na hora de contratar

    mo de obra qualificada, o que au-menta os salrios gerais e dificulta

    o acesso de empreendedores a essa

    mo de obra.

    Embora hoje seja mais fcil abrir

    uma empresa em So Paulo do que

    h alguns anos (atualmente so ne-

    cessrios, em mdia, 36 dias), ain-da so muitos os desafios em seu

    ambiente regulatrio. Por exemplo,

    so quase quatro meses para aprovar

    um projeto arquitetnico na cidade,

    taxa inferior somente a Porto Alegre(180 dias). Alm disso, os impostos

    efetivos tambm so expressivos:

    a cidade tem o quarto IPTU mais

    alto entre as analisadas atrs de

    Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro e

    um imposto efetivo mdio de 7,3%

    acima da taxa de 5,2% pr-determi-

    nada. Isto acontece, principalmente,porque o Estado de So Paulo adota

    a substituio tributria em diver-

    sos setores do comrcio, como de

    farmcias, com um imposto mdio de

    21,58%, prejudicando o imposto efeti-vo de empresas optantes pelo regime

    tributrio do Simples Nacional.

    Infraestrutura 7,11 ?n

    Mercado 7,59 @n

    Acesso acapital

    8,53 @n

    Inovao 7,87 @n

    CapitalHumano

    6,06 =n

    Cultura 5,04 @Fn

    71#)1%$

    ,(%-$./

    L-(33/ $ 7$W")$#

    01.(3)(0^/ !$1#/

    ,(#m/% +/)$ .( -$.$ W"#$%

    8+/4$]^/

    7$W")$#

    R1*$+/

    8+g%$(3)%1)1%$

    57

    5

    4

    6

    7

    Mais de 60% de to-das as operaesde Venture Capital

    e Private Equity doBrasil aconteceramem So Paulo.

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    58/108

    O POTENCIAL DE VITRIAVitria, junto com Florianpolis e Curitiba,

    anica cidade em que mais de 80%

    da populao tm ao menos ensino

    fundamental, 16% dos jovens esto ins-

    critos no ensino profissionalizante mais

    de 3 vezes a mdia das demais capitais

    e 34% dos adultos possuem diplomade graduao entre os universitrios,

    inclusive, um tero deles estuda em ins-

    tituies com notas 4 e 5 no ENADE, as

    maiores possveis.

    A capital capixaba tira proveito

    de seu tamanho e tambm ofere-

    ce boas condies urbanas: tem asegunda melhor mobilidade urbana

    entre as 14 capitais analisadas, 74%

    da populao est conectada inter-

    net (a mdia 64%), uma baixa taxa

    de roubos e o custo de imveis est

    abaixo da mdia.

    J o mercado local parece dinmi-

    co, apesar de ser menor que o dosgrandes centros. Conta inclusive

    com altos investimentos feitos pelos

    Governos municipais e estaduais, que

    impactam no potencial de consumo

    (B2Gov) da cidade. No mesmo senti-

    do, os outros clientes dos empreen-

    dedores locais a populao (B2C)

    e as empresas (B2B) tambm pos-suem alto poder de compra, com uma

    das mais altas rendas per capita e a

    presena de grandes empresas locais.

    Apesar de no ser to rpido abrir uma

    empresa na cidade, outros processos,

    em geral, so realizados com com certa

    eficincia, especialmente a obteno de

    energia eltrica, feita em uma semana.Tampouco os impostos cobrados so

    altos, fato demonstrado pelo ITPU (que

    no ultrapassa 0,4% do valor venal de um

    edifcio) e o imposto efetivo sobre empre-

    sas. Neste ltimo caso, entre as causas est

    o fato de o Estado do Esprito Santo no

    adotar o sublimite na aplicao do Simples

    Nacional, ainda que pudesse, legalmente, li-mitar o teto do Simples para empresas com

    receitas de at R$ 1,8 milho.

