escrever a lÍngua portuguesa · 2019. 12. 10. · questionamentos de porquinho. por exemplo,...
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ESCREVER A LÍNGUA PORTUGUESA
“Daqui a pouco chegaremos ao nosso destino”.
“As aulas terão início a 2 de março”.
“Essa duplicata foi descontada a trinta dias do
seu vencimento”.
“Essa duplicata foi descontada há trinta dias”.
“A reunião aconteceu há várias horas.”
A OU HÁ?
abaixar o volume do / abaixar o tom de voz /
abaixar o topete
baixar uma música pela internet / o custo de
vida baixou
ABAIXAR OU BAIXAR?
“Temos objetivos afins, amigos, mas garanto-
lhes, esse cargo será meu!”
“Vim ao escritório a fim de trabalhar.”
AFIM OU A FIM DE?
O Brasil possui extensa costa.
Meu irmão me deu as costas depois de
nossa discussão.
COSTA OU COSTAS?
O Dirigente deferiu o pedido de licença do
funcionário.
O que difere um funcionário do outro é a sua
forma de organizar o seu trabalho.
DEFERIR OU DIFERIR?
com i , por favor!
Significa falar mal de alguém.
A palavra dó é MASCULINA.
Tenho (um) dó dela...
Se você não conseguir tirar a palavra uma de sua boquinha, troque por pena.
Tenho uma pena dele!
Aquela bolsa está ali para eu usar depois.
Não fale para eu parar de falar porque não vai adiantar.
O que você trouxe para mim ?
Conte tudo para mim .
-- Por favor, pese 200g de presunto e 200g de mussarela (muçarela).
Como pronunciar estas palavras ?
Se for grama de pastar = f
Se for grama de kg(quilograma) =m
Se você é homem, está obrigadO com alguém...
Se você é mulher, está obrigadA .
“Onde você me viu?”
“Aonde você vai?”
ONDE OU AONDE?
O chefe retificou os erros daquela publicação.
Os colegas ratificaram tudo o que ele disse.
Por favor, retifique este atestado, pois está com todas as datas invertidas.
Ratifico e endosso esta declaração.
Como pronunciar esta palavrinha tão utilizada em nosso *dia a dia ?
Qual a sílaba tônica dela (forte) ?
( * agora sem hífen)
Hoje vou ao cinema na sessãodas dez.
Você é novo nesta seção ?
A qual seção devo me dirigir ?
Utilize sempre a palavra sejA, estejA.
A palavra seje NÃO existe!
Blog da oficina: www.acoesnorte1.blogspot.com
Na hora de falar, temos a ideia daespacialidade, mas e quando precisamosescrevê-los ? Eles se chamam pronomesdemonstrativos ou dêiticos.
São usados em referência ao que se vai dizer.
Ex: Acabo de receber estas mercadorias:
canetas, réguas e lápis.
Minha agenda é esta aqui.
Este ano está ....
Neste século ...
Em referência ao que já se mencionou.
Ex: Livros, mochilas , blocos. Foram essasmercadorias que chegaram.
Fugir do problema ? Isso não é do meu feitio.
Em referência a um tempo passado ou futuro remoto.
Ex: Decidimos ir a Salvador. Aquelas férias
foram inesquecíveis.
Naquela oportunidade, algo muito
estranho interferiu no meu comportamento e nada justifica a atitude que tomei.
Este documento que tenho nas mãos, é de suma importância.
Acabam de chegar estasmercadorias.
Isso que carregamos, foi importante mesmo?
O que você quer dizer com isso?
Esse documento que tens na mão, é de suma importância.
Não enviaremos mais esta documentação.
Artur e Maria do Rosário trabalham na DE;este no Pagamento, aquela nas Finanças.
Tudo aquilo que foi dito na reunião de ontem é a pura verdade.
Os porquês do
porquinho
Aconteceu na Grécia!
Era uma vez um jovem porquinho, belo e bom, muito
pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos porquês da
floresta. Tal porquinho, incansável em sua busca, passava o
dia percorrendo matas, cavernas e savanas perguntando aos
bichos e aos insetos que encontrava pelo caminho todos os
tipos de porquês que lhes viessem à cabeça.
