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espaço solidario Obra Diocesana de Promoção Social Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014 CUSTO: 0,01€ 50 anos de serviço ao próximo, com amor

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espaçosolidarioObra Diocesana de Promoção SocialAno IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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50 anos de serviçoao próximo, com amor

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Ficha Técnica

Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro PimentaDirecção/Redacção: Manuel Pereira AmialPropriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção SocialColaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, Cristina Figueiredo, D. Carlos Azevedo, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, D. Pio Alves, Diana Cancela, Elvira Almeida, Emanuel Cunha, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, José Augusto Silva Vieira, Liliana Sofia Soares, Luísa Preto, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Albina Padrão, Maria Anjos Pacheco, Maria Barroso Soares, Maria Isabel Cristina Vieira, Liliana Sofia Soares, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e Susana Carvalho. Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, S.A.; www.lusoimpress.comPeriodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da JuventudeSede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO

Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555

04 - Editorial Manuel Amial

05 - Serviço… Realização… Repercussão Américo Ribeiro

06 - D. António Francisco dos Santos Bispo da Diocese do Porto

08 - Nos Alvores da Obra Diocesana Padre Lino Maia

12 - A Ética e o envelhecimento humano Professor Daniel Serrão

14 - Janeiro > Qualidade: A grande meta do bem servir Centro Social do Carriçal

22 - Fevereiro > A ODPS celebra a Vida pelas vidas Centro Social do Cerco do Porto

36 - Março > Inovação Social: um caminho, um horizonte Centro Social de Fonte da Moura

42 - Memória e gratidão João Alves Dias, Dr.

44 - Um comentário ao livro “Nos Alvores da Obra Diocesana” José Augusto da Silva Vieira

45 - para o futuro Frei Bernardo Domingues, O.P.

48 - Caminhando Maria Teresa Souza-Cardoso

50 - Mensagens Espaço Solidário

51 - Amigos em crescendo

Sumário

3Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Edito

rial

Obra DiocesanaCiclo comemorativo dos 50 Anos da Instituição.

A Obra Diocesana de Promoção Social iniciou no mês de Janeiro o

ciclo comemorativo dos 50 anos de vida ao serviço da comunidade portuense,

sociedade e os vários centros sociais.

O Espaço Solidário dá, já a partir deste número, nota dos vários eventos

comemorativos e do clima festivo que envolve as suas estruturas de solidarie-

dade social.

A Igreja Portuense, tem-se associado e envolvido nesta comemoração,

relevando o importante papel sócio-caritativo da ODPS desde a sua criação.

Com a nomeação do novo Bispo do Porto, Senhor D. António

Francisco dos Santos, a missão da Obra Diocesana de apoio às crianças

e aos idosos, com especial atenção aos mais pobres, sentirá o seu apoio e

verá o seu papel cada vez mais reconhecido.

E aqui, nas páginas do Espaço Solidário, continuaremos a dar visibilida-

de ao trabalho que realizamos com Amor, honrando os 50 anos de Serviço

ao Próximo.

Manuel Amial

Obra Diocesana de Promoção Social4

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Américo RibeiroPresidente do Conselho de Administração da ODPS

Serviço… Realização… Repercussão

Serviço… Realização… Repercussão… Uma verdade, uma meta,

uma aspiração, uma inspiração e um renascimento, permanente, de Amor ao

Próximo.

O tempo, que é movimento, disse ao tempo para recordar e contar…

Assim aconteceu…

O tempo passou, recordou e contou… com a alma de quem, ardente-

mente o desejava, porque tinha muito para lembrar e dizer e porque as suas evo-

cações gerariam sorrisos abertos e conteúdos para acrescentar e engrandecer a

plataforma do Bem.

O agora, que é a continuidade do tempo, pois enlaça o passado com o

futuro e é o limite desse tempo, celebra, cheio de vida e fulgente de acção, cin-

quenta anos de existência em que o montante dos factos assume serviço notável.

Cinquenta anos… e a Obra Diocesana de Promoção Social continua

a oferecer os frutos da sua nobre missão, impondo-lhe a organização, o critério, a

exigência e o desenvolvimento, contínuos e actualizados, por forma a estar pron-

ta, em momento útil, para as diligências e respostas necessárias.

As palavras necessárias, necessidades e necessitados, infelizmente, es-

tão sempre presentes no vocabulário activo deste Projecto de Vida pela Vida,

mas animam a percepção, o sentimento, a realização e a repercussão irmanados

no Serviço Social Solidário, tão importante quanto premente, que se produz

em cada dia, em cada semana, em cada mês, em cada ano… para entrar no

tempo e fazer tempo mostrando o seu estilo genuíno, num semear de bondade e

de mobilização interior, que é a mais expressiva, sem o ser.

O acontecimento feliz, que celebra 50 Anos de Serviço ao Próximo,

com Amor, deu largas à imaginação criadora, às inteligências múltiplas, à ener-

gia do fazer, à alegria da descoberta… e as ideias, as iniciativas e as realizações

brotaram, plenas de autenticidade, vigor, fulgor e exultação.

Ainda que não cause grande surpresa, pois a prática já o vai exibindo,

com bastante evidência, toda a ODPS se encontra entusiasmada, cooperante e

envolvida, de modo activo e solícito, numa dinâmica exemplar, em que os Prin-

cípios e Valores que a regulam, se fazem realçar, nesta linda e marcante festa,

caracterizada pela legitimidade, simplicidade e dignidade, colorindo e abraçando

a viva sensibilidade.

Os colaboradores, dos diferentes sectores, têm sido incansáveis e meticu-

O programa das comemorações continuará a dar cor e textura ao ano,

que marca cinco décadas de presença humanitária.

São estes momentos de felicidade, de abundância de sensações, de en-

contro com os outros e de encontro connosco próprios, que nos fazem perceber,

mais aprofundadamente, e interiorizar as questões cruciais do mundo em que vive-

mos, transferindo do exterior para a consciência e reforçarmos a atitude altruísta

perante a vida, olhando e vendo, compreendendo e sentindo os outros como pró-

ximos de nós para nos aproximarmos, cada vez mais, do NOSSO DEUS.

5Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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D. António Francisco dos Santos

Síntese:Nascimento – 29 de Agosto de 1948 em Tendais (Cinfães)Ordenação Presbiteral – 8 de Dezembro de 1972Ordenação Episcopal – 19 de Março de 2005, com o título de Meinedo – Sé de Lamego

Nomeações:Bispo Auxiliar de Braga – 21 de Dezembro de 2004Bispo de Aveiro – 21 de Setembro de 2006Bispo do Porto – 21 de Fevereiro de 2014

Formação e funções académicas:

Frequentou a Escola Primária de

Meridãos – Tendais de 1955 a 1959.

Foi aluno dos Seminários Dio-

cesanos de Resende e de Lamego de

1959 a 1971, concluindo o Curso Supe-

rior de Teologia em 24 de junho de 1971.

Concluiu a Licenciatura em Filo-

Contemporânea em 1979, na Faculda-

Paris. É igualmente diplomado em So-

ciologia Religiosa pela Escola Prática

de Altos Estudos em Ciências Sociais

e pelo Centro Nacional de Investigação

Professor do Instituto Superior

de Teologia do Núcleo Regional das

Beiras da Universidade Católica Portu-

guesa.

Professor do Centro de Promo-

ção Social Rural de Lamego e Diretor da

-

tuição da Diocese de Lamego, desde

1996.

Funções e cargos eclesiais:Ordenado Diácono em 22 de Agosto de 1971, fazendo o Estágio Pastoral na

paróquia de São João Baptista na vila de São João da Pesqueira.

Ordenado Sacerdote, na Catedral de Lamego em 8 de Dezembro de 1972,

por D. António de Castro Xavier Monteiro.

Coadjutor da paróquia de São João Baptista de Cinfães, de Dezembro de

1972 a Junho de 1974.

Responsável Pastoral da Comunidade portuguesa emigrante da paróquia

de São João Baptista de Neuilly-sur-Seine – 1974.

Membro do Conselho de Presbíteros desde 1979.

Membro da Equipa Formadora do Seminário Maior de Lamego, com as

funções de Professor, Secretário, Ecónomo e Vice-Reitor de 1986 a 1991.

Em 19 de Março de 1991, nomeado Cónego Capitular da Sé Catedral de

Lamego.

Em 5 de Dezembro de 1997, nomeado Prelado de Sua Santidade, o Papa

João Paulo II.

Exerceu ainda as funções: delegado Episcopal para a Formação do Clero,

Responsável da Pastoral Universitária, Secretário Diocesano da Pastoral das Migra-

ções, Chefe de Redação da “Voz de Lamego”, Vigário Episcopal do Clero.

À data da nomeação episcopal exercia os seguintes cargos e funções:

-

Obra Diocesana de Promoção Social6

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Sua Excelência Reverendíssima

D. António Francisco dos Santos,

Bispo do Porto

O Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social

dirige-se a Sua Excelência Reverendíssima, D. António Francisco dos Santos,

para manifestar a sentida alegria, envolta de acolhimento, felicitações e agrade-

cimento singulares por tão importante dádiva.

O Senhor Nosso Deus facultar-lhe-á abundante energia divina para

orientar, dinamizar e realizar o serviço a que se propõe.

Com os mais expressivos cumprimentos,

Américo Ribeiro

Presidente do Conselho de Administração

-

ção de Ajuda Mútua do Clero de Lame-

– Associação dos Antigos Alunos de La-

mego.

Nomeado Presidente da Comis-

são Episcopal Vocações e Ministérios

da Conferência Episcopal Portuguesa

(CEP) em 2005.

Em Junho de 2008 foi recon-

duzido como Presidente da Comissão

Episcopal Vocações e Ministérios da

Conferência Episcopal Portuguesa e

nomeado Vogal da Comissão Episco-

pal da Educação Cristã da Conferência

Episcopal Portuguesa.

Em 2011 foi nomeado presiden-

te da Comissão Episcopal da Educação

Cristã e Doutrina da Fé e vogal do Con-

selho Permanente da Conferência Epis-

copal Portuguesa.

Mensagem do Conselho de Administração

da Obra Diocesana de Promoção Social

a Sua Excelência Reverendíssima

D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto:

7Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Padre Lino Maia

Nos Alvores da Obra DiocesanaApresentação do livro

Contemplamos hoje a ODPS na

sua expressiva dimensão: pelos vários

bairros sociais da cidade, com múltiplos

serviços em favor das famílias e desen-

volvendo muita ação com muito dina-

mismo... Diariamente, entre voluntários,

colaboradores e utentes (crianças, jo-

vens e idosos) são perto de cinco mil as

pessoas que “respiram / bebem” Odps.

Maioritariamente, dos próprios bairros.

Direta ou indiretamente, muitas e muitas

outras pessoas se dessedentam a partir

da Odps.

Sendo o Porto uma das cidades

europeias com maior população em

bairros sociais (cerca de 20%), simulta-

neamente, é uma das cidades em que

se acalenta melhor harmonização so-

cial. E certamente, a Odps é uma das

instituições da cidade a contribuir mais

intensamente para uma cidade melhor

para as pessoas.

A Odps é uma das mais nobres

instituições da cidade.

No passado e no hoje, vemos a

Odps na sua gratuidade, na sua opção

preferencial pelos mais carenciados, na

sua proximidade, nos seus envolvimen-

tos. Apreciamo-la na sua forma de estar

e de agir, de saber crer e saber querer.

Reconhecemo-la na sua matriz cristã.

Hoje, a Odps é dirigida com

muita dedicação e competência por

Américo Ribeiro que lidera uma bela

equipa, a quem eu e todos nós muito

gratos estamos.

Mas não podemos saber o que

a Obra é hoje se ignorarmos os seus al-

vores. Usando uma expressão de João

Alves Dias no seu livro que tenho a hon-

ra de apresentar, sem “beber” toda a

(Pág. 21), que, depois, explicava aos alunos que ele, professor, fora aonde o rio

nascia (foi à fonte) e aí bebeu , todo o Mondeguinho, todo o Mondego...

E, na sua fonte, nos seus alvores, como nasceu e cresceu a Obra?

Aqui, falo do livro que João Alves Dias escreveu para memória da ODPS e

memória de todos nós e que, como refere num dos seus capítulos, são “Retalhos

da memória”, em que ele recorda a génese, os bastidores da Obra e os seus primei-

ros passos. Recorda o Conselho Técnico Consultivo da Obra (com representantes

das principais instituições da cidade), o seu carácter inovador, os dois bispos com

dois carismas (um fundou-a, outro consolidou-a), as suas relações com a Câmara

Municipal do Porto (em que havia duas tendências: a de Dr. Nuno Pinheiro Torres

e outra) e o Instituto de Serviço Social do Porto (o primeiro berço da Obra). Com

especial ênfase, destaca o papel dos leigos (de cursistas, de Fernando Távora e

de Francisco Sá Carneiro - antes e enquanto deputado à Assembleia Nacional e,

depois, já como 1º Ministro). Antes de perpetuar notas de imprensa, como pai,

experimental em 1.01.67 (Pág. 63) e de como ela foi estruturada. E aborda-a como

“sucursal” do Seminário Maior do Porto, que de algum modo foi (pág. 73).

Um Périplo pelo LivroVamos aos factos relatados por João Alves Dias no seu livro de testemu-

nho e memória que a ODPS neste dia em que celebra exatamente 50 anos muito

oportunamente apresenta para memória futura. Não que a Obra queira consagrar

o passado porque não é o passado que é modelo. Como diz o autor “o passado

nunca é um modelo. O modelo direciona-nos para o futuro, indica a meta a atingir,

convoca-nos para a utopia, que, como a linha do horizonte, quanto mais avança,

mais de nós se afasta. Nunca se alcança mas ajuda-nos a caminhar. Abre-nos à

esperança” (Pág. 14)

E destacamos sete factos que ocorreram sequencialmente ou em paralelo

e estiveram na génese da Obra e nos seus alvores, como recorda o autor:

Factos1. Em 1956 foi criado o Instituto de Serviço Social do Port o. Haveria de

ser no Instituto que a Obra nasceria (pág. 45) e onde funcionaria a sua sede até ir

para o Paço (agora funciona em instalações também da Diocese, na Rua D. Manuel

2. Em 1963 foi criado o Secretariado Diocesano de Ação Social (Pág. 23). A

Obra seria o Secretariado em Ação...

3. Nos anos 60 (pág. 17) o Monsenhor Miguel Sampaio abriu a igreja de S.

Lourenço aos moradores do Bairro da Sé...

4. Quando abordado por João Alves Dias porque este começava a sonhar

Obra Diocesana de Promoção Social8

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uma outra experiência pastoral e pensava ingressar no “Regnum Dei”, um instituto

vocacionado para a evangelização do Alentejo, D. Florentino dir-lhe-ia: “Se quiser

trabalhar com pobres, não lhe vai faltar lugar na diocese” - Pág. 19...

5. Dois seminaristas (João Alves Dias e António Teixeira Coelho), durante 15

dias, em Albergaria das Cabras, em Arouca, realizaram uma colónia de férias com

19 meninos da Sé, dos 6 aos 13 anos (pág. 17)...

6. Um seminarista (António Teixeira Coelho) foi para o Bairro da Pasteleira

(pág. 18) e o outro (João Alves Dias) para o bairro do Cerco do Porto (pág. 19)...

7. Em Fevereiro de 1964 (no dia 6?), O P. João Alves Dias é chamado a

colaborar com o Secretariado e que assumisse a responsabilidade da Obra dos

Bairros (pág. 23)...

O modelo direciona-nos para o futuro, recorda João Alves Dias...Como foi a direção seguida no caminho?

Terá sido um acaso? “O acaso é talvez o pseudónimo de Deus, quando não

aqui há uma assinatura...

1. “A Obra traz consigo a marca da sua época os “anos sessenta” das gran-

des utopias, em tempos de Vaticano II” (Pág. 22).

2. Como viria a referir D. Manuel Clemente (pág. 26), o nome da Obra “Pro-

moção”, considerada a época, é um triunfo e um trunfo.

3. “A Obra visava a promoção social das populações e, por isso, nada faria

que não resultasse da vontade expressa dos moradores e em que não contasse

com a sua colaboração” (Pág. 58)

4. “Havia uma ideia que presidia a todo o trabalho: envolver a população

local na deteção e na resolução dos seus problemas” (Pág. 59).

5. “E foram muitas as carências referenciadas: falta de telefone no bairro,

de um marco de correio, de um posto de enfermagem, de um mercado de levante,

de transportes, de limpeza, de um centro de convívio, de salas de estudo para as

crianças, de dinheiro para pagar as rendas, de policiamento e... de missa e cate-

quese no bairro. E assim, entre outras formaram-se comissões...” (Pág. 58)

6. Obra dos Bairros com a população a integrar-se (Pág. 27)... na cidade do

Porto... Os moradores dos bairros mantinham as suas tradições.

7. Um ano depois de iniciada, em 15 de Maio de 1965, escrevia-se na Voz

do Pastor que a Obra já desenvolvia extraordinária ação em 4 bairros (Cerco, Fonte

da Moura, Amial e S. Roque da Lameira). Volvidos mais dois anos, m 1967, quado

foi reconhecida pelo Estado, a Obra já exercia a sua ação em sete bairros: no Cerco

João de Deus (pág. 59).

em 1.01.67

Dois bispos a modelar:1. “Dois bispos, (D. Florentino

de Andrade e Silva e D. António Ferreira

-

rismas, em dois momentos diferentes

da Obra. Um fundou-a, outro consoli-

dou-a. Um a gerou e embalou nos tem-

pos da sua meninice, outro a amparou

nos momentos conturbados da adoles-

cência” (Pág. 31)

2. Conversas semanais entre o

P. João e D. Florentino (O “Senhor Padre

Bispo”, como era referido pela popula-

ção, página 32). Numa dessas conver-

sas: “Não se podia praticar a caridade à

custa da justiça”, lembrava D. Florentino

a propósito das remunerações dos co-

laboradores (Pág. 32).

3. Jantar do D. António no Paço

para agradecer a homenagear a direção

da Obra (pág. 35).

4. “Quando apresentei o nome

de uma assistente social muito ligada ao

Instituto do Serviço Social... não referi a

sua ligação a um Padre que abandonara

o exercício das ordens... Não foi levan-

tada nenhuma objeção por D. António

quando soube e referiu: “Eles podem

viver em Famalicão”...

