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ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS – USP
KELEN CRISTIANE TEIXEIRA VIVALDINI
AULA 1 – PORTA PARALELA E SINAIS ANALÓGICOS E DIGITAIS
SÃO CARLOS
2009
LISTA DE FIGURAS
Figura1: Conector da porta paralela.................................................................................................................... 10 Figura 2: Sinal analógico em função do tempo. ................................................................................................... 14 Figura 3: Sinal digital em função do tempo.......................................................................................................... 15 Figura 4: Amostragem de um sinal analógico. ..................................................................................................... 16 Figura 5: Planta analógica e controlador digital. ................................................................................................ 17 Figura 6: Indicador de sinal lógico. ..................................................................................................................... 18 Figura 7: Circuito indicador de sinal lógico. ....................................................................................................... 19
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Composição da porta paralela com os seus endereços........................................................................... 7 Tabela 2: Pinos associados ao Registrador de Dados. ........................................................................................... 8 Tabela 3: Pinos associados ao Registrador de Status. (L) indica que a entrada é invertida.................................. 8 Tabela 4: Pinos associados ao Registrador de Controle ........................................................................................ 9 Tabela 5: Estrutura da porta paralela no modo SPP.(L)-indica que o bit é invertido.......................................... 10 Tabela 6: Estrutura da porta paralela no modo EPP/ECP.(L) - indica que o bit é invertido............................... 13
SUMÁRIO
1 PORTA PARALELA ..............................................................................................................5 1.1 PORTAS, ENDEREÇOS E REGISTRADORES ............................................................6
1.1.1 REGISTRADOR DE DADOS ..................................................................................8 1.1.2 REGISTRADOR DE STATUS.................................................................................8 1.1.3 REGISTRADOR DE CONTROLE ..........................................................................9
1.2 MODOS DE OPERAÇÃO...............................................................................................9 1.2.1 MODO SPP (STANDARD PARALLEL PORT) ...................................................10 1.2.2 MODO EPP (ENHANCED PARALLEL PORT)...................................................11 1.2.3 MODO ECP (EXTENDED CAPABILITIES PORT) ............................................12
1.3 ALTERAÇÃO DO MODO DE TRABALHO DA PORTA PARALELA ....................13 2 SINAL ANALÓGICO E SINAIS DIGITAL ........................................................................14 3 CIRCUITOS ..........................................................................................................................17
3.1 CIRCUITO INDICADOR DE SINAL LÓGICO ATRAVÉS DA PORTA PARALELA...............................................................................................................................................17
CONCLUSÃO..........................................................................................................................20 REFERÊNCIA .........................................................................................................................21 APÊNDICE A – PROGRAMAÇÃO PARA LER SINAL LÓGICO ATRAVÉS DA PORTA PARALELA .............................................................................................................................22
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1 PORTA PARALELA
Este dispositivo utiliza-se da tecnologia chamada TTL - Transistor Transistor Logic, a
qual consiste em um tipo diferente de transistor, conhecido como transistor bipolar, podendo
ser utilizado para projetar circuitos chaveados muito rápidos. Este circuito integrado forma
então famílias lógicas ou famílias digitais que consistem em tipos de estruturas internas que
permite a confecção destes blocos em circuitos integrados em um grupo de dispositivos
compatíveis com os mesmos níveis lógicos e tensões de alimentação.
Os CI’s TTL operam a partir de uma alimentação ccV de (5 ± 0,25)V que deve ser
bem regulada e consomem uma potência relativamente elevada da ordem 10/mW por porta
lógica.
A porta paralela é uma interface de comunicação entre o computador e um periférico, o
qual permite enviar e receber dados. Esta transmissão de dados e sinais de controle é feita
através de impulsos elétricos transportados por condutores (“fios”) elétricos.
Os dados são transferidos codificados em bytes, através de oito condutores paralelos,
cada um transportando um bit. Usando oito condutores para transportar cada byte.
