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ESCOLHA DE MATERIAIS GENÉTICOS DE EUCALIPTO
EM FUNÇÃO DO USO E DAS CONDIÇÕES
EDAFOCLIMÁTICAS
VIII Simpósio sobre “Técnicas de Plantio e Manejo de Eucalyptus para Usos Múltiplos” 20 a 22.08.2014 Piracicaba
Prof. José Leonardo de M. Gonçalves ESALQ / Depto de Ciências Florestais
Sumário
• Classificação do eucalipto
• Conceitos
• Fatores seletivos mais importantes para a escolha de genótipo
• Balanço hídrico e zoneamento climático
• Materiais genéticos tolerantes à seca
• Materiais genéticos tolerantes à geada
Gênero Subgênero Seção Espécie
Importância
Melhoramento
Eucalyptus 1. Symphyomyrthus 1.1 Transversaria E. grandis Fonte de crescimento
E. saligna
E. urophylla
E. pellita
Divisão taxonômica do eucalipto
(somente das principais espécies usadas em plantações no Brasil)
1.2 Maidenaria E. dunii Fonte de resistência ao
frio E. benthamii
E. globulus
E. viminalis
1.3 Exsertaria E. camaldulensis Fonte de resistência à
seca E. tereticornis
E. brassiana
2. Idiogenes E. cloeziana
3. Monocalyptus E. pilularis
E. pyrocarpa
Corymbia C. citriodora
C. torelliana
C. maculata
Fatores seletivos mais importantes para a escolha de genótipo:
• Características da madeira
• Demanda climática
tolerância à deficiência hídrica ou à baixa temperatura (geada)
não se seleciona, primariamente, para adaptação à condições de baixa
disponibilidade nutricional
• Demanda edáfica
• Característica e demanda silvicultural
• Suscetibilidade às pragas e doenças
• Produtividade esperada
Balanço hídrico do solo
(Thornwaite e Matter, 1955)
http://www.leb.esalq.usp.br/bhbrasil
http://www.leb.esalq.usp.br/bhbrasil
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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Extrato do Balanço Hídrico Mensal
DEF(-1) EXC
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Balanço Hídrico Normal Mensal
Precipitação ETP ETR
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
Deficiência, Excedente, Retirada e Reposição Hídrica ao longo do ano
Deficiência Excedente
Classificação Climática de Köppen
http://www.ipef.br/geodatabase
Clayton A. Alvares et al. (2013)
x
Macapá - AP
x Caxias - MA
Alagoinhas - BA
x
x x
Três Lagoas -MS
Campo Grande - MS
x Sinop -MT
x
Palmas - TO
x
x
x
x
Aracruz - ES
Santa fé de Minas - MG
Três Marias - MG
Jacareí - SP x
x
x
Capão Bonito - SP
Itatinga - SP Mogi Mirim -SP
x
x
x
São Mateus do Sul - PR
Telêmaco Borba - PR
Lages - SC
Distribuição esquemática dos principais maciços florestais por região do pais
Fonte: Associadas individuais e coletivas da ABRAF (2012) e diversas fontes compiladas por Pöyry Silviconsult (2012).