Uma câmara com estilos dife-rentes:

1. “Uma” para dar casas e

apoiar (sobre Nuno Pinheiro Torres)

“A Câmara procura dar casas

às pessoas. Mas isso não basta. É pre-

ciso dar-lhes alma. E essa tarefa nós

não sabemos nem podemos fazer. Vós

sim. Por isso vos apoiamos” (Nuno Pi-

nheiro Torres, presidente da Câmara)

(Pág. 39)

9Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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2. (Sobre outros): “Outra”

para receber com arrogância

O P. João Alves Dias afronta cla-

ramente em comunhão pascal: “Quan-

do atendeis com carinho o morador do

bairro que, a chorar, vos diz que não tem

dinheiro para pagar a renda, é a Cristo

que estais a acolher, mas quando o re-

cebeis com desprezo ou arrogância é a

Cristo que estais a maltratar...” (Pág. 43)

3. Uma Câmara muitas vezes

fora da realidade:

Pergunta o P. João Alves Dias

ao Eng.º da Câmara (Pág. 29) quando

foi ver uma das habitações para ciganos

no Bairro de S. João de Deus: “Onde

está a corte para o burro? E as arreca-

dações para as suas mercadorias? Têm

de as transportar para o 3º e 4º andar?

Como? Às costas?” -

O modelo que marcou um pa-dre corajoso...

Um exemplo: nas páginas 61 e

62 do seu livro é referido o que ocorreu

da Rocha, um subchefe da PSP morto

no Ultramar. “O sacerdote da Obra (ele

próprio), ainda paramentado e com lá-

grimas nos olhos, denunciou, em voz

alta e com palavras fortes, a desuma-

nidade e hipocrisia duma Pátria que,

agora, honra um dos seus mártires com

salvas e bandeiras e, antes, expulsou

da sua casa a esposa que ele muito

amava e que, certamente, lhe ocupava

a mente na hora da sua morte”... É que

a abandonar a casa no Bairro do Cerco:

segundo os regulamentos as casas só

poderiam ser ocupadas por polícias en-

quanto estivessem ao serviço... Como

O modelo que envolveu muitas e muitos e dos quais recordo alguns

entre os muitos que são referidos no livro, pela ordem alfabética, a título

de exemplo e não tanto pelas maiores ou menores marcas que terão dei-

xado no autor e na “sua” e “nossa” Obra...

“estimava a Obra e a desejava engrandecer

(pág. 35);

António Teixeira Coelho, padre, “com intensa atividade sócio pastoral, lan-

çou os alicerces da paróquia da Senhora da Ajuda” (pág. 18);

Fernando Távora, arquiteto, “homem de bem” (pág. 52);

Florentino de Andrade e Silva, “bispo para quem os pobres eram prioritários”

(pág. 19);

Francisco Sá Carneiro, “o cidadão do Porto de maior relevo na história polí-

tica portuguesa do século XX (pág. 48);

Julieta Cardoso, “a abelha mestra” (pág. 45);

Manuela Silva, “interlocutora compreendeu os objetivos e apoiou junto do

Diretor-geral” (pág. 26);

Maria Augusta Negreiros, “a primeira assistente na Obra” (pág. 45);

Maria Elisa Acciaiuoli Barbosa, “que acompanhou a Obra e assumiu a sua

direção durante a atribulada década de setenta” (pág. 45);

Maria José Novais, “ uma católica muito sensível aos problemas sociais” (pág. 17);

Teixeira Fernandes, padre, “Secretariado Diocesano de Ação Pastoral”

(pág. 23);

Vítor Capucho, “o primeiro presidente da Obra após o reconhecimento”

(pág. 47)

E outros mais que são citados no livro, pelas suas tarefas no Esta-

do, pelas suas ocupações na Câmara ou por terem direta ou indiretamente

percorrido o mesmo modelo

Almirante Américo Tomás, que visitou a Obra

Dr. Carlos Lobo

Dr. Pedro Cunha

Dr. Rocha Leite

Dr. Silva Ramos

Dr. Siva Carneiro

Eng.º Amendoeira dos Santos

Eng.º Francisco Alvelos

Eng.º José Costa

Eng.º Pinto Resende

Jorge Amado

José Moura

Manuel Silva

Professor Marcelo Caetano, que visitou e reagiu muito favoravelmente

Obra Diocesana de Promoção Social10

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Um modelo que gerou uma paróquia que seria uma espécie de su-

cursal do Seminário Maior do Porto, tendo sido de algum modo envolvidos

um seu reitor, alguns dos seus professores e seminaristas, que também

foram “beber” à fonte:

Albino (pág. 73)

António Maria Bessa Taipa, “o primeiro seminarista que colaborou” (pág. 74)

António Marto (pág. 73)

Azuil (pág. 74)

Bento (pág. 74)

Castro (pág. 74)

Coelho (pág. 74)

Dr. Albino Carvalho Moreira (pág. 73)

Dr. Armindo Lopes Coelho (pág. 73)

Dr. José Maria Cabral Ferreira (pág. 75)

Dr. Justiniano Santos (pág. 75)

Dr. Marcelino da Cunha Ferreira (pág. 75)

Freitas Soares, colega (pág. 77)

Joaquim Soares (pág. 74)

José Augusto Miranda Mourão (pág. 59)

José Domingues Moreira (pág. 74)

Martins de Almeida (pág. 73)

Monsenhor Miguel Sampaio

Norberto Martins (pág. 74)

Padre António Coata Mota (pág. 75)

Padre João Miranda (pág. 75)

Pedroso (pág. 73)

Pesquisamos o passado da Odps e vemos que foi inspiradora de diagnós-

ticos, metodologias, estilos e respostas...

Continua a ser.

São várias as ações sociais que ali foram ensaiadas para, posteriormente,

serem replicadas pelo país fora.

São muitos os técnicos e, sobretudo, as técnicas, que por ali estagiaram

para, aí, “beberem” um estilo e uma marca de ações mais humanas, mais próximas

e mais envolventes das pessoas.

Marcas que vai “exportando” para todas as outras instituições de solidarie-

dade congéneres.

-

inspirador, mas porque amar o passado é congratular-se com que efetivamente

tenha passado.

O autor, a propósito, cita o Or-

11) para referir que ele é “um homem

que ama verdadeiramente o passado...

Amar o passado é congratular-se com

que efetivamente tenha passado...” E,

para melhor se apresentar, refere a co-

munhão que estabeleceu com quem

-

que passam por nós não vão sós, não

nos deixam sós. Deixaram um pouco de

si, levam um pouco de nós”...

- Hoje, há muitas e muitos que

têm um pedaço do Padre João Alves

Dias. Para além da Ana, sua esposa,

-

ria, e João, na peregrinação), da Eliana,

nora, e do Francisco, um neto que, cer-

tamente, assumirá a matriz missionária

do avô. Ele próprio, o avô, o sogro, o

pai, o marido, o missionário, o padre, o

homem e escritor também é um combi-

nado dele próprio com todos aqueles a

quem se deu.

A Obra leva um pouco dele e ele

transporta um pouco de todos aqueles

a quem na Obra se deu.

Agora, vamos à fonte para be-

ber toda a Obra Diocesana no livro que

é memória dos seus alvores. Tem mui-

to mais para nos dessedentar do que

aquilo que referi. Apenas quis provocar

a sede.

E, já um pouco dessedentados,

recuperemos algumas forças para, com

um pouco de nós, agradecermos à

Obra Diocesana e, muito especialmente

ao seu Presidente (Américo Ribeiro) o

connosco o seu testemunho/memória

“Nos alvores da Obra Diocesana”...

11Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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A Ética e o envelhecimento humano

1. Deve louvar-se uma sociedade que foi conseguindo aumentar o tempo

de duração da vida dos seus membros. Não falo de envelhecimento da sociedade

pois do que se trata é de haver cidadãos que vivem para além dos 65 anos e que

são cada vez em maior número, em relação ao total dos cidadãos. Em Portugal,

números redondos, somos dois milhões, ou seja, um quinto da nossa população.

Esta fatia populacional, importante, deve ser considerada como um novo estrato

a adolescência, por exemplo.

O aumento da esperança de vida na sociedade portuguesa deve-se, es-

sencialmente, a dois factores: a melhoria do acesso a cuidados de saúde, curati-

vos e preventivos, e a expansão de hábitos de vida saudável. Conjugados, estes

dois desenvolvimentos da atenção em saúde tornaram possível a longevidade de

muitos portugueses por evitarem a morte antecipada.

Longe de serem um peso morto estes Seniores, seja qual for a sua forma

de existirem, são o louvor de uma sociedade e têm nela um lugar insubstituível que

é o lugar da experiência de vida boa que permitiu uma vida longa. Por isso se lhe

pede uma função pedagógica junto das gerações mais novas. No ano de 2012,

que foi o Ano europeu do envelhecimento activo e da solidariedade entre as ge-

entre as gerações era, hoje, a dos séniores em relação às crianças e jovens. Esta

solidariedade tem por objectivo conseguir que os jovens compreendam que é nos

sub-20 que se ganha o campeonato dos supra-65, com a conquista do prémio

que é uma vida boa, saudável. Independente e activa.

É, pois, um dever ético de solidariedade dos Séniores colocarem a sua

experiência de vida ao serviço do melhor bem dos jovens.

2. Mas uma parte dos dois

milhões de seniores portugueses é

formada por pessoas fragilizadas por

doença e sofrimento.

Idade avançada, doença e iso-

lamento geram nestes seniores uma

situação de muita vulnerabilidade. E é

então que a ética social ou moralidade

pública tem de ser convocada.

A ética social ou moralidade

pública é alimentada pelos valores que

uma sociedade faz emergir para su-

porte da coesão social. Estes valores

são mutáveis e nem todos os mem-

bros de uma determinada sociedade

os aceitam na totalidade. Ou seja, no

interior de uma moralidade pública

convivem diversas moralidades pri-

vadas o que obriga a que se cultivem

duas virtudes, a saber a virtude da to-

lerância e a virtude da solidariedade.

Ser tolerante e solidário numa

sociedade moralmente plural é uma

garantia de respeito pelos vulneráveis

como são os idosos doentes, depen-

Professor Daniel SerrãoInstituto de Investigação Bioética - UCP

Ser tolerante e solidário numa sociedade

é uma garantia de respeito

como são os idosos Obra Diocesana de Promoção Social12

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dentes e sós.

As Obras de Misericórdia que

o Cristianismo proclama há séculos e

que já estavam presentes na Tradição

hebraica, são a expressão mais autên-

tica desta moralidade pública.

E o Papa Francisco está a co-

locar esta actividade dos Cristãos no

primeiro lugar de uma evangelização

moderna e dirigida para a realidade

actual da vida dos cidadãos. Reco-

mendando que saiam da sua comodi-

dade e se lancem ao caminho, à pro-

cura dos que precisam de uma palavra

de amizade e de uma ajuda material.

Recordo muitas vezes a obra do Padre

Dâmaso nas prisões e dos inúmeros

casos em que conseguiu dar espe-

rança aos presos e conforto às famí-

lias deles que estavam em sofrimento.

Sem julgar nem uns nem outros.

Se o Samaritano não andasse

pelos caminhos dos outros, dos que

andam pelo mundo, não poderia ter

encontrado e ajudado a vítima dos

salteadores de estrada. Nos tempos de hoje os salteadores de estrada são mais

que muitos, assaltam e matam para roubar uns escassos 25 euros. A morte do

homem pelo homem é o maior escândalo de uma sociedade que se diz fundada

não sabem ou que agir será inútil. A luta contra a morte do homem pelo homem

não pode ter descanso, enquanto houver um só ser humano que possa ser salvo.

Os tempos estão a querer evoluir para considerar a vida dos idosos in-

digna de ser vivida e, portanto, em condições sociais para ser terminada. É dever

ético indeclinável dos cristãos proclamar o respeito pelo princípio ético da vida

humana em todas as suas fases.

3. A Obra Diocesana da Promoção Social é uma expressão concreta des-

ta Ética da solidariedade e da tolerância que pratica com amor já lá vão mais de

50 anos. O bem que tem feito a muitos milhares de idosos doentes, dependentes

Estas contas são outras, são feitas de parcelas de amor, de dedicação,

de simpatia. São contas do espírito, sem valor material mas com um imenso valor

na contabilidade espiritual.

São contas de outro rosário, aquele que os milhares de pessoas acolhidas

Porque sentem que ninguém da Obra é mercenário ou se serve dela em vez de

a servir.

Tenho tido o privilégio de acompanhar a Obra desde há muitos anos e por

isso me sinto no dever de dar este testemunho.

moralmente plural

pelos vulneráveis

doentes, dependentes e sós.13Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Janeiro > Qualidade: A grande meta do bem servir Centro Social do Carriçal

O Centro Social do Carriçal teve

o privilégio de iniciar as Comemora-

ções dos 50 Anos da ODPS, com o

tema – Qualidade - “A Grande Meta

do Bem Servir”.

Desde já gostaríamos de agra-

decer ao Conselho de Administração

prestado. Aos Centros Sociais a coo-

peração e participação, em todas as

atividades desenvolvidas. Às Famílias

das nossas crianças – parceiros ati-

todo o tempo despendido, o apoio, a

participação, a partilha e a recetivida-

de a que já nos habituaram ao longo

dos anos. E claro, às nossas crianças

que são, acima de tudo, os elementos

mais importantes da nossa ação e que

obviamente estiveram envolvidos em

tudo o que foi feito. Uma palavra de

agradecimento aos responsáveis pelo

Seminário de Vilar, pela sua disponi-

bilidade.

Antes de apresentarmos as ini-

ciativas levadas a cabo ao longo do mês

Janeiro, faremos um breve resumo do

trabalho prévio desenvolvido ao longo

dos meses de Novembro e Dezembro,

que contou com a colaboração de to-

dos, acima citados:

• Reunião geral de Pais, es-

-

distribuição de tarefas e tipos de par-

ticipação e ainda marcação de futuros

encontros (ensaios).

• Recolha de fotos antigas do

centro e pesquisa do seu historial (Mural

Histórico).

• “Canção dos 50 anos”: cria-

ção de letra alusiva e gravação de CD

para enviar a todos os Centros Sociais

da Instituição.

• Recolha de material de des-

perdício que foi a base de tudo que foi

confecionado.

• Pintura de azulejos para ela-

boração de quadro.

• Criação e elaboração do jogo

didático “Viagem pela ODPS”.

• Ensaios com as famílias (Festa

da Família para a Família).

• Elaboração de cenários e

acessórios (Festa da Família para a Fa-

mília).

• Visitas ao Seminário de Vilar

(Festa da Família para a Família).

Obra Diocesana de Promoção Social14

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Agora sim, apresentamos as

iniciativas desenvolvidas no mês de

janeiro:

l

-

rações dos 50 Anos, pelas 10h30, com

uma largada de balões e mensagens

alusivas à ODPS ao som da “Canção

dos 50 anos”, em todos os Centros So-

ciais da Instituição.

contar com a presença do Conselho

de Administração, Diretores de Servi-

ço, colaboradores dos Serviços Cen-

trais, famílias, crianças e ainda, para

alegrar e abrilhantar este momento, o

grupo de precursão “A Obra a Ru-

far”, a quem desde já agradecemos a

participação.

Ao propormos a realização des-

ta atividade, tivemos presente o símbo-

lo da Instituição onde a união é o valor

essencial sentido por todos. Daí a co-

memoração ter sido iniciada em todos

os Centros à mesma hora ao som da

“Canção dos 50 anos”:

“Venham todos apoiar

A Obra Diocesana

No trabalho solidário

Em prol da pessoa humana

Refrão:

Ó barca de tanta gente

A remar para o mesmo lado

Lançai as redes ao lago

E o milagre é o amor

Inspirados no exemplo

De Jesus o redentor

Transformemos em ações

Sonhos de um mundo melhor

Refrão

Juntos num só coração

Neste projeto ideal

Festejando 50 anos

Com alegria e união

Refrão

Mural Histórico

Cada Centro Social criou um

mural histórico com a respetiva história

desde a sua criação acompanhado de

Com esta iniciativa, pretendía-

mos dar a conhecer o historial de cada

um dos Centros á comunidade, clientes

e colaboradores.

Almoço-convívio de Reis

Com o intuito de comemorar o

Dia de Reis, o Centro Social do Carri-

çal, convidou os colaboradores do Ar-

mazém Central, da Lavandaria Central

e da Central de Costura um almoço-

-convívio.

Este colegas exercem a sua

Ermesinde. Essa condicionante geográ-

colaboradores da Instituição. Esta ini-

ciativa teve como objetivo diminuir esse

15Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

afastamento e reforçar os laços afetivos

entre todos.

Jogo “Viagem pela ODPS”

Nestas duas semanas tivemos

a visita do Conselho de Administração,

Diretores de Serviço, Serviços Centrais

e Centros Sociais (sala dos 5 anos e

clientes da terceira idade) ao nosso

Centro Social para a participação no

jogo.

A receção aos convidados foi

feita pelas crianças e colaboradores do

Centro, mais uma vez cantando a “Can-

ção dos 50 Anos”, seguida de uma visita

à sala dos 5 anos para uma breve expli-

cação sobre a Instituição que serviu de

apoio para o jogo a realizar.

Com este jogo pretendíamos

dar a conhecer melhor a nossa Obra,

realçando aspetos importantes da

mesma, bem como, proporcionar a re-

grupo de visitantes foi entregue uma

réplica do jogo para partilhar com as

restantes salas.

Palestra da Saúde

As Palestras da Saúde, orga-

nizadas pelo Serviço de Enfermagem,

são um ciclo de palestras mensais, des-

tinadas aos clientes da Instituição, so-

bre diversos temas relacionados com a

área da saúde.

A Enfermeira Sílvia Teixeira di-

namizou a primeira sessão mensal,

cujo tema em debate foi a “Prevenção

de Acidentes Domésticos com Crian-

ças”.

Baixela dos Viscondes da Pesqueira

No Museu Nacional de Soares

dos Reis (MNSR) esteve patente uma

exposição da baixela em prata dos Vis-

condes de São João da Pesqueira, pro-

prietários iniciais do palacete dos Servi-

ços Centrais da Instituição.

João Vasconcelos, e o Conselho de Ad-

ministração concederam aos quadros

da ODPS a extraordinária oportunidade

de poder observar de perto este riquís-

simo património.

Esta baixela foi encomenda pelo

Visconde D. Luís de Sousa Rebelo Baía

à Casa Reis & Filhos, que a executou,

entre 1900 e 1904, ao gosto manuelino

da época, a partir de desenhos de Ra-

fael Bordalo Pinheiro. Todas as peças

desta baixela são propriedade da Dio-

cese do Porto.

Lançamento do Pin da Obra

No passado dia 25 de janeiro,

a ODPS reuniu na Casa do infante, na

cidade do Porto, uma vasta plateia de

entidades, clientes, fornecedores e ami-

gos para a cerimónia de lançamento do

Pin comemorativo e apresentação do

Obra Diocesana de Promoção Social16

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Programa de Iniciativas das comemo-

rações.