    VITRIA

    58

    P .(3$g"/ .$ "+/4$]^/ (* I")Y%"$ (3); W%"+-"W$#*(+)(

    O EXEMPLOQUE VEM DE L Para melhorar seu nvel de inovao a cidade deve investir

    mais e tambm estreitar o relacionamento entre empresas e

    universidades. Apesar de ser referncia em educao, Vitria

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    59/108

    OS DESAFIOS DA CAPITAL

    A capital capixaba, como j foi dito, pequena e seu

    mercado local tambm, apesar de ter o maior PIB per

    capita das capitais anali sadas. E ainda preocupa o fato

    de a cidade praticamente no ter crescido nos ltimos

    anos: entre 2009 e 2011, o crescimento mdio real foiigual a 0,9% ao ano, o segundo pior ndice.

    Esses fatores macroeconmicos impactam em outro de-

    safio da cidade: os baixos nveis de financiamento. Tanto

    os investimentos via dvida como os feitos especifica-

    mente em inovao poderiam aumentar: o Governo do

    Estado aplica aproximadamente 1% do seu ora-

    mento em Cincia & Tecnologiae as empresas locaiss investem em inovao, em mdia, mais do que as de

    Recife e Salvador.

    ] W W

    #"X$./ $/3 2$"b/3 "+4(3)"*(+)/3> ,$3 )$*2\* 3( %(#$a

    -"/+$ -/* / W/)(+-"$# .( X(%$]^/ .( ".("$3 .$ -".$.(x

    `1( W/331" W/1-$3 W$)(+)(3 ( -/+(bp(3 (+)%( "+3)")1"a

    ]p(3 .( (+3"+/ ( (*W%(3$3x $W(3$% .( $W%(3(+)$% 2/*

    +o*(%/ .( W(3`1"3$./%(3 (* 1+"4(%3".$.(3> L O;2%"-$

    .( 8.("$3x #$+]$.$ (* _1+m/ .(3)( $+/x W%()(+.( %(3/#a

    4(% (33( .(3$g"/} (* 1* (3W$]/ .( @A>DAA*Fx 3(%^/

    /g(%(-".$3 /g"-"+$3 .( -$W$-")$]^/ g/-$.$3 (* )(-+/a

    #/X"$ ( (-/+/*"$ -%"$)"4$x m$4(%; 1*$ $-(#(%$./%$ .(

    (*W%((+.(./%(3 .( )(-+/#/X"$x (3W$]/3 .( )%$2$#m/

    -/*W$%)"#m$./ ( 1*$ $Xu+-"$ ./ X/4(%+/ W$%$ g$-"#"a

    )$% W%/-(33/3 21%/-%;)"-/3> P (3W$]/ )$*2\* -/+)$

    -/* / T$#W^/ 5bW/-%"$)"4/x W$%$ X%$+.(3 (4(+)/3x 1*

    $1.")Y%"/ W$%$ @DA W(33/$3 ( #$2/%$)Y%"/3 g/-$./3 +$

    -%"$]^/ .( W%/.1)/3>

    I$#/% !/3"]^/

    Ambiente

    Regulatrio 7,00 En

    Infraestrutura 7,15 En

    Mercado 6,10 Cn

    Acesso acapital

    5,67 hn

    Inovao 5,70 @An

    CapitalHumano

    7,47 Fn

    Cultura 6,40 ?n

    Vitria tem alguns dos melhoresindicadores de acesso ao ensi-no, um bom sinal da existnciade mo de obra qualificada.

    tem o pior indicador sobre a interface universidade-indstria:

    apenas 1,7% das empresas que inovam afirmam terfeito isso em parceria com universidades, quatro vezes

    menos que a mdia das outras cidades.

    L*2"(+)( K(X1#$)Y%"/

    71#)1%$

    ,(%-$./

    L-(33/ $ 7$W")$#

    I")Y%"$

    01.(3)(,(#m/% +/)$ .( -$.$ W"#$%

    8+/4$]^/

    7$W")$#

    R1*$+/

    5

    4

    6

    7

    8

    9

    8+g%$(3)%1)1%$

    59

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    60/108

    O POTENCIAL CURITIBANO

    Curitiba um dos maiores exemplos

    de mobilidade urbana do mundo, com

    seu sistema integrado de nibus, im-

    plantado h quase 40 anos. Mas no

    s a rede de transporte pblico

    que explica seu destaque no deter-minante de infraestrutura. Na capital

    paranaense h um nvel razovel de

    segurana, os imveis tm custos

    abaixo da mdiae grande parte da

    populao conectada internet.

