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©Editora Positivo Ltda., 2018
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COORDENAÇÃO DE ARTE: Elvira Fogaça Cilka
COORDENAÇÃO DE ICONOGRAFIA: Janine Perucci
AUTORIA: Luciana Eastwood Romagnolli
EDIÇÃO DE CONTEÚDO: Luiz Lucena (Coord.), Annalice Del Vecchio e Cynthia Amaral
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REVISÃO: Bárbara Pilati Lourenço, Fernanda de Lara e João Rodrigues
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EDIÇÃO DE ARTE: Marcelo Bittencourt
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ana Eastwood. Solução Educacional : arte, 3º. ano / Luciana Eastwood Romagnolli ;
Viegas ... [ et al. ]. – Curitiba : Positivo, 2019.
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Viegas ... [ et al. ]. – Curitiba : Positivo, 2019.Viegas ... [ et al. ]. – Curitiba : Positivo, 2019.ilustrações Davi Vilustrações Davi V : il.: il.: il.
(Li d l )ISBN -467-2714-8 (Livro do aluno)-467-2714-8 (Livro do aluno)ISBN 978-85ISBN 978-85 -467-2722-3 (Livro do professor)-467-2722-3 (Livro do professor)ISBN 978-85ISBN 978-85
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Elder Galvão. 2018. Mista.
Capítulo 1 Tic-tac, tic-tac p. 4
Capítulo 2 No tempo das histórias p. 20
Capítulo 3 Corpos aqui, ali e acolá p.36
Capítulo 4 Máscaras aqui, ali e acolá p. 50
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3º. ano – Volume único4
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TIC-TAC, TIC-TAC
Brincando com o tempo
Você já reparou como o tempo nem sempre passa do mesmo jeito?
Parece que ele se arrasta quando estamos entediados e voa durante uma brincadeira divertida.
Se você está com fome e sono, 15 minutos demoram uma eternidade!
A nossa sensação de tempo varia. Uma lembrança antiga pode ser mais forte do que uma recente.
Mas o que isso tem a ver com arte?
No Teatro, na Dança, na Música e nas Artes Visuais, artistas brincam de “mode-lar” o tempo, como se ele fosse feito de massinha!
Assim, eles mudam nossa maneira de perceber a passagem do tempo.
Vamos prestar atenção nos tempos das pessoas e das coisas?
DALÍ, Salvador. A persistência da memória. 1936. 24,1 cm × 33 cm. 1 óleo sobre tela. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque, EUA.
5Arte 5Arte
JOBIM, Tom. Águas de março. In: Matita Perê. Rio de Janeiro: Universal Music, 1973. 1 CD. Faixa 1.
Se essa rua fosse minha
Andamento
Quais sensações essas canções despertam em você?
Ilustrações: Gustavo Ramos. 2018. Digital.
Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Para o meu
Para o meu amor passar
Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
É porque
É porque te quero bem.
Cultura popular
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira [...]”.
Águas de março
6 3º. ano – Volume único
O andamento pode ser a passos lentos, como em Se essa rua fosse minha, ou apressados, como em Águas de março.
Quem toca ou canta uma música pode mudar o seu andamento.
Você prefere mais depressa ou mais devagar? Vamos experimentar?
Faça um desenho para representar como as mudanças de andamento transformaram as músicas.
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O andamento é a velocidade com que uma música é tocada. Vamos conhecer alguns tipos de andamento?
Lento: lento
Adagio: calmo, vagaroso
Andante: tranquilo
Moderato: moderado
Allegro: animado, depressa
Presto: muito depressa
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A memória é uma importante fonte de inspiração para a criação artística.
Vamos usar as nossas lembranças como ponto de parti-da para criar uma peça de teatro. Comece pelo argumento. Escreva-o no espaço abaixo.
O trem do tempo
Se o tempo fosse um trem, ele andaria sem parar e sem-pre na mesma direção: em frente!
Mas tem uma coisa que faz o tempo andar para trás. Uma máquina do tempo? Não, é a memória! Com ela, voltamos minutos, horas, dias, meses e até anos.
Qual é a sua memória mais antiga?
argumento: texto curto que apresenta o enredo, ou seja, a sucessão de aconte-cimentos de uma peça.
8 3º. ano – Volume único
De quais momentos de sua infância você não quer se esquecer quando for adulto?
Ouça a música a seguir. De quem podem ser essas memórias?
Agora, crie uma letra de música para falar de suas memórias!
Ouça a música a seguir. De quem podem ser essas memóriass??????????
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Antigamente
Antigamente eu tinha um nome tão bonito
Antigamente ela era minha mãe
Antigamente eu era a filha mais querida
Antigamente eu vivia de verdade
Agora estou aqui, tão só
Coberta pelo pó
[...]
Trocava minha fralda mais de vinte vezes
Me desbotei de tanto ela me dar banho
Passava em mim um vidro inteiro de perfume
Depois me maquiava como sua mãe
E agora estou com tanto medo
Voltar ser um brinquedo
[...]
PALAVRA CANTADA. Antigamente. In: PERES, Sandra; TATIT, Paulo. Canções curiosas. 1 CD. 1998. Faixa 8.
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Tom Jobim, o compositor, e Elis Regina, a principal intérprete de Águas de março
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Bossa nova
Águas de março foi composta por Tom Jo-bim em 1972. O compositor estava no sítio de sua família, em São José do Vale do Rio Preto, região serrana do Rio de Janeiro. A paisagem o inspirou a criar a canção, que foi apresentada ao público no disco Elis & Tom. Conhecida mundialmente, Águas de março é um dos clássicos da bossa nova.
