ensino privado: um estudo analÍtico-crÍtico do … · perpassam questões históricas, legais e...
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__________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
ENSINO PRIVADO: UM ESTUDO ANALÍTICO-CRÍTICO DO
SISTEMA
COSTA, Gisele Maria Tonin Da
Coordenadora e Docente do curso de Pedagogia da faculdade IDEAU- Getúlio Vargas RS
DALBÃO, Géssica
MAITO, Graciela Rita
LUPATO, Hendrica Leticia
Discente do curso de Pedagogia nível II da faculdade IDEAU- Getúlio Vargas RS
PERUZZULO, Sandra Regina
Docente do curso de Pedagogia da faculdade IDEAU- Getúlio Vargas RS
SANTOS, Marcelo Miorelli Antunes Dos
Coordenador do projeto PATP e Docente do curso de Pedagogia da faculdade IDEAU-
Getúlio Vargas RS
SILVA, Lisiane Borges Da
Docente do curso de Pedagogia da faculdade IDEAU- Getúlio Vargas RS
RESUMO: O ensino privado possui um importante papel na educação no país. A pesquisa trouxe resultados
sobre o início da educação, desde a chegada dos portugueses ao Brasil, até os dias atuais. Após um breve
histórico do ensino confessional do Colégio Santa Clara, foram apresentadas as metodologias e as práticas
pedagógicas realizadas na instituição, onde foi trabalhado, principalmente, a socialização entre as crianças, com dinâmicas para esse propósito. Foi possível analisar as principais dificuldades de convivência e trabalho em
grupo entre elas, assim como as necessidades e individualidade dos alunos. A referida pesqusia tem como
objetivo conhecer mais a fundo as diretrizes que norteiam a educação privada no Brasil, estudando aspectos que
perpassam questões históricas, legais e conceituais, bem como, destaca-se também o ato de reconhecer a campo
uma escola de ensino privado, analisando sua estrutura física e humana em conjunto com as vantagens e
dificuldades postas pelo sistema social que circunda no ato de educar.
Palavras-chave: Escola, Ensino Privado, Desafios, Importância
ABSTRACT: Private education has an important role in education in the country. The survey results has
brought about the beginnings of education, since the arrival of the portugueses in Brazil, to the present day. After
a brief history of confessional teaching of the College Santa Clara were presented methodologies and
pedagogical practices carried out in the institution, which has been worked mainly socialization among children,
with dynamic for this purpose. It was possible to analyze the main difficulties of coexistence and working in
groups between them, as well as the needs and individuality of students. Such research aims to understand more
deeply the guidelines that govern private education in Brazil, studying aspects that underlie historical, legal and
conceptual issues, and also stands out the act of recognizing the field school private education, analyzing their
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physical and human structure together with the advantages and difficulties posed by the social system that
surrounds the act of educating.
Keywords: School, private school, Challenges, Importance
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O ensino confessional e privatizado assumiu uma grande importância no crescimento
da educação do país desde a descoberta dessas terras pelos portugueses. No início o ensino
não era para todos, quem tinha condições é que possuía o acesso ao saber, mas eram essas
escolas privadas que mantiam o ensino vivo no território nacional.
A história do país retrata certas dificuldades e desafios da educação para todos, que
hoje é lei, mas, durante esse processo sempre se manteve o ensino privado, que foi
melhorando e tendo maior autonomia no decorrer de mudanças políticas. Hoje as escolas
particulares oferecem uma educação de qualidade e com comprometimento para que as
crianças e adolescentes sejam seres humanos críticos e aptos para seguir seus estudos e se
profissionalizar no mercado de trabalho.
No entanto, como todas as escolas enfrentam alguma dificuldade de convívio ou de
aprendizagem, nos ambientes educacionais privatizados também isso ocorre. No Centro
Educacional Santa Clara do município de Getúlio Vargas - RS, encontra-se turmas com
dificuldades de trabalho grupal e de convívio harmônico entre alunos e alunas. Após ser
analisada a história da instituição, que era de irmãs franciscanas, e que hoje permanece
particular, foi selecionada uma turma onde trabalhou-se atividades pedagógicas por alunas do
curso de Pedagogia da Faculdade IDEAU. Nesta prática, foi elaborado e separado
previamente materiais adequados a idade e ao interesse da faixa etária escolhida, com o
propósito que, com o interesse e envolvimento, as crianças entendessem a mensagem
subentendida na ludicidade que foi apresentada e proposta.
