espaço - sindimetal · É inquestionável o fato de que ainda hoje, por ser a sida doença grave...
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Espaço SINDIMETAL - Nº50 | Jan - Fev 2015 | Ano 9
Exposiçõese missões
Grupos de Estudos
Jurídico Ambiental
04 06 10 16CELSUS na Vitrine
DIVERSAS ATIVIDADES DO SINDIMETAL PREVISTAS NA AGENDA 2015
Páginas 08 e 09
www.sindimetalrs.org.br Ano internacional L U Z
EspaçoEspaço
Ponto de Vista02 Espaço SINDIMETAL | Nº50
futuro da indústria?O que esperar do
Integrantes do Comitê Desenvolvimento de Lideranças Caroline Vargas Jacqueline Mariani
ŸO PAPEL DESTE INFORMATIVO É PROVENIENTE DE ÁRVORES DE FLORESTAMENTO.
100%DOS IMPRESSOS EM PAPEL
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InstitucionalEspaço SINDIMETAL | Nº50
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Frases do rodapé: anointernacionaldaluz.blogspot.com.brOs trabalhos assinados são de responsabilidade de seus autores.
2000
Ações|Comitê04 Espaço SINDIMETAL | Nº50
estandes coletivos e individuais nas feirasAbertas as inscrições para participar dos
www.sindimetalrs.org.brAno internacional
L U Z
Cultura presente nos Lean Meetings Lean
ManufacturingComitê do SINDIMETAL
LM
Comitês 05Espaço SINDIMETAL | Nº50
Saúde, Segurançae Meio Ambiente
Comitê do SINDIMETAL
SSMA
“As pessoas é que fazem a diferença. Elas são o nosso maior patrimônio” (Agnelo Seger)
Desenvolvimentode LiderançasComitê do SINDIMETAL
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Comitê06 Espaço SINDIMETAL | Nº50
Ações Motivacionais
Recursos HumanosComitê do SINDIMETAL
RHGrupo de Estudos
SINDIMETAL
Comitê 07Espaço SINDIMETAL | Nº50
absenteísmo funciona como
Ouma forte ferramenta de gestão
é um indicador que busca
analisar, calcular e medir a quantidade de
horas não trabalhadas e o impacto disto
em um ambiente de trabalho. Esse índice
serve para identificar os motivos das faltas
dos colaboradores, para posteriormente
montar um plano de ação visando reduzir
as ocorrências, diminuindo o absenteísmo
e fortalecendo a organização.
AbsenteísmoDébora Scherer - Flecksteel
ada vez mais a informação está ao
Cacesso de todos. Quem possui
conhecimento e informação tem
vantagem competitiva no mercado. A
organização precisa saber onde está e
aonde quer chegar, e para isto se torna
necessário pontuar os indicadores para
análise e tomada de decisão.
O RH vem se desenvolvendo e
mudando o seu papel, passando de um
modelo mais burocrático para um parceiro
do negócio, contribuindo de forma mais
estratégica para o desempenho da
empresa.
Este artigo trata da importância do
novo papel do RH como um “business
partner” do negócio e de como os
indicadores podem contribuir para medir,
verificar e comparar os processos de RH da
empresa, comparando com o que se
pratica no mercado.
Ferramentas para um RH mais estratégicoClarice Canabarro - Altus
o cenário atual das empresas, o
Nrecurso mais escasso tem sido o
recurso humano com competências
necessárias para enfrentar os desafios atuais.
Agravando o problema das empresas, que
não conseguem bons profissionais para
suprirem as suas necessidades, existe outra
situação assombrando diariamente as áreas
de relações humanas que é a retenção de
pessoas, ou seja, o fato de as pessoas não
permanecerem nas empresas.
Para auxiliar no processo de retenção de
pessoas o indicador de turnover aliado com o
indicador de entrevistas de desligamento são
boas opções de ferramentas focadas no
diagnóstico, buscando entender quantidade
e os motivos pelos quais as pessoas deixam
uma determinada empresa.
Um indicador bem apurado e analisado
pode ser uma ferramenta chave para a
construção de uma política de retenção de
pessoas, valorizando os profissionais de uma
forma vantajosa e ao mesmo tempo viável
para a empresa.
Medindo retenção de pessoas através do Turnover
Manoele Rubiane Schneider – Demuth
otatividade ou Turnover é um conceito Rfrequentemente utilizado na área de Recursos Humanos (RH) para designar
a ro ta t i v idade de pes soa l em uma organização, ou seja, as entradas e saídas de funcionários em determinado período de tempo.
Na área de RH, o cálculo de turnover tem a
função de determinar a percentagem de substituições de funcionários antigos por novos e, consequentemente, analisar a capacidade da empresa em manter os seus colaboradores.