    Alm disso, Curitiba tem um aeropor-

    to grande, diversas rodovias ligam a

    capital com outras cidades do estado tambm conectando o Sul e Sudeste

    brasileiro e o Porto de Paranagu,

    um dos mais movimentados do pas,

    est a menos de 80 quilmetros do

    centro curitibano.

    As empresas que desejam inovar e

    crescer tambm encontram boas pos-sibilidades de investimento. Depois

    de So Paulo, o Governo do Paran

    o que mais investe em Cincia &

    Tecnologiae os bancos de l movimen-

    taram quase R$ 1 trilho (o que mais

    de 15 vezes o PIB local). H tambm a

    Fomento Paran, agncia de desenvol-

    vimento local, que financiou quase R$700 milhes diretamente para empre-

    endedores da regio em 2013.

    CURITIBA

    Por fim, em Curitiba no s a burocra-

    cia menor que a mdia, mas os impos-

    tos tambm. J na largada, o empreen-

    dedor leva 15 dias a menos que a mdia

    das capitais para abrir uma empresa, e

    o curitibano tambm sai na frente nahora de obter energia eltrica. Mas a

    maior vantagem para as empresas

    paranaenses encontrada na carga

    tributria, com uma alquota efetiva

    de 4,7%, ainda menor que o estipula-

    do pelo Simples (de 5,2%) l, os pe-

    quenos empreendedores que faturam

    at R$ 540 mil anuais tm iseno deICMS, o mais amplo benefcio de isen-

    o oferecido por um estado.

    60

    OS DESAFIOS DA CAPITAL

    Se a populao tem um alto poder de consumo, o que ga-

    rante um bom mercado B2C, outras empresas que operem

    d l B2G B2B d t difi ld d iL O/*(+)/ !$%$+;x -/* 3(.( (* 71%")"2$x g"+$+a

    O EXEMPLOQUE VEM DE L

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    61/108

    no modelo B2Gov e B2B podem ter dificuldades: proporcio-

    nalmente, os governos municipais e estaduais investiram30% menos que a mdia das 14 capitais e as empresas

    locais tambm so 15% menores que a mdia. Esses fato-

    res, aliados ao baixo crescimento recente, levam Curitiba a ter

    somente o 7 melhor mercado entre as capitais analisadas.

    Apesar de oferecer boas opes de investimento para ino-

    vao, as empresas podem encontrar desafios na hora de

    gerar novas ideias. So relativamente poucos os funcio-nrios ligados rea de inovao nas empresas e poucas

    as empresas que procuram instituies de ensino para

    inovar(cerca de 1 em cada 40). Embora o acesso educa-

    o em Curitiba se encontre em nveis acima da mdia, o

    desafio est na qualidade da educao. Especialmente no

    ensino superior, em que as boas universidades so propor-

    cionalmente poucas: apenas 12% dos universitrios esto

    inscritos em cursos notas 4 e 5 no ENADE , enquanto amdia das capitais de 26% e nas capitais lderes esse

    ndice ultrapassa 50%. Por fim, o empreendedor tambm

    ter que investir mais do que em outras cidades para for-

    mar um bom time, j que os salrios, em mdia, s so

    inferiores aos do eixo Rio-So Paulo.

