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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 1 MÓDULO DE: INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES AUTORIA: Ing. M.Sc./D.Sc. ANIBAL D. A. MIRANDA Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil

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    MDULO DE:

    INTRODUO S REDES DE COMPUTADORES

    AUTORIA:

    Ing. M.Sc./D.Sc. ANIBAL D. A. MIRANDA

    Copyright 2008, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil

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    Mdulo de: INTRODUO S REDES DE COMPUTADORES

    Autoria: Ing. M.Sc./D.Sc. Anibal D. A. Miranda

    Primeira edio: 2008

    Todos os direitos desta edio reservados

    ESAB ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA

    http://www.esab.edu.br

    Av. Santa Leopoldina, n 840/07

    Bairro Itaparica Vila Velha, ES

    CEP: 29102-040

    Copyright 2008, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil

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    Apresentao Familiarizao do aluno com as diversas tcnicas de conectividade entre computadores,

    criando redes de tamanhos diferentes ,assim como, entender a importncia dos protocolos

    de comunicaes para um correto funcionamento desses sistemas interligados de redes.

    Objetivo O histrico, finalidades, formas de transmisso, conceitos bsicos de telecomunicaes,

    protocolos, meios de transmisso, topologias, equipamentos, conceitos de segurana em

    redes, arquitetura de redes e tecnologias de redes.

    Ementa Conceitos gerais; sistemas operacionais de rede; princpios de telecomunicaes; redes de

    computadores; topologia de redes; cabeamento de rede; padres meios de redes; modelo

    TCP/IP; dispositivos de redes; gerenciamento de redes; servidores de rede; tecnologias de

    redes; segurana de redes; Internet; intranet; extranet.

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    Sobre o Autor Engenheiro eletrnico especializado nas reas de Teleinformtica e Telecomunicaes.

    Mestrado e Doutorado outorgados pelo Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA) em 1998 e

    2004 respectivamente.

    A Tese de Mestrado rendeu o Primeiro premio "Comandante Quandt de Telecomunicaes" na TELEXPO de So Paulo em 1999. Categoria: Trabalhos Tcnicos.

    Autor de softwares na rea de engenharia de trfego, principalmente para medir, analisar e

    emular o comportamento agregado de pacotes IP.

    Autor de vrios artigos tcnicos apresentados em importantes congressos a nvel nacional e

    internacional.

    Boa experincia no estudo, anlise, dimensionamento e implementao de projetos na rea

    de Teleinformtica.

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    SUMRIO UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 8

    Conceitos Gerais ................................................................................................................... 8 UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 16

    Sistemas Operacionais De Rede ........................................................................................ 16 UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 39

    Princpios De Telecomunicaes (Parte I) .......................................................................... 39 UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 65

    Princpios De Telecomunicaes (Parte II) ......................................................................... 65 UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 79

    Redes De Computadores (Parte I) ...................................................................................... 79 UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 86

    Redes De Computadores (Parte II) ..................................................................................... 86 UNIDADE 7 .......................................................................................................................... 101

    Redes De Computadores (Parte III) .................................................................................. 101 UNIDADE 8 .......................................................................................................................... 112

    Topologias De Rede.......................................................................................................... 112 UNIDADE 9 .......................................................................................................................... 125

    Cabeamento De Redes (Parte I) ....................................................................................... 125 UNIDADE 10 ........................................................................................................................ 143

    Cabeamento De Redes (Parte II) ...................................................................................... 143 UNIDADE 11 ........................................................................................................................ 161

    Padres Para Meios De Redes ......................................................................................... 161 UNIDADE 12 ........................................................................................................................ 164

    Protocolos de Redes ......................................................................................................... 164 UNIDADE 13 ........................................................................................................................ 166

    O Modelo OSI ................................................................................................................... 166 UNIDADE 14 ........................................................................................................................ 177

    O Modelo TCP/IP (Parte I) ................................................................................................ 177

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    UNIDADE 15 ........................................................................................................................ 185 O Modelo TCP/IP (Parte II) ............................................................................................... 185

    UNIDADE 16 ........................................................................................................................ 189 O Modelo TCP/IP (Parte III) .............................................................................................. 189

    UNIDADE 17 ........................................................................................................................ 196 Equipamentos De Rede (Parte I) ...................................................................................... 196

    UNIDADE 18 ........................................................................................................................ 208 Equipamentos De Rede (Parte II) ..................................................................................... 208

    UNIDADE 19 ........................................................................................................................ 217 Gerenciamento De Redes ................................................................................................. 217

    UNIDADE 20 ........................................................................................................................ 224 Servidores De Rede (Parte I) ............................................................................................ 224

    UNIDADE 21 ........................................................................................................................ 231 Servidores De Rede (Parte II) ........................................................................................... 231

    UNIDADE 22 ........................................................................................................................ 239 Tecnologias De Redes (Parte I) ........................................................................................ 239

    UNIDADE 23 ........................................................................................................................ 261 Tecnologias De Redes (Parte II) ....................................................................................... 261

    UNIDADE 24 ........................................................................................................................ 274 Tecnologias De Redes (Parte III) ...................................................................................... 274

    UNIDADE 25 ........................................................................................................................ 281 Segurana Em Redes (Parte I) ......................................................................................... 281

    UNIDADE 26 ........................................................................................................................ 289 Segurana Em Redes (Parte II) ........................................................................................ 289

    UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 295 Segurana Em Redes (Parte III) ....................................................................................... 295

    UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 304 Internet .............................................................................................................................. 304

    UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 315 Intranet .............................................................................................................................. 315

    UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 319 Extranet ............................................................................................................................. 319

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    GLOSSRIO ........................................................................................................................ 323

    BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 347

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    UNIDADE 1 Objetivo: Entender a importncia dos sistemas de comunicaes distncia.

    Conceitos Gerais

    Introduo

    Define-se como sistema o conjunto de objetos ou pessoas

    intrinsecamente relacionados entre si para um determinado fim

    ou propsito. Nesse sentido, uma rede de comunicaes um

    sistema de dispositivos eletrnicos, objetos e pessoas

    intrinsecamente conectadas tendo como objetivo bsico o

    compartilhamento de recursos uns com outros. As redes esto ao nosso redor, at mesmo

    dentro de ns.

    Nosso prprio organismo uma rede interligada de rgos. Na atual sociedade, as redes

    esto presentes na comunicao (TV/Rdio, celular, Internet, telefone, compra com carto de

    crdito/dbito), nas necessidades bsicas (rede de esgoto, rede de energia eltrica, rede de

    abastecimento de gua) e na nossa vida social (relacionamentos, amizades, famlia). Enfim,

    estamos e fazemos parte de vrias redes.

    Desde os primrdios a comunicao uma das maiores necessidades da sociedade

    humana. Portanto tornou-se um desafio aproximar as comunidades mais distantes e facilitar

    a comunicao entre elas. Com a unio dos computadores e das comunicaes os sistemas

    computacionais sofreram uma profunda mudana na sua organizao.

    Como dito inicialmente, as redes de computadores surgiram da necessidade de se

    compartilhar recursos especializados para uma maior comunidade de usurios

    geograficamente dispersos.

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    Histrico

    As redes de computadores foram criadas inicialmente para suprir uma necessidade militar. A

    dcada dos anos 60 foi um perodo de grande tenso entre as duas maiores potencias dessa

    poca, isto , os Estados Unidos da Amrica e a Unio Sovitica. Os americanos iniciaram

    programas de pesquisas para encontrar uma forma de interconectar os vrios centros de

    comando do pas, de modo que o seu sistema de informaes seja robusto, ou seja, que

    continuasse funcionando mesmo que houvesse um conflito nuclear. Com o fim da guerra fria,

    esta estrutura passou a ser utilizada para uso cientfico e educacional.

    No Brasil, as universidades foram as primeiras a se beneficiarem com essa estrutura de

    rede. Os servios disponveis restringiam-se a correio eletrnico e transferncia de arquivos.

    Somente em 1990, a Fapesp (Fundao de Amparo Pesquisa de So Paulo) conectou-se

    com a Internet. A partir de abril de 1995, o Ministrio das Comunicaes e o Ministrio da

    Cincia e Tecnologia decidiram lanar um esforo comum de implantao de uma rede

    integrada entre instituies acadmicas e comerciais. Desde ento vrios fornecedores de

    acesso e servios privados comearam a operar no Brasil.

    A seguir esto algumas datas importantes na evoluo das redes de computadores e dos

    protocolos:

    1968 - Foi desenvolvido pela ARPA (Advanced Research Projects Agency) o primeiro backbone. O objetivo desse projeto era interligar as universidades e tambm a rea militar.

    1975 - A DARPA (Defence Advanced Research Projects Agency) que deu lugar a

    ARPA comeou a desenvolver os protocolos TCP/IP.

    1979 Foi formado um comit para comandar o desenvolvimento desses protocolos. Esse comit se chamava ICCB - Internet Control and Configuration Board.

    1983 - A DARPA concedeu os direitos do cdigo dos protocolos TCP/IP

    Universidade da Califrnia para que fosse distribudo em sua verso UNIX. A DARPA

    pediu a todos os computadores que estavam conectados a ARPANET para que

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    usassem os protocolos TCP/IP. Esses protocolos se difundiram rapidamente, em

    razo de no ser um aplicativo comercial.

    1985 - A Fundao Nacional de Cincia dos Estados Unidos (NSF) criou a NSFNET, que era uma rede de alta capacidade destinada a atender, tanto nos EUA como em

    outros paises, as entidades cientficas e de pesquisa.

    1989 - A ARPANET deu lugar a NSFNET, bem como o ICCB foi substitudo pela

    Internet Advisory Board (IAB). A IAB possua dois grupos principais: o IRTF (Internet

    Research Task Force) e o IETF (Internet Engeneering Task Force).

