espaco-tempo e relatividade
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Um entendimento da teoria da relatividadeTRANSCRIPT
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O
ESPAÇO-TEMPO
E A
RELATIVIDADE
FRANCISCO GUERREIRO MARTINHO
UM QUÍMICO BRASILEIRO
www.franciscoguerreiro.com.br
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ÍNDICE
1 - Introdução ...................................................................................... 3
2 – A Razão da Busca .............................................................................. 4
3 – Aprofundando a Busca ...................................................................... 5
4 – A Base da Teoria ............................................................................... 6
5 – Definindo Parâmetros ...................................................................... 7
6 – O Significado de Tempo ................................................................... 8
7 – Emissão de Luz e Tempo Futuro .................................................... 10
8 – Associação do Espaço com o Tempo .............................................. 11
9 – O Arqueamento do Espaço-Tempo ............................................... 14
10 – O Futuro ......................................................................................... 16
11 – A Origem e a Proposta Atual de novo Modelo............................. 17
a) Resumo do Big Bang .......................................................... 18
b) Proposta de Novo Modelo .................................................. 18
12 – Alguns Cálculos da Relatividade ................................................. 22
13 – Selecionando Conceitos ................................................................. 24
14 – Divagando (ou Filosofando) ........................................................ 29
15 – ANEXO ÚNICO .......................................................................... 31
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INTRODUÇÃO
Uma coisa que tem tomado muito tempo de muitos cientistas é a Teoria da Relativida-
de de Albert Einstein.
Seu conceito de associação do espaço tridimensional com a dimensão tempo, forman-
do um sistema quadridimensional, parece que não tem tido uma explicação muito satisfatória
ou, pelo menos, que seja facilmente entendível por quem se interessa pelo assunto.
Li várias publicações, sempre na expectativa de ser conduzido pelas explicações da-
das, a um ponto em que se tornasse evidente essa associação.
Entretanto, não foi isso que consegui obter. Pelo contrário, as explicações estão mais
para divagações, com conclusões não intuitivas e sim impositivas da necessidade dessa asso-
ciação, e principalmente quando da necessidade de que esse espaço-tempo tem que ser arque-
ado.
Talvez por essa razão a Teoria da Relatividade é tão discutida e nunca foi conseguido
um consenso de sua validade, de sua veracidade e de sua aplicabilidade.
Antes de apresentar uma proposta alternativa ao modelo atual, o do Big Bang, é neces-
sário, para os leitores não acostumados aos conceitos desse modelo, fazer uma leitura dele.
Como sugeri antes da apresentação do modelo proposto, creio que mesmo antes de ler o pre-
sente trabalho, o leitor deveria fazer uma leitura do ANEXO ÚNICO, ao final deste trabalho,
onde apresento um resumo dos pontos de discórdia com o modelo atual.
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A RAZÃO DA BUSCA
Há um século a Teoria da Relatividade de Albert Einstein foi criada e, logo após, cor-
rigida pelo próprio autor.
A primeira versão, chamada de Relatividade Restrita ou Especial, apresentada em
1.909, foi alterada pelo próprio autor, que apresentou a nova versão em 1.915, chamada Rela-
tividade Geral.
A apresentação dessa teoria é bastante complicada, parte talvez seja pela real comple-
xidade do assunto, e parte porque parece que existem várias interpretações do que seja o espa-
ço–tempo, quer seja quadridimensional ou não, arqueado ou não. Parece que cada um que
chega a um entendimento, passa a considerar que sua interpretação é a única verdadeira, mas
ninguém consegue transmiti-la com a simplicidade que toda teoria deve ter.
Li uma citação do cientista Stephen Hawking em seu livro “Uma Breve História do
Tempo”, que recomendo a leitura a todos por ser maravilhoso, citação essa que era: “Uma
Teoria só é consistente se tiver sua Filosofia ao alcance de todos, cientistas e leigos”.
Esta citação é que me levou a considerar a Teoria da Relatividade como uma teoria
possivelmente Não Consistente, já que sua Filosofia parece não ser bem entendida nem pelos
próprios cientistas, muito menos pelos leigos.
Nesse assunto, realmente sempre me considerei um leigo, apesar de minha formação
científica, pois sou Químico.
Sempre fui um Pensador sobre tudo na natureza, mas no assunto Relatividade não ia
muito fundo por considerar que pertencia ao campo da Física, que eu também adoro, junta-
mente com Matemática, os dois constituindo minha segunda paixão, já que a primeira sempre
foi e sempre será a Química.
Minha busca sempre foi mais a nível Filosófico do que objetiva, mas sempre achei que
nossa evolução está diretamente ligada a busca da verdade, embora seja bastante claro para
mim que a Verdade Não existe, mas nós só evoluímos se a procurarmos. E era o que eu conti-
nuava fazendo: procurando a Verdade, mesmo sabendo que ela não existe. Mas em cada as-
sunto de meu interesse, sempre fui o mais profundo que pude (dentro de minha capacidade, é
claro) até o âmago do problema.
Por essa razão, principalmente pela assertiva do Hawking, passei a ter alguma preocu-
pação com esse tema. Passei a pensar neste assunto com mais frequência do que antes, até que
recentemente resolvi juntar tudo que tinha aprendido sobre essa teoria e tentar ir mais a fundo
nesse assunto.
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APROFUNDANDO A BUSCA
A partir do momento que passei a considerar que esse assunto NÃO é tão dissociado
da minha formação, achei que poderia tentar ir mais fundo na busca do entendimento dos seus
conceitos, já que sempre busquei uma explicação filosófica para nossa existência e para o
universo que habitamos, que envolve evidentemente a busca pela existência ou não de um
Criador.
Como o assunto envolve a busca do entendimento do início e evolução do universo,
bem como a origem da vida, conclui que essa busca era de meu interesse. Daí passei a ler ar-
tigos e informes que envolvessem estes conceitos.
Após ter tomado conhecimento de alguns entendimentos de aceitação geral sobre o
assunto, passei a pensar em termos mais profundos, e creio ter chegado a uma compreensão
bem razoável sobre a teoria.
Entretanto, como ponto de partida para desenvolver meu raciocínio e tentar buscar
explicações mais convincentes, foi ótimo ter lido tais trabalhos e refletido muito, inicialmente
sobre os conceitos lá encontrados e, posteriormente, raciocinar sobre os conceitos aceitos e
tirar as conclusões que pudesse, para tentar alcançar meu entendimento.
Realmente tirei muitas conclusões a respeito do que ia lendo, algumas me parecendo
bastante razoáveis enquanto outras nem tanto, e ainda outras que me consumiram bastante
tempo de pensamentos tentando formar uma ideia a respeito do que aquilo seria de forma prá-
tica e objetiva, sempre me balizando pelo Dr Hawking. Claro que me incomodava muito o
fato de eu ter formação científica e não estar conseguindo entender, então como o mesmo
conceito poderia ser entendido por leigos? Por exemplo, como um leigo conseguiria entender
a filosofia da associação do espaço com o tempo, e pior ainda, como isso conseguiria ser “ar-
queado”?
Foi isso que fiz durante algum tempo, consolidando alguns conceitos e rechaçando
tantos outros, que consegui chegar a um entendimento sobre a relatividade, que passo a relatar
e subordinar a apreciação dos interessados.
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A BASE DA TEORIA
A base da teoria da relatividade, restrita ou geral, parece ser que a velocidade
da luz tem que ser a mesma para qualquer observador, quer ele esteja em repouso, quer ele
esteja em movimento uniforme.
Os parâmetros que delineiam a teoria da relatividade são:
- velocidade da luz
- transformação de energia em matéria
- limitação da rapidez de deslocamentos à velocidade da luz
- deformação do espaço nas proximidades de algo se deslocando em velocidades extremamen-
te altas
- anulação do tempo durante deslocamentos na velocidade da luz
Para o entendimento do conceito de espaço-tempo, o que me parece ser o ponto mais
importante dessa teoria é o paradoxo dos gêmeos, que leva a algumas conclusões facilmente
palatáveis. A primeira dessas conclusões é a de que se a nave do gêmeo viajante conseguisse
atingir a velocidade da luz, o tempo não passaria e, na volta da viagem ele estaria no mesmo
ponto do tempo em que iniciou a viagem, enquanto o outro gêmeo estaria com a idade atingi-
da após a passagem de todo aquele tempo em que o outro esteve viajando naquela velocidade
(sem que para ele o tempo passasse).
É claro que a explicação para isso, através das deformações do espaço próximos a cor-
pos desenvolvendo grandes velocidades, torna fácil a aceitação disso. Entretanto, a partir daí
para a necessidade da associação do espaço tridimensional com o tempo, não é uma coisa
clara. Talvez seja essa falta de clareza que tem sido a dificuldade da aceitação dessa teoria por
todos.
Procurando um motivo que me levasse ter essa associação como coisa correta, se pos-
sível de forma inquestionável, busquei em tudo o que lia, os conceitos que me pareciam indis-
cutíveis.
Dentre os conceitos bastante complexos da teoria, também obtido através do paradoxo
dos gêmeos, é aquele que define que “nada pode se deslocar mais rápido que a luz”, mas tam-
bém define que “na velocidade da luz não há subordinação ao conceito de tempo”.
Muito bem, esses conceitos são adotados por unanimidade e eu não poderia deixar de
também o fazer. Outros conceitos da teoria não são tão facilmente palatáveis.
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DEFININDO PARÂMETROS
Para não cairmos na emboscada de seguir uma trilha sem parâmetros que nos nortei-
em, é preciso escolher alguns que sejam evidentes, e segui-los.
A principal conclusão que se pode tirar da avaliação do paradoxo dos gêmeos é que se
a nave se deslocasse na velocidade da luz, o tempo não passaria para seu tripulante, mas pas-
saria para o outro que ficou no espaço tridimensional a espera de seu retorno. Ora, se uma
coisa material se deslocando com a velocidade da luz escaparia da subordinação ao tempo, me
permite concluir com bastante segurança, que a própria LUZ, que é a própria referência ao
deslocamento com tal velocidade, também fica.
Dessa forma, meu primeiro PARÂMETRO adotado neste trabalho é que a luz, após
emitida se deslocará SEMPRE naquele MESMO PONTO DO TEMPO.
Assim. após sua emissão, a luz caminhará eternamente naquele mesmo ponto do tem-
po, até atingir algum obstáculo, quando transferirá seu conteúdo energético para ele, causando
aumento de energia no mesmo. Esse aumento de energia, que é o conteúdo de um fóton, leva-
rá para o corpo receptor sua energia em forma de aquecimento ou de movimento (criação ou
seu aumento), o que contribui para o aumento da ENTROPIA, que é exigido pelo Segundo
Princípio da Termodinâmica, que é uma Lei da Natureza obtida a partir de observações reais,
e não deduzida teoricamente. Este é o meu segundo PARÂMETRO.
Meu terceiro PARÂMETRO é que após emitida a luz, certamente em algum ponto do
tempo futuro, seu conteúdo será recebido por algum corpo e contribuirá para o aumento da
Entropia do Universo, E, mais importante ainda, essa colaboração para o aumento da Entropia
só se dará no momento da colisão, independentemente do tempo que tenha decorrido entre
sua emissão e sua chegada ao ponto da colisão; curiosamente a Termodinâmica NÃO leva em
conta o parâmetro TEMPO.
Meu quarto PARÂMETRO é a Terceira Lei da Termodinâmica, também conhecida
como teorema de Nernst, que diz que “a entropia de todos os corpos tende a zero quando a
temperatura tende ao zero absoluto”.
Meu quinto PARÂMETRO é a conclusão de que nada pode se deslocar mais rápido
que a luz, não só pela relação de Einstein que mostra que na velocidade da luz qualquer corpo
material teria sua massa tendente ao infinito, mas de forma mais simples pode-se dizer que na
velocidade da luz o tempo não existe, logo, acima dela seria impossível por não existir “anti
tempo” ou “anti movimento”.
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O SIGNIFICADO DO TEMPO
É claro que o principal parâmetro alvo do trabalho é o tempo. Assim, para podermos
estudar a associação do espaço com o tempo, é preciso primeiro ter um esclarecimento tran-
quilo e normal sobre o que significa tempo !