Além de um custo elevado que a rotatividade gera para as empresas, a perda de pessoas, significa a perda de conhecimento
e capital intelectual.
Um controle eficiente deste indicador será fundamental para ajudar os gestores da empresa a reter seus talentos.
O manejo adequado deste indicador deve ser estratégico nas organizações interessadas em reter seus talentos, oportunizando assim, crescimento pessoal e da organização.
rotatividade de pessoal ou turnover é Aa saída e entrada de pessoal em uma
empresa (admissão e demissão). O
turnover gera diversas consequências às
organizações. Se não forem devidamente
controladas essas consequências podem vir a
ser negativas, como queda da produtividade
e custos altos com processos de seleção,
demissão, admissão e capacitação de novos
funcionários.
Os custos interligados com a rotatividade
de pessoal podem ser bastante significativos,
pois se considera desde a queda de
produtividade até uma relativa perda na
história da organização, uma vez que o
desligamento de um veterano desliga
também uma parte da história.
A organização deve estar sempre atenta
ao índice do turnover e procurar manter ele
mínimo e satisfatório, pois durante o período
onde se demite um funcionário e se contrata
outro a produtividade sempre é menor e os
custos para isso podem se tornar um prejuízo
para a empresa.
Rotatividade - Medir para controlar
Rotatividade de Pessoal
Marli Karin Wondracek – Alu-Cek
Maiara Bittencourt Lauxen - Demuth
Indicadores de Gestão de RH
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Cultura
”.
o dia 31 de dezembro de 2014, Nfoi publicada no Diário Oficial
do Estado, a Portaria FEPAM nº
127/2014, a qual estabelece os critérios e
as diretrizes que deverão ser considera-
dos para execução das auditorias
ambientais, no Estado do Rio Grande do
Sul.
Para melhor contextualizar a Portaria
FEPAM nº 127/2014, convém, primeira-
mente, ressaltar que o Código Estadual
de Meio Ambiente (Lei nº 11.520/2000)
determina, em seu art. 88, a realização de
auditorias ambientais periódicas de toda
atividade de elevado potencial poluidor
ou processo de grande complexidade ou
ainda de acordo com o histórico de seus
problemas ambientais, às expensas e de
responsabilidade de quem der causa, e,
para outras atividades que não possuam
tais características, permite que sejam
exigidas auditorias ambientais, a critério
do órgão ambiental competente.
O Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), contudo, por
meio da Resolução nº 306/ 2002, apenas
estabelece os requisitos mínimos e o
termo de referência para realização de
auditorias ambientais, objetivando
avaliar os sistemas de gestão e controle
ambiental nos portos organizados e
instalações portuárias, plataformas e
suas instalações de apoio e refinarias,
tendo em vista o cumprimento da
legislação vigente e do licenciamento
ambiental.
Assim, em face da necessidade da
melhoria contínua do Sistema de Gestão
Ambiental dos diversos ramos de
atividades com potencial poluidor no
Estado do Rio Grande do Sul, foi publica-
da a Portaria FEPAM nº 127/2014.
Com ela, fica estabelecido que a
auditoria ambiental deverá ser realizada
por equipe de auditores cadastrada na
FEPAM e com, no mínimo, um auditor
ambiental com experiência na execução
de auditorias na atividade a ser auditada,
sendo que, em caso de não preencher o
requisito referente à experiência na
execução de auditorias na atividade a ser
auditada a equipe de auditoria deverá
ser acompanhada por um especialista
(art. 2º, caput, e §1º).
Ainda, deve-se destacar que a
realização de Auditoria Ambiental e a
apresentação de seus resultados não
exime o empreendimento de qualquer
ação fiscalizatória ou do atendimento a
outras exigências da legislação em vigor
(§2º do art. 2º).
De acordo com a Portaria, o relatório
de auditoria ambiental compulsória e o
plano de correção das inconformidades
servirão de base para a renovação do
licenciamento ambiental do empreendi-
mento, sendo que a FEPAM poderá, a
qualquer tempo e de forma justificada,
definir critérios e orientações adicionais
para execução das auditorias ambientais,
em função de peculiaridades do caso
concreto.
Além disso, em observância ao prazo
máximo de três anos previsto no art. 96
da Lei Estadual nº 11.520/2000, a Portaria
dispõe que a realização de auditorias
ambientais periódicas deverá ser
realizada a cada 2 (dois) anos ou, ainda,
de acordo com o histórico de seus
problemas ambientais (art. 5, caput e
§1º).