Você já viu um disco de vinil? Você sabia que ele tem um lado A e um lado B? Converse sobre isso com o professor.
Feche os olhos. Imagine que você está no campo, em um lindo dia de sol. Crie uma obra de arte inspirada nessa paisagem!
3º. ano – Volume único10
A bossa nova é um estilo musical surgido no Brasil, no fim dos anos 1950, concebido por compositores e cantores do Rio de Janeiro, entre eles Tom Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto. É um tipo de música mais intimista, feito basicamente com voz e violão, cantado em tom de voz baixo e calmo, uma voz “pequena”, como a da cantora Nara Leão em O barquinho.
O que seria uma voz “pequena”?
O barquinho
Dia de luz, festa de sol
E o barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão, o amor se faz
No barquinho pelo mar
Que desliza sem parar [...].
O principal ponto de encontro dos músicos da bossa nova eram os aparta-mentos da Zona Sul do Rio de Janeiro.
Você acha que a paisagem do mar, vista da janela dos apartamentos, pode ter influenciado esses músicos? Como?
MENESCAL, Roberto; BÔSCOLI, Ronaldo. O barquinho. Intérprete: Nara Leão. In: Garota de Ipanema, 1989. 1 CD. Faixa 1.
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11Arte
O diálogo e a rubrica
Quais são as diferenças entre um livro de histórias e uma peça de teatro?
Em um livro, as imagens se formam em nossa cabeça enquanto vamos co-nhecendo a história. As ilustrações ajudam nisso. Em uma peça, o espaço da história e os personagens estão diante de nós.
E como é o texto de teatro?
O mais comum é que ele seja escrito em forma de diálogo, ou seja, como uma conversa. Assim, sabemos o que cada personagem vai dizer; já suas ações são explicadas nas rubricas.
Encontre os diálogos na peça O cavalinho azul, de Maria Clara Machado e identifique-os com uma seta ( ).
E as rubricas, quais são? Sublinhe-as.
O CAVALINHO AZUL
PERSONAGENS
João de DeusVicente, o meninoO paiA mãeO pangaré
CENÁRIOUma casa
1.ª CENA
(Ao abrir-se o pano, vê-se apenas o palco vazio. Enquanto se ouve a música [...], um velho de longas barbas, maltrapilho e vagabundo, simpático e bonachão se dirige em direção à plateia segurando um tamborete.)
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12 3º. ano – Volume único
VELHO Eu me chamo João de Deus. [...]. Estou aqui para contar a história do me-nino Vicente e de seu cavalo. [...]. Vou contar como é que esta história começou. Aqui (Pela esquerda entram o pai e a mãe carregando a casa.) morava Vicente, com seu pai e sua mãe, nesta casinha. (O pai e a mãe colocam a casa e o banquinho e desaparecem.) E ali vem ele – nem me viu ainda – com seu cavalo. Vou deixar esta história contar-se por si mesma, enquanto vou ajudando aqui, ao lado.
(O velho senta-se no tamborete, fora da cena, perto da cortina, na semiobscuridade, enquanto a luz cresce dentro do palco, onde se vê um menino pobre puxando uma enorme corda que prende ao pescoço de um feio pan-garé, sujo, magro, com cara infeliz. O menino, em êxtase, procura convencer o cavalo – dois atores em pé, um fazendo a cabeça com uma máscara e o outro fazendo de traseiro.)
VICENTE Se você der mais uma volti-nha, só mais uma voltinha, meu cavalinho, eu prometo levar você lá numa campina toda verdinha de tanto capim verde. Vamos, vamos, meu cavalinho azul!(O cavalo se levanta com grande esforço e começa a trotar em volta do menino.) Vamos, meu cavalinho azul! Upa! Upa! Upa!
(O cavalo, cansado, começa a se arrastar.)
VICENTE (Zangado.) Assim você não poderá trabalhar no circo! Não pode. Veja como eu faço. Como aquele grande cavalo branco lá do circo da cidade. Buuuuuuuu, assim, levantando as patas
e depois me levando na garupa como a bailarina Lili, toda verde de tão bonita, e o domador Rogério de boné dourado e calças vermelhas... Upa! Upa! Upa! Vamos, vamos! (O cavalo está exausto.) Bem, por hoje, chega. Amanhã treinaremos mais. Você está cada vez melhor e mais bonito.
MÃE (De dentro.) Vicente!
VICENTE O que é, mamãe?
MÃE (Saindo com uma trouxa de roupas para lavar.) Venha estudar, menino. Está quase na hora da escola.
VICENTE Já vou, mamãe. Deixe eu conversar mais um pouquinho só com meu cavalinho azul.
MÃE Que cavalinho azul, que nada! Um pangaré velho que não presta mais nem para puxar a carroça de teu pai (Saindo com a trouxa.) Cavalinho azul!... Azul!
VICENTE (Baixo, para o cavalo.) Não liga não, meu cavalinho. (Para a plateia.) Mamãe chama meu cavalinho de sujo e velho porque ela pensa que ele é sujo e ve-lho, porque mamãe é gente grande e gente grande tem que lavar roupa, fica cansada e maltrata o cavalinho, sem querer. Como é que ela pode saber a cor do meu cavalo se nem vê ele direito de tanto cozinhar, arru-mar e lavar roupa? Também ele anda um pouco sujo hoje, mas é porque a água do nosso rio está quase seca, não lava mais direito, (Para o cavalo.) mas amanhã vou também te levar num rio muito grande,
13ArteMACHADO, Maria C. O cavalinho azul e outras peças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
muito branco de tão limpo, que passa perto da campina verde. Lá você tomará um banho e vamos para o circo. Quem não es-tiver muito limpo e lindo também não pode entrar no circo, está ouvindo?
