escola estadual dona macÁria – ensino fundamental. · 2015. 4. 23. · currículo oficial da...
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ESCOLA ESTADUAL DONA MACÁRIA – ENSINO
FUNDAMENTAL.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Conselheiro Mairinck
2015
1 Proposta Pedagógica Curricular.
1- Arte.
1.1 Apresentação geral da disciplina:
Na educação, o ensino da arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando- o do
universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
A articulação desses conhecimentos aliados a práxis no ensino da arte,
possibilita a apreensão dos conteúdos específicos e das possíveis relações
entre seus elementos constitutivos balizando para isto nos conteúdos
estruturantes.
A disciplina de arte no Ensino Fundamental contempla as áreas das
artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos
estruturantes selecionados por essa disciplina vem constituir a base
para a prática pedagógica.
Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico recente e na
busca de efetivar uma transformação no ensino da arte, essa disciplina deixa
de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se preocupar
com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de arte, ressaltamos ainda
que foi sancionada pelo Presidente da República a Lei que estabelece no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e
Cultura Afro-brasileira e Indígena. Para o ensino desta disciplina significa uma
possibilidade de romper com uma hegemonia da cultura europeia, ainda
presente em muitas escolas.
Reconhece- se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que
permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que
não seja reduzida a um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a
prática de entretenimento e terapia. Assim, o ensino de arte deixará de ser
coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente
e em constante transformação.
1.2- Conteúdos Estruturantes:
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
1.3- Conteúdos Básicos
5ª série / 6º ano
Área-
Artes Visuais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativo/Abstrato
Geométrica/ simetria
Técnicas: pintura, desenho, , escultura, arquitetura
Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia
Arte Greco Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Idade Média
Arte Popular (folclore)
Arte Pré-histórica
Área - Musica
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas:
Diatônica
Pentatônica
Cromática
Improvisação
Gêneros:
Greco-romana
Oriental
Ocidental
Idade Média
Música Popular ( folclore )
Área - Teatro
Personagem;
Expressões
Corporais
Gestuais
Faciais
Ação
Espaço
Técnicas
Jogos teatrais
Teatro indireto
Direto
Improvisação
Manipulação
Máscara
Gênero
Tragédia
Comédia
Circo
Adereços
Greco Romana
Teatro Oriental
Africano
Teatro Medieval
Renascimento
Área - Dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço, kinesfera
Eixo
Deslocamento
Ponto de Apoio
Formação
Técnica: Improvisação
Gênero circular
Pré-história
Greco Romana
Arte Popular ( folclore )
Renascimento
Dança clássica
6ª série/7º ano
-Conteúdos Estruturantes:
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
-Conteúdos Básicos
Área - Artes Visuais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporão: figura e fundo
Tridimensional
Abstrato
Perspectiva
Técnicas: pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo
Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta Arte indígena
Arte Popular Brasileira
Arte Paranaense
Barroco
Renascimento
Área - Música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Estrutura
Gêneros:
Folclórico
Popular
Étnico
Técnicas:
Vocal
Instrumental
Mista
Improvisação
Música Popular
Étnica (oriental e ocidental)
Área de Teatro
Personagem;
Expressões
Corporais
Gestuais
Faciais
Ação
Espaço
Representação
Leitura Dramática
Cenografia
Gêneros:
Rua
Arena
Caracterização
Técnicas:
Jogos teatrais
Mímica
Improvisação
Formas animadas
Comédia Dellarte
Teatro Popular:
Brasileiro
Paranaense
Teatro Africano
Área - Dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Gênero:
Folclórica
Popular
Étnica
Ponto de Apoio
Formação
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Níveis (alto e baixo)
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
7ª série/ 8º ano
-Conteúdos Estruturantes:
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos:
-Conteúdos Básicos
Área - Artes Visuais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Figurativo/Abstrato
Ritmo Visual
Técnicas:
Pintura
Desenho
Fotografia
Audiovisual
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Área - Música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal
Modal e a fusão de ambos
Técnicas:
Vocal
Instrumental
Mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap
Rock
Tecno
Área - Teatro
Personagem;
Expressões
Corporais
Gestuais
Faciais
Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias
Texto Dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Enredo
Técnicas:
Jogos teatrais
Sombra
Adaptação Cênica
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema novo
Área - Dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Direções
Aceleração
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero:
Indústria Cultural
Espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
8ª série/9º ano
Conteúdos Estruturantes:
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
Área - Artes Visuais
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura- fundo
Semelhanças
Ritmo Visual
Técnica:
Pintura
Desenho
Performance
Grafite
Gêneros:
Paisagem urbana, cenas do cotidiano
Realismo
Vanguarda
Muralismo
Arte Latino Americana
Hip Hop
Área - Música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas:
Vocal
Instrumental
Mista
Gêneros:
Popular, folclórico, étnico
Musica engajada
MPB
Musica contemporânea
Área - Teatro
Personagem;
Expressões
Corporais
Gestuais
Faciais
Ação
Espaço
Técnicas:
Monólogo
Jogos teatrais
Direção
Ensaio
Teatro- Fórum
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro engajado
Teatro do oprimido
Teatro pobre
Teatro do absurdo
Vanguardas
Área - Dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço, kinesfera
Ponto de apoio
Deslocamento
Gênero:
Moderna
Coreografia
Vanguarda
Dança contemporânea
1.4- Metodologia:
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que e o que será trabalhado, tomando- se a escola como espaço de
conhecimento. Dessa forma, devem- se contemplar, na metodologia do ensino
da arte, três momentos da organização pedagógica:
-Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos:
-Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte.
- Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte;
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos
três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-
se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
1.5- Avaliação
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nestas Diretrizes
Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do
professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por
pertencera todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual
deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento
das aulas),bem como a autoavaliação dos alunos. O método de avaliação
proposto nestas Diretrizes inclui observação e registro do processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona
os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas
discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve
elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser
socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e
discutir sua produção e a dos colegas.
1.6- Critérios de Avaliação:
Por meio de alguns instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário
para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano
letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem:
- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua
relação com a sociedade contemporânea;
- A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua
realidade singular e social;
--A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas
diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
1.7- Instrumentos de Avaliação:
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
- trabalhos artísticos individuais e em grupo;
-pesquisas bibliográfica e de campo;
- debates em forma de seminários ;
- provas teóricas e práticas;
- registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
1.8- Recuperação:
A recuperação tem, como meta principal , rever conteúdos não apropriados
pelos alunos de maneira satisfatória. Será de forma paralela de acordo com a
necessidade de cada aluno; contínua e progressiva durante todo o período
letivo.
Será de suma importância que o professor substitua suas práticas avaliativas
de acordo com cada necessidade individual.
1.9- Referencias Bibliográficas:
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte
para o Ensino Fundamental.2006.
COMBHICH, E, H, A história da Arte, Rio de Janeiro, LTC:1999.
VALADARES, Solange e Diniz Cecilia. A Arte no Cotidiano Escolar. Editora
Fapi.2004.
ESCOLA ESTADUAL DONA MACÁRIA. Projeto Político Pedagógico. 2007
BOSI,Alfredo. Reflexão sobre a arte. São Paulo: Ática.1991
LAPORTE, L.G. O ensino da Arte na nova LDB. São Paulo: Perspectiva.1996
2 – Ciências:
1.1- Apresentação Geral da Disciplina:
Durante o ensino de Ciências no processo de ensino-aprendizagem é
fundamental que ocorra a discussão a reflexão e a ação sobre a própria
constituição do conceito de seres vivos, de ambiente, de tecnologia, de
sociedade, bem como sobre impactos causados pela intervenção da espécie
humana no ambiente, sem fragmentar a visão de que o sujeito está inserido no
ambiente e é, portanto, parte dele.
A Ciência não só interfere como tem alterado o modo de viver, pensar e agir.
São incontestáveis os avanços da Ciência e da Tecnologia na sociedade e o
lugar que esta ocupa na vida e na cultura atual. Tudo isso acaba refletindo no
contexto escolar é uma disciplina cujo desafio é oportunizar a todos os alunos,
por meio de conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica
dos fatos e fenômenos relacionados à vida, às diversidades culturais, sociais e
da produção científica.
Nessa perspectiva, a Ciência tem como elementos fundamentais de
suas características educativas colaborar para a compreensão do mundo e
suas transformações, para reconhecer o homem como parte do universo e
como individuo, levando em conta que a construção de conhecimento científico
de exigências relativas a valores humanos, à construção de uma visão de
Ciência e suas relações com tecnologia e a sociedade.
1.2- Conteúdos Estruturantes:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
1.3- Conteúdos Básicos:
5ª série/ 6º ano:
Universo;
Sistema Solar;
Movimentos terrestres;
Movimentos celestes;
Astros;
Constituição da matéria;
Níveis de organização;
Formas de energia;
Conversão de energia;
Transmissão de energia;
Organização dos seres vivos;
Ecossistemas;
Evolução dos seres vivos.
6ª série/ 7º ano
Astros;
Movimentos terrestres;
Movimentos celestes;
Constituição da matéria;
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Formas de energia;
Transmissão de energia;
Origem da vida;
Organização dos seres vivos;
Sistemáticas.
7ª série/8º ano
Origem e evolução do Universo;
Constituição da matéria;
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Formas de energia;
Evolução dos seres vivos.
8ª série/ 9º ano
Astros;
Gravitação universal;
Propriedades da matéria;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Mecanismos de herança genética;
Formas de energia;
Conservação de energia;
Interações ecológicas.
1.4- Metodologia:
Um dos pressupostos da Ciência é a necessidade do envolvimento ativo
dos alunos nas aulas, em um processo interativo professor/aluno, em que os
pré-requisitos dos alunos sejam contemplados, isto significa criar
oportunidades para que eles expressem como veem o mundo, o que pensam,
como entendem os conceitos, quais são suas dificuldades. Dessa maneira os
alunos devem ser estimulados a manifestar suas ideias, abordando temas da
vivência dos mesmos, propiciando condições para o processo de construção do
conhecimento químico de forma contextualizada, para que tenha significado
para ele.
A linguagem deve ser considerada a ferramenta de mediação do
conhecimento, dando a ele um tratamento muito cuidadoso para que se
cumpra a verdadeira função do ensino.
A metodologia deve ser aplicada, levando- se em consideração a
interdisciplinaridade, transferindo ao aluno o conhecimento teórico do que
ocorre no seu dia-a-dia para que tenha condições de formar conhecimentos
significativos, incentivando- o a pesquisar, formular ideias e organizar textos
com atividades desenvolvidas que possibilitem questionamentos, dúvidas,
contradições e limitações, que podem ou não ser resolvidas até o final da aula,
mas jamais devem ser entendidas como verdade absoluta, a ser seguida sem
qualquer necessidade de investigação.
1.5- Avaliação:
A avaliação deve ser entendida como um processo de ensino
aprendizagem dos conteúdos científicos escolares, devendo ser acumulativa e
contínua em relação ao desempenho do estudante com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Avaliar no ensino de Ciências
implica intervir no processo ensino aprendizagem do estudante, para que ele
compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto
de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa para sua vida.
1.6- Critérios de Avaliação:
Os conteúdos básicos devem ser avaliados, na expectativa de que o
aluno:
- Compreenda a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em
sociedade como agente de transformações do mundo em que vive.
- Identifique relações entre conhecimento científico, produção, tecnologia e
condições na vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica.
- Possa sistematizar o conhecimento adquirido no enfrentamento de situações
problemáticas que possam acontecer no seu cotidiano.
- Adquira compreensão dos fenômenos naturais entre si, dos conhecimentos
científicos relacionando- os com as aplicações tecnológicas, bem como suas
implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.
- Descubra e valorize o seu próprio corpo, adotando hábitos saudáveis como
um dos aspectos básicos da qualidade de vida, podendo agir com
responsabilidade em relação à saúde individual e coletiva.
1.7- Instrumentos de Avaliação:
- Participação ativa em sala, tanto nos debate quanto nas atividades teóricas e
praticas;
- Observações relatadas pelos alunos individualmente;
- Resolução das atividades propostas em sala;
- Exercícios de fixação feitos fora da sala de aula (casa);
− Participação de trabalho em grupo;
− Resolução de avaliações escritas e teóricas;
− Mural;
− Pesquisas Bibliográficas.