Através da porta paralela permite-se enviar dados no modo unidirecional e no modo
bidirecional, ou seja, envia e recebe dados pelos mesmos condutores. As interfaces capazes de
executar este tipo de tarefa são conhecidas como interfaces de entradas e saídas (E/S), ou
Input/Output (I/O) a qual se descreve qualquer troca de dados entre dois dispositivos (a
memória RAM e o processador, por exemplo) ou mesmo entre o computador e o usuário (um
texto digitado no teclado (entrada), uma página impressa na impressora (saída), etc.). Um
"dispositivo de E/S" é um periférico qualquer que permite esta troca de dados.
A vantagem das conexões paralelas é que com oito vias para transportar dados
simultaneamente, os bytes são transportados inteiros e não há necessidade de circuitos
complexos para reconstituí-los quando são recebidos. As informações podem fluir
rapidamente do computador para a impressora ou qualquer outro dispositivo. Embora na
maioria das vezes a porta paralela seja usada para conexão com a impressora, ela também
pode ser usada para aceitar dados de dispositivos externos, viabilizando sua utilização para
diferentes tipos de aplicações, como, por exemplo, controle de motor de passo, interligação
entre computadores, aquisição de dados, etc.
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Na porta paralela existe uma interface lógica que é um conjunto de regras que através da
qual ela se comunica com o restante do hardware e com o sistema operacional do micro. Os
componentes mais importantes da interface lógica são os endereços das posições de memória,
usadas para transferir dados e os nomes padronizados, pelos quais, o sistema operacional se
refere às portas. Eles são responsáveis pelo número máximo de portas paralelas que um micro
pode gerenciar. As posições de memória (ou portas) são usadas para armazenar
temporariamente os dados e os comandos durante o processo de transferência entre o
computador e o dispositivo.
1.1 PORTAS, ENDEREÇOS E REGISTRADORES.
Uma porta é constituída por um trecho de memória e é identificada pelo seu endereço de
base, este por sua vez, deverão ser diferentes entre os dispositivos conectados ao computador.
O dado a ser transmitido deverá ser enviado ao endereço de E/S do dispositivo que
utilizam. Neste estudo foi utilizado a Porta Paralela como dispositivo de comunicação, para
este dispositivo foram padronizados três endereços de base para serem usados como portas
paralelas, cujos valores (expresso no sistema numérico hexadecimal) são: 0x378, 0x278 e
0x3BC. Esta necessidade advém do fato que dispositivos diferentes recebem e enviam
informações diferentes.
Como o número dos endereços E/S é muito complexo, são utilizados rótulos LPT (Line
Printer, ou linha de impressora). Os nomes padronizados para estas portas são LPT1, LPT2 e
LPT3, que o usuário tem disponível (em termos lógicos), mas fisicamente só existe uma
conexão externa através do conector DB-25 fêmea.
Os pinos da porta paralela são acessados através dos registradores de Dados, Status e
Controle. Cada endereço é formado por três registradores de memória que é associado pela
BIOS, conforme mostrado na tabela 1.
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Tabela 1: Composição da porta paralela com os seus endereços.
NOME ENDEREÇOS LPT1
ENDEREÇOS LPT2
ENDEREÇOS LPT3
DESCRIÇÃO
Registradores de dados
378h 278h 3BCh Envia um byte.
Registradores de Status
379h 279h 3BDh Lê o estado.
Registradores de controle
37AH 27AH 3BEh Envia dados de controle.
Registradores nada mais são do que endereços de memória com funções pré-
determinadas para:
- Registrador temporário de dados ( Memory Buffer Register - MBR): contém uma
palavra com dados a ser armazenada na memória ou é utilizado para receber uma
palavra na memória.
- Registrador de endereçamento à memória ( Memory Address Register - MAR) :
especifica o endereço, na memória, da palavra a ser escrita ou lida na MBR.
- Registrador de instruções (Instruction Register –IR): contém o código de operação
de 8 bits que está sendo executado.
- Registrador de armazenamento temporário de instruções ( Instruction Buffer
Register – IBR): é utilizado para armazenar temporariamente a instrução contida
na porção à direita de uma palavra da memória.
O endereço 3BCh era utilizado em uma placa antiga padrão da IBM, o qual oferecia
adaptador monocromático e uma porta paralela. Esta placa era chamada de MD&PA
(Monochome Display and Printer Adpten). Ainda hoje alguns computadores fabricados pela
IBM utilizam este endereço como base para LPT1.