PAI (Chegando com o balde.) Vicente, olha a ração do Mimoso. E chega de fazê-lo ro-dar. Ele está muito magro, precisa descansar.
VICENTE Vou levar ele, papai, para a grande campina verde e vou dar um banho nele no rio de água branca.
PAI (Bem-humorado.) Onde é que existe esta campina, menino? Tudo está seco, isto sim. Seco e esturricado. Onde é que tem um rio grande e branco?
VICENTE Aquele lá longe.
PAI Longe, onde?
VICENTE Ora, papai, lá longe, do outro lado daquele morro mais longe.
PAI Lá longe é a cidade.
VICENTE Onde está o circo, não é?
PAI É. Vá estudar, menino.
VICENTE Vou buscar meu livro e venho estudar aqui, tá bem?
(Entra por trás da casa.)
PAI (Depois de misturar a comida do cavalo.) Toma, pangaré, come isto para não morrer de fome.
(O pangaré enfia a cara no balde. O pai sai e volta o menino.)
VICENTE Você sabe o que é uma ilha? É uma quantidade de terra cercada de água por todos os lados... Um istmo... (Diz baixinho, como procurando decorar.) um istmo... é... Sabe, cavalinho, nós vamos lá... nós vamos na ilha cercada de água por todos os lados, cercada de istmos... de cabos, de tudo. Depois vamos ao promontório. Depois, eu monto em você e saímos correndo atrás das capitanias hereditárias... Vai ser ótimo!
MÃE (De dentro.) Vicente, venha estu-dar cá dentro. Sozinho, longe deste cavalo.
VICENTE Estou indo. (Entra gritan-
do.) Vamos para as capitanias hereditárias! Eu e meu cavalinho azul...
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14 3º. ano – Volume único
Maria Clara Machado foi uma dramaturga brasi-leira que escreveu muitas peças para
crianças, entre elas, Pluft, o Fantasminha e A menina e o vento. Também traba-lhou como atriz e diretora. Ela nasceu em 1921, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. No Rio de Janeiro, fundou um grupo amador chamado O Tablado, que virou uma escola de teatro. O cavalinho azul estreou no Tablado, em 1960, com direção da própria Maria Clara. Isso quer dizer que a peça foi criada pouco depois da bossa nova!ddd bbbbb !!!
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Pergunte aos integrantes mais velhos de sua família: De que acontecimentos artísticos da virada dos anos
1950 para os 1960 eles se recordam?
dramaturga: autora que escreve peças teatrais.
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Montando um espetáculo
Depois que uma peça é escrita, como ela “vira” teatro?
Um grupo formado por dire-tor e atores estuda o texto tea-tral para preparar a montagem de um espetáculo.
A função do diretor de teatro é or-ganizar tudo o que acontece no palco e orientar atores e outros profissionais, como cenógrafo, iluminador e músicos.
15Arte
Forme um grupo de teatro para montar um trecho da peça O cavalinho azul.
Antes, desenhe a cena que será montada: personagens, objetos e outros elementos que formam o cenário.
montagem: prepa-ração, produção do espetáculo teatral.
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prepa-ão do atral.
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Águeda Horn. 2013. Colagem.
16 3º. ano – Volume único
Agora é a sua vez de escrever uma peça de teatro. Acrescente uma boa dose de invenção ao argumento que você criou com base em suas memórias.
Lembre-se de usar diálogos e rubricas... Se ajudar a soltar a imaginação, faça ilustrações também!
PERSONAGENS:
CENÁRIO:
3º. ano – Volume único18
Leitura dramática
Como escreveu Maria Clara Machado, “é só no pal-co que a história de teatro pode viver”. Por isso, que tal encenar a sua peça?
Em grupos, façam uma leitura dramática das peças da turma.
Em 2017, a mostra Janela de Dramaturgia realizou leituras dramáticas de peças infantojuvenis inéditas, em Belo Horizonte.
leitura dramática: leitura de uma peça de teatro feita por ato-res, geralmente sentados, usando somente as vozes para interpretar os personagens.
O dramaturgo na sala de ensaio
Antigamente, o dramaturgo costumava escrever as peças em seu escritório. Somente depois de prontas é que elas iam parar nas mãos do diretor e dos atores.
Hoje em dia, é comum que ele trabalhe mais perto dos grupos teatrais. Ele pode escrever os textos das peças com base em exercícios e cenas que os atores criaram nas salas de ensaio ou ele pode trazer uma peça (ou parte dela) já escrita e modificá-la depois de assistir aos ensaios com o elenco.
elenco: conjunto de atores que trabalham em uma peça teatral, novela ou filme.
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19Arte
Como foi fazer a leitura dramática da sua peça? Que mudanças você gos-taria de fazer após ouvir os diálogos interpretados pelos atores? Reescreva sua peça com base nas suas percepções.
3º. ano – Volume único20
Trilha sonora
Você já reparou nas músicas de seu filme pre-ferido? No teatro e no cinema, a trilha sonora é uma forma importante de expressão de sentimen-tos e de sensações que vão além das palavras e das imagens. Ela pode emocionar, criar entusiasmo ou gerar tensão, por exemplo.
Mais que a música, o som é fundamental!
Passos atrás da porta, portas rangendo, uivos, o chiar do vento, estrondos de trovão. Em um fil-me de terror, esses sons são capazes de provocar medo em qualquer um!
