epístola a haia

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    !PSTOLA# AIAA

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    Outras Obras de Abdul-Bah:

    EPSTOLAAODR. AUGUSTEFOREL

    EPSTOLASDOPLANODIVINONARRATIVADEUMVIAJANTERESPOSTASAALGUMASPERGUNTASSEGREDODACIVILIZAODIVINA, OSELEODOSESCRITOSDEABDUL-BAHTRIBUTOAOSFIISLTIMAVONTADEETESTAMENTO, AColeo PALESTRASDEABDUL-BAH:

    Londres 1911 Paris 1911 Estados Unidos e Canad 1912 / A PROMULGAODAPAZ

    UNIVERSAL

    Outras Obras com Escritos de Abdul-Bah:

    COLEO

    SELEO

    DE

    ESCRITOS

    BAH

    S

    DIVINAARTEDEVIVER, AORAESBAHSREVELAOBAH, A

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    $%&'()*+,-./

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    ABDUL-BAH

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    EPSTOLAORGANIZAOCENTRALPARAUMAPAZDURADOURA,

    EMHAIA, HOLANDA

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    Ttulo orginal em persa: Lawh-i-Hague

    Ttulo em ingls: Tablet to Hague Copyright 2007

    Editora Bah do BrasilC.P. 108513800-973 Mogi Mirim SPwww.editorabahaibrasil.com.br

    ISBN: 978-85320-0155-9

    1 Edio: 2007

    Traduo : Leonora S. Armstrong e Luis Henrique Beust

    Reviso: Coordenao Nacional Bah de Traduo e Revisodo Brasil

    Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo

    Impresso: Tecla Tipo Grfica e Editora Ltda, Campinas - SP

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    PREFCIO ix

    INTRODUO xiii

    EEEEEPSTOLAPSTOLAPSTOLAPSTOLAPSTOLAAAAAAHHHHHAIAAIAAIAAIAAIA 1

    APNDICESAPNDICEI

    Carta de Abdul-Bah Escrita Durantea I Guerra Mundial 23

    APNDICEIIDe Haia ONU 27

    REFERNCIAS 45

    SUMRIO

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    ixEPSTO

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    O sculo XX comeou com uma tentativa degrande envergadura para estabelecer normas deconduta em caso de conflito armado. As duasconferncias de Haia, seguidas por outras reuniesinternacionais, construram um edifcio monumentaldestinado a servir de ponto de referncia para asgeraes vindouras. Infelizmente, as duas guerras que

    se seguiram destruram a maior parte das normasadotadas. As guerras foram ilustraes clssicas da noaplicao do Direito Internacional em caso de conflitoarmado. Entretanto, tornou-se claro, por outro lado,que no h lugar disponvel em nossa poca paraqualquer empresa que tente fazer reviver os esquemas

    do passado. Nem os tratados de Utrecht, nem oscongressos de Viena e de Versalhes, nem o acordoeuropeu, nem a diviso do mundo em esferas deinfluncia produziram as condies de pazduradoura.

    So as lies que podem ser tiradas do sculo XXas do desmoronamento da poltica de equilbrio, queterminou por conduzir dominao do mundo poruma nica superpotncia?

    PREFCIO

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    uma nica pea. Esse mundo deveria abrir suas portasa todos os homens de todas as naes, assegurando-lhes vida livre e decente. A diviso do mundo emblocos hostis, destinada a conservar um carterpermanente, no mais admissvel e os homenspolticos e os historiadores, que acreditavam que seriasempre assim, enganaram-se.

    Embora o sonho de So Francisco no tenha se

    concretizado, no se pode negar que perspectivasesto abertas no que diz respeito possibilidade deaplicar as disposies da Carta, de modo a fazer dasNaes Unidas uma organizao internacional muitoeficaz. da maior importncia que o Comit deEstado Maior torne-se realidade.

    A eqidade assume carter cada vez maisimportante. Por isso, quando falamos de ordeminternacional eqitvel, procuramos uma que seja nos formal, mas justa, uma ordem mais humana do querigorosa. A ordem atual se traduz por um conjuntode relaes de fora, no meio das quais existe umadisparidade surpreendente entre riqueza e pobreza.

    essencial no sculo XXI a convico de que omundo precisa de solues urgentes, pois temregistrado progressos gigantescos, mas deixaigualmente subsistir necessidades particularmenterigorosas.

    Tendo em mente a meta divina de criar um sistema

    nico atravs da diversidade humana, Abdul-Bahatravessa os preconceitos e com muita firmezaesclarece qual deve ser o caminho a ser traado para

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    que o planeta Terra seja uma sociedade em constanteprogresso. Para tal, de uma simplicidade e clarezampar, orienta os governantes a seguirem os princpiosque Seu Pai, Bahullh, j havia descrito aosprincipais monarcas do sculo XIX como a nicamaneira de se alcanar a Paz Mundial.

    Infelizmente, assim como foi a resposta ao Seu Pai nada foi aceito prevalecendo a surdez e a cegueira

    daqueles que receberam a Mensagem; com isto ahumanidade vem sofrendo, lastimavelmente, com ateimosia de seus governantes, por no terem postoem prtica estes conceitos universais.

    a esperana de todo seguidor da Glria de Deus(Bahullh) que um dia os governantes, finalmente,

    possam prestar ateno e por em prtica as inmerasadmoestaes que Abdul-Bah lhes fez em 1919 emsua famosa Epstola a Haia.

    Editorial

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    A condio de nao neutra de que gozam os PasesBaixos fizeram da cidade de Haia um importantecentro para conferncias e encontros internacionais.Com o tempo, foi cunhada a expresso Convenode Haia ou Conferncia de Haia para designaruma srie de acordos multilaterais entre diversasnaes do mundo.

    Os Pases Baixos (em neerlands Nederland) so aparte europia do reino dos Pases Baixos, umamonarquia constitucional membro da UnioEuropia. Localizados no noroeste da Europa,limitam a norte e a oeste com o Mar do Norte, a lestecom a Alemanha e a sul com a Blgica. Os Pases Baixos

    so freqentemente chamados de Holanda. De origem,a palavra Holandareferiu para a rea ocupada pelasduas principais provncias: Holanda do Norte eHolanda do Sul. Hoje, umpars pro totocomumnos pases de lngua portuguesa usar Holandapara opas inteiro, o que no deixa de ser um erro.

    O pas um dos mais densamente povoados domundo; surpreendentemente, est tambm entre osde altitude mdia mais baixa (um quarto do territriofica abaixo do nvel do mar). Os neerlandeses so

    INTRODUO

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    INTRODUO

    conhecidos por seus diques, suas tulipas, seusmoinhos, seus tamancos e sua tolerncia social. Suaspolticas liberais so freqentemente mencionadas eusadas como (bons ou maus) exemplos nos demaispases.

    O Tribunal Internacional de Justia e a Corte PenalInternacional tm suas sedes em Haia; emboraAmsterd seja a capital constitucional, aquela cidade

    que sedia o governo, a residncia real e a maior partedas embaixadas.A 1aConferncia de Haia foi convocada em maio

    de 1899 pelo czar Nicholas II da Rssia e a rainhaWilhelmina da Holanda. Esta primeira Confernciade Haia foi assistida por 26 naes, incluindo uma

    delegao dos E.U.A.. Teve como meta odesarmamento e impor limitaes aos meios queconduzissem guerra. Infelizmente, a variao dospropsitos das naes participantes fez com que umacordo fosse impossvel.

    Entretanto, uma conquista emergiu da reunio:provises foram feitas para o estabelecimento de uma

    Corte Arbitrria Permanente (popularmenteconhecida como Tribunal de Haia), um corpo quejulga as decises em disputas internacionais entre asnaes cooperativas. A idia de arbitragem era muitopopular nos E.U.A. no comeo do sculo XX eTheodore Roosevelt submeteu o primeiro caso

    Corte (uma pequena disputa com o Mxico). Maistarde, a crise dos venezuelanos em 1902 foi resolvidasob os auspcios desta corte arbitrria.

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    Na 2a Conferncia de Paz, em 1907, com 46naes* reunidas em Haia, os E.U.A. propuseram oestabelecimento de uma corte mundial. O corpo erapara ser um tipo de suprema corte que tomariadecises baseadas em precedentes e leis internacionais,uma funo aparentemente diferente das atividadesda Corte Permanente. Discusses criaram um impassesobre a problemtica de como os juzes deveriam ser

    selecionados. Naturalmente, cada nao membroqueria que seus juzes fossem includos.

    *O Brasil participa pela primeira vez de uma conferncia mundial,comparecendo 2aConferncia de Haia.

    Quando, em 1907, o czar da Rssia convocou a 2aConferncia

    da Paz, em Haia, o baro do Rio Branco, no Ministrio das RelaesExteriores, escolheu primeiramente Joaquim Nabuco para chefiar adelegao brasileira, mas a imprensa e a opinio pblica lanaram onome de Rui Barbosa (Salvador, BA, 05/11/1849 - Petrpolis, 01/03/1923) um dos fundadores da Repblica, tendo sido o primeiroministro da Fazenda. Joaquim Nabuco recusou o lugar e disps-se aajudar, com informaes de toda a espcie, o trabalho de Rui Barbosa,investido de uma categoria diplomtica no desfrutada at ento pornenhum pas da Amrica Latina. Criado o impasse, o baro ainda

    ventila a idia de se formar, para o evento, uma delegao das guias.Nabuco, porm, declina do convite, e Rui acaba frente da delegao,passando histria como a guia de Haia.