    1995 - Muitas redes foram criadas ou desenvolvidas objetivando a melhora do trfego

    de informaes via Internet. Deu-se ainda nessa dcada a conexo de muitos setores

    Internet, visando prestar e obter servios pela rede.

    Evoluo dos Sistemas de Computao

    Na dcada de 50, computadores eram mquinas grandes e complexas, operadas por

    pessoas altamente especializadas. Usurios enfileiravam-se para submeter suas leitoras de

    cartes ou fitas magnticas que eram processados em lote. No havia nenhuma forma de

    interao direta entre usurios e mquina.

    Graas ao avano na dcada de 60, foram desenvolvidos os primeiros terminais interativos,

    que permitiam aos usurios acesso ao computador central atravs de linhas de

    comunicao. Foi criado um mecanismo que viabilizava a interao direta com o

    computador, e outros avanos nas tcnicas de processamento deram origem aos sistemas

    de tempo compartilhado (time-sharing), permitindo que vrias tarefas dos diferentes usurios

    ocupassem simultaneamente o computador central, revezando o tempo de execuo do

    processador.

    Na dcada seguinte, foram feitas mudanas nos sistemas de computao, onde um sistema

    nico centralizado transformou-se em um de grande porte, que estava disponvel para todos

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    os usurios de uma determinada organizao. Com o desenvolvimento dos

    microcomputadores, tornou-se vivel a instalao em locais distintos, pois no era mais

    necessrio concentrar esses equipamentos em determinada rea especfica.

    Tornava-se ento cada vez mais necessrio que os dados ficassem armazenados em

    sistemas de grande porte e centralizados e compartilhados e os perifricos interconectados.

    Foi possvel ento trabalhar em ambientes de trabalho cooperativos interligando recursos

    no s no mbito industrial como no acadmico.

    Problemas de desempenho surgiram, mas em resposta foram criadas novas arquiteturas que

    possibilitavam a distribuio e o paralelismo melhorando o desempenho, a confiabilidade e

    modularidade dos sistemas computacionais.

    Evoluo das Arquiteturas de Computao

    A maioria dos computadores projetados at a dcada de 80 teve sua concepo baseada

    nos modelos originais do matemtico hngaro-americano John Louis Von Neumann.

    Von Neumann foi um personagem crucial no desenvolvimento cientfico e tecnolgico da

    segunda metade do sculo XX. Contribuiu decisivamente para mudar a histria da

    Inteligncia Artificial e criou a conhecida "arquitetura de Von Neumann" para computadores

    com unidade de armazenamento e memria tornando vivel o modelo bsico criado por Alan

    Mathison Turing. Em 1951, o primeiro computador eletrnico, o EDVAC (Electronic Discrete

    Variable Automatic Computer), foi concludo, seguindo a proposta de Von Neumann.

    Von Neumann props que as instrues fossem armazenadas na memria do computador,

    pois elas eram lidas de cartes perfurados e executadas na hora, uma a uma. Armazenando-

    as na memria para depois execut-las, tornaria o computador mais rpido, j que, no

    momento da execuo, as instrues seriam obtidas com rapidez eletrnica.

    A maioria dos computadores atuais ainda segue o modelo proposto pelo matemtico, onde

    um computador sequencial digital que processa informaes passo a passo, ou seja, os

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    mesmos dados de entrada produzem sempre a mesma resposta. A interao perfeita entre o

    modo como os programas so desenvolvidos e a maneira como so interpretados foi uma

    das razes para o grande sucesso desse modelo.

    1951 - John Louis Von Neumann ao lado do EDVAC

    Sistemas Fortemente Acoplados e Fracamente Acoplados

    A revoluo nos sistemas de computadores comeou com os avanos da tecnologia dos

    circuitos integrados (chips), que reduziram em muito os custos. Vrias arquiteturas foram ento propostas, tentando contornar as limitaes de confiabilidade, custo e desempenho.

    Surgiu ento a ideia de sequncias mltiplas e independentes de instrues em um sistema

    composto por vrios elementos de processamento, conhecido como Sistemas Fortemente

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    Acoplados onde dois ou mais processadores compartilham uma nica memria e so

    controlados por apenas um nico sistema operacional. Tais sistemas so geralmente

    utilizados no processamento de aplicaes que fazem uso intensivo da CPU, onde o

    processamento voltado para a soluo de um nico problema.

    Depois surgiram os sistemas fracamente acoplados que possuam dois ou mais sistemas de

    computao, conectados atravs de linhas de comunicao. Cada sistema funcionava de

    forma independente, possuindo seu(s) prprio(s) processador(es), memria e dispositivos. A

    utilizao de sistemas fracamente acoplados caracteriza-se pelo processamento distribudo

    entre os seus diversos processadores. A diferena principal entre os dois sistemas est no

    espao de endereamento (memria) compartilhado por todos os processadores nos sistema

    fortemente acoplado, enquanto nos sistemas fracamente acoplados cada sistema tem sua

    prpria memria individual. Alm disso, a taxa de transferncia entre CPUs e memria em

    sistemas fortemente acoplados normalmente maior que nos fracamente acoplados.

    Abaixo seguem vrias razes para o uso de sistemas de mltiplos processadores

    (fortemente ou fracamente acoplados):

    Custo/desempenho: A evoluo da tecnologia de sntese de circuitos integrados tem conduzido os custos de microprocessadores e memrias a valores bem reduzidos;

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    Versatilidade: Um sistema de mltiplos processadores pode apresentar um grande potencial de processamento, podendo ser moldado aplicao;

    Modularidade: O fato de um sistema de computao modular aumenta a relao

    custo/desempenho, pois poder ser utilizado para diversas configuraes,

    acompanhando o crescimento e facilitando a manuteno do mesmo;

    Concorrncia: Mquinas destinadas a aplicaes que necessitam alto desempenho requerem a utilizao de processamento concorrente.

    Algumas desvantagens de um sistema de mltiplos processadores de acordo com os

    requisitos particulares do sistema:

    O desenvolvimento de aplicativos para tais sistemas pode ser mais complexo e muito

    complicado, o que aumenta o custo;

    A decomposio das tarefas mais complexa mesmo que realizada pelo software;

    O desenvolvimento do software de diagnstico muito complexo;

    Uma falha na estrutura de comunicao pode comprometer outros processos.

    Sistemas Assimtricos e Simtricos

    Inicialmente, os sistemas com mltiplos processadores estavam limitados aos sistemas de

    grande porte, restritos ao ambiente universitrio e s grandes corporaes. Com a evoluo

    dos computadores pessoais e estaes de trabalho os sistemas multitarefa evoluram para

    permitir a existncia de vrios processadores no modelo assimtrico e simtrico.

    No multiprocessamento assimtrico somente um processador principal executa servios do

    sistema operacional. Sempre que um processador secundrio precisar realizar outra

    operao, ter de requisitar o servio ao processador principal. Dependendo do volume de

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    tarefas destinadas aos processadores secundrios, o sistema pode se tornar indisponvel,

    em razo do elevado nmero de interrupes que so feitas pelo processador principal.

    Em outra situao se o processador principal falhar, o sistema para, necessitando ser

    configurado para que o processador secundrio assuma a funo de principal. Mas este tipo

    de sistema no utiliza de forma satisfatria o hardware, em razo da assimetria dos

    processadores, que no realizam as mesmas funes.

    Em um sistema simtrico (j o nome o indica) os processadores trabalham de forma

    simtrica, ou seja, todos os processadores podem realizar as mesmas funes

    independentemente, praticamente todos tm a mesma hierarquia, a no ser a inicializao

    do sistema que executada pelo processador principal. Qualquer programa poder ser

    executado por qualquer processador ou por mais de um ao mesmo tempo de forma paralela.

    Quando existe falha em um dos processadores, mesmo sendo o principal, o sistema continua

    em funcionamento sem a necessidade de interferncia manual, porm o sistema operar

    com menor capacidade de processamento.

    O uso de mais de um processador faz com que o acesso memria possa ser simultneo,

    podendo causar algum conflito. Ficando a cargo do hardware e do sistema operacional

    gerenciar esses acessos e (se possvel) solucionar os possveis conflitos que possam ser

    criados por eles.

    Os sistemas simtricos so mais eficientes que os assimtricos, pois possibilitam melhor

    gerenciamento do processamento e das operaes de entrada/sada, apesar de ser a sua

    implementao bastante complexa.

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    UNIDADE 2 Objetivo: Saber qual a funcionalidade de um sistema operacional de rede.

    Sistemas Operacionais de Rede

    O Que um Sistema Operacional de Rede

    Basicamente, um sistema operacional de rede um conjunto de mdulos que ampliam as

    tarefas dos sistemas operacionais locais, complementando-os com um conjunto de funes

    bsicas, e de uso geral, que tornam transparente o uso de recursos compartilhados da rede.

    Portanto, um computador de rede tem o sistema operacional local interagindo com o sistema

    operacional de rede, para que possam ser utilizados os recursos de rede to facilmente

    quanto os recursos na mquina local. Em efeito, o sistema operacional de rede coloca um

    redirecionador entre o aplicativo do cliente e o sistema operacional local para redirecionar as

    solicitaes de recursos da rede para o programa de comunicao que vai buscar os

    recursos na prpria rede.

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    O sistema operacional de rede, portanto, controla os sistemas e dispositivos dos

    computadores em uma rede e permite que se comuniquem uns com os outros. Normalmente

    o modelo de operao do sistema operacional de rede o modelo Cliente/ Servidor, ou seja,

    o ambiente onde o processamento da aplicao compartilhado com outro cliente (que

    solicita um servio) e um ou mais servidores (prestam esses servios). Os tipos de

    arquiteturas para sistemas operacionais de rede podem ser:

    Peer-to-Peer: Nestas redes todos poderiam ser (ou no) servidores, mas certamente todos so clientes, normalmente neste tipo de redes os servidores so no dedicados,

    mas nada impediria o contrario.