O homem sempre teve dificuldade de raciocinar só na imaginação, na filosofia das
coisas, sem necessidade de quantificações e comparações. Por essa razão, quando o homem
descobriu que ele é finito e que vive em um lugar que faz parte de um conjunto infinito, e que
esse local onde ele vive caminha ao longo desse conjunto infinito e também que ele roda em
torno de si mesmo, tudo numa condição eterna, enquanto ele próprio só segue um pequeno
percurso desse trajeto, e assim mesmo, seguindo um ciclo, que segue uma curva de Gauss,
com o ciclo bem definido de aparecimento (nascimento), crescimento com desenvolvimento e
evolução e, a partir do topo da curva de Gauss, ele começa o caminho contrário, decrescendo
estruturalmente com o envelhecimento, culminando esse ciclo com o seu próprio fim, quando
desce desse aparato em movimento eterno enquanto outros continuam nele.
Então, o homem como sempre persegue aquilo que deseja, buscou uma referência!
Encontrou uma muito fácil de ser medida, já que ele percebeu logo que sua “moradia” rodava
em torno de si mesma de uma forma sempre “igual”, pois tinha referências bastante para isso,
como a chegada de luz do sol, de luz da lua, etc. Foi fácil para o homem definir quantas voltas
sua moradia dava desde seu nascimento até sua morte!
Então apareceu o TEMPO. Cada volta que sua morada dava em volta de si mesma,
precisava ser “batizada” e lhe deram um nome qualquer, por exemplo, DIA.
Daí começou o fracionamento desse dia em partes menores, hora, minuto e segundo.
O homem chegou finalmente a quantificação material de sua existência. Sabia quantos
segundos ele passava desde seu nascimento até sua morte. Finalmente ele podia se comparar
quantitativamente com os outros. Assim, também descobriu quantos segundos sua morada
Terra gastava para dar uma rotação em torno de si mesma, e por aí a fora.
Claro que a curiosidade do homem, desde que sadia, é salutar, pois o leva ao desen-
volvimento. Dessa forma, o homem passou a procurar quantas voltas a Terra dava em torno
de si mesma enquanto ela rodava em torno de seu Sol. Mas não podia ficar só no número de
voltas, que se mostra como uma forma um tanto subjetiva, então passou a fazer essa quantifi-
cação não mais com o número de voltas e sim com o número de segundos, de minutos, de
horas, de anos, de séculos etc. Finalmente estava criada a ESCALA DE TEMPO sem absolu-
tamente nenhuma amarração (ou referência) a origem disso tudo, nem a qualquer dos parâme-
tros do CONJUNTO chamado Universo. A única referência de tempo é o próprio HOMEM
com sua MORADIA, que o criou arbitrariamente e de forma totalmente desvinculada da pos-
sível inter relação que ele pudesse ter com o restante do CONJUNTO UNIVERSO ao qual ele
pertencia.
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Claro que a curiosidade humana o levou a quantificar tudo que ele consegue imaginar
através de seu (divino!) PARÂMETRO, o TEMPO. Hoje, TUDO no universo é rotulado para
conhecimento e comparações, como também para buscas mais aprofundadas, com um
RÓTULO obtido pela forma mais fácil, que é o deslocamento relativo a sua própria “mora-
da”.
A falta de conhecimento de relações mais íntimas com os demais parâmetros do uni-
verso, talvez seja a causa do retardamento do conhecimento integral do universo que habita-
mos.
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EMISSÃO DE LUZ E TEMPO FUTURO
Baseado no que foi visto anteriormente, conclui-se que quando as estrelas emitem luz,
esses fótons vêm caminhando pelo espaço, mas sem serem afetados pelo tempo, ou seja, en-
quanto ele estiver vagando pelo espaço do universo, ele estará com seu “rótulo” com todas as
características que tinha no momento da emissão. Assim, no momento em que é recebido por
algum anteparo, transfere seu conteúdo para o corpo e passam a fazer parte de um novo con-
junto energético. No momento da colisão ocorre um EVENTO SINGULAR: a colisão entre
DOIS PONTOS DISTINTOS DO TEMPO.
Este fenômeno da colisão de um fóton de determinado momento do tempo PASSADO
com um objeto do TEMPO PRESENTE mostra a convivência de DIFERENTES PONTOS
DO TEMPO NO MESMO PONTO DO ESPAÇO. Este fato, por si só, já começa a debilitar a
condição absolutista do conceito de Tempo.
Uma experiência que pode elucidar esse novo conceito de tempo, é considerarmos a
emissão do SOL estando a TERRA em algum ponto de sua órbita.
No momento da emissão, que é feita em todas as direções e sentidos, vamos considerar
que saíram do SOL dois fótons: um na direção de um ponto A, que é o ponto onde a TERRA
se encontra. E ao mesmo tempo sai outro fóton na direção B (pouco adiante).
Claro que ambos os fótons vão chegar a seus destinos EXATAMENTE no ponto do
tempo em que foram emitidos, pois a luz não é atingida pelo tempo. Mas a Terra é, e assim
depois de determinado tempo, que a Terra tiver se deslocado de determinada distância, che-
gam a seus destinos os dois fótons:
- o primeiro chegará ao ponto onde a Terra estava no momento de sua emissão, mas na sua
chegada NÃO encontra mais a Terra, que já se deslocou no espaço. Em relação ao momento
da chegada do fóton, este ponto onde a Terra ESTAVA no momento da emissão já pertence
ao PASSADO em relação a Terra, mas PRESENTE em relação ao tempo da emissão. Claro
que ele não vai colidir com a Terra, pois ela não está mais naquele ponto, já se deslocou, e
assim o fóton vai continuar sua viagem, sempre no tempo da emissão, até atingir um corpo
que esteja NAQUELE LOCAL QUE ELE VAI ESTAR, INDEPENDENTEMENTE DE QUE
PONTO DO TEMPO ELE ESTEJA.
- o segundo chegará ao mesmo tempo em um ponto pouco adiante, onde a TERRA SE
ENCONTRA NAQUELE MOMENTO. Assim, o Fóton chega em um tempo PRESENTE
para ele, mas FUTURO para a Terra. Entretanto, a colisão transfere para a Terra toda a ener-
gia trazida pelo fóton, muito embora ele (fóton) já tenha se desprendido do emissor em tempo
anterior ao ATUAL da Terra, assim como só no momento dessa colisão, no Futuro (na Terra)
em relação ao momento da emissão, é que ele transfere sua energia e contribui para o aumento
da ENTROPIA do Universo.
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A ASSOCIAÇÃO DO ESPAÇO COM O TEMPO
Toda essa parafernália de massa, fótons, espaço, tempo, etc foi importante para que o
homem se lembre sempre de que “não deve criar algo para substituir o que ele não conhece”.
O caminho da sabedoria está em se buscar o conhecimento, e não tentar ser “dono dele”.
A eterna convivência do espaço tridimensional com seus corpos se deslocando e pas-
sando seu “tempo real” (em função de suas velocidades) convivendo com todos os pontos do
passado ao mesmo tempo, deixa claro que é um sistema um tanto complicado de entender. Já
que o passado estará sempre presente no “presente” e esse presente jamais se libertará do seu
próprio passado, ao mesmo tempo em que ele será passado quando o futuro chegar, parece
indicar que a forma de convivência, da forma como o homem conceituou erradamente o tem-
po, não é muito clara.
Se essa convivência fosse somente “presencial”, ou seja, se mantivessem juntos mas
sempre independentes um do outro, poder-se-ia considerar sua simples convivência. Entretan-
to, na realidade, eles estão eternamente interagindo e se renovando, para novamente interagir
e se renovar, e assim por diante. É um processo dinâmico, com emissão de fótons, colisões de
fótons com matéria em movimento formando novo tipo de matéria (a anterior mais o conteú-
do do fóton), com novas emissões etc, com matéria se movimentando com dependência do
“tempo” paralelamente a fótons criados no passado caminhando sem consumir “tempo”, que
passam a caminhar juntos com os fótons emitidos no presente também independentes do
“tempo”, mas os dois caminham juntos para sempre, cada um vinculado a seu próprio mo-
mento da emissão, com colisões e emissões simultâneas em todos os pontos do espaço e por
ai a fora.
Baseado nos conceitos já emitidos, tendo em vista que o ESPAÇO existe como sempre
existiu, e o TEMPO foi definido como sendo função do movimento de rotação da Terra, então
podemos exemplificar o funcionamento dessa engrenagem da seguinte maneira:
- todo o espaço por onde a Terra (e todos os demais corpos) se desloca está completa-
mente cheio de fótons caminhando na velocidade da luz, em todas as direções e sentidos;
- como esses fótons estão se deslocando na velocidade da luz, eles não estão sujeitos ao
tempo;
- a Terra vai caminhando ao mesmo tempo em que vai rodando em torno de si mesma;
- como tudo no espaço se move e tudo (menos a luz) é subordinada ao “tempo”, então a
cada instante do movimento de rotação da Terra, um determinado ponto considerado de sua
superfície sairá de onde está e se situará num ponto infinitamente próximo do anterior;
- segundo a escala humana, esse novo ponto passa a ter um rótulo universal diferente do
anterior, ou seja, ele está no FUTURO em relação ao outro;
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- todo o espaço está completamente cheio de fótons, que foram emitidos em tempos
diferentes, correspondentes a todo o passado;
- como durante o deslocamento do ponto da superfície da Terra para o local seguinte,
sendo futuro nele em relação ao anterior, mas os fótons que estão chegando para colidir com a
terra NÃO acompanham esse “desenvolver no TEMPO”, mas continuam cada um mantendo o
seu rótulo de identificação correspondente ao tempo (momento) de sua emissão.
- imaginando que dois fótons específicos designados para colidir com a Terra neste dois
pontos marcados, um tenha sido emitido por uma estrela há mil anos e está passando ali nesse
momento e colide com um dos pontos;
- no mesmo instante, o fóton que chega ao ponto que está no “futuro em relação ao ante-
rior” colide com esse ponto, embora tenha sido emitido há 10 dias por outra estrela.
- isto significa que a Terra está naquele local naquele instante “do tempo humano”
quando colidem com ela dois fótons: um emitido há 10 anos e o outro, no ponto seguinte, com
o fóton emitido há mil anos.
- essa situação fica complexa: no mesmo ponto do espaço, em algum ponto do “tempo
humano” a Terra colidiu com diferentes tempos do passado, ao mesmo tempo em que está
emitindo fótons que vão colidir com algum corpo do futuro, levando para o novo corpo que
vai ser obtido por sua colisão, as características desse ponto do tempo;
- como a emissão em algum ponto do espaço por uma estrela que esteja ali nesse mo-
mento, parece criar um fóton “rotulado” pelo “conjunto” para no futuro colidir com algum
outro corpo, parece funcionar como uma CRIAÇÃO DE UM FUTURO elemento obtido por
sua colisão com matéria do futuro;
Por essa razão, parece claro que o desenvolver do espaço SEMPRE associado a todo o
“tempo” passado simultaneamente, é que essa associação não é imaginativa, mas sim REAL.
Ou seja, Não existe o espaço sozinho como também Não existe o tempo sozinho. Isto indica
que os dois não são coexistentes independentes. Na realidade, como sempre ocorre a emissão
do fóton a partir da massa, simultaneamente a ocorrência da fusão dos dois, parece não deixar
dúvida de se tratar de um sistema híbrido chamado ESPAÇO – TEMPO.
Claro que sendo o espaço tridimensional, sua associação com o tempo, faz o espaço
deixar de ser tridimensional e passar para uma dimensão acima, configurando assim, o cha-
mado “ESPAÇO-TEMPO QUADRIDIMENSIONAL.
Dentro desse quadro, uma coisa curiosa: durante todo o desenrolar dos deslocamentos
dos corpos, o que na imaginação do homem significa a passagem do “tempo”, observamos
que em todos os pontos ocupados pelos corpos, os fótons que colidem com cada corpo, não
são obrigatoriamente de emissões subsequentes no ”tempo” e sim aleatoriamente dentre todos
os existentes, aqueles que estiverem naquele ponto do espaço naquele momento. Assim não
existe uma “sucessão de elementos espaço-tempo” sequenciados, e sim uma mistura infinita-
mente diversificada de colisões, fazendo com que o espaço-tempo não seja progressivo. Eles
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existem permanentemente com participação de fótons de todos os momentos de suas emis-
sões, incluindo-se aí os do universo primordial. Talvez seja essa a razão para explicar a sensa-
ção que se tem quando se olha para o universo, de que esteja tudo estático, tudo sempre no
mesmo lugar.