1.8- Recuperação:
A recuperação é um processo onde se visa a retomada dos conteúdos
que não foram aprendidos suficientemente, dessa maneira, ela deve acontecer
de maneira paralela, progressiva e contínua durante o período do ano letivo.
Será de suma importância que o professor substitua suas práticas avaliativas
de acordo com cada necessidade individual.
1.9- Referências Bibliográficas:
BRASILIA. Parâmetros Curriculares Nacionais. MAC/SEF 1998.
Projeto Araribá: Ciências/obra coletiva. São Paulo: Moderna. 2006.
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED. 2008.
Gowdak, Demétrio – Coleção Ciências, novo pensar. São Paulo: FTD,
2002.Ciências, Natureza & Cotidiano: criatividade, pesquisa,
conhecimento. José Trivellato – São Paulo: FTD, 2006.
3 Educação Física.
1.1- Apresentação Geral da Disciplina:
A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para
que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva,
visando seu aprimoramento como seres humanos. A presença da Educação
Física no Ensino Fundamental, 5ª a 8ª séries/ 6º ao 9º ano, está vinculada a
formação do homem integral que ocorre através do exercício físico e da
disciplina do corpo.
A importância do trabalho de Educação Física nas séries iniciais do Ensino
Fundamental possibilita aos alunos terem desde cedo, a oportunidade de
desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais, como
jogos, esporte, lutas, ginástica e dança, ( conteúdos estruturantes) com
finalidade de lazer, expressão de sentimentos e emoções na medida em que os
alunos uma ampliam a visão sobre a cultura corporal do movimento, e assim,
viabiliza a autonomia e o desenvolvimento de uma prática social e da
capacidade para interferir no coletivo e ressignificar esses elementos da
cultura, construindo conceitos, normas, valores e atitudes; pois o objeto central
da cultura corporal do movimento gira em torno do lazer, do compreender e do
sentir o corpo incluindo- se no processo de aprendizagem, organização e
avaliação.
A prática da Educação Física na escola, favorece a autonomia dos alunos
para monitorar as próprias atividades regulando o esforço, traçando metas,
ampliando possibilidades de novas percepções e movimentos conhecendo as
potencialidades e limitações, oferecendo instrumentos para dinamizar um
processo de desenvolvimento da imagem corporal e o pleno exercício da
cidadania.
1.2- Conteúdos Estruturantes:
Esporte;
Jogos e brincadeira;
Dança;
Ginástica;
Lutas
1.3- Conteúdos Básicos:
5ª Série/ 6º ano
Noções básicas, iniciação:
• Esporte: Futebol, Handebol, Voleibol, Basquetebol, atletismo,Tênis de
Mesa, Futsal, Xadrez;
• Jogos e brincadeiras: Brincadeiras de rua, populares, brinquedos de roda,
jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e de interpretação;
• Dança: Danças folclóricas, Atividades de expressão corporal, Cantigas de
roda;
• Ginástica: Ginástica artística, Atividades circenses, Ginástica natural;
• Lutas: Judô, Karatê, Taekwondo, Capoeira.
6ª Série/ 7º ano
• Esporte: Futebol, Handebol, Voleibol, Basquetebol, Atletismo, Tênis de
Mesa, Futsal, Xadrez;
• Jogos e brincadeiras: Brincadeiras de rua, Jogos dramáticos e de
Interpretação, Jogos de raquete e peteca, Jogos cooperativos, Jogos de
estafetas, Jogos de tabuleiro;
• Dança: Hip Hop: break, Dança folclórica, Dança criativa.
• Ginástica: Atividades circenses, Ginástica rítmica, Ginástica artística,
Ginástica natural;
• Lutas: Capoeira, judô, Karatê, Taekowondo.
7ª Série/ 8º ano
- Esporte: Futebol, Handebol, Voleibol, Basquetebol, Atletismo, Futsal, Xadrez,
Tênis de Mesa;
• Jogos e brincadeiras: Jogos cooperativos, Jogos intelectivos, Jogos
de
raquete e peteca, Jogos de tabuleiro;
• Dança: Hip Hop, Danças folclóricas, Dança de Rua, Dança de salão;
• Ginástica: Ginástica artística, Ginástica rítmica, Ginástica geral,
atividades circenses;
• Lutas: Capoeira, Judô, Karatê, Taekwondo.
8ª Série/ 9º ano
• Esporte: Futebol, Handebol, Voleibol, Basquebol, Atletismo, Futsal, Tênis
de Mesa, Xadrez;
• Jogos e Brincadeiras: Jogos cooperativos, Jogos de Tabuleiro;
• Dança: Dança de Salão, Dança Folclórica;
• Ginástica: Ginástica artística, Ginástica rítmica, Ginástica de academia.
• Lutas: Taekwondo, Capoeira, Karatê, Judô.
1.4 Metodologia:
A disciplina de Educação Física será voltada para o entendimento das
diversas práticas e manifestações corporais.
Durante as aulas serão oferecidas possibilidades para discussões sobre a
diversidade cultural em termos corporais com a intenção de que o aluno possa
respeitar as diferenças e posicionar- se frente a elas de modo autônomo.
A fundamentação teórica terá como foco principal, os conteúdos
estruturantes: O esporte, os jogos e brincadeiras, a dança, a ginástica e as
lutas, desenvolvidos durante as aulas, sempre respeitando a individualidade, o
tempo e o espaço dos alunos no contexto escolar.
Numa perspectiva transformadora, pretende- se proporcionar situações
em que aprender a dialogar, ouvir o outro e ajudá- lo, pedir ajuda, trocar ideias
e experiências, aproveitar críticas e sugestões que colaborem com a evolução
sejam atitudes possíveis de serem exercidas.
Variadas formas de atividades serão oferecidas, levando em conta as
experiências e diferenças corporais. O professor respeitará os interesses e
habilidades dos alunos: individual e coletivo, para propor desafios adequados a
cada aluno, e a cada grupo; para utilizar os mais hábeis, distribuindo- os entre
os grupos durante cada atividade proposta, facilitando a troca de informações
e a cooperação, na tentativa de superar desafios e avançar nas suas
conquistas.
Ressaltar o Programa Segundo Tempo que levará os alunos a
melhorarem seu desenvolvimento físico e cognitivo, aumentando sua
autoestima e socialização.
Para despertar o raciocínio dos alunos e possibilitar a iniciação ao esporte
individual e coletivo, utilizar os jogos de tabuleiro como xadrez, dama e trilha.
Desenvolver o hábito da leitura de textos informativos, para que o aluno
entenda em que contexto histórico foram criados os diferentes esportes, os
diferentes jogos e as diferentes formas de jogar, conheça e compreenda as
relações existentes entre a ginástica e os elementos presentes no circo; a
influência cultural da ginástica em busca do modelo de corpo perfeito, a
origem e alguns significados das danças circulares; os aspectos históricos das
diferentes formas de lutas; (e se possível vivenciar algumas manifestações).
Assim, o aluno vai entender que é sujeito do conhecimento, vai ter condições
de transmitir as informações recebidas sobre a prática da cultura corporal á
comunidade, elaborar e valorizar seus próprios conceitos.
A organização das atividades competitivas serão oferecidas em forma de
rodízio dos papéis de destaque com a participação dos alunos na criação de
regras que julgarem importantes para que estejam sempre comprometidos no
cumprimento das mesmas, proporcionando situações que possibilitem ampliar
o conhecimento de si e dos outros no grupo abordando diferentes jogos e
brincadeiras recreativas e lúdicas que exijam regras (discutir para criar e
modificar sempre que necessário), sempre com a intervenção do professor,
fazer as adaptações necessárias e sugeridas pelo grupo. O espaço para as
aulas de educação Física, serão adaptados: o pátio da escola, o ginásio de
esportes, a quadra de esportes, o campo de futebol, materiais diversos
construídos ou não pelos alunos.
A utilização de recursos : Vídeo, DVD, Pendrive, Internet, documentários
relacionados com qualidade de vida, esporte, competições importantes:
Olimpíadas, Copa do Mundo, Jogos Pan americanos, etc... vão enriquecer o
contexto histórico da disciplina, oferecendo subsídios e informações para o
crescimento da autoestima, valorização e respeito ao corpo, na tentativa de
minimizar as diferenças sociais, culturais e econômicas. Deseja- se assim que
os alunos tenham condições de conhecer,entender, respeitar o que é diferente
como também definir sua posição frente ao mundo.
1.5 Avaliação:
A avaliação será diagnostica, somativa de conhecimentos, formativa,
permanente e cumulativa, visando sempre superar as dificuldades
constatadas para identificar a progressão do aluno durante o ano letivo,
sempre vinculada ao Projeto Político Pedagógico, para proporcionar o acesso ao
conhecimento em sua totalidade, visando diminuir as desigualdades sociais e
culturais, construir uma sociedade mais justa e humanizada a fim de priorizar
a qualidade do ensino.
Pretende- se avaliar sem restringir a nota e oferecer condições para o
aluno entender como e em que momento está sendo avaliado durante as
atividades realizadas (alunos e professor) individual e coletivo, para dar
continuidade ou modificar as ações pedagógicas
O processo de avaliação será claro o suficiente para que o aluno sinta- se
sujeito do processo em que está inserido, e o professor vai estar sempre
planejando e propondo encaminhamentos que superem as dificuldades,
organizando e reorganizando o seu trabalho sustentado nas práticas corporais.
O aluno precisa entender, organizar e superar limites e possibilidades do
próprio corpo como melhoria de sua aptidão física, assim, ampliar sua
compreensão nas situações que despertem interesse e reflexão crítica. O
exercício do fazer, aprender, experimentar, permite que o aluno compartilhe
sucessos e fracassos e sinta- se motivado para superar desafios, construindo
conhecimentos com cooperação e respeito mútuo.
A avaliação se utilizara de critérios e instrumentos previamente
estabelecidos.
1.6. Critérios de Avaliação:
Espera- se que o aluno:
- Participe de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros , reconhecendo e respeitando as
características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem
discriminar as diferenças culturais e sociais, através do esporte, dos
jogos e brincadeiras, da dança, da ginástica e das lutas;
- Conheça, valorize, respeite e desfrute da pluralidade cultural do Brasil,
entendendo- a como integração entre pessoas e entre diferentes grupos
raciais e sociais;
- Conheça, organize e interfira no espaço para promover atividades
corporais de lazer, reconhecendo- as como necessidades básicas do ser
humano e direito do cidadão;
- Sinta sujeito das competições de esporte e lazer; nos projetos disciplinar
e interdisciplinar, no contexto escolar;
- Entenda a necessidade dos cuidados com o próprio corpo, valorizando e
adotando hábitos saudáveis de higiene para melhorar sua qualidade de
vida e a do coletivo;
- Reconheça a atividade física corporal percebendo a função dos sentidos,
durante a execução de movimentos;
- Participe ativamente das competições de esporte e lazer durante as
atividades físicas extra classe: ( Inter séries, campeonatos de xadrez,
eventos culturais);
- Entenda e expressão corporal como comunicação, através das danças e
brincadeiras;
- Desenvolva e participe de projetos utilizando os conhecimentos
adquiridos nas experiências adquiridas na escola;
- Entenda seu corpo e participe da moda, adereços e outros signos
corporais;
- Valorize a cultura popular local, regional em diferentes contextos,
experimentando situações novas que envolvam aprendizagem;
- Vivencie, valorize e respeite as danças populares simples, pertencentes a
cultura afro-brasileira ou que estejam presentes no cotidiano da escola.
1.7. Instrumento de Avaliação:
- Participação ativa em debates: troca de ideias e de opiniões...;
- Assimilação dos conteúdos e resoluções dos problemas propostos;
- Avaliação teórica: pesquisas, trabalhos em grupo;
- Atividades práticas para perceber a evolução nas mudanças de atitudes
e comportamentos durante todo o processo ensino-aprendizagem.
1.8 Recuperação:
A recuperação é de estudo, a retomada dos conteúdos que não foram
aprendidos totalmente se faz necessária. Terá como referencial, os critérios e
os instrumentos utilizados durante a avaliação, e acontecerá através de
atividades diversificadas e deve acontecer concomitantemente ao processo
ensino- aprendizagem, durante o período do ano letivo em curso.