Cerimónia presidida por Sua

Excelência Reverendíssima D. Pio Al-

ves, Administrador Apostólico da Dio-

cese do Porto e Patrono da Instituição,

patrocinada pelo Presidente da Liga

dos Amigos e Presidente do Conselho

de Administração, senhores Hélio Lou-

reiro e Américo Ribeiro, respetivamen-

te. Marcaram presença o Vereador da

Habitação e Ação Social da Câmara

Municipal do Porto, Dr. Manuel Pizar-

o Presidente da Cáritas Portuguesa,

Presidente da UDIPSS – Porto, Padre

José Baptista: a Administradora Exe-

da Junta de Freguesia de Campanhã,

-

ção (atuais e de anteriores mandatos),

Beneméritos, Fornecedores e Colabo-

radores da Instituição.

O Presidente da Obra Dioce-

sana, Senhor Américo Ribeiro, saudou

e agradeceu a presença de tão des-

tacadas entidades e demais convida-

dos, numa plateia a rodar a centena de

que “a Obra Diocesana existe há meio

século! Cinquenta anos de serviço ao

que a narrativa é marcante e exemplar

e os seus factos proclamam referência

na vida da comunidade portuense, e

não só, para todo o sempre. Neste pe-

ríodo cronológico, projetou, realizou e

desenvolveu multiplicado serviço social

e humanitário, que merece ser come-

morado, porque nesse feito grandioso

emerge a senha e o paradigma que de-

claram: na diversidade do seu préstimo,

teve, sistematicamente, em atenção a

singularidade de cada pessoa como su-

jeito, que necessita de bens essenciais,

nos quais engloba o amor, sustentado

nos valores do Evangelho de Deus,

porque Ele é o seu verdadeiro olhar e

sentido. Servir, com amor, compromete!

Servir, com amor, alcança! Servir, com

-

de de se ter encontrado e de se fazer

encontro!”.

Américo Ribeiro realçou tam-

bém o papel que os colaboradores da

ODPS tiveram na construção do plano

das comemorações referindo “realço

que os colaboradores tiveram um papel

fundamental na elaboração deste plano,

demonstrando entusiasmo, empenha-

mento e abundante criatividade. Uma

onda de alegria e festividade mobiliza e

dinamiza colaboradores, fornecedores

-

monia entre todos”.

17Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

O Presidente da ODPS teve

ainda uma palavra de gratidão e soli-

dariedade para com o Presidente da

Liga dos Amigos da Instituição, Senhor

Hélio Loureiro, que se envolveu nesta

iniciativa mas que não pode estar pre-

sente por falecimento de familiar: “uma

palavra de conforto, de solidariedade

e de estima ao Senhor Presidente da

Liga dos Amigos da Obra Diocesana,

Senhor Hélio Loureiro, ausente desta

cerimónia, por razões já do vosso co-

nhecimento, que com carinho, regozi-

jo e dinamismo liderou esta atividade

-

rimónia um Porto de Honra”, lendo uma

mensagem de saudação enviada pelo

Presidente da Liga dos Amigos.

As Educadoras de Infância do

Centro Social do Carriçal, Senhoras

Dras. Ângela Santos e Márcia Resen-

de, apresentaram de seguida as gran-

des linhas do Programa de Iniciativas

das Comemorações da Instituição e do

Pin comemorativo, que vão estender-

-

lho de Administração seria 50 anos 50

eventos, mas estão previstas a reali-

zação de cerca de setenta atividades.

Cada um dos dozes Centros Sociais

de um mês, atendendo às suas es-

sempre um tema mobilizador e todos

os outros Centros partilharão das ati-

vidades organizadas pelo Centro So-

cial responsável, comungando das ini-

ciativas e do espírito associado a esta

efeméride. A respetiva distribuição é a

seguinte:

• Janeiro – Centro Social do

Carriçal – Qualidade: a grande meta

do bem servir

• Fevereiro – Centro Social do

Cerco do Porto – A ODPS celebra a

vida pelas vidas

• Março – Centro Social de

Fonte da Moura – Inovação Social: um

caminho, um horizonte

• Abril – Centro Social de Rai-

nha D. Leonor – Cooperação: a aliança

entre todos e para todos

• Maio – Centro Social de São

João de Deus – Maria, beleza e afetivi-

dade

• Junho – Centro Social de

São Roque da Lameira – Os santos

populares: toada e cor da alegria

• Julho – Centro Social de São

Tomé – Empenhamento: uma manifes-

tação de amor

• Agosto – Centro Social de

Machado Vaz – Compromisso: pela

excelência do servir

• Setembro – Centro Social da

Pasteleira – A transparência: pela exal-

tação da verdade

• Outubro – Centro Social de

Obra Diocesana de Promoção Social18

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Pinheiro Torres – Responsabilidade: a

insígnia do serviço

• Novembro – Centro Social

do Regado – Personalização: singula-

ridade, pluralidade e serviço

• Dezembro – Centro Social

do Lagarteiro – Natal: o presente do

Previstas várias ações ao longo

do ano, tais como a “Recolha de Latas”

para sensibilização ambiental, “Correio

Amigo” para interligar os idosos afetiva

e socialmente, “50 Anos, 50 Vasos” a

entregar pelas crianças aos idosos per-

mitindo uma relação emocional entre

pelos idosos a alguém importante na

sua vida, “50 Anos, 50 Testemunhos”

a colher juntos dos colaboradores da

eles trabalhar na ODPS, “Palestras de

Saúde”, um ciclo de palestras mensais

destinadas aos clientes da Instituição

sobre diversos temas relacionados

com a sua saúde e segurança, como

acidentes domésticos, diabetes, saúde

oral, cuidados com o calor, envelheci-

mento ativo, prevenção de acidentes,

incontinência urinária, doença de Pa-

rkinson, acidentes vasculares cere-

brais, colesterol, prevenção de aciden-

tes domésticos com pessoas idosas.

O Vereador do Pelouro da Ha-

bitação e Ação Social da Câmara Mu-

nicipal do Porto, Dr. Manuel Pizarro,

interveio na altura realçando o papel

preponderante da ODPS na interven-

ção social na cidade do Porto, o re-

conhecimento da Câmara Municipal

pelo trabalho que vem realizando e o

reiterado compromisso de construção

em conjunto de parcerias que visem

reforçar a colaboração da Câmara Mu-

nicipal com a Obra Diocesana.

A encerrar a cerimónia Sua Ex-

celência Reverendíssima D. Pio Alves,

Administrador Apostólico da Diocese

do Porto e Patrono da ODPS, rele-

vou o excelente trabalho social que a

Instituição vem realizando na cidade,

mostrou-se muito agradado com o re-

conhecimento inequívoco desse traba-

lho que ali foi transmitido pelo Vereador

Dr. Manuel Pizarro, disse do orgulho da

Diocese em ter no seu seio esta Insti-

tuição tão prestigiada e agradeceu na

pessoa do seu Presidente, Américo

Ribeiro, o trabalho abnegado de to-

dos quantos constroem o dia-a-dia da

ODPS.

19Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

25 de Janeiro de 2014 – Casa do In-fante – 18,30 horas

Muito boa tarde e sejam bem-vin-dos.

Eu e os restantes elementos do Con-selho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social, imbuídos de estima e amizade, agradecemos todas as presenças neste ato, tão singelo, quanto terno e belo, pois reveste-se de muita sensibilidade e até expectativa presente e futura.

Uma saudação e um reconheci-mento especiais às entidades, que aqui se encontram e que nos acompanham nesta caminhada de bem-fazer.

Agradeço, penhoradamente, toda a colaboração e apoio prestados pela Exma. Câmara Municipal do Porto na cedência

--

Uma palavra de conforto, de solida-riedade e de estima ao Senhor Presidente da Liga dos Amigos da Obra Diocesana, Senhor Hélio Loureiro, ausente desta cerimónia, por razões já do vosso conhecimento, que com carinho, regozijo e dinamismo liderou esta

-ta cerimónia um Porto de Honra.

Evidenciamos a pessoa de Sua Ex-celência Reverendíssima, D. Pio Alves, Admi-nistrador Apostólico da Diocese do Porto e nosso patrono.

É um orgulho e uma honra, senti-lo próximo e atento, gerando e permeando a motivação, imprescindível em qualquer per-curso de empreendimento.

O momento celebra, assim pode--

de da Obra Diocesana, que disse, diz e dirá o sim peremptório à solidariedade, ao de-senvolvimento social e à defesa dos direitos humanos, razão forte para continuarmos a dar o nosso melhor e para nos encontrarmos numa intencionalidade festiva e grata.

Trata-se da apresentação e lança-mento do PIN comemorativo, que natural-mente, quer colaboradores, quer clientes e outros deverão usar, durante este ano 2014, em todas as iniciativas pensadas e preconi-zadas, que irão aqui ser dadas a conhecer para um ano pleno de trabalho, centrado no cinquentenário da Instituição.

Realço que os colaboradores tive-ram um papel fundamental na elaboração deste plano, demonstrando entusiasmo, em-penhamento e abundante criatividade. Uma onda de alegria e festividade mobiliza e dina-

união e harmonia entre todos. Cinquenta anos de serviço ao pró-

narrativa é marcante e exemplar e os seus factos proclamam referência na vida da co-munidade portuense, e não só, para todo o sempre.

A Obra Diocesana existe há meio

Neste período cronológico, projetou, realizou e desenvolveu multiplicado serviço social e humanitário, que merece ser come-morado, porque nesse feito grandioso emer-ge a senha e o paradigma que declaram:

na diversidade do seu préstimo, teve, sistematicamente, em atenção a sin-gularidade de cada pessoa como sujeito, que necessita de bens essenciais, nos quais engloba o amor, sustentado nos valores do Evangelho de Deus, porque Ele é o seu ver-dadeiro olhar e sentido.

-de e a fraternidade de se ter encontrado e de

Américo Ribeiro

Intervenção na sessão de lançamento do PIN

Obra Diocesana de Promoção Social20

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Festa da “Família para a Família”

Esta Festa, que se realizou no

auditório do Seminário de Vilar, foi abri-

lhantada por diferentes momentos en-

volvendo todas as Famílias e clientes

(Carriçal e São Tomé), bem como os

colaboradores dos respetivos Centros

Sociais.

Coube ao respetivo Coordena-

dor, Dr. Leandro Teixeira, dar as boas

vindas a todos aqueles que connosco

quiseram partilhar este momento.

Seguidamente, homenageando

os 50 anos da Instituição, projetamos

referenciando alguns momentos mais

Centros.

A ânsia de conhecer o mundo

e com ele estabelecer laços de união

e amizade, levou-nos à escolha da his-

tória “A Árvore que queria conhecer

o Mundo”. Para a dramatização desta

história tivemos as Famílias com um

papel de extrema importância, tanto na

preparação como na concretização.

Na fase de preparação da Fes-

ta, as Famílias estiveram envolvidas na

recolha de materiais de desperdício, na

elaboração de diferentes trabalhos, ce-

nários e fatos, bem como na participa-

ção nos ensaios.

Na Festa propriamente dita,

coube-lhes a receção aos Centros So-

ciais (Famílias caracterizadas de palha-

ços), a responsabilidade pelo som, luz,

apresentação da Festa e o assumir de

diferentes papéis como atores na dra-

matização da história.

As Famílias quiseram também

homenagear a Obra pelos seus 50

anos, presenteando-a com um quadro

feito em azulejos, pintado por todas e

desperdício.

Alguns familiares e uma antiga

colaboradora homenagearam igual-

mente a Obra com testemunhos de

agradecimento.

Como vínculo de ligação entre

os Centros foi passado ao Centro Social

do Cerco do Porto (responsável pelo

mês de Fevereiro), o símbolo da Obra,

realçando a união entre todos.

A alegria manifestada em todos

os momentos desta festa culminou com

a “Canção dos 50 anos”, cantada em

uníssono por todos os presentes.

A Alegria e a Partilha são a

essência da Vida!

O nosso agradecimento a todos

quantos nos proporcionaram momen-

21Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Fevereiro > A ODPS celebra a Vida pelas vidas Centro Social do Cerco do Porto

Introdução

No âmbito da celebração do

50º aniversário da Obra Diocesana de

Promoção Social sob o lema “50 Anos

de Serviço ao Próximo, com Amor” e

do programa que estabeleceu a cada

Centro desta Instituição a responsa-

bilidade de assumir, em cada mês do

corrente ano, a implementação e de-

senvolvimento de atividades alusivas à

-

tecimento, decorreu durante o passa-

do mês de fevereiro, o mês do Centro

Social Cerco do Porto, subordinado ao

tema “Vida pelas Vidas”.

Como cristãos, sempre dispos-

-

to, foi nosso propósito consciencializar,

atingir e envolver a mobilização e a par-

ticipação de toda a comunidade educa-

tiva em iniciativas voluntárias de com-

promisso social, onde solidariedade,

esperança e fé fazem parte do potencial

humano através do exemplo de Cristo,

que se preocupava com cada pessoa,

conhecia as suas necessidades e pro-

que as pessoas que sofrem possam ter

uma vida melhor.

Muitas foram as formas de co-

memorarmos este aniversário. Desde

logo, pelos sorrisos partilhados na con-

jugação de esforços e no envolvimento

implicado de cada um e de todos na

prossecução das atividades com que

presenteamos os utentes, colaborado-

res e toda a comunidade envolvente

que perfaz a Família desta Instituição.

Tudo isto contribuiu para que

este projeto fosse conhecido e reconhe-

cido, através da capacidade de mobili-

zação e das sinergias aí geradas.

É pois, nosso desejo que a se-

-

tabeleça raízes para o futuro, em que

cada um seja mais altruísta.

Missa de Acção de Graças

No sentido do cumprimento de

um ambicioso programa comemorativo

dos cinquenta anos da sua fundação,

sob o lema: “50 Anos de Serviço ao

Próximo, com Amor”, a Obra Dio-

cesana de Promoção Social (ODPS)

encheu a Sé do Porto, no passado dia

6 de Fevereiro, para ouvir a Palavra de

Deus numa Celebração Eucarística de

-

ço da comunidade portuense.

A presidir à concelebração es-

Obra Diocesana de Promoção Social22

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teve o Reverendo Padre Lino Maia,

por deferência de Sua Excelência Reve-

rendíssima D. Pio Alves, Bispo Auxiliar

e Administrador Apostólico da Diocese

do Porto e Patrono da Instituição.

Na sua homilia, o Reverendo

Padre Lino Maia, que também exerce

o cargo de Assistente Eclesiástico da

Instituição, realçou o excelente trabalho

solidário que a ODPS vem fazendo ao

longo destes 50 anos junto dos mais ca-

renciados, o contributo destacado para

o testemunho da sua missão sócio ca-

ritativa e agradeceu, na pessoa do seu

Presidente, Senhor Américo Ribeiro, a

todos os que ao longo dos anos vêm

construindo este caminho solidário, que

muito honra e enobrece a Igreja Portu-

calense.

Lançamento do Livro “Nos Alvores

da Obra Diocesana”

No dia 6 de Fevereiro, data da

celebração dos 50 anos de vida da

Obra Diocesana de Promoção Social,

foi apresentado o livro “Nos Alvores da

Obra Diocesana” da autoria do Dr. João

Alves Dias.

Conforme disse o Senhor Padre

Lino Maia “porque é difícil compreen-

der o que é hoje a Obra Diocesana sem

conhecer o contexto da sua génese, o

João Alves Dias a relatar em livro a me-

mória dos seus princípios. Ele que este-

ve nos seus alvores.

Esta cerimónia decorreu no au-

ditório do Museu Soares dos Reis, onde

foi proporcionado um momento de ele-

vado nível cultural, através da interpre-

tação musical, harpa, pelo Músico, Dr.

João Carlos Soares.

Com júbilo e elogio, a todos saúdo. Agradeço e agradecemos, elemen-

tos do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social, o facto de terem marcado encontro nesta cerimónia.

Um reconhecimento expressivo ao Museu Soares dos Reis, na pessoa da Dra. Maria João Vasconcelos, pela amabilidade e disponibilidade dispensadas na cedência deste espaço lindo, acolhedor e revestido de história.

Ao músico, João Carlos Soares, que nos deliciou, com o seu carinho e conheci-mento, através das cordas e da beleza de uma harpa, um obrigado envolto de amizade e felicidade.

saber que há muitas pessoas, que se inte-ressam e acompanham o caminhar quotidia-no da nossa Instituição, que visa, somente, atribuir sonho e razão à vida de quem mais precisa, num contar de cinquenta anos de serviço ao próximo, com amor.

A apresentação e o lançamento de um livro organizam móbiles de festa, alegria e cultura. Neste caso particular, essa alegria é redobrada, pois no intervalo de tempo, que perfaz uma década, dois livros sobre a Obra

Intervenção na Apresentação do Livro “Nos Alvores da Obra Diocesana”

23Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Diocesana foram publicados, designada-mente: “Obra Diocesana, Quarenta anos de Promoção Social, da autoria do Senhor Dr. Bernardino Chamusca e agora “Nos Alvores da Obra Diocesana”.

Para a concretização de um sonho, basta um querer forte, impregnado de mo-bilização e de fé. Foi, precisamente, o que aconteceu.

“Nos Alvores da Obra Diocesana” surgiu porque o seu autor, Senhor Dr. João Alves Dias, acreditou neste projeto e colocou nele o entusiasmo e o acreditar essenciais para um acontecimento bem-sucedido. Su-blinhadas felicitações de todos nós.

Esta obra, como eu referi no seu epí-logo, assume publicação de marcante valor histórico, social, cultural e afetivo.

Patenteia como a força da realiza-ção e o poder do empreendedorismo social, materializados na ajuda ao próximo, se tor-nam exequíveis, ainda que os requisitos se

Trata-se de um livro elaborado sob a luz do testemunho vivo do seu autor, que seguiu e experienciou, bem de perto e com muita alma, os multifacetados trâmites da criação da Obra Diocesana.

Assim, oferece a apetecida autenti-

cidade dos factos, contextos, vivências ím-pares, curiosidades estimulantes, alusões às realidades da época… numa composição, harmoniosa e feliz, que conta com a beleza e a profundidade de algumas citações bíblicas, selecionadas, com desvelo e perfeição, pro-porcionando, no seu conjunto, espaço para

Observando a contemporaneidade e remetendo o pensamento para cinquenta anos atrás, tudo era diferente… porém, um ponto comum ressalta, com agrado – o de-sejo de fazer o BEM, de construir pontes e

O valor social conseguido até hoje faz sorrir e deleita o coração.