Um dos pontos da teoria da relatividade que mais me incomodava, mas que creio dar
uma boa explicação para isso, era a afirmação de que é correta a mudança de um dos axiomas
da geometria Euclideana feito por Riemann. No sistema clássico, todos sabem que tendo uma
reta e afastado dela 1 ponto, por esse ponto só pode ser traçada uma única reta paralela a ela.
Já na geometria riemaniana, por esse ponto pode-se traçar uma infinidade de retas pa-
ralelas a ela, e sou obrigado a concordar que isto está rigorosamente CORRETO. Como este
ponto está recebendo continuamente colisões de fótons de todos os tempos passados, parece
claro que a cada colisão de um fóton, pode-se ter certeza que a reta e/ou o ponto não é mais o
mesmo, sendo pois, diferentes da situação anterior, cuja diferença está somente no instante do
“tempo passado” em que aquele fóton foi emitido. A sucessão de colisões garante a infinidade
de retas paralelas pelo mesmo ponto, como consequência da existência de fótons representati-
vos de TODOS OS PONTOS DO TEMPO PASSADO EM CADA PONTO DO ESPAÇO
DO UNIVERSO.
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O ARQUEAMENTO DO ESPAÇO – TEMPO
Chegou-se até aqui, espero, com a compreensão do que seja o espaço-tempo, uma es-
trutura quadridimensional obtida pela associação mostrada acima.
Nesse ponto, recorro a um dos parâmetros que escolhi, que é o Segundo Princípio da
Termodinâmica, para me desculpar com o Dr Einstein, mas discordar dele e propor um con-
ceito alternativo.
Depois de chegar até aqui, com tanta busca de esclarecimentos, fazer o fechamento
disso tudo com um conceito que nem eu consigo visualizar, que é o Arqueamento do Espaço
Tempo, seria renunciar a busca. Com todo o respeito e amor que dedico a memória de Einste-
in, o elemento espaço-tempo quadridimensional, continua sempre tendo que respeitar as leis
que nos regem. Dessa forma, esse elemento quadridimensional tem obrigatoriamente que res-
peitar o Segundo Princípio da Termodinâmica, contribuindo para o maior aumento possível
da Entropia do Universo.
É claro que o arqueamento do espaço-tempo quadridimensional vai com certeza au-
mentar a entropia do universo em relação ao não arqueado (seja lá como for que ocorra esse
arqueamento). Entretanto, não sei visualizar como poderia ser este arqueamento, e por isso,
como calcular seu valor.
Mas como a obrigação é contribuir para o Maior Aumento possível da entropia do
universo, me permito propor uma alternativa de fácil entendimento, passível de cálculo e,
posso afirmar com toda certeza que vai contribuir MAIS para a entropia do universo do que se
fosse arqueado. Essa PROPOSTA é desconsiderar o ARQUEAMENTO e passar a considerar
o evento entendido e aceito por todos, que é a DEFORMAÇÃO.
No paradoxo dos gêmeos, uma das conclusões mais óbvias é a de que corpos se deslo-
cando em altas velocidades, o corpo em deslocamento DEFORMA o espaço em torno dele.
Isso é passível de observação, quando observamos lançamento de foguetes ou carros de fór-
mula um. Por essa razão minha PROPOSTA, com todo respeito ao mestre Einstein, é conside-
rar o ELEMENTO ESPAÇO–TEMPO QUADRIDIMENSIONAL DEFORMADO e não ar-
queado.
Acredito que a explicação para isso não seja muito complexa, e todos já tiveram algum
contato com ela, entendendo-a ou não. Trata-se da famosa experiência de atirar uma pedra na
superfície de um lago em repouso, com a superfície rigorosamente plana. Ao cair uma pedra
sobre ela, formar-se-ão ondas formando círculos concêntricos se afastando do ponto da emis-
são, ou seja, uma propagação de ondas. Só que essas ondas são tridimensionais se afastando,
voltando o lago a ter sua superfície plana. Einstein imaginou a ocorrência de fenômeno seme-
lhante no espaço tridimensional, com ondas da quarta dimensão. Confesso que não consigo
visualizar bem o que isso significaria.
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Entretanto, após muito pensar e procurar esclarecimento, creio ter chegado a uma vi-
sualização que pode se aproximar disso. A sensação que tenho ao observar o universo, é de
que um observador está parado na praia olhando a onda gigantesca que se forma a sua frente.
Essa onda não é ESTÁTICA, a cada piscar do observador ela aumenta terrivelmente, se mo-
vimentando para a frente e criando mais e mais gomos no seu gigantesco crescimento e evo-
lução, mas nunca diminui sua distância ao observador. É claro que a conclusão é simples, o
observador faz parte desse sistema, de modo que a ampliação da onda por meio de fótons
também afeta o observador. Este conjunto parece muito mais a deformação da onda tridimen-
sional, o que poderia ser a explicação para a sensação sentida por Einstein.
A única discordância que tenho dele é a generalização: ele colocou esse evento como
um acontecimento único em todo o universo, que seria seu ARQUEAMENTO, enquanto eu
creio que isso seja evento localizando, ocorrendo em uma infinidade de locais, em função da
rapidez de deslocamentos de corpos, o que caracterizaria muito mais a DEFORMAÇÃO. E
contribuiria muito mais para o aumento da entropia do universo.
Um outro ponto que acredito ser fundamental para a aceitação da troca de arqueamen-
to por deformação é que, no caso do arqueamento do espaço-tempo teria que ser do universo
“como um todo” o que seria mais difícil de explicar a força gravitacional, já que cada corpo
celeste tem sua gravidade própria. E como Einstein definiu que a gravidade é provocada por
uma DISTORÇÃO na relação entre Espaço e Tempo e, como já foi visto que o tempo não
existe como “entidade”, já que ele é apenas uma criação do próprio espaço e que o deforma.
Claro que essa deformação contribui para o aumento da entropia do universo, e como essa
deformação surge do movimento de corpos em velocidades altas, fica evidente que o número
de pontos de deformação é infinitamente superior a um eventual arqueamento do conjunto
universal.
Entretanto, depois de pensar muito no assunto, já que me é bastante incômodo ter que
discordar de Einstein, me ocorreu que o que aconteceu pode não ter sido um equívoco e sim
que ele tenha concebido já o fenômeno completo, ou seja, quando TODOS os pontos do Uni-
verso já tiverem sido deformados, e tenha considerado a deformação total do espaço como
sendo seu “arqueamento”. Isto porque me parece claro que as colisões dos fótons, tanto os
primordiais quanto os produzidos pela emissão das massas do universo ao longo de seus mo-
vimentos de rotação e translação, com os pontos do espaço, não ocorreram simultaneamente,
já que ainda se produzem fótons que vão deformar o espaço no futuro.
Assim, creio que ainda existe ESPAÇO INDEFORMADO ao longo do espaço total do
universo. Como consequência do movimento da matéria e suas consequentes colisões com os
fótons, primordiais ou não, é que vai gradativamente deformando o espaço. Quando este esti-
ver totalmente deformado, que implicará no final da produção de elementos espaço-tempo,
então ocorrerá a deformação TOTAL do universo, e pode ter sido isso o que foi chamado por
ele de ARQUEADO.
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O FUTURO
Uma pergunta bastante interessante que pode ser feita é: como será o futuro?
Como o tempo vem passando da origem dos tempos até o presente, fica a curiosidade
de saber como serão as coisas no futuro. É claro que tudo deverá continuar ocorrendo como
vem sendo feito desde os primórdios do tempo.
A avaliação que faço neste trabalho em relação a nosso futuro, leva em conta a forma
como as coisas vêm ocorrendo desde o passado até o presente, segundo a teoria da relativida-
de.
O único ponto que precisa ser lembrado é que os dois princípios da Termodinâmica,
que segundo foi refirmado neste trabalho sempre foram respeitados no desenrolar dos tempos,
terão também que continuar sendo respeitados até o final dos tempos.
A implicação disso é que a emissão de fótons pelas estrelas vai continuar ocorrendo,
como também vai continuar ocorrendo a colisão com algum corpo receptor em algum ponto
posterior do tempo em relação ao tempo da emissão. Com isso, pode-se garantir que não ha-
verá criação nem destruição do conteúdo total da energia (massa) do universo, o que garante o
respeito ao Primeiro Princípio da Termodinâmica.
Entretanto, o Segundo Princípio da Termodinâmica obriga a que a Entropia (caos, de-
sordem) no Universo tenda para um Máximo. Vejo como forma possível de manter o nível
energético constante mas aumentar a Entropia, o aumento permanente de fótons em circulação
em todos os pontos do espaço, o que além de aumentar as colisões com os corpos receptores,
também aumentará as DEFORMAÇÕES, logo, o sistema ficará mais desorganizado, o que
manteria o respeito também ao Segundo Princípio.
Não consigo visualizar como todo esse processo possa ser interrompido, ou seja, como
o Universo poderia Acabar? Como durante todo o tempo as emissões continuam, quanto mais
no futuro estivermos, mais fótons e colisões haverá. Assim, fica parecendo que isso seja um
processo sem fim, já que quanto mais o tempo passar, mais fótons haverá e isto se torna um
círculo vicioso. Segundo Hawking, a teoria da relatividade prevê uma nova singularidade (Big
Crunch) que seria o fim do universo. Como esse final se daria, se cada ponto do universo é
uma fotografia de todos os tempos passados desse universo? Depois de acabar, esses pontos
não continuariam a receber a luz emitida tanto tempo antes? Então, o que acabou, continuaria
existindo?
17
A ORIGEM E O MODELO PROPOSTO
Deixei esse tópico para o final por ser um ponto bastante complexo para se tocar além
de ser onde reside a minha grande divergência com os conceitos aceitos atualmente. Existem
teorias diferentes para explicar a origem disso tudo, ou seja, a origem e a evolução do Univer-
so, que envolve até a participação das religiões. Sempre existiu um duelo entre modelos con-
flitantes:
- de um lado o modelo religioso, o modelo Criacionista.
- de outro lado o modelo da ciência, o modelo evolucionista.
Os detalhes desse confronto não são importantes para o entendimento da teoria da re-
latividade nem para a finalidade deste trabalho. Por essa razão vou partir direto para a avalia-
ção do modelo atualmente mais aceito pela ciência para a origem e evolução do universo, que
é o chamado modelo da Grande Explosão Térmica, também conhecido como o modelo do Big
Bang.
No presente trabalho não vou enumerar minhas contestações a esse modelo nem as
razões que me levaram a isso. E o motivo é simples: já escrevi sobre esse assunto em duas
oportunidades.
O primeiro trabalho que escrevi sobre o assunto data de 1.991 e se chama MINHA
VISÃO DO UNIVERSO, DO HOMEM E DE DEUS. Nele faço todos os questionamentos ao
modelo do Big Bang. Entretanto, quando o escrevi, segui a orientação de Stephen Hawking de
que em um trabalho, a presença de cada equação significa um sem número de leitores a me-
nos. Como concordo plenamente com ele, o trabalho não apresenta nenhuma equação. Só
apresento o modelo em vigor, os questionamentos a ele, e a proposta de novo modelo, tudo
por explicação dos conceitos através de palavras.
Em virtude da não divulgação desse trabalho (as editoras procuradas não se interessa-
ram) resolvi escrever um RESUMO dele em 2.011, mas agora com apresentação de equações
necessárias a compreensão dos eventos e, como comprova a inviabilidade do modelo de início
quente, dei o título de BIG BANG: O GRANDE EQUÍVOCO.
Ambos os trabalhos citados estão disponíveis na internet na página
www.franciscoguerreiro.com.br.
No trabalho apresentado em 2011, é claro que ainda não tinha chegado a alguns dos
conhecimentos que possuo agora, embora estivesse “no caminho”. Claro que os novos concei-
tos adquiridos pelo entendimento da relatividade, aprofundam de modo significativo as consi-
derações lá feitas. Entretanto, também é claro que o modelo de origem e evolução do universo
que apresentei lá, fica um tanto prejudicado em função dos novos conhecimentos adquiridos.