No tempo das histórias
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Cena do curta-metragem brasileiro Historietas
assombradas (para crianças malcriadas). Nela, o som
ajuda a despertar o medo.
Como seria a trilha sonora de sua peça de teatro? Que sons ela teria?
Em Up – Altas aventuras, a vida de um casal é resumida em três minutos ao som de uma música.
O filme recebeu o Oscar de melhor trilha sonora.
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21Arte 21Arte
A televisão chegou ao Brasil em 1950, quando entrou no ar a TV Tupi. Naquela época, as imagens eram transmitidas ao vivo e em preto e branco!
Pergunte às pessoas mais velhas de sua família como era ver televisão quando elas eram crianças.
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Rádio e televisão
Antes de a televisão se espalhar pelas casas brasi-leiras, o rádio era o meio de comunicação mais popular do país. As décadas de 1940 e 1950 ficaram conhecidas como a Era de Ouro do rádio.
O sonoplasta era um profissional essencial. Como não havia imagens, eram os efeitos sonoros que ajuda-vam a contar as histórias. Sons imitando o trotar de ca-valos, batidas na porta, vendaval ou trovões transporta-vam o ouvinte para ambientes imaginários.
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Vamos recriar a experiência do rádio?
Feche os olhos e tente imaginar os sons pro-duzidos se
• balançar uma placa de alumínio ou outro metal.
• bater as metades de um coco. • amassar papel celofane. • sacudir grãos de milho ou arroz dentro de um balão.
22 3º. ano – Volume único
Caderno de artistaAgora, crie efeitos sonoros para a sua peça ou para a montagem de O cava-
linho azul.
Use a criatividade! Quais sons você quer imitar? Com que materiais você conseguirá criá-los?
Aproveite esta página do seu Caderno de Artista para planejar sua criação.
23Arte
Movimento
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Você conhece o minotauro? É uma figura com cabeça de touro e corpo de homem. Agora, imagi-ne que o seu corpo é metade humano e metade animal e crie dois movimentos para dançar.
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24 3º. ano – Volume único
No tempo da memória
Pergunte a familiares mais velhos como eles dançavam quando eram jovens. Aprenda alguns movimentos com eles para mostrar aos colegas!
Qual era o nome da dança?
Quando e onde dançavam?
Como era a roupa ou o figurino usado?
Quais eram os principais movimentos?
3º ano – Volume único
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No tempo do corpo
O tempo é uma das principais qua-lidades do movimento.
Quando aceleramos ou desace-leramos um movimento, as nossas sensações físicas também mudam!
Vamos experimentar?
1 Crie uma sequência de movimentos seguindo as indicações:
• Apressado
• Moderado
• Lento
• Muito lento
• Súbito/urgente
2 Represente, no espaço abaixo, um dos movimentos que você criou.
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3º. ano – Volume único26
Fluir ou interromper?
Imagine um rio calmo, com as águas correndo continuamente, fluidas. De repente, no entanto, ele tem seu fluxo controlado em um desvio ou é in-terrompido por uma rocha ou árvore caída.
Como esse rio, o movimento também pode ser fluido, controlado ou interrompido, dependendo da tensão muscular que fazemos.
Quando você abre uma cortina, seu movimento é fluido, pois os músculos do braço não precisam de muita tensão.
Quando você tenta abrir uma janela emperrada, precisa fazer força, seus músculos ficam tensos e seu movimento é controlado ou até interrompido.
Vamos criar uma sequência de movimen-
tos para experimentar essas diferenças em nossos cor-pos? Em seguida, repita a sequência acelerando e, de-pois, desacelerando!
Simone Matias. 2018. Acrílica sobre papel-cartão.
Musculatura tensa
Musculatura relaxada
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No tempo do dia a dia
Você já viu uma dança feita somente de movimentos do dia a dia?
Como será que movimentos como deitar, lavar o cabelo, pular poças, entre outros, ficam quando feitos em ritmos diferentes? Experimente!
Registre aqui o movimento que você mais gostou de realizar.
28 3º. ano – Volume único
Surrealismo
O que essas obras de Salvador Dalí têm em comum?
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DALÍ, Salvador. A persistência da me-mória. 1933. 1 óleo sobre tela, color., 24 cm × 31 cm. Museu de Arte Mo-derna, Nova Iorque, Nova Iorque, EUA.
DALÍ, Salvador. O sono. 1937. 1 óleo sobre tela, color., 51 cm × 78 cm. Coleção privada.
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©Magnum Photos/Philippe Halsman
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No tempo do sonho
Você já reparou que o tempo dos sonhos é diferente do tempo do relógio?
Podemos sonhar com longas aventuras em poucos minutos de sono. De um instante para o ou-tro, o sonho nos leva do pre-sente ao passado, de um lugar real a outro imaginário, da memória à invenção. De repente, uma pessoa vira ou-tra e a história muda completamente!
Salvador Dalí (1904-1989)
Inspire-se nas obras de Salvador Dalí e em seus próprios sonhos para criar, na página seguinte, um desenho ou uma colagem misturando elementos fami-liares de uma maneira bem estranha, surreal!
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Nascido na Espanha, Dalí criou pinturas oníricas, ou seja,
inspiradas nos modos de funcionamento dos sonhos. O
estilo de arte criado por esse artista chama-se surrealismo.
Surreal é aquilo que não pertence ao real por ser estranho e
absurdo, como um sonho.