Os livros servem para guardar, com inteligência e sabedoria, os feitos consegui-dos e as verdades conquistadas num consi-derável apreço pelas memórias, que fazem história.

O nosso mais alargado aplauso e profunda gratidão ao Dr. João Alves Dias.

Para ele uma calorosa salva de pal-mas.

Américo Ribeiro

Jantar Comemorativo no Palácio da

Bolsa

No dia 7 de Fevereiro, a Liga do

Amigos da ODPS, em parceria com

o Conselho de Administração da

Obra, promoveu um jantar come-

morativo no Páteo das Nações do

Palácio da Bolsa, presidido por Sua

Excelência Reverendíssima D. João La-

vrador, Bispo Auxiliar do Porto e onde

também estiveram personalidades

destacadas, nomeadamente, o Senhor

Secretário de Estado da Solidariedade

e Segurança Social, Dr. Agostinho Bran-

quinho, Senhora Vice-Presidente da

da CNIS, Padre Lino Maia, Senhor Pre-

sidente da Cáritas Portuguesa, Prof. Dr.

Eugénio da Fonseca, Sua Alteza Real o

Duque de Bragança, D. Duarte Pio, Pre-

sidente da Universidade Católica Portu-

guesa, Professor Doutor João Manuel

Obra Diocesana de Promoção Social24

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Vaz, Presidente da Associação Comer-

cial do Porto, Dr. Nuno Botelho.

No início da cerimónia foram

lidas mensagens de Sua Excelên-

cia, o Senhor Presidente da Repú-

blica, Prof. Doutor Cavaco Silva, e

de Sua Excelência, o Senhor Pri-

meiro Ministro, Dr. Passos Coelho,

ausência, a felicitar a Obra Diocesana

pela comemoração tão expressiva do

seu cinquentenário e a reconhecer o

trabalho dedicado e solidário que vem

realizando.

O Presidente da ODPS, Se-

nhor Américo Ribeiro, agradeceu em

nome da organização a presença de

tão destacadas individualidades, dos

amigos e colaboradores e, de um modo

especial, à Liga dos Amigos, na pessoa

do Senhor Hélio Loureiro e à Associa-

ção Comercial do Porto, na pessoa do

Senhor Dr. Nuno Botelho pela disponibi-

lidade daquela grandiosa e bela sala do

Páteo das Nações do Palácio da Bolsa.

Em breves traços deu nota da

missão da Obra Diocesana e do tra-

balho que vem realizando ao longo do

tempo, promovendo, socialmente, os

mais desfavorecidos, sem esquecer

todos aqueles que ao longo do tempo

ajudaram a construir a Instituição.

Seguidamente usou da pala-

vra o Reverendo Padre Lino Maia,

que falou do carácter inovador da Obra

Diocesana ao ser uma instituição de

“promoção social”. Produz um trabalho

extremamente meritório, que passa por

dar oportunidade às pessoas crescer

num “ambiente de sorriso” bem patente

nas caras dos seus utentes, os quais se

sentem em família no seio da Institui-

ção. Na felicitação que deu a todos os

que constroem e construíram a ODPS

ao longo do tempo, não esqueceu o

“Amigo” Senhor Prof. João Alves Dias,

que no dia anterior tinha apresentado,

publicamente, o seu Livro “Nos Alvores

da Obra Diocesana”, tendo sido um pio-

neiro desta Instituição.

A Senhora Vice-Presidente

da Câmara Municipal do Porto, Prof.

Dra. Guilhermina Rego entregou, em

nome da Câmara Municipal, uma lem-

brança comemorativa para a Obra Dio-

cesana e na sua intervenção realçou

o papel de parceria entre a ODPS e o

Município, considerando-a um parceiro

fundamental nas respostas sociais aos

mais carenciados.

O Senhor Secretário de Es-

tado, Dr. Agostinho Branquinho,

começou por reconhecer o papel im-

portante e notável do Senhor Padre

Lino Maia como Presidente da CNIS na

dos efeitos da crise, nomeadamente da

austeridade e do seu impacto na socie-

dade.

25Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Intervenções no Jantar da Comemoração do Quinquagésimo Aniversário da Obra Diocesana de Promoção Social

Referiu o reforço dos apoios so-

ciais, através do Programa de Apoio So-

cial e da criação de um Fundo de Rees-

truturação do Setor Solidário para apoio

às Instituições, numa parceria frutuosa

com o chamado terceiro setor.

Enalteceu o trabalho da Obra

Diocesana e considerou-a uma das

maiores instituições de solidariedade

social do país, agradecendo ao Pre-

sidente, Senhor Américo Ribeiro, em

o trabalho de excelência e de qualida-

de que vem realizando em proximidade

junto dos mais frágeis da comunidade

portuense.

A encerrar a parte protocolar

usou da palavra Sua Excelência Re-

verendíssima, D. João Lavrador,

Bispo Auxiliar do Porto, para fazer

uma evocação e um reconhecimento.

Evocação para lembrar o nas-

cimento da Obra Diocesana em tempo

do Concílio Vaticano II, em tempo de re-

novação e intervenção da Igreja no hu-

manismo cristão, olhando o ser humano

como um irmão – o Amor ao Próximo

que é praticado pela ODPS.

Reconhecimento pelos 50 anos

de vida de serviço, de entrega e de

generosidade, nele envolvendo todos

aqueles que construíram a instituição

e que, actualmente, lhe dão vida e ca-

rinho, numa gestão que a Igreja reco-

nhece de grande entrega, dinamismo

e de responsabilidade, através de uma

excelente equipa liderada pelo Senhor

Américo Ribeiro.

Antes do encerramento, o Pre-

sidente da Liga dos Amigos da Obra

Diocesana, Senhor Hélio Loureiro,

pediu a todos um brinde em reconhe-

cimento pelo trabalho solidário da Obra

Diocesana e pelo êxito dum futuro cada

vez mais exigente e mais difícil.

Senhor Presidente do Conselho de Admi-nistração da ODPS

Com muito carinho e alegria, quero saudar todas as pessoas, todas as entidades presentes e, concomitantemente, agradecer a sua comparência neste jantar festivo, integrado no plano de atividades previstas e que tem por objecto principal celebrar os cinquenta anos de serviço ao próximo, com amor, outorgados pela Obra Diocesana de Promoção Social.

Um enfoque relevante para a presen-ça do Governo da Nação, na pessoa do Ex-celentíssimo Senhor Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Senhor Dr. Agostinho Branquinho.

Ela dá-nos satisfação e honra, pois assume prova elevada de que esta comemora-ção e a nossa Instituição merecem o respeito, a admiração, a sensibilidade e o cunho da sua representatividade no sector social e solidário.

Um agradecimento especial à Asso-ciação Comercial do Porto, na pessoa do seu Presidente, Senhor Dr. Nuno Botelho, pela ce-

-dor, ícone histórico, símbolo cultural e espécime arquitectónico do estilo neoclássico. A sua be-leza e imponência tornam ainda mais bela esta realização.

Com estima, afecto e consideração, acolhemos, mais uma vez, a pessoa de Sua Al-teza Real, D. Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança.

Obra Diocesana de Promoção Social26

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A vivência deste encontro, comemora-tivo e afectivo, que evoca e exalta multiplicadas e diferenciadas memórias, só é possível porque os nossos antepassados tiveram a preocupa-ção e o brio de nos deixar legado relevante no

Esses antecessores foram em consi-derável número e todos eles merecem o nosso apreço e o nosso reconhecimento: dirigentes,

-nientes nesta causa de sublime valor, que é a Obra Diocesana.

Porém, dentre esses, permitam-me destacar três entidades, que foram pilares fun-damentais, pois protagonizaram a criação desta

Sua Excelência Reverendíssima D. Florentino Andrade e Silva, Administrador Apostólico da Diocese do Porto na altura; o Excelentíssimo Senhor Dr. Nuno Pinhei-ro Torres, Presidente da Câmara Municipal do Porto de então e o Instituto Superior de Serviço Social.

A partir da fundação, que foi, indubita-velmente, a saída para todo um serviço promotor e promitente, a Obra Diocesana de Promoção Socialcomo uma Instituição da Igreja, ao serviço da Igreja e da promoção social, capaz de responder, com determinação e inteligência, aos constantes

Não se aquietou no tempo nem se deixou vencer pelas contingências.

Ciente do seu desígnio e compromisso,

evoluiu, progressivamente, sentiu os momentos, ultrapassou barreiras, sensibilizou, dinamizou, empreendeu, correspondeu aos interesses e necessidades, acompanhou as mutações e as exigências de cada época e, hoje, com muito orgulho e contento, proclama, em alta voz, que sabe fazer solidariedade, que sabe promover a justiça social, que encanta no que faz e que dá o seu melhor, em cada dia, para que não falte o sol, o sorriso e a poesia a quem não conhece ou ainda não descobriu esses bens.

Deveria constituir imperativo das políticas governamentais dar mais atenção ao serviço prestado pelas IPSS e adequar os apoios, por forma a valorizar esse po-

-ção humana.

Nós seremos SEMPRE e, inques-tionavelmente, cooperantes no desenvol-vimento do serviço que é da competência do Estado.

A Obra Diocesana, no seu prosseguir -

DEUS, Pai de Jesus e Senhor Nosso, e sen-tido de missão, os amigos representam para si pedra angular e são amigos todos aqueles, que compartilham os seus sentimentos e anseios, ajudando na sua concretização.

Os Amigos em Crescendo, alguns -

cação da zona envolvente do Centro Social da

a primeira da Instituição e, ainda, no contributo para a efec-tivação deste jantar.

Para além da Liga dos Amigos da Obra Diocesana, na pessoa do seu Presi-dente, Senhor Hélio Loureiro, mentor e possi-bilitador da concretização deste evento, o que agradecemos profundamente, desde já, entram

A Câmara Municipal do Porto, sem-pre pronta a colaborar e cujo contributo e apoio

espaços, chamando a si lindeza e conforto, dois fatores geradores de bem-estar e satisfação,

O Banco Alimentar no excelente e imprescindível auxílio, que se vê e se sente como ininterrupto, pois acerta, quase por intui-ção, no que faz falta.

E todas aquelas instituições, que abrem a porta, dizendo o sim ambicionado a tantas solicitações. Cabe aqui lembrar e enal-tecer o acolhimento da Fundação da Casa da Música, contribuindo, de forma marcante, na efectivação do Concerto Comemorativo do Quinquagésimo Aniversário, pela Orquestra Sin-fónica do Porto, do próximo dia 28 de Fevereiro, como mais uma actividade de cariz cultural.

Com singular admiração, na pessoa de Sua Excelência Reverendíssima D. João Lavra-dor, faço menção ao amparo da Diocese do Porto, incessantemente atenciosa e prestável, no diálogo, na abertura, no aconselhamento… demonstrando a sua incumbência pastoral na grande responsabilidade de evangelizar pela

27Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

acção no terreno. Um grande amigo, um grande impulsio-

nador, um grande mobilizador e peça fundamental da Instituição na função de assistente eclesiástico e, em minha opinião, importante em tudo o que realiza, chama-se Reverendo Padre Lino Maia.

As IPSS precisam do seu saber e do seu exemplo para viabilizarem os seus intentos.

Há pessoas, que pela sua forma de es-tar, sentir e ver os outros aproximam a verdadei-ra caridade e criam privilégio a quem com elas trabalham e convivem.

O Padre Lino Maia tem esse condão. Na realidade, servir a Obra Diocesana

de Promoção Social traz enriquecimento interior e fortalece a vida nos seus múltiplos aspectos.

Torna-se uma paixão servi-la!Jamais esquecerei as pessoas,

que me chamaram e me possibilitaram a ocasião.

Cada oportunidade é uma dádiva!Cada situação é um conjunto de

aprendizagens…

que se colhe e se guarda, no coração e na alma, para estudar, contemplar e agradecer ao Pai.

Muito obrigado.Américo Ribeiro

Senhora Vice-Presidente da Câmara Muni-cipal do Porto

Exmos Senhores, Em nome do Senhor Presidente da Câ-

mara Municipal do Porto gostaria de apresentar os cumprimentos a todos os presentes e felicitar a Obra Diocesana de Promoção Social pelo seu aniversário.

Na pessoa do Sr. Dr. Américo Ribeiro, Presidente desta Instituição Particular de Soli-dariedade Social, felicito todos os colaborado-res que, de uma forma ou de outra, colaboraram para o que foi sendo construído ao longo destes 50 anos.

O Município do Porto tem tido ao lon-go dos últimos anos uma relação muito estrei-ta com a Obra Diocesana de Promoção Social (ODPS), a vários níveis.

A Câmara Municipal do Porto tem pro-tocolado com a ODPS um apoio anual e uma colaboração a nível de manutenção das obras realizadas em espaços municipais cedidos à Obra.

Mais ainda, além do apoio infraestrutu-ral e técnico, realço a cooperação institucional e a parceria ao nível de diversos projetos. Desta-co por exemplo a parceria na Japan Week, em 2010, no Memórias com Sabor, em 2011, ou nas Rotas dos Museus, em 2013.

Também saliento o facto de que, des-de 2006, a ODPS integra o Conselho Local de Ação Social do Porto e, desde 2007, o Serviço Municipal de Apoio ao Voluntariado. Não posso, ainda, deixar de referir a presença contínua da Obra Diocesana em momentos anuais de dina-mização como o Dia Metropolitano dos Avós, o Dia do Idoso, a Arca de Natal ou os Magustos.

Penso que qualquer pessoa que con-

tacte com a realidade do que é a Obra Diocesa-

quer a nível material quer a nível imaterial ao

Centros de Convívio, Centros de Dia, Serviço Domiciliário, são alguns dos muitos serviços criados para apoiar bebés, crianças, jovens, adultos e seniores.

Sempre com a preocupação de res-ponder às necessidades reais do terreno, a Obra Diocesana foi crescendo e criando valor onde foi sentindo que era precisa.

Uma outra constatação que impres-siona é a capacidade da Obra Diocesana se ter desenvolvido ao longo da malha social e territo-rial de toda a cidade, cobrindo uma vasta área

abarcar a realidade humana praticamente des-de o nascimento até à morte. Ou seja, a Obra Diocesana foi desenvolvendo respostas ade-quadas às necessidades de cada idade e cada lugar, nos seus 12 centros espalhados pelos diversos bairros da cidade.

Olhando para o plano de celebrações dos 50 anos, planeado para todo este ano de 2014, percebemos que cada centro social da Obra Diocesana é responsável pela dinamiza-ção de um mês de celebrações, atendendo às

-ma de envolver todos, responsabilizando cada

é uma forma de estar da Obra Diocesana que certamente tem sido relevante para o sucesso da sua intervenção. Enquanto gestora, aprecio

Obra Diocesana de Promoção Social28

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esta forma de envolver todos, responsabilizan-

cada pessoa.Esta capacidade e a qualidade do tra-

balho desenvolvido parece-me basear-se numa organização de excelência, criteriosa e rigoro-sa, numa capacidade de inovação, de ir vendo sempre mais além, de conseguir olhar para lá do dia-a-dia e, não menos importante, uma enor-me dedicação que penso estar bem patente no lema destes festejos “50 anos de serviço ao pró-ximo, com amor”.

Numa época em que todos nós nos vemos confrontados com situações de dor e desespero tão preocupantes e dramáticas, gos-tava de deixar aqui o meu mais sincero agra-decimento à Obra Diocesana pelo que tem feito pela nossa cidade, com amor, rigor e capacida-de de inovar.

O que desejo é que se continuem a pautar por estes valores e a trabalhar connosco para um Porto mais humano e solidário.

Desejo à Obra Diocesana as maiores felicidades no continuar a lutar pela sua missão de prevenir, cuidar e tratar, contribuindo de for-ma solidária para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e comunidades.

O Município do Porto agradece-lhe este trabalho que cruza com a missão do Mu-nicípio de tornar a cidade uma cidade mais soli-dária e coesa socialmente.

Muito Obrigada.Guilhermina Rego

Senhor Secretário de Estado da Solidarie-dade e Segurança Social

Sua Excelência Reverendíssima Bispo Auxiliar do Porto, D. João Lavrador

Exma. Senhora Vice-Presidente da

Rego e em nome cumprimento os restantes au-tarcas presentes,

Exmo. Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Pa-dre Lino Maia

Exmo. Presidente da Cáritas, Dr. Eugé-nio Fonseca

Exmo. Presidente da Associação Co-mercial do Porto, Dr. Nuno Botelho

Exmo. Presidente do Conselho de Ad-ministração da Obra Diocesana de Promoção Social, Senhor Américo Ribeiro

Restantes entidades presentes,O ciclo que hoje atravessamos – e ape-

-monstra que, com a vontade e empenho, é pos-sível concretizar a esperança num futuro melhor.

Conscientes que ainda temos um lon-go caminho a percorrer, é necessário, com toda a honestidade e vontade, produzir ações con-cretas que procurem salvaguardar e minimizar os efeitos da gravíssima crise que atravessamos

Para este governo, apesar de todos os constrangimentos impostos, em virtude do me-morando de entendimento assinado em 2011,

os danos do passado, com os olhos postos nas

novas gerações e no seu futuro.Temos plena consciência também do

-dade Portuguesa. Por isso, tivemos sempre em linha de conta na ação o nobre princípio da ética na austeridade, com um olhar muito atento para todos aqueles que mais necessitam e que maio-

Foi por isso que não só mantivemos, como reforçámos, os apoios sociais conside-ravelmente, através da criação de um Progra-ma de Emergência Social que possibilitou a disponibilização de novas e inovadoras respos-tas junto dos portugueses.

Igualmente, os acordos de coopera-ção assinados com as instituições do sector solidário, foram atualizados, nos últimos três anos, ao contrário do que tinha sucedido no pe-ríodo anterior.

Na mesma linha, também pelo tercei-ro ano consecutivo, aumentamos as pensões mínimas, sociais e dos rurais, em valores aci-

priorizando, em concreto, a , com a realização de ações de forma a potenciar o apoio, a autonomia e a inclusão.

A aposta no apoio e no reforço da rede social foi, também, sem sombra de dúvi-das, uma das grandes prioridades dos últimos anos e continuará a sê-lo em 2014.

Em primeiro lugar, pelo apoio às ins-tituições sociais para garantir a sua susten-

com destaque para a re-

29Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

cente criação do Fundo de Restruturação do Setor Solidáriovalor inicial de 30 milhões de euros, mas que será

Depois, pela importância crucial que tem, o aumento do número de respostas so-ciais que resultaram, num primeiro momento, da aplicação de novas normas que permitiram o alargamento substancial das vagas em equi-pamentos sociais e que vamos continuar a rever, salvaguardando sempre os interesses e a digni-dade das populações alvo, mas colocando de lado exigências espúrias, típicas de atitudes de

reforço dos acordos de cooperação e que pos-

de 211 novos acordos, alargando, no Continente, a rede de apoio a mais de 3400 utentes.