Assim, para não alongar muito o presente trabalho, já que seu conteúdo é bastante pe-
sado, vou tirar do trabalho Big Bang: o Grande Equívoco apenas os pontos mais relevantes
18
para, no final, apresentar minha proposta para tal modelo que, evidentemente, tem que ser um
pouco diferente do anterior, ou seja, a nova forma de apresenta-lo é mais evoluída que a ante-
rior, pelos acréscimos possibilitados pelo entendimento do sistema espaço-tempo e sua relati-
vidade.
a) RESUMO DO TRABALHO “BIG BANG: O GRANDE EQUÍVOCO”
O resumo desse trabalho foi colocado no final, em um ANEXO ÚNICO. É claro que para os
leitores não acostumados com os conceitos emitidos pelo modelo do Big Bang, deveriam ler esse
anexo antes de prosseguir. Alias, seria melhor até ler o anexo ANTES de ler o trabalho todo.
b) PROPOSTA ATUAL DE NOVO MODELO
Após a apresentação de um resumo do trabalho em que discordei da teoria do Big
Bang e propus um novo modelo, agora com início frio e não quente, fica evidente que esse
assunto já era de meu interesse na época. Claro que depois de o escrever, continuei fazendo o
que faço 365 dias por ano: em todos os momentos disponíveis, pensar de forma livre e solta
sobre todos os assuntos que naquele momento estejam na mira de minha curiosidade, que a-
brange tudo que eu possa imaginar.
Assim sendo, o que posso concluir é que minha desavença com o modelo do Big Bang
já era parte do caminho que eu estava seguindo em busca de esclarecimentos, ou seja, em
busca de uma “verdade” mais convincente que a anterior.
Claro que agora, no final do trabalho, depois de apresentar tudo o que acabaram de ler,
fica óbvio qual vai ser o modelo que será apresentado. Mas isso não importa. O modelo será
proposto e peço a quem se dispuser a ler esse trabalho, se alguém o fizer, que pense sobre ele
e, se encontrar erros que comprometam sua possibilidade de existência, me comuniquem, pois
o modelo poderá ser corrigido a qualquer “tempo”, logo, também em qualquer ponto do “es-
paço”.
Minha PROPOSTA é que o universo SEMPRE EXISTIU mas TUDO nele sendo
constituído por radiações eletromagnéticas se deslocando na velocidade da luz. Sem o tempo
passar, já que a luz não se submete ao tempo, é lógico que existia o ESPAÇO para esses des-
locamentos e que, com certeza era o espaço TOTAL ocupado pelo universo ainda hoje, como
também o será no futuro. Isto porque é inadmissível admitir que existisse espaço disponível
SEM ser ocupado pelos fótons, pois na mesma condição térmica, quanto maior o espaço dis-
ponível para o movimento, maior a Entropia. Assim, na minha opinião, o Universo NÃO se
expande: tudo nele se movimenta mas seu tamanho total é sempre o mesmo.
19
Por essa razão, o Universo era eterno, já que a eternidade é somente a ausência do
tempo. Assim, o tempo nunca passou, e tudo que existia nele se deslocava com a velocidade
da luz. E isso permaneceu até determinado PONTO onde surgiu uma unidade de matéria.
Creio que o aparecimento da matéria, que é uma forma condensada de energia, pode
ter sido ocasionada por motivos diferentes, o que deixa o modelo proposto equidistante de
criacionistas e evolucionistas. Isto porque o INÍCIO independe de espaço e de tempo. Tudo
caminhava só com fótons pela eternidade, quando o aparecimento de matéria, que pode ter
sido feito pelo Criador, que em determinado momento assim o decidiu, como pode ser consi-
derado pelos materialistas como sendo consequência de uma ocasional (estatisticamente pos-
sível) colisão fotônica Múltipla, que com a fabulosa quantidade de energia envolvida na múl-
tipla colisão tenha gerado diretamente uma condensação dela na forma de matéria.
Esse aparecimento de matéria indica a interrupção da eternidade do universo fotônico
primordial e que gerou o início da daquilo que foi conceituado como sendo a “dimensão
TEMPO”, tendo em vista que o aparecimento da matéria, que não pode se deslocar na rapidez
da luz, foi obrigada a ter seu deslocamento em velocidades bem inferiores à da luz e por isso
teve que ser acoplada a alguma medida da rapidez de sua trajetória. Mas a continuidade da
existência dos fótons se deslocando com a velocidade da luz, logo, sem se subordinar a con-
trole de rapidez de deslocamento, obrigou a que os fótons NÃO envolvidos na colisão múlti-
pla passassem a ter cada movimento seu correlacionado ao evento ocorrido.
Como a formação da matéria exigiu uma quantidade enorme de fótons, tendo os mes-
mos se concentrado em um ponto material, teve como consequência a diminuição da Entropi-
a. Como isso não é possível, a matéria criada tem que compensar esta perda, voltando ao va-
lor original ou superior a ele. Assim a matéria não podia ficar estática, pois tinha que devolver
a quantidade de entropia que retirou do universo, e por isso a matéria já se criou com os mo-
vimentos possíveis, que são de caminhar ao longo do espaço do universo, movimento de
translação, como também girar em torno de seu próprio eixo, movimento de rotação.
Como os corpos materiais criados eram subordinados a controle de deslocamentos,
enquanto os fótons não, passou a haver uma convivência incômoda. Enquanto a matéria ca-
minhava em seu movimento de translação ao redor do espaço disponível e em torno de si
mesma, os fótons não eram subordinados a nada. Até ai a coisa não era complicada, mas co-
mo os fótons continuaram a colidir com a matéria existente e a matéria criada também passou
a emitir fótons, que eram parte de sua constituição, começou a surgir o grande problema da
simultaneidade. Fótons originais se chocando com fótons emitidos pela matéria depois da
mesma ter se deslocado no espaço e ter dado um sem número de voltas em torno de si mesma.
Assim precisava ser definido um ponto de referência para distinguir os fótons constitu-
intes do universo primordial eterno, daqueles que começaram a ser emitidos pela matéria cri-
ada. Qualquer ponto de referência é viável. Como todos os corpos materiais se deslocam
translacionalmente e simultaneamente giram em torno de seu próprio eixo, ambos os movi-
mentos podem ser tomados como referência.
20
Dessa forma, pode-se imaginar que logo após sua criação, a matéria já em movimentos
de translação e rotação, começou a receber colisões dos fótons primordiais, mas com a certeza
de que o primeiro, que chegou e encontrou a matéria em determinada posição, foi anterior ao
que chegou logo após a matéria ter dado um deslocamento (translacional ou rotacional) infini-
tesimal, e assim sucessivamente.
Mais grave ficou a situação quando os corpos materiais criados também começaram a
emitir fótons, que também colidiam com outros corpos, aumentando sua massa. Como as
colisões passaram a ser de fótons originais, como também de todos os fótons emitidos após
cada deslocamento infinitesimal dos corpos, tendo em vista que cada emissão se dava quanti-
camente através de intervalos infinitesimais em relação ao anterior, ocorrência que é ininter-
rupta e que vai continuar para sempre, começou a haver convivência de fótons emitidos em
todos os instantes dos movimentos dos corpos materiais desde o início, quando da criação da
matéria, o que faz com que a matéria existente no universo receba colisões com transferência
de energia para ela, que aumenta sua matéria, mas que também emite fótons, que vão convi-
ver com os do passado, e todos simultaneamente colidindo, o que leva a que em cada instante
do caminhar da matéria do universo, ela está sendo colidida por fótons de todos os tempos
anteriores. Em cada colisão temos um evento singular, a colisão entre dois pontos diferentes
do “tempo”. Com a emissão permanente de fótons pela matéria existente, aumentando o in-
tervalo de “tempo” em que há convivência dos fótons desde o universo primordial até o pre-
sente, aumentando a produção de fótons que vão colidir com a matéria do futuro, pode–se
concluir que o próprio sistema cria o fóton que vai colidir com a matéria formando a estrutura
do espaço-tempo, o que implica que o “tempo” que se associa ao espaço para formar o espa-
ço-tempo, não é algo pré existente, e sim uma contínua produção do próprio sistema.
Dessa forma pode-se dizer que o ESPAÇO existe e sempre existiu e continuaria sem-
pre existindo sozinho e indeformado enquanto o universo fosse fotônico. O aparecimento de
matéria, com a consequente diminuição da quantidade de fótons, é que obrigou essa matéria a
se deslocar com grandes velocidades para devolver a quantidade de entropia retirada do “to-
do” para sua formação. O movimento da matéria, com cada corpo causando DEFORMAÇÃO
em seu redor e com isso, criando uma força que atrai tudo para seu interior chamado de “gra-
vidade”, e causando uma atração entre todos os corpos em movimento no espaço. Como a
matéria depois de criada também emite fótons, já que ela é constituída pela associação deles,
em inúmeras e diferentes formas, essas emissões e colisões, numa repetição infinita a cada
movimento infinitesimal de todos os corpos presentes no universo, gerou uma associação de
cada emissão/colisão com o deslocamento infinitesimal de cada um dos corpos desse univer-
so. Essa associação que na verdade é entre um segmento do espaço total pre existente do uni-
verso e cada deslocamento de cada corpo. Como o homem, avaliando esse movimento de sua
própria “morada”, a Terra, deu-lhe o nome de “tempo”, passou a fazer a comparação de qual-
quer deslocamento infinitesimal em qualquer corpo do universo, com o equivalente desloca-
mento da Terra, este quantificado pelo nome arbitrário de “tempo”. A esta associação deu-se
o nome de ESPAÇO-TEMPO e, embora o tempo seja somente uma criação do próprio siste-
ma espaço-tempo, foi considerado uma dimensão diferente das três vinculadas ao espaço, e
por isso é chamado de Espaço-Tempo Quadridimensional Deformado.
21
Também parece claro que já existindo todo o espaço do universo e sendo o universo
fotônico, logo, sem matéria, fica evidente que ele não tinha nenhuma deformação.
Após o aparecimento da matéria, com seu deslocamento quantificável e causando de-
formação no espaço, no local onde ele se encontra, obriga a que tenha começado, em algum
ponto, a convivência do ESPAÇO TOTAL INDEFORMADO do universo, com os pontos
sucessivamente criados de ESPAÇO DEFORMADO pelo aparecimento do elemento espaço-
tempo, criado na própria estrutura em função do deslocamento dos corpos materiais criados.
Isto também parece indicar que o ciclo que o universo percorre é com início no apare-
cimento da primeira DEFORMAÇÃO em um ponto do espaço total INDEFORMADO do
universo até que TODO o espaço do universo esteja DEFORMADO. Isto se torna uma com-
provação do Segundo Princípio da Termodinâmica, já que durante todo o processo, o Univer-
so está caminhando da ORGANIZAÇÃO para a DESORGANIZAÇÃO.
Já as chamadas SUPER NOVAS, que têm uma explicação bastante confusa atualmen-
te, podem ser apenas NOVAS ocorrências (estatisticamente possíveis) de poli colisões de fó-
tons, assim como a primeira, que originou a criação da matéria. Essas colisões possivelmente
contaram não somente com os fótons primordiais, mas também com fótons produzidos após
um sem número de rotações e translações da matéria então existente, podendo ser cada uma
delas, uma verdadeira “salada de épocas diferentes”.
Como elas foram produzidas após uma infinidade de deslocamentos dos corpos já e-
xistentes no universo, são realmente de gerações posteriores aquelas produzidas por fótons
primordiais.
De tudo isso, parece ser possível concluir que o processo de criação do elemento espa-
ço-tempo e sua deformação, durante todo o ciclo, não ocorre de forma simétrica ou sistemáti-
ca, já que a formação aleatória contribui mais para o aumento da entropia. Daí, uma conclusão
bastante viável é que os limites das regiões do espaço já deformadas com o restante das regi-
ões do universo ainda indeformadas ou com matéria insipiente, formam uma Diferença de
Potencial (DDP) tão grande que para diminuir e tender ao equilíbrio termodinâmico, tenha
enorme força de atração por todos os agentes de deformação, que são os fótons de qualquer
época que tenha sido produzido.
Essas regiões, ávidas pela presença de desorganizadores e deformadores, necessários a
diminuição da diferença de potencial entre os dois segmentos, pode atrair os fótons com tanta
força, que se constituam numa região que tenha características tais que possa ser chamada de
“buraco negro”.
22
ALGUNS CÁLCULOS DA RELATIVIDADE
Não sou muito chegado a raciocinar em termos de números. Prefiro o entendimento da
filosofia de cada evento, de modo que uma sequência de palavras formem no nosso cérebro a
imagem correta daquilo que nem sempre os frios números conseguem. Claro que sei que, após
compreendida a filosofia de um evento, sua quantificação através de equações e números tem
enorme valor.
No caso de trabalharmos com algo tipo o universo, os números que aparecem as vezes
são assustadores.