O objetivo da prática pedagógica é introduzir o aluno no meio sobre o qual vai
trabalhar, para dar-lhe experiência e fazê-lo perceber, desde cedo, os pontos necessários a ser
analisados, pensados e trabalhados, com as especificidades da turma e individualidades de
cada membro da sala. Porque cada ser é único e possui uma história diferente e isso interfere
na educação de quem está inserido no processo de desenvolvimento e conhecimento.
2 DESENVOLVIMENTO
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2.1 A história do ensino privado no Brasil
A educação escolar nasceu no Brasil com a iniciativa privada em 1533, quando os
Franciscanos fundaram na Bahia o primeiro estabelecimento de ensino em terras de Santa
Cruz. A iniciativa colaborou para o processo de desenvolvimento da nação, porque com
certeza se não fosse o pioneirismo do ensino privado o país teria muita pobreza.
O ensino privado nasceu confessional e as escolas eram geralmente católicas. Graças a
essa contribuição, foi possível ter "incontáveis iniciativas pedagógicas nas quais gerações de
educadores se formaram" (ALVES, 2009, p. 1). A escola confessional foi sempre secundada
por iniciativas de leigos, em número reduzido, que muitas vezes em suas próprias moradias
levavam o conhecimento, de modo improvisado, caseiro e até mesmo familiar para levar
valores as futuras gerações e tornando essa atividade a sua fonte de renda.
Durante o período colonial (1500 - 1759) o ensino ficava ao encargo das ordens
religiosas, principalmente dos Franciscanos e dos Jesuítas. Tinham suas estruturas próprias,
de caráter privado, porém contavam com ajuda financeira do Estado.
Depois de ter criado em 1532, as Capitanias Hereditárias, o Rei de Portugal tinha como
uma de suas preocupações, a de promover a instrução e deu essa tarefa aos Jesuítas que
ensinaram a língua portuguesa, a doutrina cristã e alfabetizou. Assim os Jesuítas se puseram a
serviço de uma educação para todos. Mas o cuidado que se tinha com a aprendizagem
profissional e agrícola revela uma grande preocupação em se dar educação adaptada ao
contexto local e da colônia. Em contrapartida, quem tinha poder financeiro tinha um "ensino
clássico, humanístico, literário, acadêmico e abstrato" (ALVES, 2009, p. 2)
Em 1759, os Jesuítas foram expulsos e assim encerra a primeira fase da educação
brasileira, mas a presença de outros estabelecimentos privados dá sequência a escola
particular. Após esse período poucos seminários, internatos e pequenas escolas paróquias
foram criados. "Foi o período de menor atividade de iniciativa privada na história educacional
brasileira" (ALVES, 2009, p. 3)
As dificuldades econômicas reduziram os recursos destinados à educação pública, a
excessão foi os cursos superiores criados em função das necessidades, como as faculdades de
Direito de São Paulo (1825) e de Recife (1827). Essas tiveram um grande desenvolvimento
que coube a iniciativa privada expandir-se e responder a demanda que existe até hoje.
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A nova legislação de 1834 descentralizou a direção da educação que até o momento
estava sob responsabilidade do governo. O ensino superior "passa a organizar" o ensino
secundário como preparatório às faculdades. As escolas criam seus currículos e organizam
suas estruturas em função dos exames de admissão estabelecidos pelas instituições de ensino
superior. (ALVES, 2009, p.4)
O Ato Adicional à Constituição teve outra consequência, porque as Províncias estavam
com poucos recursos para o ensino público e gratuito, foi então que abriu espaço para que a
iniciativa privada assumisse a tarefa. O ensino do país dividia-se em ensino primário, gratuito
e precário; e ensino secundário, pago e mantido pelas famílias com recursos financeiros. Em
1854 a Lei de Liberdade de Ensino, consolida a "livre iniciativa na educação por meio de uma
escola privada autônoma em relação ao Estado" (ALVES, 2009, p. 4).