Quando a BIOS está inicializando o sistema, ela associa as LPT’s aos endereços base
de E/S. Existe uma lista que obedece a seguinte seguinte ordem: 3BCh →378h →278h
(Registradores de dados). Na maioria dos computadores, a LPT1 é associada ao endereço base
378h. Posteriormente será apresentado um programa em C++ para verificar a existência e o
endereço base da porta paralela no computador.
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1.1.1 REGISTRADOR DE DADOS
O registrador de dados está associado ao endereço base (378h), sendo utilizado como
saída de 8 bits , a qual poderá ser efetuada uma escrita usando a instrução OUT ou uma leitura
usando a instrução IN. Os bits deste registrador estão associados aos seguintes pinos do
conector como mostra com a tabela 2.
Tabela 2: Pinos associados ao Registrador de Dados.
BIT 0 1 2 3 4 5 6 7
PINO 2 3 4 5 6 7 8 9
NOME D0 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7
Esses pinos são capazes de drenar de 2,6 mA a 24mA. Escrever 1 bit resulta em um
nível TTL alto na saída.
1.1.2 REGISTRADOR DE STATUS
O Registrador de Dados está associado ao endereço base + 1 (379h), sendo utilizado
como uma entrada de 5 bits. Uma leitura no endereço 379h, com uma instrução IN, reflete o
estado imediato desses pinos. Os bits deste registrador estão associados aos seguintes pinos do
conector como mostra com a tabela 3.
Tabela 3: Pinos associados ao Registrador de Status. (L) indica que a entrada é invertida. BIT 0 1 2 3 4 5 6 7
PINO 2 3 4 5 6 7 8 9
NOME - - - 15 13 12 10 11(L)
O pino 8 (bit 6) pode ser usado para provocar a interrupção IRQ7 (INTFh no DOS).
Ela acontecerá quando, neste pino, houver uma transição de nível baixo )(↓ para nível alto
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)(↑ , condicionado ao bit 4 do Registrador de Controle (37Ah), que deve estar em nível alto
(nível lógico 1).
1.1.3 REGISTRADOR DE CONTROLE
O Registrador de controle geralmente é associado ao endereço base + 2 (37Ah), sendo
considerado uma porta bidirecional de 4 bits. Como colocado anteriormente, o bit 4 é usado
para controlar a habilitação da IRQ7. Quando este bit é colocado em nível alto a interrupção
poderá ocorrer. Estas saídas são do coletor aberto, o que lhes permite trabalhar tanto como
entrada quanto saída. Elas estão conectadas a VCC por resistores de 4,7K e podem receber até
7mA e ainda manter um bom nível baixo de TTL (menor que 0,8 V). Esta porta, quando
trabalha como saída apresenta um retardo nas transições de nível baixo para nível alto, pois
toda carga é feita através do “pull up” de 4,7K. Sempre que possível, é mais conveniente usar
essa porta como entrada. A tabela 4 mostra a relação entre os bits da porta e os pinos do
conector.
Tabela 4: Pinos associados ao Registrador de Controle BITS 0 1 2 3 4 5 6 7
NOME 1(L) 14(L) 16 17(L) IRQ7 - - -
1.2 MODOS DE OPERAÇÃO
Estão disponíveis basicamente três modos de operação da porta paralela - SPP, EPP e
ECP. Como a porta paralela hoje em dia está integrada na própria placa-mãe, alteramos a sua
configuração pelo SETUP do computador.
A porta paralela disponibiliza de modo simultâneo 8 bits de saída, 5 bits de entrada e 4
bits bidirecionais. Basicamente ela é composta por 8 linhas de dados, 5 linhas de status e 4
linhas de controle. Ela é encontrada normalmente no painel traseiro do computador em
conectores tipo D de 25 pinos (DB-25).
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O conector da porta paralela é um conector de 25 pinos fêmeos, que possui diferentes
funções para cada modo.
- 2-9: Pinos de Saída
- 10, 11, 12, 13 e 15: Pinos de Entrada.
- 18-25: Neutro (GND)
- 1, 14, 16 e 17: Pinos de funções especiais de impressora (paper out).