Quando determinados conceitos já estão arraigados ao homem, é muito difícil conse-
guir de uma hora para outra, largar tudo referente ao conceito anterior e dai para a frente ado-
tar sempre o novo conceito. Dessa forma, com certeza TODOS os cálculos continuarão sendo
feitos em termos comparativos em função do PARÂMETRO TEMPO, já totalmente enraiza-
do nos neurônios do homem.
Na verdade, não vejo uma complicação intransponível nesse fato, já que a escolha do
padrão de tempo, que não existe isolado, sendo somente uma criação do espaço-tempo, foi
feito em função do deslocamento espacial da Terra. Como a Terra é um dos corpos materiais
pertencentes ao universo, a referência pode ser transportada para qualquer outra referência
que seja mais conveniente.
O que importa realmente é sempre ter em conta que o “segundo”, que é a referência
temporal para tudo no estudo do universo, é apenas a distância que a luz caminha enquanto
um ponto da superfície da Terra caminha 464 metros em sua rotação, ou então que seu eixo se
deslocou translacionalmente 30.000 m.
Assim, como o perímetro equatorial da Terra mede 40.075 Km = 40.075.000 m, os
464 m correspondem a 1,16 x 10-5
do perímetro ou então, 0,00116 % dele, assim como, sendo
a órbita média da Terra em torno do Sol de 939.949.732.460 m, também corresponde a 3,192
x 10-8
da órbita ou 0,000003192 % dela.
Os comprimentos de onda da luz que são visíveis pelo homem variam, em números
redondos, de 400 a 700 nm (1 nano = 10-9
m). Tomando como exemplo uma onda de com-
primento 500 nm, ou seja, 5 x 10-7
m, esse comprimento de onda, para caminhar os
300.000.000 m tem que se deslocar 6 x 1014
vezes o seu tamanho, que dá o resultado:
600.000.000.000.000 que é a sua frequência (isso tudo em 1 tic tac humano).
Mostrada a ordem de grandeza dos números que envolvem os cálculos de tudo refe-
rente ao universo, que são cálculos cansativos e desgastantes da forma como eram feitos ori-
ginalmente, mas agora são tranquilos para os modernos computadores.
Outro exemplo simples e rápido é considerar a luz do Sol na Terra. A distância do Sol
a Terra é de 150.000.000.000 m e o “tempo” que a luz emitida pelo Sol leva para nos atingir é
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de 498 segundos. Assim, a luz emitida na direção de um ponto da Terra, quando a atingir será
em um ponto (498 x 464) = 231.072 m atrás em relação a seu movimento da rotação e (30.000
x 498) = 14.940.000 m adiante no sentido de sua translação.
Assim, como a luz só se desloca em linha reta (à exceção de sua passagem próximo a
campos gravitacionais muito fortes), que não é o caso do trajeto do Sol até a Terra, somos
obrigados a reconhecer que, se a luz não faz curva, o fóton que nos atinge foi enviado pelo
Sol quando estávamos 14.940 Km atrás em nossa órbita de translação e a 231 Km atrás em
nossa rotação.
Como fica sacramentado que a dimensão tempo não existe, por ser somente uma parte
da criação do elemento espaço-tempo, o ideal é sempre fazer comparações com quantidades
de deslocamentos de corpos selecionados para tal.
Um possível estudo termodinâmico do universo tem que levar em conta o que já é
conhecido e definido sobre ele.
- a primeira é que sua entropia sempre aumenta e tende para um máximo, conforme preconiza
o Segundo Princípio da Termodinâmica;
- a segunda é que a evolução do universo é um processo “isoenergético”, já que sua Energia
não varia, como indica o Primeiro Princípio da Termodinâmica;
- a terceira, aos que concordarem com o modelo que propus, é que além de isoenergético, o
desenvolver do universo também é “isocórico”, já que seu volume não varia;
- a quarta é que sendo “isócoro-isoenergético” o desenrolar do universo só depende dos parâ-
metros TEMPERATURA e PRESSÃO.
- a quinta é que o desenrolar do universo parece seguir um ciclo, já que num ciclo a variação
de energia é ZERO e a Entropia aumenta.
- a sexta é que realizar um processo cíclico só variando Temperatura e Pressão, mantendo a
Energia e o Volume constantes, é bastante complicado de imaginar.
Assim sendo, creio que é possível admitir que, para seguir um ciclo nessas condições e
manter o respeito às leis, a Proposta de Novo Modelo, apresentada no trabalho, passa a ser
viável, ou seja, o ciclo total do universo é sua transformação de Espaço Total Indeformado
(organizado) em Espaço Total Deformado ou Arqueado (desorganizado), o que só depen-
de da criação e deformação aleatória dos fótons, tanto os presentes no universo primordial
quanto os criados posteriormente, em elementos espaço-tempo.
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SELECIONANDO CONCEITOS
Depois de pensar em todos os conceitos envolvidos na formulação da Teoria da Rela-
tividade, Restrita ou Geral, assim como em tudo que foi abordado neste trabalho, creio ser
possível extrair algumas conclusões. Claro que sempre é perigoso tirar conclusões, pois difi-
cilmente se é capaz de avaliar cada evento por todos os possíveis ângulos de visão. Entretan-
to, por ter manuseado esse assunto ao longo do trabalho, quando algumas coisas parecem ser
claras e outras não, vou a seguir enumerar as principais conclusões a que cheguei, as quais
submeto a apreciação dos leitores. Algumas delas até acredito na concordância geral por se-
rem conceitos já definidos ou, pelo menos, já bastante discutidos ao longo de um grande
“número de voltas da Terra em torno do Sol”, enquanto outros precisarão ser referendados ou
até corrigidos.
1) A Termodinâmica está correta em NÃO levar em conta o parâmetro TEMPO, tendo em
vista que a transferência de energia para o receptor SÓ DEPENDE do momento da coli-
são, não importando o Tempo decorrido entre esse momento e sua origem (sua emissão).
2) Uma questão que provavelmente será bastante criticada no modelo PROPOSTO no traba-
lho é a questão da ENTROPIA começar a aumentar depois da criação da matéria, uma vez
que antes disso, TUDO que existia eram fótons se deslocando com a velocidade da luz. É
claro que os fótons se deslocando nessa velocidade geravam entropia. O modelo proposto
indica que a presença de matéria se deslocando AUMENTA a entropia, mas não diz que a
entropia era NULA! Quem diz (e de forma absurda) que ela era nula é o modelo do Big
Bang.
3) O Terceiro Princípio da Termodinâmica é que diz que “a entropia de todos os corpos ma-
teriais tende a zero quando a temperatura tende ao zero absoluto”. No 0ºK, todo corpo se
torna um cristal ideal, e sua entropia se torna nula. Entretanto, como se pode ver, no zero
absoluto, que é o maior repouso da matéria que se pode imaginar, TODOS os seus elé-
trons estão girando em torno dos núcleos a velocidade de 30.000 Km/s. Assim, no maior
REPOUSO imaginável pelo homem, a matéria está a 30.000 Km/s. E a partir daí, qualquer
fornecimento de energia desorganizada (calor) dado ao sistema, contribui para o aumento
da entropia desse sistema.
4) Da mesma maneira, pode-se considerar que o universo primordial, com tudo se deslocan-
do a velocidade da luz, pode ter sua entropia conceituada como zero ou não, que não faz a
menor diferença. O importante é que a partir da criação da matéria, com seu movimento e
calor, faz a entropia aumentar, tenha ela o valor que tiver antes.
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5) Num sistema onde TUDO se movimentasse na velocidade da Luz, NÃO existiria
TEMPO, o que permite concluir que: A ETERNIDADE NÃO É UM TEMPO LONGO,
MAS SOMENTE SUA AUSÊNCIA.
6) A colisão com transferência de energia de dois pontos diferentes do tempo no espaço tri-
dimensional, o primeiro correspondente ao momento da emissão do fóton e o outro cor-
respondente ao momento da colisão, indica que a luz é parte integrante da matéria, já que
sai dela, e em outro ponto adiante, VOLTA a ela através da colisão com outro corpo mate-
rial. A interconversão entre matéria e energia, já estabelecida por Einstein, mostra que ca-
da corpo material guarda em si um enorme conteúdo energético, assim como, cada radia-
ção eletromagnética, caracterizada por seu comprimento de onda e sua frequência, pode
ser atrelada a um valor de massa equivalente.
7) Assim, de cada corpo material (emissor) se desprende determinado conteúdo energético,
que em algum ponto do espaço, encontrará um outro corpo, com o qual colidirá (receptor)
e para ele transferirá todo esse conteúdo energético. Isto parece indicar que realmente A
ENERGIA DO UNIVERSO É CONSTANTE, que é o Primeiro Princípio da Termodinâ-
mica, e também NÃO leva em conta o parâmetro tempo.
8) A criação do elemento espaço-tempo é possível através das colisões de fótons de diferen-
tes “tempos” do passado (leia-se “diferentes números de rotações dos corpos conside-
rados”) com pontos do espaço do futuro (leia-se “após mais um sem número de rota-
ções dos corpos considerados”). Assim, ele é criado dentro de sua própria estrutura. A
vinculação das características da posição correspondente a emissão do fóton para um pon-
to futuro do espaço, para lá formar o espaço-tempo parece ser bem clara. Não tão clara é a
forma como ele leva essas características. O funcionamento parece semelhante a existên-
cia de um código genético associado ao fóton.
9) Como o fóton é uma onda, me parece que o possível código genético que lhe é atrelado
seria seu COMPRIMENTO DE ONDA. Cada comprimento de onda é atrelado a uma fre-
quência de vibrações como também pode ser atrelado a algum valor de massa equi-
valente. É bom lembrar que pode existir comprimentos de onda de tamanhos zero até in-
finitos.
10) O comprimento de onda como código genético do fóton, pela quantidade quase ilimita-
da de comprimentos de onda possíveis, vai gerar uma infinidade de amplitudes e de fre-
quências, o que informa que as energias transferidas nas colisões NÃO são sempre i-
guais, o que aumenta ainda mais o caos.
11) O ser humano NÃO vê seu presente: tudo o que ele vê é o passado. Até a Lua, já que, ao
receber o fóton refletido por ela, a posição do observador está deslocada de 464 metros em
relação a sua própria posição quando esse fóton foi emitido (perímetro 40.075.100 m /
86400 s). Assim, quando nós olhamos para a Lua, o que estamos vendo é o fóton que ela
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emitiu quando o observador estava 464 metros anteriores em relação a rotação da Terra e
30 Km afastado em relação a sua órbita translacional.
12) Mais complicada ainda, fica a situação do que vemos realmente. Só vemos o fóton quan-
do ele chega aqui, mas cada ponto luminoso que vemos, foi emitido quando o observador
estava “muitas rotações da Terra” atrás. Alias, talvez a maioria dos pontos de luz que nos
chegam, foram emitidos “antes de passarmos um sem número de translações” da Terra em
torno do seu Sol. Por essa razão, quando olhamos para o céu, o que vemos não é “um pon-
to do passado”, mas sim TODO O PASSADO AO MESMO TEMPO.
13) Einstein comprovou que a luz sofre desvio ao passar perto de um campo gravitacional
forte, como o Sol, mudando sua direção, formando um ângulo em relação a sua direção o-
riginal. E é só por isso que conseguimos ver algumas estrelas em uma posição virtual, ou
seja, a posição que a vemos é totalmente diferente da sua posição verdadeira, pois sua luz
emitida ao passar perto do Sol, sofre desvio e chega até nós. Se não houvesse o desvio,
nós não a veríamos nunca, pois sua luz não nos atingiria.
14) Se um campo forte como o Sol, que é uma estrela de quinta grandeza é suficiente para
desviar a luz, então obrigatoriamente as estrelas de quarta até primeira grandeza também a
desviam. Assim, caminhar milhares ou milhões de anos ao longo do espaço sem passar
perto de nenhum campo gravitacional forte, é estatisticamente impossível! Assim, pode-
mos concluir que nós vemos as estrelas na posição que a luz nos chega! Mas sua trajetória
foi, com toda a certeza, um zigue-zague pelo espaço e não um trajeto reto. Além disso,
após a emissão da luz, quanto ela e nós já nos deslocamos? E em que direção?
15) Admitindo um número muito grande de pontos de desvio da luz, e compostos de forma
totalmente aleatória, o que podemos concluir é que, aquilo que estamos vendo em deter-
minado momento, que é uma foto de todos os tempos passados, não é o Real! Podemos
estar vendo estrelas, tanto tempo depois, em posição totalmente diferente da sua posição
real no ato da emissão; como também podemos não ver nunca estrelas importantes, desde
que sua luz sofra desvio e não nos atinja!