No entanto, para as atividades não
tidas como de elevado potencial
poluidor, que não possuam processo de
grande complexidade e que não tenham
histórico de problemas ambientais, a
auditorias ambientais poderão ser
exigidas a critério da FEPAM.
Por fim, cabe salientar que, para as
atividades licenciadas através de EIA
(Estudo de Impacto Ambiental) / RIMA
(Relatório de Impacto Ambiental), as
auditorias ambientais deverão ser
realizadas por equipe de auditoria
multidisciplinar cadastrada na FEPAM em
conformidade com a Portaria 040/2010,
no prazo máximo de 05 anos, contados
da emissão da primeira Licença de
Operação – LO, bem como atender aos
critérios e diretrizes definidos na Portaria
nº 127/2014.
*Advogados integrantes da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL, na área Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial.
Jurídico Ambiental10 Espaço SINDIMETAL | Nº50
inquestionável o fato de que ainda
Éhoje, por ser a SIDA doença grave e,
até então, incurável, o portador do
vírus HIV é, no mais das vezes, estigmati-
zado, mormente dadas às formas de
contágio estarem associadas – algumas –
a comportamentos sociais potencial-
mente reprováveis pelo senso médio da
sociedade. Felizmente, em função do
conhecimento científico adquirido no
passar das três últimas décadas, perce-
bem-se avanços rápidos neste sentido,
seja no tratamento efetivo e cada vez
mais eficiente dos infectados, seja na
educação social diretamente voltada à
informação sobre prevenção de contá-
gio pelo HIV. Contudo, tal perspectiva
ainda não é senso comum, sendo notável
Estado do Rio Grande do SulAuditorias Ambientais no
* Vicente Eggers OAB/RS 91.455
Jurídico Trabalhista
* Vicente Eggers OAB/RS 91.455
Empregado Portador
do Vírus HIV*Fernando de Morais Garcez OAB/RS 69.356
*Fernando de Morais Garcez OAB/RS 69.356
*Franciele Ledur OAB/RS 45E796
Jurídico Trabalhista 11Espaço SINDIMETAL | Nº50
– mesmo que cada vez menos - que
ainda há discriminação e preconceito
ante soropositivos.
Assim, certo é que o portador do
vírus HIV, em implicação da grave
doença adquirida, encontra-se em
condição especialmente fragilizada,
tanto física quanto psiquicamente. No
mais das vezes, dado à parcela social
estatisticamente mais atingida pela
enfermidade, indivíduos em tal situação
não possuem emprego formal e lhe é
(ou, ao menos, seria) assegurado – pelo
Estado – o direito constitucional à Saúde,
que deve ser observado.
O ambiente de trabalho não resta
imune a esse sentimento. É no ambiente
laboral que o trabalhador portador do
vírus HIV tende a passar maior tempo
submetido a possíveis constrangimentos
advindos das mais variadas fontes:
colegas de trabalho, superiores e até
clientes do empregador. Isso porque, em
um país que carece de investimentos
estatais em educação, saúde e informa-
ção, muitas pessoas que não tiveram
acesso às noções básicas de saúde
permanecem acreditando que a doença
pode ser facilmente transmitida pelo
trato comum no dia a dia, além de todas
aquelas crendices relacionadas à SIDA
que, sem dúvidas, mostraram-se irreais e
foram sendo desacreditadas, cientifica-
mente, com o passar do tempo.
Por tais razões, é obrigação legal do
empregador manter um ambiente de
trabalho hígido, saudável e apto aos
trabalhadores desenvolverem suas
atividades, com especial atenção a não
discriminação de nenhuma natureza.
Entretanto, não há no ordenamento
jurídico lei específica de proteção aos
portadores do vírus HIV. O que se têm
assegurado pela Constituição Federal
são direitos fundamentais a todos os
cidadãos, inclusive o trabalhador,
principalmente no que diz respeito ao
direito a não discriminação. Este direito
proíbe e pune qualquer atitude que
possa causar dor e constrangimento
(relacionado à doença ou condição de
portador do vírus) no indivíduo soropo-
sitivo no ambiente de trabalho, seja
dificultando o acesso a uma vaga de
emprego ou impedindo que o funcioná-
rio progrida na sua carreira, atribuindo-
lhe tratamento diferenciado frente aos
demais funcionários.
Ainda, importante mencionar que,
em razão do direito fundamental à vida
privada, ao empregador é vedado
requerer exames – admissional, periódi-
cos ou demissional – com vistas a atestar
que o empregado é ou não soropositivo,
ou até mesmo buscar informações que
demonstrem essa condição. Pois, certo,
o empregador não pode se valer de tais
atos com fins discriminatórios. A recusa
na admissão do empregado portador do
vírus HIV, por este motivo, por exemplo,
seria ato pré-contratual flagrantemente
discriminatório.