©Magnum Photos/Phou seja
31Arte
No tempo da linha
Uma linha também pode causar di-ferentes sensações de tempo e de mo-vimento.
Quais linhas passam a sensação de
• maior movimento?
• continuidade, fluidez?
• interrupção?
• velocidade?
• lentidão?
As linhas podem ser mais ou menos fluidas e parecer mais ou menos pesa-das. E tudo isso altera as sensações que elas causam.
Observe as imagens a seguir. Quais as sensações causadas pelas linhas usadas por El Greco e Vincent van Gogh?
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EL GRECO. Cabeça de mulher. 1 desenho. Antiga Pinacoteca, Munique.
VAN GOGH, Vincent. Paisagem. 1888. 1 dese-nho. Museu Van Gogh, Amsterdã, Holanda.
OSTROWER, Fayga. Universos da arte – edição comemo-rativa. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2004. p. 14.
©Museu Van Gogh
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32 3º. ano – Volume único
Caderno de artistaVocê está se sentindo mais Van Gogh ou mais El Greco hoje?
Agora é a sua vez de criar um desenho explorando as muitas possibilidades das linhas!
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As pinceladas de Van Gogh
Os movimentos das linhas que vimos no desenho de Vincent van Gogh aparecem ainda mais em suas pinturas.
Suas pinceladas são inconfundíveis!
Repare na quantidade de tinta usada: elas revelam os movimentos curtos e os curvos feitos com o pincel.
VAN GOGH, Vincent. Campo de trigo com ciprestes. 1889. 1 óleo sobre tela, color., 73,2 cm × 93,4 cm. Galeria Nacional, Londres, Inglaterra.
“Van Gogh usava cada pincelada não só para espalhar a cor, mas também para traduzir seu próprio entusiasmo.”
Van Gogh fez parte de um movimento artístico conhecido como expres-sionismo, que valorizava a expressão das emoções na Arte. Suas pinceladas mostram a agitação de seus sentimentos.
GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013. p. 421.
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3º. ano – Volume único34
Cartazes
Os cartazes são um meio de comunicação muito usado para divulgar even-tos artísticos, como shows, filmes e espetáculos teatrais.
Cartaz da peça O Cavalinho Azul, 1960.
Um cartaz deve combinar ima-gens atraentes, para chamar a aten-ção de quem olha, e textos informa-tivos sobre o evento (por exemplo, o que vai acontecer, onde e quando).
Caderno de artistaVamos criar um cartaz para di-
vulgar sua peça?
Antes de pôr a mão na massa, faça um esboço no quadro ao lado.
No fim do século XIX, Henri de Toulouse-Lautrec foi o primeiro a criar cartazes que eram, ao mesmo tempo, peças de divulgação e obras de arte.
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Composição I
Com base no que você aprendeu, vamos montar uma peça de teatro!
Organizados em grupo, escolham o texto e distribuam as funções. Criem um cartaz para chamar o público para assistir à peça!
Davi Viegas. 2009. Digital.
3º. ano – Volume único36
Corpos aqui, ali e acolá
Quando movemos um lápis sobre uma folha de papel, desenhamos uma linha. A linha desenha um espaço.
Com o nosso corpo, é semelhante. Quando movimentamos nosso corpo, também desenhamos um espaço ao redor dele.
Vamos conhecer os eixos em que podemos nos mover?
Na arte, podemos criar diferentes formas de espaço! Ele pode ser um lugar real ou imaginário e muda dependendo das nossas emoções.
Vertical Horizontal Diagonal
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Ao alcance das mãos
Até onde o seu corpo alcança?
Estique seus braços em todas as direções possíveis.
Depois, faça o mesmo com suas pernas.
Agora, dobre o tronco em todas as direções que puder.
Continue a do-brar o tronco, mas com os braços esti-cados.
Agora, faça isso com uma perna es-ticada de cada vez.
Imagine que você está colorindo todo esse espaço que conseguiu al-cançar. A parte co-lorida é a kinesfera!
©Wikimedia Commons/Pakeha
kinesfera: é o espaço máximo de alcance de um corpo, que pode estar em movimento ou imóvel.
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O espaço do corpo
Vamos explorar o alcance do nosso corpo em movimento.
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Repare que, quando nos movemos, nossa kinesfera se move junto!
Caderno de artistaComo foi o caminho que seu corpo percorreu? Outros corpos atravessaram
o seu caminho? Represente aqui esses encontros.
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Em todas as direções
Há diferentes planos em que o corpo pode se movimentar no espaço. Ao estudar o movimento, o pesquisador húngaro Rudolf Laban usou objetos para nomear cada um deles: o plano da mesa, o plano da porta e o plano da roda. Vamos conhecê-los.
Podemos nos movimentar em várias direções nesses planos: para a frente, para trás, para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo e em diagonais. Vamos experimentar juntar os planos e as direções?
Nosso movimento nessas direções pode ser direto, reto, preciso como uma flecha. Ou pode ser flexível, rodeando, balançando como um pião...
Plano da porta
Plano da mesa
Plano da roda
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40 3º. ano – Volume único
Quando os corpos se encontram no espaço
Vamos começar a explorar nosso espaço pessoal. Nos quadros a seguir, desenhe três posições do corpo: no plano da porta, no plano da mesa e no plano da roda.
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Escolha um desses movimentos e varie as formas de se mover e se deslocar!
Mas, o que acontece quando o seu espaço pessoal encontra o de outra pessoa?
Agora é hora de dançarmos juntos! Vamos deixar que os movimentos cria-dos por cada um se encontrem.