E é esse mesmo caminho que estare-mos a percorrer ao longo deste ano 2014.

Importa ainda referir sobre este aspe-

agora, nas suas mais variadas valências, res-postas a cerca de 500.000 utentes, num uni-verso de quase 13 mil acordos, celebrados com instituições do setor solidário, em todo o territó-rio do Continente.

E, apesar de todos os constrangi-mentos orçamentais, associados ao facto de estarmos a mudar de quadro comunitário, o Governo conseguiu assegurar que não ha-verá qualquer interregno no fornecimento de bens alimentares de primeira necessidade aos mais carenciados, tendo sido lançado o

concurso internacional para aquisição desses produtos.

É de elementar justiça salientar que todo este caminho foi efetuado através de uma saudá-

com os seus parceiros do terceiro sector.Um novo paradigma de relaciona-

mento, marcado por um constante diálogo e participação nas medidas governativas de âm-bito social, implementadas ao longo dos últimos anos.

Exemplo disso é a criação da Comis-são Permanente do Sector Social, bem como do Conselho Nacional para a Economia Social.

Nestes dois órgãos de consulta do -

ceiros do terceiro setor, a par da criação da Co--

lisadas e discutidas as medidas a tomar, o que nos permite ter uma noção clara da situação no terreno e implementar as ações mais adequa-das a cada território em concreto.

PARCERIA é, assim, a palavra-chave

vez mais parceiro e menos centralizado e tutelar, como é disso um exemplo a RLIS – Rede Local de Intervenção Social, que visa aproximar e reforçar a rede social instalada no território, au-mentando a sua capacidade de resposta e a sua ação junto dos portugueses, sobretudo os mais frágeis e os mais carenciados.

A descentralização de competências nos parceiros sociais que mais próximos estão

das pessoas e que melhor conhecem os seus reais problemas é, para nós, um objetivo primor-dial, a concretizar ao longo dos próximos meses.

Mas o ano de 2014 reveste em si uma nova e elevada importância para todos, uma vez que teremos um novo quadro de fundos comunitários “Portugal 2020” e, assim, uma janela de oportunidade no âmbito da ação social. Pela primeira vez, na história dos fundos comu-nitários, Portugal inscreveu a palavra social” num dos seus Programas Operacionais – o Programa Operacional para a Inclusão Social e o Emprego.

Queremos um terceiro setor verda-deiramente empreendedor, a trabalhar em rede e capaz de assegurar os mecanismos de criação de emprego, quer por via do apoio ao empreendedorismo social, quer por via da es-timulação da capacidade empreendedora dos cidadãos e das organizações.

Estes serão uma nova dimensão social.

Exemplo paradigmático deste trabalho social é o elevado a cabo pela Obra Diocesana de Promoção Social que agora completa o seu quinquagésimo aniversário. O seu lema destes 50 anos de “serviço ao próximo, com amor”, deve ser um exemplo, consubstanciado no seu Presidente e restante equipa, que ao longo des-tes anos tem desenvolvido ações nas áreas da infância, dos idosos e do acompanhamento fa-miliar aqui no Porto.

Isso é comprovado pelas dezenas de respostas sociais, dirigidas a crianças, jovens, famílias e população idosa, com intervenção em

Obra Diocesana de Promoção Social30

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12 bairros sociais do Porto, de onde gostaria de destacar pela excelência, os protocolos ao abri-go do Programa de Emergência Alimentar que possibilitam o fornecimento de cerca de 6000 re-feições mensais, bem como no âmbito da execu-ção do Programa Comunitário da Ajuda Alimen-tar a Carenciados 2013, permitiu a distribuição de produtos a quase uma centena de famílias como

-ciária abrangeu cerca de 2700 utente.

Nas suas diferentes valências, essas milhares de pessoas e, particularmente, os mais de 2.400 utentes das respostas sociais próprias são testemunhas do trabalho notável que esta Instituição, uma das maiores IPSS do País, desenvolve e da entrega e da competência da quase quatro centenas de colaboradores que nela trabalham.

E é sobretudo, em mais um ano, que festejamos em si a essência manifestamente valorativa, do trabalho desenvolvido pela Obra Diocesana de Promoção Social.

De salientar, da mesma forma, na pes-soa de Sua Excelência Reverendíssima Bispo Auxiliar do Porto, D. João Lavrador com eleva-da estima e reconhecimento, todo o trabalho desenvolvido pela Igreja Católica, ao longo de todo o território nacional, que na sua entrega nas suas mais variadas vertentes, contribui, em larga escala, para este serviço de ajuda e com-

no apoio aos mais carenciados.É por isso, com esta relação de proxi-

midade e de interligação em parceria, que o go-verno e parceiros sociais devem nortear as suas

continuar a dar esperança e certeza num futuro melhor.

Com as minhas palavras quero agra-

Ribeiro e dar, em meu nome, e em nome do -

ros parabéns por estes 50 anos de serviço ao próximo e que no futuro possamos continuar a congratularmo-nos com o seu trabalho.

A dedicação que tem empregado, na obra diocesana de promoção social é imagem de excelência e da qualidade reconhecida por todos juntos das comunidades onde se insere. O seu registo de proximidade, sempre em busca de novas soluções para apoiar os mais frágeis da nossa sociedade é uma ação meritória e honrosa que a todos deve orgulhar.

É por isso, sem dúvida um trabalho de inteiro amor ao próximo, no serviço abnegado, que merece ser comemorado na sua entrega fraternal, encontrada na felicidade de todos os que hoje vivem com uma nova esperança.

Temos a certeza que sob a sua lide-rança, apesar dos tempos difíceis que o País atravessa, saberemos sempre em conjunto pro-porcionar mais e melhores respostas a todos aqueles que mais necessitam.

Oferta da Câmara Municipal do Porto

Oferta de D. Duarte Pio

31Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

História «O feiticeiro e a menina»

Embora os tempos modernos

ofereçam novos recursos para a crian-

ça ter acesso às histórias infantis, nada

derruba a magia da antiga fórmula «Era

uma vez…» que suavemente chega aos

ouvidos de uma criança. A magia e o en-

cantamento das crianças devem ser ali-

mentadas através dessa linguagem lúdica

que fala diretamente à sua alma, propor-

cionando-lhe conforto e esperança.

Assim, tendo como base esta

premissa, a nossa equipa elaborou uma

história, «O Feiticeiro e a Menina», com

o objetivo de sensibilizar as crianças

para a importância da partilha, da dádi-

va, da amizade, da compreensão.

Construída a história de raiz, com

texto e ilustrações originais e apelativas,

preparou-se o passo seguinte, a sua

apresentação. Foi elaborado um Power-

Point da mesma que seria partilhado

com todos os centros da Obra Diocesa-

na de Promoção Social, para que a men-

sagem de «Vida pelas Vidas» chegasse

a mais longe possível. O cenário para os

receber foi montado, com ajuda de toda

a equipa e com a colaboração das crian-

ças, consistia num conjunto de fotos das

crianças do nosso centro em atividades,

formando o número 50 gigante e uma

casa para cada centro ODPS.

Num espirito de partilha e aber-

tura, todos os centros foram recebidos

com alegria e dinamismo.

As crianças visionaram a história,

ainda mais mágico, sendo-lhes explica-

-

da, cada criança elaborou um desenho

que representasse o momento que mais

lhes agradou. Estes desenhos foram co-

locados pelas próprias crianças na casi-

nha correspondente ao seu centro.

Foi com carinho e orgulho que

vimos, uma a uma, as casinhas antes

vazias passarem a estar cheias de cor,

originalidade, sonhos e imaginação

das nossas crianças. Nossas porque

Estes momentos foram também

partilhados com os colaboradores dos

serviços Centrais e Conselho de Admi-

nistração, que nos receberam de forma

calorosa. Foi oferecido, assim como a

todos os centros, a nossa história, como

agradecimento da sua participação.

Ao conselho de administração

foi oferecido um quadro com imagens

de todo o trabalho realizado este mês

de Fevereiro, não esquecendo o nosso

símbolo: O coração vermelho. Sem co-

ração não há vida.

Ficou evidente o sentimento de

dever cumprido, a sensação de que

conseguimos passar a mensagem mais

importante, que todos nós precisamos

uns dos outros, que por Amor se dá a

vida pelo outro.

Danças com vida

«Danças com vida» foi mais uma

Obra Diocesana de Promoção Social32

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atividade dinamizada pelo centro So-

cial do Cerco fundamentada na dança

através dos quais procurámos mobilizar

os seniores de todos de todos os cen-

tros da ODPS que durante as tardes de

Fevereiro nos visitaram, connosco con-

viveram, se divertiram e deram corpo ao

nosso lema «Vida pelas Vidas».

Para os receber decorámos o

espaço, com corações «Símbolos de

Vida» e com iluminação adequada para

assemelhar o ambiente ao de uma dis-

coteca, local novo para alguns, mas

que para outros representou o retorno

a tempos da juventude.

«Hoje temos discoteca? Isto está

-

dos muitos dos que nos visitaram.

Este mês e o antecedente foram

profícuos no empenho e colaboração

dos nossos idosos, que desde os mais

dependentes aos mais autónomos, não

-

te se dedicaram, quer na participação

e nos ensaios quer na decoração do

espaço e elaboração de lembranças a

oferecer aos visitantes, quer na própria

receção aos centros.

Congratulamo-nos pela experiên-

cia rica da partilha vivida nesta atividade

que durante o mês de fevereiro possibi-

litou um envolvimento mútuo numa dinâ-

mica alegre, motivadora e plena de vida.

Caminhada

Mundialmente, segundo a Bri-

tish Medical Association, mais de 22 mi-

lhões de crianças com menos de 5 anos

de idade tem excesso de peso. Com a

vida dos tempos actuais, as crianças

praticam cada vez menos actividades

físicas. Trocam a bicicleta, o parque

pelos jogos das consolas, pela internet

ou pela televisão. No entanto, está com-

provado que o exercício, não apenas

através de um desporto, mas de brinca-

deiras e jogos, promove a coordenação

motora e o desenvolvimento intelectual.

Cabe-nos a nós educadores

travar esta tendência e proporcionar às

crianças atividades que promovam a

importância do exercício físico. Para tal

a nossa equipa, através do tema «vida

pelas Vidas» organizou uma caminhada

tendo como principal objetivo promover

o desporto, sensibilizar os pais para a

importância de um simples passeio.

Como «Eu + Tu = Nós», resolve-

mos ampliar a atividade a todos os cen-

tros ODPS criando percursos inseridos

na comunidade envolvente, cientes da

importância do trabalho em equipa.

A equipa do nosso centro abra-

çou a ideia e uniu-se para organizar

toda a logística referente à atividade,

Nomeadamente a criação de

um cartaz, que posteriormente envia-

mos para os outros centros, contendo

informação básica para a caminhada.

Para dar mais visibilidade à nossa

atividade enviámos convites para várias

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

entidades públicas, para a administração

da ODPS, para a junta de Campanhã e

para todas as famílias dos utentes.

Os preparativos para a atividade

seguiam e as condições atmosféricas

não eram motivadoras, mas a equipa

não desistiu e continuou a fazer faixas e

placas indicadoras do percurso.

Chegou o dia da atividade e, vis-

to as condições atmosféricas não permi-

tirem sair do centro, a nossa equipa pôs

em curso o plano B, uma animada aula

de zumba dinamizada por dois profes-

sores convidados que, de acordo com o

nosso objetivo, promoveu o desporto, o

dinamismo, a alegria e a motivação.

Esta atividade contou com a

ilustre presença do ícone do desporto

Nacional, Rosa Mota, do presidente do

Conselho de Administração da ODPS

Sr. Américo Ribeiro, da vereadora da

junta de freguesia de Campanhã e de

familiares dos nossos clientes, que enri-

Mais uma vez, se viveu um es-

pirito de companheirismo e satisfação

que fez esquecer esta manhã chuvosa.

Dádiva de sangue – Um gesto de

Amor!

O sangue é essencial para a

vida… sendo o nosso tema «Vida pelas

Vidas» juntamente com o Instituto Por-

tuguês de Sangue organizamos uma

-

diva de Sangue».

Criamos um cartaz apelativo

com que procurámos sensibilizar e mo-

tivar a participação de todos os colabo-

radores e famílias dos diferentes cen-

tros pertencentes à ODPS.

-

sionalismo de todos os colaboradores do

Instituto Português do Sangue foi exce-

lente, criando um ambiente tranquilo e de

segurança para com todos os dadores.

Para tornar o espaço mais aco-

lhedor e, enquanto se ouvia música e

eram projetadas fotos do nosso dia-

-a-dia, seis simpáticas gotinhas de

sangue (seis crianças do nosso centro

caracterizadas de gotinhas de sangue),

passeavam a sua alegria, distribuindo

rebuçados e um marcador de livros

com a mensagem «Um gesto de Amor»,

por todos que aguardavam a sua vez.

Contamos com a presença so-

lidária de colaboradores dos centros do

Cerco do Porto, São João de Deus, São

Roque da Lameira, Carriçal, São Tomé,

-

chado Vaz e famílias dos clientes que,

com a sua generosa doação, enriquece-

ram a nossa atividade fazendo-nos sentir

felizes pensando que podemos alimentar

a esperança de vida e saúde de muitas

Amor, cada centro foi presenteado com

um coração feito em feltro com mensa-

gens alusivas ao nosso tema, comemo-

rando assim os 50 anos ODPS.

Só nesta manhã o IPS contabili-

Obra Diocesana de Promoção Social34

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zou 53 inscrições, e realizou 37 recolhas

e mais seriam se o IPS não tivesse ,no

quando ainda havia colaboradores a

aguardarem inscrições para também

doarem o seu sangue.

É de enaltecer todo o empenho

dedicação, cooperação, espirito de

equipa na organização desta inovadora

iniciativa por parte de todos os colabo-

radores do Centro Social Cerco do

Porto e de todos que a eles se uniram

«Dar sangue é o sentimento

maior da vida para com o próximo».

Concerto Casa da Música

No dia 28 de Fevereiro viveu-se

mais um evento importante no âmbito

das comemorações do 50º aniversário

da Obra Diocesana de Promoção Social.

A Casa da Música abriu as

suas portas à Instituição e apadrinhou

um Concerto Comemorativo desta

importante efeméride.

Ao longo de oitenta minutos o

público, que lotou a Sala Suggia assistiu

ao intitulado “Carnaval Exótico”. Diri-

gida por Tobias Volkmann, a Orquestra

Sinfónica do Porto Casa da Música

interpretou um “programa com muitas

histórias para contar e personagens

exóticos, que sugeriam múltiplos disfar-

ces para um concerto de Carnaval.

As mil e uma noites levaram-nos

ao encontro da princesa Xerazade e do

temível sultão Shariar, com música de

, bem como

à descoberta da lamparina mágica de

Aladino, na versão do compositor di-

namarquês Carl Nielsen.

Magotine lançou um feitiço devastador

sobre a princesa Laideronette, transfor-

mando-a na mulher mais feia do mun-

do, de acordo com o conto infantil de

-

sicou com a sua inigualável mestria. O

boneco Quebra-Nozes, musicado para

um bailado pela pena de Tchaikovski

foi outro dos heróis deste concerto, que

culminou com uma partitura exuberante

do compositor chinês Guo Wenjing,

Cavalgando no Vento.

A noite de alegria, entusiasmo

e sentido de pertença foi partilhada por

colaboradores, clientes, amigos e forne-

cedores da Obra Diocesana. De desta-

car a presença de Sua Excelência Re-

verendíssima D. Pio Alves, na qualidade

de Administrador Apostólico da Diocese

-

ra Adjunta do Centro Distrital do Porto

Reverendo Padre Lino Maia, Presidente

da CNIS – Confederação Nacional das

Instituições de Solidariedade e, simul-

taneamente, Assistente Eclesiástico da

Obra Diocesana e do Pe. José Baptista,

Presidente da União Distrital das Insti-

tuições Particulares de Solidariedade

Social – Porto.

35Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Março > Inovação Social: um caminho, um horizonte Centro Social de Fonte da Moura

Meio século de serviço ao próxi-

mo… com amor

O meio século de vida que este

ano se assinala na ODPS tem vindo

a ser celebrado desde o primeiro dia

de Janeiro. Três meses se passaram

cheios de dinamismo, qualidade e de-

dicação.

Neste vaguear de ideias e acti-

vidades, umas organizadas em pensa-

mentos, outras postas em prática, de-

sentido de inovação, responsabilidade,

empenhamento, dedicação e sobretudo

Entrega “sem limite.”

O Centro Social Fonte da Mou-

ra foi premiado pelo Sr. Presidente

da ODPS, Sr. Américo Ribeiro, com

o mês de Março tendo como tema:

Inovação Social – Um Caminho um

Horizonte.

Mega cortejo de carnaval

-

zação de um mega cortejo de carnaval.

entre todos e com todos numa entrega

total. A liberdade de opção, criativida-

de e imaginação foi colocada à prova

por cada um de nós, com o lema “Um

olhar sobre nós”. Todos os Centros

foram convidados a pesquisar lendas

histórias ou tradições que originaram o

nome do Centro ou da zona onde este

se insere. Tendo por base esta pesqui-

a construir um gigantone que encabe-

çasse o cortejo, assim como os trajes

famílias) a realizar em simultâneo em

três pólos distintos da cidade (ociden-

tal, central e oriental), tendo como base

Te olhamos Senhor“…Para agradecer as mais variadas formas

Como nos visitaste ao longo destes dias

Em todos que servimos com amor

Que a nossa hospitalidade se expresse na afabilidade de uns para com os outros

E na mansidão das nossas relações quotidianas…”

(congregação das irmãs franciscanas)

Obra Diocesana de Promoção Social36

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da confecção dos trajes, material de

desperdício.

Na verdade, a expectativa para

esse dia foi grande, procurou-se assu-

mir entre todos (colaboradores e famí-

lias) um compromisso gerador de inspi-

ração, união e bem-fazer.

A inspiração precisa ser condu-

zida e alimentada e é com a visão dife-

rente de cada um de nós, a comunica-

ção e o diálogo entre todos que ela não

se esgota.

Mas… porque Março é tempo

de chuva, no grande dia do aconteci-

mento, e com todos os pormenores tra-

tados para levarmos a alegria às ruas da

nossa bonita Cidade do Porto, simples-

mente choveu … não permitindo que

se realizasse este evento. Já ancorado

no nosso calendário não cruzamos os

braços. Todos trajados a preceito num

elegante cortejo, sem faltarem mouras

e cristãos, promovemos uma excelente

e divertida manhã (dentro de portas) …

e aproveitando as pequenas abertas

Centro para assim embelezar as ruas

cinzentas e o dia 3 de Março.