O ensino privado prossegue em expansão, porque além da escola pública estar com
péssima qualidade, o ensino dava uma perspectiva e aos poucos surgiram possibilidades de
novos cursos para a população feminina.
A Igreja Católica iniciou um processo de reestruturação organizacional (Romanização)
e ao mesmo tempo foi decretada uma reforma educacional conhecida pelo nome de Leôncio
de Carvalho. Entre essas medidas, a liberdade de ensino se destaca, tornando-se possível a
manifestação de outras tendências pedagógicas e a crença religiosa dos alunos.
Com a chegada da República, a Constituição de 1891 é promulgada, "estabelecendo o
regime presencial de sistema federativo" (ALVES, 2009, p. 4) e foi adotada definitivamente a
descentralização no Brasil.
Por influência do movimento republicano, Benjamin Constant, em 1890 teve o objetivo
relacionar a educação do Brasil com esses ideais e dar acessibilidade da educação para todos.
Porém, a falta de recursos e de apoio das classes mais altas que não queriam prejudicar a
educação de seus filhos no ensino privado, tornou essa iniciativa um fracasso. Assim, o ensino
privado vai ocupando espaço.
A insatisfação provocada pela República Velha fez nascer um movimento militar que
tirou o Presidente Washington Luiz, esse fato contribuiu para a restituição à Igreja na
Influência Política. Foi decretada pela nova Constituição de 1931: a volta do ensino religioso
às escolas públicas, porém como facultativo; a ajuda financeira às escolas privadas e
confessionais e a liberdade de criação de um sindicato educacional católico.
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Pela Constituição de 1937, torna-se possível a destinação de recursos financeiros para a
manutenção da escola particular, que subsiste até hoje, porém na prática não é devidamente
regulamento. Com o golpe de Estado em 1945, novas formas de organização social e política
são aplicadas, mas todos os direitos do ensino privado se mantiveram.
Em 21 de Dezembro de 1961, a Lei 4.024 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), da às escolas maior autonomia administrativa, disciplinar e didática. A
renovação do ensino atende a todo o setor privado.
Devido ao crescimento demográfico da classe média, a incapacidade da escola
confessional de acompanhar a demanda e a precária qualidade do ensino público propicia para
o crescimento do setor privado que possui uma gestão educacional extremamente competente
e ensino de qualidade.
Segundo Alves nas últimas décadas as relações entre ensino privado e Estado vêm
passando por mudanças significativas. O ensino particular "é obrigado a conviver com
verdadeiras arbitrariedades"(2009, p. 5).
Existem duas dimensões a se considerar em relação ao ensino privado com o Estado, a
primeira é até onde é a responsabilidade do Estado e a segunda é em que consiste a liberdade
de ensino e até onde o financiamento do Estado limita essa autonomia. Outra dimensão é
sobre as variadas formas de financiamento estatal para o ensino privado, direto e indireto, pois
esse ensino possui um lugar que lhe é próprio na educação do país e que não constitui ameaça
a escola pública. O ensino privado possui condições de acelerar a mobilidade social.
"Os principais fatores que atuam decisivamente para o desenvolvimento social e
econômico de um país passam, necessariamente, pela educação de sua população,
sobretudo das novas gerações. A história já nos deu sobejos exemplos disso."
(ALVES, 2009, p. 7)
Pode-se notar então que a escola privada tem a missão de oferecer uma qualidade
pedagógica e tornar o aluno um cidadão apto e responsável. As instituições estão passando
por um processo de depuração, tanto na forma de ensinar como na responsabilidade social que
possuem, porque os pais cobram esses resultados e cabe a escola se adequar para isso.
A escola particular deve ter seus projetos bem definidos e uma proposta pedagógica
consistente, trabalhando com eficiência para se manter. Elas geram vagas a custo comparável
aos padrões internacionais que poderiam ser mais bem aproveitadas pela população brasileira.
A educação do país teria melhores resultados se superassem as distâncias que existem entre o
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ensino público e o privado, eliminando barreiras e criando incentivos, mostrando que ela é
benéfica ao crescimento da nação.