0
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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DEF(-1) EXC
Telemaco Borba – PR Altitude : 768 m PP: 1629,2 mm
T°C média: 18,5°C DH: 0 m
Exce: 767,6 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
São Mateus do Sul – PR Altitude : 910 m PPP: 1629,2 mm T°C média: 16,9°C
DH: 0 m Exc: 841,1 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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DEF(-1) EXC
Lages- SC Altitude : 1402 m PP : 1691,0 mm
T°C média: 13,2° C DH: 0 m
Exc: 1017,2 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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DEF(-1) EXC
Aracruz – ES Altitude : 28 m PP: 1200 mm
T°C média: 23,6°C DH: 110 mm Exc: 90 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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DEF(-1) EXC
Jacareí- SP Altitude : 570 m
PP: 1239 mm T°C média: 21,4 °C
DH: 37,9 mm Exc: 252,8 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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DEF(-1) EXC
Itatinga- SP Altitude : 655 m
PP: 1308 mm T°C média: 19,9°C
DH: 2,4 mm Exc: 389,8 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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DEF(-1) EXC
Capão Bonito – SP Altitude : 702 m PP : 1210 mm
T°C média: 20,1°C DH: 0,8 mm
Exc: 271,4 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
Mogi Mirim - SP Altitude : 588 m
PP: 1325 mm T°C média: 21,7 °C
DH: 59,3 mm Exc: 337,4 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
Três Marias – MG Altitude : 760 m
PP: 1439 mm T°C média: 22,5 °C
DH: 225 mm Exc: 570 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
Três Lagoas – MS Altitude : 313 m PP : 1302,0 mm
T°C média: 23,8 °C DH: 52,7 m
Exc: 94,5 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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DEF(-1) EXC
Sinop- MT Altitude : 118 m
PP : 1314 mm T°C média: 25,2°C
DH: 295 m Exc: 115 mm
Campo Grande- MS Altitude : 530 m
PP: 1468 mm T°C média: 22,7 °C
DH: 15,4 m Exc: 360 mm
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300
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
DEF(-1) EXC
Macapá- AP Altitude : 14 m PP : 2570 mm
T°C média: 26,6°C DH: 299 m
EXC: 1223 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
Alagoinhas – BA Altitude : 131 m
PP: 1233mm T°C média: 23,9°C
DH: 160 mm Exc: 150 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
Palmas- TO Altitude : 239 m
PP: 1667 mm T°C média: 26,1°C
DH: 450 m Exc: 560,5 mm
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
Caxias-MA
Altitude : 103 m PP : 1557 mm
T°C média: 26,9 °C DH: 700 mm Exc: 530 mm
Relevo Solo
Clima
Fatores de Desenvolvimento Vegetal
(Luz, água, nutrientes, calor)
Determinam o nível
de disponibilidade
Temperatura (amplitude, máx., méd., mín., geada)
Chuvas (qde, distribuição no ano: veranico, concentração)
Evapotranspiração potencial e real
Textura
Estrutura
Fertilidade
Profundidade
Declividade: drenagem
Luminosidade, insolação
(face norte vs. sul)
"O Clima condiciona a possibilidade de cultivo da espécie numa determinada região,
enquanto o solo regula o nível de produção esperado,
sob condições normais de cultivo."
Relevo Solo
Clima
Fatores de Desenvolvimento Vegetal
(Luz, água, nutrientes, calor)
Qualidade de Sítio
• definido pelo zoneamento ecológico
Seleção de Genótipo
• gênero, espécie, procedência, clone
Lei dos Fatores Limitantes
"O que limita a produção é o fator que está
no mínimo ou no máximo,
em relação à sensibilidade da planta."
Lei do Mínimo
"O crescimento da planta é limitado por aquele
nutriente que ocorre em menores proporções,
e ele seria o único a limitar a produção."
Escape ou Evasão
Consiste em fazer com que a planta suscetível escape à infecção, por meio de:
i) Escape pelo local
Consiste em plantar o hospedeiro em determinado local (área geográfica), cujas
condições de ambiente sejam desfavoráveis ao desenvolvimento do patógeno.
ii) Escape pela época
Estabelecimento da plantação ou realização da colheita em épocas desfavoráveis à
doença.
Ex.:
Colheita do E. cloeziana em época desfavorável ao P. psiddi, de modo que as brotações escapem do ataque do patógeno (Região: sudeste da Bahia; Época seca: nov-fev)
Fonte: Alfenas et al. (2009) Clonagem e doenças do eucalipto
Escape ou Evasão
iii) Escape pela precocidade
Consiste na seleção de materiais genéticos precoces em crescimento, em que a
doença só afeta a planta em determinada fase de seu desenvolvimento.