    Seu papel em Haia foi de grande importncia. Bateu-se sobretudopelo princpio da igualdade jurdica das naes soberanas, enfrentandoirredutveis preconceitos das chamadas grandes potncias. Alm denomeado presidente de honra da Primeira Comisso, teve seu nomecolocado entre os Sete Sbios de Haia. Os outros foram: o baro

    Marshall, Nelidoff, Choate, Kapos Meye, Lon Bourgeois e o condeTornielli.Rui Barbosa, j no final de sua vida, foi eleito juiz da Corte

    Internacional de Haia, um cargo de enorme prestgio.

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    INTRODUO

    Na falta de um consenso sobre o tpico principal,a conferncia experimentou aparente sucesso emadotar resolues definindo as regras para conduziras disputas da modernidade. Entretanto, alguns mesesdepois, muitas naes falharam em ratificar asresolues, enquanto outras impuseram tantasreservas que a autoridade conferncia foi sabotada.

    Um acordo claramente emergiu da 2 Conferncia

    de Haia: os delegados concordaram na construode um modelo de tratado arbitrrio que seria usadoem consenso pelas naes. O Tribunal de Haia foiestabelecido para resolver as diferenas entre ossignatrios, exceto em casos que envolvessemmonarquias, interesses vitais ou honra nacional.

    Sobre estas Conferncias de Paz de Haia,Abdul-Bah num discurso uma assemblia deteosofistas em Londres, em setembro de 1911,declarou:

    Estas reunies nos ensinam que unidade bom eque afastamento (escravido sob o jugo da tradio

    e preconceito) causa de desunio. Saber dissono suficiente. Todo conhecimento bom, masno pode produzir qualquer fruto seno atravs deao. bom saber que as riquezas so boas, masesse conhecimento no tornar o homem rico; eledeve trabalhar, deve colocar seu conhecimento emao. Esperamos que as pessoas percebam e saibam

    que a unidade boa, esperamos tambm que elasno se contentem em permanecer imveis nesseconhecimento. No digais apenas que unidade,

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    amor e fraternidade so bons; deveis trabalhar pelasua realizao.

    O czar da Rssia sugeriu a Conferncia de Pazem Haia e props uma diminuio de armamentospara todas as naes. Nesta Conferncia provou-se que a paz foi benfica a todas as naes e aguerra destruiu o comrcio, etc. As palavras doczar foram admirveis, entretanto ele prprio foio primeiro a declarar guerra (contra o Japo) depois

    de terminada a Conferncia.Conhecimento no suficiente; esperamos que

    por amor a Deus colocaremos isto em prtica. Paraisto necessria uma fora espiritual universal.Reunies so boas para engendrar fora espiritual.Saber que possvel alcanar um estado deperfeio bom; avanar no caminho melhor.

    Sabemos que ajudar os pobres e ser misericordioso bom e agrada a Deus, mas conhecimento apenasno alimenta os famintos, nem podem os pobresser aquecidos por conhecimento e palavras duranteo inverno rigoroso; devemos dar o auxlio prticode amorosa bondade.

    E a respeito do Congresso de Paz?

    Assemelha-se a um grupo de embriagadosreunidos para protestar contra o consumo de lcool.Eles dizem que beber horrvel e saem de casadiretamente de volta bebida.1

    Dois anos mais tarde, em janeiro de 1913, numa

    segunda visita quela cidade, no escritrio do sr.FelixMoschelesihon, Ele novamente foi perguntado aresponder algumas colocaes acerca destas conferncias:

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    INTRODUO

    A Conferncia de Haia boa, mas insuficiente.Sua atmosfera de discusso estreita. No possui

    representatividade do eleitorado do mundo.Os membros desta conferncia foram obrigados

    a seguir as inclinaes dos Governos que osfinanciam e no podem desviar sequer um fio decabelo de suas instrues. Pudessem ser livres edesimpedidos, tu verias o que seriam capazes derealizar.

    O Organismo [Conselho] estabelecido porBahullh ser a ltima soluo. Este foiconfirmado por Deus e sob Sua proteo. Estejasassegurado que esta Corte Internacional de

    Arbitragem ser estabelecida, pois a demandado tempo atual. Verdadeiramente, podemosafirmar que a natureza da poca do sculo XIX foi

    a Liberdade. Quem tentasse lutar contra ela, seriafadado ao fracasso. Da mesma forma a CorteInternacional de Arbitragem o requisito destapoca. impossvel a qualquer um retard-la; entoo mundo humano descansar, asseguradamente,no bero da Paz. Esta uma das bnos desteCiclo. Seus milagres so numerosos. Suas

    descobertas so maravilhosas.Conseqentemente, levantemo-nos todos a

    servir a humanidade e trazer a Paz Internacional realidade, despendendo todas as nossas energias aeste fim. Cito o derradeiro sacrifcio: 20.000bahs deram suas vidas a este fim a de que oComando divino fosse realizado atravs do globo,para que, ento, todas as crianas pudessem viverna mxima prosperidade.2

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    Em 1919, com objetivos semelhantes, foi criada aLiga das Naes, no Tratado de Versalhes, na Frana.Considerada a precursora da ONU, tinha comomisso promover a cooperao internacional ealcanar a paz e a segurana. A entidade encerrou asatividades depois de falhar em evitar a II GuerraMundial.

    Foi neste perodo que a Epstola Organizao

    Central para uma Paz Duradoura em Haia, naHolanda, foi revelada por Abdul-Bah, em respostaa uma missiva datada de 11 de fevereiro de 1916que foi recebida em Sua casa em Haifa somente em1919 devido aos problemas de correio durante a IGuerra Mundial.

    Endereada ao Comit Executivo daquelaorganizao, datada de 17 de dezembro de 1919, estaEpstola foi descrita por Shoghi Effendi como deimensa importncia3. Ela foi entregue em mos poruma delegao especial de bahs a Haia.

    Abdul-Bah falece dois anos depois, em 1921,porm meses antes de Sua ascenso, escreve uma

    carta-resposta a um bah, esclarecendo vriospontos de Sua Epstola anteriormente revelada, e atmesmo prevendo a II Guerra Mundial:

    servo do liminar de Bahullh! Tua cartadatada de 14 de junho de 1920 foi recebida.

    Tambm chegou uma missiva de alguns dosmembros da Comisso de Paz e uma resposta foi-lhes redigida. Faze com que lhes chegue s mos.

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    INTRODUO

    evidente que essa assemblia no o que todosa reputam e incapaz de ordenar e resolver as

    questes da forma adequada e necessria. Sejacomo for, o assunto de que esto a tratar ,contudo, da mxima importncia. A reunio deHaia deveria ter tal autoridade e prestgio que seuspronunciamentos exercessem influncia sobre osgovernos e as naes. Chama a ateno dos

    venerandos membros a congregados para o fato

    de que a Conferncia de Haia realizada antes daguerra tinha por presidente o imperador da Rssia,e seus partcipes eram homens da maior eminncia.No obstante, isso no evitou to terrvel conflito.E agora, como h de ser? Pois no futuro, outraconflagrao, mais atroz que a ltima, por certorebentar; em verdade, quanto a isso no h sombra

    de dvida.* Que poder a assemblia de Haiafazer?

    Os princpios fundamentais estabelecidos porBahullh, porm, esto em dia a disseminar-se.Faze a entrega da resposta a sua carta, mostrando-lhes o maior amor e gentileza, e deixa-os cuidardos prprios afazeres. Certifica-te de que fiquem

    satisfeitos contigo e, sob a permisso deles, podesimprimir e distribuir essa epstola minha, j vertidaao ingls.

    ... Em todas as reunies, conversa dosensinamentos de Bahullh, pois isso ser eficaz,hoje nos pases ocidentais. E se te indagarem acercade tua crena em Bahullh, deves responder que

    *Abdul-Bah prevendo a II Guerra Mundial.

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    O temos na conta de o principal Mestre e Educadordo mundo nesta era, e deixa claro, atravs de

    explicao detalhada, que esses princpios relativos paz universal e a outros assuntos foram reveladospela pena da Bahullh h cinqenta anos, e jforam publicados na Prsia e na ndia e difundidospor todos os quadrantes do planeta. A princpio,todos manifestavam incredulidade na idia da pazuniversal e julgavam-na uma impossibilidade. Fala,

    outrossim, da grandeza de Bahullh, dos eventosocorridos na Prsia e na Turquia, da assombrosainfluncia que Ele exerceu e do contedo dasEpstolas por Ele dirigidas a todos os soberanos,bem como de seu cumprimento. Discorre,igualmente, sobre a propagao da Causa Bah.

    Aproxima-te tanto quanto possvel da Comisso

    da Paz Universal em Haia e trata seus membroscom a mxima cortesia. ...