16) Desse modo, o que a própria ciência nos permite concluir, é que aquilo que vemos num
dado momento, é a soma dos acontecimentos de todos os tempos do passado, e através de
uma imagem absolutamente IRREAL (ou virtual)! Dessa forma, como seria possível fazer
uma regressão, que para ser feita exige o conhecimento das coordenadas espaciais de to-
dos os seus pontos? E também deixa bastante duvidosas as atuais medidas de afastamento
das estrelas e galáxias, que são feitas por impressão dos espectros da luz emitida pela fon-
te. Quando a fonte estiver se aproximando, a frequência aumenta (o comprimento de onda
diminui - logo há um desvio para o azul); quando a fonte está se afastando a frequência
diminui (o comprimento de onda aumenta - logo há um desvio para o vermelho). E com
isto atualmente os cientistas têm certeza da direção e da velocidade com que estrelas e ga-
láxias estão se afastando de nós. Isto será real ou imaginário, tendo em vista que o que
vemos é “todo o passado ao mesmo tempo e através de uma imagem absolutamente irreal?
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17) Quando olhamos para o espaço sideral, vemos tudo azul! O primeiro astronauta a sair da
Terra disse que “a Terra é azul”. Aí cabe a indagação: a Terra não emite luz, então como
os astronautas nos vêm azul, como qualquer estrela? Isso é facilmente explicável, já que a
nossa atmosfera é cheia de partículas de tamanho coloidal e a ciência de colóides nos diz
que, quando um feixe de luz incide num sistema coloidal, parte da luz é transmitida dire-
tamente, parte é absorvida pelas partículas e uma parte é espalhada em todas as direções.
Esse efeito é chamado Tyndall, e a quantificação da luz espalhada (e também da luz
transmitida) é feita por uma equação elaborada por Rayleygh, que nos diz que a intensida-
de da luz espalhada é inversamente proporcional ao comprimento de onda da luz incidente
(e a luz transmitida é diretamente proporcional a ele). Por isso, vemos os raios solares di-
retos avermelhados, especialmente o por do sol. Quando não somos atingidos por raios di-
retos, só vemos a luz espalhada, que é intensificada para o azul, isto é, pequenos compri-
mentos de onda. A luz direta do Sol, a vemos avermelhada pois é intensificada nos maio-
res comprimentos.
18) A presença de quantidade inimaginável de fótons que vão “enxertar” um corpo do futuro
formando um novo conjunto, que por sua vez irão emitir novos fótons que irão para o fu-
turo em relação a eles, e o processo é sempre o mesmo, parece muito com o processo da
vida humana. Ou seja, numa relação sexual, quando é despejado um quantidade enorme
de espermatozoides que vão em busca de um corpo receptor que é o óvulo. Sempre so-
mente um ou dois conseguem e os demais são condenados a morte. Os que chegaram ao
destino, criaram um novo corpo que vai evoluir e mais a frente vai emitir também sua
quantidade para procurar novos corpos receptores e continuar a vida. Esse ciclo também é
uma engrenagem sem fim.
19) Tanto a criação dos elementos espaço-tempo do universo quanto a criação de seres vivos
(inclusive humanos) seguem um ritual bastante parecido. Em ambos o mecanismo evolu-
tivo é eterno e auto gestor. O único problema está no que um químico chama de cataliza-
dor, que entra no sistema, permite o início da reação e depois fica fora do processo. Dessa
forma, como no caso da criação da matéria e do espaço-tempo é fácil imaginar um início
puramente material (sem catalizador), mas não no caso de seres vivos, então para estes ca-
sos sou obrigado a continuar minha busca pela identificação desse catalizador.
20) A grande diferença entre a criação do elemento espaço-tempo e os seres vivos está em
que nos seres vivos há uma Seleção Natural (que é prevista pela teoria
EVOLUCIONISTA) para a fecundação e todos os demais que não conseguiram, são fada-
dos a morte, logo, desaparecem do sistema, enquanto na criação do espaço-tempo isso não
fica claro. Mas a eliminação da maioria dos fótons emitidos por um corpo é improvável
porque faria a entropia do universo diminuir, o que violaria o segundo princípio da termo-
dinâmica. É mais lógico acreditar na continuidade eterna do caminhar dos fótons e suas
sucessivas colisões, formando os diferentes tipos de matéria que se conhece.
28
21) Todos os estudos do universo, parecem conduzir a evolução dele como seguindo um ci-
clo. Pelo modelo proposto nesse trabalho, com um início dessa evolução a partir de de-
terminado ponto de um universo primordial fotônico eterno, início esse que pode ter sido
criado ou espontâneo e, como a termodinâmica garante a constância da energia do univer-
so, logo, um processo isoenergético, e o autor propõe um universo isocórico, ou seja, sem
variação de volume, a realização desse ciclo evolutivo fica restrito as variações de Tempe-
ratura, Pressão e da Entropia. Dessa forma, o autor propõe que durante a existência do u-
niverso primordial fotônico eterno, NÃO havia nenhuma DEFORMAÇÃO em todo o vo-
lume universal, ou seja, o universo era TOTALMENTE INDEFORMADO. A partir da
criação da massa com seus movimentos de rotação e translação, que obrigaram a que os
fótons passassem a ser rotulados pelas sucessivas posições dos corpos criados, cujos mo-
vimentos deformam o espaço a sua volta, e o ciclo será completado quando o universo es-
tiver TOTALMENTE DEFORMADO.
22) Segundo Einstein, a deformação do espaço gera a gravidade. Isso permite concluir que o
universo primordial fotônico eterno NÃO tinha NENHUM PONTO DO ESPAÇO COM
ENERGIA GRAVITACIONAL. Ela foi se criando somente a partir do aparecimento da
matéria que, com seus movimentos, começou a deformar o espaço a sua volta e, com isso
criou os campos gravitacionais.
23) A multiplicidade de campos gravitacionais ao longo do espaço total do universo, criados
aleatoriamente, com todos eles aumentando a medida que as novas colisões aumentavam
as velocidades de rotação e de translação dos corpos criados, podem ter aumentado seus
tamanhos a ponto de se tocarem, com algumas deformações complementares.
24) Essas evoluções dos campos gravitacionais, pode ter levado a que as interfaces de um
campo gravitacional forte com uma parte do volume do universo ainda sem matéria signi-
ficativa, crie uma diferença de potencial tão grande que para atender a termodinâmica, que
diz que todo sistema natural caminha espontaneamente para o equilíbrio, que essa região
de gravitação insipiente funcione como um verdadeiro “buraco negro”, captando tudo o
possível para diminuir a ddp existente.
25) O modelo proposto, em princípio, não pode ter fim, já que em cada momento considera-
do, ele é uma distribuição de fótons de todas as posições da matéria desde sua criação, no
final do universo primordial fotônico até o momento considerado. Como o ciclo é a evo-
lução de todo o espaço do universo em estado de organização (sem nenhuma deformação)
até que todos os pontos estejam desorganizados (deformados), e isto até acabarem-se to-
dos os fótons do universo primordial e todos os criados ao longo do ciclo evolutivo e,
quando isso ocorrer, ou seja, todos os pontos do espaço do universo devidamente defor-
mados e sem fótons presentes, acaba o processo de criação de matéria e de campos gravi-
tacionais. Para isto é necessário que as emissões de novos fótons sejam em número muito
inferior ao número pré existente no universo primordial. Assim, isto só poderá ser defini-
do se algum dia alguém calcular esses valores.
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DIVAGANDO (OU FILOSOFANDO)
Para encerrar um trabalho tão pesado, gostaria de filosofar um pouco, para explicar
alguns dos pontos de vista que podem ter deixado ao possível leitor, uma imagem um tanto
insegura do autor. Não foi nada relativo a insegurança não, mas sim proposital.
Pautei minha vida profissional na adoção de uma verdade que faço questão de manter
até o meu fim. É o RESPEITO pela inteligência dos outros, aceitando sempre que posso estar
errado quando alguém discorda de minhas opiniões. É claro que quando vou fundo no meu
esclarecimento das coisas que busco, vou defender com unhas e dentes as minhas conclusões.
Mas sempre estou pronto para pensar nas opiniões divergentes das minhas e tenho sensatez
bastante para mudar minha opinião se eu considerar que as opiniões divergentes têm mais
lógica que as minhas.
Uma das coisas que me aborreceu no modelo do Big Bang foi a assertiva de que “Deus
pode ter criado o universo COMO Ele quis, mas NÃO QUANDO Ele quis, pois estava amar-
rado ao momento da grande explosão térmica, independente de Sua vontade”.
Quero logo esclarecer que, para mim, Deus é uma Dúvida: tenho TANTAS evidências
de sua EXISTÊNCIA quantas são as evidências que tenho de sua NÃO EXISTÊNCIA. Por
essa razão, para quem tenha mais evidências da existência ou mais evidências da não existên-
cia, se for com sinceridade e não por dogmatismo, tem que ter o meu respeito, e faço questão
de tê-lo.
Também creio piamente que jamais alguém poderá comprovar objetivamente a exis-
tência de Deus, como também jamais alguém conseguirá provar objetivamente sua não exis-
tência. Assim, o homem que respeita a inteligência de seus semelhantes, tem a obrigação mo-
ral de respeitar sua escolha, seja de crer seja de não crer.
Com esse pensamento e essa diretriz de vida, quando propus um modelo alternativo ao
do Big Bang, ainda no trabalho de 2011 “Big Bang: o Grande Equívoco”, cujo resumo está
apresentado no anexo, agora com os novos conhecimentos que adquiri nesses dois anos, fiz
questão de mostrar através da Termodinâmica que o caminho para tão alta instabilidade, viola
a termodinâmica e, por isso, o modelo do Big Bang também SÓ podia se tornar viável através
da presença de um Criador.
Da mesma forma, quando em seguida apresentei um modelo alternativo, de um uni-
verso frio e coeso, com tempo de existência anterior infinito, até que começou a emitir quanti-
camente as partículas que formariam o nosso universo, deixei claro naquele trabalho que, a-
pós existência infinita em determinada condição, para mudar essa condição, naquela ocasião
eu só tinha uma possibilidade de escolha, e tive a sensatez de dizer que aquele modelo só era
possível com a indispensável presença de algo externo, que seria evidentemente o Criador.
Coloquei isso mesmo sabendo que esta posição seria ponto de achincalhe dos que só
têm evidência de Sua Não existência. Só coloquei isso porque não encontrei nenhuma alterna-
tiva que deixasse dubiedade, para deixar a opção para o leitor.
Já no presente trabalho, depois de mais dois anos de pesquisas, quando apresentei o
modelo de UNIVERSO PRIMORDIAL FOTÔNICO que, a partir de determinado momento
30
criou matéria e iniciou nosso universo material (na verdade, misto), consegui encontrar dubi-
edade, contrapondo a Criação com o aparecimento espontâneo da matéria.
Sei que a alternativa já parte da premissa que vai ter leitor concordando, como também
vai ter leitor discordando, já que por tendência natural, cada homem tende a aceitar tudo que
concorde com o que ele pensa, pois é sempre ele que está com a razão. Isso não me preocupa,
pois o que estou fazendo é tentar colaborar para mais um degrau no esclarecimento de coisas
que realmente não são tão fáceis de compreender quanto deveriam ser.
A única coisa que posso garantir é que se alguém achar razoável que tenha existido o
universo fotônico e surgiu a matéria de forma natural, mas perguntar como esse universo fo-
tônico começou, não saberei responder. Mas vou continuar procurando uma resposta. Se ela
existir, espero encontra-la.
Quero encerrar mostrando o quão ilusório pode ser tudo aquilo que estamos
vendo. Sabe-se que a estrela mais bonita que o homem vê no espaço à noite, é a famosa
ESTRELA DALVA, linda e brilhante, uma verdadeira maravilha que tem até música famosa
em sua homenagem. Entretanto, pouca gente sabe que ela não passa de um “travesti sideral”.