1.9 Referências Bibliográficas:
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola
Pública do Estado do Paraná. Curitiba: 1992.
BRASÍLIA. Secretaria da educação Fundamental. Ministério da educação e do
Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais. Terceiro e quarto ciclos
do Ensino Fundamental. Educação Física. Brasília, 1998.
PARANÁ . Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares de
Educação Física para a Educação Básica.
ESCOLA ESTADUAL DONA MACÁRIA. Projeto Político Pedagógico.
Conselheiro Mairinck: 2006.
4 Ensino Religioso.
1.1- Apresentação geral da disciplina:
O estudo das manifestações culturais e religiosos no nosso contexto
social no mundo possibilita a compreensão do que é cultura, o que é fenômeno
religioso, a importância e influência da religião no cotidiano das pessoas, como
se estabelecem as relações na convivência com diferentes grupos religiosos.
A disciplina de Ensino Religioso tem então como foco o respeito às
diferentes manifestações do Sagrado. Aquilo que para as religiões são objetos
de fé, para a escola é objeto de estudo. O sagrado perpassará todo o Currículo
do Ensino Religioso,tendo como :
1.2- Conteúdos Estruturantes:
Paisagem Religiosa,Textos sagrados e Universo Simbólico Religioso.
1.3- Conteúdos Básicos:
5ª série/6º ano:
Organizações Religiosas:
-As organizações religiosas que compõem os sistemas religiosos
organizados institucionalmente.
-Estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as
diferentes formas de compreensão e de relações com o Sagrado.
-Fundadores e/ou Líderes Religiosos.
-Estruturas Hierárquicas.
Lugares Sagrados:
-Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação,
de referência, de culto, de identidade.
-Principais práticas de expressão do sagrado nesses locais.
-Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras...
-Lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
Textos Sagrados orais e escritos.
-Ensinamentos Sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas
diferentes culturas religiosas.
-Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc).
-Textos Sagrados: Vedas, Velho e Novo Testamento, Torá, Al Corão.
-Textos Sagrados das tradições orais das culturas africana e indígena.
Símbolos Religiosos.
-Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos.
-Os Símbolos Religiosos conforme os seguintes aspectos: ritos, mitos e
cotidiano.
-A arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos, etc.
6ª série/ 7º ano:
Temporalidade Sagrada.
-O tempo sagrado.
-O tempo profano.
-Os calendários religiosos e as datas comemorativas: Natal (Cristão),
Kumba Mela (hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.
Festas Religiosas.
-Confraternização, rememorização dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
-Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas
Ritos.
-Ritos de passagem.
-Mortuários.
-Propiciatórios, entre outros.
Vida e morte.
-As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas
tradições.
-Manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
-O sentido da vida nas tradições.
-Reencarnação.
-Ressurreição- ação de voltar à vida.
-Ancestralidade- vida dos antepassados- espíritos dos antepassados se
tornam presentes.
1.4 - Metodologia:
A abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso terá como objeto de
estudo o Sagrado e suas manifestações, partindo do ponto de vista laico e não
religioso, para que o trabalho possa ser científico e não haja proselitismo.
As aulas serão dinâmicas, permitindo a interação, o diálogo e uma
postura reflexiva sob a vida e o fenômeno religioso.
A prática metodológica em sala de aula será baseada em aula dialogada,
onde o aluno será instigado a manifestar o seu pensamento e a sua posição
sobre o conteúdo em estudo, promovendo com isso o diálogo e a troca de
experiência, e em seguida complementar esse conhecimento empírico com o
conhecimento cientifico mediado pelo professor.
Será proposto a realização de atividades de sensibilização para criar um
clima harmonioso, possibilitando a vivência de afetividade e humanização,
procurando trabalhar a imensa diversidade religiosa existente, enfatizando
assim a importância do respeito ao universo do Sagrado e da diversidade
sociocultural.
Para atingir os objetivos propostos serão realizados trabalhos em grupos,
visitas para conhecimento dos diferentes espaços sagrados, aulas expositivas,
reflexão coletiva, análise de filmes e textos que tenham relações com o
Sagrado.
1.5- Avaliação:
A avaliação será contínua, cumulativa, onde o aluno consiga entender as
normas coletivas, com a interiorização e vivência de valores,respeitando as
diferenças e compreendendo os diferentes significados dos símbolos religiosos
a partir de seu contexto sociocultural e expresse sua ideia de Transcendente.
Sendo assim, o aluno será avaliado durante todo o processo de
aprendizagem, possibilitando ao professor as interferências necessárias para
redirecionar o seu trabalho pedagógico.
1. 6 - Critérios de Avaliação:
-Espera que os alunos expressem uma relação respeitosa com os colegas
de classe que têm opções religiosas diferentes da sua, que estes reconheçam e
aceitem as diferenças de credo ou de expressão de fé, que reconheçam que o
fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social,
que empregue conceitos adequados para referir- se às diferentes
manifestações do Sagrado, desenvolvendo uma cultura de respeito à
diversidade religiosa e cultural.
1.7- Instrumentos de Avaliação:
-Debates;
-Produção de texto;
-Pesquisa;
-Trabalho em grupo;
-Leitura.
1.8- Recuperação:
O professor e seus alunos poderão revisar as práticas desenvolvidas até então,
de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico, na sequência o
professor poderá planejar e propor outros encaminhamentos para a superação
das dificuldades constatadas.
1.9- Referências Bibliográficas:
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Editora Scipione Ltda,1994.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São
Paulo:Martins Fontes,1992.
AQUINO, Júlio Goppa. Diferenças e preconceitos na escola. alternativas
teóricas e práticas. São Paulo: Summos,1998.
BRASÍLIA. Secretaria da Educação Fundamental. PCN. Parâmetros
Curriculares Nacionais.1998.
PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Superintendência de Educação.
DCE. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a Educação
Básica.
Escola Estadual Dona Macária. Projeto Político Pedagógico.
Conselheiro Mairinck.2006.
5- Geografia.
1.1 Apresentação geral da disciplina:
Desde a Antiguidade muito se avançou na elaboração dos saberes
geográficos . Ampliaram- se os conhecimentos sobre as relações sociedade –
natureza, extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais.
O mundo contemporâneo impõe desafios aos seus habitantes : a
velocidade em que circula a informação, o complexo jogo político entre nações,
a dinâmica das fronteiras entre países, o crescimento das cidades e a
qualidade da vida urbana, as transformações da vida e as questões ambientais,
entre outros.
A Geografia é entendida como uma ciência social que estuda o espaço
construído pelo homem a partir de relações que mantém entre si e com a
natureza,ou seja ,as questões da sociedade com a “visão espacial”.
Desenvolver o espírito crítico e uma formação voltada para a
compreensão e transformação da realidade, visando a formação do cidadão.
Refletir sobre estas formas por meio das quais a sociedade contemporânea tem
se apropriado da natureza, identificando os problemas ecológicos e
participando da luta pela preservação do meio ambiente. Compreender a
desigualdade na produção do espaço brasileiro, entender o papel fundamental
do processo de produção na sociedade capitalista, ser capaz de trabalho
indisciplinar e a formação de um coletivo, para aprofundar a compreensão de
uma realidade, conhecer o espaço geográfico por meio de várias escolas, do
do local para mundial e vice-versa.
Desse modo, o objetivo principal do ensino de geografia é levar o aluno a
adquirir conhecimentos que possam se constituir em chaves para a leitura e
compreensão do mundo, bem como a participação no processo científico e
tecnológico, cumprindo seu papel de agente de modificação do indivíduo que
provoca mais que um simples acúmulo de conhecimentos que prepare- o para
a vida.
1.2 – Conteúdos Estruturantes e Básicos por série:
5ª Série/ 6º ano
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
. A distribuição espacial produtivas e a organização do espaço geográfico.
. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e
indicadores de estatística.
. A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da
diversidade cultural, destacando a cultura Afro-brasileira e indígena.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. As diversas regionalizações do espaço geográfico, destacando a
Geografia do Paraná.
6ª Série/ 7º ano
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território .
brasileiro.
. As diversas regionalizações do espaço brasileiro, destacando a do Paraná.
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
. O espaço rural e a modernização da agricultura.
. A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do espaço
geográfico.
. A circulação da mão de obra, das mercadorias e das informações.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural, destacando a
cultura Afro- brasileira e indígena.
. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e
indicadores estatísticos.
. A formação. O crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos
e a urbanização.
7ª Série/ 8º ano
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO E SOCIOAMBIENTAL:
. As diversas regionalizações do espaço geográfico.
. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
do continente americano.
. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. O comércio em suas implicações sócio-espaciais.
. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
. A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do
espaço geográfico.
. O espaço rural e a modernização da agricultura.
. As relações entre o campo e a sociedade capitalista.
DIMENSÃO DEMOGRÀFICAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO E POLÍTICO:
. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
. Os movimentos migratórios e suas motivações, destacando a cultura
Afro-brasileira e indígena.
. As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL E ECONÔMICA:
. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
8ª Séri 8ª série/9º ano
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO E POLÍTICO:
. As diversas regionalizações do espaço geográfico.
. As distribuições das atividades produtivas, a transformação de paisagem
e a organização do espaço geográfico (socioambiental e econômica).
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. A revolução técnico-científico-informacional e os nossos arranjos no
espaço da produção .
. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
DIMENSÃO DEMOGRÀFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
. As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural, destacando
as culturas Afro- brasileira e indígena.
. Os movimentos migratórios e suas motivações.
1.3- Metodologia:
O ensino geográfico deverá estar voltado para a transformação plena do
aluno, pois cada pessoa representa um mundo de experiências vividas
diferentes e assim muitos serão os recursos didáticos utilizados no processo da
aprendizagem que contemple a diversidade que caracteriza o universo da sala
de aula.
As estratégias a serem utilizadas serão estruturadas pelo professor no
processo das interações educativas em sala de aula. Serão utilizadas aulas
expositivas e leitura dos textos do livro didático, também situações que
problematizem os diferentes espaços geográficos materializados em
paisagens, lugares, regiões e territórios que disparem relações entre o
presente e o passado, o específico e o geral, as ações individuais e coletivas e
que promovam o domínio de procedimentos que permitam ao aluno “ler” e
explicar as paisagens e os lugares.
Cabe ao professor estimular o aluno à pesquisa de sua realidade e nela
identificar problemas envolvendo conteúdos geográficos que possam ser
estudados em sala de aula,promovendo a interdisciplinaridade para melhor
assimilar o conteúdo trabalhado como: interpretação e produção de textos e
linguagem cartográfica. Procurar ainda utilizar a tecnologia como
computadores, televisão, internet para favorecer a criatividade, autoestima,
facilitando o registro e troca de informações nas relações dos conceitos
geográficos, levando- o a compreender que a aprendizagem é um processo
ativo e que por eles poderão compreender o mundo a sua volta e atuar nele.
1.4- Avaliação:
A avaliação em Geografia é mais do que uma definição de uma nota ou
um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo
devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento
crítico frente aos diferentes contextos sociais.
A avaliação tem como objetivo fundamental, fornecer informação sobre o
processo de ensino-aprendizagem como um todo. Avaliar, segundo a
concepção de Educação Geográfica adotadas pelas Diretrizes, ensino
aprendizagem e as avaliações devem ser vistos e integrados na prática
docente,
procurando não apenas informar ao aluno o seu desempenho, mas também ao
professor sobre sua prática em sala de aula.
O processo de avaliação, integrado ao processo de ensino-aprendizagem
funciona como elemento motivador e não como um conjunto de provas e
testes que apenas verificam se o aluno vai passar ou não. Ele deve informar
sobre o desempenho do aluno, e também do professor, sobre sua prática em
sala de aula. É um processo contínuo em que se constata o que está sendo
construído pelo aluno e pode identificar dificuldades. As atividades de
recuperação serão abordadas ao longo do processo ensino-aprendizagem.
1.5- Critérios de Avaliação:
Os critérios de avaliação precisam ser concisos no trabalho do professor,
interligados aos objetivos de cada conteúdo previsto, para auxiliar no
aperfeiçoamento de todo o processo que ocorrerá ao longo do ano letivo. Os
alunos precisam ser capazes de:
Reconhecer algumas das manifestações entre sociedade e natureza
presentes na sua vida cotidiana.