Figura1: Conector da porta paralela[1]
1.2.1 MODO SPP (STANDARD PARALLEL PORT)
Este modo de operação é padrão, unidirecional (envia dados) e com uma taxa de
transferência máxima de 150KB/s, a comunicação do processador com a porta é feita a 8 bits
por vez.(dados são transferidos a 8 bits por vez).
Deve-se ressaltar que no padrão SPP o Registrador de dados (tabela 2) não pode
funcionar como entrada de dados, já que o dado lido é a saída de um latch 74LS373.
1.2.1.1 PINAGEM DA PORTA PARALELA (SPP).
Tabela 5: Estrutura da porta paralela no modo SPP.(L)-indica que o bit é invertido
11
A Tabela 5 mostra um resumo da porta paralela LPT1 no modo SPP, ordenada
segundo os endereços de E/S e os bits registradores.
No modo SPP o Registrador de dados é normalmente utilizado para envio de dados.
Utilizando uma instrução “out” este registrador dados diretamente nos pinos do conector em
nível TTL alto, esses pinos são capazes de fornecer 2,6 a 24 mA de corrente. Já o Registrador
de Estados é utilizado somente para receber os dados. O Registrador de Controle é utilizado
para a ativação/desativação de circuitos de controle dos sinais do dispositivo externo. Por
possuir esta função os pinos do Registrador de Controle são quase que em sua totalidade lidos
de forma invertida, isso dificulta a atuação de interferências externas.
1.2.2 MODO EPP (ENHANCED PARALLEL PORT)
O modo de operação EPP traz duas características à porta paralela padrão: modo
bidirecional e taxa de transferência máxima de 800KB/s, a comunicação do processador é
feita a 32 bits(a comunicação da porta com o dispositivo externo continua sendo feita a 8 bits
REGISTRADOR
PORTA BIT DIREÇÃO PINOS NOME
7 OUT 9 D7 6 OUT 8 D6 5 OUT 7 D5 4 OUT 6 D4 3 OUT 5 D3 2 OUT 4 D2 1 OUT 3 D1
DADOS
3 7 8 h
0 OUT 2 D0 7 IN 11(L) BUSY 6 IN 10 *ACKNLG 5 IN 12 PAPER
OUT 4 IN 13 SELECT
STATUS
3 7 9 h
3 IN 15 *ERROR 4 - Hab IRQ 7 - 3 IN/OUT 17(L) *SLCT IN 2 IN/OUT 16 *INIT 1 IN/OUT 14(L) *AUTO
FEED
CONTROLE
3 7 A H
0 IN/OUT 1(L) *STROBE
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por vez). A própria porta paralela trata de “quebrar” os 32 bits recebidos do processador em
quatro dados de 8 bits a serem enviados ao dispositivo externo, maioria das vezes, impressora.
Fazendo com que a comunicação do processador com a porta paralela fique quatro vezes mais
rápida, “liberando” o processador mais rapidamente.
Através do aumento do número de posições de memória (“portas”) usadas para
armazenar dados durante as transferências e de alterações no protocolo de transferência de
dados para até 2Mbyte/s e os responsáveis pelo padrão garantem ser possível efetuar
alterações capazes de quadruplicar este limite. O aumento das taxas fez crescer a
possibilidade de interferências, obrigando a alteração dos cabos usados para conectar os
dispositivos externos as porta EPP, que devem ter blindagem dupla e aterramento mais eficaz.
Portas EPP são compatíveis com o padrão SPP, podendo passar de um modo de operação para
outro mediante comandos apropriados.
1.2.3 MODO ECP (EXTENDED CAPABILITIES PORT)
O modo ECP tem as mesmas características que a EPP, porém, utiliza DMA - Direct
Memory Access, que é um recurso da placa mãe que permite que os periféricos acessem
diretamente a memória RAM, sem a necessidade do uso do processador, para a transferência
de dados, sendo mais rápido, este padrão agrega dois novos modos de transferência
bidirecional de dados para portas paralelas: um de alta taxa e outro que inclui compressão de
dados (cuja taxa de transferência depende do grau de compressão alcançado). Além disto, o
padrão ECP aceita o endereçamento de canais, o que teoricamente permite conectar
simultaneamente até 128 diferentes dispositivos à mesma porta serial. Sendo também
compatível com os modos anterioreres, permitindo passar de um modo para o outro através de
comandos apropriados.