- Por que você tem listras pretas se os cavalos não as
têm ? - perguntava gentilmente o porquinho às zebras.
Pernas compridas por quê, se outros pássaros não as
têm? - indagava às siriemas, de forma perspicaz. - Por que isso? Por que aquilo?
Era um festival de porquês, dia após dia, ano após ano,
sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus
questionamentos de porquinho.
Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha
trabalhando arduamente, ele perguntava por quê. E a pergunta
era sempre a mesma:
- Saberias, por acaso, por que fazes o mel, oh querida
abelhinha?
E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre
respondia assim ao porquê:
- Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colméia.
Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, porque
eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade.
Alguma coisa deve estar muito errada, porque eram os
ursões que ficavam com quase todo o mel, sem ter produzido
um pingo.- pensava o porquinho.
Então, valente como os porquinhos de sua época, seguia
pela floresta à procura de ursões, fortes e poderosos, ansioso
por que eles soubessem a resposta. Quando encontrava um,
perguntava:
- Senhor, grande e esperto ursão, poderias me dizer a
razão e solucionar o porquê da questão?
E alguns ursos, mais exibidos, até tentavam responder,
porque de mel eles entendiam muito, mas sobre trabalho... as
respostas eram sempre do senso comum de ursão e não
resolviam a questão.
- Elas fabricam o mel porque ele é muito gostoso. –
diziam uns.
- Elas o fabricam porque o mel é delicioso. – diziam
outros.
Havia aqueles que se limitavam a olhar feio e, ainda,
aqueles que até ameaçavam o pobre porquinho e iam embora,
sem dizer por quê. Apesar disso, o porquinho seguia em frente.
Um dia - porque toda história têm um dia especial - o
porquinho encontrou um oráculo em seu caminho e resolveu
elaborar o seu mais profundo porquê. Afinal, oráculo é para essas
coisas. Então, ele perguntou com sua voz fininha, mas de modo
firme e sonoro
- Por que existo?
Houve um profundo silêncio na floresta e o porquinho
pensou que aquele porquê nunca seria respondido, afinal.
Mas de repente, o oráculo falou, estrondosamente, porque era
oráculo.
- Procure o Sr. Leão, rei da floresta, e pergunte a ele por
que você existe. Só ele lhe dará uma resposta adequada.
Então, feliz, animado e saltitante, lá se foi o porquinho à
casa do grande e sábio rei da floresta, carregando o seu
também grande e sábio porquê.
Ao chegar à casa do leão, o porquinho bateu à porta e,
quando foi atendido por sua realeza, tratou logo de lascar o
seu porquê mais precioso:
- Sr. Leão, rei dos reis, sábio dos sábios, poderia Vossa
Alteza me dizer por que existo?
E o leão, porque era leão, respondeu mais que
depressa: nhac. Mas a mordida ficou no ar porque o
porquinho, esperto como era, saiu correndo. Depois disso,
nunca mais incomodou nenhum animal com seus
intermináveis porquês. E agora chega. Por quê? Você
pergunta... E eu respondo : porque é o fim da história!
Adaptado de um texto de Clóvis Sanches
Por que (separado, sem acento)
Utiliza-se nas interrogativas, sejam diretas ou indiretas.
É um advérbio interrogativo. Exemplos:
Por que ele foi embora? (interrogativa direta)
Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa
indireta)
Dica
Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se
der certo, escreva separado, sem acento.
Queremos saber por que motivo ele foi embora.
Por que
Pode também equivaler a pelo qual, pela qual pelos
quais, pelas quais, sendo o que, nesse caso, um pronome
relativo. Exemplo:
Aquele é o quadro por que ela se apaixonou.
Dica
Substitua “por que” por "pelo qual”, “pelos quais”, “pela qual”
ou “pelas quais":
Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou.
Porque (junto, sem acento)Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa
causal, ou coordenativa explicativa. Exemplos:
Ele foi embora porque cansou daqui.
Não vá porque você é útil aqui.
Dica
Substitua “porque” por "pois“:
Ele foi embora pois se cansou daqui.
Também utiliza-se “porque” com o sentido de "para que",
introduzindo uma finalidade.