Com espontaneidade todos

ocuparam o respectivo lugar na pers-

pectiva do bom desempenho.

Visita ao nosso centro

Ultrapassadas as barreiras

do mau tempo no cortejo de carnaval

tempo esse que pertencia aos Mouros

e Cristãos do século VIII e IX.

Este foi o nosso segundo gran-

de momento do mês: Visita ao nosso

Centro. Constituiu-se como um pro-

jecto de permanente aprendizagem

nas diferentes fases do evento, onde

aprendemos continuamente que a vida

nos ensina a sermos pessoas abertas,

de sentirmos pessoas.

Esta “viagem” intemporal foi

apresentada a todos os visitantes atra-

vés de uma exposição de trajes, de-

vidamente expostos pelo centro e da

apresentação de uma curta-metragem

em power point intitulada “A lenda da

Fonte da Moura”, partilhando com to-

dos a nossa história. As crianças do

a passagem por ateliês de expressão

plástica, onde lhes foi proposto a cola-

boração para enfeitar “a árvore de to-

dos nós”, que no inicio da exposição se

encontrava só com troncos e ramos e

-

saros e borboletas. Já aos visitantes

do sector sénior, após a “viagem” ini-

cial, foram proporcionados momentos

de reencontro com idosos da Fonte da

Moura seus conhecidos e um conjunto

de dinâmicas interpessoais, nomea-

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

-

dia mostrar que devemos aceitar desa-

de músicas antigas, em que tinham

que descobrir quem era o intérprete

(jogo de mímica) e “Folha de revista (di-

presença nestas dinâmicas, o que fa-

cilitou o envolvimento dos clientes nas

mesmas, com alegria e alguma desen-

voltura. A escolha destas dinâmicas in-

terpessoais prendeu-se com o fato de

considerar que as mesmas permitem

aperfeiçoar relações, estimular vários

sentidos e emoções dos idosos, e pro-

piciar novas amizades. Após o lanche

convívio, no caminho até ao autocarro

que levarias os convidados de volta

aos seus respectivos centros os co-

mentários que se escutava: “foi uma

tarde bem passada”….”Gostamos

muito menina…”Ganhei um cho-

colate, vou dá-lo ao meu neto…”

”Foi bom dançar …” “Antigamente

é que a música era boa…” “Gosta-

va de dançar mas os meus joelhos

não deixam…” ”Valeu a pena…”

Também junto das crianças fomos re-

colhendo os seus pareceres:

“foi giro!”, “posso vir brincar con-

tigo?”… as opiniões deixaram-nos

felizes e com um sentido de missão

cumprida, uma vez que todos estes

momentos tinham como objectivo pro-

mover, partilhar e inovar, fomentando o

bem-estar de todos, contendo elemen-

tos cognitivos, afectivos e situacionais.

Crianças e idosos tiveram opor-

tunidade de interagir numa dinâmica

partilhada, pois a interacção e a inova-

ção ocasiona a mudança.

-

quecidas simbólicas lembranças para

todos. Para além dos objectos elabo-

rados nos ateliês de expressão plásti-

ca, que as crianças levaram como re-

cordação, foi oferecido a cada Centro

um caleidoscópio. Desde que nos

propusemos receber os outros centros

da ODPS nas instalações do Centro

Social de Fonte da Moura procuramos

algo que servisse o propósito de repre-

sentar o tema, que nos foi atribuído,

tornando-o, de alguma forma, visível

na recordação de quem o olhasse.

Depois de muito pensar nada nos pa-

receu mais apropriado do que um ca-

leidoscópio. Sendo um objecto muito

antigo proporciona sempre uma ima-

gem diferente, uma inovação continua

a cada olhar. Esta foi a nossa forma de

representar a “Inovação Social – Um

Caminho um Horizonte”. Na nossa

acção diária procuramos sempre uma

nova visão que nos oriente e nos aju-

de a prosseguirmos no caminho de

“Servir ao Próximo com Amor”, ino-

Obra Diocesana de Promoção Social38

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vando em cada dia na resolução dos

problemas que vão surgindo, e que se

torna imperioso resolver, mantendo-

-nos “Felizes e unidos no Amor ao

Próximo” uma vez que o caleidoscó-

pio também constitui um objecto que

transmite beleza, serenidade, curiosi-

dade e alegria sempre necessárias ao

nosso quotidiano.

Inovar para o Recreio Animar

3º Momento inesquecível do

“nosso” mês

Todos os pais foram convida-

dos a participar num dia inesquecível.

As suas mãos uniram-se num arco-íris

pintado no mural do recreio, junto do

-

cia da ODPS.

Seguiu-se uma explosão de

alegria, risos, gargalhadas, corridas,

competições, quedas… com jogos da

nossa infância disputados entre pais e

-

lhor descrever.

Para terminar o dia, num mo-

mento de reconhecimento e honra,

cantou-se os parabéns a todos os pais

presentes e ausentes com vontade de

não o estarem. Foram presenteados

-

balhos/lembranças elaborados previa-

mente. Por momentos os seus olhos

(Pais) encheram-se de lágrimas, não de

tristeza, mas de uma imensa ternura en-

Foi notável o carinho, entrega,

O Dr. João – Coordenador de

Centro - encerrou o dia com um elogio

a todos os presentes, sempre com uma

palavra amiga e gentil, deixando trans-

parecer uma visível satisfação.

transformação de uma simples parede

Anúncio da Primavera

4º Momento – Um pincelada de

alegria pela Obra

Com Amor, Família, Clientes e

colaboradores … Um caminho de Luz

que inspira, Ilumina e faz um milagre: o

milagre da vida tal como a “Chegada da

Primavera”.

A primavera é a estação onde

-

um pouco de primavera a cada espaço

da Obra Diocesana e encher de Vida a

Vida.

Num gesto bonito abriram-nos

as portas onde nos aguardavam, numa

corrente humana entre novos e mais ve-

lhos, cheios de generosidade estima e

unidade. Retribuímos com uma alegria

-

39Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Comemorações dos 50 Anos da ODPS

nal dia. Fomos todos testemunhos de

um dia cheio de Sol, cor, magia e alegria

(mesmo que lá fora o céu não tenha mu-

dado a sua cor cinzenta, a chuva insistia

em cair…)

Havia alguém que repetia em

cada centro... “Pedi ao céu o Sol em-

prestado por um dia, para o trazer até

vós, mas prometo devolve-lo). A ma-

gia destas palavras provocava risos

plenos de emoção e contentamento.

Resta referir que além de ter-

mos sido recebidos por todos com

uma encantadora simpatia, como já

referimos, fomos ainda agraciados

com deslumbrantes ofertas, gentil-

mente elaboradas pelas nossas cole-

gas, a quem agradecemos com muito

carinho.

O Amor é a essência da Vida e

para fazer sorrir os outros basta amar o

próximo. Tentamos envolver toda a Fa-

mília da ODPS, pois quem Ama pratica

o Bem, sendo este o grande aliado do

Amor.

O trabalho desenvolvido ao lon-

go do mês de Março revestiu-se num

cenário de dedicação sensibilidade e

espírito de missão. Neste dia recep-

cionamos o Centro Social de Rainha D.

Leonor com o pré-escolar de manhã e

o sector sénior à tarde, com o mesmo

envolvimento e carinho que recebemos

os outros Centros.

De tarde tivemos o prazer e a

honra da presença do Sr. Presidente, Sr.

Américo Ribeiro e do nosso Amigo, Sr.

Pedro Pimenta. Quando nos reunimos

no salão do sector sénior o Sr. Américo

Ribeiro iniciou a sua intervenção elo-

giando e enaltecendo todo o trabalho

realizado tendo destacado a constante

inovação sentida e vivida ao longo do

nosso mês sempre em prol dos seus

clientes (crianças e idosos).

com uma profunda alegria e felicidade

sentidas nas palavras do Sr. Presidente.

De seguida crianças e idosos,

lado a lado, envolveram-se em momen-

tos de acolhimento, partilha e ternura

dos mais velhos pelos mais novos e

dos mais novos pelos mais velhos, com

canções sobre a Primavera animada e

“mimadas” pelas crianças.

da Moura” prendeu a atenção do princí-

e entusiasmo dos mais novos e sere-

nidade e experiencia dos mais velhos,

mobilizados pelas palavras criativas da

narradora.

Para encerrarmos o nosso mês,

o coordenador de Centro - Dr. João Nu-

nes fez as honras da casa entregando o

testemunho ao Centro Social Rainha D.

Leonor, na pessoa da sua coordenado-

Obra Diocesana de Promoção Social40

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será o Centro Social Rainha D. Leonor

o mentor das actividades a desenvolver,

no âmbito das comemorações dos 50

Anos da ODPS, subordinado ao tema

Cooperação – “A aliança entre todos e

para todos”.

como havíamos feito com todos os

que nos visitaram, oferecemos ao

Conselho de Administração um calei-

doscópio, símbolo da inovação. Para

invólucro com o formato de um calei-

representando vários momentos vi-

venciados ao longo deste mês. O Sr.

Presidente agradeceu prometendo que

este iria para o museu da ODPS. Ficou

surpreendido quando lhe foi pedido

que retirasse a tampa e visse o que

-

velmente perplexo ao deparar com um

lenço dos namorados, em linho bor-

dado á mão, comemorativo dos cin-

quenta anos da ODPS. Mostrando-se

deveras emocionado o Sr. Presidente

anunciou que iria manda-lo emoldu-

rar e colocar em exposição numa das

paredes dos Serviços Centrais desta

Instituição, agradecendo a todos pela

oferta e em especial quem realizou tão

belo trabalho.

As emoções estavam ao rubro

e todos nos sentíamos orgulhosos por

tudo quanto ao longo deste mês fomos

desenvolvendo.

O Centro Social Fonte da Moura

agradece:

- A todos os familiares com

quem sempre pudemos contar e sem-

pre nos elogiaram.

- A três amigos muito especiais

pela dedicação, empenhamento e gra-

tuitidade no trabalho de excelência que

nos deixaram… Obrigado D. Fátima,

Daniel e KAYO.

- A todos os Centros pela ami-

zade e acolhimento com que nos rece-

beram.

- A oportunidade de termos

convivido com todos os que nos visi-

taram criando laços com colegas que

ainda não tínhamos tido oportunidade

de conhecer.

- Ao carinho e total apoio e in-

centivo da Conselho de Administração,

Um agradecimento, mais que

especial, de todos para todos sem ex-

cepção, os colaboradores de Fonte da

Moura gratos pelas experiências enri-

quecedoras que partilharam connos-

co, com uma visão centrada no futuro

e na inovação Social.

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João Alves Dias

Memória e gratidão

Estas duas palavras sintetizam o

que me ia na alma quando escrevia Nos

Alvores da Obra Diocesana. E, porque

no meu espírito, peço autorização para

aqui os perenizar.

É bom viver, é muito bom ter

uma vida que se alonga, quando vivida

com intensidade e um sorriso na alma.

E, ainda melhor, quando se tem família

e amigos com quem se pode partilhar

essa felicidade e essas memórias. Tudo

eu tive e tenho, não por mérito próprio,

mas por dom de Deus. As minhas pri-

meiras palavras são, pois, para Lhe

agradecer. Hoje, porém, porque es-

tamos a celebrar “50 anos de serviço

ao próximo, com Amor”- dou graças a

Deus, de modo muito próprio, por todos

aqueles que comigo trabalharam nos al-

vores da Obra Diocesana e por todos os

que colaboram com esta Obra que quer

ser sacramento do Deus-Amor, nesta

cidade do Porto.

Nomes? Do passado, limito-

-me a enfatizar os dois bispos que me

-

ponsável” da Obra. O primeiro foi D. Flo-

rentino de Andrade e Silva que a criou

e embalou nos seus primeiros anos de

vida. O segundo foi D. António Ferrei-

ra Gomes que a amparou e guiou nos

anos conturbados da sua adolescência.

Neles, dou graças a Deus por todos - e

foram muitos - os que comigo traba-

lharam. Já quase todos se foram para

a Casa do Pai. Para todos estes, peço

uma oração silenciosa.

E do presente? Realço apenas

três nomes. D. António Taipa que foi o

primeiro seminarista a colaborar com

a Obra no Bairro do Cerco. Como digo

“Venho agradecer o muito amável envio da edição “Nos Alvores da Obra Diocesana”, em cuja dedicatória referencia o Dr. Sá Carneiro e a sua relação com o trabalho que foi de-senvolvido de Promoção Social. Fiquei muito sensibilizado com o gesto e aproveito esta circunstância para o felicitar, não apenas pelo

sobretudo pelo extraordinário exemplo e ins-piração que tem dado a todos nós.“

Pedro Passos Coelho

(Primeiro Ministro)

“Recebi há dias, vossa gentil oferta “Nos Al-vores da Obra Diocesana” que já folheei e apreciei. Leio com frequência a página 7 da VP (por exemplo.”Mandela fala de si”) e agora vou ler os Alvores. Bem-haja. A História é vida.

-quentes. Vou também de seguida agradecer ao Presidente da Obra.”

“Agradeço o envio do livro NOS ALVORES DA OBRA DIOCESANA, da autoria de João Alves Dias, porque desconheço a sua morada, e a quem peço para transmitir também os meus

Obra que deve continuar a fazer o bem sem ver -

ve com rigor e boas letras. Parabéns!”D. João Miranda

(Bispo Auxiliar do Porto)

Foi um recuar à beleza de um tempo que não passou, que “está na nossa vida” e que é pre-

futuro com entusiasmo redobrado no serviço

desta sociedade que é a nossa.Parabéns e muito obrigado”.

D. António Taipa

(Bispo Auxiliar do Porto)

para melhor conhecimento da Obra e do Autor.Para mim foi excelente participar na apresen-tação do Livro e no jantar. A memória faz-se sobretudo de imagens, de pessoas! Obrigado... de olhos no futuro.“

“Fiquei feliz ao receber “Nos Alvores da Obra Diocesana”. Recordei com proveito aconteci-mentos a pessoas. O Mourão e o Domingos e o Dr. Albino Moreira (meu reitor com quem privei e me marcou) e outros. Marcaram a His-tória pessoal e coletiva. Não podemos deixar esquecer quem tanto fez (e sofreu) pela Igreja e pela Sociedade. O Dr. Albino foi um deles. Por-quê? Este livro é um pequeno gesto de justiça.”

“Estou-lhe muito grato por se ter lembrado de mim na apresentação solene do seu novo livro “Nos Alvores da Obra Diocesana” e de me en-viar a excelente apresentação do P. Lino Maia e do seu feliz agradecimento. Prometo-lhe que lerei a sua obra logo na primeira oportunidade. É um campo - o Social - em que eu sempre trabalhei, especialmente quando estava em Angola. Desde já, muito obrigado!”

“Muito obrigado pelo seu excelente e original trabalho donde transparece toda a genica que

de há muito traz na alma. Parabéns! Entretanto tive de ir ao Porto para me encontrar com o Dr. Justiniano e passei pela VP, mas não tive a sorte de encontrar o meu amigo para pessoal-mente o felicitar. Acabei por ler o seu livro na cama, onde tenho passado os últimos dias.“

Amadeu Araújo,

“Parabéns! Parabéns! AMIGOO vento forte que soprou durante a noite aca-bou por me acordar, cerca das 3 da manhã. Peguei, então, no seu livro e comecei a ler…acabei por volta das 6 horas.Gostei muito. Sempre gostei da sua escrita clara e despretensiosa que, aos pequenitos, o pão deve ser dado em pedacinhos. Assim, o livro é de fácil e agradável leitura, quase como de uma conversa à lareira se tratasse.É um livro com Vida…com Vidas… com vivên-cias… com ”gente dentro”. Neste livro, vivem

diversas que, pela sua mão, se uniram em tor-no de um projeto e conseguiram concretizar a Obra e a Paróquia. Pela sua mão! Sua labuta sua dedicação. Pessoalmente, foi muito bom revisitar um pe-ríodo feliz da minha vida.Período esse em que me descobri, descobri capacidades de trabalho ate aí desconheci-das e adquiri uma abertura de espírito que me transformou em melhor pessoa (acho eu)

Sorri muitas vezes, evocando um episódio ou

muito perdi de vista.E, sim, acho que será uma fonte de conforto como diz.OBRIGADA! GRAÇAS A DEUS pelas marcas que deixou na minha vida, na vida desta co-

Obra Diocesana de Promoção Social42

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na página 74 “Esse aluno brilhante, que

todos os domingos se deslocava ao

bairro, pondo o saber e entusiasmo

apostólico ao serviço da comunidade,

chamava-se António Maria Bessa Tai-

pa”. E na Página 75, acrescento: “Em

síntese, atrevo-me a dizer que a esco-

la/capela do Cerco, o primeiro local de

cultura e culto da “Obra dos Bairros”,

terá sido a primeira “cátedra” onde o

futuro professor deu as suas primeiras

lições, assim como a primeira “catedral”

onde, como diácono, o futuro bispo,

pela primeira vez, proclamou a Palavra

e distribuiu a Sagrada Comunhão”

Para o P. Lino Maia, um grande

muito obrigado pelas palavras bonitas

que escreveu no Prólogo deste peque-

no livro de vivências, com alguns exa-

agradecer.

E uma palavra muito especial ao

senhor Américo Ribeiro. Foi ele quem

Obra. A ele se deve o mérito de recu-

perar a memória viva das origens. Sem

esta sua iniciativa, muitas das vivências

-

quecimento. E jamais poderiam ser re-

cuperadas porque não estão registadas

na frieza das atas ou de qualquer outro

louvor é esta sua atitude quanto ela se

demarca do que é habitual nas pessoas

e instituições para quem o passado não

tem interesse ou pode até representar o

perigo da confrontação. A gratidão en-

comigo mesmo se não manifestasse ao

amigo Américo Ribeiro e a todo Conse-

lho de Administração o nosso reconhe-

cimento. Digo “Nosso” porque, ao fazê-

-lo, tenho na memória o nome de muitos

companheiros que revivem neste livro.

E termino com dois pequenos

excertos da Exortação Apostólica Evan-

gelii gaudium. Começo com um convite

à alegria. “A alegria do Evangelho en-

che o coração e a vida inteira daque-

les que se encontram com Jesus. (…)

Com Jesus Cristo, renasce sem cessar

-

nura. “(…) Na sua encarnação, o Filho

de Deus convidou-nos à revolução da

ternura”.