    No te lastimeis pela apatia e frieza da reuniode Haia. Pe tua confiana em Deus...4

    Editora Bah do Brasil

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    HAIFA, 17 DEDEZEMBRODE1919

    AOCOMITEXECUTIVODAORGANIZAOCENTRALPARAUMAPAZDURADOURAEMHAIA, HOLANDA

    vs, estimados pioneiros entre os que almejam o

    bem do mundo humano!

    s cartas que enviastes durantea guerra no foram recebidas,mas uma missiva datada de 11de fevereiro de 1916 acaba de

    chegar-nos s mos, e pusemo-nos imediatamente aredigir uma resposta. O desgnio que vos anima digno de mil louvores, porquanto estais a servir aomundo humano, e isso conduz felicidade e ao bem-estar de todos. Esta ltima guerra provou ao mundoe s pessoas que guerra destruio, enquanto pazuniversal construo; guerra morte, ao passo que

    paz vida; guerra sinnimo de voracidade e sede desangue, mas paz significa bondade e beneficncia; aguerra pertence ao mundo da natureza enquanto a

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    paz um dos fundamentos da religio de Deus; guerra trevas sobre trevas, ao passo que paz luz celestial;guerra representa a destruio da estrutura dahumanidade, mas paz constitui a vida perptua domundo humano; a guerra assemelha-se a um lobodevorador, enquanto a paz como os anjos do cu; aguerra a luta pela existncia, ao passo que paz auxlio mtuo e cooperao entre os povos e a causa

    do beneplcito do Verdadeiro no reino do cu.No existe nenhum ser humano cuja conscincia

    no ateste que a mais relevante de todas as questesdo mundo de hoje a da paz universal. Todo homemjusto d testemunho disso e venera essa estimadaAssemblia por ser seu intuito a transformao dessas

    trevas em luz, dessa sede de sangue em bondade, dessetormento em bem-aventurana, desse sofrimento embem-estar e dessa inimizade e dio em amizade eamor. Portanto, o esforo dessas almas estimadas merecedor de louvor e meno.

    Entretanto, as pessoas sbias que percebem asrelaes essenciais que emanam das realidades das

    coisas so de opinio que uma nica questo isolada incapaz, por si s, de exercer a devida e necessriainfluncia sobre a realidade humana, pois enquantoas mentes dos homens no se unirem, nada deimportante se realizar. Presentemente, a paz universal uma questo de grande importncia, mas a unidade

    de conscincia essencial, de modo que se tornemseguros os alicerces desta questo, firme seuestabelecimento e robusto seu edifcio.

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    Por essa razo, h cinqenta anos, Bahullhesclareceu esse assunto a paz universal num tempoem que Se encontrava confinado na fortaleza de Akk,vtima de iniqidade, mantido como prisioneiro. Eleescreveu sobre essa importante questo da pazuniversal a todos os grandes soberanos do mundo eestabeleceu-a entre Seus amigos do Oriente. Ohorizonte do Leste estava totalmente obscuro; as

    naes mostravam o maior dio e inimizade mtuos,as religies tinham sede do sangue umas das outras epredominavam trevas sobre trevas. Em semelhantepoca, Bahullh resplandeceu como o Sol desde ohorizonte do Oriente e iluminou a Prsia com a luzdesses ensinamentos.

    Entre Seus ensinamentos figurava aproclamao da paz universal. As pessoas que Oseguiram, oriundas de diferentes naes, religies eseitas, uniram-se de tal maneira que reunies notveisforam estabelecidas, representativas das diversasnaes e religies do Oriente. Toda alma queingressava nessas reunies no via mais que uma nica

    nao, um mesmo ensinamento, um caminho e umas ordem, pois os princpios de Bahullh no selimitavam ao estabelecimento da paz universal;compreendiam muitos preceitos que suplementavame sustentavam esse da paz universal.

    Entre esses ensinamentos estava a investigao

    independente da realidade, para que o mundohumano possa ser salvo das trevas da imitao echegue verdade; para que arranque de si e jogue

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    fora as vestes rotas e antiquadas de mil anos atrs epossa se adornar com o manto tecido com a maiorpureza e santidade no tear da realidade, que uma eno admite multiplicidade as opinies divergentestm de fundir-se, afinal, em uma s.

    E entre os ensinamentos de Bahullh inclui-se a unidade do gnero humano: que todos oshomens so as ovelhas de Deus e Ele o bondoso

    pastor que trata com bondade todas as ovelhas,porque Ele as criou a todas, Ele as treinou, zelou eprotegeu. Indubitavelmente, o Pastor bondoso paracom todas as ovelhas; e em havendo entre elas algumass quais faltam conhecimentos, cumpre educ-las; seexistirem algumas imaturas, estas devem ser ensinadas

    at atingirem a maturidade; havendo ovelhas doentes,precisam ser curadas. Nenhum dio ou inimizade devehaver, mas sim devem esses seres imaturos e enfermosser tratados como que por um mdico benvolo.

    E entre os ensinamentos de Bahullh est quea religio tem de ser causa de camaradagem e amor.Caso se torne motivo de desafeio, dela no mais

    necessitamos, pois religio como um remdio: seagrava o mal, torna-se desnecessria.

    E outro dos ensinamentos de Bahullh quea religio deve estar em harmonia com a cincia e arazo, a fim de exercer influncia sobre os coraesdos homens. O alicerce deve ser slido e no consistir

    em imitaes.E ainda outro dos preceitos de Bahullh o

    seguinte: os preconceitos raciais, polticos,

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    econmicos e patriticos destroem a estrutura dahumanidade. Enquanto esses preconceitospredominarem, o mundo humano no encontrarsossego. A Histria informa-nos acerca de seis milanos da vida da humanidade. Durante todos esses seismilnios, o mundo no se viu livre de guerra,contenda, matana e sede de sangue. Em cada perodotem-se travado guerras em um ou outro pas, e sempre

    por causa de algum preconceito de religio, raa,poltica ou ptria. Logo, fato evidente e provadoque todos os preconceitos arrasam a estruturahumana; enquanto persistirem, a luta pela existnciacontinuar a prevalecer, acompanhada de sede desangue e rapacidade. Portanto, assim como no

    passado, o mundo humano no se salvar das trevasda natureza, nem alcanar iluminao, a menos queabandone os preconceitos e adquira a moral doReino.

    Se tal preconceito e inimizade nascem dareligio, consideremos que a religio deveria ser causade amizade; seno infrutfera. E se esse preconceito

    for o de nacionalidade, ponderemos que toda ahumanidade da mesma nao; todos se originaramda rvore de Ado, sendo Ado a raiz. Essa rvore uma s, e todas as naes so como os ramos,enquanto os seres humanos so suas folhas, flores efrutos. Assim, a constituio de naes diversas e a

    conseqente carnificina e destruio da estrutura dahumanidade resultam da ignorncia humana e de finsegostas.

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    Quanto ao preconceito patritico, tambmprovm de ignorncia absoluta, pois a superfcie doplaneta uma s terra natal. Cada um pode viver emqualquer parte do globo terrestre; o mundo inteiro,pois, a ptria do homem. Essas divises e fronteirasforam inventadas pelo homem; no foramdeterminadas na criao. A Europa um nicocontinente, a sia um nico continente, a frica

    um nico continente, a Austrlia um nicocontinente, mas algumas pessoas, movidas por finspessoais e interesses egostas, dividiram cada um dessescontinentes e consideraram certa parte como sendoseu prprio pas. Deus no fixou divisa alguma entrea Frana e a Alemanha; so terras contnuas. Sim, nos

    tempos primitivos, almas egostas, visando promoo de seus prprios interesses, estabeleceramlimites e divises, aos quais deram mais e maisimportncia, at isso levar, em sculos subseqentes,a intensa inimizade, rapacidade e carnificina. E assimcontinuar a ser por tempo indeterminado, e se esseconceito de patriotismo permanecer restrito a certo

    crculo, ser a causa preponderante da destruio domundo. Nenhuma pessoa sbia e justa admitir essasdistines imaginrias. Consideramos nossa terra natalqualquer rea circunscrita a que chamamos ptria,quando o globo terrestre que a terra natal de todos,no alguma rea restrita. Em suma, vivemos por alguns

    dias nesta terra e, afinal, nela somos sepultados nosso jazigo perptuo. Valer a pena entregarmo-nosao derramamento de sangue e despedaarmos uns aos

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    outros por este tmulo eterno? No, longe disso! Talconduta no pode aprazer a Deus, nem homemalgum de juzo so a aprovar.

    Considerai! Os animais abenoados no seenvolvem em disputas patriticas. Reina entre eles amaior amizade e vivem juntos, em harmonia. Se, porexemplo, um pombo do Leste, e um do Oeste, e outrodo Norte, e outro do Sul chegam por acaso

    simultaneamente a um mesmo jardim, de imediato seassociam com harmonia. Assim com os quadrpedese aves abenoados. Os animais ferozes, todavia, logoque se defrontam, atacam-se e lutam e dilaceram-semutuamente; -lhes impossvel viver em paz, juntosno mesmo lugar. So todos insociveis, ferozes,

    selvagens, pugnazes.No que concerne ao preconceito econmico: evidente que no momento em que os laos entre asnaes se fortalecerem e se acelerar o intercmbio demercadorias, e qualquer princpio econmico forimplantado em determinado pas, isso ter influncia,em ltima anlise, sobre os demais pases, e benef-

    cios universais adviro. Por que, ento, essepreconceito?