Tolerância à seca
Mais de metade da área sob plantações de eucalipto estão sujeitas a médio e a alto grau de estresse hídrico, ocasionado por índices pluviométricos baixos e/ou mal distribuídos; Quanto mais alto é o índice térmico, maior é a ETR, por conseguinte, o estresse hídrico; Solos com alta capacidade de armazenamento de água amenizam o estresse hídrico climático;
Alguns materiais genéticos adaptados (capacidade de sobrevivência e produtividade) em condições de médio e alto estresse hídrico são também bem produtivos em condições de boa disponibilidade hídrica:
Ex.: AEC 144, H13
Sítio de alta qualidade (5 anos)
E. urophylla x grandis
IMA = 50 m3 / ha / ano
Latossolo Vermelho-Amarelo Argiloso
Sítio de baixa qualidade
E. urophylla x grandis
IMA = 30 m3 / ha / ano
Idade = 5 anos
Neossolo Quartzarênico
ARG1 vs ima7
y= 9,698 +22,006 [1-exp (-0,078 x)]
R2 = 0,85; n=14; p<0,01
TEOR DE ARGILA (%)
0 10 20 30 40 50 60 70
IMA
(t h
a-1
ano
-1)
10
15
20
25
30
35
40(b)
Gava & Gonçalves (2005)
Nível crítico de argila
Mesmo clone e clima
Manejo florestal com alta tecnologia
(sem limitação nutricional)
ΔA
15
30
Cambissolo
Rio Claro, SP
Estratégias morfofisiológicas de adaptação das
espécies ao estresse hídrico
Função das condições ecológicas de evolução das espécies
1. Que aumenta a aquisição de água
• Arquitetura radicular
2. Que diminui a evapotranspiração
• Arquitetura de copas
Raiz de E. grandis (semente)
6 anos
LVA text. média
Atributo Tolerância à seca
Baixa Mediana Alta
Profundidade da raiz pivotante < 1,5 m 1,5 – 2,5 m > 2,5 m
Atributos do sistema radicular e da parte aérea de
espécies/híbridos de Eucalyptus relacionados à tolerância à seca
Referências: Krejci (1986), Gonçalves e Mello (2000), Florence (2007)
Raízes secundárias laterais
grossas Muitas médio Poucas
Densidade de raízes finas no
horizonte A Alta média Baixa
Área foliar Grande
(copa fechada)
grande Pequena
(copa aberta)
Espécies/híbridos E. grandis
E. saligna
E. dunii
E. globulus
E. urophylla
E. cloeziana
E. pellita
E. urophylla x
grandis
E. camaldulensis
E. tereticornis
E. heliodora
E. camaldulensis x
grandis
C. citriodora
Tipo de copa
• cilíndrica
• arquitetura mais aberta
Tipo de copa
• cônica
• arquitetura mais fechada
• rápido fechamento de copas
Clones
E. urograndis
Materiais genéticos recomendados para regiões sem ou
com pouca deficiência hídrica
Tipo climático
Cfa = Clima subtropical úmido, sem estação seca, com verão quente Cfb = Clima subtropical úmido, sem estação seca, com verão temperado Média anual de chuvas: 1500 - 2500 mm/ano Temperatura média anual: 13-20 oC Evapotranspiração média anual: 500 – 1000 mm/ano Estação seca No de meses: 0-2 Déficit hídrico: 0-50 mm/ano Materiais genéticos E. grandis, E. urophylla, E. saligna, E. urophylla x grandis C. citriodora Produtividade esperada (IMA): 35 – 60 m3 ha-1 ano-1
Eucalyptus grandis
Atributos
Db = 0,42 – 0,48 g cm-3
Teor de lignina = 24 – 26% Principais usos • celulose, energia, serraria, painel, madeira tratada, carvão Suscetibilidade/resistência • Pragas:
muito suscetível ao percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus) suscetível à vespa-da-galha (Leptocybe invasa) tolerante ao psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei)
• Doenças:
suscetível a muito suscetível à ferrugem (Puccinia psidii) e ao cancro basal (Diaporthe cubensis) suscetível à mancha foliar de Mycosphaerella (várias espécies)
Eucalyptus grandis
Atributos
Tolerância à deficiência hídrica • baixa a não tolerante • ≤ 3 meses secos (≤ 50 mm chuva/mês) Tolerância à geada • baixa a não tolerante Solos • ideal: profundos (≥ 1m), bem drenados Capacidade de brotação • sobrevivência da cepa: baixa (< 80%) a média (80-90%) • vigor dos brotos: baixo a médio