Como você vai compartilhar esse espaço? Como vai reagir ao movimento do outro? O que você pode modificar em seu corpo para receber o movimento do seu colega?
Desenhe o resultado dessa dança no espaço a seguir.
42 3º. ano – Volume único
Espaço aberto
De que forma um simples andar pelas ruas pode se tornar uma dança?
Assista a um trecho da performance de dança Coreografia Estudo #1, criada pela bailarina e coreógrafa Michelle Moura, de Curitiba – PR.
Os quatro bailarinos caminham na rua ou na calçada, desenhando formas geométricas nesse espaço. Os sons do ambiente e a curiosidade dos pedestres enriquecem a coreografia, que se mistura à rotina da cidade.
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©Michelle Moura, foto Victor Rodrigues
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Gráficos demonstrando os caminhos percorridos pelos bailarinos
©Nitro/Nidin Sanches
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Congado
Algumas danças típicas brasi-leiras cruzaram o oceano Atlântico trazidas pelos povos africanos. O congado é uma delas.
Sua origem é o cortejo aos reis congos, uma festa comum no Con-go, país africano. A dança representa a coroação do rei e é acompanhada de um cortejo e de cavalgadas.
Os instrumentos mais comuns no congado são a cuíca, a caixa, o pandeiro, o reco-reco e o tamborim. Além do batuque e da dança, também há canto.
Outras tradições se misturaram no congado brasileiro, in-tegrando elementos culturais de Portugal, Espanha e de povos indígenas brasileiros.
Praticada no Brasil há três séculos, essa festividade é, até hoje, uma manifes-tação importante da cultura negra.
cortejo: comitiva ou procissão, grupo de pessoas que percorrem juntas um caminho.cavalgadas: grupos de pessoas a cavalo.
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. Adaptação.
3º. ano – Volume único44
Afinal, o congado é dança, música ou teatro?
Nas manifestações culturais africanas, a dança, a música e a representação se juntam.
As artes negras valorizam o corpo, com toda sua energia, e a tradição oral.
De acordo com a cultura negra, a nossa história, as nossas memórias e as dos nossos antepassados ficam guardadas em nosso corpo. Assim, a fala e o canto ajudam a transmitir esses saberes.
tradição oral: é a cultura repassada pela fala de avós e pais para filhos e netos, de ge-ração em geração, seja por meio de histórias, canções ou provérbios.
Caderno de artistaO que você já aprendeu sobre a cultura da sua família ouvindo seus fami-
liares?
O coletivo Negras Autoras, de Belo Horizonte, é for-mado por multiartistas que tocam, cantam, escrevem e contam histórias sobre a experiência de ser uma mulher negra no Brasil.©
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Batucada
Batucada ou batuque é uma reunião para cantar e dançar. Os instrumentos são geralmente feitos com couro e chocalho.
Um dos principais instrumentos de uma batucada é o atabaque, um tipo de tambor africano.
É possível fazer um tambor utilizando um cilindro de madeira e cobrindo-o com uma película resistente bem esticada. Ele pode ser tocado com varetas ou com as mãos.
Você já sabe que os instrumentos podem ser de cordas, sopro ou percus-são. Os atabaques fazem parte da família da percussão.
A maioria dos instrumentos de percussão não toca notas musicais precisas e nem cria melodias, mas são incríveis fazedores de ritmo! Esses instrumentos têm pa-pel de destaque não só na música afro-brasileira, como também na música indígena!
Vamos tocar?
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Pelas mãos de um profissional, pedaços de madeira podem dar origem a um tambor
46 3º. ano – Volume único
Compasso
Sabe quando você bate palmas para acompanhar uma música? Cada palma marca a pulsação da música. Mas não vamos bater palmas, vamos batucar!
Para organizar a pulsação, nós usamos o compasso.
Ele pode ser:
• de dois em dois tempos;
• de três em três tempos;
• de quatro em quatro tempos;
O tempo mais forte é o primeiro. Os que vêm depois são mais fracos.
O compasso de dois em dois tempos é comum no samba, na bossa nova e no frevo.
pulsação: marcação dos tempos da música.compasso: é a divisão da música em intervalos que se repetem em tempos iguais.
Registre o ritmo que você criou na batucada.
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Orquestra
Os instrumentos de percussão também podem ser usa-dos em uma orquestra. Um dos mais comuns é o tímpano, cujo som representa notas musicais mais definidas.
Uma orquestra sinfônica é organizada em naipes ou fa-mílias de instrumentos. Vamos conhecê-la.
orquestra: conjunto de músicos que tocam juntos, cada um com seu instru-mento, geralmente sob a direção de um regente.
Lupe. 2018. Colagem.
48 3º. ano – Volume único
Quais instrumentos fazem parte de uma orquestra sinfônica? Observe a imagem acima e cite ao menos um de cada família.
Cordas:
Metais (sopro):
Madeiras (sopro):
Percussão:
E qual é o papel do maestro em uma orquestra?
Também conhecido como regente, é ele quem conduz os músicos, movendo as mãos e a batuta.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP
Quem é o maestro ou a maestrina?
Vamos formar uma roda para batucar usando baquetas. A cada rodada, um aluno deve sair da sala, para que os outros escolham o maestro ou a maestrina que irão seguir. Nessa brincadeira, o regente ficará escondido entre os colegas e começará a tocar seu instrumento. Quem estiver na roda, deve acompanhá-lo atentamente. Quando o aluno que estava fora voltar, deve descobrir quem está conduzindo a batucada.
©Folhapress/Ze Carlos Barretta
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l.batuta: bastão fino, de madeira leve.
