escola eb 2,3 ap

4
Escola E.B. 2,3/S Vieira de Araújo Área de Projecto Docente: Miguel Costa Discentes: Ana Nova, nº2 José Carvalho, nº10 Manuel Silva ,nº13 Marta Pereira,nº14. ETAR- Estamos Tramados com a Água do Rio. Blog: http://www.etar-projecto.blogspot.com/ Ano lectivo 2009/2010 Vieira do Minho

Upload: etar

Post on 11-Jul-2015

258 views

Category:

Technology


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Escola Eb 2,3 Ap

Escola E.B. 2,3/S Vieira de AraújoÁrea de Projecto

Docente: Miguel Costa

Discentes: Ana Nova, nº2 José Carvalho, nº10 Manuel Silva ,nº13 Marta Pereira,nº14.

ETAR- Estamos Tramados com a Água do Rio.Blog: http://www.etar-projecto.blogspot.com/

Ano lectivo 2009/2010Vieira do Minho

Page 2: Escola Eb 2,3 Ap

Introdução

• Esta actividade foi realizada no âmbito do estudo das técnicas de investigação, que

são fundamentais no desenvolvimento de projectos;

• Nesta actividade, debruçamo-nos sobre uma entrevista relacionada com o nosso

tema central ( poluição das águas dos rios), que foi dirigida a Carlos Borrego;

• Nesta entrevista, o entrevistado é abordado sobre vários problemas ambientais

que afectam o nosso país, tais como a poluição dos rios, entre outros;

• Existem três tipos de entrevistas: Não directiva ou livre; Directiva ou estruturada;

Semidirectiva ou semiestruturada;

• Portanto, ao longo do trabalho vamos apresentar as razões da escolha desta

entrevista, bem como uma espécie de análise formal;

Page 3: Escola Eb 2,3 Ap

Entrevista a Carlos BorregoC.J. - Como decorreu a Rio 92?

C.B. - Correu bem, mas podia ter corrido melhor, isto é, houve países que apresentaram propostas muito interessantes, decidiram-se coisas que agora estamos a verificar que foram importantes, mas podia-se ter ido mais longe, porque isto do ambiente, de facto, é cada vez mais importante, e ainda há países no mundo, infelizmente, que julgam que conseguem, à custa dos nossos recursos naturais e da degradação do ambiente, melhorar o desenvolvimento, quando na realidade, isso não é verdade. Para nos desenvolvermos convenientemente, também temos de cuidar do ambiente. E ainda houve países no Rio que não tinham percebido isso. Houve pois decisões que se deviam ter tomado, e que, infelizmente não se tomaram. Na próxima reunião de certeza que será melhor.

C.J. - Relativamente ao buraco na camada de ozono, qual a sua gravidade para Portugal?

C.B. - É preciso dizer que isto de buraco na camada de ozono é uma situação que tem de ser vista na sua perspectiva muito, muito, concreta. Não é assim de repente que aquele buraco aparece, e a existência do buraco não significa que imediatamente as pessoas cá em baixo sofram os seus efeitos. Isto tem que ser visto a longo prazo. Não é de um dia para o outro, nem é por as pessoas se exporem ao sol que vão morrer.

C.J. - Os rios estão a tornar-se bastante poluídos. Que medidas estão a ser adoptadas?

C.B. - Há rios que estão poluídos, porque todos nós produzimos poluição. Quando digo nós, refiro-me a todos sem excepção. E os nossos esgotos, quando vamos à casa de banho e abrimos a torneira da bacia, aquela água vai parar ao esgoto. Estes esgotos que as Câmaras Municipais têm que tratar, quer os industriais, quer domésticos, são todos lançados aos rios. Aqui temos que ver quem tem competência; e quem deverá tratar é exactamente quem polui: devem ser os industriais a tratar os seus esgotos e devem ser as Câmaras a tratar os domésticos. Infelizmente isso não tem sucedido tanto quanto nós gostaríamos. Mas, felizmente, também já começa a haver muito maior número de indústrias e de Câmaras Municipais que tratam dos seus esgotos. No entanto ainda temos muitos rios poluídos.