Produtividade esperada • alta (IMA ≥ 40 m3 ha-1 ano-1)
Corymbia citriodora Atributos
Db = 0,72 – 0,75 g cm-3
Teor de lignina = 27 – 29% Principais usos • madeira tratada, energia, carvão, serraria, produção de mel Suscetibilidade/resistência • Pragas:
suscetível ao psilídeo-de-ponteiro (Ctenarytaina eucalypti) tolerante ao psilídeo-de-concha, à vespa-da-galha e ao percevejo bronzeado
• Doenças: suscetível à mancha foliar de Cylindrocladium resistant ao cancro muito resistente à ferrugem suscetível à Armillaria luteobubalina (doença/apodrecimento radicular)
Atributos
Tolerância à deficiência hídrica • média • 3 a 5 meses secos Tolerância à geada • não tolerante Solos • ideal: profundos (≥ 1m), bem drenados Capacidade de brotação • sobrevivência da cepa: baixa a média • vigor dos brotos: baixo a médio
Produtividade esperada • média (IMA entre 30 e 40 m3 ha-1 ano-1)
2.5. Materiais genéticos recomendados para regiões com
média deficiência hídrica
Tipo climático
Cwb = Clima subtropical úmido, com inverno seco e verão temperado Am = Clima tropical monçônico, com pequena estação seca no inverno Média anual de chuvas: 1000 - 1800 mm/ano Temperatura média anual: 18-20 oC Evapotranspiração média anual: 800 – 1100 mm/ano Estação seca No de meses: 2-3 Déficit hídrico: 50 - 100 mm/ano Materiais genéticos E. urophylla, E. urophylla x grandis, E. grandis C. citriodora Produtividade esperada (IMA): 35 – 45 m3 ha-1 ano-1
Eucalyptus urophylla
Atributos
Db = 0,48 – 0,56 g cm-3
Teor de lignina = 27 – 29% Principais usos • energia, carvão, celulose, madeira tratada, produção de mel Suscetibilidade/resistência • Pragas:
muito suscetível ao psilídeo-de-concha suscetível ao Eucalyptus psyllid (C. spatulata e B. occidentalis) tolerante à vespa-da-galha
• Doenças:
boa fonte de resistência à ferrugem e ao cancro basal suscetível à mancha foliar de Mycosphaerella (várias espécies)
Eucalyptus urophylla
Atributos
Tolerância à deficiência hídrica • média • 3 a 5 meses secos Tolerância à geada • não tolerante Solos • ideal: profundos (≥ 1m), bem drenados Capacidade de brotação • sobrevivência da cepa: alta (> 90%) • vigor dos brotos: alto
Produtividade esperada • alta (IMA ≥ 40 m3 ha-1 ano-1)
clone E. urophylla (H13) copa cônica, fechada
Atributos
Db = 0,51 g cm-3
Teor de lignina = 28-29% Principais usos • energia, carvão, celulose, madeira tratada • madeira boa para serraria, laminação e faqueamento Suscetibilidade/resistência • Doenças:
muito suscetível à ferrugem
Tolerância à deficiência hídrica • média a alta • 3 a 5 meses secos Características silviculturais • alta rusticidade e estabilidade sob diferentes condições edafoclimáticas
Capacidade de brotação • sobrevivência da cepa: alta (> 90%) • vigor dos brotos: alto
Produtividade esperada • alta (IMA ≥ 40 m3 ha-1 ano-1)
tecido formado durante período de estiagem (agravado pela baixa temperatura)
Ferrugem do eucalipto
Condições favoráveis • Plantas jovens (folhas jovens e terminais de crescimento) • Temperaturas na faixa de 18 - 25 °C (ótimo = 23 °C) • Períodos prolongados de molhamento foliar (orvalho noturno ou garoas por períodos superiores a 6 h por 5 -7 dias consecutivos) Condições desfavoráveis • Órgãos maduros • Ausência de molhamento • Temperatura > 30°C e < 10°C • Em geral, quando as plantas atingem tamanho com cerca de 3-4 m de altura, elas se tornam escapes à doença
diminuição de inóculo e das condições favoráveis à infecção nas partes jovens suscetíveis.