Observar os conceitos geográficos e assimilar as relações espaço
temporal e sociedade x natureza para compreender espaços nas diversas
escolas geográficas;
Desenvolver uma linguagem comunicativa, apropriando- se de elementos
da linguagem gráfica utilizada nas representações cartográficas;
Identificar as relações existentes entre o espaço urbano e rural:
questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos
demográficos e atividades produtivas;
Estabelecer relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades
econômicas e os consequentes mudanças nas relações sócio espaciais e
ambientais;
Reconhecer a importância da rede de transporte, comunicação e
circulação de mercadorias, pessoas e informações na economia regional;
Compreender como ocorreram os problemas sociais e as mudanças
demográficas geradas no processo de industrialização;
Apropriar conteúdos e desenvolver um posicionamento crítico frente aos
diferentes contextos sociais.
1.6- Instrumentos de Avaliação:
Será necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação.
Em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas
e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:
. Interpretação e produção de textos em Geografia;
. Interpretação de fotos, imagens, gráficos,tabelas e mapas;
. Pesquisas bibliográficas;
. Relatório de aulas de campo;
. Apresentação e discussão de temas em seminários;
. Construção, representação e análise do espaço através de maquetes...
1.7- Recuperação:
Após concluídas as atividades previstas para o período e percebido que
os alunos ainda não conseguiram atingir os objetivos, a recuperação de
estudos deve acontecer paralelamente, propiciando um novo olhar sobre as
dificuldades apresentadas, redimensionando o conteúdo, utilizando para isso
novas metodologias, sendo recuperado cada aluno em suas necessidades, com
novas avaliações.
1.8- Referências Bibliográficas:
PARANÁ - Secretaria de Estado da Educação – Superintendência de
Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública do Estado do
Paraná.
PROJETO ARARIBÁ: Geografia- Obra coletiva, concebida, desenvolvida e
produzida pela Editora Moderna; editora responsável Virgínia Aoki – Ed. São
Paulo: Moderna 2006. Obra em 04 volumes para alunos de 5ª a 8 ª séries.
APOSTILA – Caderno do Futuro – IBESP.
Proposta Curricular da Disciplina de Geografia 2007.
Projeto Político Pedagógico.
6 História
1.1- Apresentação geral da disciplina:
As transformações da sociedade contemporânea, bem como as novas
perspectivas historiográficas, têm estimulado reflexões sobre o ensino de
história e a produção do conhecimento histórico.
A história pode ser entendida como a interpretação do processo
histórico, cujo conhecimento produzido nunca é perfeito ou acabado.
Dessa forma, a aula de história é um momento em que, ciente do
conhecimento que possui, o professor pode oferecer a seu aluno a
possibilidade de ampliar a sua compreensão da sua realidade, tornando-se
capaz de estabelecer relações com outras realidades percebendo sua história a
partir das experiências de vida dos outros ao longo do processo histórico.
Segundo Russen, a consciência histórica se caracteriza pela percepção
das experiências do passado dos seres humanos, investigado por historiadores
ou por professores de história e seus alunos e realiza-se por interpretações
feitas no presente à luz de uma expectativa de futuro. Ensinar História
passa a ser então, dar condições ao aluno para poder participar do processo de
fazer o conhecimento histórico, de construí- lo.
É necessário, no entanto, levar em conta a seguinte afirmação: “não se
trata de transformar os alunos em 'pequenos historiadores', mas de fazer com
que aprendam história”. ( IGLESIAS E PERES, 1994, p. 186).
Lembrando que o Processo Histórico é feito através de uma leitura
conduzida pela presente realidade social do aluno.
1.2- Conteúdos Estruturantes
1 Relações de Trabalho
2 Relações de Poder
3 Relações Culturais
No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de
Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais –, tomados em conjunto,
articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do
Brasil e suas relações ou analogias com a História Geral, e permitem acesso ao
conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no espaço. Por meio do
processo pedagógico, busca- se construir uma consciência histórica que
possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do
passado em sua constituição.
1.3- Conteúdos Básicos:
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental
parte da história loca/Brasil para o mundo; deverão ser considerados os
contextos relativos à história local, da América Latina, África e da Ásia; os
conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das
periodizações; os conteúdos específicos devem estar articulados aos
conteúdos básicos e estruturantes.
5ª Série/ 6º ano: Os diferentes sujeitos, sua cultura e sua história
1- A experiência humana no tempo.
• A memória local e a memória da humanidade.
• O tempo ( as temporalidades e as periodizações).
• O processo histórico ( as relações humanas no tempo)
2- Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo.
• As gerações e as etnias.
• A História do Paraná.
• A História e Cultura Africana, Afrobrasileira e Indígena.
3- A Cultura Local e a Cultura Comum.
I- Os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades.
II- A constituição do pensamento científico.
III- As formas de representações humanas.
IV- A oralidade e a escrita
V- As formas de se narrar a história.
6ª Série/7º ano: A constituição histórica dos mundos rural e urbano e a
formação da propriedade em diferentes tempos e espaços.
1- As relações de propriedade.
• A propriedade coletiva.
• A propriedade pública.
• A propriedade privada.
• A terra.
2- A constituição histórica do mundo do campo e o mundo da cidade.
• O sistema feudal.
• As sociedades tribais.
3- As relações entre o campo e a cidade.
• As grandes civilizações.
• A vida nos engenhos.
• Ocupação do território paranaense.
4- Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.
• Escravidão: captura, resistência e luta.
• Trocas e conflitos.
• Cultura Africana, Afrobrasileira e Indígena.
7ª Série/ 8º ano: O mundo do trabalho e os movimentos de resistência.
1- História das relações da humanidade com o trabalho.
• Trabalho escravo.
• Trabalho livre.
2- O Trabalho e a Vida em Sociedade.
• Formas de trabalho nos diversos contextos históricos.
• Escravismo nos diversos contextos históricos.
• O trabalho em diferentes classes sociais.
3- O Trabalho e as Contradições da Modernidade.
• Diferenças de trabalho para cada sociedade.
• A evolução do trabalho.
• O afrobrasileiro e sua relação de trabalho, direitos adquiridos.
• A concepção de trabalho para os povos indígenas.
4- Os Trabalhadores e as Conquistas de Direito.
• Direitos Adquiridos.
• Diferentes Trabalhadores.
• Classes Trabalhadoras no Brasil e seus Direitos.
• Formação dos sindicatos e outros movimentos de resistência.
8ª Série/ 9º ano: Relações de dominação e resistência.
1- A constituição das instituições sociais.
• As instituições políticas, econômicas, religiosas, culturais e civis
2- A formação do Estado:
• A monarquia
• A república ( aristocracia, ditadura e democracia)
• Os poderes do Estado.
3- Sujeitos, guerras e revoluções:
1. Os momentos sociais, políticos, culturais e religiosos.
2. As revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e
religiosas).
3. Guerras locais e guerras mundiais.
1.4- Metodologia:
No trabalho a ser desenvolvido o aluno será instigado a construir o saber,
procurando ser um cidadão critico, consciente e participativo, capaz de se ver
como sujeito histórico.
Levando em conta o Projeto Político Pedagógico de nossa escola e os
fundamentos teórico-metodológicos contidos nas Diretrizes Curriculares, os
alunos terão a oportunidade de refletir sobre sua realidade social, analisando
as evidências de mudanças, os conflitos e as permanências, ampliando seu
universo, entendendo melhor os diferentes contextos.
Neste sentido, será dispensada atenção especial quanto à forma de
apresentação dos conteúdos básicos, os quais estarão em perfeita articulação
com os conteúdos estruturantes, visando a contextualização serão utilizados
materiais que estimulem as atividades de pesquisa, tendo como referencial
questões que afetam o cotidiano de nossa sociedade, bem como conceitos e
problematização de natureza histórica.
Os alunos serão instigados a expressarem suas ideias bem como suas
compreensões dos fatos históricos estudados através da produção de
narrativas históricas sob orientação e apoio do professor, que utilizará
diferentes meios didáticos para atingir os objetivos propostos para os
conteúdos.
Visando despertar no aluno o “gosto” pela história, serão utilizados
diversos recursos, entre eles os audiovisuais e multimídias, que possibilitem
momentos de interação e troca de experiências como oficinas, montagens de
murais informativos, debates, dramatizações, sessão de filmes, entre outros.
1.5- Avaliação:
A avaliação do ensino de História, de acordo com as Diretrizes
Curriculares, considera três aspectos importantes. A apropriação de conceitos
históricos, o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
básicos.
Segundo Luckesi (2002), o professor poderá lançar mão de várias formas
avaliativas, tais como;
1. Avaliação diagnóstica.
2. Avaliação formativa.
3. Avaliação somativa.
1.6- Critérios de Avaliação:
Os conteúdos básicos devem ser avaliados , na expectativa de que os
alunos:
− Compreendam a formação do pensamento histórico-cultural.
− Percebam sua condição de sujeitos históricos.
− Identifiquem as narrativas e documentos históricos.
− Estabeleçam comparações simples entre passado e presente.
− Analisem as relações entre o mundo do campo e o mundo da cidade.
− Explicitam o respeito à diversidade etnicorracial, religiosa, social, econômica
e sexual.
− Apropriem- se de conteúdos e conceitos históricos.
− Utilizem linguagens contemporâneas, como cinema, fotografia, músicas
relativas ao conhecimento histórico.
− Interpretem textos, comparando a outros fatos e pontos de vista.
1.7- Instrumentos de Avaliação:
Levando em conta que a avaliação deve servir para uma reflexão sobre o
trabalho realizado, buscando uma coerência entre o que é ensinado e o que é
avaliado, serão propostos.
− Leitura, interpretação e análise de textos, documentos, imagens, tabelas e
mapa.
− Produção de narrativas históricas.
− Pesquisas bibliográficas.
− Participação em debates, seminários, oficinas, trabalhos individuais e em
grupos.
− Elaboração de mapas conceituais e linha do tempo.
− Resolução de atividades em sala.
− Atividades Lúdicas.
1.8- Recuperação:
A recuperação tem como principal meta rever conteúdos não apropriados
pelos alunos de maneira satisfatória. A recuperação de estudos será ofertada
ao aluno com aproveitamento insuficiente, de forma paralela, contínua e
progressiva durante o período letivo.
O professor e seus alunos poderão revisar as práticas desenvolvidas até
então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico, na
sequência o professor poderá planejar e propor outros encaminhamentos para
a superação das dificuldades constatadas.
É importante ter claro que o professor deve substituir as práticas
avaliativas baseadas na memorização de conteúdos, utilizando formas
diferentes de avaliação.
No processo ensino-aprendizagem a avaliação deve ser entendida como
mais uma oportunidade de aprendizado.
Luckesi nos alerta:
(...) A avaliação deverá ser assumida como um instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo
em vista tomar decisões suficiente e satisfatórias para que possa avançar no
seu processo de aprendizagem (2002, p.81).
1.9- Referências Bibliográficas:
DCE - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. 2008.
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos.
São Paulo: Cortez, 2004.
BURKE, Peter (org). A escrita da História: novas perspectivas. São Paulo:
UNESP, 1992.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia de Letras, 1998.
IGLESIAS, F Javier Merchan Y PEREZ, Francisco F. Garcia. Uma metodologia
baseada em la idea de insvestigacion para la ensenanza de la história.
In. Aisenberg. B./ Alderoqui, S. (comps.). Didática de las ciencias
sociales Aportes Y reflexiones. Buenos Aires: Piados Educador, 1994.
LE GOFF, Jaques. História e memória.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar. 14ª ed.. São
Paulo: Cortez, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
História nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Dona Macária – E.F.
RUSEN, Jorn. Conscientização histórica frente à pós- modernidade: “a
História na era da nova transparência”. História: Questões e Debates.
7- Língua Inglesa
1.1 - Apresentação Geral da Disciplina:
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica
e opaca. Daí a língua estrangeira apresentar- se como espaço para ampliar o
contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos
interpretativos de construção de realidade.
No Ensino Fundamental o estudo da Língua Inglesa deve ser visto sob
uma nova perspectiva de compreensão do mundo, propiciando um espaço para
reflexão sobre a própria língua materna, as diferenças culturais, o
conhecimento de mundo, cidadania e identidade.