Alguns dados atuais refletem como está a rede particular de ensino no país. O IDEB de
2013 para os anos iniciais está com nota 6,7, os anos finais 5,9 e o ensino médio 5,4. Existem
30.273 escolas privadas, urbanas e de ensino regular, empregando 864.629 funcionários. 29%
forn/ ecem alimentação e 98% fornecem água filtrada. Desse total de escolas, 29% possui
dependências acessíveis aos portadores de deficiência e 31% dispõem de sanitários acessíveis.
90% tem internet e 79% banda larga.
2.2 UMA ESCOLA PARTICULAR QUE FAZ HISTÓRIA
A escola Santa Clara foi fundada pelas irmãs Franciscanas Missionárias de Maria
Auxiliadora, que contaram com o esforço e dedicação do Frei Gentil de Caravaggio, vigário
da paróquia de Getúlio Vargas, após refletirem muito decidiram fundar neste município, uma
escola que seria dirigida por religiosas. “O objetivo maior era ajudar as famílias, atender ás
necessidades formativas das crianças, adolescentes e jovens getulienses, que na época
pertencia ao município de Erechim” (COSTA, 2010, p. 88)
Foi adquirido um terreno com uma casa, que pertencia a família Zanchi ao lado da
Igreja Matriz, em 12 de fevereiro de 1922 foi inaugurada a Escola Santa Clara, nesta data as
religiosas começaram ás atividades com 130 alunos matriculados, a primeira professora foi a
irmã Isabel que também era Diretora, para auxiliarem no trabalho vieram mais 3 irmãs Maria
Crescência Temmel, Maria Lúcia Maluche e Maria Amanda Mayer.
Com o passar do tempo o número de alunos continuava aumentando e foi necessária a
ampliação da Escola, foi construído no mesmo terreno um prédio de madeira, com esta
construção o colégio passou a manter internato e semi-internato de moças dos cursos de:
pintura, música e trabalhos manuais, também era realizado o trabalho de Jardim de infância,
Primário, Básico e Ginásio, tudo sob responsabilidade e orientação das irmãs.
A dedicação das irmãs na educação foi intensa, o número de alunos continuava
crescendo e cada vez mais o espaço tornava-se pequeno para dar continuação às atividades,
como era impossível ampliar as instalações no mesmo local, foi decidido construir um novo
prédio em outro lugar.
No ano de 1956 foi dado inicio a construção do prédio novo de alvenaria perto do
Hospital São Roque, no decorrer da construção surgiram diversas dificuldades e por várias
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vezes as obras foram canceladas por problemas financeiros e por problemas climáticos no
inverno.
Em setembro de 1960, a escola passou a funcionar em parte do prédio novo, situado na
Rua Jacob Gremmelmaier, 215 onde continua suas atividades até hoje. Em 1962 foi criado o
Curso Ginasial e Curso Normal Ginasial para a formação e preparação de educadores, e por
designação legal passou a se chamar Ginásio Santa Clara. Em 1967 foi criado o curso de
Datilografia e o curso normal colegial e a escola passou a chamar-se Escola Normal Santa
Clara. Em 1979 por força da reforma de ensino regida pela Lei 5.692/71, a escola passou a se
chamar escola de 1º e 2º Graus Santa Clara.
A partir de 27 de junho de 1999 com base na LDB 9.394/96, nas resoluções 234/98 e
242/99 do CEED e na ata nº 495/99 a escola passou a chamar-se Colégio Santa Clara e
continuou trabalhando com Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio que
conforme a legislação compreendem a Educação básica.
Nos dias atuais a instituição tem o nome de Centro de Educação IDEAU- Colégio Santa
Clara, tendo como mantenedor o Instituto de Desenvolvimento Educacional Do Alto Uruguai,
desde 2011.
2.3 CENTRO DE EDUCAÇÃO IDEAU- COLÉGIO SANTA CLARA
Fonte: Dados da pesquisa 2015
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“O Colégio Santa Clara procura realizar um trabalho consciente, prestativo e o esforço
e a dedicação de todos são constantes.” (COSTA, 2010, p. 91)
O Centro de Educação IDEAU – Colégio Santa Clara está localizado na na Rua Jacob
Gremmelmaier nº 215 no centro da cidade de Getúlio Vargas RS, a instituição oferece
Educação Infantil, Ensino Fundamental anos iniciais e anos finais, Ensino médio e Educação
de jovens e adultos e conta com aproximadamente 350 alunos e 45 professores.