    -"$ $+1$#*(+)( -(%-$ .( K~ =AA *"#mp(3x 3(+a

    ./ $ ?v *$"/% $Xu+-"$ .( g/*(+)/ ./ W$e3> ,$"3

    ./ `1( /g(%(-(% $W/"/ g"+$+-("%/x $ O/*(+)/

    !$%$+; "+-(+)"4$ ."%()$*(+)( / -%(3-"*(+)/

    ./3 +(XY-"/3 ./ (3)$./> L)%$4\3 .$3 #"+m$3

    .( -%\.")/ ./ 9$+-/ ./ 5*W%((+.(./%x #"X$./

    j $Xu+-"$x j *(.".$ `1( / (*W%((+.(./% W$%a

    )"-"W$ .( -1%3/3 .( -$W$-")$]^/ ( *$+)\* /1

    (bW$+.( / +o*(%/ .( g1+-"/+;%"/3 ./ 3(1 +(a

    XY-"/x $3 )$b$3 .( _1%/3 -$(*> L "+"-"$)"4$ \ 2/$

    )$*2\* W$%$ / W%YW%"/ 9$+-/ ./ 5*W%((+.(./%

    `1(x -/2%$+./ )$b$3 `1( 4$%"$* (+)%( AxCCq (

    @xA=qx *$+)\* 1*$ "+$."*W#u+-"$ *e+"*$x .(

    AxACq (* )/.$ $ -$%)("%$>

    I$#/% !/3"]^/

    AmbienteRegulatrio

    6,55 Cn

    Infraestrutura 7,63 @n

    Mercado 5,99

    =nAcesso acapital

    6,69 En

    Inovao 6,32 Cn

    CapitalHumano

    6,03 hn

    Cultura 5,56 @An

    Os empreendedores de Curitibapagam os menores impostosdo pas.

    L*2"(+)( K(X1#$)Y%"/

    71#)1%$

    ,(%-$./

    L-(33/ $ 7$W")$#

    71%")"2$

    01#,(#m/% +/)$ .( -$.$ W"#$%

    8+/4$]^/

    7$W")$#

    R1*$+/

    8+g%$(3)%1)1%$

    5

    4

    6

    7

    8

    9

    61

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    62/108

    O POTENCIAL BRASILIENSEPara o empreendedor local, Braslia re-

    presenta o segundo melhor mercado

    do pas. Alm de ter o terceiro maior

    PIB do Brasil, a populao local tem

    alto poder de compra(apesar da alta

    desigualdade), com renda per capita

    mdia de quase R$ 1.800,00 por ms.As empresas da capital tm ainda alto

    poder para compras intermedirias

    (B2B), com um valor adicionado 30%

    maior que a mdiadas capitais brasi-

    leiras. Ou seja, a cidade est isolada

    no centro do Brasil, mas tem um gran-

    de mercado por l.

    Por existir apenas um governo em

    Braslia, o Governo Distrital, de certa

    forma mais simples gerenciar os pro-

    cessos burocrticos da regio. A conse-

    quncia que, com exceo do tempo

    para obter registros imobilirios, todos

    os processos analisados no ambiente

    regulatrio so efetuados em prazosinferiores mdiadas capitais.

    OS DESAFIOS DA CAPITAL FEDERAL

    Em Braslia esto nossos deputa-

    dos federais, senadores, ministrose a Presidente, onde vivem e tra-

    balham milhares de funcionrios

    BRASLIA

    pblicos. A cidade criada por Oscar

    Niemeyer gira em torno do governo.No surpresa, ento, saber que a

    imagem do empreendedorismo no

    um grande destaque, um dos mo-

    tivos pelo qual a cidade ocupa a l-tima posio em relao Cultura

    Empreendedora. Soma-se a isso o

    62

    O EXEMPLOQUE VEM DE L

    I$#/% !/3"]^/

    AmbienteRegulatrio

    6,56 ?n

    Infraestr t ra 6 21 Bn

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    63/108

    tm o desafio de encontrar investi-

    dores e meios para financiar suas

    ideias. Se comparado ao tamanho

    do mercado local, os bancos fizeram

    poucos investimentos e emprsti-mos na capital federal: foram cer-

    ca de R$ 1,5 trilhes, um montante

    inferior a 10 vezes o PIB local pro-

    porcionalmente menos que Porto

    Alegre, Belo Horizonte e Curitiba,

    por exemplo. Nos ltimos cinco anos

    tambm foram feitos apenas dois in-vestimentos de capital de risco, me-

    nos de 1% do total nacional.

    P T/4(%+/ ./ '"3)%")/ O(.(%$#x (* FA@@x "+4(3)"1 1$3(

    K~ ? 2"#mp(3x W/% *("/ .( -/*W%$3 .( 2(+3 ( 3(%4"]/3>

    LX/%$x 1* .(-%()/x $W%/4$./ +/ "+e-"/ .( V1#m/ .(

    FA@?x .()(%*"+$ 1( $/ *(+/3 FCq .( )/.$3 $3 -/*a

    W%$3 Wo2#"-$3 Z/1 3(_$x -(%-$ .( K~ @ 2"#m^/[ 3(_$* g("a

    )$3 .( *"-%/ ( W(`1(+$3 (*W%(3$3 Z,!53[> L"+.$x $ #("