1.2.3.1 PINAGEM DA PORTA PARALELA (EPP/ECP).
A tabela 6 mostra um resumo da porta paralela LPT1 no modo EPP/ECP, ordenada
segundo os endereços de E/S e os bits registradores.
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Tabela 6: Estrutura da porta paralela no modo EPP/ECP.(L) - indica que o bit é invertido
1.3 ALTERAÇÃO DO MODO DE TRABALHO DA PORTA PARALELA
A alteração do modo de trabalho da porta paralela é feita mediante a configuração no
hardware da porta que pode ser off board (com uma placa conectada em alguma entrada do
computador, mediante “STRAPS”), ou on board, quando esta se encontra na própria placa
mãe do computador.
No caso de ser on board, a alteração é feita mediante a configuração do “SETUP”. O
SETUP é um software que executa alterações no chip de inicialização do computador, a BIOS
- Basic Input Output System.
A BIOS é a primeira camada de software do sistema, que fica gravada num pequeno
chip na placa mãe e tem a função de inicializar o computador, ou seja, determinar com
exatidão os componentes de hardware instalados no sistema e determinar uma seqüência
lógica de inicialização.
REGISTRADOR PORTA BIT DIREÇÃO PINOS NOME 7 IN/OUT 9 D7 6 IN/OUT 8 D6 5 IN/OUT 7 D5 4 IN/OUT 6 D4 3 IN/OUT 5 D3 2 IN/OUT 4 D2 1 IN/OUT 3 D1
DADOS
3 7 8 h
0 IN/OUT 2 D0 7 IN 11(L) WAIT 6 IN 10 *INTERRUPT 5 IN 12 PAPER OUT 4 IN 13 SELECT
STATUS
3 7 9 h 3 IN 15 *ERROR
4 - Hab IRQ 7 - 3 IN/OUT 17(L) *ADRESS
STROBE 2 IN/OUT 16 *RESET 1 IN/OUT 14(L) *DATA
STROBRE
CONTROLE
3 7 A H
0 IN/OUT 1(L) *WRITE
14
Por haver diversos fabricantes de BIOS, o SETUP acaba se alterando não tendo uma
interface padrão para todos computadores, por este motivo termos similares são sempre
utilizados, no caso da porta paralela, procurar algum termo como “On Board Parallet Port”
(Porta Paralela On Board). Neste local poderá ser configurado o endereço da porta paralela
(LPT1, LPT2, MD & PA ou desabilitada). Logo abaixo um termo semelhante a “Parallet Port
Mode” (Modo da Porta Paralela), que indica o modo da porta paralela.
Os modos possíveis para a porta paralela são:
- SPP - Standard Parallet Port (Porta Paralela Padrão) ou Normal
- EPP - Enhanced Parallet Port (Porta Paralela Incrementada)
- ECP - Extended Capabilities Port (Porta com Aptidões Ampliadas)
Obs. No caso da ECP que será habilitado a configuração para o DMA da porta.
2 SINAL ANALÓGICO E SINAIS DIGITAL
A comunicação entre dispositivos (placas, sensores, etc) é feita através de sinais, sendo
que estes podem ser divididos em dois grupos: sinais analógicos e sinais digitais.
Por sinal analógico entende-se um sinal de qualquer grandeza física que se comporta
como uma função contínua no tempo. Exemplos de grandezas físicas analógicas são:
temperatura, pressão, umidade, força, distância, ângulo, torque, vazão, luminosidade, etc. O
gráfico mostrado na Figura 2 engloba todos os sinais dessa categoria.
Figura 2: Sinal analógico em função do tempo.