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As sinfonias estão entre as músicas mais tocadas por uma orquestra.
Sinfonia é a reunião de sons de diferentes instrumentos tocados em con-junto. Primeiro o compositor cria uma base em piano ou em teclado. Depois, vai acrescentando sons dos outros instrumentos.
A sinfonia é dividida em quatro partes, chamadas de movimentos. Cada um deles tem um andamento diferente.
Uma das sinfonias mais conhe-cidas é a Quinta Sinfonia, de Ludwig van Beethoven. Ela ficou pronta em 1808 e é famosa pelo trecho “tchan, tchan, tchan, tchaaaaaan”!
Beethoven foi um compositor alemão que criou nove sinfonias e muitas outras obras tocadas no mundo todo até hoje. Ele foi perdendo a audição até ficar praticamente surdo. Mesmo assim continuou a compor!
Música de câmara
Beethoven também compôs músicas de câmara, como o Septeto para cla-rinete, fagote, trompa, violino, viola, violoncelo e contrabaixo. O nome já diz tudo: são sete instrumentos!
A música de câmara é feita para ser tocada por um conjunto menor de instrumentos, que podem variar de dois até pequenos grupos chamados de orquestra de câmara.
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Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba
3º. ano – Volume único50
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Máscaras aqui, ali e acolá Jogos teatrais
No teatro, uma coisa pode se transformar em muitas outras. Assim como o ator dá vida a um per-sonagem bem diferente dele, um objeto pode ganhar muitos usos, pois passa a fazer parte do mundo das histórias, da ficção. Como nas brincadeiras, basta usar a imaginação!
Em que um tecido azul pode se transformar?
A turma deve se organizar em grupos e criar uma cena teatral que apresente uma maneira diferente de usar o te-cido. Depois, cada grupo exibe a cena para os demais sem contar no que ele se transformou. Quem será que vai desco-brir primeiro?
Caderno de artistaEm que o tecido se transformou? Registre em desenho o uso que mais sur-
preendeu você!
cena: parte de um filme ou de uma peça de tea-tro; geralmente é uma situação com começo, meio e fim.
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As máscaras teatrais
As máscaras da imagem ao lado tornaram- -se símbolo do teatro e representam dois gêne-ros do teatro grego antigo: comédia e tragédia.
A máscara neutra
Ela é diferente das máscaras da tragédia e da comédia, pois tem a forma de um rosto humano sem qualquer expressão, não é alegre nem triste. É muito usa-da no treinamento de atores em formação, para que eles assumam postura de neutralidade. Ou seja, ao colocá-la, em vez de agir como eles mesmos, devem buscar o que têm em comum com as outras pessoas.
As máscaras neutras costumam ser feitas pelo próprio ator que vai usá-las. Elas podem ser moldadas no rosto com gesso, argila, papel e cola.
Vamos criar nossa própria versão da máscara neutra.
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Materiais
• 1 máscara de plástico sem expressão
• cola branca
• pincel
• papéis cortados
• tinta guache
• compasso (para furar)
• elástico
52 3º. ano – Volume único
Como fazer
1. Espalhe a cola sobre a máscara de plástico.
2. Cole uma camada de papéis e deixe secar.
3. Repita cinco vezes (seis camadas).
4. Depois de secar, retire a máscara de plástico.
5. Pinte a máscara de papel com tinta guache branca e deixe secar.
6. Faça furos laterais e prenda um elástico.
Vamos vestir a máscara?
O primeiro passo é relaxar, em silêncio. Sente-se e respire fundo. Deixe o corpo e o rosto relaxarem e tente não pensar em nada. Colo-que sua máscara sem pressa. Deixe-a nascer!
Levante a cabeça. Olhe para a direita, para a esquerda, para suas mãos, para seus pés. Levante-se. Ande. Aos poucos, vá reagindo ao mundo ao seu redor devagar.
Agora você é um gigante.
Caminhe por uma floresta. Depois, por uma montanha. Pela cidade, ao sol, pela neblina.
Como você se sentiu usando a máscara neutra? Seus movimentos mudaram?
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Commedia dell’arte
Ao contrário da máscara neutra, a máscara de personagem é usada para ressaltar as características de uma personalidade. Por seus traços exagerados, o público pode identificar rapidinho características do personagem!do personagem!
Vamos conhecer alguns personagens da commedia dell’arte?
Recorte as máscaras ao lado e cole-as nos personagens a que elas pertencem.
Arlequim: é um palhaço, servo esperto, mas ingênuo, sempre envol-vido em confusão. Ama a Colombina.
Brighella: um trapaceiro, não merece confiança, agressivo e egoísta.
Polichinelo: corcunda e incapaz de falar, comunica-se por meio de sinais e sons estranhos. Pode ser tolo ou enganador. Tem a voz estridente e sua máscara tem um nariz grande e curvo, como o bico de um papagaio.
Colombina: criada esperta e inteligente.Pantaleão: comerciante idoso, muito rico e pão-duro; apaixona-se com facilidade.
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Pierrot: também conhecido como Pedrolino, é o servo fiel; é forte, confiável e honesto.
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Arlequim
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54 3º. ano – Volume único
Qual é a menor máscara do mundo?
[...] Uma máscara que se carrega no nariz.
Um nariz que o palhaço carrega na alma.
Um nariz.
De palhaço.
O nariz de palhaço.
Coloque um nariz vermelho e transforme-se em um palhaço!
Depois, desenhe aqui uma de suas palhaçadas.