    Z2$3($.$ +$ G(" T(%$# .( ,"-%/ ( !(`1(+$3 5*W%(3$3x

    ./ T/4(%+/ O(.(%$#[ W%(4u `1(x +$3 -/+)%$)$]p(3

    .( $)\ K~ DA *"#x $3 ,!53 )(+m$* (b-#13"4".$.( +$#"-")$]^/>

    5 W$%$ `1( %($#*(+)( $3 $]p(3 W%/W/3)$3 3(_$* (g(a

    )"4$.$3x / X/4(%+/ )(* -/*/ W%Yb"*/3 W$33/3 #$+]$%

    / W/%)$# z!%"/%"f$ ,!5{x _; W%(4"3)/ +$ #(X"3#$]^/> P

    W/%)$# 3(%4"%; -/*/ -$+$# .( -/*1+"-$]^/ -/* /3

    (*W%((+.(./%(3x /+.( 3(%^/ ."41#X$./3 /3 (.")$"3 (

    #"-")$]p(3 $2(%)/3 ( 3(%; g(")/ / $-/*W$+m$*(+)/ .$3

    -/*W%$3 Wo2#"-$3 ( ./3 %(31#)$./3> Q(#(x / (*W%((+a

    .(./% )$*2\* W/.(%; 3( -$.$3)%$% -/*/ g/%+(-(./%

    .$ W%(g(")1%$x %(-(2(+./ $3 +(l3#())(%3 ./ W/%)$# (

    /1)%$3 "+g/%*$]p(3 3/2%( / (*W%((+.(./%"3*/ .$ %(a

    X"^/> P !%"/%"f$ ,!5 \ 1*$ "+"-"$)"4$ .$ 0(-%()$%"$ .(

    ,"-%/ ( !(`1(+$3 5*W%(3$3 ./ T/4(%+/ ./ '"3)%")/

    O(.(%$# ( .(4(%; 3(% #$+]$./ +/ "+e-"/ .( FA@C>

    Alm de ter o terceiro maior PIBdo pas, a populao de Braslia

    tem alto poder de consumo

    fato de 15% dos brasilienses consi-

    derarem que empreendedores so

    pessoas que exploram seus funcio-

    nrios, enquanto a mdia das capi-

    tais estudadas de 10%.

    Os empreendedores locais tambm

    Infraestrutura 6,21 Bn

    Mercado 7,55 Fn

    Acesso acapital

    5,92 =n

    Inovao 6,03 Bn

    CapitalHumano

    6,26 Bn

    Cultura 4,55 @?n

    L*2"(+)( K(X1#$)Y%"/

    71#)1%$

    ,(%-$./

    L-(33/ $ 7$W")$#

    9%$3e#"$7(+)%/a/(3)(

    ,(#m/% +/)$ .( -$.$ W"#$%

    8+/4$]^/

    7$W")$#

    R1*$+/

    8+g%$(3)%1)1%$

    5

    4

    6

    7

    8

    9

    63

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    64/108

    O POTENCIAL DE BELO HORIZONTE

    Depois de So Paulo, o principal

    centro financeiro do pas, Belo

    Horizonte a capital onde os

    empreendedores encontram mais

    alternativas de i nvestimentos. Os

    bancos locais movimentaram

    mais de R$ 700 bilhes em ope-

    raes de crdito e outros R$

    4 bilhes foram investidos direta-

    mente em empreendedores atra-

    vs do Banco de Desenvolvimento

    de Minas Gerais, o maior desse

    tipo no Brasil. As empresas da

    regio tambm receberam mais

    de 80 investimentos de Venture

    Capitale Private Equitynos lti-

    mos cinco anos, o que representa

    12% do total nacional, somente

    atrs de So Paulo e no mes-

    mo patamar do Rio de Janeiro.

    Provavelmente como resultado

    disso, as empresas locais so as

    que mais investem em inovao

    em termos percentuais um in-

    dcio de que a cultura em torno

    do chamado San Pedro Valley,

    o Vale do Silcio mineiro, favo-

    rece de fato a i novao.