Alegria no serviço e ternura no

o que foi, é, e será o trabalho da Obra

Diocesana.

munidade que tão ativa foi, na vida da Obra cuja face mais conhecida deve ser o apoio domiciliário aos doentes pobres e sós. Deus o abençoe.”

Maria Margarida Costa e Silva

(Enfermeira)

“Obrigada pelo miminho do livro que ofere-ceste aos amigos. Fiquei a conhecer muito melhor a obra diocesana e, acima de tudo, a admirar ainda mais o teu trabalho. Julguei que tinhas vindo para o Cerco/ S. Roque com a missão de criar uma nova paróquia. Só tive conhecimento do Padre novo, quando a D. Florinda (dona da loja «de o Gigueiro») pôs os paramentos na montra para o povo de S. Ro-que oferecer ao padre, «que nem paramentos de jeito tinha para celebrar a missa». A minha mãe foi com umas amigas à missa na escola no Cerco e veio encantada. Convenceu-me a ir no domingo seguinte, porque, segundo ela,

-teza gostar. Lá fui e nunca mais deixei de ir. A seguir foi o meu pai. Falavas de Deus no mun-do, atraias as pessoas, davas-nos um Evan-gelho de ressurreição. Mas para mim nunca houve divisões. Havia a necessidade de uma paróquia mais próxima, havia a necessidade de apoiar as novas famílias que tinham vindo para o nosso meio mas, acima de tudo, havia um sentido de união, de pertença a um lugar, S. Roque. Primeiro, a alegria da Capela Sra do Calvário, no bairro do Cerco, depois a cape-linha da Sra da Paz, no bairro de S. Roque. Todos nos irmanávamos: a rua de S. Roque como que dividia e unia as duas zonas da pa-róquia: os dos blocos do Cerco, os do bairro da polícia (onde eu tinha colegas e a D. Au-gusta eu conhecia desde pequena); S. Roque mais antigo, os bairros de «salazar». Eramos

todos da paróquia nova do Padre João. Foi assim que vivi a minha «história» na paróquia da Sra do Calvário, liderada por um padre ex-cecional. Parabéns e obrigada pelo muito que

limites da Olga (em união com os meus queri-dos Pais, que muito te amavam).”

Olga Castro

(Professora e autora de livros escolares)

“Não tem que agradecer pois todos estivemos presentes pelo sentimento profundo de cari-nho e de amizade que sentimos por si e pela sua família. Além disso, é também de salientar todo o seu percurso ao lado de quem precisa e a trabalhar para os outros, seja como padre, como professor, como amigo e acima de tudo como Homem. Não posso deixar de referir

a obra que ajudou a formar era também mi-nha. Sim, eu fui uma das meninas de Bairro de S. João de Deus que cresci numa das casas da Obra, o centro (era assim chamado o local onde as crianças passavam a tarde depois da escola), vi a minha educadora e relembrei tempos que me são muito gratos, porque re-presentam uma fase da minha vida em que fui muito feliz, apesar do meio e das condições. Por tudo isto, eu é que tenho de agradecer.”

Elisabete Santos

(Professora)

“A sessão de apresentação esteve com um nível extraordinário.Muito Belo, tudo o que se passou naquela tar-de. Memorável. Parabéns!Foi um encontro com muito nível: cultural, artístico, religioso. Foi um bom encontro de amigos, que partilharam muito do que foi, do

que é... são opções profundas, fundamentais na fé, na vida. Foi bom recordar, foi muito bom

acertar caminhos de futuro. Penso que fazia falta um trabalho de recolha ordenada de factos que tanto enobrece a nos-

com mais autoridade que deixasse essa marca para a história. Não andas atrás de recompen-sa precária, porque “valores mais altos” te ab-sorvem, mas está ali uma obra meritória. É uma delícia ler este livrinho. A leitura atrai pelos factos relembrados. Mas é sobretudo pela vida, vivida, testemunhada e muito bem descrita que esta leitura arrasta. Obrigado! O amigo Quintas vinha delirante, com as me-didas cheias. Encontrou amigos, conversou, emocionou-se - estava feliz. ”

Joaquim Ferreira Soares

(Presbítero casado)

“Ainda não lhe falei, pois estou a saborear o seu livro - e que bem que me está a fazer ao coração - BEM HAJA! Se for possível, gostava de dar um exemplar ao meu irmão... O vosso Francisco é muito simpático...Beijinhos para si e Anita.”

Manuela Oliveira

(Pintora)

“Não me tendo sido possível marcar presença na apresentação do teu livro, faço eco das palavras de meu marido que veio encantado com a forma (e o conteúdo) da cerimónia: o enquadramento do espaço, os testemunhos interessantes e o louvor de uma Obra, para nós pouco conhecida, contribuiu para a lumi-nosidade deste encontro.”

Maria Jesus Assunção

(Professora)

43Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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José Augusto da Silva Vieira

Um comentário ao livro “Nos Al-

vores da Obra Diocesana”

Max Aub, nos seus escritos, diz

que há três categorias de homens: os

que contam a sua história, os que não a

contam e os que não a têm.

Querendo eu tecer um ligeiro co-

mentário ao livro do Dr. João Alves Dias

“Nos Alvores da Obra Diocesana”, logo

me veio ao pensamento esta declara-

ção de Max Aub. “Nos Alvores da Obra

Diocesana” será um dia forte contribu-

to para quem vier a contar a história de

-

cesana de Promoção Social, autêntico

”tesouro” assente em alicerces cujos

“caboucos”, diz o autor, “remontam aos

primeiros anos da década de sessenta”.

O 50º aniversário da celebração

da sua existência é/foi assinalado por

iniciativas de ordem cultural e, sem me-

nosprezar qualquer uma delas, desta-

ca-se este livro em que impera o nome

“alvores”, sinónimo de aurora. Título feliz

pela carga poética e, portanto, simbóli-

ca que o envolve. A angústia e o temor

da noite cedem o lugar à vitória da luz e

da esperança. O mundo recomeça aí e

todas as possibilidades nos são ofere-

cidas. São-nos oferecidas, sim, mas é

preciso aproveitá-las e desenvolvê-las

tendo em mente que é preferível “mui-

tos fazerem pouco” a poucos fazerem

muito”. (In Alvores da Obra Diocesana).

Nessa linha, o Dr. João Alves

-

ção social das populações e, por isso,

nada faria que não contasse com a sua

colaboração”. O autor refere ainda que

o Instituto de Serviço Social desempe-

nhou um excelente papel, indispensável

mesmo, na consolidação da Obra Dio-

cesana de Promoção Social. Os factos

asseveram que não foi menos importan-

te o deste homem multifacetado, hábil

na diplomacia e seguro na liderança mo-

vimentando-se num terreno de renome

duvidoso: os Bairros da cidade do Porto.

O padre dos Bairros, o padre

dos pobres, o padre comunista sempre

sob a alçada da PIDE, exibia, acima de

tudo, grande poder de comunicação.

No palco bem difícil de pisar, o Dr. João

Alves Dias actuava como um verdadei-

ro artista. O seu livro esconde gestos,

trejeitos, silêncios, emoções, etc. que

davam ainda mais alma aos episódios

do “Nos Alvores da Obra Diocesana”

que me foi narrando em passeios à

beira-mar durante as férias de tantos

Agostos passadas no mesmo hotel em

regime de “time-sharing”. Posso, desta

-

nhecia tudo quanto o livro nos apresen-

ta com tamanho realismo.

Este poder de comunicação

anda associado ao conhecimento, no

campo literário, das categorias da nar-

rativa. Direi que, em linhas genéricas,

narrador homodiegético, isto é, na pri-

meira pessoa, ora como narrador hete-

rodiegético, ou seja, na terceira pessoa.

-

temente informativos, ganham riqueza

prendem a atenção do leitor à mensa-

gem sempre viva e coerente.

A descrição percorre todo o

texto abrangendo espaços, tempos e

personagens, aqui pessoas. Abala-nos

a caracterização dos espaços quando

-

cralidade dizendo que “sagradas são as

o carácter de personalidades religiosas,

como os bispos D. Florentino de Andra-

e de leigos como o Dr. Francisco Sá

Carneiro, Dr. Pinheiro Torres e o arqui-

tecto Fernando Távora.

Se o Dr. João Alves Dias de-

monstra rigor nos factos da sua obra,

mais se eleva a sua faceta de sacerdo-

te-pastor quando denuncia problemas

sociais e sabe impor a regra de ouro

emanada do Concílio VaticanoII: dese-

java “verdadeiramente uma igreja pobre

entre os pobres”. E linguagem seme-

lhante a esta só a do Papa Francisco.

Sacerdote-pastor, além de exer-

cer a sua autoridade ante os “pilares da

Câmara Municipal do Porto”, contorna e

que, resolvidos, muita credibilidade ha-

veriam de acompanhar o crescimento

da Obra Diocesana de Promoção Social.

Apetece-me dizer: abençoada a

hora em que o sr. Américo Ribeiro, ac-

tual presidente do Conselho de Admi-

nistração da Obra Diocesana de Promo-

Alves Dias a quem, e merecidamente,

atribuiu o título de fundador desta Obra.

Sem o testemunho do fundador poderia

haver conhecimento da génese da sua

história, nunca, porém, escrita com o

estilete do amor e da dedicação. Termi-

no citando Nuno Lobo Antunes:”…não

são os acontecimentos que tornam pe-

renes as lembranças, mas sim as emo-

ções que lhes estão ligadas, e essas

não se separam de quem as sente”. (In

“Em Nome do Pai”)

Um comentário ao livro “Nos Alvores da Obra Diocesana”

Obra Diocesana de Promoção Social44

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Pedagogia pertinente e eficaz para o futuro

Frei Bernardo Domingues, O.P.

Introdução

Tradicionalmente insistia-se na necessidade da qualidade vocacionada dos

para transmitirem os saberes “contratados” tendo em vista o bom desempenho

pessoal e social. Continua a ser verdade que o autêntico professor deve conhe-

cer-se a si mesmo, os seus pontos fortes e os fracos, deve dominar as matérias a

transmitir, seguindo um ritmo que “alimente” bem os alunos como eles necessitam.

Por isso, deverá reconhecer a identidade psicossomática e psicos-

social dos destinatários para selecionar corretamente as “pedagogias” ou meto-

dologias, apropriadas às temáticas e tendo em apurada conta a situação atual dos

aprendizes tendo em vista os objetivos a atingir.

Preocupando-se com o desenvolvimento integrado dos alunos, deverá

considerar o respetivo patamar dos conhecimentos e ponderar o contexto ou cir-

1. Primeiramente, começaríamos pelo mais objetivo e mais fácil de

os edifícios e respetiva qualidade arquitetó-

nica, o equipamento disponível e adequadamente instalado para uso habitual dos

professores e alunos. Tanto o exterior como o interior dos edifícios deve responder

a corretos valores estéticos e práticos, que facilitem a cooperação recíproca, a

como os apoios sanitários, desportivos, a qualidade do convívio e na “alimentação”

e utilização de bibliotecas e informática.

2. A ajustada iluminação, a sonorização, a qualidade e a disposi-

ção do mobiliário devem facilitar e despertar os vários sentidos para promover e

sustentar a atenção empenhada para perceber e receber corretamente o sentido

essencial das mensagens pedagógicas. Tudo deve despertar e facilitar a aten-

ção, o interesse sustentado, a interação participativa controlada, solidária

e cooperativa; devem pois serem promovidas e ajustadas a cada situação, que

deve envolver a família escolar” em busca da verdade e da solidariedade, rea-

lista, competente e participativa, promovendo o bem comum com a possível

competência, honestidade e a proporcional solidariedade, consoante as capacida-

des dos intervenientes.

3. Tendo como objetivo a maturidade integrada da estrutura das

diversas “personalidades”, quanto possível realistas e positivas, devem

ajudar a viver segundo uma pertinente ordem de valores: é essencial inves-

tir progressivamente no desenvolvimento do ser pessoal, alargar e aprofundar os

conhecimentos do Mundo envolvente. Tendo em justa conta a nossa condição

antropológica e sociológica, como o resultado sintético e evolutivo do físico, bio-

lógico, psíquico, cultural e social, que é permanente história e projeto ou me-

mória e profecia, tudo pode e deve

convergir, com mais ou menos qualida-

de, na utilização de bem ver, escutar,

saborear e experienciar. Esta informa-

ção básica, pelo processo abstrativo e

crítico, conduz à capacidade seletiva.

Pelo que epistemologia exige a integra-

ção avaliativa de múltiplo conhecimen-

to adquiridos e integrados em vista dos

objetivos a atingir de ser em si, por si e

comunitária.

4. Porque o que é temporal é

marcado pela mudança, é essencial

acertar os métodos a cada situa-

ção. Efetivamente, todo o conhecimen-

to tem hipóteses de ser provisório, com

a probalidade de ilusão e erro. Até as

palavras e os conceitos, eventualmente,

tornam-se polissémicos porque podem

envolver preconceitos culturais, afetivos

e ideológicos.

Todas as ciências são inter-

pretações limitadas, com métodos e

critérios mutáveis, dos entes situados

no tempo e no espaço, carecendo de

evidências ou certezas matemáticas ou

5. -

tos sociológicos e religiosos mul-

ticulturais perturbam a convergência

das complexidades das partes e do tex-

to. Os conceitos de absoluto e relativo,

os enraizamentos e desenraizamentos

afetivos das famílias, as condições físi-

cas, o sonho e o real, em tudo podem

da razão e da afetividade, conscientes

que temos necessidades, apetên-

cias, tendências e impulsos, pro-

vocados pelas circunstâncias que

podem perturbar as capacidades ava-

45Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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liativas e seletivas razoáveis. As certe-

zas e o inesperado devem envolver a

nossa abertura ao possível, buscando a

possível verdade aqui e agora. E por-

que cada pessoa é única, ninguém

a pode substituir nem seguir no ato

e atitude de busca e aprendizagem

que exigem esforço inteligente e diligen-

te sem nunca desistir de ir mais longe,

mais alto e mais próximo da autenticida-

de objetiva.

6. Tendo em conta a busca da

felicidade de se tornar pessoa rea-

lista com fundamentada autoestima

e respeito pelas legítimas diferen-

ças, é fundamental promover a efetiva e

afetiva maturidade psicossomática, cul-

tural e social, virada para o futuro com

esperança, fundamentada no presente

possível. Não podemos controlar o

tempo, em constante e irreversível

escoamento, mas podemos intervir

na sua organização desenvolvendo

circunstâncias de viver com a possível

qualidade, atualizando competências,

empenhando-nos com honestidade

nas circunstâncias envolventes, esti-

mulando os alunos para não adia-

rem aquilo que por cada um pode

e deve ser realizado, aqui e agora.

Este desenvolvimento pessoal, a vivên-

cia operativa segundo a correta ordem

de valores, devem ser celebrados como

sucessos conseguidos e promessas

competente.

7. Porque a vida é uma pe-

regrinação, é fundamental investir

na qualidade e veracidade dos co-

nhecimentos tendo em justa conta a

nossa condição antropológica e as cir-

cunstâncias envolventes, sociológicas e evolutivas porque a nossa vida deveria ser

constantemente apurada memória e profecia. O futuro prepara-se no presente

seguindo a qualidade e as estratégicas para desenvolver competências e

espírito criativo e de reserva de meios

O princípio certo e de gastar menos do que se produz, aplicado ao presente

pode evitar as angústias no futuro. O futuro será a convergência programada com

sabedoria, entre as capacidades adquiridas e aventura sensata no investimento fu-

turo que está sempre a principiar e a tornar-se história. Mas quem gasta tudo o que

tem a pedir virá alimentar, por insensatez administrativa, a praga do consumismo.

8. A capacidade seletiva exige de nós o correto uso dos métodos

dedutivos, indutivos e analógicos para saborear avaliativamente as expe-

riências, avaliando-as criteriosamente prevenindo desajustes nos riscos para o

futuro. Aprender a correr os riscos medidos e ensinar a viver os outros com re-

gras e ponderação, exige dos pedagogos maturidade e sensatez avaliativa. Só a

naturais, que usam o primeiro grau de abstração, são sempre provisórias. O pro-

pelo que a epistemologia exige a integração avaliativa de múltiplos conhecimentos,

-

rios metodológicos.

9. Porque tudo o que é temporal é marcado pela mudança, é es-

emergentes, tendo em conta o objeto em estudo e a atual situação dos

conhecimentos e a disponibilidade dos discentes para aprender. Porque

todo o conhecimento tem hipóteses de ser provisório, há frequentes probabilida-

des de ilusão ou erro, pelo que até as palavras se tornam polissémicas porque

podem envolver diferentes conceitos nas diversas fases do conhecimento e nos

contextos e eventuais preconceitos históricos, culturais e religiosos, como é da

nossa experiência.

10. As ciências são provisórias interpretações dos entes situados

num tempo e espaço aculturados em que podem predominar os preconceitos

culturais, tradicionais ou afetivos. As certezas provisórias e a abertura ao ines-

perado devem fazer parte da dinâmica pedagógica. Firmes no essencial e

evidente, é fundamental a disponibilidade para entender os argumentos e respetiva

consistência das opiniões diferentes e ocorrentes na dinâmica da vida em mudança

porque cada opinião vale pelos argumentos inteligíveis que a suportam.

11. Porque cada pessoa, na respetiva entidade e identidade heredi-

tária e cultural assumida é única e irrepetível, torna-se fundamental perceber

Obra Diocesana de Promoção Social46

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os nossos modos de ser e de decidir. Efetivamente, só as certezas matemá-

É dever de todos

buscar as razões de ser e viver com sentido, numa perspetiva da verdade e de par-

mas ninguém pode substituir a atitude de liber-

dade decisória, inteligente e diligente. Mas a ignorância, os medos, as paixões

ideológicas, o sofrimento e as doenças intensivas podem perturbar a capacidade

de ver, com a verdade, de ponderar com racionalidade e decidir com sensatez.

A nossa vocação comum é ir sempre mais longe e mais alto com autenticidade

objetiva e com esperança porque o futuro começa agora. Os melhores pode-

res são os saberes para viver com sentido e solidariedade; mas ninguém

aprende à força nem se torna pessoa virtuosa sem o querer de modo esclarecido

e consistente.

Conclusão

-

tidade atual dos alunos, é essencial coordenar a educação familiar e a

aprendizagem escolar bem programada:

1. Desenvolvendo integradamente a liberdade, a responsabilida-

de e as competências para progressivamente tornarem-se pessoas autóno-

mas, honestas, competentes, solidárias, porque todos devemos ser “pessoas

comunitárias”e participativas no bem comum.

é

essencial propor os corretos objetivos a atingir pelo esforço cooperativo

de cada pessoa envolvida no processo de aprendizagem, recorrendo às me-

todologias adequadas, desenvolvendo as estratégias pertinentes.