É preciso compreender que a expansão do Inglês no mundo envolve um
conjunto de discursos, onde devem circular ideias de desenvolvimento,
democracia, capitalismo, modernização.
Deve se superar a visão do ensino de LEM apenas como meio de atingir
fins comunicativos e abrir espaço para que o aluno compreenda a diversidade
linguística e cultural e construa significados em relação ao mundo em que vive.
A Língua Inglesa deve ser concebida como discurso e espaço de
produção de sentidos e abordar aspectos como língua e cultura, ideologia e
sujeito, discurso e identidade,respeitando sua função social e educacional,
interagindo de forma dinâmica com a leitura.
É preciso esclarecer que as práticas pedagógicas decorrem de
concepções teórico-metodológicas e não podem ser desvinculadas do contexto
sócio-histórico, carregados de ideologias que correspondem a interesses
distintos e precisam ser problematizados.
A aula de Língua Inglesa deve ser um espaço para que o aluno
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
Para isso , é importante trabalhar a partir de textos de diferentes gêneros
discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na vida social a fim de
desenvolver uma consciência cidadã, concentrando suas atividades na
dimensão sociocultural da comunicação para integração entre aluno e
sociedade, com enfoque em conhecimentos que lhe permitam ampliar seus
horizontes culturais através do conhecimento de outras culturas.
1.2- Conteúdos Estruturantes:
Discurso como prática social.
1.3- Conteúdos Básicos
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos;
Figuras de linguagem.
ESCRITA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos;
Figuras de linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância nominal/verbal.
ORALIDADE:
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Adequação do discurso ao gênero;
Elementos extralinguísticos: entonação,pausas,gestos...
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
1.4- Metodologia:
O ensino de Língua Inglesa no Ensino Fundamental deve propiciar ao
aluno a possibilidade de conhecer, expressar , transformar modos de entender
o mundo , interagir com o outro,assimilando as relações sociais e culturais de
um povo , seus hábitos e costumes.
Os procedimentos metodológicos serão definidos com base nos itens
estudados e serão voltados para uma aprendizagem significativa, enfatizando
o uso da Língua Inglesa como instrumento de comunicação universal e explorar
através de textos, a estrutura da língua levando o aluno a sentir- se cada vez
mais integrado e motivado à aprendizagem.
Assim sendo, é preciso relacionar os conteúdos curriculares com a
realidade. Serão utilizados os seguintes recursos para isso: apresentar textos
para escolha dos alunos;elaborar atividades de pré-leitura e de compreensão
geral do texto;solicitar aos alunos levantamento de palavras estrangeiras ao
seu redor;fazer comentários sobre as informações que os textos
trazem;.analisar procedimentos de coesão e coerência;pesquisar palavras
referentes a diversos temas presentes no cotidiano;dramatizar diálogos,
propiciando o treino oral e escrito;.utilizar adequadamente os recursos
linguísticos, como uso da pontuação,artigos, pronomes, verbos...
Desenvolver outras atividades que sejam de interesse dos alunos e que
sirvam para maior integração e motivação par o sucesso da aprendizagem da
Língua Inglesa.
1.5- Avaliação:
Na avaliação será considerada a história do processo pessoal de cada
aluno. Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a
aprendizagem. Deve se fazer presente como meio de investigação diagnóstica
da prática pedagógica.
A avaliação da aprendizagem em Língua Inglesa deve superar a
concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto
que se configura como processual e , como tal, objetiva subsidiar discussões
acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. De
fato, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas
discursivas será a base para o planejamento das avaliações de aprendizagem.
A qual será feita durante o desenvolvimento das atividades, de maneira
contínua,considerando sua relevância na construção do aluno como ser
discursivo em Língua Estrangeira.
1.6- Critérios de Avaliação:
.Compreensão geral de tipos de textos variados;
.Identificação do tema central e personagens;
.Domínio dos elementos essenciais da linguagem oral;
.Reconhecimento dos recursos linguísticos;
.Percepção de concordância ou discordância no texto;
.Identificação de estrangeirismos na língua materna;
.Através de um texto em Língua Inglesa identificar os significados das
palavras e suas equivalências em Língua Portuguesa.
1.7- Instrumentos de Avaliação:
Os instrumentos de avaliação serão utilizados de acordo com os temas
abordados, variando conforme o propósito a ser atingido.
Podem ser através de:
. Atividades discursivas;
. Debates;
. Trabalho em grupo;
. Pesquisas;
. Leituras;
. Exposições;
. Mural.
O aprendiz de uma Língua Estrangeira precisa estar continuamente
envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é construtor do
conhecimento.
1.8- Recuperação:
Deve ser feita através de uma revisão dos conteúdos abordados,maior
fixação dos mesmos,para que os alunos assimilem o que não foi compreendido
durante as aulas. É preciso rever a progressão individual através de questões
abertas e propor outros encaminhamentos que busquem superar a falta de
aprendizagem.
1.9- Referências Bibliográficas:
PPP. Projeto Político Pedagógico- Escola Estadual Dona Macária de
Conselheiro Mairinck – Pr.
DCE - Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
Educação Básica do Estado do Paraná.
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Estrangeira.
Rocha, Ana Luiza Machado e Ferrari, Zuleica Águeda - Take Your Time.
8 Língua Portuguesa.
1.1 Apresentação Geral da Disciplina:
O ensino de língua portuguesa, desde o início do processo de letramento
escolar tem sido objeto de discussão e preocupação de muitos especialistas. A
crítica aqui engendrada parte da ideia de que o ensino tradicional ancorou- se
demasiadamente nas práticas normativas de ensino, desconsiderando a
realidade linguístico- social dos alunos, principalmente nas escolas públicas em
que se impera à falta de investimentos na qualidade de ensino-aprendizagem,
na capacitação e produção adequada de materiais pedagógicos que trabalhe
tanto o aspecto intelectual do educando bem como suas peculiaridades
histórico-linguísticas de produção, leitura e interpretação de textos orais e
escritos.
A escola vem deixando de lado sua missão basilar, que é preparar, ensinar,
socializar a cultura e instrumentalizar mecanismos para a execução de
atividades democráticas de acesso aos bens culturais e procedimentos de
reflexão/compreensão da realidade de cada educando. É nesse sentido que é
imprescindível a participação ativa dos alunos com suas experiências
extracurriculares na construção de uma dinâmica de ensino- apredizagem mais
proficiente e satisfatório. No qual, os princípios educacionais de
autodeterminação, autodisciplina e liberdade consciente possam consolidar o
currículo escolar, posto que o aluno no desempenho de suas tarefas deve
adquirir habilidades, desenvolver competências e aptidões, sobretudo
linguístico- textuais. Dessa forma, o aluno é levado criticamente a questionar
as multi- relações vivenciadas no seu determinado contexto social e a buscar
soluções enfrentando os problemas que o aflige. Concebe- se, a priori, que
conforme a filosofia freiriana (1981) a escola como espaço de construção
ideológica e democrática deve fomentar políticas pedagógicas de ensino de
língua portuguesa que enfatize constantemente o desenvolvimento do aluno
em inúmeros quesitos vigentes para a vida social, política, econômica, cultural
e acadêmica. A escola, primordialmente, deve propiciar ao educando
ferramentas para a teorização assimilativa e prática constante destes
conhecimentos aprendidos no percurso escolar.
1.2 Metodologia:
Estimular a reflexão do estudante frente a questões de ensino-
aprendizagem, incluindo o próprio discurso pedagógico, a linguagem da
produção textual (oral e escrita), a análise linguística, a leitura e a literatura,
favorecendo a construção de um conhecimento articulado ao propósito da
linguagem.
Trabalhar conteúdos e propostas metodológicas na área de Língua Portuguesa,
buscando o desenvolvimento de um trabalho alternativo.
Oportunizar o conhecimento de elementos para uma proposta de trabalho que
invista em interdisciplinaridade, partindo do diálogo entre Língua Portuguesa e
Literatura enquanto disciplinas curriculares e outros campos de conhecimento.
Aprofundar as discussões e estimular propostas de trabalho sobre a interação
teoria- prática- teoria na relação pedagógica professor- aluno -objeto de
conhecimento, abarcando determinações de caráter micro e macroestrutural
com vistas ao exercício profissional crítico e criativo, constituído a partir de
uma concepção de ensino vinculada com a pesquisa.
Criar espaço de interlocução em que se reflita sobre o processo de aquisição e
desenvolvimento da linguagem.
Pensar o processo de alfabetização à luz das contribuições teórico-
metodológicas de estudos linguísticos e de campos auxiliares, buscando o
desenvolvimento de um trabalho alternativo que permita a constituição de
sujeitos leitores/produtores nos espaços pedagógicos e fora deles.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o
trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz
ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a
inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos
conhecimentos para os multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas
básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes
práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade
de inserí- los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse
papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se
constituir no âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola
pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e
políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que
estiverem inseridos.
Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as
contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da
contemporaneidade. Mesmo vivendo numa época denominada “era da
informação”, a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama
imensurável de informações, convivemos com o índice crescente de
analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam
baixo desempenho do aluno
em relação à compreensão dos textos que lê.
O ensino de Língua Portuguesa seguiu, e em alguns contextos ainda segue,
uma concepção de linguagem que não privilegia, no processo de aquisição e
no aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, como
destaca Travaglia (2000), pautando- se no repasse de regras e na mera
nomenclatura da gramática tradicional. As Diretrizes ora propostas assumem
uma concepção de linguagem que não se fecha “na sua condição de sistema
de formas (...), mas abre- se para a sua condição de atividade e
acontecimento social, portanto estratificada pelos valores ideológicos”
(RODRIGUES, 2005, p. 156). Nesse sentido, a linguagem é vista como
fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social,
econômica) entre os homens.
É no processo de interação social que a palavra significa, o ato de fala é de
natureza social (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 109). Isso implica dizer que os
homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles “penetram na
corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham
nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula
Bakhtin /Volochinov (1999, p. 108). Ensinar a língua materna, a partir dessa
concepção, requer que se m considerem os aspectos sociais e históricos em
que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado8,
uma vez que os seus significados são sociais e historicamente construídos. A
palavra significa na relação com o outro, em seu contexto de produção:
As palavras estão carregadas de conteúdo ideológico, elas “são tecidas a
partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as
relações sociais em todos os domínios” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 41).
Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa
aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que
eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de
interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja
percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam,
manifestando diferentes opiniões. A esse respeito, Bakhtin/Volochinov (1999, p.
66) defende: “(...) cada palavra se apresenta como uma arena em miniatura
onde se entrecruzam e lutam os valores sociais de orientação contraditória. A
palavra revela- se, no momento de sua expressão, como produto de relação
viva das forças sociais.”
Nestas Diretrizes, considera- se o processo dinâmico e histórico dos agentes
na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre nas
relações sociais, políticas, econômicas, culturais, etc., quanto dos sujeitos
envolvidos nesse processo.
Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, tendo como foco essa
concepção de linguagem, implica:
[...] saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e
de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua,
nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma
delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta
como objeto de reflexão
[...]. (NEVES, 2003, p. 89)
Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por
meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do
aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de
leitura, oralidade e escrita.
Destaca- se que o letramento vai além da alfabetização: esta é uma
atividade mecânica, que garante ao sujeito o conhecimento do código
linguístico (codificação e decodificação); já aquele, de acordo com Soares
(1998), refere- se ao indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas usa
socialmente a leitura e a escrita, prática a leitura e a escrita, posiciona- se e
interage com as exigências da sociedade referente às práticas de linguagem,
demarcando a sua voz no contexto social.
O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a
prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais
(jornalística, literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende- se que
as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a
integração da linguagem verbal com outras linguagens (multi-letramentos):
A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o
envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando “seu estado ou
condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos,
linguísticos e até mesmo econômicos” (SOARES, 1998, p. 18).
Ao considerar o conceito de letramento, também é necessário ampliar o
conceito de texto, o qual envolve não apenas a formalização do discurso verbal
ou não-verbal, mas o evento que abrange o antes, isto é, as condições de
produção e elaboração; e o depois, ou seja, a leitura ou a resposta ativa. Todo
texto é, assim, articulação de discursos, vozes que se materializam, ato
humano, é linguagem em uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por isso
mesmo, não é compreendido apenas em seus limites formais (Bakhtin, 1999).