O rio menos poluído da Europa é o rio Paiva, que por sinal até fica no distrito de Aveiro. Portanto, nós ainda estamos numa situação que, comparada com a de outros países, ainda não é das piores.

Eu costumo dizer que poluir é fácil: basta só largar uma porcaria qualquer num rio. Despoluir é que é mais difícil e moroso. Naqueles rios em que o ministério está a trabalhar, quer obrigando as indústrias, quer as Câmaras Municipais a tratá-los, já se gastou muitíssimo dinheiro, mas, infelizmente, ainda não atingiram o grau de despoluição desejável.

C.J. - Já há algum plano para o tratamento da ria de Aveiro?

C.B. - Já existe um plano para o tratamento da ria de Aveiro, que se chama «Plano Ria». Esse plano foi aprovado pelo governo e foi pedido à associação de Municípios da Ria de Aveiro (constituída por 10 municípios à volta da ria, que vão desde Ovar a Mira) para o pôr em prática. Esse plano é bastante grande. Vai desde estações de tratamento de esgotos, até um grande colector que apanha os esgotos todos das cidades, das vilas e das aldeias, assim como os esgotos das indústrias. Depois trata os esgotos todos e lança-os no mar, em vez de os lançar na ria. Há também o tratamento dos lixos, redução da poluição das indústrias. Este plano já se iniciou em 1992 e para ele conseguiram-se 2.5 milhões de contos. Todavia, só dentro de algum tempo começaremos a ver os seus efeitos, sendo para isso que todos nós colaboremos.

C.J. - Em relação à Europa Portugal tem boas condições ambientais?

C.B. - Sim. Portugal é um país que em termos Europeus tem os menores índices de poluição. Atenção: tem, no entanto, situações complicadas em áreas do ambiente. Por exemplo, na área do tratamento dos esgotos das cidades, somos o país com a menor percentagem de tratamento. Por isso é que temos alguns rios tão poluídos. Em relação à poluição atmosférica, temos o melhor ar da Europa, recebendo aqui em Aveiro aquele ventinho que todos nós aqui conhecemos bem, principalmente no Verão, e que nem sempre nos deixa estar com prazer na praia.

Em relação à ocupação das praias, temos zonas costeiras ocupadas de uma maneira completamente selvagem. Somos talvez uma das áreas da Europa onde existe maior número de ocupações selvagens.

C.J. - Cada vez são destruídas mais florestas e mais rios poluídos. Há alguma legislação que multe severamente as fábricas para que não poluam o ambiente e adquiram o devido material?

C.B. - Há legislação desde 1990 que obriga todas as indústrias a tratar os seus resíduos poluentes, sendo multadas quando prevariquem. Ainda há pouco tempo o Ministério do Ambiente aplicou multas de 200 mil contos a algumas unidades fabris. Mas mais do que multar, o que é importante é evitar que se polua.

No Ministério do Ambiente, o lema para estas questões é: P. P. R. (Preservar, Prevenir, Recuperar).

Page 4: Escola Eb 2,3 Ap

Reflexão Crítica• O entrevistado foi Carlos Borrego, ex- ministro do ambiente do governo de Cavaco Silva;

• A primeira questão desta entrevista é uma espécie de rescaldo da conferência do Rio 92 onde

foram abordados diversos temas, tais como a poluição no mundo e a poluição dos rios;

• Debateu-se uma questão referente ao buraco do ozono;

• Questionou-se sobre medidas e/ou legislações para salvaguardar os rios;

• Discussão acerca do estado dos rios portugueses relativamente aos restantes da Europa;

• Abordagem da legislação que condiciona as descargas das indústrias de resíduos poluentes

para o rio, bem como da aquisição de material próprio para evitar ou minimizar tais

fenómenos;

• Existem três tipos de entrevista: não directiva ou livre, directiva ou estruturada e

semidirectiva ou semiestruturada;

• Classificamos a entrevista escolhida em semidirectiva ou semiestruturada;