3.

fundamental integrar a educação e a instrução desenvolvendo a inteligência,

a vontade, o sentido social e a solidariedade, que conduzam a atitudes de esforço

coordenado e consistente “socialização” das diferenças das competências.

4. Estimulando a autoestima sensata é essencial cada pessoa as-

sumir as tarefas de tornar-se competente, desenvolvendo as formas de poder

resultantes dos saberes integrados e operativos para cooperar com lealdade com-

plementar.

5. Cada aluno deve tornar-se participante e ativo, segundo a estru-

tura pessoal em desenvolvimento -

proca e respeito ativo.

6. O confronto de ideias ino-

vadoras pode envolver imperfei-

ções provisórias, em busca da des-

coberta complementar da verdade nos

seus diversos aspetos. O respeito recí-

proco exige o respeito por si próprio e o

correto desempenho de ser em si e por

si, de modo cada vez mais esclarecido

e cooperativo na estimulação e apoio

recíproco e complementar na partilha

de capacidades diferentes. A iliteracia

só é superada na medida em que o

leitor é capaz de interpretar o sen-

tido objetivo do que lê e está aberto

à inovação sensata.

7. Portanto, o pedagogo com-

petente deve saber responder e aplicar

adequadamente às básicas questões:

o quê? para quem?

quando? – o tempo disponível e respe-

com que meios? – as

estratégias metodológicas e a coope-

ração com as respetivas famílias para

promover a liberdade responsável, a

competência, a verdade e a hones-

tidade fontes de felicidade.

47Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Maria Teresa de Souza-CardosoEducadora de Infância

É assim que o Papa Francisco a

todos nos convida e nos impele a partir

em Missão para o mundo em que vive-

mos.

Na Sua primeira Exortação

Apostólica “Evangelii Gaudium” (A

alegria do Evangelho) o Papa Francisco,

alertando-nos para o grande risco que o

mundo corre, actualmente, em globali-

zar o consumo individualista, “O grande

risco do mundo actual, com a sua múl-

tipla e avassaladora oferta de consumo,

é uma tristeza individualista que brota

do coração comodista e mesquinho, da

busca desordenada de prazeres super-

a vida interior se fecha nos próprios in-

teresses, deixa de haver espaço para os

outros, já não entram os pobres, já não

se ouve a voz de Deus, já não se goza

da doce alegria do seu amor, nem fer-

vilha o entusiasmo de fazer o bem” não

deixa de nos impelir claramente:

“Saiamos, saiamos para ofere-

-

pito aqui, para toda a Igreja, aquilo que

muitas vezes disse aos sacerdotes e

Igreja acidentada, ferida e enla-

meada por ter saído pelas estradas,

a uma Igreja enferma pelo fechamento e

a comodidade de se agarrar às próprias

seguranças. Não quero uma Igreja preo-

cupada com ser o centro, e que acaba

presa num emaranhado de obsessões

e procedimentos. Se alguma coisa nos

deve santamente inquietar e preocupar

a nossa consciência é que haja tantos

irmãos nossos que vivem sem a força,

a luz e a consolação da amizade com

Jesus Cristo, sem uma comunidade de

fé que os acolha, sem um horizonte de

sentido e de vida. Mais do que o temor

de falhar, espero que nos mova o medo

de nos encerrarmos nas estruturas que

nos dão uma falsa protecção, nas nor-

mas que nos transformam em juízes

implacáveis, nos hábitos em que nos

sentimos tranquilos, enquanto lá fora há

uma multidão faminta e Jesus repete-

-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos

de comer» (Mc 6,37).”

O Papa quer pois uma Igreja

pobre, que ande na rua, porta a porta,

-

a Doutrina Social da Igreja.

A Obra Diocesana de Promoção

Social está no terreno todos os dias,

pondo claramente em prática o desejo e

-

tuando junto dos mais desfavorecidos,

dos mais necessitados e desampara-

dos, nos seus bairros, nas suas casas.

A Obra Diocesana tem plena

consciência da importância que o seu

papel representa junto dos idosos, das

crianças, das famílias e da comunidade

em geral. A Obra sabendo bem que a

solidão é a doença mais grave dos ido-

sos e que a sociedade não se preparou

devidamente para as consequências do

envelhecimento da população, tantas

vezes funciona como a verdadeira famí-

lia de muitos idosos, dos nossos Avós,

levando-lhes os cuidados, o respeito, a

companhia, o carinho e o amor de que

tanto precisam.

Na Obra Diocesana todos se

sentem responsáveis, e assumem-no

claramente, pelo desenvolvimento mo-

ral, intelectual e humano das crianças,

através de exemplos, de comportamen-

tos e atitudes, proporcionando a todos

um ambiente harmonioso e seguro, fa-

vorável a um desenvolvimento saudável

e profícuo orientando-os para a impor-

tância dos verdadeiros valores ao longo

da sua vida, para que possam vir a ser,

mais tarde, jovens e adultos equilibra-

dos, integrados e socialmente respon-

sáveis.

A crise de valores, de valores

verdadeiros como o amor, a esperança,

a caridade e a fé, obriga-nos a repensar

o quão importante é construir e alicerçar

relacionamentos sólidos com as famí-

lias, com a comunidade.

A família natural, estrutura base

da sociedade, composta por pai, mãe

e afectivos é, sem dúvida, o lugar e

o modo mais apropriado para cada

criança crescer. É também o local pri-

vilegiado da gratuidade onde esponta-

neamente são tratados e respeitados

idosos.

E são estes valores que germi-

nam na família que se devem estender

a toda a comunidade possibilitando que

caminhemos para um mundo mais soli-

dário e mais humano.

A instituição familiar, contudo,

vive momentos conturbados e encon-

trando-se, sem dúvida, muito fragiliza-

da, precisa, cada vez mais, do total e

inabalável apoio da Obra Diocesana de

Promoção Social.

E é, seguramente, a providência

divina que vem dar à cidade do Porto,

à nossa cidade e portanto, também à

nossa Obra Diocesana um precioso pa-

trono e aliado, um novo Bispo, D. Antó-

nio Francisco dos Santos, uma clara e

CaminhandoIde, sem medo, para servir

Obra Diocesana de Promoção Social48

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defesa dos mais frágeis, dos mais po-

bres e dos que sofrem: “Quero dirigir

uma palavra de muito afecto às crian-

ças, aos jovens e às famílias.

Serei irmão e presença junto dos

doentes, dos pobres e dos que sofrem

e com eles procurarei fazer caminho de

bondade e de esperança na busca co-

mum de um mundo melhor.

Quero ser apóstolo das Bem-

-Aventuranças nestes tempos difíceis

que vivemos.

Sei que é grande a missão que

-

gria e generosidade ao vosso encontro

para amar a Deus e vos servir.”

In Manus tuas é o seu lema e

permanecerá, e permaneceremos com

ele, sob o olhar terno e carinhoso da

nossa Mãe, Maria, Mãe de Jesus.

E falando de Nossa Senhora

não podemos deixar de nos lembrar,

com verdadeira ternura, do Beato João

Paulo II que vai ter a Sua canonização,

juntamente com o Beato João XXIII, já

no próximo dia 27 de Abril.

E vale a pena recordarmo-lo, ve-

nerando-o, fazendo uma visita à Igreja

de São José das Taipas, no Porto, onde

se encontram, durante os próximos dias

algumas relíquias do nosso querido

João Paulo II.

E voltando à Exortação Apos-

tólica EVANGELLI GAUDIUM, o Papa

Francisco termina-a com uma tão bela e

-

Virgem e Mãe Maria,

Vós que, movida pelo Espírito,

acolhestes o Verbo da vida

na profundidade da vossa fé humilde,

totalmente entregue ao Eterno,

ajudai-nos a dizer o nosso «sim»

perante a urgência, mais imperiosa do que nunca,

de fazer ressoar a Boa-Nova de Jesus.

Vós, cheia da presença de Cristo,

levastes a alegria a João o Baptista,

fazendo-o exultar no seio de sua mãe.

Vós, estremecendo de alegria,

cantastes as maravilhas do Senhor.

com uma fé inabalável

e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição,

reunistes os discípulos à espera do Espírito

para que nascesse a Igreja evangelizadora.

Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados

para levar a todos o Evangelho da vida

que vence a morte.

Dai-nos a santa audácia de buscar novos caminhos

para que chegue a todos

o dom da beleza que não se apaga.

Vós, Virgem da escuta e da contemplação,

Mãe do amor, esposa das núpcias eternas,

intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo,

para que ela nunca se feche nem se detenha

na sua paixão por instaurar o Reino.

Estrela da nova evangelização,

ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão,

do serviço, da fé ardente e generosa,

da justiça e do amor aos pobres,

para que a alegria do Evangelho

Mãe do Evangelho vivo,

manancial de alegria para os pequeninos,

rogai por nós.

Ámen. Aleluia!

49Ano IX . n.º34 . Trimestral . Março 2014

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Exmo. Senhor Presidente do Conselho de Administração da

Obra Diocesana de Promoção Social

Tendo recebido o nº. 33 do “Espaço Solidá-rio”, o qual muito aprecio, quero também eu unir a minha voz à de quantos servem nesta Obra Diocesana para dizer “a Ti o louvor”, como é evidenciado neste número com texto da CONFHIC.

feito por ocasião do Natal 2013, em encon-tros, confraternizações, convívios e cele-brações, vejo que a beleza e a riqueza de relações fraternais existem entre pessoas e setores de actividades. Entendo nisto a FRA-TERNIDADE a acontecer. Aliás, esta “funda-mento e caminho para a paz”, conforme a mensagem do Papa Francisco para o XLVII Dia Mundial da Paz.

Que o Senhor continue a abençoar esta Obra de Solidariedade Social, os seus utentes, co-laboradores e famílias. Felicidades e muitos êxitos no ano 2014.

Com consideração e estima

Frei José Pinto, OFM

Exmo. Senhor

Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana

Agradeço, do coração a amabilidade da ofer-ta da publicação alusiva à instituição, “Nos Alvores da Obra Diocesana” de João Alves dias. Muito grato por tudo.

Que o Senhor se digne coroar de bênçãos

de Deus e dos outros na construção do Bem Comum, pedindo assim a oração pela Igreja.

Continuemos a cuidar com esmero do pre-cioso capital que é a relação humana, pro-porcionando a todos maior felicidade e bem-estar, e estaremos a ser intérpretes do Evangelho da Alegria e da Esperança, na nos-sa realidade social.

Com votos de um ano abençoado, envio as minhas cordiais saudações

+ José Manuel Garcia Cordeiro

Bispo de Bragança-Miranda

Exmo. Senhor

Presidente do Conselho de Administração da

Obra Diocesana de Promoção Social

Foi com grande prazer que recebo o exem-plar da Obra “Nos Alvores da Obra Diocesa-na”, de João Alves Dias, e com redobrado interesse que me detive a folheá-lo. É um tes-temunho vivo da valorosa acção que a ODPS desenvolve na nossa cidade em prol dos valores da solidariedade, da vontade e da fé.

Com os meus cumprimentos, também pes-soais,

Emídio Gomes

Presidente da CCDR-N

Exmo. Senhor

Presidente do Conselho de Administração da ODPS

Agradeço ao estimado Américo Ribeiro e ao Dr. Alves Dias o livro enviado sobre os “Alvo-res da Obra Diocesana”, que tanto estimo.

Muito cordialmente

+ Manuel Clemente

Patriarca de Lisboa

Exmo. Senhor

Américo J. C. Ribeiro

Com muitos respeitosos cumprimentos ve-nho agradecer a gentil oferta “Nos Alvores da Obra Diocesana”, que já comecei apreciar. Já escrevi ao autor.

...

Bem haja. Parabéns.

Saudações. Ao dispor

Bispo Emérito de Leiria-Fátima

Exmo. Senhor

Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana

Com os melhores cumprimentos, acuso a recepção e agradeço ao Senhor Presidente do Conselho de Administração da ODPS a oferta da visão histórica duma obra singular da Diocese do Porto, onde a justiça e a so-lidariedade do Evangelho foram e são sinais duma presença! É um livro da autoria de João Alves Dias mostra ainda mais exemplar essa coragem local!

E faz-se justiça ao Senhor D. Florentino An-drade e Silva e ao Senhor D. António Ferreira Gomes sem comparações e exclusivismos de “maternidade”. Assinale-se esse respeito!

Bem haja, Senhor Presidente!

+ Januário Torgal Mendes Ferreira

Bispo Emérito das Forças Armadas e Segurança

Senhor Américo,

Venho agradecer a oferta do livro “Nos Alvo-res da Obra Diocesana” de João Alves Dias, que irei ler com interesse e certamente com proveito, porque se trata de uma Obra de Deus e dos homens, que movidos pelo es-pírito se lançaram na estrada da caridade, no serviço aos pobres.

Uno-me em oração de preces pelos 50 anos da Obra Diocesana e por aquilo que ela hoje e representa no serviço de caridade da Igreja de Deus.

Com os melhores cumprimentos, em Cristo Bom Pastor,

+ Joaquim Augusto da Silva Mendes

Bispo Auxiliar de Lisboa

Meu caro Américo Ribeiro,

Prezado Amigo e Presidente da Administra-ção da ODPS

Mais uma vez a tua “visita”, agora portado-ra do trabalho do Dr. João Alves Dias “Nos Alvores da Obra Diocesana”. Muito obrigado! Acompanho, com o maior carinho e interes-se, a obra. Graças à revista “Espaço Solidá-rio”, que tens a amabilidade de mandar reme-ter-me. Parabéns pelo vosso trabalho – a ti, ao Amial, ao Pedro Pimenta e a muitos outros colaboradores que, de longa data conheço e admiro. Que Deus vos ajude e recompense a todos…

Entretanto permite que, por teu intermédio, envia a favor da “Obra Diocesana” o meu pequeno contributo penitencial desta qua-resma. Sabes que não sou rico e nesta terra – que é a “minha terra – procuro ajudar insti-tuições bem meritórias e que muito precisam – a Misericórdia, o Lar da Igreja, o Centro de Crianças Diminuídas Mentais: que o “pão partido aos bocadinhos” possa assim, che-gar a todos…

Um abraço de muita amizade

José Domingues, Dr.

Trofa

Exmo. Senhor

Presidente do Conselho de Administração da ODPS

Alegrando-me e festejando convosco os 50 Anos da OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL, realmente a Alegria está no dar!

Maria Teresa Morais

Professora Aposentada – Trofa

Exmo. Senhor

Presidente do Conselho de Administração da ODPS

Uma marca tão importante quanto sublime de 50 anos de serviço ao próximo deve ser um momento de alegria, felicidade e satisfa-ção no seio da ODPS por tão importante mis-são que vem sendo desenvolvida ao longo de meio século.

Não poderia deixar de me associar a tão grande causa e, o modo que encontrei de poder presentear a ODPS neste seu 50º ani-versário foi através deste donativo simbólico de 600,00 euros (cheque nº. 2662156893 s/o BIC), o equivalente a 1 euro por cada mês de serviço/vida da ODPS.

12meses x 50anos = 600 meses x 1euro = 600€

Com um forte abraço e esperando que este pequeno gesto seja uma pequena motivação para todos aqueles que fazem parte da insti-tuição que comemora não só 50 anos, mas sim, 50 Anos de Serviço ao Próximo com Amor.

Cumprimentos

Jorge Filipe Ribeiro

espaçosolidariomensagens recebidas sobre o novo

Obra Diocesana de Promoção Social50

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Liga dos Amigos da Obra DiocesanaJá se fez Amigo da Liga?

Contribua com um DonativoPode ser Mensal, Anual ou Único

Envie por cheque à ordem de OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL ou através do NIB - 007900002541938010118

Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3) Obr

igad

o!

Ao enviar os discípulos, Jesussopra sobre eles o seu alento e diz:

Recebei o Espírito Santo!Sem o Espírito,

inertes, medíocres…Aterrados pela morte do Mestre,os discípulos reúnem-se,desolados pelo vazio

No coração impera a noite,a tristeza e a desilusão.O medo apodera-se de todos!Para alcançarem segurança,fecham as portas,isto é, fecham-se…É neste contexto que

Jesus vai re-aparecer,rompendo o fechamento de todos.Jesus reaparece!Coloca-se no centro dacomunidade inerte…Abre as portase põe os discípulos em marcha,para o anúncio da notíciaque atravessará o mundo.Jesus reaparece!sem nenhuma queixa,sem nenhuma reprovação,sem nenhum lamento…Apenas oferece a Paz,a Sua Paz.E tudo recomeça!

É um novo início.Só Ele pode ocupar o centro.Só Ele pode atravessar-nos.Só Ele pode penetrar o íntimo de nós,para nos curar dos medos,dos nossos medos!No fustigar das ondas,na confusão dos tempos,Só Ele abrirá todas as portasfechadas, trazendo o alentoda sua Paz!

[Confhic]

Santa e Feliz Páscoa!

A.A.M.J. Padaria e Pastelaria, Lda. 502,32 € Abel Ferreira Ribeiro 100,00 € Albino de Almeida Fernandes, Pe. 25,00 € Alfredo Quintans Hermida 25,00 € Américo Joaquim da Costa Ribeiro 730,00 €

250,00 € Anónimo 25,00 € Anónimo 100,00 € Celina Silva 35,00 € Clínica Dentária Célia Portela Sousa, Lda. 400,00 € Consignação de IRS 17 580,22 €

1 000,00 € Fundação Casa da Música 3 757,52 € Helen Santos Alves, Dra. 20,00 € Jorge Filipe Oliveira Costa Ribeiro, Dr. 600,00 €

45,00 €

José Domingues dos Santos, Dr. 300,00 € Libório Almeida Pimpão 250,00 € Lusoimpress 154,76 € Manuel Carmindo de Oliveira Lemos 70,00 € Manuel Soares Azevedo 1 000,00 € Margarida Rodrigues da Silva Ribeiro 100,00 € Maria Azália Pires da Silva Cardoso 10,00 € Maria Céu Linhares Lopes da Rocha 1 000,00 € Maria Fernanda O Magalhães Lemos, Dra. 50,00 € MCN 20,00 € Mosteiro da Visitação 50,00 € MR 500,00 € MTDTM 60,00 € Pedro Alberto Alves Pimenta 150,00 € Rui Manuel Silva Álvares da Cunha 100,00 €

Amigos em crescendo!

Descrição Contribuição Descrição Contribuição

Donativos de 1 de Janeiro a 22 de Abril de 2014

Primeira viatura para transporte de deficiêntes na ODPS.Obrigado Amigos em Crescendo!

Jesus reaparece!

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