    Cliente/Servidor: Nestas redes podem existir dois tipos:

    o Servidor Dedicado

    o Servidor no Dedicado

    No caso dos sistemas Cliente/Servidor o sistema cliente possui caractersticas mais simples,

    voltadas para a utilizao de servios, enquanto que o sistema do servidor possui maior

    quantidade de recursos, com o nico propsito de serem disponibilizados aos clientes da

    rede. Os sistemas baseados em Unix so potencialmente clientes e servidores, sendo feita a

    escolha durante a instalao dos pacotes, enquanto que os sistemas Windows, existem

    verses clientes (Windows 2000 Professional, Windows XP) e verses servidores (Windows

    2000 Server, Windows 2003 R2 e Windows 2008 Server). A seguir os principais sistemas

    operacionais de rede.

    Sistemas UNIX

    O sistema UNIX foi criado nos Laboratrios Bell em 1970 por Ken Thompson, Dennis Ritchie

    e Brian Kernigham, entre outros, para ajudar no controle dos projetos internos do prprio

    laboratrio. Era um sistema bsico e voltado principalmente para programadores e cientistas.

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    Durante o ano de 1975, Ken Thompson quando trabalhava como professor assistente na

    Universidade da Califrnia, em Berkeley, continuou a desenvolver o sistema UNIX projetado

    inicialmente nos laboratrios da Bell (Bell Lab). Este desenvolvimento foi tomado pelos

    outros professores e alunos, que desenvolveram uma srie de melhorias no sistema original.

    Estas melhorias geraram um sistema operacional com algumas diferenas em relao ao

    sistema UNIX do Bell Lab. e passou a ser conhecido como o "UNIX de Berkeley". Algumas

    empresas comearam a comercializar esta verso do sistema operacional, sendo a mais

    conhecida a verso chamada SunOS da Sun Microsystems.

    1972 - Ken Thompson e Dennis M. Ritchie com o PDP-11

    Em 1979, a AT&T resolveu lanar comercialmente o UNIX. Esta verso ficou sendo

    conhecida como "Verso 7". Aps algum tempo, em 1982, alguns problemas da verso 7

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    foram corrigidos e foi lanada a verso chamada de "System III" (Sistema Trs). A partir

    deste ponto, houve uma evoluo paralela de dois "tipos" de UNIX. Uma comercializada pela

    AT&T e outra proveniente da Universidade da Califrnia.

    At 1983, o uso do UNIX estava principalmente voltado para aplicaes cientficas, sendo o

    sistema mais utilizado no meio acadmico. Neste ano, a AT&T resolveu agregar uma srie

    de caractersticas e facilidades, visando assim, o usurio comercial. Este procedimento

    sempre encontrou barreiras, pois o usurio comercial achava que o UNIX era por demais

    cientfico e nada user friendly (amigvel), sendo s usado por programadores e cientistas. A

    verso comercial ficou sendo conhecida como "System V" (Sistema Cinco).

    A partir de 1989 foram formados pelas maiores empresas na rea de computao dois

    grandes consrcios, visando uma unificao e padronizao de todos os sistemas UNIX

    existentes no mercado. Esta padronizao necessria para que se tenha uma portabilidade

    de todas as aplicaes desenvolvidas para UNIX, dando assim uma fora maior de

    penetrao do UNIX no mercado comercial. Ao contrrio do que aconteceu no Brasil, onde o

    UNIX foi um substituto para minicomputadores e movia basicamente sistemas multiusurios

    com terminais burros, no exterior o UNIX era o sistema High-end, de alto desempenho, em

    redes e grfico, s encontrando alguma concorrncia no NT.

    O UNIX E A Internet

    Os Laboratrios Bell usavam computadores com diferentes arquiteturas (o que dificultava

    muito a comunicao entre os diferentes usurios das diferentes arquiteturas), o sistema

    operacional UNIX teve em conta certa portabilidade. O principal objetivo deste novo sistema

    era que pudesse ser instalado e utilizado em diferentes plataformas de computao.

    Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califrnia, em Berkeley, interessou-se

    particularmente pelo UNIX e desenvolveu para ele um conjunto de aplicaes, chegando

    mesmo a modificar o Kernel (ncleo) do sistema operacional. Estas modificaes levaram

    implementao de novas funcionalidades em particular com as comunicaes para o

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    trabalho entre redes (em ingls Inter Networks), termo que logo seria conhecido

    simplesmente como Internet.

    A verso UNIX de Berkeley - SD UNIX (Berkeley Software Distribution) foi tambm

    disponibilizada s universidades norte-americanas, que licenciaram o cdigo do UNIX do Bell

    Labs e fomentaram o desenvolvimento de verses paralelas do UNIX. A maior delas foi o

    BSD UNIX, da Universidade da Califrnia em Berkeley. Ele foi a base do desenvolvimento da

    ARPANET e seu famoso conjunto de protocolos conhecido como TCP/IP. Desta forma surgiu

    a Internet, iniciada essencialmente com carter militar e cientfico/acadmico at a exploso

    comercial da atualidade e quase que inteiramente desenvolvida e implementada pelo sistema

    operacional UNIX.

    Atualmente, o UNIX System V o padro internacional de fato no mercado UNIX, constando

    das licitaes de compra de equipamentos de grandes clientes na Amrica, Europa e sia.

    Atualmente, UNIX o nome dado a uma grande famlia de Sistemas Operativos que

    partilham de muitos dos conceitos dos Sistemas Unix originais, sendo todos eles

    desenvolvidos em torno de padres como o POSIX (Portable Operating System Interface) e

    outros. Alguns dos Sistemas Operativos derivados do UNIX so: BSD (FreeBSD, XFree86,

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    OpenBSD e NetBSD), Solaris (anteriormente conhecido por SunOS), IRIX, AIX, HP-UX,

    Ultrix, Tru64, Linux (nas suas centenas de distribuies), e at o MacOS X (baseado em um

    Kernel Mach BSD chamado Darwin). Existem mais de quarenta sistemas operacionais do

    tipo UNIX, rodando desde celulares a supercomputadores, de relgios de pulso a sistemas

    de grande porte.

    A Famlia Microsoft

    A figura abaixo apresenta os sistemas operacionais que antecederam famlia Windows NT

    e Windows Server 2003/2008:

    Solues Microsoft

    Famlia Windows XP: Home, Professional (32 bits) e a verso para 64 bits.

    Famlia Windows 2000: Professional, Server, Advanced Server, Datacenter Server.

    Windows CE e Embedded

    Windows Vista

    Famlia Windows .NET Server 2003: Web Server, Standard Server, Enterprise Server

    e Datacenter Server

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    Windows Server 2008

    A Famlia Windows XP

    Oriundo do Windows 2000 e do Windows Millennium possue o Kernel (ncleo) do Windows

    2000. Foram lanadas trs verses: Home (antigo ME), Professional (que o antigo 2000

    Professional) com suporte para uma arquitetura de 64 bits. A verso para 64 bits tem

    capacidade de enderear 64 GBytes de RAM e est otimizada para a famlia de

    processadores Intel Itanium. Tambm possui suporte de multiprocessamento para dois

    processadores Intel Itanium.

    A Famlia Windows 2000 Server

    Aqui temos as seguintes verses:

    Server 1 a 4 processadores e 4 GB de RAM, arquitetura de 32 Bits;

    Advanced Server 1 a 8 processadores e 8 GB de RAM, arquitetura de 64 Bits;

    Datacenter Server 1 a 32 processadores e 64 GB de RAM, arquitetura de 64 Bits.

    A Famlia Windows .NET Server 2003 R2

    Prxima verso do Windows 2000 Server;

    Vrias verses: Web, Standard, Enterprise, Datacenter.

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    Segue abaixo uma tabela com alguns recursos do Windows.NET Server 2003.

    Chave: = Recurso includo = Recurso com suporte parcial = Recurso no includo

    Recurso Servidores Web

    Standard Server

    Enterprise Server

    Datacenter Server

    Tecnologias de Cluster

    Balanceamento de carga da rede

    Cluster de falhas

    Comunicaes e Servios de Rede

    Conexes de rede virtual privada (VPN)

    Servio de protocolo de incio de sesso (SIP)

    Servio de autenticao da Internet (IAS)

    Ponte de rede

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    Compartilhamento de conexo com a Internet (ICS)

    Servios de Diretrio

    Active Directory

    Suporte para servios de metadiretrio (MMS)

    Servios de Arquivo e Impresso

    Sistema de arquivos distribudos (DFS)

    Sistema de arquivos com criptografia (EFS)

    Restaurao de cpia duplicada

    SharePoint Team Services

    Armazenamento removvel e remoto

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    Servio de fax

    Servios para Macintosh

    Servios de Gerenciamento

    IntelliMirror

    Conjunto de diretivas resultante (RSoP)

    Windows Management Instrumentation (WMI)

    Servidor de instalao remota (RIS)

    Servios de Segurana

    Firewall de conexo com a Internet

    Servios de certificado

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    Servios de Terminal

    rea de trabalho remota para administrao

    Terminal Server

    Diretrio de sesso do Terminal Server

    Servios de Multimdia

    Windows Media Services

    Escalonabilidade

    Suporte a 64 bits para computadores Intel Itanium

    Memria com adio a quente

    Acesso no uniforme memria (NUMA)

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    Controle de processos

    Programa de suporte a Datacenter

    Servios de Aplicativos de Web

    .NET Framework

    Internet Information Services (IIS)

    ASP.NET

    Pode ser limitado devido falta de suporte pelo hardware OEM.

