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Universidade Presbiteriana Mackenzie Boas Práticas Aplicadas ao Processo de Seleção de Sistemas ERP para Pequenas e Médias Empresas Prof. Dr. Vivaldo José Breternitz Prof. Dr. Antonio César Galhardi Faculdade de Computação e Informática

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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Boas Práticas Aplicadas ao

Processo de Seleção de

Sistemas ERP

para Pequenas e Médias Empresas

Prof. Dr. Vivaldo José Breternitz

Prof. Dr. Antonio César Galhardi

Faculdade de Computação e Informática

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O QUE É ERP?

• “pacote de software que permite a uma organização automatizar, otimizar e integrar a maioria de seus processos de negócio, objetivando adquirir vantagem competitiva”

• são constituídos por diversos módulos que atendem a funções empresariais específicas (finanças, RH, produção etc.)

• A expressão “boas práticas” é derivada do

inglês "best practices“ e designa a melhor forma para realizar determinada tarefa.

• É sempre recomendável seguir as boas práticas, pois elas foram testadas e aperfeiçoadas ao longo do tempo.

Com ERP, a idéia é substituir trabalho manual e sistemas não ou mal integrados por um sistema

concebido para operar de maneira integrada, harmônica

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Pequenas e médias empresas -

PME

• são as que apresentam receita operacional bruta anual ou anualizada entre R$ 2,4 e 90 milhões, conforme critérios adotados pelo BNDES

Por que estudar esse assunto? • O mercado brasileiro de software ERP fechou 2009 com receita de

2,5 bilhões de reais, devendo crescer mais de 8% ao ano até 2013.

• Em 2011 o mercado mundial deverá gastar cerca de US$ 36 bilhões apenas em licenças de software

• Autores como Damsgaard e Karlsbjerg, afirmam que sistemas desse tipo estão rapidamente substituindo os sistemas desenvolvidos “sob medida” – isso afeta nosso mercado de trabalho.

• PMEs : 29% do PIB, 3,6 milhões de empresas formais (23%), 1 milhão de empresas informais (6%), 44% da força de trabalho formal

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• Os projetos de implantação de ERP:

– São MUITO caros

– Tem tempo médio de implantação de 23 meses (Meta Group)

• Há registros de falhas estrondosas: HP (perdeu US$ 400 mi em implantação mal sucedida); Cadbury (perdeu £ 12 mi devido a excesso de produção ocorrido em função de erro em ERP), FoxMeyer (faliu)

E porque escolher mal pode gerar grandes problemas para a empresa (e para o profissional que participou do processo):

Cenário

• Empresas de grande porte dispõem de recursos suficientes para organizarem um processo de seleção adequado, quase sempre se utilizando de serviços de empresas de consultoria que adotam estratégias e metodologias consolidadas, o que pode aumentar as probabilidades desse processo chegar a bom termo.

• PMEs vivem realidades diferentes: usualmente, escolhem o fornecedor através de indicações de terceiros, contatos com empresas fornecedoras ou baseando-se apenas no critério preço; quando isso ocorre, as probabilidades de sucesso da implantação do ERP diminuem.

Em função de tudo isso, os autores resolveram com base em pesquisa bibliográfica e em sua

experiência profissional

desenvolver um trabalho com o objetivo de gerar contribuições que auxiliem as PME a conduzirem o processo de seleção de ferramentas ERP de forma mais segura.

Antes de tudo, recomendamos

Procure entender claramente quais são os problemas dos usuários:

• Os sistemas são ruins?

• Os processos são ruins?

• Os executivos são ruins?

• O modelo de negócio é ruim?

ERP pode ajudar

Pense em outra solução...

Um caso clássico (lenda urbana) • Quando a NASA começou a lançar astronautas, descobriu que as

canetas existentes não funcionavam em gravidade zero. Para resolver

este problema, contratou a Andersen Consulting (hoje Accenture).

• Empregaram uma década e 12 milhões de dólares desenvolvendo

uma caneta que escrevesse em gravidade zero, de ponta cabeça,

debaixo d'água, em praticamente qualquer superfície e suportando

variações de temperatura de abaixo de zero até mais de 300 ºC...

Essa caneta é Fisher Space Pen

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Os russos, grandes rivais dos americanos nessa época, encontraram outra solução para esse problema; alguém sabe qual foi?

Se um ERP realmente puder resolver os problemas da organização, adote um roteiro básico, mas organizado, para escolher um sistema

que realmente ajude sua organização

• A idéia é selecionar usando um sistema de filtragem

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Sistemas candidatos

Sistema selecionado

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Esse roteiro pode ser constituido pelas fases que se seguem

1. Planejamento do processo de seleção (equipe (comitê), cronograma)

2. Seleção inicial de fornecedores (entre 5 e 10), levando-se em conta market share e perfil da clientela (semelhança com a da empresa objeto do trabalho)

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3. Definição dos critérios para avaliação, elaborando-se RFI (Request for Informations)

4. Avaliação dos fornecedores, pela análise das respostas às RFI

5. Discussão do resultado, descartando-se os menos adequados e mantendo-se entre 3 e 5 deles

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6. Revisão dos critérios para avaliação, elaborando-se as RFP (Request for Proposal) e solicitações aos fornecedores de demonstração de soluções para os futuros usuários e equipe do projeto

7. Análise das propostas

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8. Preparação do relatório final, que recomendará à direção da empresa a contratação da solução considerada pelo comitê como a mais adequada, bem como a estratégia de implantação (big bang x faseada)

9. Formalização da contratação

10. Implantação

Critérios para avaliação

• Funcionalidades e aderência • Arquitetura Técnica • Custos/ROI • Estabilidade do fornecedor • Maturidade, market share • Visão de futuro do fornecedor • Serviço e Suporte

• Facilidade de customização e parametrização

• Conectividade e integração

• Usabilidade

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É difícil enxergar o

problema de

seleção de ERP

como um todo:

cuidados são

necessários

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Cuidados

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•Marketing agressivo – os fornecedores dizem que suas soluções servem para qualquer empresa em qualquer situação – isso é mentira! Vendedores querem vender, não resolver seus problemas • Sistemas objeto de desejo/o ”efeito IBM“

•Quick pick é perigoso

• Consultorias

Muito cuidado:

custos ocultos

Licenças de

software

Hardware

Pessoal de TI

Customização

Manutenção

Treinamento

Etc

Cuidados

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• Corrupção (interna, consultorias) • Cultura organizacional

• Software não supera gerenciamento pobre e modelos de negócio equivocados (não é "silver bullet“)

• Síndrome de HAL

• A vida não termina após a implantação do ERP. Apenas começa...

E finalmente: o que serve para uma empresa pode não servir para outra!

Gratos

Prof. Dr. Vivaldo José Breternitz

[email protected]

Prof. Dr. Antonio César Galhardi

[email protected]

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