Para desenvolver um ensino de qualidade o Centro de educação IDEAU- Colégio Santa
Clara conta com boa Infraestrutura: salas de aula bem equipadas, arejadas e iluminadas,
Laboratório de Informática, Ciências, Física, Química e Biologia, Biblioteca, Quadra de
esportes coberta, Campo de futebol sete, Pracinha externa, Playground interno, Sala de
ginástica entre outros espaços.
O Centro de educação IDEAU- Colégio Santa Clara tem como Visão, Missão e
Filosofia:
3.0 VISÃO
“Ser uma instituição de ensino atenta ás inovações buscando a excelência em seus
processos, através da atuação comprometida de profissionais qualificados visando á
satisfação e o reconhecimento da sociedade”
4. MISSÃO
Fazer a diferença na vida dos alunos através da educação de qualidade, estimulando
a cultura empreendedora apoiada em valores que desenvolvem cidadãos atuantes,
críticos, conscientes, participativos e realizados capazes de interagir e intervir na
realidade.
Ser espaço de conhecimento, cultura, pesquisa e criatividade, onde o aperfeiçoamento constante favoreça o aprimoramento da formação pedagógica e
técnico- científica, de forma a responder as necessidades emergentes da sociedade
5. FILOSOFIA
A filosofia de trabalho do Centro de educação IDEAU- Colégio Santa Clara baseia-
se em valorizar o processo dinâmico de aprendizagem, criando um ambiente de
estímulo e interação na construção do saber , que promove o desenvolvimento do
ensino de excelência ao estudante, o aperfeiçoamento teórico e prático para a
formação humana e o desenvolvimento da sociedade. (Manual de pais e alunos,
2014, P. 3)
Foram apontados pelo Diretor do Centro de Educação IDEAU- Colégio Santa Clara
alguns dados sobre a escola.
Pontos fortes: Integração entre o pedagógico e o educacional, acesso a informação,
parceria entre a escola e família.
6. A PARCERIA FAMÍLIA X ESCOLA
Essa é uma parceria baseada na cooperação, no respeito e na confiança,
imprescindível para o sucesso da educação. Os nossos objetivos comuns são: a
formação do caráter, a construção do conhecimento e autorrealização.O diálogo
constante entre você, aluno (a), sua família e o CENTRO DE EDUCAÇÃO IDEAU
– COLÉGIO SANTA CLARA é o princípio Básico para que obtenhamos sucesso.
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( Manual de pais e alunos, 2014, P. 6)
O Diferencial do Centro de educação IDEAU - Colégio Santa Clara é que a instituição
tem uma pedagogia própria chamada de PEPAS ( Proposta Educacional e Pedagógica de
aprendizagem significativa) que tem como objetivo conhecimento , formação integral,
competência das habilidades e aprendizagem e saberes significativos, a instituição segue 7
caminhos para um bom desempenho do aluno: Despertar, Buscar, Organizar, Conectar,
Construir, Vivenciar, ressignificar e transformar.
Outro diferencial é a proximidade entre alunos, professores e família na escola.
Como todas as escolas, o Centro de Educação IDEAU- Colégio Santa Clara também
enfrenta algumas dificuldades como a Hiperatividade, Diversidade, e Dificuldade de trabalho
em equipe.
2.4 ATIVIDADE PRÁTICA PEDAGÓGICA
A prática do Projeto de Aperfeiçoamento Teórico Prático foi realizada nas dependências
da escola Centro de educação IDEAU- Santa Clara. A primeira visita foi realizada no dia 21
de agosto de 2015 onde o diretor da instituição falou sobre a escola, sua infra estrutura , sobre
seus alunos e professores, as dificuldades e os pontos fortes da escola e nos apresentou os
espaços da escola, o diretor apontou como maior desafio a dificuldade do trabalho em grupo.
A segunda visita realizou-se no dia 05 de outubro de 2015 onde foi desenvolvido um
trabalho a partir da problemática apontada, o trabalho desenvolveu-se com a turma do 1° ano
onde haviam vinte e dois alunos.