    O Windows Server 2003 R2 amplia o sistema operacional Windows Server 2003, fornecendo

    uma forma mais eficaz de gerenciamento e controle de acesso a recursos locais e remotos

    enquanto se integra facilmente ao ambiente existente do Windows Server 2003. O Windows

    Server 2003 R2 fornece uma plataforma Web escalonvel e segurana melhorada,

    interoperabilidade contnua com sistemas UNIX e permisso de novos cenrios, incluindo o

    gerenciamento remoto simplificado do servidor, melhoria de identidade e gerenciamento de

    acessos, alm de um gerenciamento mais eficaz de armazenamento.

    O Windows Server 2003 R2 Enterprise Edition tambm distribui novas licenas dinmicas

    que permitem aos clientes um valor maior atravs da virtualizao de seu servidor. Esta

    pgina fornece uma viso geral dos benefcios, novos recursos e melhorias no Windows

    Server 2003 R2. Com base na segurana melhorada, na confiabilidade e no desempenho

    fornecidos pelo Windows Server 2003 Service Pack 1 (SP1), o Windows Server 2003 R2

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    amplia a conectividade e o controle a recursos locais e remotos. As empresas podem se

    beneficiar de seus custos reduzidos e eficcia maior, conseguida atravs do gerenciamento

    otimizado e controle sobre os recursos da empresa.

    O Windows Server 2003 R2 permite a manuteno do desempenho, disponibilidade e

    benefcios de produtividade de um servidor em um escritrio filial ao evitar problemas

    tipicamente associados com solues de servidores como limitao de conectividade e

    despesas de gerenciamento.

    O Windows Vista

    O lanamento da verso da Microsoft Windows Vista ocorre a mais de cinco anos aps o

    lanamento do Windows XP (a verso anterior do sistema operacional desktop da Microsoft)

    fazendo deste perodo o mais longo entre lanamentos consecutivos de verses do

    Windows. Oficialmente o Windows Vista foi disponibilizado ao pblico em Novembro de

    2007.

    O Windows Vista possui centenas de novos recursos e funes, como uma nova interface

    grfica do usurio, funes de busca aprimoradas, novas ferramentas de criao multimdia

    como o Windows DVD Maker, e completamente renovadas aplicaes para redes de

    comunicao, udio, impresso e subsistema de exibio. O Windows Vista tambm tem

    como alvo aumentar o nvel de comunicao entre mquinas em uma rede domstica

    usando a tecnologia Peer-to-Peer, facilitando o compartilhamento de arquivos e mdia digital

    entre computadores e dispositivos.

    Para aqueles que o desenvolveram, o Vista introduz a verso 3.0 do Microsoft.NET

    Framework, que tem como alvo tornar significativamente mais fcil o caminho para os que

    buscam desenvolver aplicativos de alta qualidade com a tradicional Windows API.

    Uma das mais comuns crticas ao Windows XP e aos seus predecessores so as suas

    geralmente exploradas vulnerabilidades de segurana e a total susceptibilidade a malware,

    vrus e buffer overflows. Em considerao a isso, o ento presidente da Microsoft, Bill Gates,

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    anunciou no comeo de 2002 uma iniciativa de Computao Confivel de grande escala na

    empresa que tinha como objetivo desenvolver a segurana nos softwares desenvolvidos

    pela empresa.

    Segundo a Microsoft, esta verso do Windows vem com uma tecnologia de bloqueio que

    evita o funcionamento de cpias no autorizadas. Esta tecnologia limita o uso da plataforma

    restringindo as suas funcionalidades caso o usurio no ative o sistema em um prazo de 30

    dias, mas j existem cracks disponveis na Internet que conseguem quebr-lo. Existia no

    Windows XP um sistema parecido, denominado WPA (Windows Product Activation), que

    avisa quando o usurio estava usando uma cpia no autorizada do sistema, mas que

    tambm j foi inteiramente quebrado por crackers.

    De acordo com a Microsoft, computadores que podem executar Windows Vista so

    classificados com "Vista Capable" e "Vista Premium Ready". Um Vista Capable ou PC

    equivalente precisa ter no mnimo um processador de 800 MHz, 512 MB de RAM e uma

    placa grfica de classe DirectX 9, e no ser capaz de suportar os grficos "high end" do

    Vista, incluindo a interface do usurio Aero.

    Um computador Vista Premium Ready ter a vantagem da funo "high end" do Vista, mas

    precisar no mnimo de um processador de 1 GHz, 1 GB de memria RAM, e uma placa

    grfica Aero-compatvel com no mnimo 128 de memria grfica e suportando o novo

    Windows Display Driver Model. A companhia tambm oferece uma beta do Windows Vista

    Upgrade Advisor atravs do seu site Web para determinar a capacidade de um PC para

    executar o Vista em seus vrios modos.

    O utilitrio somente executvel no Windows XP. Mas percebe-se que a maioria dos PCs

    atuais atende s necessidades do novo Windows. Atualmente, chama-se Designed For

    Windows Vista (Verso).

    Os requisitos de Hardware para a instalao do Windows Vista so listados na tabela abaixo:

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    Hardware Mnimo Recomendado

    Processador 800 MHz 2 GHz (Dual Core)

    Memria RAM 512 MB 2 GB

    GPU (Graphic Processor

    Unit)

    DirectX 9 capaz GPU capaz DirectX 9 com Hardware Pixel

    Shader v2.0 e suporte Driver WDDM.

    Memria do GPU 64 MB RAM 128MB de RAM ou 256MB para maior

    resoluo de vdeo.

    Capacidade do HD 20 GB 80 GB

    Espao livre do HD 15 GB 20 GB

    Tipo de HD Normal Normal com memria flash/disco rgido

    Hbrido.

    Outros drivers CD-ROM DVD-ROM

    O Windows Server 2008

    O Windows Server 2008 o mais recente lanamento da linha de sistemas operacionais

    para servidores Windows. o sucessor do Windows Server 2003, que fora lanado h

    (quase) cinco anos. Assim como o Windows Vista, o Windows Server 2008 foi projetado

    sobre o Kernel (ncleo) do Windows NT 6.0.

    O Windows Server 2008 foi lanado oficialmente em Maro de 2008 e apresenta, aos

    usurios, vrias melhoras em relao s verses anteriores, entre elas podemos mencionar

    as seguintes:

    Novo processo de reparao de sistemas NTFS: o processo em segundo plano que repara os arquivos danificados.

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    Criao de sesses de usurio em paralelo: reduo dos tempos de espera nos Terminal Services e na criao de sesses de usurio de grande escala.

    Fechamento limpo de Servios: os tempos longos de espera antes da finalizao de

    servios so praticamente eliminados.

    Kernel Transaction Manager: melhoras na gesto concorrente de recursos.

    Sistema de arquivos SMB2: o acesso aos servidores multimdia torna-se de 30 a 40 vezes mais rpido.

    Address Space Load Randomization (ASLR): proteo contra malware durante o

    carregamento de drivers na memria.

    Windows Hardware Error Architecture (WHEA): protocolo melhorado e padronizado para reporte de erros.

    Virtualizacin de Windows Server: melhoras no desempenho da virtualizao.

    PowerShell: incluso de uma console melhorada com suporte grfico (GUI) para administrao do sistema.

    Server Core: o ncleo do sistema renovou-se com muitas e novas caractersticas.

    Porem o Server Core no possui uma interface grfica (GUI) para as configuraes. A

    maioria destas caractersticas deve ser configurada via linha de comando ou

    remotamente. Entre as principais caractersticas do Server Core temos: Ativao do

    Produto, Configurao de Vdeo, Configurao de Horrio e Time Zone, Remote

    Desktop, Gerenciamento de Usurios locais, Firewall, WinRM (remote shell),

    Configuraes de IP, Nome do Computador/ Domnio, Instalao de Features e Roles.

    A Famlia Netware

    Sistema operacional de rede da Novell que ainda muito utilizado no mundo todo. o

    primeiro sistema operacional de rede para um compartilhamento real de arquivos. Foi o

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    DOS 3.X + NETWARE (NOVELL)

    primeiro sistema operacional de rede para PCs baseado no sistema operacional DOS.

    Desenvolvido pela Novell, o NetWare um sistema proprietrio usando multitarefa

    cooperativa para executar muitos servios em um computador, e os protocolos de rede so

    baseados no arqutipo da Xerox XNS. Atualmente suporta TCP/IP junto com o prprio IPX/SPX.

    A origem do sistema operacional Netware se remonta no inicio da dcada dos 80. Foi criado

    em 1982, em Provo (Utah) pela empresa SuperSet (atual Novell) e foi lder de mercado

    (80%) entre 1985 e 1995. Ainda possui maior desempenho do mercado como Servidor de

    Arquivo e foi o primeiro a oferecer proteo no Nvel III (Espelhamento de Servidores).

    Os nveis mencionados a seguir so referentes aos nveis do modelo OSI que ser explicado

    em detalhe mais adiante na Unidade 13. Nesse sentido, a famlia Netware utiliza:

    Para os nveis 3, 4 e 5 (de Rede, Transporte e Sesso): O padro IPX/SPX (Novell);

    Para o nvel 6 (de Aplicao): O padro NVT (Network Virtual Terminal) e o NCP

    (Netware Core Protocol) ambos desenvolvidos pela Novell;

    O Netware tambm conhecido pelas suas caractersticas:

    Desempenho, confiabilidade e segurana;

    O servidor de rede Netware um servidor dedicado.

    uma rede que funciona com o modelo Cliente/Servidor.

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    Algumas caractersticas

    Verificao de leitura aps escrita;

    HOT-FIX da Tabela de blocos inutilizveis.