Em atenção ao trabalhador, o
ordenamento jur ídico não prevê
nenhuma hipótese de diferenciação ao
empregado soropositivo. Não obstante,
depois de muita disputa de teses judiciais
a respeito (o trabalhador soropositivo é
estável x não é estável), entre as soluções
encontradas, com preocupação a
possível ofensa à dignidade da pessoa
humana do empregado portador do
vírus, foi publicada pelo Tribunal Superior
do Trabalho a Súmula nº 443, com a
seguinte redação: “Presume-se discrimi-
natória a despedida de empregado
portador do vírus HIV ou de outra
doença grave que suscite estigma ou
preconceito. Inválido o ato, o emprega-
do tem direito à reintegração no
emprego”. O nosso Tribunal Regional do
Trabalho adota entendimento similar, em
literais o Precedente nº 64: “Desde que
ciente o empregador, é vedada a
despedida arbitrária do empregado que
tenha contraído o vírus do HIV, assim
entendida a despedida que não seja
fundamentada em motivo econômico,
discipl inar, técnico ou financeiro,
assegurando, neste caso, a readaptação
ou alterações que se fizerem necessárias
em função da doença”. Este entendi-
mento está baseado na conjunção de
princípios assegurados constitucional-
mente, tendo em mira a dignidade da
pessoa humana, da qual redunda, entre
outros, o direito à saúde e ao trabalho.
Todos confrontados, neste caso, com o
direito de o empregador resilir um
contrato de trabalho sem justo motivo,
desde que compense nos termos da lei o
empregado.
Percebe-se que a or ientação
jurisprudencial em nenhum momento
faz menção a estabilidade no emprego
do portador do HIV, porém, norteia que
nos casos de despedida imotivada, a
empresa deve comprovar que essa
resilição não se deu através de atitudes
discriminatórias. Caso contrário, abre-se
azo à postulação de reintegração desse
empregado ao seu emprego na empre-
sa. Ressalvam-se aqui, os casos onde há
expressa previsão de estabilidade do
empregado portador do vírus HIV no
emprego, disposta em eventual instru-
mento coletivo.
Tarefa das mais difíceis e inglórias –
por todos os motivos envolvidos – é a
comprovação da fundamentação de
uma resilição sem justa causa de
contrato de trabalho pelo empregador.
Ou seja, é complicado provar não ter
discriminado um funcionário portador
do vírus HIV ao resilir sem justa causa seu
contrato de trabalho, pois a jurisprudên-
cia determina presumir discriminatória
nesta hipótese de resilição.
Não há dúvidas, portanto, de que o
contrato de trabalho é condição para
uma melhor qualidade de vida do
soropositivo, pois é o meio que proporci-
ona a sua subsistência, além de lhe
engrandecer como pessoa.
Por tais motivos, o Poder Judiciário
tem coibido, fortemente, toda e qual-
quer forma de discriminação em face do
empregado soropositivo, bem como
limitado o direito potestativo do empre-
gador de resilir o contrato sem justo
motivo, sobretudo quando verificada a
abusividade do ato.
Assim, em sendo buscada a tutela
jurisdicional e não comprovada o motivo
da resilição contratual ou provado o ato
discriminatório, o empregador poderá
ser condenado à readmissão do
empregado com ressarcimento integral
de todo o período de afastamento,
mediante pagamento das remunerações
devidas ou ao pagamento, em dobro, da
remuneração do período de afastamen-
to, ambas corrigidas monetariamente e
acrescido os juros legais.
*Advogados e bacharela em Direito integrantes da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL, na área Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial.
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ntre os vários consensos que se Elogrou construir acerca da Carga
Tributária Brasileira, um ocupa
papel de inegável destaque, dada sua
inequívoca fundamentação: o insuportá-
vel peso da tributação indireta. Essa
verdadeira opção política e econômica
que, historicamente, vem se afirmando
como se não fosse possível dela se
afastar, é responsável pelas duas
principais características do modo de
tributar brasileiro: a regressividade e a
complexidade. A primeira impõe,
àqueles com menor capac idade
econômica, a assunção de um ônus
inversamente proporcional a tal capaci-
dade, enquanto que a segunda torna a
apuração dos tributos uma atividade
excessivamente onerosa e burocrática.
Todavia, não é sobre esta questão
tributária que a coluna vai se ocupar.
Pretende-se examinar outra das
principais distorções da economia
brasileira, com seus nefastos efeitos.
Trata-se, pois, da questão dos juros, em
seus múltiplos aspectos.