KUDLAK, Bernard. O nariz de palhaço. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/07/1659951-o-na-riz-de-palhaco.shtml>. Acesso em: 18 jul. 2018.
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O espaço teatral
Como vocês já sabem, o edifício teatral é onde a peça de teatro é apresen-tada. Esse espaço pode ter arquiteturas variadas. Vamos conhecer algumas.
Sala multiuso
Cada vez mais comum nos teatros, as salas multiuso não têm forma fixa. Os artistas dividem o espaço para o palco e para a plateia conforme for melhor para cada espetáculo. As cadeiras da plateia podem ficar em frente, ao redor ou até no meio do palco!
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Interior do Teatro Paiol, em Curitiba
Interior do Theatro Municipal de São Paulo
Palco italiano
O palco italiano é aquele em que o palco fica de frente para a plateia, em um nível mais alto. Ele forma uma “caixa”: o fundo e as laterais são fechados, e o público só vê pela parte da frente.
Arena
Na arena ou semiarena, o lugar para a pla-teia tem a forma de um círculo ou semicírculo em torno do palco. A cena pode ser vista de vários ângulos. É o mesmo formato do circo.
Interior do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte
Em sua opinião, a experiência do público muda conforme o formato do teatro?
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56 3º. ano – Volume único
Cubismo
Leia esta imagem:
Esse tipo de composição foi muito usada no Cubismo, um movimento artístico que teve Picasso como principal representante.
Pablo Picasso foi um dos artistas que inovou a maneira de pintar. Para dar a sensação de profundidade às suas obras, ele pintava vários planos coloridos, colocados uns sobre os outros.
profundidade: medida da frente (ou superfície) até o fundo.planos: superfícies com largura e altura.
PICASSO, Pablo. Três músicos. 1931. 1 óleo sobre tela, color., 18,3 cm × 25,1 cm. Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, Estados Unidos.
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Galeria de arte
Observe outras obras desse artista espanhol.
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PICASSO, Pablo. Homem com cachimbo. 1915. 1 óleo sobre tela, color., 130,2 cm × 89,5 cm. Instituto de Arte de Chicago, Chicago, Estados Unidos.
PICASSO, Pablo. Casa na montanha. 1909. 1 óleo sobre tela, color., 65 cm × 81 cm. Museu Berggruen, Berlim, Alemanha.
PICASSO, Pablo. Retrato de Dora Maar. 1937. 1 óleo sobre tela, color., 92 cm × 65 cm. Museu Picasso, Paris, França.
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58 3º. ano – Volume único
Caderno de artistaInspire-se nas formas criadas por Picasso!
Recorte quadrados e retângulos coloridos e crie imagens com sobreposições de planos.
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Você observa semelhanças entre as imagens a seguir?
Uma das maiores inspirações de Pablo Picasso foi a arte africana, especialmente as máscaras criadas na parte oeste da África.
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60 3º. ano – Volume único
Máscaras africanas
Encontre, no caça-palavras, os tipos de máscara que você conheceu.
©Shutterstock/Lucian Coman Paolo Bona; ©Glow Images/SuperStock/Christie's Images Ltd.
[...] Para os africanos, as esculturas são objetos rituais, comunica-ção com os deuses e uma maneira de se mostrar e distinguir-se das demais comunidades.
O continente africano é enorme e [...] apresenta di-ferenças culturais, estéticas e religiosas de uma região para outra. Consequentemente, a máscara africana não tem traços homogêneos, cada comunidade possui seu próprio estilo artístico.
A maioria das máscaras é feita em madeira, afinal para os afri-canos a árvore é guardiã de poderes mágicos. [...] Além da madeira, outros materiais podem ser usados nas esculturas, como pedra, mar-fim, ouro, cobre e bronze. [...]
rituais: práticas mágicas e cerimô-nias sagradas reali-zadas para controlar as forças da natureza ou sobrenaturais.
GORZONI, Priscila. As máscaras africanas. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/mascaras-africanas/>. Acesso em: 7 jun. 2018.
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Máscara antiga da tribo Ndebele, no Zimbábue; máscara africana exposta no Museu da Cultura(Mudec), em Milão; e máscara de arte Fang do Museu do Homem, em Paris
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Composição II
Você conheceu diferentes for-mas de os artistas se relacionarem com o espaço. Também desco-briu que as máscaras modifi-cam seu modo de se relacionar com o mundo.
Que tal criar um projeto ar-tístico individual inspirado em qualquer um dos temas estuda-dos neste semestre?
Para isso, planeje quais lingua-gens e materiais pretende usar. Nesta página, você pode escrever quais são esses planos.
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atias. 2018. Acrílica sobre papel cartão.
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em. Variar o andamento das músicas.
Reconhecer a bossa nova.
Escrever diálogos e rubricas.
Conceituar dramaturgo.
Usar o som no teatro.
Reconhecer tempo e fluidez na dança.
Dançar o cotidiano.
Identificar Salvador Dalí.
Variar as formas das linhas.
Fazer cartazes.
Identificar eixos espaciais.
Conceituar kinesfera.
Conceituar congado.
Reconhecer tradição oral.
Tocar atabaque.
Identificar compasso musical.
Reconhecer como se organiza a orques-tra e a música de câmara.
Identificar tipos de máscaras teatrais.
Reconhecer diferentes espaços teatrais.
Identificar as sobreposições de Picasso.
Identificar máscaras africanas.
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Quebra-cabeça
PICASSO, Pablo. Retrato de Dora Maar. 1937. 1 óleo sobre tela, color., 92 cm × 65 cm. Museu Picasso, Paris, França.
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