    TTS (Transaction Tracking System): Uma ferramenta de proteo a bases de dados.

    Bindery na verso 3.x e NFS na verso 4.x e 6.x.

    A Famlia Linux

    O sistema operacional Linux um sistema baseado no UNIX. Foi desenvolvido por Linus

    Torvalds, inspirado no sistema Minix. O Linux um dos mais proeminentes exemplos de

    desenvolvimento com cdigo aberto e de software livre. O seu cdigo fonte est disponvel

    sob licena GPL (GNU Public License) para qualquer pessoa utilizar, estudar, modificar e

    distribuir de acordo com os termos da licena. Inicialmente desenvolvido e utilizado por

    grupos de entusiastas em computadores pessoais, o sistema Linux passou a ter a

    colaborao de grandes empresas, como a IBM, a Sun Microsystems, a Hewlett-Packard, e a

    Novell, ascendendo como um dos principais sistemas operacionais para servidores -- oito

    dos dez servios de hospedagem mais confiveis da Internet utilizam o sistema Linux nos

    seus servidores Web. Existem sistemas Linux para diversas arquiteturas computacionais,

    como supercomputadores, microcomputadores e aparelhos celulares.

    O kernel Linux foi, originalmente, escrito (na linguagem C) por Linus Torvalds do

    Departamento de Cincia da Computao da Universidade de Helsinki, Finlndia, com a

    ajuda de vrios programadores voluntrios atravs da Usenet. O Linux um sistema

    operacional com todas as caractersticas dos sistemas UNIX, mas para processadores com

    arquitetura Intel x86 e x/64 de 32 e 64 bits respectivamente. Existe um nmero grande de

    diferentes distribuies (distros), mas o ncleo (Kernel) do sistema Linux basicamente o

    mesmo para cada uma delas. A seguir uma tabela com algumas (das vrias) distribuies

    Linux:.

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    Quadro com algumas (das vrias) distribuies Linux:

    Nome Plataforma

    Redhat Linux Intel, Alpha, Itanium.

    SCO/Caldera Linux Intel

    Conectiva Linux Intel (em portugues)

    Linux-Mandrake Intel, PowerPC

    S.u.S.e. Linux Intel, PowerPC, Alpha, Sparc, Itanium, Mainframes...

    Debian GNU/Linux PowerPC, Alpha, Sparc, ...

    Turbo Linux Intel,...

    MkLinux (Apple) Intel, PA-RISC, PowerPC

    Slackware Intel, Alpha, Sparc

    Ubuntu Intel (x86 e x64), Sparc

    Os sistemas operacionais de rede no diferem daqueles usados em mquinas monousurio.

    Obviamente, eles precisam de uma interface controladora de rede e de um software

    especfico para gerenciar tal interface, alm de programas que permitam a ligao de

    usurios a mquinas remotas e seu acesso a arquivos tambm remotos. Tais caractersticas

    no chegam a alterar a estrutura bsica do sistema operacional usado para mquinas com

    um nico processador. J os sistemas operacionais distribudos precisam de mais do que

    uma simples adio de algumas linhas de cdigo a um sistema usado em mquinas

    monoprocessadas, pois tais sistemas diferem dos centralizados em pontos muito crticos.

    Por exemplo, os sistemas operacionais distribudos permitem que programas rodem em

    vrios processadores ao mesmo tempo, necessitando, portanto de algoritmos de

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    escalonamento de processador bem mais elaborados e complexos, de forma a otimizar o

    grau de paralelismo disponvel no sistema.

    O melhor exemplo da utilizao dos sistemas operacionais de rede so as redes locais,

    conhecidas como redes LAN. Nesse ambiente, cada estao pode compartilhar seus

    recursos com o restante da rede. Caso um computador sofra qualquer problema, os demais

    componentes da rede poderiam continuar com o processamento, apenas no dispondo dos

    recursos oferecidos por este.

    Sistemas Distribudos

    Assim como nos sistemas operacionais de rede, cada estao (de um sistema distribudo)

    tambm possui seu prprio sistema operacional, mas o que caracteriza como sendo um

    sistema distribudo (tambm conhecido como cluster) a existncia de um relacionamento

    mais forte entre os seus componentes (processadores), onde geralmente (mas no

    necessariamente) os sistemas operacionais so os mesmos, funcionando como um nico

    sistema centralizado. Um sistema Distribudo formado por um conjunto de mdulos

    processadores interligados por um sistema de comunicao (cabos de rede ou canais de

    transmisso de dados).

    Como as aplicaes so distribudas, a redundncia uma grande vantagem, pois quando

    h problema com um dos componentes (processador) outro assume a tarefa em questo.

    Alguns fabricantes, juntamente com rgos de padronizao, definiram padres para a

    implementao de sistemas distribudos. O Distributed Computing Enviroment (DCE), o

    Common Object Request Broker Architecture (CORBA) e o Object Linking and Embedding

    (OLE) so alguns dos padres para o desenvolvimento de aplicaes em ambientes

    distribudos.

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    Um sistema de computo com arquitetura distribuda pode possuir um nmero ilimitado de

    mdulos autnomos para processamento, interconectados de tal forma que, para o usurio

    final, o sistema todo se apresente como uma nica mquina, no qual o controle geral

    implementado atravs da cooperao de elementos descentralizados. Uma rede de

    computadores tambm pode (em teoria) estar formada por um nmero ilimitado de estaes,

    mas a independncia dos vrios mdulos de processamento preservada em razo da

    tarefa de compartilhamento de recursos e troca de informaes, em outras palavras, em uma

    rede de computadores a troca de informaes entre os diferentes computadores no to

    elevada se comparada com um sistema de computo com arquitetura distribuda onde a

    comunicao entre os diferentes processadores crtica e extremamente elevada.

    Lembrar que o objetivo de um sistema distribudo comum para todos os mdulos de

    processamento, todos eles devem desenvolver tarefas intimamente relacionadas para um

    determinado objetivo, da que a comunicao entre todos os processadores do sistema deve

    ser elevada e muito bem coordenada.

    Um exemplo prtico (e muito interessante) de um sistema distribudo o projeto SETI

    (Search for Extra Terrestrial Intelligence). O projeto SETI, desenvolvido pela Universidade de

    Berkeley na Califrnia, um experimento cientfico que utiliza o tempo ocioso dos

    computadores conectados Internet para seu

    objetivo principal de procura por vida

    inteligente extraterrestre. Qualquer pessoa

    conectada Internet pode participar basta

    rodar o programa gratuito disponvel no site

    BOINC (http://boinc.berkeley.edu).

    Basicamente, este programa permite que sua

    mquina disponibilize o tempo ocioso dela para

    fazer parte de projetos cientficos, o projeto

    esta constitudo por diferentes protetores de

    tela e disponibilizado para as plataformas

    Windows, MacOS, e Linux.

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    O funcionamento bsico sobre como a sua mquina chega a fazer parte do sistema

    distribudo desse projeto o seguinte: Logo aps da instalao do software, voc deve

    configurar a sua mquina e escolher o protetor de tela do projeto em questo. Desta forma

    cada vez que a sua mquina ative o protetor de tela, devido a que voc parou de utilizar ela

    (mas sem deslig-la e com conexo a Internet), a sua mquina far parte de algum dos

    seguintes projetos: SETI@home, Climateprediction.net, Rosetta@home, World Community

    Grid, entre vrios outros. Portanto, cada vez que o protetor de tela seja ativado a sua

    mquina far parte, de forma automaticamente, do sistema distribudo de computo do projeto

    SETI, assim que voc retome o uso da sua mquina, o protetor de tela ser desativado e a

    mquina liberada do sistema de computao distribuda do projeto SETI at a seguinte vez

    que o protetor de tela seja ativado novamente.

    O pessoal encarregado de escrever e desenvolver esse projeto atravs de simples protetores

    de tela foi muito experto j que eles visavam praticamente todo o poder computacional de

    cada uma das mquinas que iriam fazer parte do projeto e eles s poderiam conseguir isso

    quando a mquina estiver ligada, conectada a Internet e praticamente parada, (teoricamente)

    s rodando o protetor de tela que o software que permite que uma mquina seja parte do

    sistema distribudo, portanto, toda a capacidade de processamento da CPU estaria dedicada

    exclusivamente aos dados e clculos enviados desde os processadores centrais do projeto

    para a sua mquina.

    Incluso Digital

    Novas tecnologias e o acesso Internet transformaram a

    sociedade brasileira e mundial na sociedade da informao.

    Mas grande parte da populao ainda no tem acesso a esses

    recursos devido a vrios fatores, como custos altos para a

    infraestrutura e ausncia de interesses polticos para tanto.

    Muitos rgos mundiais vm discutindo sobre esse assunto e

    principal documento que reconhece a importncia da incluso digital foi publicado pela

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    Organizao das Naes Unidas (ONU) no final de 2003. Projetos coordenados em conjunto

    por empresas privadas, governo e a sociedade civil, so o ponto de partida para que se

    criem condies de acesso para as regies e pessoas mais carentes.

    Nesse sentido, a incluso digital ou infoincluso a democratizao do acesso s

    tecnologias da Informao, de forma a permitir a insero de todos na sociedade da

    informao. Incluso digital tambm simplificar a sua rotina diria, maximizar o tempo e as

    suas potencialidades. Um indivduo incluso digitalmente no aquele que apenas utiliza

    essa nova linguagem, que o mundo digital, para trocar e-mails, mas o que usufrui desse

    suporte para melhorar as suas condies de vida.

    Entre as estratgias inclusivas esto projetos e aes que facilitam o acesso de pessoas de

    baixa renda s Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC). A incluso digital volta-se

    tambm para o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usurios

    com deficincia.

    Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informaes disponveis na Internet, e

    assim produzir e disseminar conhecimento. A incluso digital insere-se no movimento maior

    de incluso social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor

    do mundo nas ltimas dcadas. Dois novos conceitos so incorporados s polticas de

    incluso digital: a acessibilidade de todas as TIs (e-Accessibility), neste caso, no somente

    populao deficiente, mas tambm dar a competncia necessria de uso das novas

    tecnologias para pessoas e assim incorpor-las sociedade da informao (e-

    Competences).

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    UNIDADE 3 Princpios De Telecomunicaes (Parte I)

    Objetivo: Entender os princpios bsicos que regem as Telecomunicaes.

    Qualquer tipo de comunicao ocorre quando a informao

    transmitida (ou enviada) entre uma fonte de informao e o usurio

    que requisitou essa informao. Para que a informao seja

    transferida de um ponto a outro, deve existir um meio ou canal de

    transmisso entre a fonte e o receptor. As trs partes, transmissor,

    canal e receptor representam assim o sistema de informao completo.

    O sistema mais simples de comunicao quando existe a conversao entre duas pessoas,

    nesse cenrio bsico vamos supor que as duas pessoas esto se afastando uma da outra.

    Neste caso, a pessoa que faz de fonte comea a elevar a voz para que a outra pessoa possa

    ouvi-la, porm existir um ponto em que no ser mais possvel ouvir a fala da outra pessoa

    mesmo que ela esteja gritando com toda fora. Para que continue a existir uma comunicao

    entre as duas pessoas ser necessria a ajuda de dispositivos que permitam o envio da fala

    entre elas, mas essa informao falada deve ser previamente processada (pelos

    dispositivos) antes de ser enviada pelo canal de transmisso.

    Portanto, essa informao falada deve ser colocada em um formato (linguagem) que

    compreensvel por mquinas, neste caso diz-se que a informao foi convertida em dados. A

    transmisso de dados ocorre quando estes so transferidos eletronicamente entre as duas

    pessoas. E assim, a conversao entre elas continuar a existir surgindo ento, o conceito

    de comunicao distncia ou telecomunicao.

    O sistema eletrnico de informao resultante pode ser um sistema de telemetria, um

    sistema digital de computao, um sistema de telefonia ou TV, etc. Em todos os casos

    estamos perante um sistema de telecomunicaes.

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    Comutao Nas Redes De Telecomunicaes

    A funo de comutao, ou chaveamento, em um sistema de comunicaes trata da

    alocao dos recursos (meios de transmisso, repetidores, sistemas intermedirios, etc.) do

    sistema para a transmisso de dados pelos diversos dispositivos conectados.

    Quanto ao tipo de comutao utilizado, poderemos classificar as redes de Telecomunicaes

    em trs tipos:

    Comutao de Circuitos

    Comutao de Pacotes

    Comutao de Mensagens

    Comutao De Circuitos

    Nas redes de comutao de circuitos, antes de ser enviada qualquer informao, procede-se

    ao estabelecimento de um caminho fsico" ponta a ponta entre os terminais que pretendem

    estabelecer a comunicao, em outras palavras, deve previamente existir uma conexo fsica

    entre os usurios pela qual a informao dever ser transmitida. A comunicao via

    comutao de circuitos envolve trs etapas:

    1) Estabelecimento da conexo;

    2) Transferncia da informao;

    3) Desconexo do circuito.

    Portanto, na comutao de circuitos os recursos do sistema so alocados para estabelecer a

    conexo, mantendo-se alocados at que a conexo seja desfeita, em outras palavras, entre

    os ns de Transmisso e Recepo (e vice-versa), um canal (circuito) fsico totalmente

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    dedicado at a finalizao da conexo onde esse circuito desfeito e passa a ser liberado

    para que outros usurios (da rede telefnica) possam fazer uso dele.

    O caminho dedicado entre a origem e o destino pode ser:

    Um caminho fsico formado por uma sucesso de enlaces ou conexes fsicas;

    Uma sucesso de canais de frequncia, como nos sistemas FDMA (Frequency

    Division Multiple Access), isto , canais com acesso mltiplo por diviso de frequncia,

    alocados em cada enlace ou conexo fsica.

    Uma sucesso de canais de tempo, como nos sistemas TDMA (Time Division Multiple

    Access), alocados em cada enlace (ou conexo), sendo bastante utilizada nos atuais

    sistemas telefnicos para as ligaes telefnicas comuns.

    Comutao De Mensagens

    A comutao de mensagens um segundo tipo de comutao possvel nas redes de

    telecomunicaes. Nestas redes de comutao de mensagens no existe um caminho fsico

    pr-estabelecido entre o emissor e o receptor.

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    Na comutao de mensagens a estao adiciona o endereo de destino da mensagem e

    transmite esta mensagem (completa) de n em n, em um processo conhecido como Store-

    and-Forward, ou seja, traduzindo do ingls, algo assim como armazenar (temporariamente a

    mensagem recebida) e logo envi-la ou encaminh-la para o seguinte n. As mensagens s

    seguem para o n seguinte aps terem sido integralmente recebidas do n anterior e assim

    sucessivamente at chegar ao destino final. Por tal motivo, cada n deve ter uma capacidade

    considervel de armazenamento para poder temporariamente segurar a mensagem.

    Um exemplo tpico deste tipo de redes o servio de Correio Eletrnico X.400, por exemplo,

    das redes X.25.

    Comutao De Pacotes

    No contexto de redes de computadores, a comutao de pacotes um paradigma de

    comunicao de dados em que pacotes (unidade de transferncia de informao) so

    individualmente encaminhados entre ns da rede atravs de conexes tipicamente

    compartilhadas por outros ns. Este contrasta com o paradigma rival, a comutao de

    circuitos, que estabelece uma ligao virtual entre ambos os ns para seu uso exclusivo

    durante a transmisso (mesmo quando no h nada a transmitir). A comutao de pacotes

    utilizada para otimizar a largura de banda da rede, minimizar a latncia (i.e., o tempo que o

    pacote demora a atravessar a rede) e aumentar a robustez da comunicao.

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    Nesta tcnica a transmisso da informao dividida em envelopes de dados discretos,

    denominados pacotes. Desse modo, em caso de falha durante a transmisso, a informao

    perdida afeta uma frao do contedo total, em vez de afetar o todo. A estao receptora

    encarrega-se de montar os pacotes recebidos na sequncia correta para reconstruir o

    arquivo (mensagem) enviado.

    A grande diferena em relao comutao de mensagens que na comutao por

    pacotes, por ser cada pacote menor que a mensagem, o atraso de transmisso total da

    mensagem reduzido. Redes com comutao de pacotes requerem ns de comutao com

    menor capacidade de armazenamento e procedimentos de recuperao de erros mais

    eficientes do que para comutao de mensagens.

    A comutao de pacotes mais complexa, apresentando maior variao na qualidade de

    servio, introduzindo Jitter1 e atrasos vrios; porm, utiliza melhor os recursos da rede, uma

    vez que so utilizadas tcnicas de multiplexao temporal estatstica.

    A comutao por pacotes pode efetuar-se:

    Com ligao (circuito virtual): estabelecido um caminho virtual fixo (sem parmetros

    fixos, como na comutao de circuitos) e todos os pacotes seguiro por esse caminho.

    Uma grande vantagem que oferece a garantia de entrega dos pacotes, e de uma

    forma ordenada. Exemplos: ATM (comutao de clulas), Frame Relay e X.25;

    Sem ligao (datagrama): Os pacotes so encaminhados de forma independente com

    nmeros de sequncia, oferecendo flexibilidade e robustez superiores, j que a rede

    pode reajustar-se mediante a quebra de um enlace de transmisso de dados.

    necessrio enviar-se sempre o endereo de origem. Ex: endereo IP.

    1 Basicamente o Jitter a variao estatstica do retardo na entrega dos pacotes de dados em uma rede.

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    Formato Das Mensagens

    Os dados transportados por uma rede de computadores devem conter, no mnimo, as

    seguintes partes:

    Bytes de sincronismo (no incio do quadro);

    Um identificador (endereo) dos dados;

    Campos de controle que implementam o protocolo, isto , mensagens de movimento

    de dados na rede;

    Dados do usurio (do processo de aplicao);

    Um elemento para verificar erros de transmisso, normalmente denominado como

    campo de verificao de erros, ou campo de sequncia de quadro FCS (Frame Check

    Sequence) posicionado tipicamente no final do quadro;

    Largura De Banda

    A largura (ou comprimento) de banda a caracterstica fsica de um sistema de

    telecomunicaes que indica a velocidade na qual a informao pode ser transmitida em um

    determinado instante de tempo pelo canal de informao (par tranado, radiofrequncia, ou

    fibra ptica). Em sistemas analgicos, mede-se em ciclos por segundo (Hertz) e em sistemas

    digitais em bits por segundo (bps).

    Em radiocomunicao ela corresponde faixa de frequncias ocupada pelo sinal modulado

    sem sofrer distoro, isto , corresponde faixa de frequncias na qual um sistema de

    comunicaes tem uma resposta aproximadamente plana (com variao inferior a 3db), na

    regio f = f2 f1 a potncia do sinal modulado mxima.

    A transmisso de grande quantidade de informao, em um intervalo pequeno de tempo,

    necessita sistemas de banda larga para acomodar os sinais. Uma utilizao eficiente de um

    sistema exige a minimizao do tempo de transmisso, para permitir o envio do mximo de

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    informaes no menor tempo possvel. A largura de banda representa uma limitao em

    sistemas de comunicao. Se a banda for insuficiente, poder ser necessrio diminuir a

    velocidade de sinalizao aumentando o tempo de transmisso.