Assim, temos que um texto não é um objeto fixo num dado momento no
tempo, ele lança seus sentidos no diálogo9 intertextual, ou seja, o texto é
sempre uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece
relações dialógicas.
Na visão de Bakhtin (1992, p. 354), “mesmo enunciados separados um do
outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados
no plano de sentido, revelarão relações dialógicas”. Bakhtin/Volochinov (1999,
p. 123) compreende a palavra “diálogo” num sentido mais amplo, ou seja,
“não apenas como a comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face à
face, mas toda a comunicação verbal, de qualquer tipo que seja”. Sobre as
relações dialógicas, Faraco acrescenta:
Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são adquiridas
em manuais, mas sim nos processos interativos” (MACHADO, 2005, p. 157).
Nessa concepção, antes de o gênero constituir um conceito, é uma prática
social e deve orientar a ação pedagógica com a língua. Compreender essa
relação é fundamental para que não se caia tão somente na normatização do
gênero e, consequentemente, no que Rojo (2004, p. 35) define como
“pedagogia transmissiva das análises estruturais e gramaticais”, que dissocia
o texto de sua realidade social.
O aprimoramento da competência linguística do aluno acontecerá com maior
propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e
oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas
diferentes esferas de comunicação possibilitará ao aluno uma inserção social
mais produtiva no sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir
na sociedade em que está inserido. Bakhtin (1992, p. 285) afirma que “quanto
melhor dominamos os gêneros tanto mais livremente os empregamos, tanto
mais plena e nitidamente
descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário)
(...)”.
O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é
instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é
direito para todos os cidadãos. Para que isto se concretize, o estudante precisa
conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua,
como a norma culta.
É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam as redes
públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à culta da língua, ao
conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que
favoreça sua inserção social e exercício da cidadania. Contudo, a escola não
pode trabalhar só com a norma culta, porque não seria democrática, seria a-
histórica e elitista.
O que precisa ficar muito claro para os interlocutores deste documento é
que ele não propõe o abandono do conhecimento gramatical e tampouco
impede que o professor apresente regras gramaticais para os alunos, visto que
toda língua é constituída de uma gramática e de um léxico (ANTUNES, 2003).
Vale considerar que, ao utilizar uma língua, usamos normas fonológicas,
morfológicas, sintáticas e semânticas. Contudo, é importante esclarecer a
diferença entre regras de gramática e o ensino de nomenclaturas e
classificações. As regras, segundo Antunes (2003), servem para orientar o uso
das unidades da língua, são normas.
O estudo dos conhecimentos linguísticos, sob esse enfoque, deve propiciar
ao aluno a reflexão sobre as normas de uso das unidades da língua, de como
elas são combinadas para produzirem determinados efeitos de sentido,
profundamente vinculados a contextos e adequados às finalidades pretendidas
no ato da linguagem.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
língua, busca:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá- la
a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos
discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio
de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o
aluno amplie seus conhecimentos linguísticos discursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica
da oralidade, da leitura e da escrita;
• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso
às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando- se, também, da norma padrão.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes
supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na
alfabetização, consolida- se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no
período escolar, mas se estende por toda a vida.
1.3 - Conteúdos Estruturantes:
Entende- se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto
de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e
organizam uma disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem
trabalhados no dia-a-dia da sala de aula.
A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento
histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume- se a concepção
de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais,
sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa
perspectiva é o discurso como prática social. É importante, no contexto
destas Diretrizes, o entendimento de que o discurso pode ser visto como um
diferente modo de conceber e estudar a língua, uma vez que ela é vista como
um acontecimento social, envolvida pelos valores ideológicos,
está ligada aos seus falantes, aos seus atos, às esferas sociais (RODRIGUES,
2005).
Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na
gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados
(orais e escritos). Rodrigues (2005) ressalta que o uso da língua efetua- se em
formas de enunciados, uma vez que o discurso também só existe na forma de
enunciados. O discurso é produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável
por aquilo que fala e/ou escreve. A localização geográfica, temporal, social,
etária também são elementos essenciais na constituição dos discursos.
Pensemos, então, como o Conteúdo Estruturante desdobra- se no trabalho
didático- pedagógico com a disciplina de Língua Portuguesa. A Língua será
trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em uso, que é a dimensão
dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina vai
considerar os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial
atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.
Nessas abordagens, as práticas de leitura, oralidade, escrita e a análise
linguística serão contempladas. Vale apontar o papel do professor diante
dessas práticas: “sua função não se reduz apenas a “transmitir”, a “repassar”,
ano após ano, conteúdos selecionados por outros; mas alguém que também
produz conhecimento [...]” (ANTUNES, 2007, p. 156). O professor é quem tem o
contato direto com o aluno e com as suas fragilidades linguístico- discursivas,
seleciona os gêneros (orais e escritos) a serem trabalhados de acordo com as
necessidades, objetivos pretendidos, faixa etária, bem como os conteúdos,
sejam eles de oralidade, leitura, escrita e/ou análise linguística.
1.4 - Conteúdos Básicos:
Para 5 ° Série / 6° ano
leitura:
•Tema do texto;
•Interlocutor;
•Finalidade;
•Aceitabilidade do texto;
•Informatividade;
•Discurso direto e indireto;
•Elementos composicionais do
gênero;
•Léxico
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de
linguagem
Escrita
Tema do texto ;
•Interlocutor;
•Finalidade do texto;
•Informatividade;
•Argumentatividade;
•Discurso direto e indireto;
•Elementos composicionais do
gênero;
•Divisão do texto em parágrafos;
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de
linguagem;
•Processo de formação de
palavras;
•Acentuação gráfica;
•Ortografia;
•Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
•Tema do texto;
•Finalidade;
•Argumentatividade;
•Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos...;
•Adequação do discurso ao
gênero;
•Turnos de fala;
•Variações linguísticas;
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos.
6ª SÉRIE/ 7° ano
LEITURA
•Tema do texto;
•Interlocutor;
•Finalidade do texto;
•Informatividade;
•Aceitabilidade;
•Situacionalidade;
•Intertextualidade;
•Informações explícitas e implícitas;
•Discurso direto e indireto;
•Elementos composicionais do gênero;
•Repetição proposital de palavras;
•Léxico;
•Ambiguidade;
•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
•Tema do texto;
•Interlocutor;
•Finalidade do texto;
•Informatividade;
•Discurso direto e indireto;
•Elementos composicionais do gênero;
•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•Processo de formação de palavras;
•Acentuação gráfica;
•Ortografia;
•Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•Tema do texto;
•Finalidade;
•Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
•Adequação do discurso ao gênero;
•Turnos de fala;
•Variações linguísticas;
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição,
semântica.
7° séries/ 8° ano
LEITURA
•Conteúdo temático;
•Interlocutor;
•Finalidade do texto;
•Aceitabilidade do texto;
•Informatividade;
•Situacionalidade;
•Intertextualidade;
•Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do
gênero;
•Relação de causa e
consequência entre as partes e
elementos do texto;
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como: (aspas,
travessão, negrito).
•Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo
das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia
e humor no texto.
ESCRITA
•Conteúdo temático;
•Interlocutor;
•Finalidade do texto;
•Informatividade;
•Situacionalidade;
•Intertextualidade;
•Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do
gênero;
•Relação de causa e
consequência entre as partes e critérios, estratégias e instrumentos de
avaliação estabelecidos pela escola: A avaliação será um processo
contínuo, permanente, onde o professor estará vinculado ao PPP da escola com
critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qual
elementos do texto;
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
•Concordância verbal e nominal;
•Papel sintático e estilístico dos
pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do
texto;
•Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia
e humor no texto.
ORALIDADE
•Conteúdo temático;
•Finalidade;
•Aceitabilidade do texto;
•Informatividade;
•Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos:
entonação, expressões faciais,
corporal e gestual, pausas ...;
•Adequação do discurso ao
gênero;
•Turnos de fala;
•Variações linguísticas (lexicais,
semânticas, prosódicas, entre
outras);
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição;
•Elementos semânticos;
•Adequação da fala ao contexto
(uso de conectivos, gírias,
repetições, etc);
•Diferenças e semelhanças entre
o discurso oral e o escrito
8° séries / 9° ano
LEITURA
•Conteúdo temático;
•Interlocutor;
•Finalidade do texto;
•Aceitabilidade do texto;
•Informatividade;
•Situacionalidade;
•Intertextualidade;
•Temporalidade;
•Discurso ideológico presente no
texto;;
•Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do
gênero;
•Relação de causa e
consequência entre as partes e
elementos do texto;
•Partículas conectivas do texto;
•Progressão referencial no texto;
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
•Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia
e humor no texto;
ESCRITA
•Conteúdo temático;
•Interlocutor
•Finalidade do texto;
•Informatividade;
•Situacionalidade;
•Intertextualidade;
•Temporalidade;
•Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do
gênero;
•Relação de causa e
consequência entre as partes e
elementos do texto;
•Partículas conectivas do texto;
•Progressão referencial no texto;
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito, etc.);
•Sintaxe de concordância;
•Sintaxe de regência;
•Processo de formação de
palavras;
•Vícios de linguagem;
•Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
•Conteúdo temático ;
•Finalidade;
•Aceitabilidade do texto;
•Informatividade;
•Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos:
entonação, expressões faciais,
corporal e gestual, pausas ...
•Adequação do discurso ao
gênero;
•Turnos de fala;
•Variações linguísticas (lexicais,
semânticas, prosódicas entre
outras);
•Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição,
conectivos;
•Semântica;
•Adequação da fala ao contexto
(uso de conectivos, gírias,
repetições, etc);
•Diferenças e semelhanças entre
o discurso oral e o escrito
1.5 - Avaliação:
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como
meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como
instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma
dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou
a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação
da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a
aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação:
acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de
desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos
caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas
(LIMA, 2002/2003).
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem
por objetivo proporcionar- lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a
respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao
conhecimento.
É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se
estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e,
mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho
Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes
Curriculares.
Esse projeto e sua realização explicita, assim, a concepção de escola e de
sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a
sociedade que se quer construir.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias
para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no
espaço onde os alunos estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o
aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações,
tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à
formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as
relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica
que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação.
1.6- Critérios de Avaliação:
Pretende- se que a avaliação na disciplina de Língua Portuguesa seja um
processo contínuo. Com base numa avaliação diagnóstica, devem os critérios
de avaliação incidir numa perspectiva evolutiva das aprendizagens. Devem
contemplar o programa e incidir nos diversos domínios – Ouvir/Falar, Escrever e
Ler – integrando o Funcionamento da Língua, tendo em conta as competências
essenciais e gerais a desenvolver.
Os critérios de avaliação são os mesmos para todas as séries, diferindo
unicamente no grau de
exigência da consecução, complexidade das tarefas propostas e documentos
trabalhados.
-Participa de forma construtiva em situações de comunicação oral, respeitando
normas reguladoras da interação verbal – ouve e considera as opiniões dos
outros, intervém oportunamente e procura
interessar o auditório.
-Manifesta compreensão de enunciados orais (exposição, discussão, entrevista,
perguntas ou instruções) transmitindo o essencial da informação recebida ou
atuando de forma adequada.
-Comunica experiências, vivências e efabulações, associando recursos de
linguagem verbal e não verbal, mobilizando a atenção dos interlocutores.
-Recolhe e reproduz ou recria produções do patrimônio oral, explorando
ludicamente determinados traços formais (ritmo, repetição de sons ou
palavras...).
-Lê integralmente obras de extensão e complexidade ajustadas ao seu nível
etário e desenvolvimento, afirmando a sua subjetividade de leitor.
-Lê voluntária e continuamente narrativas e poemas de literatura nacional e
internacional propostos pelo professor, utilizando estratégias elementares para
a construção de sentidos.
-Lê em voz alta, restituindo ao ouvinte o significado do texto.
-Reconhece-se como membro da comunidade nacional e transnacional de
falantes da língua
portuguesa e respeita as diferentes variedades linguísticas do Português.
-Utiliza técnicas elementares de pesquisa e tratamento da informação escrita
necessária à concretização de projetos ou resolução de problemas e à
organização de recursos documentais.
-Produz textos escritos que comunicam vivências e efabulações ou que
traduzem experiências lúdicas com a linguagem, capazes de suscitar uma
recepção afetiva e estética e reveladores e um percurso individual de escrita.