No dia da aplicação do trabalho, primeiramente houve a apresentação das acadêmicas
e, consequentemente, foi pedido para que eles também se apresentassem. Foi explicado o que
seria realizado naquela tarde e que teriam professoras diferentes por algumas horas. Foi
pedido o que eles achavam dos colegas, e se eles consideravam os colegas importantes, todos
responderam que sim. Consideravam os coleguinhas muito importantes, porém alguns citaram
colegas que achavam chatos e que se não estivessem ali não fariam falta alguma. Após foi
perguntado para eles pensarem um pouquinho de como seria a escola se eles estivessem
sozinhos, apenas eles e o professor, o que eles achariam. Todos responderam que seria muito
ruim, muito chato. Então foi falado o quanto os colegas eram importantes, que deveriam
respeitá-los sempre, pois a vida toda teriam pessoas ao seu redor e que, muitas vezes,
precisariam dessas pessoas, por mais chatas que fossem.
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A prática iniciou-se com a contação da história "O Grande Rabanete". Utilizando um
livrão, que chamou atenção dos alunos. Alguns ja conheciam a história mas mesmo assim
prestaram muita atenção. Ao terminar a contação da história foi pedido para eles o que
haviam achado. Todos responderam com muita animação que a história tinha sido muito boa.
Foi perguntado qual era a moral da história e se eles tinham entendido o que a história queria
dizer, todos responderam que os seres humanos precisam de ajuda o tempo todo, que sem a
ajuda dos outros, muitas vezes, não possível conseguir fazer muitas coisas. Após a contação
da história foi pedido para que eles desenhassem a parte que eles mais haviam gostado. Todos
se envolveram e desenharam maravilhas.
Mas foi nessa hora do desenho que pode ser percebida a competitividade que existia
entre eles, na hora da escolha do que cada um desenharia houve muitas discussões, pois
muitos não queriam que o colega desenhasse a mesma coisa. Pois o que eles mais gostaram
foi a parte do ratinho que levou a fama de super herói. A competição entre eles para ver qual
era o mais bonito, e sempre nos interrogando sobre qual seria o desenho mais bonito. Então
falamos que não existia um desenho mais bonito, pois todos desenhavam da sua maneira, e
cada uma daquelas maneiras eram lindas. A questão do empréstimo dos materiais também foi
um ponto muito forte, pois muitos deles não gostavam de emprestar o material e mesmo cada
um tendo o seu, eles insistiam em pegar o do colega, o que gerou muitas discussões. Porém, a
criatividade deles ficou em alta, todos desenharam perfeitamente cenas da história.
Ao termino do desenho foi solicitada a ajuda deles para colar seus desenhos no cartaz,
assim formando um lindo painel.
Fonte: Dados da pesquisa de 2015
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Após a montagem do cartaz, foi feita a brincadeira do balão. Foi dito que cada um
receberia um balão, e que iriam formar uma roda, nessa roda todos deveriam jogar o seu para
o alto, e que ao mesmo tempo que cuidassem do seu balão para não cair no chão, eles
deveriam cuidar para que o do colega também não caisse. E durante esse tempo em que
estivessem jogando os balões, alguns iriam ser colocados sentados no chão para que eles
pudessem observar o quanto ficava difícil manter os balões no ar, no momento em que o
número de coleguinhas diminuísse.
Porém, essa prática serviu como um enorme aprendizado para as professoras
iniciantes. Primeiramente, deveriam ter pensando em comprar balões todos de uma só cor,
pois as discussões foram muitas na escolha da cor, o que gerou um atrito muito grande.
Deveria ter sido pensado que criança faz a maior festa com um balão, e o quanto aquela
brincadeira gerou tumulto, porque no momento em que colocava-se um colega sentado o
outro ria, o que causava assim um constrangimento, e revolta, pois o que eles queriam era
jogar o balão, ao perceber tudo isso, foi decidido apenas deixar que eles brincassem e que
jogassem os balões. Após um pequeno período, foi pedido para que eles sentassem e então foi
explicado como a brincadeira deveria ter funcionado, o que foi bom porque eles entenderam o
porquê daquela brincadeira, pois ela demonstrava tudo aquilo que havia-se falado sobre
companheirismo.