Isto porque sabemos que Vênus é um planeta, mais próximo do Sol do que a Terra, e portanto,
mais quente (sua temperatura é superior aos 500ºC), não tem água nem oxigênio. Entretanto,
quando Vênus está em posição orbital que se torna visível por nós, o vemos azul, como qual-
quer outra estrela, embora Vênus não seja estrela, logo, não emite luz! O que vemos é a luz
espalhada por sua atmosfera, como os astronautas também nos vêm azuis. Aí cabe a pergunta:
todos os bilhões de pontos azuis que se vê no universo, são estrelas emissoras de luz? Não
poderíamos estar vendo luz espalhada na atmosfera de grandes planetas distantes de nós? Fica
a dúvida!
Missão cumprida. A quem se dispôs a ler, muito obrigado e espero críticas e suges-
tões. Quanto a parte subjetiva que aparece ocasionalmente no trabalho, de forma talvez não
muito clara, sugiro que se alguém quiser saber mais detalhes da minha forma de pensar sobre
o subjetivo, que leia meu último trabalho sobre isso, que chamei de PORQUE DEUS NÃO
RESPONDE. Ele tem 30 páginas e também está disponível na página
www.franciscoguerreiro.com.br
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ANEXO ÚNICO
c) Resumo do trabalho Big Bang: O Grande Equívoco
O modelo atualmente mais aceito sobre o início do Universo é o do Big Bang, ou seja, A Grande Ex-
plosão Térmica. A imagem de início quente foi sugerida pela primeira vez por Gamov em 1948. Em
sua teoria, fez a previsão de que a radiação dos primórdios do universo muito quente (sob a forma de
fótons) deveriam estar presentes ainda hoje, só que com temperatura bem reduzida (pouco acima do
zero absoluto). Alguns físicos garantem que a cada período de tempo (muito longos em relação a
nossa vida, logo, com alguma subjetividade), a temperatura do universo diminui de um certo valor.
È difícil imaginar como pode ser possível medir a temperatura de um universo tão grande e
tão complexo, composto por várias galáxias. Ao invés disso, não teria ela sido somente imaginada, ou
então determinada por complicadíssimos cálculos com a utilização de números abstratos? Então não
estaríamos no subjetivismo puro?
O modelo atual impõe que o universo está sempre se resfriando, a partir do Big Bang, porque
a teoria tem como premissa ser o universo regido pelo modelo de Friedman, e este impõe que en-
quanto ele se expande, qualquer radiação ou matéria nele existente, se resfria.
E o resfriamento é até quantificado, pois o modelo diz que enquanto o universo dobra de ta-
manho, sua temperatura cai à metade.
A velocidade de expansão do universo também é quantificada: ele se expande a razão de 5 a
10 % a cada bilhão de anos.
De qualquer forma, baseado puramente no amparo conceitual de nossas leis universais, já
entendidas e perfeitamente mensuráveis, pode-se proceder a uma avaliação termodinâmica do fato:
Como pode um sistema estar aumentando a entropia ao mesmo tempo em que está diminu-
indo a temperatura? A termodinâmica não nos diz que a entropia, uma medida do caos do sistema, é
diretamente proporcional à temperatura?
As análises regressivas (regressão dos eventos até chegar ao tempo zero) nos levam a que no
início da dimensão tempo, logo, o início do universo em expansão, que o universo tinha densidade
infinita (logo, não havia espaço vazio entre as partículas) e temperatura elevada (infinita); esta, cal-
culada como sendo de 10 bilhões de graus, após 1 segundo do Big Bang, mas com Entropia nula.
Claro que não disponho de dados para questionar os resultados obtidos pelos cientistas envolvi-
dos no modelo do Big Bang. Entretanto, posso concluir que se eles estiverem certos, os conceitos de
equilíbrio termodinâmico estarão fatalmente errados. E isto é facilmente comprovado, pois se sabe
que todo sistema com entropia pequena ou nula, é absolutamente estável. Um sistema aumenta a
sua estabilidade à medida que as partículas vão se unindo devido ao aumento de coesão entre elas,
oriundo da diminuição da entropia delas. Assim, quanto maior a coesão, logo, menor a entropia, mais
estável é o sistema.
Portanto, por mais complicados que esses cálculos tenham sido, seus resultados podem ser ques-
tionados do ponto de vista puramente termodinâmico.
32
Por que o universo primordial teria conseguido se unir numa temperatura tão alta, sem nenhuma
contenção externa? Uma vez que ele explodiu e deu origem ao nosso universo em expansão perma-
nente, significa que não havia restrição à sua expansão. E, não tendo nenhuma restrição, porque
todas as partículas conseguiram se unir tão intimamente e com tanta força, em condições tão desfa-
voráveis a coesão?
A ciência nos mostra que só existem grandes aglomerações à baixas temperaturas, onde o ambi-
ente é amplamente favorável à coesão. Já em altas temperaturas, a diminuição da energia livre total
de qualquer sistema, inclusive o universo, é conseguido através da entropia, pelo movimento caótico
das partículas, em permanente mudança aleatória de posições.
Logo, à medida que a temperatura aumenta em um sistema sem contenção externa, as partículas
necessitam cada vez mais de espaço para poder ampliar seu movimento caótico para diminuir a e-
nergia livre total e com isso, manter o equilíbrio do sistema, anulando o aumento da energia livre
ocasionada pela diminuição da coesão.
Isto é comprovado até pela sabedoria popular de qualquer leigo, que diz textualmente: “calor
demais derrete” (e não que ele explode)!
Havendo contenção externa, é claro que tudo vai ocorrer de modo distinto: o aumento da tempe-
ratura aumenta a agitação térmica, e como não há espaço disponível para permitir a dissipação da
energia pelo movimento caótico, haverá um violento aumento da pressão, que fatalmente chegará à
explosão.
Mas, tendo só a força da gravidade como contenção externa, por que ela foi suficiente para per-
mitir uma pressão tão grande que ocasionasse uma explosão tão violenta?
Por que ela não foi sendo vencida gradativamente, permitindo o equilíbrio em nível energético
mais baixo?
Isto não viola a termodinâmica?
O próprio modelo do Big Bang, bastante paradoxal, nos informa sobre isso. Ele diz que, à medi-
da que o universo se expandia, a temperatura da radiação caía. E diz que, com temperaturas muito
altas as partículas se moviam muito rapidamente a ponto de escaparem de qualquer atração mútua
(devido às forças nucleares e eletromagnéticas); mas à medida que se resfriavam podia-se esperar
que as partículas começassem a se fundir. E diz ainda que, cem (100) segundos após a explosão, a
temperatura caiu a 1 bilhão de graus, que é a temperatura encontrada hoje no interior das estrelas
mais quentes (E porque essas estrelas não continuaram a se resfriar como o resto?), e nessa tempera-
tura os prótons e nêutrons já não tinham mais energia suficiente para escapar da força nuclear forte
e então se combinaram para produzir os núcleos de deutério, e esses com mais prótons e nêutrons
formaram os núcleos do hélio.
Que tipo de energia tinham as partículas que não permitiam a fusão (coesão)? Não seria a entró-
pica? Quando ela diminuiu, foi possível a coesão! Então, pelo modelo do Big Bang a entropia não
estaria aumentando e sim diminuindo! E como ela pode ter saído de zero, se o modelo prevê que ela
esteja diminuindo e não existe entropia negativa?
33
A GENERALIZAÇÃO INDEVIDA
Na dedução mostrada acima, que é apresentada até hoje pela termodinâmica como forma de
definir a Entropia, só se pode concluir que “na expansão de um gás ideal à temperatura constante,
em dois balões interligados e de volumes diferentes, pode-se observar que no equilíbrio as molécu-
las se distribuem proporcionalmente aos volumes dos balões”.
A equação, obtida nas condições pré estabelecidas de utilização de um gás ideal e operando
à temperatura constante, foi generalizada para todo o sistema universal, sob pressão infinitamente
alta e com a temperatura variando, o que é, pelo menos, profundamente insensato.
É claro que à mesma temperatura, quando a energia térmica das partículas se mantém cons-
tante, quanto maior o espaço disponível maior a entropia, pois o movimento de vai -vem das partícu-
las aumenta sua amplitude. Mas, se houver variação de temperatura, muda tudo, pois muda o con-
teúdo energético das partículas.
A VERDADEIRA CONFUSÃO CONCEITUAL
Na verdade, o que parece ter acontecido foi a utilização indevida da equação obtida para a
entropia.
A equação obtida: S = TR
H
.
(por mol) que calcula o número de quanta existentes no siste-
ma, foi indevidamente amputada para: S = T
H e passou a simbolizar a variação de entropia cau-
sada por certa quantidade de entalpia fornecida ao sistema em determinada temperatura.
A partir daí, estabeleceu-se a confusão conceitual. Os cientistas ligados ao modelo do Big
Bang consideraram a relação entre a quantidade de entalpia (calor) fornecida ao sistema e a tempe-
ratura absoluta em que o sistema se encontra como sendo a variação de entropia causada a este
sistema.
Da forma estática como isto foi considerado, é claro que quanto maior a temperatura absolu-
ta do sistema, menor a variação de entropia causada ao sistema pelo fornecimento de determinada
quantidade finita de calor. Entretanto, após determinar o valor de S causado pelo fornecimento de
quantidade finita de calor ao sistema, em dada temperatura (T) constante, eles consideram S como
sendo S2 - S1 e consideram S2 o valor da entropia na temperatura 2 () e S1 o valor da entropia na
temperatura 1 (0). Como S = 0, pois foi calculado como a variação de entropia causada pelo forne-
cimento de quantidade finita de calor (H) ao sistema sob temperatura constante (), então o resul-
tado da expressão fornece o resultado nulo (S2 = 0).
Mas isso é um ERRO CONCEITUAL VIOLENTO.
Na verdade, o calor não é uma função de estado e é necessário substituir o valor do calor
(entalpia) por sua função dependente da temperatura. Assim, a expressão dS = TR
dH
. para os casos
de temperatura variando, não pode ser integrada diretamente, mas sim utilizando a expressão do
34
calor em função da temperatura (q = C.dT), onde C pode ser a capacidade calorífica a pressão cons-
tante, a volume constante, etc.
Logo, a expressão a ser integrada se tornaria:
dS = R
C x
T
dT cuja integral fornece: S = (S2 – S1) =
R
C x ln
TT
1
2
A primeira expressão mostra que a variação de entropia de um sistema é inversamente pro-
porcional a temperatura em que o sistema se encontra, mas a segunda mostra que o VALOR DA
ENTROPIA do sistema é diretamente proporcional a sua temperatura e não inversamente como o
pessoal do Big Bang considerou.
Pode-se exemplificar como segue (não foi usado 0°K para evitar singularidade):
- se o sistema estiver a 0,001 °K (entropia zero) e receber quantidade de calor suficiente para
passar para 10 °K, o valor de sua entropia nesta temperatura será:
S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 daí S = (S2 - 0) = R
C x ln
001,0
10 daí S2 = 9,2
R
C
- se o sistema estiver a 0,001 °K (entropia zero) e receber quantidade de calor suficiente para
passar para 10.000 °K, o valor de sua entropia nesta temperatura será:
S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 S = (S2 – 0) R
C x ln
001,0
000.10 e daí S2 = 16,12
R
C
- se o sistema estiver a 0,001 °K (entropia zero) e receber quantidade de calor em quantidade
suficiente para passar para 1.000.000.000 °K, o valor de sua entropia nesta temperatura será:
S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 S = (S2 – 0)R
C x ln
001,0
000.000.000.1 e daí S2 = 27,6
R
C
- se o sistema estiver a 0,001 °K (entropia zero) e receber quantidade de calor em quantidade
suficiente para sua temperatura tender ao infinito, o valor de sua entropia nesta temperatura será:
S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 S = (S2 – 0)R
C x ln
001,0
e daí S2 =
De tudo isso pode-se compreender a razão pela qual o pessoal fez confusão: quando a tempe-
ratura é infinita, a variação do caos do sistema gerado pelo fornecimento de quantidade finita de
calor é nula, mas o conteúdo entrópico desse sistema é infinito.
AS RAZÕES DA CONFUSÃO
Parece claro que a confusão se originou no fato de considerarem o fornecimento de determi-
nada quantidade de calor (entalpia) ao sistema como parâmetro CONSTANTE e considerar a relação
35
entre esta quantia constante de calor e o valor também CONSTANTE da temperatura em que esse
fornecimento de energia se deu.