-Produz diferentes tipos de textos com finalidades e destinatários diversos –
textos narrativos e utilitários (convite, postal, relato informativo...) – com
correção ortográfica, dominando as principais regras de pontuação.
-Usa de forma elementar um processador de texto.
-Domina as técnicas fundamentais da escrita compositiva e utiliza processos
básicos de aperfeiçoamento dos textos que produz.
-Identifica, em produções orais e escritas, próprias ou de outros, aspectos
fundamentais da estrutura da língua portuguesa e reconhece regras básicas do
seu funcionamento.
-Realiza, no âmbito dos diferentes domínios, as tarefas necessárias à sua
progressão individual a nível da língua portuguesa.
-Participar de forma construtiva em situações de comunicação oral, respeitando
as normas da interação verbal;
- Seguir uma discussão e uma exposição, retendo a informação que lhe permite
intervir construtivamente;
- Escutar atentamente discursos orais, identificando fatos, opiniões e
enunciados persuasivos;
- Compreender discursos argumentativos;
-Conversar confiante e adequadamente em diversas situações;
- Fazer exposições orais, usando um discurso organizado e fluente;
- Ler com rapidez e em profundidade;
- Ler com fluência diferentes modalidades de texto;
- Ler integralmente obras de extensão e complexidade ajustadas ao nível etário
e desenvolvimento, afirmando a sua subjetividade de leitor;
- Ler voluntária e continuamente narrativas e poemas de literatura nacional e
universal propostas pelo professor, utilizando estratégias elementares para a
construção de sentidos;
- Ler, distinguindo informação essencial e acessória;
- Reduzir esquema um texto com objetivos de estudo;
- Responder as questões orientadas sobre os conteúdos programáticos;
- Apreender, criticamente, o significado e a intencionalidade de textos escritos;
- Selecionar a estratégia de leitura adequada ao fim em vista;
- Interpretar linguagens de natureza icônica e simbólica;
- Estabelecer relações temáticas entre textos;
- Reconhecer valores culturais, estéticos, éticos, políticos e religiosos que
perpassam nos textos;
- Escrever com correção ortográfica, recorrendo a prontuários e corretores
ortográficos;
-Dominar as regras de pontuação e acentuação;
- Escrever diferentes tipos de texto com finalidade e destinatários diversos;
- Produzir um texto organizado, articulado corretamente com as ideias;
- Sumariar atividades realizadas;
- Redigir projetos de trabalho;
- Organizar e produzir textos expositivos/argumentativos;
- Utilizar vocabulário adequado às diferentes situações de comunicação;
- Identificar classes e subclasses de palavras;
- Aplicar conectores em frases complexas;
- Reconhecer funções sintáticas;
- Reconhecer usos figurativos da linguagem;
- Descobrir e identificar processos fonéticos;
- Descobrir e identificar processos de inovação lexical;
- Consultar com destreza dicionários, prontuários, gramáticas e enciclopédias;
- Usar, corretamente, o material escolar necessário nas atividades letivas;
- Revelar autonomia e métodos de trabalho.
1.7 - Instrumentos de avaliação:
-Todo trabalho realizado com o aluno é em potencial um instrumento de
avaliação.
-Provas, trabalhos de pesquisa, listas de exercícios (individuais ou em grupo),
entre outros, devem avaliar os conteúdos de forma clara e inteligível.
-Os instrumentos devem avaliar o aluno passo a passo, de forma contínua.
-São igualmente importantes a autoavaliação e a avaliação formativa.
-Toda proposta deve levar o aluno a estar em contato com a construção do
conhecimento.
-Os instrumentos devem avaliar o raciocínio e a criatividade do aluno.
1.8 - Recuperação:
A recuperação tem, como meta principal, rever conteúdos não
apropriados pelos alunos de maneira satisfatória. Será de forma paralela de
acordo com as necessidades de cada aluno; Contínua e progressiva durante
todo o período letivo. Será de suma importância que o professor substitua suas
práticas avaliativas de acordo com cada necessidade individual.
1.9 - Referências bibliográficas:
KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed.
São Paulo: Cortez, 2003.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo:
Ática, 2001.
FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições
para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio –
Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3.ed. São
Paulo: Cortez, 2002.
BAGNO, Marcos. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo:
Parábola, 2003.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad.
de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999. .
Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. .
Problemas da poética de Dostoievski. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1997.
BRAIT, Beth. PCNs, gêneros e ensino de língua: faces discursivas da
textualidade.
PCN. São Paulo: Mercado de Letras, 2000, p. 20.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas
tecnologias. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação
Média e Tecnológica, 1998.
BUNZEN, Clécio. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de
produção de texto no ensino médio.
MENDONÇA, Márcia. (orgs.) Português no ensino médio e formação do
professor. São Paulo: Parábola, 2006.
CANDIDO, Antônio. A literatura e a formação do homem. Ciência e
Cultura. São Paulo, Vol. 4, n. 9, PP. 803-809, set/1972.
CAVALCANTE, Mariane C. B.; MELLO, Cristina T. V. de. Oralidade no Ensino
Médio: Em busca de uma prática.
MENDONÇA, Márcia. (orgs.). Português no ensino médio e formação do
professor. São Paulo: Parábola, 2006.
9- Matemática
1.1- Apresentação geral da disciplina
A base norteadora de uma proposta está em estabelecer o conteúdo
temático interligado ao ensino-aprendizagem da Matemática para a inserção
dos alunos no contexto geral da educação, cabendo ao professor direcionar a
disciplina no sentido da formação de capacidades intelectuais que estruturam
o pensamento e estabelecem a construção do conhecimento, e a relação deste
com outras áreas e também com a vida cotidiana.
Para atingir um trabalho consistente é preciso perceber que o aluno é o
protagonista da construção do seu conhecimento, o professor mediador nessa
construção, e as atividades e estratégias desenvolvidas fatores favoráveis ao
desempenho dessa relação entre aluno e professor, pois é pelo conhecimento
matemático que o homem quantifica, geometriza, mede e organiza
informações, nas mais diversas atividades humanas.
Segundo as Diretrizes Curriculares, [...] é imprescindível que o estudante
se aproprie do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas,
reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança.
(LORENZATO E VILA. DCE, p.47). E assume-se a Educação Matemática como
campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação docente,
fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como atividade
humana em construção.
Estando o objeto de estudo da disciplina ainda em construção, este está
centrado na prática pedagógica englobando o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático, o que exige do professor estar em constante
formação e estudo, para poder abordar o conhecimento historicamente e
apresentar os conceitos com discussão, argumentação, construção e
reconstrução, influenciando na formação do pensamento dos alunos.
Isso significa que o ensino da Matemática deve ser organizado em torno
de conteúdos denominados Estruturantes, que são saberes mais amplos e
fundamentais para a compreensão dos objetos de ensino que são: Números e
Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias, Tratamento de informação, e
Funções, na 8ª série, que permitirão proporcionar aos alunos a inteligência
analógica e formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
1.2- Conteúdos por série
5ª Série/ 6º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Número e Álgebra
- Sistemas de Numeração
- Números Naturais
- Múltiplos e divisores
- Potenciação e radiciação
- Números Fracionários
- Números decimais
Grandezas e Medidas
- Medidas de Comprimento
- Medidas de massa
- Medidas de área
- Medidas de volume
- Medidas de tempo
- Medidas de ângulos
- Sistema MonetárioGeometrias - Geometria Plana
- Geometria EspacialTratamento de Informação: - Dados, tabelas e gráficos
- Porcentagem.
6ª Série/ 7º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Número e Álgebra
- Números Inteiros
- Números racionais
- Equação e Inequação do1º grau
- Razão e proporção
- Regra de trêsGrandezas e Medidas - Medidas de temperaturas
- Ângulos
Geometrias
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
- Geometrias não-euclidianas
Tratamento da Informação
- Pesquisa Estatística
- Média Aritmética
- Moda e Mediana
- Juros Simples
7ª SÉRIE/ 8º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra
- Números Irracionais
- Sistemas de Equações do 1º grau
- Potências
- Monômios e Polinômios
- Produtos Notáveis.
Grandezas e Medidas
- Medidas de comprimento
- Medidas de área
- Medidas de volume
- Medidas de ângulos
Geometrias
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
- Geometria Analítica
- Geometrias não-euclidianas.Tratamento da Informação - Gráfico e Informação
- População e amostra
8ª SÉRIE/ 9º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra
- Números Reais
- Propriedades dos radicais
- Equação do 2º grau
-Teorema de Pitágoras
- Equações Irracionais
- Equações Biquadradas
- Regra de Três CompostaGrandezas e Medidas - Relações Métricas no Triângulo
Retângulo
- Trigonometria no Triângulo RetânguloFunções - Noção intuitiva de Função Afim
- Noção intuitiva de função Quadrática
Geometrias
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
- Geometria Analítica
- Geometrias não-euclidianasTratamento da Informação - Noção de Análise Combinatória
- Noção de Probabilidade
- Estatística
- Juros Compostos
1.3- Metodologia:
Sabe- se que a aprendizagem é um processo dinâmico em que o aluno é
centro de toda a atividade e o professor deve abordar os conteúdos de forma
articulada, num ritmo adequado à situação real dos seus alunos, viabilizando
inúmeras formas de trabalho, dentro e fora da sala, de modo a possibilitar o
ensino-aprendizagem.
Estudos sobre o ensino-aprendizagem considera o professor como
mediador entre o conhecimento e o aluno, bem como avaliador desse
processo. Santaló (1996, p. 11) coloca que [...] a missão dos educadores é
preparar as novas gerações para o mundo em que terão que viver [...], sendo
diversos os recursos disponíveis e apontados nas Diretrizes Curriculares de
Matemática.
Para o alcance dos objetivos da disciplina e articulação dos conteúdos, o
professor poderá utilizar os seguintes recursos:
- Resolução de problemas: sendo tratado a todo e qualquer momento como
forma de possibilitar a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente
adquiridos, usando recurso de equações, relação de grandezas e representação
na linguagem matemática.
- Modelagem Matemática, permitindo aos alunos indagarem e/ou investigarem
por meio da matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade
(situações do cotidiano) e transformar problemas reais em problemas
matemáticos, utilizando- se em especial, das geometrias.
- Uso de mídias tecnológicas, procurando motivar a aprendizagem através da
investigação, da descoberta, priorizando o tratamento de informação.
- História da Matemática, onde os alunos poderão compreender a natureza da
Matemática e sua importância na vida da humanidade, para que possa
entender o porquê de se aprender Matemática e sua aplicação, explorando os
números e a álgebra.
Os conteúdos deverão ser trabalhados em tempo e contexto diferentes e
em níveis de aprofundamento de acordo com cada série, de modo que o aluno
vá ampliando seu campo de conhecimento, fazendo relações com cada um dos
conteúdos propostos, levando- os a produzir informações que os levem a um
aprendizado mais plausível e próximo da sua realidade.
Além disso, é importante que o professor conheça as condições
socioculturais, expectativas e competências cognitivas e afetivas de seus
alunos, para que possa interagir, atendendo as transformações e evoluções,
para poder verificar se o seu trabalho está contribuindo para a construção do
conhecimento de seus alunos.
1.4- Avaliação:
Avaliar é algo que vai além de buscar resultados, mas sim um processo
de observação dos caminhos que o aluno percorreu e suas tentativas para
alcançar os objetivos propostos. Para a educação, o principal objetivo é criar
homens capazes de fazer coisas novas e não seguir o que outros já fizeram, e
em segundo, formar mentes que possam verificar e contestar tudo que lhes é
imposto. Pensar na ação avaliativa é refletir sobre todos elementos que
compõem o processo ensino-aprendizagem, vendo- o como parte de um todo.
Nessa concepção, a avaliação não pode apoiar- se em um único
instrumento de avaliação, e atender aos critérios estabelecidos.
No documento do Grupo de Estudos, do Departamento de Educação
Básica: Avaliação – um processo intencional e planejado, os instrumentos
devem ser elaborados como requisito metodológico que permita coletar dados
da aprendizagem dos alunos e que garanta a qualidade dessa aprendizagem, e
devem estar ligados aos conteúdos com que o professor vai trabalhar e os
critérios de avaliação.