Ele mentiu para que o deixassem sossegado
Por quê (separado, com acento)
Em final de frase ou quando a expressão
estiver isolada, usa-se por quê.
Exemplos:
Ele foi embora por quê?
Você é a favor ou contra? Por quê?
Porquê (junto, com acento)
Equivalendo a causa, motivo, razão, porquê é um
substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o.
Exemplo:
Não quero saber o porquê de sua recusa.
Dica
Substitua "porquê" por "motivo".
Não quero saber o motivo de sua recusa.
América do Sul
Europa
África
PAÍSES
LUSÓFONOS
O “k”, o “w” e o “y” entram no alfabeto, que passa a
ter 26 letras.
O trema desaparece das palavras em português
(eqüino, aguentar, bilíngüe, agüentar) e, só aparecem nas
palavras estrangeiras como “ Müller” e Hübner”.
O acento agudo desaparece dos ditongos abertos
“ei” e “oi” em palavras como “heroico”, “ideia”.
O acento circunflexo desaparece em palavras com
o duplo “e” “o”, como “enjoo” e “voo” e também creem,veem deem e assim vai...
No acento diferencial, o acento agudo e o
circunflexo some das palavras para serem
diferenciadas, assim:
pára = para
pélo = pelo
pêlo = pelo
pólo = polo
-
COMO ERA COMO FICOU
anti-religioso antirreligioso
anti-semita antissemita
auto-aprendizagem autoaprendizagem
auto-estrada autoestrada
contra-regra contrarregra
contra-senha contrassenha
extra-escolar extraescolar
extra-
regulamentaçãoextrarregulamentação
O hífen deixa de ser empregado nas seguintes situações:
• • quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
com as consoantes s ou r. Nesse caso, a consoante
obrigatoriamente passa a ser duplicada;
• • quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
com uma vogal diferente.
NO ENTANTO,
o hífen permanece quando o prefixo termina
com r (hiper, inter e super) e a primeira letra do segundo
elemento também é r. Exemplos: hiper-
requintado, super-resistente.
Uma das regras na utilização do hífen em que não
há exceção consiste em:
Todo prefixo que vier antes de palavra
começada com a letra H deve vir com hífen
Exemplos:
Super-homem, anti-higiênico, mal-humorado, infra-
hepático, proto-histórico, pré-história, co-herdeiro.
Se houver dúvidas, consultar os seguintes sites
www.educacao.sp.gov.br link: Guia da reformaortográfica- download grátis
www.brasilescola.com/acordo-ortografico
www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo
http://www.interney.net/conversor-ortografico.php
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
SORAIA
União íntima das partes de um todo. Assimum texto coeso é aquele em que as palavras , asorações e os parágrafos estão interligados ecoerentemente dispostos. Resumindo: nada deveficar solto, jogado.
Mas, então, como uni-las ?
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
SORAIA
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
SORAIA
Há certos mecanismos de coesão.
Eis alguns :
da mesma forma, aliás,também, mas, por fim,pouco depois, pelo contrário, assim,enquanto isso, além disso, a propósito, emprimeiro lugar, no entanto, finalmente, emresumo, portanto, por isso, em seguida,então, já que, ora , daí , dessa forma, alémdo mais, acima de tudo ...
Expressar com um mínimo de palavras o máximo de
informações (desde que a informação seja compreensível).
Como ?
1- Eliminar palavras ou expressões desnecessárias.
Ex: - ato de natureza hostil= ato hostil;
- decisão tomada no âmbito da diretoria = decisão da
diretoria ou a diretoria decidiu
- neste momento nós acreditamos = cremos
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
SORAIA
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
SORAIA
2 - Evitar o emprego de adjetivação excessiva.
Ex: o difícil e alarmante problema da seca =
o problema da seca
ou
a seca
Utilizar a ordem direta = sujeito, verbo, complemento
Evitar parágrafos com negativas múltiplas
Uniformizar o tempo verbal
Exemplos de textos obscuros:
1- A Defesa Civil pede, neste ofício, cobertores para casal
de lã .
2- Ela pensava no tempo em que trabalhava com o Cassio
e concluía que a sua falta de visão teria contribuído para
o fracasso do projeto.