A confusão é até compreensível, já que essa relação, da forma como se apresenta, conside-
rando a quantidade de calor como constante, realmente leva os desprevenidos a considerarem como
certo, especialmente estabelecendo os limites de integração de dS como sendo 0 e , sem conside-
rar a forma como variam neste intervalo. Nestas condições, o resultado obtido seria verdadeiro, mas
para considerar os valores como constantes, precisa obrigatoriamente considerar a equação já inte-
grada, e dessa forma tem que se considerar o resultado obtido como a VARIAÇÃO DE ENTROPIA ge-
rada por aquela quantidade de calor fornecida ao sistema NAQUELA TEMPERATURA.
Nestas condições, pode-se afirmar que o resultado é verdadeiro, mas não significa que a en-
tropia seja nula e sim a variação de entropia.
Pode-se melhor compreender isto seguindo o seguinte exemplo, que elaborei amparado na
determinação qualitativa da entropia, mostrado anteriormente.
“Considerando um bar, tarde da noite, com seus 20 fregueses sentados, conversando, beben-
do sua cerveja e considerando que o teto é uma máquina fotográfica capaz de tirar fotos com inter-
valos tão curtos quanto se queira.
A sobreposição dessa sucessão de tomadas fotográficas, vai mostrar pequenas e leves man-
chas, correspondentes ao movimento de levar o copo à boca, cruzar ou descruzar as pernas, apoiar os
cotovelos na mesa e fazer a operação oposta, etc.
De repente, entra um bêbado arruaceiro armado com um revólver e começa a atirar para o
alto e dar coronhadas nos fregueses que, se levantaram todos, se atiraram no chão, derrubaram as
mesas e cadeiras, quebraram os vidros, etc.
É claro que o bar se tornou um verdadeiro inferno, correria para todo lado, etc, e o resultado
da sobreposição das fotos mostra uma intensa mancha ocupando todo o espaço disponível.
Fica evidente a diferença de situações: na primeira o sistema está bastante organizado, com
pouquíssima desordem, vistas através das pequenas e leves manchas ocasionais, do que se pode con-
cluir que sua Entropia é extremamente baixa, enquanto na segunda pode-se observar uma tremenda
desorganização, caracterizada pela enorme mancha, ocupando todo o sistema, do que se pode con-
cluir que sua Entropia se tornou elevadíssima.
Também se pode concluir que a transformação do local, de organizado em desorganizado, ou
seja, de baixa entropia até altíssima entropia, se deu à custa do fornecimento de determinada quan-
tidade finita de desorganização, neste caso quantificada pelo bêbado arruaceiro armado.
Agora, vamos repetir a experiência com uma pequena alteração, sendo esta na situação do
ambiente antes da entrada do bêbado. Agora vamos imaginar que os vinte fregueses do bar, depois
de muita bebida, se desentenderam e partiram para a pancadaria entre si. Mesas e cadeiras voando,
todos se jogando no chão e levantando a seguir, copos varejados, vidros quebrando, etc. A sobreposi-
ção das fotos tiradas neste período, mostram o ambiente como um verdadeiro inferno, caracterizado
por uma enorme mancha que ocupa quase todo o local.
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Agora imaginemos que neste momento, nesta situação caótica, entre o mesmo bêbado arru-
aceiro armado com revólver e faça a mesma coisa que fez anteriormente. É claro que a sobreposição
das fotos tiradas neste período mostrarão, através de uma enorme e intensa mancha ampla, o retra-
to do violento caos reinante.
Entretanto, as comparações das sobreposições das sequências de fotos, nos levarão a resul-
tados completamente diferentes.
No primeiro caso, quando o ambiente estava altamente organizado, com baixíssima Entropia,
a entrada de um bêbado arruaceiro armado, que levou uma determinada quantidade de caos (Entro-
pia) para o sistema, transformou radicalmente o ambiente, que ficou altamente Entrópico, com uma
diferença bastante visível entre uma situação e outra.
Já no segundo caso, quando o ambiente estava altamente desorganizado (Entrópico), a en-
trada do bêbado arruaceiro armado aumentou a desorganização (Entropia). Entretanto, como o am-
biente já estava com alto conteúdo Entrópico e a sobreposição das fotos já apresentava enorme e
intensa mancha em todo o sistema, a nova situação correspondente a sobreposição das fotos no pe-
ríodo após a entrada do bêbado, também apresenta uma enorme e intensa mancha, com certeza
levemente mais intensa que a anterior, mas certamente esse aumento de intensidade da mancha é
quase imperceptível.
A conclusão que se pode tirar dessa experiência, é que no primeiro caso houve um visível e
brutal aumento de entropia no sistema, enquanto no segundo caso esse aumento é praticamente
imperceptível. Entretanto, a quantidade de caos (Entropia) fornecido ao sistema foi exatamente a
mesma: o bêbado arruaceiro armado com revólver.
Pode-se agora entender os efeitos que ocorrem com o fornecimento de calor a um sistema
em diferentes condições.
Quando se fornece ao sistema quantidade de calor (q) suficiente para aumentar a temperatu-
ra deste sistema em 1 °K o que ocorrerá é:
- se o sistema estiver a 10 °K ele passará a 11 °K, e a expressão
S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 será S = R
C x ln
10
11 e daí S = 0,095
R
C
- se o sistema estiver a 1.000 °K ele passará a 1.001 °K, e a expressão
S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 será S = R
C x ln
1000
1001 e daí S = 0,001
R
C
- se o sistema estiver a 1.000.000 °K, ele passará a 1.000.001 e a expressão:
S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 será S = R
C x ln
000.000.1
001.000.1 e daí S = 0,000001
R
C
37
Os resultados mostram claramente que, quanto maior for a temperatura em que o calor é
fornecido, o efeito causado sobre a desorganização (entropia) será cada vez mais insignificante, o
que permite concluir que, quando a temperatura tender ao infinito, o efeito tenderá a zero.
De tudo isso pode-se compreender a razão pela qual o pessoal ligado ao modelo do Big Bang
fez confusão, conforme mostrado acima, já que estão envolvidos 2 termos que geram a confusão,
mas são 2 termos completamente distintos:
- o conteúdo entrópico do sistema na temperatura considerada, é diretamente proporcional
a temperatura considerada.
- a variação da entropia do sistema causado pelo fornecimento de quantidade finita de calor
à temperatura constante, é inversamente proporcional a temperatura considerada.
No modelo do Big Bang é afirmado que em determinado período de tempo, o Universo
DOBRA seu tamanho ao mesmo tempo em que a Temperatura CAI A METADE.
Ora, mesmo sem se levar em conta que a Temperatura influi mais a Entropia do que o Volu-
me, e mesmo “esquecendo” que a experiência que mostra o aumento da Entropia com o aumento de
Volume foi realizado a TEMPERATURA CONSTANTE, podemos confrontar o que ocorre a partir da
própria estrutura do modelo do Big Bang: O Volume DOBRA ao mesmo tempo em que a Temperatura
cai a METADE.
Assim sendo, mesmo considerando a constante de proporcionalidade que liga a variação de
volume com a Entropia como sendo a mesma (e não menor) do que a que liga a variação de Tempe-
ratura com a entropia, também serve para mostrar a impossibilidade de ocorrência do modelo em
questão.
Sendo S = (S2 – S1) = R
C x ln
TT
1
2 S = (S2 – S1) = ln VV
1
2
Mesmo considerando os dois coeficientes inexistentes, teremos:
S = (S2 – S1) = ln VV
1
2 S = (S2 – S1) = lnTT
1
2
Assim na ação conjunta “multiplicar o volume por dois e dividir a temperatura por dois, vamos obter
como resultado que:
S = (S2 – S1) = ln12
S = (S2 – S1) = ln 2
1
Ora, como ln 2
1 = - ln 2 Cujo resultado vai ser ZERO.
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O resultado mostra que no modelo do Big Bang a Entropia NÃO VARIA (na verdade ela dimi-
nui). Mas as leis já conhecidas são categóricas que a Entropia sempre AUMENTA e tende a um
MÁXIMO. Aliás, é isso que preconiza o SEGUNDO PRINCÍPIO DA TERMODINÂMICA!
Portanto, o Big Bang é um simples equívoco: NÃO PODE TER EXISTIDO!
CONCLUSÃO SOBRE O BIG BANG
Pelas explicações anteriores, todas baseadas nos conceitos de termodinâmica conhecidos e
inquestionáveis, ficou comprovado que, quando a temperatura de um sistema for infinitamente alta,
sua ENTROPIA também será infinitamente alta, enquanto o fornecimento de quantidades finitas de
calor NÃO vão afetar o sistema em questão.
Esta conclusão, por si só, já poderia servir como indicativo forte da não ocorrência do Big
Bang.
Além da comprovação científica, através dos conceitos de coesão e entropia, seguiu-se com a
demonstração de fatos simples, ao alcance da compreensão de qualquer leigo, que levam a afastar
cada vez mais a possibilidade de existência do Big Bang.
Isto permite concluir com absoluta segurança:
“O MODELO DO BIG BANG É UM GRANDE EQUÍVOCO. NÃO PODE TER HAVIDO GRANDE
EXPLOSÃO TÉRMICA, POR CONTRARIAR TODOS OS CONHECIMENTOS DE TERMODINÂMICA”.
A PROPOSTA DE NOVO MODELO
O modelo proposto é amparado em conceitos cujo conhecimento, já plenamente solidificado,
de que termodinamicamente um sistema (universo) altamente compacto, com densidade infinita,
tem que ser coeso, com energia gravitacional (energia de coesão, estática) infinitamente alta, e com
entropia nula por absoluta falta de graus de liberdade de movimento que permita o movimento caó-
tico (entrópico) até mesmo das vibrações excitadas, e por estas razões, com temperatura correspon-
dente ao zero absoluto.
Este modelo abre uma outra questão: um sistema de alta coesão e de entropia nula é absoluta-
mente estável! Não existe limitação de tempo para sua existência nessas condições, fato que impõe
que ele não pode explodir e só pode se desfazer ou se expandir à custa de algum “incentivo”, ou seja,
por ação de uma “força externa”! E isto faz com que este modelo só seja viável com a obrigatória e
indispensável participação (subjetiva) do Criador.
Por outro lado, este modelo não impõe uma singularidade como a relatividade impõe ao momen-
to da Criação, e que limitava a vontade do Criador quanto ao momento da Criação.
Neste modelo frio, coeso e estável, nada impede que, sem atuação de força externa, se per-
petue; o que impõe que do momento da Criação para trás pode ter tido tempo infinito de existência.
Portanto, o Criador pode ter tido todo o tempo infinito à sua disposição para, no momento que assim
desejou, dar início ao universo em expansão.
Assim, o livre arbítrio do Criador é garantido pela termodinâmica.
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Claro que um modelo frio, coeso e estável, contraria frontalmente os modelos das teorias
atuais, mas com todo o respeito e admiração que os cientistas envolvidos com o modelo do Big Bang
merecem, este modelo parece mais razoável, apesar da necessidade da participação subjetiva de
Deus, por ter total amparo da termodinâmica, que nós comprovamos objetivamente no nosso dia a
dia, e não em uma variável espaço-tempo-arqueado-quadridimensional que nos é inimaginável, logo,
também subjetiva, e que não pode ser comprovada pela termodinâmica nem por quaisquer outras
leis objetivas
O segundo aspecto do modelo PROPOSTO, é quanto à forma como se iniciou a expansão do uni-
verso. Por que razão um universo que evolui tranquila e homogeneamente, teria começado por um
ato tão brusco e violento? Seria a única forma possível para seu começo?
O que já nos foi dado a conhecer na ciência, mostra o oposto. E o exemplo está aí, através da emissão
quântica de partículas pelos elementos radioativos.
Para sintetizar o MODELO PROPOSTO, seus pontos básicos são transcritos a seguir, com acréscimo de
alguns pontos subjetivos, estes com amparo de algumas citações mas sem possibilidade de compro-
vação objetiva:
► Seu tempo de existência na forma compacta é indefinido, com o início da forma de universo
em expansão a partir de um ponto qualquer do tempo (a critério do Criador) e com a evolução atra-
vés da emissão quântica de partículas mas sem alterar a existência do universo primordial, que ainda
pode existir (sua existência não poderia ser a razão da famosa assertiva “o reino da verdadeira vi-
da”). Sua não visibilidade por nós, não poderia ser atribuída a diferença de dimensões entre ele e a
dimensão oriunda de partículas “sem massa e sem carga mas com altíssimo conteúdo energético”
(tal como as emissões de raios em relação a nós)? Ou seja, ele não poderia ser o espaço-tempo-
quadridimensional-arqueado? Ou outra dimensão superior, não detectável pelos métodos de nosso
conhecimento atual?