1.5- Critérios de Avaliação:
Para estabelecer os critérios, é preciso pensar em quais objetivos ligados
aos determinados conteúdos, procurando observar o que é importante que o
aluno aprenda, tendo como base uma visão da Matemática como construção
significativa, que valorize o progresso do aluno, tomando ele próprio como
referencial de análise, e não com relação ao grupo, pois cada um tem
características particulares e condições diferentes nas quais o processo do
ensino-aprendizagem se concretiza.
Os pontos mais relevantes para esses critérios se estabelecer, devem levar o
aluno a ser capaz de:
- desenvolver o uso do pensamento, a capacidade de elaborar hipótese,
descobrir soluções, estabelecer relações, tirar conclusões;
- reconhecer a inter-relação entre os vários campos da Matemática e desta com
outras áreas;
- explorar novas ideias, estimulando a curiosidade e criatividade para descobrir
novos caminhos na resolução de problemas e aplicação dos conceitos
adquiridos
1.6- Instrumentos de Avaliação:
Para atingir os objetivos gerais e específicos de cada conteúdo, são
vários os instrumentos que o professor poderá utilizar, podendo ser escritos ou
orais, mas que proporcionem um amplo rol de possibilidades para demonstrar
a sua iniciativa e capacidade, tais como:
- Atividades individuais e em grupo, pesquisas, caderno de sala;
- Atividades extraclasses, como projetos, dramatizações, exposição em Feira de
Ciências, relatórios;
- Provas com respostas discursivas, curtas, abertas ou objetivas.
- Autoavaliação, debates e seminários.
1.7- Recuperação de Estudos:
As avaliações escritas com o intuito de verificar, quais os conhecimentos
adquiridos, não podem ser vista de maneira específica sem relacioná- la com a
avaliação qualitativa. É necessário lembrar que a finalidade após todas as
interferências é que não restem dúvidas, que saibam buscar as informações
necessárias, para a resolução de problemas.
1.8- Referências Bibliográficas:
BARBOSA, Jonei Cerqueira. Modelagem na Educação Matemática:
Contribuições para o debate tareco. In: REUNIÕES ANUAIS DA AMPED.
2001, p.24.
BICUDO, M. A. V. (Org) Filosofia da Educação Matemática: Concepções e
Movimento. Brasília: Plano Editora. 2003.
DANTE, Luis Ribeiro. Tudo e Matemática. São Paulo. Abica. 2005.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Avaliação - um processo Intencional
e Planejado. Grupo de Estudos. 2º encontro. 2008.
MORI, Iracema. Matemática: idéias e desafios. Manual do Professor. São Paulo:
Saraiva. 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
SANTALÓ, Luís A. Matemática para não-matemáticos, in PARRA, C. e SAIZ, I.
Didática da Matemática ( Reflexões Psicopedagógicas). São Paulo: Artimed,
1996.
9.9.1 – LEM Francês
1.1 Apresentação Geral da Disciplina
A discussão sobre o ensino da língua materna e da língua estrangeira
passa necessariamente por algumas questões cruciais: O que é linguagem?
Qual sua importância na constituição do sujeito, da cultura e das ideologias?
Buscar possíveis respostas significa considerar um referencial teórico que
explicite a importância destes temas. Para tanto, indicamos a perspectiva
histórico-cultural representada por autores russos, com os quais
estabeleceremos um diálogo permanente durante nossa trajetória: suas obras
evidenciam o papel da cultura e, particularmente, o da linguagem na
constituição do sujeito e do conhecimento.
Vygotsky (1989a) enfatizou a origem social da linguagem e do
pensamento, considerando o desenvolvimento cognitivo como um processo
determinado pela cultura na qual o sujeito está inserido. Para este autor, a
formação das funções superiores da mente acontece do exterior para o
interior, ou seja, do plano social (inter psíquico) para o individual
(intrapsíquico). Assim, é a partir e através da interação com o outro, mediada
pela linguagem, que o homem se transforma de ser biológico em ser musgo-
histórico (cultural).
A linguagem é considerada o principal sistema simbólico de todos os
grupos humanos, uma vez que caracteriza e marca o homem. Cumpre assim
papel essencial como constituidora da consciência e organizadora do
pensamento, ou seja, de toda a vida mental. É por meio da linguagem que os
indivíduos interatuam, ao mesmo tempo que internalizam os papéis sociais e
conhecimentos que possibilitam seu desenvolvimento psicológico. Dependendo
do contexto (horizonte social amplo), da situação específica de produção e da
relação entre os interlocutores, a linguagem é expressão em múltiplas
significações e sentidos.
A concepção de linguagem proposta por Vygotsky também está
contemplada em Bakhtin, porém ampliada, na medida em que este a encarou
do ponto de vista filosófico. Ao considerar o aspecto ideológico como dimensão
constitutiva da linguagem, permite que se estabeleçam outros olhares na
formação da consciência.
Bakhtin (1988, 1992) insere o estudo das línguas na vida e nas condições
objetivas de sua produção, afirmando que a existência da palavra (em sentido
amplo) só se concretiza no contexto real de sua enunciação. Para este autor, os
sentidos assumidos pela palavra são múltiplos, não existindo, dessa forma,
palavras vazias. Por outro lado, as relações sociais ganham sentido pela
palavra. Em função dessas considerações, Bakhtin afirma que a palavra é o
fenômeno ideológico por excelência (cf. 1988, p. 36).
O papel educacional da Língua Estrangeira é importante, desse modo,
torna- se imprescindível para o desenvolvimento do indivíduo, devendo seu
ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida.
1. 2- Conteúdos Estruturantes:
Discurso enquanto prática social (oralidade, leitura e escrita)
1.3- Conteúdos Básicos:·
Apresentar- se e apresentar alguém
·Identificar- se ( idade, sexo, data e local de nascimento, nacionalidade,
morada, estado civil)
·Pedir / dar informações sobre outra pessoa
·Saudar alguém
· Localizar no espaço
· Localizar no tempo
· Identificar as partes do corpo humano
· Caracterizar artigos(cor, qualidade, matéria, preço ...)
· Saber comprar vestuário
· Adquirir vocabulário específico do domínio de referência
· Aplicar o vocabulário adquirido
· Associar os fonemas aos grafemas
· Apresentação, caracterização ,física e psicológica)
· Gostos e interesses
· Corpo humano
· Vestuário
· Características
· Lojas
· Localização espaço- temporal
· Artigos definidos e indefinidos
· Numerais cardinais e ordinais
· Substantivos e adjetivos
· Determinantes possessivos e interrogativos
· Pronomes interrogativos (sujeito; forma tônica)
· Frase interrogativa com e sem inversão do sujeito
· Frase negativa com ne...pas”
.Flexão verbal:Modos Presente do Indicativo e do Subjuntivo (forma afirmativa
e negativa dos verbos: être, avoir, y avoir, faire, vouloir,vendre
·Passé composé com aux. Avoir
.Imperativo
·Presente do indicativo dos verbos do 1º grupo
· Conjugação reflexa: s’appeler, s’amuser,s’habiller
· Diálogo professor /aluno e aluno /aluno
· Preenchimento de textos com lacunas
·Respostas a questionários de vrai / faux
·Elaboração de perguntas
·Transformação de frases
·Descrição de imagens
·Leitura (vários modos)
Conjugação de verbos
·Cópia de pequenas frases
Ditado de pequenas frases com autocorreção
·Audição de diálogos gravados
·Consulta do dicionário
Consulta da gramática TEMÁTICOS GRAMATICAIS
Identificar os membros da família
·Dar / pedir informações sobre os membros da família
·Convidar alguém
·Aceitar ou recusar um convite
Identificar as diferentes divisões de uma casa
·Identificar as refeições e os alimentos
·Perguntar / indicar as horas
·Trocar impressões sobre hábitos alimentares
Utilizar uma ementa
·Pedir a conta
·Utilizar o vocabulário adquirido
·Utilizar os conhecimentos gramaticais
·Utilizar o dicionário bilíngue
.Adquirir pronúncia e grafia correta
·Família
. Habitação
·Alimentação:
.Tipos de comidas e bebidas
.Restaurantes, bares
·Determinantes: possessivos; demonstrativos
·Pronomes relativos (qui, que)
·Advérbios: de afirmação, de negação e de lugar
·Artigos partitivos
.Formação do feminino
.Flexão verbal:
.Presente do indicativo
·Passé composé com aux. Avoir (consolidação)
.Todos os conteúdos acima serão trabalhados a partir de gêneros textuais.
1. 4- Metodologia:
O ensino de Língua Francesa será viabilizado partindo de entendimento
do papel da língua na sociedade como mais do que mero instrumento de
acesso à informação: a língua estrangeira é também uma possibilidade de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados.
O método desenvolvido em sala de aula deverá ser um processo
dinâmico cíclico, cheio de incertezas e sem fim, que refletirá a articulação
entre a abordagem e a interação em sala de aula.
Os métodos estão alicerçados em princípio de natureza variada, tais
como:
• sócio- interacional de aprendizagem em sala de aula;
• efetiva, tendo em vista a experiência de vir a se constituir como ser
discursivo em uma língua estrangeira;
• pedagógica, em relação ao fato de que o uso da linguagem é parte
central do que o aluno tem de aprender.
• Esses princípios constituem a base do desenvolvimento de uma
metodologia de ensino que envolve como ensinar determinados
conteúdos, pelo uso de diferentes recursos didáticos e diferentes
procedimentos metodológicos.
1.5- Avaliação:
Na avaliação será considerada a história do processo pessoal de cada
aluno, e sua relação com as atividades desenvolvidas. Observando seus
trabalhos e registros, os quais servirão de suporte para planejar modos
criativos de avaliação sobre aspectos comunicativos, competências
linguísticas, entre outros, dos quais o aluno possa participar e aprender.
Quanto aos critérios de avaliação em relação à escrita e à oralidade, se espera
que o aluno seja capaz de:
• demonstrar compreensão geral de textos variados;
• critérios;
• instrumentos;
• recuperação;
• selecionar informações específicas do texto;
• demonstrar consciência de que a leitura não é apenas um processo
linear
que exige o entendimento de cada palavra;
• demonstrar adequação no uso de traços entonacionais e
conhecimentos ao nível fonológico;
• produzir textos tanto orais como escritos, organizando informações,
construindo significados e envolvendo- se na trama textual e
discursiva;
Em se tratando de avaliação de aprendizagem de Língua Estrangeira
cabe discutir a dimensão afetiva.
A situação de aprendizagem de Língua Estrangeira tem características
que a distinguem da situação de aprendizagem de outras disciplinas. Na
aprendizagem de uma outra língua, há de se ter em conta vários fatores que
podem dificultar a aprendizagem do aluno, tais como a frustração da não-
comunicação, a reação emocional que pode decorrer da percepção de traços
de outra língua que parecem artificiais e até ridículos, a incerteza na ativação
de conhecimento adequado de mundo, a falta de um senso de orientação e de
intuição para com o que é certo e o que é errado e a discrepância entre o estilo
de aprendizagem do aluno e o que o professor enfatiza.
Portanto, tais elementos devem ser levados em conta no trabalho
pedagógico, na avaliação e no relacionamento professor-aluno. Cabe ao
professor acompanhar atentamente as reações dos alunos e refletir sobre elas.
1.6- Critérios de Avaliação:
.Compreensão geral de diferentes tipos de textos;
.Domínio dos elementos essenciais da linguagem oral e escrita;
.Reconhecimento dos recursos linguísticos;
.Produzir textos orais e escritos;
.Compreender e produzir textos relacionados ao conteúdo lexical do
semestre;
.Construir significados em relação aos textos estudados;
. Selecionar informações específicas do texto;
1.7- Instrumentos de Avaliação
Os instrumentos de avaliação serão utilizados de acordo com os temas
abordados, variando conforme o propósito a ser atingido.
Podem ser através :
.Atividades discursivas;
.Debates, trabalho em grupo;
.Produção de textos orais e escritos;
.Pesquisas, leituras;
.Exposições, murais;
.Teatro
1.8- Referências Bibliográficas:
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da rede de Educação
Básica do Estado do Paraná.
BERARD, Evelyne-Grammaire Utile du français.
PELLE, G. Frequence Jeunes- Méthode de français. Hachette Livre,1994