Em primeiro lugar, as altíssimas taxas
de juros cobradas do consumidor final
têm um perverso efeito regressivo –
idêntico ao da tributação indireta, antes
referida – pois quando o preço da
mercadoria está “contaminado” por taxas
de juros, que chegam ao descalabro de
72,33 % ao ano, àqueles com maior
dependência do crédito, tornam-se suas
maiores vít imas, sem contar que
adquirem pouco e pagam muito, o que
colabora para frear concomitantemente
a produção e a demanda (Dowbor
Ladislau. A esterilização dos recursos do
país. Le Monde Diplomatique Brasil, Ed.
89. dez/2014).
Nas palavras de Dowbor, “as pessoas,
ao fazerem uma compra a crédito,
gastam mais com os juros do que com o
próprio valor do produto adquirido”,
sendo que, em termos práticos, “com-
pram a metade do que o dinheiro delas
poderia comprar, se o fizessem à vista –
isso porque a compra à vista já inclui os
lucros de intermediação comercial”. (op.
cit).
Não bastasse isso, as taxas praticadas
pelos Cartões de Crédito ultrapassam
quaisquer possibilidades de serem
adequadamente adjetivadas, valendo
lembrar que, além disso, as operadoras
cobram das empresas comerciais entre
3% e 5% sobre as compras pagas com
cartões, o que acaba por assumir
características de um cumulativo,
regressivo e oneroso “tributo”, em prol de
uma entidade privada.
No que tange às pessoas jurídicas, as
abusivas taxas de juros impõem dois
fatores, os quais inequivocamente
colaboram para travar o desenvolvimen-
to econômico nacional. De um lado, as
altas taxas de juros cobradas pelo
sistema financeiro inibem investimentos,
que poderiam propiciar o incremento
das atividades econômicas, desconside-
rando-se o fato de que não há país que
tenha alcançado desenvolvimento, sem
uma indústria sólida. Por outro lado, é
difícil convencer àqueles que dispõem de
capitais a investi-los na atividade
produtiva, quando têm como alternativa
a remuneração paga por uma aplicação
financeira, de baixo risco, como ocorre
em relação aos títulos públicos brasilei-
ros.
Ocorre que a referida remuneração é
bancada pelo próprio Estado Brasileiro -
mediante arrecadação tributos – sendo
fácil constatar, desta forma, que uma
gigantesca parcela de recursos públicos
é destinada justamente ao próprio
sistema financeiro privado e seus
investidores. Essa conta corresponde a
algo próximo a 5% do Produto Interno
Bruto, cerca de 240 Bilhões de reais ao
ano, ou o equivalente a mais de 15 % do
total da arrecadação total. (op. cit). Sem
essa cifra, poderia se dizer, inclusive, que
a Carga Tributária Brasileira estaria apta a
ser reduzida em até seis pontos percen-
tuais em relação ao PIB.
Não se ignoram as justificativas pelas
quais este quadro permanece, com
poucas variações, por tantos anos. O
combate à inflação, a inadimplência, a
fraude, o risco, etc. são, entre outros, os
principais óbices vislumbrados por
especialistas do setor financeiro, em
generosos espaços concedidos pelos
meios de comunicação tradicionais. Em
vista disso, cria-se uma espécie de
verdade inconteste, segundo a qual seria
impossível que, no Brasil, fossem
praticadas taxas de juros - oficiais ou de
mercado - semelhantes aos demais
países.
Como consequência desse quadro,
perpetua-se uma espécie de “estado de
exceção econômico”, que tem de um
lado uma esmagadora maioria de
perdedores ( indústr ia , comércio,
consumidores: cidadãos em geral) e uma
pequena minoria de vencedores (sistema
financeiro e investidores). Vive-se, assim,
no paraíso do rentismo financeiro, à
custa de uma Carga Fiscal regressiva e da
expropriação, juridicamente aceita, dos
recursos daqueles que utilizam o crédito.
Não há mais como adiar um grande
debate nacional sobre essa “deformação
sistêmica”, da economia brasileira, nas
felizes palavras de Dowbor. A persistên-
cia do atual cenário inviabiliza os
fundados desejos de desenvolvimento
econômico e social e de redução das
persistentes desigualdades, com vistas à
construção de um futuro próspero e
harmonioso para todos. Parece dema-
gogia dizer isso, mas esse exagero
retórico merece censura substancial-
mente menor do que o discurso de
sustentação do status quo , antes
referido, que há tanto tempo vem
prevalecendo justamente em prol
daqueles que o sustentam. Trata-se, pois,
de um amargo remédio prescrito
justamente por aqueles que se benefici-
am dele; tão absurdo quanto seria se um
médico fosse o único beneficiado pelos
medicamentos por ele prescritos,
enquanto que os indesejáveis efeitos
colaterais fossem supor tados por
aqueles que ingerem o medicamento na
ingênua esperança da cura.