Fonte: Ruiz et al. (1989)
Silva et al. (2013)
2.5. Materiais genéticos recomendados para regiões com
alta deficiência hídrica
Tipo climático
Cwa = Clima subtropical úmido, com inverno seco e verão quente Aw = Clima tropical, com estação seca no inverno Média anual de chuvas: 1000 - 1800 mm/ano Temperatura média anual: 20-24 oC Evapotranspiração média anual: 1000 – 1200 mm/ano Estação seca No de meses: 3 - 4 Déficit hídrico: 100 - 200 mm/ano Materiais genéticos E. urophylla, E. urophylla x grandis, E. grandis x camaldulensis E. urophylla x camaldulensis, E. camaldulensis E. tereticornis
Produtividade esperada (IMA): 35 – 45 m3 ha-1 ano-1
Relação entre materiais genéticos e infestação por plantas daninhas (PD)
U3244 – Clone de E. urophylla
• 1 ano de idade • Copa cônica e fechada • Maior cobertura do solo pela copa • Maior domínio das PD até 2º ano
H3911 – Clone de E. urophylla x grandis
• 1 ano de idade • Copa cilíndrica e aberta • Menor cobertura do solo pela copa • Difícil o domínio das PD até 3º ano
AMCEL, AP 2014
Relação entre materiais genéticos e infestação por plantas daninhas (PD)
U3244 – Clone de E. urophylla
• 4,5 anos de idade • Menor cobertura do solo pela copa • Menor domínio das PD após 2º ano (grande superfície transpirante de PD)
H3911 – Clone de E. urophylla x grandis
• 4,5 anos de idade • Maior cobertura do solo pela copa • Bom domínio das PD após 3º ano
AMCEL, AP 2014
GG 100 – E. urophylla
-100
-50
0
50
100
150
200
250
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1)
PP : 1250 mm / T° C média: 23°C ETP: 1100 mm / ET R: 920 mm Déf. Hídr.: 190 mm / Exc. hídr.: 520 mm
Santa Fé de Minas, MG Altitude : 711 m
-50
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set OutNovDez
DEF(-1)
Lâm
ina
de
águ
a (m
m)
Três Marias, MG Altitude : 760 m
PP: 1440 mm / T°C média: 22,5 °C ETP: 820 mm / ETR: 750 mm Déf. Hidr.: 130 mm / Exc. hídr.: 573 mm
2.5. Materiais genéticos recomendados para regiões com
muito alta deficiência hídrica
Tipo climático
Aw = Clima tropical, com estação seca no inverno Média anual de chuvas: 1100 - 2000 mm/ano Temperatura média anual: 24-26 oC Evapotranspiração média anual: 1100 – 1500 mm/ano Estação seca No de meses: 4 - 6 Déficit hídrico: 200 - 400 mm/ano Materiais genéticos E. urophylla x camaldulensis, E. grandis x camaldulensis E. tereticornis x brassiana, E. tereticornis x urophylla E. brassiana, E. camaldulensis, E. tereticornis
Produtividade esperada (IMA): 25 – 35 m3 ha-1 ano-1
2.5. Materiais genéticos recomendados para regiões com
muito alta deficiência hídrica
Tipo climático
As = Clima tropical, com estação seca no verão BSh = Clima semiárido, com chuvas escassas e irregulares Média anual de chuvas: 700 - 1500 mm/ano Temperatura média anual: 23-27 oC Evapotranspiração média anual: 600 – 1000 mm/ano Estação seca No de meses: > 6 Déficit hídrico: > 400 mm/ano Materiais genéticos O plantio não é recomendado
Materiais genéticos recomendados para regiões
com ocorrência de geada
O potencial de estresse térmico (temperatura mínima e frequência de ocorrência) causado por geada tem que ser menor do que a capacidade de tolerância do material genético.