    Podemos comparar a largura de banda como uma estrada. Esta estrada representa a

    conexo de rede e os carros so os dados. Quanto maior (mais ampla) for a estrada mais

    carros circularo por ela e consequentemente mais carros chegaro a seus destinos mais

    rpido. O mesmo principio pode ser aplicado aos dados transmitidos por um canal, quanto

    maior a largura de banda deste, maior o volume de dados transmitidos por intervalo de

    tempo.

    Capacidade De Canal

    A capacidade de canal a propriedade de um determinado canal fsico sobre o qual a

    informao transmitida. Porm agora devemos interpretar com cuidado o que um canal.

    O canal significa no somente o meio fsico (cabos, ondas de rdio, etc.) de transmisso,

    mas tambm no conceito do canal devem ser includas as seguintes especificaes:

    Os tipos de sinais transmitidos, isto , se os sinais so binrios (com dois nveis s 0s

    ou 1s) ou com M-nveis de codificao (neste caso temos os sinais M-ary), ou outro

    tipo de sinal.

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    O tipo de receptor utilizado (o receptor determina a probabilidade de erro).

    Todas estas especificaes devem ser includas no conceito de Capacidade de Canal. Por

    exemplo, decidimos utilizar uma codificao de 4-ary dgitos em lugar de dgitos binrios para

    enviar informao digital sobre um mesmo canal fsico, evidentemente que com smbolos 4-

    ary a quantidade de informao enviada dobrar do que com dgitos binrios. Vejamos o

    porqu disto:

    Sistemas De Comunicao Digital M-Ary

    Normalmente a comunicao digital utiliza um nmero finito de smbolos entre o receptor e o

    transmissor, sendo o nmero mnimo igual a dois smbolos (o caso binrio 0s e 1s). Mas

    existem os sistemas de comunicao digital com M smbolos (M-ary Comunication Systems),

    onde M = 2n com n sendo o nmero de bits a serem transmitidos por cada smbolo M.

    Por exemplo, se escolhermos n = 2 bits, ento teramos M = 22 = 4 smbolos, isto significa

    que para cada dois bits de informao basta transmitir um nico smbolo 4-ary, duplicando

    assim a capacidade de transmisso. Se escolhermos n = 3 bits, ento M = 23 = 8 smbolos,

    ou seja, um nico smbolo 8-ary permitiria o envio de 3 bits. Com n = 4 bits, podemos lograr o

    envio de M = 24 = 16 smbolos e assim sucessivamente.

    Em resumo quanto maior o nmero de smbolos (nveis) M-ary maior ser a capacidade de

    canal para transmitir a informao digital, em outras palavras, pode-se incrementar a

    velocidade (taxa) de transmisso da informao incrementando o nmero de smbolos (ou

    nveis de codificao) M. Obviamente o custo de utilizar transmissores e receptores

    suportando nveis de codificao (M-ary) cada vez maiores ser elevado.

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    Modulao

    interessante notar que muitas formas no eltricas de comunicao, tambm envolvem um

    processo de modulao, como a fala, por exemplo. Quando uma pessoa fala, os movimentos

    da boca so realizados a taxas de frequncias baixas, da ordem de 10 Hertz, no podendo a

    esta frequncia produzir ondas acsticas propagveis. A transmisso da voz atravs do ar

    conseguida pela gerao de tons portadores de alta frequncia nas cordas vocais,

    modulando estes tons com as aes musculares da cavidade bucal. O que o ouvido

    interpreta como fala , portanto, uma onda acstica modulada, similar, em muitos aspectos, a

    uma onda eltrica modulada.

    Em um sistema de transmisso de dados, seja este digital ou analgico, com ou sem-fio,

    extremamente necessrio utilizar mtodos de inserir a informao til que desejamos

    transmitir dentro de um sinal de Radiofrequncia (RF), chamado de onda portadora (Carrier),

    que ser o veculo de transporte da informao de um ponto a outro. Estes mtodos de

    poder inserir a informao dentro de um sinal de RF so conhecidos como modulao da

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    onda portadora. Estes mtodos de modulao permitem que a informao que queremos

    enviar seja transportada (embutida) j seja nos parmetros de amplitude, frequncia ou fase

    da onda portadora.

    Nos sistemas de modulao digital, os bits do sinal de informao so codificados atravs de

    smbolos. A modulao responsvel por mapear cada possvel sequncia de bits de um

    comprimento preestabelecido em um smbolo determinado. O conjunto de smbolos gerado

    por uma modulao chamado de constelao, sendo que cada tipo de modulao gera

    uma constelao de smbolos diferentes. Os smbolos nos quais as sequncias de bits de um

    sinal de informao so transformadas que sero transmitidos pela onda portadora.

    Normalmente quando enviamos informao digital por linhas analgicas o processo de

    modulao converte os bits de informao em sinais analgicos para que possam ser

    enviados corretamente pelo canal de comunicao. No lado do receptor o processo de

    demodulao faz exatamente o contrrio, isto , os sinais analgicos so processados para

    serem transformados novamente em bits de informao. O equipamento que realiza a

    modulao e demodulao denominado MODEM (MOdulao/DEModulao).

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    Tcnicas Bsicas de Modulao Analgica

    Existem trs tcnicas para a modulao de sinais analgicos, a saber:

    1. Modulao em amplitude (AM),

    2. Modulao em frequncia (FM) e

    3. Modulao em fase (PM).

    Modulao Em Amplitude AM (Amplitude Modulation)

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    A modulao AM a forma de modulao em que a amplitude da onda portadora (sinal

    verde na figura) varia em funo do sinal modulador (sinal vermelho na figura), o sinal

    modulador o sinal que contem a nossa informao, ou seja, o sinal modulador a

    informao desejada (ou informao til) que estamos transmitindo. Nesta tcnica de

    modulao AM, tanto a frequncia como a fase da onda portadora so mantidas constantes,

    como pode ser visualizado na onda (sinal) de sada dada pelo sinal azul na figura. Este

    ltimo sinal (em azul) o sinal que enviado pelo ar at os receptores, por isso que se

    denomina sinal de sada (Output) do transmissor.

    Modulao Em Frequncia FM (Frequency Modulation)

    Agora se em lugar de variar a amplitude, o sinal modulador variar a frequncia da portadora,

    pode-se esperar uma melhor qualidade de transmisso, uma vez que a frequncia do sinal

    no afetada por interferncias. A contrapartida para a melhor qualidade da FM uma

    largura de banda maior. No caso de estaes de rdio, enquanto uma transmisso de AM

    pode ser razoavelmente efetuada numa faixa de 10 kHz, uma de FM precisa de larguras to

    altas como 150 a 200 kHz para uma boa qualidade.

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    Por isso, as frequncias reservadas para transmisses comerciais de rdios de FM esto na

    faixa de frequncias muito altas VHF (Very High Frequency), a faixa comercial das

    radioemissoras de FM vai desde os 88 MHz at os 108 MHz, nesta faixa (ainda) possvel

    acomodar um nmero razovel de estaes de rdio (aproximadamente 90 emissoras).

    Modulao Em Fase PM (Phase Modulation)

    As tcnicas de modulao FM e PM tm muitas caractersticas semelhantes. A modulao

    por fase um tipo de modulao analgica que se baseia na alterao da fase da portadora

    de acordo com o sinal modulador (mensagem). A diferena da modulao FM, a modulao

    PM no muito utilizada exceto, talvez, no (mal chamado) mtodo FM Synthesis para

    instrumentos musicais, introduzido pela Yamaha por volta de 1982. Isto, principalmente, se

    deve ao requerimento de um equipamento (Hardware) bem mais complexo para seu

    processamento e tambm porque poderiam existir problemas de ambiguidades para

    determinar se, por exemplo, o sinal tem 0 de fase ou 180 de fase.

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    Pode-se observar na figura como a frequncia do sinal de sada (sinal azul) diminui quando o

    sinal modulador (sinal vermelho) esta decrescendo, diferente da modulao FM onde a

    diminui justo quando o sinal modulador esta no seu ponto mnimo.

    Tcnicas Bsicas De Modulao Digital

    Tambm denominada modulao discreta ou codificada. Utilizada em casos em que se est

    interessado em transmitir uma forma de onda ou mensagem, que faz parte de um conjunto

    finito de valores discretos representando um cdigo. No caso da comunicao binria, as

    mensagens so transmitidas por dois smbolos apenas. Um dos smbolos representado por

    um pulso S(t) correspondendo ao valor binrio "1" e o outro pela ausncia do pulso (nenhum

    sinal) representando o dgito binrio "0".

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    Como se pode observar, os bits possuem estados bem definidos (1 ou 0) e por esta razo

    no podem ser transmitidos (irradiados) com eficincia como um sinal senoidal. Os

    processos de modulao digital consistem em modular uma informao binria atravs de

    uma onda portadora analgica senoidal, utilizando as mesmas tcnicas da modulao

    analgica.

    A diferena fundamental entre os sistemas de comunicao de dados digitais e analgicos

    (dados contnuos) bastante bvia. No caso dos dados digitais, envolve a transmisso e

    deteco de uma dentre um nmero finito de formas de onda conhecidas (no presente caso

    a presena ou ausncia de um pulso), enquanto que, nos sistemas contnuos h um nmero

    infinitamente grande de mensagens cujas formas de onda correspondentes no so todas

    conhecidas.

    No caso especfico do sinal modulador ser um sinal digital, essas tcnicas de modulao

    analgica, vistas anteriormente, tomam as seguintes denominaes:

    Modulao ASK (Amplitude Shift Keying)

    A tcnica de modulao ASK (ou modulao por chaveamento da amplitude) tambm

    conhecida como a modulao On-Off, ASK o mtodo mais simples de modulao digital.