(Funções discretas no tempo, ou seja, previamente é definida uma taxa de
amostragem) [2]
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Sinais digitais são funções que, ao longo do tempo, só podem adquirir dois valores
arbitrários. Cada um desses valores é denominado, genericamente, como 0 e 1,
independentemente das suas amplitudes. Embora não existam na natureza, estritamente
falando, grandeza física que se corresponda com sinais digitais, é comum encontrar
características de uma planta que responda a essa definição. Um exemplo desta “grandeza
física digital” é a presença de um objeto: este está ou não está num determinado local, só tem
dois estados possíveis. Um outro exemplo é o estado de um pulsador, ou está pressionado ou
não. Desta forma entende-se como dispositivos digitais qualquer dispositivo que utiliza esta
grandeza no seu funcionamento, como: processadores , controladores, alguns sensores e
motores, etc. Na Figura 3, representa-se um exemplo de sinal digital.
Figura 3: Sinal digital em função do tempo.[2]
O controlador digital tem capacidade para operar com sinais digitais, já que trabalha
com 0 e 1. Estes sinais podem ser induzidos no controlador através de uma entrada externa do
processador e podem ser entregues através de uma saída externa. Posteriormente será
analisado com mais detalhe como isso pode ser feito. Mas, como trabalha um processador
digital com sinais analógicos?
Para poder fazê-lo, deve se aplicar um processo chamado de discretização do sinal
analógico. Um sinal discreto é um sinal que não tem um valor definido em todo instante de
tempo, mas apenas em instantes discretos de tempo; em geral um desses instantes fixos se
toma uma amostra do sinal analógico. Em geral, esse instante chama-se período de
amostragem, conforme a ilustrado na Figura 4.
16
O tratamento algébrico das funções discretas é totalmente diferente daquele adotado
para as funções contínuas. Por exemplo, a condição para que uma planta discreta, ou planta
cujos sinais de entrada e saída foram discretizados, seja estável é diferente da condição de
estabilidade para a mesma planta contínua. O projetista do controle deve estar familiarizado
com as ferramentas matemáticas utilizadas para o processamento de sinais discretos.
Mas um sinal discreto não é ainda um sinal digital, segundo a definição dada
anteriormente. Isto é mais fácil de solucionar. Cada uma dessas amostras tem um valor de
amplitude (representado pela altura de cada uma delas no gráfico da Figura 4). É só entregar
ao processador esses valores de amplitude escritos em forma de números binários. Assim, será
“digitalizado” um sinal analógico. Cada um desses números binários entregue ao controlador,
representa a amplitude de cada amostra e pode ser processado adequadamente. Este
procedimento é realizado por dispositivos chamados conversores analógico-digitais
(conversores A/D).
O processo inverso, isto é, quando o controlador digital deve entregar um sinal
analógico, é similar. Um circuito integrado eletrônico reconstitui as amostras a partir de
números binários entregues pelo processador e que representam as alturas delas. Esse
dispositivo é chamado de conversor digital-analógico (conversor D/A).
Figura 4: Amostragem de um sinal analógico.[2]
17
Figura 5: Planta analógica e controlador digital.[2]
Na Figura 5 apresenta-se o diagrama de blocos do sistema controlador digital-planta
analógica, no qual os sinais u[n] e y[n] se especificam dessa maneira para explicitar que são
sinais discretos e não contínuos, e onde a variável n é um número inteiro (que denota o
número de amostra) e não uma variável contínua como é o caso do tempo.
Muitas vezes os conversores A/D e D/A são montados numa mesma placa de circuito
impresso, normalmente pronta para ser inserida em um slot do computador.Essas placas
chamam-se placas de aquisição de dados (placas DAS).
3 CIRCUITOS
3.1 CIRCUITO INDICADOR DE SINAL LÓGICO ATRAVÉS DA PORTA
PARALELA.
Para tomar conhecimento sobre a comunicação entre o computador e dispositivos
externos, usa-se acionamento de leds.
É solicitado que o computador envie sinal elétrico para a porta paralela (LPT1), e
como o circuito encontra-se conectado a ela, esses sinais são interpretados pelos mesmos
fazendo com que os leds acendam ou apaguem.
18
Figura 6: Indicador de sinal lógico.
Anteriormente apresentou-se um indicador de sinal lógico. Ao ligá-lo em uma saída da
porta paralela é possível saber se esta está em nível alto (+5Vcc) ou nível baixo (0Vcc). Em
alguns casos não é necessário nem o uso do resistor. Você poderá aterrar o sinal nos pinos 18
à 25 ou no próprio chassi do computador.