*Advogado da equipe Buffon & Furlan Advogados Associados I Assessoria Jurídica do SINDIMETAL, na área Tributária.
Jurídico Tributário12 Espaço SINDIMETAL | Nº50
peso de um “não tributo”Juros: o insuportável
*Marciano Buffon OAB/RS 34.668
Campanha de Vacinação
contra a gripeoi lançada, no dia 26 de janeiro, a FCampanha de Vacinação contra
Gripe 2015, vinculada ao Programa
de Promoção da Segurança, Saúde e
Qualidade de Vida do Trabalhador da
Indústria, numa iniciativa do Serviço Social
da Indústria do Rio Grande do Sul (SESI-
RS). O período de adesão, que iniciou no
dia 09 de fevereiro, encerra no dia 13 de
março.
A vacinação começará em abril e
objetiva reduzir o afastamento de
trabalhadores por gripe. A ação incluirá a
vacinação de 250 mil trabalhadores e o
fornecimento de materiais educativos a
fim de promover orientações e medidas de
cuidados e prevenção à gripe. Neste ano,
o atendimento nas dependências das
empresas somente ocorrerá quando o
número de inscritos a serem vacinados for
igual ou superior a 10 trabalhadores. Para
as demais empresas, o SESI poderá
disponibilizar suas estruturas próprias
(Centros de Atividades – CATs) em dias e
horários predeterminados.
Mais informações poderão ser obtidas
com a equipe de coordenação da
Campanha de Vacinação, através do e-
mail [email protected].
Novas empresas podem aderir ao PDF Demetal Desenvolvimento de Fornecedores SINDIMETAL
DEMETAL
Programa de Desenvolvimento
Ode Fornecedores (PDF) foi
desenvolvido para proporcio-
nar aprimoramento técnico e gerencial
às micro e pequenas empresas (fornece-
doras), com foco nas diretrizes das
empresas associadas ao SINDIMETAL
(âncoras). A iniciativa busca melhorar e
otimizar o fornecimento de produtos e a
prestação de serviços, combatendo o
desperdício e aumentando a qualidade e
a produtividade de todos os envolvidos
na cadeia produtiva.
Em parceria com o SEBRAE, o
SINDIMETAL promove também o
Demetal, que busca aperfeiçoar e
qualificar os métodos e processos de
gestão das MPE´s, de seus produtos e
serviços, independente de estarem
vinculadas a alguma âncora associada
dos PDFs existentes. Além disso, visa à
redução de custos e perdas de produção,
bem como melhorar o resultado
operacional das empresas envolvidas.
Mais informações sobre o Programa
Demetal poderão ser obtidas com Paulo
Ziegler, através do e-mail secretarioexe-
[email protected] ou do
telefone 3590-7710.
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13Espaço SINDIMETAL | Nº50 Ações | Institucional
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
1º - Confraternização Universal - Feriado Nacional
20 - São Sebastião - Padroeiro da cidade - São Sebastião do Caí
31 - Emancipação do Município - Campo Bom
17 - Carnaval (3ª feira) - Ponto facultativo
28 - Emancipação do Município - Esteio e Sapiranga
20 - Emancipação do Município - Alto Feliz, Vale Real, Linha Nova, Morro Reuter,
Pareci Novo e Maratá
26 - Emancipação do Município - Lindolfo Collor
03 - Sexta-feira da Paixão - Feriado Nacional
05 - São Vicente Ferrer - Novo Hamburgo
11 - Aniversário do Município - Brochier
12 - Festa da Penha - Estância Velha
13 - Emancipação do Município - Harmonia
21 – Tiradentes - Feriado Nacional
1º - Dia do Trabalho - Feriado Nacional
05 - Emancipação do Município - Montenegro
09 - Feriado Municipal - Tupandi
12 - Emancipação do Município - Santa Maria do Herval, Barão, Bom Princípio
e Poço das Antas
14 - Ascensão do Senhor - Araricá, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor,
Novo Hamburgo, Picada Café e Presidente Lucena
20 - Feriado Municipal - Harmonia
04 - Corpus Christi - São Leopoldo - Ponto facultativo nas demais cidades
24 - São João - Montenegro
25 - Imigração Alemã (Dia do Colono), Dia de São Cristóvão - Brochier,
Santa Maria do Herval, São Leopoldo, Feliz, Alto Feliz, Linha Nova e Maratá
26 - Dia de Sant'Ana, Padroeira da cidade - Capela de Santana
22 - Imaculado Coração de Maria - Esteio
07 - Independência do Brasil - Feriado Nacional
08 - Emancipação do Município - Estância Velha
10 - Emancipação do Município - Dois Irmãos
20 - Revolução Farroupilha - Feriado Estadual
29 - Dia de São Miguel - Padroeiro da cidade - Dois Irmãos
09 - São João Leonardi - Emancipação do Município - Portão
12 - Nsa. Sra. Aparecida - Feriado Nacional
19 - São Pedro de Alcântara e Emancipação do Município - Ivoti
28 - Dia do Servidor Público - Estância Velha
31 - Dia da Reforma Luterana - Linha Nova e Poço das Antas
02 – Finados - Feriado Nacional
10 - Emancipação do Município - Presidente Lucena
15 - Proclamação da República - Feriado Nacional
08 - Nsa. Sra. da Conceição - São Leopoldo, Morro Reuter e Sapucaia do Sul
08 - Emancipação do Município - Capela de Santana
20 - Feriado Municipal - São José do Hortêncio
25 – Natal - Feriado Nacional
28 - Emancipação do Município - Araricá
Calendário de Feriados em 2015
Acompanhe os feriados, que ocorrerão no País, em 2015, e os previstos, igualmente, no calendário dos municípios da base territorial do SINDIMETAL.