Por último, para acalmar um pouco os ânimos, realizou-se a dinâmica do pirulito, onde
cada um recebeu um e fizeram uma roda no centro da sala. Sem comer o pirulito, era para eles
colocarem as mãos para trás, e assim eles deveriam comê-lo. Todos ficaram se olhando e
pensando que aquilo era uma loucura, alguns se contorciam-se tentando, após alguns minutos,
como também as professoras da dinâmica participaram da brincadeira, foi demonstrado como
era possível comer o pirulito com as mãos para trás. Ao virar-se de costas uma para a outra, e
assim uma dando o pirulito para a outra, eles ficaram admirados e surpresos, assim
começando a fazer igual.
E mais uma vez notou-se o quanto eles eram competitivos e o quanto o trabalho em
grupo era difícil. Pois muitos deles não queriam o pirulito do vizinho por ser de uma cor que
não gostavam, e o que importava para eles era a cor e não o pirulito, assim muitos coleguinhas
não comeram o pirulito do vizinho, por que ele não aceitava dar o dele e pegar um de cor
diferente, foi assim que alguns tiveram que comer seu próprio pirulito pois muitos resistiram
em dar o seu pirulito para o colega.
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Com essas dinâmicas analisou-se o quanto é forte a competitividade, e que por conta
disso o trabalho grupal se tornava um grande desafio. No final, ao terminar de organizar as
classes, foi reforçada a mensagem que deveria ser passada. Que o trabalho em grupo era
extremamente importante e que aquelas brincadeiras não teriam funcionado sem a ajuda do
colega, que mostra que os colegas, sejam eles em ambiente escolar, de trabalho, ou até mesmo
na família, são muito importantes, pois seja para uma brincadeira, ou para algo mais sério,
sempre haverá um momento na vida em que precisar-se-a do próximo.
3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo analítico da história do ensino privado revela sua importância no crescimento
do ensino no país que permanece vivo até hoje. E graças a esse modelo foi criado uma
"educação para todos", direito esse que possibilita que pessoas com poucas condições
financeiras tenham acesso ao conhecimento. As escolas particulares prezam pela qualidade
educacional das crianças e dos adolescentes e tem um olhar atencioso para a
profissionalização. Com base nisso, considera-se o que o Projeto de Aperfeiçoamento Teórico
Prático da faculdade IDEAU possibilita aos alunos um aprofundamento com pesquisas
científicas e um contato direto com os contextos escolares que o indivíduo está se
profissionalizando, analisando se está no ramo certo, como também vereficar em qual linha
pedagógica se quer trabalhar.
Desta forma, com a visita a instituição educacional Santa Clara, as graduandas
puderam vivenciar situações únicas em que se trabalhou questões de convívio de forma lúdica
e a importância do trabalho em grupo.
Assim, as crianças entenderam que o colega é um ser especial, único e indispensável e
que esse colega faz toda a diferença na vida deles, de forma direta ou indireta, e que seria
muito mais difícil os trabalhos de aula e as atividades propostas sem a ajuda do próximo. Por
mais que alguns eram bem agitados e outros mais calmos ou com algumas dificuldades, foi
possível realizar uma prática satisfatória e de ótimo resultado. As crianças puderam expressar,
em forma de desenho, a história contada e o que sentiam em relação a cooperação contada na
ficção.
Ao terminar a atividade, foi solicitado que essas dinâmicas se repetissem
constantemente, pois os pequenos gostaram muito e teve os que pediram pela visita seguida
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das universitárias. Portanto, pelo fato de terem gostado tanto e pelo resultado dos desenhos
sobre a história, acredita-se que foi alcançado o objetivo da prática acessorada à teoria
estudada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Manuel. A histórica contribuição do ensino privado no Brasil. Educação. Porto
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COLÉGIO SANTA CLARA, Getúlio Vargas: ASSEG, S.d
COSTA, Gisele Maria Tonin Da. A Ressignificação do Projeto Politico-Pedagógico na
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CARVALHO, L. et al. Censo Escolar/ INEP 2014. QEdu. Disponível em:
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