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SORAIA
3- O planejamento estratégico, que é um instrumentovalioso para a gestão da empresa pública, e esta, umaalavanca indispensável ao desenvolvimentoeconômico-social, deve periodicamente passar por umprocesso de revisão, que o atualiza perante as velozesmudanças do mundo moderno.
Como ficaria mais claro ? Menos truncado, difícil de ler ?
O planejamento estratégico deve periodicamente passarpor um processo de revisão.
Ou ainda: O planejamento estratégico deveperiodicamente ser revisado.
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
SORAIA
Ao redigir uma comunicação oficial, devemos lembrar
sempre que ela dever ser isenta de individualidade,
pois trata-se de interesse público.
(A palavra público vem do latim Publico do verbo publicar, que deriva do Latim PUBLICARE, tornar
público, de PUBLICUS, relativo ao povo, de POPULUS, povo).
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SORAIA
É a maneira de redigir própria da
Administração Pública.
Sua finalidade básica é possibilitar a
elaboração de comunicações e normativos
oficiais claros e impessoais cujos objetivos são
transmitir as mensagens com eficácia, que
permitirão entendimento imediato. Portanto há
que se redigir de forma objetiva e concisa com
clareza, coesão e correção gramatical.
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Chavões – lugar comum, clichê – algo que, de tanto ser repetido, perde a força original e “envelhece” o texto. Exemplos:
inserido no contexto
obra faraônica
singela homenagem
perda irreparável
tábua de salvação
...
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Pleonasmos – repetições da mesma ideia:
Acabamento final; certeza absoluta;
elo de ligação; conviver junto; criação nova; empréstimo temporário; encarar de frente;
fato real; há anos atrás; multidão de pessoas;
planejar antecipadamente; relações bilaterais entre dois países ; sintomas indicativos;
surpresa inesperada; todos foram unânimes
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Frase ambígua: a que pode ter mais de umsentido. Isso é muito complicado quandoaparece numa comunicação pública, pois podegerar grandes mal-entendidos. Exemplos:
Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou ofuncionário.
A senhora encontrou o garotinho em seuquarto.
A cachorra da Clotilde me olhou feio!
Preciso da chave do armário que estava nacozinha.
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
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Correspondência oficial utilizada para tratar deassuntos de interesse da Repartição, na qualsão formalizadas as comunicações com osDirigentes e demais autoridades de outrasinstituições.
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
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REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
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Estrutura:Denominação do ato – Ofício (emnegrito, com o respectivo número eano, com alinhamento à esquerda.Local e data por extenso, na linhaseguinte à da denominação do ato,com alinhamento à direita.Vocativo, seguido de vírgula.
Texto com exposição do assunto.
Fechamento, com a expressão : Respeitosamente ou Atenciosamente
Nome do emitente, centralizado, em letras maiúsculas e em negrito e o respectivo cargo.
Expressão de tratamento do destinatário: nome completo , endereço, com alinhamento na parte inferior esquerda da primeira página do ofício.
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
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Devo utilizar Atenciosamente ouRespeitosamente ?
Depende do seu cargo. Na hierarquiaburocrática, se você estiver no mesmo partamardo destinatário , use Atenciosamente.
Se você for hierarquicamente “inferior” aodestinatário, use Respeitosamente.
REDAÇÃO OFICIAL- NORTE 1-PCOP MARIA CECILIA E CLAUDIA
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORD. DE ENSINO DA REGIÃO METROP. DA GRANDE SÃO PAULO
DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO NORTE 1
Rua Faustolo, nº 281, Água Branca-Fone: 3864.2086 – SÃO PAULO - SP
São Paulo, 10 de maio de 2010.
OFÍCIO: Nº. _ _ _/2010
ASSUNTO: _ _ _
Sra. Diretora
Informamos a V. Sª que através de Ato Publicado em D.O.E. de 01/05/2010, foi
cabalmente cumprida a Obrigação de Fazer em nome da interessada abaixo.
Nome: _____________________________________
RG: ____________________
Com votos de estima e consideração, subscrevemo-nos
Atenciosamente,.
Michel Abou Assali
RG:
Dirigente Regional de Ensino.