• Espécies para regiões com geadas leves: E. grandis, E. saligna, E. deanei e E. urophylla
•Espécies para Regiões com geadas moderadas:
E. dunnii, E. maidenii e E. camaldulensis
• Espécies para regiões com geadas severas:
E. benthamii, E. badjensis, E. viminalis, E. nitens, E. globulus
E. grandis
muito suscetível
EXPERIÊNCIA - KLABIN Tolerância das espécies à geadas severas:
E. dunnii E. benthamii Experiência da Klabin
Espécies subtropicais de Eucalyptus
Fonte: James Stahl
41ª Reunião Técnico-científica do PTSM
Geadas no sul
queda brusca da temperatura (frentes polares no inverno)
± 30 geadas por ano
maioria – 4oC (várias atingem – 6oC ou menos)
Numero médio de ocorrência de Geadas: 22 (2 – 31)
Gráfico de Amplitude
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
13-jun 18-jun 23-jun 28-jun 3-jul 8-jul 13-jul 18-jul 23-jul
Te
mp
era
tura
°C
T_00hrs T_06hrs T_15hrs
Geada Severa
12 hrs - ∆ = 22°C
Experiência da Klabin
Espécies subtropicais de Eucalyptus
Fonte: James Stahl
41ª Reunião Técnico-científica do PTSM
E. benthamii
tolerante à geada
Otacílio Costa, SC
Estratégias para adequação genotípica em áreas com alto
risco de geada
1. Escape da geada pelo local
Em uma mesma área, são alocados genótipos com diferentes graus de
tolerância à geada de acordo com a posição topográfica
2. Escape da geada pela época de plantio
• Plantio realizado na primavera, quando a ocorrência de geadas é
mínima;
• As plantações crescem o suficiente para sobreviver à chegada da
próxima estação fria, que começa em abril.
Experiência da Klabin
Espécies subtropicais de Eucalyptus
Fonte: James Stahl
41ª Reunião Técnico-científica do PTSM
Espécies/Clones
menos tolerantes
Espécies/Clones
Tolerantes e/ou
resistentes
Zoneamento local Zoneamento Local
Experiência da Klabin
Espécies subtropicais de Eucalyptus
Fonte: James Stahl
41ª Reunião Técnico-científica do PTSM
E. dunnii
E. dunnii
E. benthamii E. benthamii
Cotas
Inferiores
“baixadas”
Cotas
Superiores
Distribuição das espécies Distribuição de Espécies
Experiência da Klabin
Espécies subtropicais de Eucalyptus
Fonte: James Stahl
41ª Reunião Técnico-científica do PTSM
IMA médio = 42 m3 ha-1 ano-1
IMA médio = 35 m3 ha-1 ano-1
EXPERIÊNCIA - KLABIN Zoneamento em área de ocorrência de geadas fracas
E. dunnii
E. saligna
Experiência da Klabin
Espécies subtropicais de Eucalyptus
Fonte: James Stahl
41ª Reunião Técnico-científica do PTSM
Pinus taeda
(terço inferior)
Eucalyptus benthamii
(terço médio)
Eucalyptus dunnii
(terço superior)
Mapa Pós-Plantio Mapa Pós-Plantio
Eucalyptus grandis Rio Grande do Sul
Higa et al., 2006
Eucalyptus grandis Paraná
Higa et al., 2006
Obrigado