    O empreendedor tambm encontra

    com mais facilidade mo de obra

    qualificada na cidade. Alm de sal-

    rios bastante abaixo das mdias das

    regies Sul e Sudeste, a cidade tem

    muitas universidades com qualida-

    de e isso permite que cerca de 1 em

    cada 3 universitrios esteja ma-

    triculado em cursos de alta quali-

    dade. Belo Horizonte tem ainda a 3

    maior taxa de jovens matriculados

    no ensino profissionalizante, o

    que garante ao empreendedor mais

    chances de formar uma boa equipe.

    OS DESAFIOS DA CAPITAL

    Belo Horizonte est a mais de 400

    quilmetros do porto mais prximoe, apesar de Minas Gerais ter quase

    23.000 quilmetros de rodovia, a

    BELO HORIZONTE

    segunda maior malha rodoviria do

    pas em termos absolutos, o tama-nho do estado requer muito mais.

    Alm dos gargalos do transporte

    interurbano, internamente Belo

    Horizonte tambm tem os desafiosdas grandes cidades, como custos

    altos de imveis e energia eltrica,

    64

    P 9$+-/ .( '(3(+4/#4"*(+)/ .( ,"+$3 T(%$"3

    Z9',T[ \ / *$"/% 2$+-/ .( .(3(+4/#4"*(+)/ %(a

    O EXEMPLOQUE VEM DE L

    I$#/% !/3"]^/

    AmbienteRegulatrio

    5,75 Dn

    Infraestrutura 5,29 @An

  • 5/18/2018 Endeavour Brasil Municipios Empreendedores

    65/108

    X"/+$# ./ W$e3x -/* *$"3 .( K~ ? 2"#mp(3 g"+$+a-"$./3> 0^/ ."4(%3$3 $3 #"+m$3 .(."-$.$3 $/3 (*a

    W%((+.(./%(3x `1( W/.(* g$f(% 1*$ 3"*1#$]^/

    W%\4"$ +/ 3")( ./ 2$+-/ 2$3($./ (* 31$3 .(*$+a

    .$3> I$#( -")$%x (3W(-"$#*(+)(x $#X1*$3 .$3 #"+m$3

    .( -%\.")/ g/-$.$3 (* "+/4$]^/x `1( -/+)$* -/*

    $ $+;#"3( .$ OL!5,8T Z$ g1+.$]^/ .( $*W$%/ j

    W(3`1"3$ (3)$.1$#[ W$%$ #"2(%$]^/ g"+$# ./ -%\.")/>

    5+)%( $3 #"+m$3 .( -%\.")/ m; $ !KP! P3 (*W%((+.(./%(3 "+)(%(33$a

    ./3 -%"$* 1* W%/_()/ .( W(3`1"3$ $W#"-$.$ $ 3(% g"+$+a

    -"$./x 1( (+)^/ \ $+$#"3$./ W/% 1*$ -/*"33^/ -%"$.$

    W(#/ 9',T ( $ OL!5,8T> 0( $W%/4$./x / -%\.")/ Z.(

    $)\ K~ F *"#mp(3[ )(* 1* $+/ .( -$%u+-"$ ( $)\ -"+-/

    W$%$ W$X$*(+)/ )/)$#x -/* 1*$ )$b$ .( _1%/3 $W#"-$.$

    "+g(%"/% $ @AxAq $/ $+/ | W$%$ (g(")/ .( -/*W$%$]^/x

    $3 #"+m$3 )%$."-"/+$"3 *$"3 2$"b$3 ./ 9',T )u* )$b$3

    .( @ExhDq $>$>

    Os bancos em Belo Horizontemovimentaram mais de R$ 700bilhes em operaes de crdi-to, um dos maiores montantes,proporcionalmente

    e uma mobilidade urbana complexa,

    em que quase 55% da populao

    demora ao menos 30 minutos no

    deslocamento casa-trabalho.

    A capital mineira, ainda que possua

    o 5 PIB do pas, teve um cresci-mento real modesto entre 2009

    e 2011 (ltimos anos com dados

    disponveis), igual a 1,65% ao ano,

    a menor taxa da regio Sudeste e

    quase metade da mdia de 3,08%

    das outras 13 capitais analisadas

    neste estudo. Isso afeta as condi-

    es de mercado, especialmente

    para as pequenas empresas, em ge-ral muito atreladas ao crescimento

    local, como as do setor de comrcio

    e servios. A causa do baixo cres-

    cimento do PIB da cidade tambm

    p