    Com relao ao preconceito poltico: o que sedeve seguir o plano de ao de Deus, que inquestionavelmente superior a qualquer esquemahumano. Temos de nos guiar pela Poltica Divina, a

    qual se aplica a todos igualmente. Ele trata a todos damesma forma, sem nenhuma distino, e isso a basedas Religies Divinas.

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    E entre os ensinamentos de Bahullh figuraa adoo de um idioma que possa ser difundidouniversalmente entre os homens. Esse preceito foirevelado pela pena de Bahullh a fim de que, pormeio dessa lngua universal, se eliminassem os mal-entendidos entre os seres humanos.

    E outro dos ensinamentos de Bahullh aigualdade entre homem e mulher. O mundo humano

    dotado de duas asas: uma a mulher, a outra ohomem. A ave s poder voar quando ambas as asasestiverem igualmente desenvolvidas. Se uma delaspermanece fraca, o vo impossvel. Enquanto omundo feminino no se equiparar ao masculino naaquisio de virtudes e perfeies, no se atingiro

    devidamente o xito e a prosperidade.E entre os princpios de Bahullh est arepartio voluntria dos bens com o semelhante. Essapartilha espontnea superior igualdade, e consisteem que o homem no se d preferncia a si mesmosobre outrem, seno que sacrifique a vida e os haverespelo prximo. Isso, entretanto, no deve ser

    introduzido pela coero, de modo que se torne umalei que o homem seja constrangido a obedecer. No,antes, o ser humano deve, por sua prpria vontade eopo, sacrificar as posses e a vida pelos outros e, debom grado, dar aos pobres, assim como fazem osbahs da Prsia.

    E entre os preceitos de Bahullh inclui-se aliberdade do homem. Atravs do Poder ideal, ele develibertar-se e emancipar-se do cativeiro do mundo

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    natural. Pois enquanto o homem permanecerprisioneiro da natureza, ser animal feroz, j que aluta pela existncia uma das exigncias do mundonatural. Essa questo da luta pela existncia omanancial de todas as calamidades; a aflio suprema.

    E consta dos ensinamentos de Bahullh quea religio um poderoso baluarte. Se o edifcio dareligio for abalado e oscilar, seguir-se-o comoo e

    caos, e a ordem das coisas ser completamentetranstornada, pois no mundo humano h duassalvaguardas que preservam o homem da perpetraode ms aes. Uma a lei, que pune o infrator, isto,porm, evita apenas o crime manifesto e no o pecadooculto; ao passo que a religio de Deus a salvaguarda

    ideal impede tanto a transgresso manifesta quantoa oculta, educa o homem, ensina a moral, leva aodesenvolvimento de virtudes e o poder todo-abrangente que assegura a felicidade do mundohumano. Por religio entendemos, todavia, o que seaveriguou mediante investigao, e no o que se baseiaem mera imitao; queremos dizer os fundamentos

    das Religies Divinas, no os arremedos humanos.E um dos princpios de Bahullh que a

    civilizao material, embora um dos meios doprogresso do mundo humano, enquanto no estiverfundida com a civilizao divina, no trar o resultadodesejado, que a felicidade do homem. Considerai!

    Essas belonaves que reduzem uma cidade a escombrosno intervalo de uma hora so conseqncia dacivilizao material, como tambm o so os canhes

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    Krupp, os rifles Mauser, a dinamite, os submarinos,os torpedeiros, os avies de caa e os bombardeiros -todos esses instrumentos de guerra so os frutosmalignos da civilizao material. Tivesse a civilizaomaterial sido associada divina, jamais to terrveisarmas teriam sido inventadas. No, antes, a energiahumana teria sido integralmente dedicada a invenesteis e concentrada em descobrimentos louvveis. A

    civilizao material assemelha-se a uma lmpada e adivina, luz. Sem luz, a lmpada permanece escura.A civilizao material como o corpo. Por infinitasque sejam sua formosura, graa e beleza, ele morto.A civilizao divina como o esprito. o espritoque insufla vida no corpo; pois sem o esprito o corpo

    no passa de um cadver. Conseqentemente, estcomprovado que o mundo humano necessita dossopros do Esprito Santo. Sem esprito, o mundohumano carece de vida, e destitudo dessa luz est emescurido absoluta. Pois o mundo da natureza ummundo animal, e o homem, at que renasa dessemundo, ou seja, se desprenda do mundo da natureza,

    ser essencialmente animal. So os ensinamentos deDeus que transformam esse animal numa almahumana.

    E outro dos princpios de Bahullh apromoo da educao. Toda criana deve serinstruda nas cincias tanto quanto necessrio. Se aos

    pais for possvel arcar com as despesas decorrentesdessa educao, timo; do contrrio, incumbe comunidade providenciar o ensino da criana.

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    E figuram entre os preceitos de Bahullh ajustia e o direito. Enquanto estes no seestabelecerem no plano da existncia, tudopermanecer em desordem e imperfeio. O mundohumano um mundo de opresso e crueldade, umreino de agresso e erro.

    Em suma, tais ensinamentos so numerosos.Esses mltiplos princpios, que constituem a maior

    base para a felicidade da humanidade, e provm dagraa do Misericordioso, tm de ser adicionados questo da paz universal e com esta combinados, afim de se obterem resultados. Do contrrio, difcil aconcretizao da paz universal no mundo se tomadaisoladamente. Os ensinamentos de Bahullh,

    combinados com a paz universal, assemelham-se auma mesa provida de toda sorte de alimento fresco edelicioso. Nessa mesa de generosidade infinita, cadaalma pode encontrar o que deseja. Restringindo-se aquesto exclusivamente paz universal, os notveisresultados esperados e desejados no sero atingidos.O escopo da paz universal deve ser tal que todas as

    comunidades e religies nele vejam a realizao desua mais elevada aspirao. Os ensinamentos deBahullh so tais que todas as comunidades domundo, quer religiosas, polticas ou ticas, querantigas ou modernas, neles encontram a expressode seu mais alto desiderato.

    Os adeptos das religies, por exemplo,encontram nos princpios de Bahullh oestabelecimento da Religio Universal religio esta

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    que corresponde com perfeio s condies atuais,que efetua de fato a cura imediata do mal insanvel,que alivia toda dor e proporciona o antdoto infalvelde todo veneno mortfero. Pois se nossa intenoordenar e organizar o mundo humano de acordocom as imitaes religiosas hodiernas como, porexemplo, pela execuo das leis do Tora ou das demaisreligies conforme as imitaes atuais ento

    possvel e impraticvel alcanar a felicidade do mundohumano. A base essencial de todas as ReligiesDivinas, porm, que pertinente s virtudes domundo humano e o alicerce de seu bem-estar, essa encontrada nos ensinamentos de Bahullh na maisperfeita apresentao.

    Semelhantemente, no que diz respeito aos povosque clamam por liberdade: a liberdade moderada quegarante o bem-estar do mundo humano e mantm epreserva as relaes universais est presente, naplenitude mxima de seu vigor e extenso, nosprincpios de Bahullh.

    De modo semelhante, com referncia aos

    partidos polticos: aquilo que constitui a poltica maiorque guia o mundo humano, no, ainda mais, que aprpria poltica divina encontra-se nos preceitos deBahullh.

    Outrossim, no que tange ao partido daigualdade, que se empenha na busca da soluo dos

    problemas econmicos: at agora, todas as propostasde soluo tem-se mostrado impraticveis, comexceo das proposies econmicas dos

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    ensinamentos de Bahullh, que so exeqveis e nocausam tormento sociedade.

    O mesmo se d em relao aos demais grupos:se examinardes a fundo o assunto, descobrireis queas mais sublimes aspiraes desses grupos estopresentes nos princpios de Bahullh. Estesconstituem o poder que a tudo abrange entre todosos homens, e so factveis. H, no entanto, certos

    ensinamentos do passado, como os do Tora, cujaprtica impossvel nos dias de hoje, e isto tambmse aplica s outras religies e aos preceitos das diversasseitas e dos vrios grupos.

    Consideramos, por exemplo, a questo da pazuniversal, acerca da qual Bahullh afirma ser

    imperioso o estabelecimento do Supremo Tribunal:conquanto j tenha sido instituda a Liga das Naes,esta incapaz de estabelecer a paz universal. OSupremo Tribunal* que Bahullh descreve, porm,

    *Este Tribunal civil, composto de doutos da rea legal, no umcorpo religioso. No se pode confundir este Tribunal Internacionalcom a Casa Universal de Justia, como alguns eruditos o vem fazendo.

    Uma explicao sobre o assunto pode ser encontrada em Respostas aAlgumas Perguntas, 5a ed. 2001, p. 70. Na Epstola do Mundo,Bahullh afirma: Incumbe aos ministros da Casa de Justiapromoverem a Paz Menor, de modo que o povo da Terra seja aliviadodo cargo dos desembolsos exorbitantes.5Tambm, na Epstola arainha Vitria, publicada em O Chamado do Senhor das Hostes, 1a

    ed. 2003, pp. 72-8, claro que a Casa de Justia referida um governocivil e certamente no uma instituio religiosa bah, este Tribunal

    ter a inteira responsabilidade do estabelecimento da Paz Menor eem nenhum caso tero ministros. Muitas destas ms interpretaes sedo devido ao uso do termo casa de justia utilizado para parlamentonacional no final do sculo XIX, o que pode gerar esta ambigidade.