    Consiste na alterao da onda portadora em funo do sinal digital a ser transmitido. A onda

    resultante consiste ento em pulsos de radiofrequncia, que representam o sinal binrio 1 e

    espaos representando o dgito binrio 0 (supresso da portadora).

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    Da o nome de On-Off porque pareceria que a onda portadora ligada e desligada

    dependendo do valor dos bits de informao enviados. Atualmente esta tcnica no mais

    utilizada em sistemas de transmisso digital.

    Modulao FSK (Frequency Shift Keying)

    O processo de modulao FSK (ou modulao por chaveamento da frequncia) consiste em

    variar a frequncia da onda portadora em funo do sinal modulador, no presente caso, o

    sinal digital a ser transmitido. Este tipo de modulao pode ser considerado equivalente

    modulao em FM para sinais analgicos.

    A amplitude da onda portadora modulada mantida constante durante todo o processo da

    modulao; quando ocorrer a presena de um nvel lgico "1" no sinal digital, a frequncia da

    portadora modificada para uma frequncia f1, e para um valor 0 a frequncia da portadora

    muda para um valor f2 estas mudanas de frequncias podem ser depois compreendidas no

    processo de demodulao.

    Modulao PSK (Phase Shift Keying)

    A tcnica PSK (ou modulao por chaveamento da fase) o processo pelo qual se altera a

    fase da onda portadora em funo do sinal digital a ser transmitido. Quando ocorrer uma

    transio de nvel lgico do sinal digital a ser transmitido (sinal modulador), haver uma

    mudana de 180 graus na fase da onda portadora com relao fase anterior.

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    A transio de fases observada pode ser tanto de nvel lgico 0 para 1 como de nvel lgico 1

    para 0. Para este tipo de modulao deve ser utilizada a deteco sncrona, j que esta tem

    como base o conhecimento preciso a respeito da fase da onda portadora recebida, bem

    como da sua frequncia. Esta tcnica de modulao devido ao fato mencionado envolve

    circuitos de recepo (demodulao) mais sofisticados; em compensao oferece melhor

    desempenho que as tcnicas ASK e FSK. Por tal motivo a modulao PSK bastante

    utilizada em sistemas de telecomunicaes.

    Resumo dos Tipos de Modulao

    O quadro a seguir apresenta um resumo dos diferentes tipos de modulao utilizando tanto

    uma onda portadora analgica ou digital e a informao enviada analgica ou digital.

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    Demodulao

    o processo que nos permite reverter o processo da modulao. Tambm chamado de

    deteco, envolve dispositivos eletrnicos, chamados modems, encarregados de detectar a

    onda portadora modulada e extrair dela o sinal modulante (a informao desejada).

    No processo da demodulao para sinais digitais, a forma de onda no importante, pois ela

    j conhecida. O problema se resume a determinar se o pulso est presente ou ausente,

    portanto, o rudo do canal no tem influncia nesse sentido. Entretanto o rudo do canal

    poder causar certos erros nas decises. A deciso na deteco pode ser facilitada com a

    passagem do sinal atravs de filtros que reforam o sinal til e suprimem o rudo ao mesmo

    tempo. Isso permite melhorar muito a relao Sinal/Rudo reduzindo a possibilidade de erro.

    Nos sistemas digitais o problema da deteco (demodulao) um problema um pouco mais

    simples que nos sistemas contnuos. Durante a transmisso, as formas de onda da onda

    portadora modulada so alteradas pelo rudo do canal. Quando este sinal recebido no

    receptor, devemos decidir qual das duas formas de onda possveis conhecidas foi

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    transmitida. Uma vez tomada a deciso a forma de onda original recuperada sem nenhum

    rudo.

    Multiplexao

    Um dos maiores problemas na implementao de uma rede de comunicao de dados o

    alto custo das linhas de comunicao. Por isso h a necessidade de otimizar estas linhas.

    Por exemplo, se cada estao de trabalho possuir uma linha direta ao servidor, a atividade

    mdia nesta linha ser excessivamente baixa, devido a perodos inativos longos com

    nenhum ou pouqussimo fluxo de dados. Se existem perodos ativos entre as vrias linhas

    que nunca coincidem, possvel comutar uma nica linha para atender os vrios terminais.

    Mas existe a possibilidade de mais de um terminal estar ativo em determinado instante, e se

    no existem regras para as estaes ligadas ao comutador surgir um conflito na linha

    gerando um grave problema. Este problema pode ser resolvido fazendo com que a linha que

    sai do comutador seja maior do que qualquer linha de entrada, sendo assim a linha de sada

    maior que a soma das linhas de entrada eliminando o problema.

    Com isso o comutador executa a funo de multiplexador. O multiplexador (MUX) um

    dispositivo cuja funo permitir que mltiplas estaes de trabalho possam compartilhar

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    uma linha de comunicao. Do lado oposto encontra-se o demultiplexador (DEMUX) que faz

    o processo contrrio distribuindo os sinais desde o canal principal para os respectivos canais secundrios.

    Portanto, em um sistema unidirecional, existe um MUX na transmisso e um DEMUX na

    recepo. Dois sistemas so necessrios para uma comunicao bidirecional, cada um com

    seu prprio canal principal de comunicaes. Em um sistema bidirecional, existe um

    MUX/DEMUX em cada terminao, sendo a comunicao realizada por um nico par de

    cabos (para tranado, coaxial, fibras). fundamental nestes dispositivos minimizar o efeito

    Cross-Talk e maximizar a separao de canais.

    O canal principal tem capacidade (largura de banda) suficiente para suportar o uso

    compartilhado pelos canais secundrios. Com isso, os multiplexadores reduzem o nmero de

    linhas de comunicao necessrias, conseguindo uma reduo nos custos, pois diminuem o

    cabeamento necessrio.

    O processo de multiplexao (ou multicanalizao) se divide em: Multiplexao por diviso

    de frequncia (FDM), multiplexao por diviso de tempo (TDM) e multiplexao estatstica

    por diviso de tempo (STDM).

    FDM (Frequency Division Multiplexing)

    Na tcnica de multiplexao por diviso de frequncia, a largura de banda da linha principal

    de comunicaes dividida em vrias frequncias com isso surgem vrias bandas mais

    estreitas, e cada terminal tem acesso a uma, ou seja, esta tcnica permite transmitir

    simultaneamente vrios canais (sinais), atravs de um nico canal fsico (meio de

    transmisso), onde cada sinal de usurio (canal secundrio de comunicao) possui uma

    banda espectral (frequncia) prpria e bem definida, que, em condies normais de

    funcionamento bem menor que a largura de banda total da linha (canal) de comunicao

    principal.

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    TDM (Time Division Multiplexing)

    Esta tcnica da multiplexao por diviso de tempo intercala os bits, que fluem das linhas de

    baixa velocidade entrantes para dentro da linha sada de alta velocidade. Em ambos os

    mtodos o resultado que uma nica linha de alta velocidade transmite de forma serializada

    um nmero de sinais (canais) de entrada com velocidades mais baixas.

    Portanto, a tcnica TDM permite transmitir simultaneamente vrios canais (sinais), dentro do

    mesmo canal fsico (meio de transmisso), onde cada sinal de usurio (canais de

    comunicao secundrios A, B e C da figura) possui uma janela de tempo prprio e definido

    de uso da banda para transmisso.

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    No caso desta tcnica TDM o uso da largura de banda (da linha de comunicaes principal)

    poderia no ser timo, sobre todo quando poderiam existir canais de usurios que no

    estejam transmitindo nada, j que essa janela de tempo no estaria sendo temporariamente

    utilizada por ningum, portanto, desperdiando banda, mas o ponto a favor que a qualidade

    de servio elevada por termos uma banda garantida para cada usurio.

    STDM (Statistical TDM)

    A tcnica de multiplexao estatstica por diviso de tempo ou simplesmente multiplexao

    estatstica uma tcnica muito til quando se quer fazer um melhor uso da largura de banda

    total do canal principal de comunicaes. Nesta tcnica somente uma parcela de tempo

    alocada se (e somente se) existir trfego, ao contrrio da TDM, e com isso se evita a m

    utilizao da linha principal. Neste caso temos um uso aprimorado da largura de banda, mas

    poderia no existir uma qualidade de servio no atendimento como o caso do sistema

    TDM, j que a banda no necessariamente seria garantida para todos os usurios e certas

    demoras poderiam ser verificadas durante a transmisso e/ou recepo de dados

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    FDM x TDM

    Na multiplexao por diviso de frequncia (FDM) cada subcanal com determinada

    frequncia atribuda a cada um dos componentes do grupo, sendo assim pode se tornar

    difcil a expanso neste mtodo visto que a adio de subcanais precisar de uma

    reatribuio de frequncias.

    Na multiplexao por diviso de tempo (TDM), como o tempo dividido entre os terminais, o

    multiplexador examina as linhas de baixa velocidade em uma ordem pr-definida, e a linha

    de alta velocidade possui apenas um nico sinal em um determinado instante. Isto difere da

    FDM, na qual, vrios sinais so enviados ao mesmo tempo, porm cada um com uma

    diferente frequncia. Normalmente a FDM usada para sinais analgicos e a TDM com

    sinais digitais.

    Para separar as frequncias alocadas com a tecnologia FDM utiliza-se de guardas-de-banda.

    Na tecnologia TDM a separao das fatias de tempo obtida com espaos de tempo entre

    quadros sucessivos de amostras completas de todos os canais. No caso da tecnologia TDM

    tem-se a TDM sncrona e a TDM assncrona, que veremos mais adiante.

    Sincronizao

    Obs.: Se o trfego na linha uniforme, ento mais vantajoso o uso da tecnologia

    TDM, que proporciona uma melhor utilizao da capacidade da linha.

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    O processo de sin