*O calendário está também disponível no site www.sindimetalrs.org.br
14 Espaço SINDIMETAL | Nº50Serviços
página 15 deste informativo tradicionalmente tem sido Aum canal aberto, destinado à promoção das conquistas
das empresas, como lançamento de produtos,
divulgação de premiações, par ticipações em feiras,
comemorações, entre tantos outros motivos que merecem ser
registrados e divulgados.
Usufrua deste espaço gratuito e participe. Teremos a maior
satisfação em noticiar. Os contatos deverão ser mantidos com a
área de Comunicação e Marketing, através de Andrea
Maganha, pelo e-mail [email protected] ou
pelo fone 3590-7707.
Mercado 15Espaço SINDIMETAL | Nº50
undada no dia 1º de janeiro de F1995, pelo seu atual diretor Egidio
Roduit Flores, com o apoio de sua
e s p o s a M a r l e n e F l o r e s , a M J
I m p l e m e n t o s R o d o v i á r i o s e s t á
atualmente situada na cidade São
Sebastião do Caí, e conta com a
administração familiar dos filhos Débora,
Halaim e Suelen.
A MJ nasceu com intuito de realizar a
manutenção em carrocer ias s i lo
graneleiro, que transportam ração, pois
não havia nenhuma outra empresa
especializada neste tipo de serviço na
região.
Com o passar do tempo, a empresa
foi ampliando, surgindo então a
necessidade de um novo espaço. Assim,
no ano de 2002, transferiu sua sede para
o novo traçado da Rodovia RS 122,
passando a contar com 20 mil m2 de
área, para atender de forma plena seus
clientes.
Atualmente, a empresa é uma das
principais fabricantes de implementos
rodoviários do Estado, com vendas para
todo o Brasil, tendo como principal
diferencial de fabricação um trabalho
voltado a atender as necessidades do
cliente.
Divulgação das empresas
Conquista Certificação
ISO 9001/2008
Buscando continuamente a
melhoria de seus proces-
sos, a qualidade de seus
produtos e a satisfação dos seus
clientes, a Alu-Cek Indústria e
Comércio Ltda., com sede no
município de Sapucaia do Sul,
conquistou, no mês de novembro
do ano passado, a sua certificação
NBR ISO 9001/2008.
Com o empenho de todos os
colaboradores, juntamente com o
auxílio da consultora Tatiane
Simfronio e através do programa
Rumo a ISO 9001 do SEBRAE, a
Alu-Cek foi auditada pela empresa
certificadora BR-TÜV - Avaliações da
Qualidade S.A. nos dias 03 e 04 de
novembro, resultando na certificação
com zero não-conformidades. O
trabalho transcorreu ao longo de dois
anos, desde a participação de cursos de
auditores internos e a implantação dos
processos e requisitos da norma ISO
9001.
Fundada em 1947, em Genebra, a ISO
é uma organização não governamental e
está presente em cerca de 162 países. A
sua função é a de promover a normatiza-
ção de produtos e serviços, para que a
qualidade dos mesmos seja permanen-
temente melhorada. A Norma ISO 9001
estabelece um modelo de gestão da
qualidade para organizações em geral,
qualquer que seja o seu tipo ou dimen-
são. Na Alu-Cek, a abrangência da
norma é bastante ampla, pois tem
processos desde o projeto até a
instalação no cliente.