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    levar a cabo essa tarefa sagrada com a mxima pujanae poder. Eis o Seu plano: as assemblias nacionais decada pas e nao ou seja, os parlamentos devemeleger duas ou trs pessoas que sejam as maisexcelentes da nao homens que estejam beminformados no que concerne s leis internacionais es relaes entre os governos, e conscientes dasnecessidades essenciais do mundo atual. O nmero

    desses representantes deve ser proporcional populao de cada pas. A eleio dessas almasescolhidas pela assemblia nacional, isto , peloparlamento, tem de ser confirmada pela cmara alta,pelo congresso e pelo ministrio, bem como pelopresidente ou monarca, de modo que essas pessoas

    sejam os eleitos de toda a nao e do governo. Dentreessas almas o Supremo Tribunal ser eleito, e assimtoda a humanidade nele ter participao, pois cadaum desses delegados plenamente representativo desua nao. Ao tomar o Supremo Tribunal umadeliberao sobre qualquer questo internacional, sejapor unanimidade, seja por maioria, no mais haver

    pretexto para o querelante nem fundamento paraobjeo por parte do ru. Se qualquer governo ounao for negligente ou dilatrio no cumprimentoda irrefutvel deciso do Supremo Tribunal, contraele erguer-se-o todas as demais naes porquantotodos os governos e naes do mundo so os

    apoiadores dessa Corte Mxima. Considerai quealicerce forte esse! A uma Liga limitada e restrita,porm, no ser possvel levar a efeito este propsito

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    como cumpre e necessrio. Eis a verdade a respeitoda situao aqui exposta.6

    Consideremos quo poderosos so osensinamentos de Bahullh. Num tempo em que SuaSantidade estava na priso de Akk, sob as restriese as ameaas de dois reis sanguinrios, Seusensinamentos difundiram-se, no entanto, com todopoder na Prsia e em outros pases. Se um

    ensinamento, ou um princpio, ou uma comunidadecair sob a ameaa de um monarca poderoso esanguinrio, ser aniquilada dentro de pouco tempo.H cinqenta anos os bahs na Prsia e em muitasregies vivem abaixo de restries severas e sob ameaade espada e dardo. Milhares de almas tm dado a vida

    na arena do sacrifcio, vtimas das espadas da opressoe da crueldade. Milhares de famlias estimadas foramdestrudas crianas perdendo seus pais, e estes seusfilhos. Milhares de mes tm chorado e lamentado aperda dos filhos decapitados. Toda essa opresso ecrueldade, essa pilhagem e esse sanguinarismo, noimpediram a difuso dos ensinamentos de Bahullh.

    Difundiram-se cada dia mais, e seu poder se ps emmaior evidncia.

    Pode acontecer que alguma pessoa insensatadentre os persas assine seu nome ao contedo dasEpstolas de Bahullh, ou as explicaes dadas nascartas de Abdul-Bah e as mande a essa estimada

    Assemblia. Deveis estar cientes deste fato, poisqualquer persa em busca de fama ou com algumaoutra inteno, tomar o contedo inteiro das

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    Epstolas de Sua Santidade Bahullh e o publicarem seu prprio nome, ou no de sua comunidade,assim como aconteceu no Congresso Universal deRaas, em Londres, antes da guerra. Um persa entrounaquele Congresso com a substncia das Epstolasde Sua Santidade Bahullh, e as exps e publicouem seu prprio nome, enquanto estavam nas palavrasexatas de Bahullh. Algumas dessas pessoas foram

    Europa, causando confuso no esprito do povo enos pensamentos de alguns orientalistas. Deveis-voslembrar disso, pois nenhuma palavra destesensinamentos foi ouvida na Prsia antes do tempo deBahullh. Investigai o assunto para que se vos torneevidente. Algumas pessoas so como papagaios:

    aprendem e cantam qualquer nota que ouam, maselas prprias so inconscientes daquilo quepronunciam. H atualmente na Prsia uma seitacomposta por algumas almas que se chamam bbs,pretendendo ser adeptos de Sua Santidade o Bb, masno tm a mnima compreenso de Sua Santidade.Possuem alguns ensinamentos secretos inteiramente

    opostos aos ensinamentos de Bahullh, e na Prsiase sabe disso. Quando, porm, essas pessoas vm Europa, escondem seus prprios ensinamentos eexpem os de Bahullh, pois sabem que estes sopoderosos e, portanto, os proclamam publicamenteem seu prprio nome. Dizem que esses ensinamentos

    secretos derivaram do Livro do Bayn, da autoria deSua Santidade o Bb, mas quando tiverdes acesso aeste Livro, o qual se traduziu na Prsia, descobrireis a

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    verdade: que os ensinamentos de Bahullh estocompletamente opostos aos dessa seita. Acautelai-vospara que no descuideis deste fato. Caso queiraisinvestigar mais o assunto, pedi informaes da Prsia.

    Enfim, ao se viajar pelo mundo, onde quer quese encontre a construo, resultado da harmonia edo amor, enquanto tudo o que esteja em runasdemonstra o efeito da inimizade e do dio. Apesar

    disso, o mundo humano no se tornou consciente,no despertou do sono da negligncia. Novamentese envolve em divergncias, em disputas e contenda,para organizar as fileiras da guerra e percorrer a arenada batalha e luta.

    Assim com o universo e sua corrupo, a

    existncia e a inexistncia. Todo ser contingente feitode vrios e numerosos elementos; a existncia de tudo resultado da composio. Quer isso dizer, quandoh uma composio entre elementos simples, surgeum ser; desse modo que se realiza a criao dosseres. E, ao ser perturbada tal composio, sucede adecomposio, separam-se os elementos, e esse ser

    aniquilado. Isto , o aniquilamento de tudo consistena decomposio, na separao dos elementos. Cadacombinao, pois, e cada cor de folhas, flores e frutas,contribuem ao realce da beleza e encanto dos demais,fazendo um jardim admirvel, da maior formosura,do mais deleitvel perfume e frescor. De modo

    semelhante, quando a variedade de pensamentos,idias, opinies, caracteres e princpios morais domundo humano vm sob o controle de um Poder

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    Supremo, essa influncia de composio entre oselementos a causa da vida, enquanto que adissociao e separao causam a morte. Numapalavra, a atrao e harmonia so a causa da produode frutos e resultados teis, enquanto o repulso e adesarmonia entre as coisas motivam distrbios eaniquilamento. Da harmonia e atrao, deriva a vidade todos os seres contingentes, tais como a planta, o

    animal e o homem; da desarmonia e repulso originaa decadncia e se manifesta o aniquilamento. Tudo,pois, que seja causa de harmonia, atrao e unio entreos homens, a vida do mundo humano, e o quemotiva diferenas, repulsa e separao a causa damorte da humanidade. Quando se passa por um

    jardim onde canteiros de vegetais, flores e ervasfragrantes todos se combinam para formar um todoharmonioso, isso evidncia de que tal jardim eplantao se devem ao cultivo e cuidado de umjardineiro perfeito, mas quando se v um jardim emdesordem, confuso, sem plano, isso indica que foiprivado dos cuidados de um jardineiro hbil, ou,

    antes, que apenas uma aglomerao de ervasselvagens. Evidentemente, pois, a amizade e harmoniaprovam que houve cultivo pelo verdadeiro Educador,enquanto que a separao e disperso indicam aincultura, a falta de educao divina.

    Se algum objetar que, em vista das diferenas

    existentes entre as comunidades, naes e raas domundo no que diz respeito a formalidades,costumes, gostos, temperamentos, moral, pensa-

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    mentos e opinies impossvel que a unidade idealse manifeste e a unio completa se realize entre oshomens, dizemos serem de duas espcies as diferenas:uma leva destruio, assim como a diferena entrepovos guerreiros e naes rivais, que se destroemmutuamente e extirpam as famlias uns dos outros,no permitindo sossego ou conforto, devotando-se,antes, carnificina e rapacidade. Isso condenvel.

    A outra diferena, porm, consiste na variao, coisaque manifesta as graas divinas e a prpria perfeio.Consideremos as flores do roseiral: embora sejam dediferentes tipos, cores variadas e formatos diversos,no entanto, j que bebem da mesma gua, sobafejadas pela mesma brisa e crescem graas ao calor

    e luz do mesmo sol, essa variao faz cada umarealar a beleza e o esplendor das demais. Adiversidade de modos, costumes, hbitos,pensamentos, opinies e temperamentos o adornodo mundo humano. Isso louvvel. Essa variao,assim como a diferena entre as partes do corpohumano, faz manifestar-se a beleza, a perfeio.

    Desde que essas diferentes partes estejam sob ocontrole do esprito dominante, o qual penetra emtodos os rgos e membros, e governa todas asartrias e veias, tal variao fortalece o amor e aharmonia, essa multiplicidade o maior meio depromover a unidade. Se, num jardim, as flores e ervas

    fragrantes, os ramos, folhas, inflorescncia e frutosdas rvores forem de um s tipo e formato, da mesmacor e disposio, no se realar sua beleza ou seu

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    encanto, mas quando existe variedade no mundo daunidade, mostrar-se-o, em grau mximo, sua glria,beleza, sublimidade e perfeio.