A programação para ler um sinal lógico (Ver Apêndice A) utiliza a rotina de
verificação dos endereços associados aos registradores da porta paralela para pegar o
endereço base do registrador de Dados. Com este endereço, o programa solicita um número
máximo (entre 0 a 255) e um tempo de retardo m milisegundos e escreve na porta os números
de 0 até o número máximo.
A escrita pode ser observada na tela e confirmada através dos leds conectadas a porta,
levando em consideração que nos leds aparecerá o correspondente binário dos números
decimais.
Material utilizado:
- 8 leds. (D1 a D8)
- 8 resistor de 330 Ω .( R1 a R8)
- 1 Protoboard.
- 1 cabo de Impressora com o conector DB25.
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CONCLUSÃO
Observou-se que a porta paralela apresenta um bom desempenho para a utilização em
aquisição de dados. A função da Porta paralela é interfaciar a comunicação entre o
computador e um periférico, o qual permite enviar e receber dados que é a vantagem de suas
conexões. Possibilitando assim a fácil utilização no acionamento de dispositivos eletrônicos.
21
REFERÊNCIA
[1] Disponível em:<http://www.mrshp.hpg.ig.com.br/rob/paralela.htm>. Acesso em: 20 set. 2005 [2] PAZOS, Fernando. Automação de sistema e robótica. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2002. [3] Disponível em:<http://www.di.ufpb.br/raimundo/Hierarquia/Registradores.html>.Acesso em 10 jan. 2006. [4] GAIÃO, E. N; MEDEIROS, P. M; LYRA, W. S; TELES, P. N; SILVA, E. C; ARAÚJO, M. C. U. Uma interface lab-made para aquisição de sinais analógicos instrumentais via porta paralela do microcomputador. Revista Química Nova, São Paulo, v.27, n. 5, p. 825, sept ./oct. 2004. [5] IDOETA, Ivan Valeije. CAPUANO, Francisco Gabriel, Elementos de Eletrônica Digital. 31 ed. São Paulo: Érica, 1998. [6] NORTON, Peter. Desvendando PC: inclui. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. [7] Disponível em: <http://geocities.yahoo.com.br/conexaopcpc/artigos/portas_seriais_e_paralelas.htm>. Acesso: 15 jan.2006. [8] STALLINGS, William; FIGUEIREDO, Carlos Camarão de; FIGUEIREDO, Lucília Camarão de. Arquitetura e organização de computadores: projeto para o desempenho. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. [9] TORRES, Gabriel. Hardware: curso completo. 4. ed. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2001. [10] TOCCI, Ronald J. WIDMER, Neal S. Sistemas digitais: Princípios e aplicações. 7 ed.Rio de Janeiro: LTC,2000. [11] UYEMURA, John P. Sistemas digitais: uma abordagem integrada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,2002. [13] ZELENOVSKY, Ricardo; MENDONÇA, Alexandre. PC e periféricos: Um guia Completo de programação. Rio de Janeiro. Editora Ciência Moderna, 1996.
23
//Este programa tem a função de mandar um sinal elétrico para a saída da porta paralela no //circuito com 8 leds, com a finalidade dos leds piscarem //Utilizando Linux RTAI /* Sat Sep 30 16:54:35 BRT 2006 * Rafael Vidal Aroca * Programa de testes da porta paralela em user space, fazendo leds piscarem */ #include <stdio.h> //Declaração de bibliotecas #include <stdlib.h> #include <unistd.h> #include <asm/io.h> #define base 0x378 /* printer port base address */ int main(int argc, char **argv) int value = 0; //Verifica se o programa tem permissao de abrir a porta paralela if (ioperm(base,1,1)) fprintf(stderr, "Couldn't get the port at %x\n", base), exit(1); while (1) outb(0, base); printf("0\r\n"); usleep(1000000); outb(1, base); printf("1\r\n"); usleep(1000000); outb(2, base); printf("2\r\n"); usleep(1000000); outb(4, base); printf("4\r\n"); usleep(1000000); outb(8, base); printf("8\r\n"); usleep(1000000); return 0;