A Alu-Cek agradece aos seus
clientes que estiveram envolvidos
neste processo e que contribuíram
para esta conquista, assim como
aos fornecedores que passaram
por avaliações e inspeções”,
afirmam os diretores Udo e Marli K.
Wondracek. “Destacamos também
o trabalho do SEBRAE, pelo apoio
através de capacitações, consulto-
rias e subsídios, bem como à
Tatiane Simfronio, pela paciência
nas consultorias, pelas sugestões muito
valiosas, e pela amizade que permane-
ce”, afirmam os empresários, lembrando
principalmente dos colaboradores, que
com muito empenho foram agentes
decisivos para a conquista da certificação
NBR ISO 9001/2008.
Equipe Alu-Cek
Fonte: Alu-Cek
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Implementos Rodoviários anos20
Comemora
Fonte: MJ Implementos Rodoviários
Sede da MJ
Vitrine Espaço SINDIMETAL | Nº50
www.celsus.com.br
Sede da empresa
om sede em Novo Hamburgo, a Celsus Metalúrgica é
Cdestaque na fabricação de acessórios para móveis e
esquadrias, tendo sempre como meta o equilíbrio entre
mercado, desenvolvimento e resultado. O seu portfólio é
formado por mais de 8 mil itens que são comercializados em
todo território brasileiro.
A história da empresa iniciou no dia 02 de janeiro de 1970
com a sociedade, até 1985, de Celsus Albano Friedrich e José
Carlos Siegle. Na época com razão social de C.A. Friedrich Ltda.
A primeira sede iniciou com 100 m² e dois funcionários. Não
diferente de muitas histórias de outras empresas de sucesso, os
recursos eram limitados mas a vontade e o desejo de
crescimento impulsionavam a empresa para o futuro. Em 2004,
a empresa tornou-se familiar, quando Daniel Siegle, que atua
desde 1993, assumiu a direção comercial ao lado de José Carlos
na direção industrial.
Com o passar dos anos parcerias importantes foram
firmadas, entre elas a realizada em 2010 com a empresa Maco.
Referência no mercado europeu na fabricação de
componentes para esquadrias, possui cinco fábricas
distribuídas em quatro países, sendo que a sede principal está
localizada na Áustria.
Metas definidasAtualmente a empresa está localizada em uma área de
9.500 m² sendo 2.700 m² de fábrica. Possui 120 colaboradores,
os quais diariamente assumem o desafio de colocar no
mercado produtos de alta qualidade e tecnologia. Produtos
que carregam toda a inovação e expertise de 45 anos.
Certamente "a credibilidade da empresa e da sua marca junto
ao mercado ajudam a vender e nos impulsionam a manter a
qualidade dos produtos", afirma José Carlos.
"Além disto, fortalecemos o nosso trabalho com a
implantação da cultura Lean, pois acreditamos no foco deste
projeto e na rentabilidade dos seus resultados", avalia o diretor.
"Também mantemos um trabalho forte com esclarecimentos
sobre ergonomia, visando proporcionar o conforto da equipe,
assim como investimos na climatização de todos os espaços",
complementa Daniel. Segundo a gerente Financeira da
metalúrgica, Patrícia da Costa a equipe de colaboradores é
muito coesa e determinada. "Temos uma média de 70% de
pessoas entre 20 e 40 anos; e 20% dos profissionais possuem
nível superior", afirma Patrícia. "A empresa estimula e incentiva
os estudos e a participação em capacitações internas e
externas. O clima no trabalho é muito bom e certamente isto
reflete na produção" avalia a gerente.
A exportação para Bolívia, Chile, Colômbia e México e os
possíveis contatos em feiras internacionais já acenam com boas
perspectivas para um incremento nas vendas para fora do País.
"Estamos sempre muito presentes, visitando clientes e
observando a movimentação do mercado e a exportação é um
caminho natural na trajetória evolutiva da empresa", destaca
Daniel.
A Celsus caminha para o seu cinquentenário sólida e
mantendo os valores que a fundaram. Clientes satisfeitos;
pessoas comprometidas e realizadas; honestidade e
transparência; qualidade em tudo o que fazemos; crescimento
contínuo e resultados sustentáveis são valores que estão no
DNA da empresa. "Estamos presentes mantendo o respeito
pelas pessoas e pelo meio ambiente, além da solidariedade
com a comunidade, que sempre acolheu de forma plena a
empresa", enfatiza o fundador.
Os próximos passos já estão traçados. "Vamos investir em
novas tecnologias, automatizar processos, reduzir custos e
qualificar permanentemente a equipe", antecipa Daniel. Vida
longa e de muitas realizações para a Celsus!
de história e foco no amanhã45 anos