    Hoje, nada a no ser o poder do Verbo de Deus,que envolve a realidade das coisas, pode reunir ospensamentos, as mentes, os coraes e espritos sombra da mesma rvore. Ele o Potente em todasas coisas, Aquele que vivifica as almas e preserva e

    governa o mundo humano. Louvado seja Deus! Nestedia, a luz do Verbo de Deus irradiou sobre todas asregies e, de todas as comunidades, naes, tribos,raas, religies e seitas, vieram almas reunir-se sombrada Palavra da Unidade, na mais ntima amizade,harmonia e unio!

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    A Casa Universal de Justia esclarece que durante

    a I Guerra Mundial, uma carta foi escrita porAbdul-Bah acerca dos ensinamentos de Seu Pai,Bahullh, que pode ser um apndice muitoapropriado Epstola a Haia7:

    povos do mundo! O Sol da Verdade surgiu afim de iluminar toda a Terra e espiritualizar a

    comunidade do homem. Louvveis so seus resultados sem frutos e abundantes as santas evidncias quedesta graa derivam. Isso misericrdia genuna e amais pura generosidade; luz para o mundo e todosseus povos; harmonia e companheirismo, amor esolidariedade; , em verdade, compaixo e unidade e

    o fim do desamor; a unificao de todos na Terra,em completa dignidade e liberdade.Diz a Abenoada Beleza: Todos vs sois os frutos

    de uma s rvore, as folhas do mesmo ramo. AssimEle equiparou este mundo existente a uma nicarvore e todos os povos s folhas dessa rvore, s florese frutos. necessrio que o ramo floresa e a folha e

    o fruto medrem, e da interconexo de todas as partesdessa rvore o mundo que depende o vio dafolha e da flor, e a doura do fruto.

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    Por esta razo devem todos os seres humanosapoiar vigorosamente um ao outro e buscar a vidaeterna; por esta razo aqueles que amam a Deusdevem tornar-se, neste mundo contingente, as graase bnos dispensadas por aquele Rei clemente dosdomnios visveis e invisveis. Que purifiquem a vistae vejam todos os seres humanos como as folhas, asflores e os frutos da rvore da existncia. Que em todas

    as oportunidades ocupem-se em fazer algo de bompara algum de seus semelhantes, e ofeream amor,considerao e ajuda atenciosa a alguma pessoa. Quea ningum veja como inimigo ou como pessoa quelhes quer mal, e sim pensem em toda a humanidadecomo amigos; que tenham o estranho por pessoa

    ntima, o desconhecido por companheiro, emantenham-se livres do preconceito, sem construirbarreira alguma.

    Neste dia, estimado no Limiar do Senhor quemoferece o clice da fidelidade queles que esto aoredor; quem confere, at mesmo aos inimigos, a jiada generosidade; e quem at mesmo ao opressor cado

    estende a mo em auxlio; quem vier a ser amigoamoroso do mais violento adversrio. So estes osEnsinamentos da Abenoada Beleza, estes osconselhos do Maior Nome.

    vs, queridos amigos! O mundo est em guerrae a espcie humana est em tribulao e combate

    mortal. A noite tenebrosa do dio prevalece e a luzda boa f extinguiu-se. Os povos e raas da Terraafiaram as garras e esto a arremessar-se uns contra

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    os outros. o prprio alicerce da espcie humanaque est sendo destrudo. So milhares as famliaserrantes e desapossadas, e cada ano v milhares emilhares de seres humanos a contorcer-se, banhadosno prprio sangue vital em empoeirados campos debatalha. As tendas da vida e da alegria foramderrubadas. Os generais pem em prtica suas tticas,jactando-se do sangue que derramaram, rivalizando-

    se mutuamente no estmulo violncia. Com estaespada, diz um deles, eu decapitei um povo inteiro!E outro exclama: Eu fiz vir abaixo uma nao! Eainda outro: Eu fiz cair um governo! De tais coisasvangloriam-se os homens, tais as coisas das quais seenvaidecem! O amor, a retido estes so em toda

    parte censurados, ao mesmo tempo em que aharmonia e a devoo verdade so desprezadas.A F da Abenoada Beleza convoca o gnero

    humano segurana e ao amor, amizade e paz;ergueu seu tabernculo nas alturas da Terra e dirigeo chamado a todas as naes. Portanto, vs queamais a Deus, reconhecei o valor desta preciosa F,

    obedecei-lhe os ensinamentos, segui nesta estradatraada em linha reta e mostrai ao povo este caminho.Levantai as vozes e cantai a cano do Reino. Difundiem toda parte os preceitos e conselhos do Senhoramoroso, de modo que este mundo se transforme emoutro mundo, esta terra sombria inunde-se de luz e o

    corpo morto da humanidade levante e viva; para quetoda alma suplique pela imortalidade, atravs dossagrados sopros de Deus.

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    Em breve, vossos dias, que velozmente passam,tero findado, e a fama e as riquezas, os confortos eos deleites proporcionados por este monte de lixo, omundo, tero desaparecido sem deixar trao sequer.Convocai o povo, pois, a Deus, e convidai ahumanidade a seguir o exemplo da Companhia doalto. Sede pais amorosos para o rfo, e refgio parao desamparado, e tesouro para o pobre, e cura para o

    enfermo. Sede os que auxiliam toda vtima de opressoe que protegem os desafortunados. Buscai, em todosos tempos, prestar algum servio a todo membro dognero humano. No atenteis para a averso e arejeio, para o desdm, a hostilidade e a injustia;agi do modo contrrio. Sede sinceramente bondosos,

    no apenas na aparncia. Que cada um dos bem-amados de Deus concentre a ateno nisto: ser apersonificao da misericrdia do Senhor ao homem,ser a graa do Senhor. Que faa algum bem a todapessoa com quem cruza no caminho e seja-lhe dealgum benefcio. Que aprimore o carter de cada ume d nova orientao s mentes dos homens. Desta

    maneira, a luz da guia divina irradiar-se- e as bnosde Deus abrigaro toda a humanidade; pois o amor luz, no importa em que morada habite, e o dio escurido onde quer que faa seu ninho. amigosde Deus! Para que o Mistrio oculto possa sermanifesto, e a essncia secreta de todas as coisas

    revelar-se, esforai-vos por banir essa escurido paratodo o sempre.8

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    ONU

    A Organizao das Naes Unidas (ONU) nasceuoficialmente em 24 de outubro de 1945, data depromulgao da Carta das Naes Unidas, que umaespcie de Constituio da entidade, assinada na poca

    por 51 pases, entre eles, o Brasil. Criada logo aps aII Guerra Mundial, o foco da atuao da ONU amanuteno da paz e do desenvolvimento em todosos pases do mundo.

    Bem antes da fundao da ONU j haviam surgidooutras organizaes internacionais, relacionadas a

    temas especficos. A Unio Internacional deTelecomunicaes (UIT) , na poca chamada deUnio Internacional de Telgrafos, foi fundada em1865; nove anos mais tarde, em 1874, surgiu a UnioPostal Universal (UPU). Hoje, ambas so agnciasespecializadas da ONU.

    Em 1899, realizou-se na cidade de Haia, naHolanda, a Conferncia Internacional da Paz, paraelaborar instrumentos que pudessem resolver crises

    APNDICEII

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    pacificamente, evitar guerras e desenvolver regrasinternacionais de convivncia entre os pases. Comobjetivos semelhantes, foi criada a Liga das Naes,estabelecida em 1919, no Tratado de Versalhes, naFrana. Considerada a precursora da ONU, tinha comomisso promover a cooperao internacional e alcanara paz e a segurana. A entidade encerrou as atividadesdepois de falhar em evitar a II Guerra Mundial.

    A expresso Naes Unidas, cunhada pelopresidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt(1882-1945), foi utilizada pela primeira vez naDeclarao das Naes Unidas, em 1 de janeiro de1942, durante a II Guerra Mundial, quandorepresentantes de 26 naes expressaram a inteno

    de continuar lutando contra os pases do Eixo(Alemanha, Japo e Itlia). Dois anos depois, lderesda China, da Unio Sovitica, do Reino Unido e dosEstados Unidos esboaram uma proposta de estatutopara uma organizao internacional de pases.

    Antes mesmo de ser constituda oficialmente aorganizao, realizou-se na cidade de Bretton

    Woods, nos Estado de New Hampshire, nos EUA, aConferncia Monetria e Financeira das NaesUnidas, em 01/07/1944, tendo em vista as questeseconmicas relacionadas ao final da II Guerra Mundiale ao ps-guerra. Na mesma linha, realizou-se emWashington, em 21/08/1944, a Conferncia para a

    Organizao da Paz no Mundo do Ps-Guerra.Em 1945, representantes de 50 pases reuniram-

    se em So Francisco, nos Estados Unidos, na

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    Conferncia das Naes Unidas para umaOrganizao Internacional. No encontro, foielaborado um rascunho da Carta das Naes Unidas.A Carta foi assinada em 26 de junho de 1945, eratificada por 51 pases em 24 de outubro de 1945.

    A misso da ONU parte do pressuposto de quediversos problemas mundiais como pobreza,desemprego, degradao ambiental, criminalidade,

    Aids, migrao e trfico de drogas podem ser maisfacilmente combatidos por meio de uma cooperaointernacional. As aes para a reduo da desigualdadeglobal tambm podem ser otimizadas sob umacoordenao independente e de mbito mundial,como as Naes Unidas.

    Atualmente, as Naes Unidas e suas agnciasinvestem, em forma de emprstimo ou doaes, cercade US$ 25 bilhes por ano em pases emdesenvolvimento. Esses recursos destinam-se proteo de refugiados, fornecimento de auxlioalimentar, superao de efeitos causados porcatstrofes naturais, combate doenas, aumento da

    produo de alimentos e da longevidade, recuperaoeconmica e estabilizao dos mercados financeiros.Alm disso, a ONU ajuda a reforar o regimedemocrtico em vrias regies, e j apoiou mais de70 eleies nacionais. As Naes Unidas foramcatalisadoras e promotoras de um grande movimento

    de descolonizao, que levou independncia de maisde 80 pases.

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    A FORMAODAONU

    A antecessora imediata das Naes Unidas foi aLiga das Naes, constituda em 28 de abril de 1919na Conferncia de Versalhes. Seu objetivo erasolucionar as disputas internacionais mediante oarbtrio de um organismo coletivo e no pelo

    equilbrio militar entre as potncias, como ocorrerana Europa desde a paz de Vestflia, em 1648, at a IGuerra Mundial.

    Essa organizao teve pouca eficcia nocumprimento de sua misso devido ausncia dosEstados Unidos, da Unio Sovitica (at 1934) e de

    outras potncias, e ao apogeu da exaltaonacionalista em estados como Itlia, Alemanha eJapo, cujos atos de expansionismo provocaram adeflagrao da II Guerra Mundial. A Liga das Naesdissolveu-se formalmente em 18 de abril de 1946,quando cedeu seus organismos ONU.

    Durante a II Guerra Mundial, usou-se o nome de

    Naes Unidas para designar os pases aliados contraa Alemanha, Itlia e Japo. Mais tarde, adotou-secomo nome da organizao mundial que surgiu doacordo entre os vencedores. O primeiro documentointernacional para a cooperao pacfica foi a Cartado Atlntico, de agosto de 1941, pela qual os Estados

    Unidos e o Reino Unido se comprometiam, entre outrascoisas, a renunciar a conquistas territoriais e a favorecer ocomrcio e a navegao mundiais.

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    A Declarao das Naes Unidas, assinada por 26Estados em 1 de janeiro de 1942, expressava avontade das potncias aliadas de no firmar nenhumarmistcio em separado. O primeiro passo para oestabelecimento de uma organizao permanente foia Conferncia de Dumbarton Oaks, reunio deespecialistas em diplomacia dos Estados Unidos, doReino Unido, da Unio Sovitica e da China, em que

    se trataram, de 21 de agosto a 7 de outubro de 1944,tanto dos objetivos fundamentais como dosprocedimentos e do sistema de votaes e vetos.

    Na Conferncia das Naes Unidas sobre aOrganizao Internacional, reunida em SoFrancisco, nos Estados Unidos, em 25 de abril de

    1945, redigiu-se a Carta das Naes Unidas, que foiassinada em 26 de junho e entrou em vigor em 24 deoutubro do mesmo ano, firmada por 51 Estados: os26 que haviam assinado a Declarao das NaesUnidas, outros vinte que haviam declarado guerra spotncias do Eixo (Alemanha, Itlia e Japo) antesde maro de 1945 e mais cinco que foram admitidos

    durante a conferncia.A Conferncia de So Francisco foi a primeira

    assemblia internacional da histria moderna que notranscorreu sob o domnio de naes europias. Nos se realizou em lugar geograficamente distante daEuropa, como contou somente com a participao

    de nove Estados continentais europeus, alm da UnioSovitica. Todas as regies do mundo estiveramrepresentadas: 22 naes americanas, sete Estados do

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    Oriente Mdio, seis naes da Comunidade Britnicade Naes, trs repblicas soviticas, duas naes doExtremo Oriente e duas naes africanas, alm dosnove Estados europeus j assinalados. Ao longo dasegunda metade do sculo XX, a organizaoampliou-se com numerosos estados da sia, frica eOceania, que nessa poca se tornaram independentes.

    A organizao no se props constituir um

    superestado ou um governo mundial, mas sim prem ao um sistema de segurana coletivo,fundamentado na cooperao voluntria de seusmembros. Cada um dos Estados-membros continuousendo plenamente soberano, sem que a organizao,como tal, tivesse competncia nos assuntos

    pertencentes jurisdio interna dos Estados.Aos 51 Estados fundadores da ONU, entre os quaiso Brasil, outros aderiram ao longo dos anos,principalmente a partir da nova ordem mundialdecorrente da descolonizao. Em meados da dcadade 1990, o organismo contava com 185 Estados-membros.

    OBJETIVOSEPRINCPIOSDAONU

    O artigo 1 da Carta define os objetivosprimordiais das Naes Unidas: a manuteno da paz

    internacional; a defesa dos direitos humanos; oestabelecimento de relaes amistosas entre as naes,com base no princpio de autodeterminao dos

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    povos; a cooperao dos pases na soluo deproblemas internacionais de ordem econmica, social,cultural e humanitria; e constituir-se em centro deconvergncia das aes dos Estados na luta pelosobjetivos comuns.

    Os princpios bsicos que devem reger a ao dasNaes Unidas so expressos nos artigos seguintes.Em primeiro lugar, as disputas devem ser solucionadas

    por meios pacficos, tais como sanes econmicasou polticas, ou mediante o uso de uma fora coletiva.Em troca, cada membro se compromete a no fazeruso da fora nem a utilizar a ameaa da fora contraos objetivos das Naes Unidas.

    Cada um dos membros obrigado a prestar ajuda

    organizao em qualquer iniciativa prevista pelaCarta. Os Estados no pertencentes organizaoso chamados a agir de acordo com os mesmosprincpios, quando isso for necessrio para amanuteno da paz e da segurana. Exceto nocumprimento de seus objetivos, a organizao nopode intervir em matrias que caibam jurisdio

    interna de cada Estado.

    RGOSPRINCIPAIS

    As Naes Unidas tm seis rgos principais: a

    Assemblia Geral, o Conselho de Segurana, oConselho Econmico e Social, o Conselho de Tutela,a Corte Internacional de Justia e o Secretariado.

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    ASSEMBLIAGERAL

    A nica corporao em que todos os membros dasNaes Unidas esto representados a AssembliaGeral. Cada membro pode enviar cincorepresentantes, mas s tem direito a um voto. Parapoder ser membro da organizao, um Estado tem

    de cumprir certos requisitos, como procurar a paz,aceitar a Carta de So Francisco, acatar as obrigaesque ela estabelece, e, por fim, ser aceito pelos outrosmembros. A admisso de um novo Estado tem de seraprovada pela Assemblia por recomendao doConselho de Segurana. O sistema de votao na

    Assemblia outorga um voto a cada um dos membros,sendo necessria a maioria de dois teros dos presentese votantes para a adoo de decises sobre questesimportantes, e maioria simples para os demaisassuntos.

    Por sua funo deliberadora, supervisora,financeira e eletiva, a Assemblia Geral desempenha

    papel central no funcionamento das Naes Unidas.Durante seus primeiros anos de existncia, ela cresceuprogressivamente em importncia como rgo dedeliberao e influncia poltica, devido incapacidadedo Conselho de Segurana para chegar a decises emquestes importantes.

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    CONSELHODESEGURANA

    Por mandato da Carta, o Conselho de Segurana responsvel, em primeira instncia, pela manutenoda paz e da segurana internacionais. Formadoinicialmente por 11 membros, em 1965 passou a ter15. Cinco destes so membros permanentes (Estados

    Unidos, Rssia, Reino Unido, Frana e China) quedispem do direito de veto (voto negativo, queparalisa a ao do Conselho). Desde 1971, a RepblicaPopular da China substituiu a China nacionalista(Formosa, ou Taiwan) como membro permanente.Com a extino da Unio Sovitica, em 1991, a Rssia

    substituiu-a como membro permanente.O restante do Conselho est constitudo de cincopases da frica e sia, dois da Amrica Latina e trsda Europa e outras partes do mundo. Esses membrosso eleitos a cada dois anos pela Assemblia Geral.Para o cumprimento de suas funes, o Conselhodispe de duas possibilidades de ao. Uma o

    trabalho de mediao para chegar a solues pacficasem disputas que ameacem a paz, e a outra a adoode medidas de sano em caso de fracasso dastentativas de acerto pacfico.

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    CONSELHOECONMICOESOCIAL

    Os 54 membros do Conselho Econmico e Social(inicialmente eram 18) so eleitos pela AssembliaGeral. Esse rgo encarrega-se de dirigir e coordenaro complexo sistema de atividades econmicas, sociais,humanitrias e culturais das Naes Unidas, e mantm

    relaes consultivas com cerca de 300 organizaesespecializadas no-governamentais.

    CONSELHODETUTELA

    rgo encarregado de controlar a administraode territrios no-autnomos por parte de Estados,o Conselho de Tutela est integrado por trs classesde membros: os permanentes, do Conselho deSegurana, os Estados-membros que administramterritrios e os Estados-membros que noadministram territrios. Todas as zonas sob tutela

    foram declaradas independentes, exceto algumas ilhasdo Pacfico sob administrao dos Estados Unidos.

    CORTEINTERNACIONALDEJUSTIA

    Com sede em Haia, a Corte Internacional de Justia o principal rgo judicial das Naes Unidas. Suacompetncia limitada, uma vez que s pode resolver

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    conflitos jurdicos a pedido dos Estados-membros oudo Conselho de Segurana, ou dar pareceres a pedidode organismos internacionais. No pode intervir emassuntos internos dos pases. Sua jurisdiocompreende todos os casos que lhe sejam submetidospelas partes interessadas, e todas as matriaspreviamente designadas na Carta, nos tratados e nasconvenes em vigor. Compe-se de 15 juzes eleitos

    pela Assemblia Geral e pelo Conselho de Segurana,em votaes independentes.

    SECRETARIADO

    O Secretariado composto de um corpo defuncionrios das Naes Unidas, encabeado por umsecretrio-geral, eleito pela Assemblia Geral porproposta do Conselho de Segurana. O secretrio-geral dirige a administrao das Naes Unidas e,entre suas importantes funes polticas, est a desubmeter ao veredito da organizao qualquer assunto

    que ameace a paz e a segurana internacionais. O xitono desempenho de suas funes depende de seusdotes pessoais de iniciativa e capacidade poltica.

    O noruegus Trygve Halvdan Lie ocupou o cargode secretrio-geral de 1 de fevereiro de 1946 a 10de novembro de 1952; o sueco Dag Hammarskjld,

    de abril de 1953 a setembro de 1961; o birmans UThant, de 30 de novembro de 1962 at o final de1971; o austraco Kurt Waldheim, de 1972 a 1981; o

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    peruano Javier Prez de Cullar, de 1982 a 1991; oegpcio Boutros Boutros-Ghali, de 1992 a 1996; oganense Kofi Atta Annan de1997 a 2006; eatualmente o sul-coreano Ban Ki-Moon.

    ORGANISMOSESPECIALIZADOSDAONU

    Alguns dos organismos especializados das NaesUnidas, como a Unio Postal Universal (1874) e aUnio Internacional de Telecomunicaes, so maisantigos que a prpria organizao. Ao criar-se estas,apresentou-se a necessidade de vincular todos osorganismos existentes ao novo sistema internacional.

    O artigo 57 da Carta dispe: Os diferentesorganismos especializados estabelecidos por acordosintergovernamentais que tenham amplas atribuiesinternacionais definidas em seus estatutos e relativosa matrias de carter econmico, social, cultural,educativo, sanitrio e outras conexas, sero vinculados organizao.

    Os organismos especializados so autnomos,salvo nos aspectos especficos de controle ecoordenao. Alguns, como a United NationsEducational, Scientific and Cultural Organization(UNESCO), ficaram internacionalmente conhecidospor suas siglas em ingls, mesmo em pases de outras

    lnguas. Os mais importantes para os aspectoseconmicos so o Fundo Monetrio Internacional(FMI), o Banco Mundial, o Acordo Geral de Tarifas

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    e Comrcio (GATT), a Conferncia sobre Comrcioe Desenvolvimento (UNCTAD) e a Organizao paraa Agricultura e Alimentao (FAO). Trs outros sevoltam para os aspectos sociais: a OrganizaoInternacional do Trabalho (OIT), UNESCO e aOrganizao Mundial de Sade (OMS).

    FUNDOMONETRIOINTERNACIONAL

    Criado em 1944, o FMI tem como missofundamental reduzir o desequilbrio das balanas depagamentos dos pases-membros mediante aconcesso de crditos procedentes de seus prprios

    recursos e a estabilizao do cmbio. A adeso ao FMIimplica a aceitao de uma carta monetriainternacional que impe aos Estados-membrosobrigaes relativas estabilidade e conversibilidademonetria.

    BANCOMUNDIAL

    O Banco Mundial foi criado em 1944, naConferncia de Bretton Woods, da mesma forma queo FMI. Tem entre seus objetivos conceder crditos apases subdesenvolvidos para o financiamento de

    projetos e facilitar-lhes ajuda tcnica. Integram oBanco Mundial ou Banco Internacional deReconstruo e Desenvolvimento (BIRD); a

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    Corporao Financeira Internacional (CFI), criadaem 1956 para complementar a ao do BIRD,especialmente na criao e expanso de empresasprivadas; e a Associao Internacional deDesenvolvimento (AID), constituda em 1960 para aconcesso de emprstimos em melhores condiesque as oferecidas pelo BIRD.

    ACORDOGERALDETARIFASECOMRCIO(GATT)

    Conhecido universalmente pelas iniciais de suadenominao inglesa (General Agreement on Tariffsand Trade), o GATT foi criado em Genebra, em

    outubro de 1947. Seus objetivos fundamentais so ofomento dos acordos de reduo tarifria, a supressode barreiras aos intercmbios comerciais e aeliminao de discriminaes nesse campo. O GATTconsolidou-se como organizao que rege o comrciomundial.

    CONFERNCIASOBRECOMRCIOEDESENVOLVIMENTO

    A United Nations Conference on Trade andDevelopment (UNCTAD) foi criada em 1964, paralevar as reivindicaes dos pases subdesenvolvidos aos

    pases industrializados.

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    ORGANIZAODEALIMENTAOEAGRICULTURA

    Conhecida tambm por sua sigla em ingls, a Foodand Agriculture Organization (FAO) foi fundada emQuebec, Canad, em 1945, e tem sede em Roma. Seuobjetivo principal o incremento da produtividademundial dos setores agrcola, florestal e pesqueiro.

    ORGANIZAOINTERNACIONALDOTRABALHO(OIT)

    Estabelecida em 1919, a OIT passou a fazer partedas Naes Unidas em 1946. Encontram-se entre seus

    objetivos a promoo do pleno emprego, a melhoriados nveis de vida, o estabelecimento de polticas queincentivem uma diviso equitativa da renda, oreconhecimento do direito negociao coletiva e,em geral, o trabalho em favor da justia social.

    ORGANIZAOPARAAEDUCAO, CINCIAECULTURA(UNESCO)

    Fundada em 1946, a UNESCO tem por finalidadeaprofundar a relao entre todos os povos do mundopor meio da educao, da cincia e da cultura. Tem

    sede em Paris e promove freqentes campanhas deesclarecimento da opinio pblica. Assumiu a defesade muitos dos grandes temas do sculo XX, como a

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    universalizao das oportunidades educacionais, ademocratizao das artes, os direitos da mulher e detodas as minorias discriminadas.

    ORGANIZAOMUNDIALDESADE(OMS)

    A OMS foi criada em 1946 e tem sede em Genebra.

    Colabora com os organismos encarregados dasquestes sanitrias de todos os pases, particularmenteos subdesenvolvidos. Empenha-se em obras desocorro e assistncia direta a comunidades atingidaspor todo tipo de catstrofe natural, guerra civil,epidemias etc.

    A estrutura geral de todos os organismosespecializados semelhante. Cada um deles tem umaconferncia geral em que todos os membros estorepresentados. Essa conferncia elege um conselhoexecutivo, que se encarrega de propor iniciativas e decumprir as decises da conferncia geral. Cadaorganismo tem uma secretaria permanente, com um

    diretor. Muitos organismos tm subcomissesregionais que operam em diferentes partes do mundo.

    DIREITOINTERNACIONAL

    Em novembro de 1947, a Assemblia Geralestabeleceu a Comisso de Direito Internacional comvistas a codificar progressivamente as leis que regem

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    as relaes internacionais, inclusive questespertinentes ao direito dos tratados e ao direitomartimo. Ocupa-se tambm de estudos sobre osprocedimentos judiciais, sobre a jurisdiointernacional no que concerne ao direito penal e sobreo conceito, a definio e as especificaes da agressoentre os Estados.9

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    REFERNCIAS

    1- Palestras de Abdul-Bah Londres, 1911. 1a ed.Mogi Mirim: Editora Bah do Brasil, 2005, pp. 49-50.

    2- Unity Triumphant: The Call of the Kingdom.Compilado por Elizabeth Herrick. 2aed. Unity Press,1925, p. 122.

    3- Shoghi Effendi. A Presena de Deus. 2aed. Rio deJaneiro: Editora Bah do Brasil, 1981, p. 415.

    4- Seleo dos Escritos de Abdul-Bah. 1a ed. MogiMirim: Editora Bah do Brasil, 1993, seo 228.

    5- Epstolas de Bahullh. 1aed. Rio de Janeiro: EditoraBah do Brasil, 1983, p. 102.

    6- At este pargrafo, a traduo foi feita por LuisHenrique Beust em Seleo dos Escritos de Abdul-Bah, seo 227. A traduo, at o final, foi feita porLeonora Armstrong em A Revelao Bah. 2aed.Rio de Janeiro: Editora Bah do Brasil, 1976, pp.211-14.

    7- Carta do Departamento de Pesquisa da Casa Universalde Justia, datada de fevereiro de 2002, a um bah.

    8- Seleo dos Escritos de Abdul-Bah, seo 1.9- Informaes retiradas de uma Enciclopdia Virtual

    intitulada: Wikipdia www.wikipedia.org.

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